Casa JK: o modernismo revisitado na cena belorizontina como atrativo turístico 1

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1 Casa JK: o modernismo revisitado na cena belorizontina como atrativo turístico 1 Figura 1: Casa JK Wânia Maria de Araújo 2 Thais Rafaela Guimarães Marques 3 Fonte: arquivo pessoal Resumo: O objetivo deste trabalho é discorrer sobre um espaço turístico da cidade de Belo Horizonte localizado na Pampulha a Casa JK que tem possibilitado por meio da expografia nos transportar no tempo. Isto é, a partir da experiência de visitação de suas áreas internas e externas é possível nos transportarmos no tempo e alcançar o auge do modernismo em Belo Horizonte. Tal experiência é propiciada tanto pelos bens móveis ali expostos como pelo ideário da arquitetura modernista e sua presença em Belo Horizonte impresso nas paredes da casa. A Casa JK foi construída em 1943, também é uma obra de Oscar Niemeyer autor das demais edificações que compõem o Complexo Arquitetônico da Pampulha (Igrejinha São Francisco, Casa do Baile e Museu de Arte). Ela serviu de residência aos finais de semana para o então prefeito da cidade: Juscelino Kubistchek. A composição do espaço expográfico para a Casa JK foi inspirada nos modos de viver e habitar característicos dos anos 1940 e 1950 e a utilização dos recursos do design sensorial e da expografia teve como propósito exatamente propiciar ao visitante a sensação de ser transportado no tempo pela experiência em um espaço. Dessa forma, a expografia e o design sensorial foram recursos técnicos utilizados na Casa JK para propiciar ao visitante a experiência de revisitar o modernismo por meio da arquitetura e do mobiliário que compõem a casa. A ideia é pensar a Casa JK, um espaço turístico, como uma possibilidade 1 Trabalho apresentado na 30ª Reunião Brasileira de Antropologia, realizada entre os dias 03 e 06 de agosto de 2016, João Pessoa/PB. 2 Professora do Programa de Pós-Graduação em Gestão Social, Educação e Desenvolvimento Local do Centro Universitário UNA/Belo Horizonte e Professora da Escola de Design da Universidade do Estado de Minas Gerais. 3 Designer de Ambientes/UEMG. Foi Bolsista de Iniciação Científica do CNPq da pesquisa intitulada Interfaces entre o Design e a Paisagem Urbana Contemporânea II: a Casa JK realizada entre 2014 e 2015 desenvolvida na Escola de Design da UEMG. 1

2 de releitura de um dos momentos que compuseram a história de Belo Horizonte, o Modernismo. E, além disso, refletir em torno da experiência de visitação a um espaço da cidade, considerado também atrativo turístico, como um recurso para a construção de novas narrativas sobre seus velhos espaços, bem como narrativas sobre a cidade resultantes de ações experimentadas em um de seus espaços edificados. Esta reflexão é fruto de uma pesquisa realizada entre 2014 e 2015 na Casa JK com o objetivo de inventariar pela presença do mobiliário e das técnicas expográficas como esse espaço da cidade foi transformado em um novo atrativo turístico da Pampulha no ano em que ela se candidatou a Patrimônio da Humanidade. Palavras Chave: Casa JK. Modernismo. Espaço Turístico. 1 Introdução As reflexões aqui apresentadas são resultado, em parte, de uma pesquisa realizada entre 2014 e 2015 intitulada Interfaces entre o Design e a Paisagem Urbana Contemporânea II: a Casa JK que buscou investigar a presença do design na cena urbana contemporânea de Belo Horizonte a partir de observações realizadas na Casa JK situada na região da Pampulha. Uma das questões norteadoras desta pesquisa foi verificar como a presença do design pode conferir identidade aos espaços da cidade onde se localizam. Por meio da discussão em torno da Expografia e do Design Sensorial, a pesquisa elucidou como estes elementos contribuem para analisar o que pode conferir identidade a um espaço e como, em se tratando da Casa JK, são importantes para tornar clara a proposta expositiva que propõe ao visitante uma imersão aos modos de habitar e viver dos anos de 1940 e Como proposta para prosseguir a reflexão a partir das observações e pesquisa documental realizadas, o objetivo deste artigo é tornar clara a relação entre expografia, design sensorial e o turismo no Complexo Arquitetônico da Pampulha. Para tanto, abordou-se, mesmo que brevemente, a presença do modernismo em Belo Horizonte e sua expressão material por meio da arquitetura, visto que a Casa JK foi projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer. Belo Horizonte foi uma cidade planejada que tem como marca em seu projeto a aspiração pela modernidade expressa, entre outras edificações que datam de sua fundação em 1897, com a criação do Complexo Arquitetônico da Pampulha nos anos Após essa breve contextualização histórica, apresenta-se a relação das linguagens da Expografia e do Design Sensorial e como elas contribuem para conectar o passado ao presente, por meio da exposição dos objetos, fotografias, bem como dos eventos e intervenções que a casa tem 2

3 abrigado e oferecido à cidade de Belo Horizonte. Ao final buscou-se explicitar as conexões e diálogos possíveis entre uma leitura da cidade por meio de um espaço expográfico que se valeu de recursos do design sensorial para transportar o turista e/ou visitante para um outro momento no tempo e tornar exequível a construção de novas narrativas da cidade. 2 Belo Horizonte: uma cidade moderna Em 1897 nasceu a cidade marcada por traços modernistas, visto que Belo Horizonte foi planejada para ser a expressão dos princípios republicanos, e viria a se tornar a nova capital de Minas Gerais. Segundo Souza; Àlvares (2006) a cidade já comunicava a inauguração dos valores republicanos em contraposição do barroco mineiro. A capital foi planejada a partir do plano urbanístico do engenheiro Aarão Reis e foi influenciada pelos ideais de modernidade, progresso e avanço tecnológico. Assim, se deu a concepção de uma cidade rigidamente geométrica e funcional (HORTA, 1994) [...] desde a concepção da cidade, no final do século XIX, o plano da cidade já indicava, de forma cartesiana, a destinação de prédios, ruas, avenidas, praças e parques, estampando as intenções e objetivos dos planejadores, preocupados com a boa ordem do espaço urbano e motivados pelos mesmos princípios modernizantes que inspiraram reformas e remodelações em todo mundo (SOUZA; ALVARES, 2006, s.p.) A cidade escolhida como cidade modelo deveria primar pela beleza, estética e padrões arquitetônicos como um meio eficiente de comunicação principalmente uma forma dos governantes para materializar suas concepções e atribuir significados ao espaço social que edificam (SOUZA; ÁLVARES, 2006). O pensamento da época era que as heranças do passado deveriam ser substituídas por uma arquitetura racional e moderna (HORTA, 1994, p. 79). Por ter sido a primeira cidade brasileira a ser planejada, Belo Horizonte se apropriou de características de grandes centros urbanos da época, como Washington, Paris e Mar Del Plata. No projeto de Aarão Reis a cidade foi dividida em três zonas distintas: zona urbana; zona suburbana e zona rural. A zona urbana corresponderia à área central, com ruas e amplas avenidas. A zona suburbana foi constituída por quarteirões irregulares, grandes lotes e ruas e se separava da zona urbana através da Avenida 17 de dezembro (atual Avenida do Contorno). A zona rural era formada por muitos bairros que eram destinados para o cultivo da agricultura, para o abastecimento local (HORTA, 1994). 3

4 Ao longo de seus anos de crescimento a cidade foi marcada por dois acontecimentos na década de O primeiro foi a construção da cidade industrial e o segundo a construção do complexo arquitetônico da Pampulha (ARAÚJO; COSTA, 2013). Dada a crescente preocupação com o desenvolvimento e crescimento da capital mineira, o governador Benedito Valadares ( ) cria a Cidade Industrial, impulsionando o vetor leste da cidade e a criação da avenida Antônio Carlos pelo prefeito Otacílio Negrão de Lima ( ), que impulsionou o crescimento para o vetor norte. Soma-se a este último acontecimento a criação da barragem da Pampulha para controle das cheias e abastecimento da região, em Neste sentido, pode-se dizer que o prefeito Otacílio abriu caminho para seu sucessor Juscelino Kubitschek ( ), que pretendia realizar, durante seu mandato, a urbanização da Pampulha e sua transformação em centro turístico e de lazer para a cidade (ARAÚJO, 2013, p. 25). A partir de 1940 JK com o seu ideal de transformação implementa a política de modernização em Belo Horizonte que, entre outras ações, contou com a criação de um novo bairro para a cidade, um bairro alegre e moderno às margens da barragem da Pampulha. O propósito do projeto era fazer do local um bairro nobre, de lazer, habitação e turismo. A proposta do novo bairro continha o projeto de cinco edifícios: um cassino, uma igreja, um clube, uma casa de dança e um hotel de luxo. Ficou então, a cargo do arquiteto Oscar Niemeyer projetar o conjunto de edificações no entorno da Lagoa da Pampulha que gerasse o rompimento com as tradições locais e nacionais. A Pampulha deveria ser criada para simbolizar uma nova era para a cidade de Belo Horizonte (FINGERUT; CASTRO, 2005, p.14). Sua arquitetura moderna deveria traduzir o espírito da época, devido às experiências plásticas e maleáveis da nova arquitetura (CAPPELLO; LEITE 2011). O Conjunto Arquitetônico foi inaugurado em 1943, porém nem todas as obras previstas no projeto foram finalizadas. Finguerut; Castro (2005) assinalam que a Pampulha não só gerou um conjunto de obras simbólicas, mas uma nova identidade para a cidade de Belo Horizonte e para a Arquitetura Brasileira (FINGUERUT; CASTRO, 2005, p.14). A Pampulha não só agregou a cidade de Belo Horizonte um complexo social como também econômico e histórico, expressando características das primeiras construções modernistas no Brasil. A Pampulha pode ser considerada como o marco inicial de um modernismo genuinamente brasileiro. O mais importante é que a construção dessa brasilidade não pagou nenhum tributo a reduções folclorizantes a respeito do país; local e universal, a nova linguagem foi criada a partir do uso coerente das tecnologias mais recentes e do uso irrestrito da imaginação criadora (CAVALCANTI, 2006 apud ARAÚJO; COSTA, 2013, p. 10). 4

5 De acordo com Dulci (1986) a Pampulha foi emblemática não somente como representação da arquitetura moderna, mas significou também uma reorientação estética. Ela pode ser considerada como um símbolo de modernização no que se refere ao aspecto político, bem como uma materialização urbana da aliança que se estabeleceu entre o Estado e a vanguarda da época. Juntamente com o conjunto arquitetônico e buscando incentivar a ocupação do novo bairro, JK solicita a Niemeyer o projeto de uma residência de campo, atualmente conhecida como Casa Kubitschek (Casa JK). A casa expressa um período singular para a consolidação do pensamento modernista em Minas Gerais e suas manifestações na arquitetura, no urbanismo, no paisagismo e nas artes [...] (BELO HORIZONTE, 2013). Em 1945, JK foi para o Rio de Janeiro, empossado como deputado federal, deixando então de frequentar a residência na Pampulha. A casa permaneceu desocupada até 1956 quando Jobert Guerra, amigo e padrinho de casamento de JK que comprou o imóvel. Após a morte de Guerra em 1977, sua esposa Juracy Guerra, permaneceu na casa até 2004 e pouco tempo depois a Prefeitura de Belo Horizonte demonstrou interesse em comprar o imóvel com a finalidade de transformar em um espaço cultural. Em 2008 começaram as obras de restauração e adaptações para que a casa fosse transformada em museu, obra que ficou parada durante dois anos, sendo retomada em A casa foi reaberta em 2013, integrando-se ao Complexo Arquitetônico da Pampulha. A edificação é tombada pelo patrimônio municipal, estadual e federal e agora faz parte da campanha Pampulha: Patrimônio da Humanidade (BELO HORIZONTE, 2013). 3 O Modernismo no Brasil O movimento modernista teve seu início no Brasil por volta de 1917 quando a artista plástica Anita Malfatti expôs seu aprendizado artístico na Europa e nos Estados Unidos. Porém, seu marco inicial é sempre referendado pela primeira manifestação em 1922, intitulada Semana de Arte Moderna que ocorreu no Teatro Municipal de São Paulo. Artistas como Mário de Andrade, Anita Malfatti, Oswald Andrade, Manuel Bandeira se reuniam com seus ideais revolucionários a fim de opor-se a arte passadista e os valores acadêmicos (SEGAWA, 1998). 5

6 Apesar dos primeiros manifestos modernistas terem acontecido na cidade de São Paulo e no Rio de Janeiro, o movimento só se fixou devido à incorporação de outras regiões do país, as metrópoles são sempre os locais tradicionalmente de respiração das mudanças (ARRUDA, 2011, p. 191). Houve no Brasil uma segunda fase do modernismo, entre 1924 e 1929, quando o escritor e jornalista Oswald de Andrade publicou o Manifesto do Pau-Brasil, que introduzia na literatura uma discussão inédita modernista: o nacionalismo (SEGAWA, 1998). O modernismo passa a adotar como primordial a questão da elaboração de uma cultura nacional: a qualidade da obra de arte não reside mais no seu caráter de renovação formal. Ela deve antes refletir o país em que foi criada (MORAES, 1978 apud SEGAWA, 1998, p. 42). Essa alteração nesse conjunto de linguagens não se deu somente na literatura, mas também na poesia, nas artes plásticas, na arquitetura, na música popular e erudita (ARRUDA, 2011). Porém, na arquitetura moderna o marco do movimento se deu com a construção da sede do Ministério da Educação e Saúde no Rio de Janeiro, projeto liderado pelo arquiteto Lúcio Costa e tendo como parte da equipe Oscar Niemeyer, a obra foi iniciada em 1937 e finalizada por volta de O projeto foi considerado o ponto inicial de uma arquitetura moderna de feitio brasileiro (SEGAWA, 1998). Durand; Salvatori (2013) reforçam que esse marco foi a primeira de uma série de iniciativas que trariam visibilidade para a ascensão do jovem arquiteto modernista, Oscar Niemeyer. Macedo (2002) aponta três polos para o entendimento da arquitetura moderna de Niemeyer como a busca de uma identidade arquitetônica nacional, podemos fazer referência com a segunda parte do movimento modernista no Brasil que era a busca por essa identidade nacional e cultural; a inclusão de um pensamento arquitetônico internacional, ou seja, referências vindas principalmente da Europa especificamente da França adaptando-se a um estilo característico brasileiro. E o uso de técnicas construtivas como o do concreto armado. 4 A Casa JK A Casa Kubitschek Casa JK foi construída em 1943, no mesmo ano em que foi inaugurado o Conjunto Arquitetônico e Paisagístico da Pampulha. Ela também foi projetada pelo arquiteto 6

7 Oscar Niemeyer e seus jardins foram resultado do projeto do paisagista Burle Max. Inicialmente a Casa JK teve como finalidade ser uma residência de fim de semana para o então prefeito da época, Juscelino Kubitschek JK. A casa expressa um período singular para a consolidação do pensamento modernista em Minas Gerais e suas manifestações na arquitetura, no urbanismo, no paisagismo e nas artes [...] (BELO HORIZONTE, 2013). Em 1945 JK foi para o Rio de Janeiro, empossado como deputado federal, deixando então de frequentar a residência na Pampulha. A casa permaneceu desocupada até 1956, quando Jobert Guerra, amigo e padrinho de casamento de JK comprou o imóvel. Após a morte de Guerra em 1977, sua esposa Juracy Guerra, permaneceu na casa até 2004 e pouco tempo depois a Prefeitura de Belo Horizonte demonstrou interesse em comprar o imóvel com a finalidade de transformar em um espaço cultural (IEPHA, 2014). Em 2008 Prefeitura de Belo Horizonte iniciou as obras de restauração e adaptações para que a casa fosse transformada em espaço museográfico. Houve interrupção dos trabalhos por um período de dois anos e em 2011 a obra foi retomada. A casa foi reaberta em 2013, integrandose ao Complexo Arquitetônico da Pampulha. A edificação é tombada pelo patrimônio municipal (2003) e estadual (tombamento provisório/2004, tombamento definitivo/2009) (IEPHA, 2014). 4.1 Os espaços internos e o mobiliário moderno da Casa JK A Casa JK projetada por Niemeyer é considerada uma das expressões do modernismo na arquitetura brasileira e desde 2013 tem tornado possível vivenciar os modos de habitar dos anos de 1950 e 1960, através de objetos e estímulos sensoriais (BELO HORIZONTE, 2013). A ambientação, o mobiliário restaurado, reforça a presença do design no local e como ele contribui para essa imersão no tempo. A casa é composta por dois pavimentos e uma extensa área verde externa que conta com jardins projetados por Burle Marx. No primeiro pavimento do interior da casa, encontra-se o setor social da casa modernista que, [...] compreende as áreas de uso comum de visitantes e moradores (BELO HORIZONTE, 2013; IEPHA, 2014). Para a ambientação do interior da casa o mobiliário foi disposto de forma a ressaltar as características modernistas neles impressas como estofamento em cores fortes, pés palito, formas geométricas e o tipo de madeira como peroba e jacarandá. 7

8 Na varanda com fechamento em pano de vidro, encontram-se objetos assinados como a Poltrona Costela, na cor verde musgo e em couro, criada pelo arquiteto e designer austríaco Martin Eisler em Traz também uma mesa de madeira com o tampo em feltro, executado pela Sra. Juracy Guerra 4, ao fundo há um painel de azulejos de autoria de Alfredo Volpi e Mario Zanine, executado pelo Atelier Osinarte. Na sala de estar, nos deparamos com a leveza das formas do mobiliário, contrastando com as cores vivas do estofado. A disposição dos móveis faz com que a sala de estar seja dividida em dois ambientes. À primeira vista, visualiza-se uma lareira em forma orgânica de pedras filetas, duas poltronas original redonda, com o estofamento em duas cores e pés palito. Há também um sofá de três lugares da Mary Decorações 5, banqueta em madeira peroba do campo, cinzeiro de pé metálico, e ao centro uma mesa central de madeira, redonda com tampo de vidro e pés palito, denominada Drum Coffee Table, assinada por Carlo Hauner e Martin Eisler (1950). O segundo ambiente criado na sala de estar é composto por três poltronas diferentes, uma poltrona estilo bergère com pés palito e estofamento roxo. A segunda poltrona é do tipo Zanus estruturada em madeira peroba do campo com estofamento na cor bege,euma terceira poltrona em estofado roxo liso e pés palito. A mesa de centro retangular possui um tampo com aplicação da pintura Guernica de Pablo Picasso, feita por D. Juracy Guerra. As paredes pintadas em um tom claro e o chão de madeira trazem a leveza de um ambiente moderno. Outro ambiente de reunião social é a sala de jantar, simples e sofisticada. Nela, destaca-se a grande mesa em peroba com pés arqueados pretos, com dez poltronas que são revestidas em veludo cor verde escuro com grafismos modernos e pés palito, mobiliário da década de Possui um buffet revestido em fórmica preta e bege, também com pés palito, em madeira peroba do campo. Não menos importante, a graciosa escada, com 10 degraus dando acesso ao escritório, é construída de madeira peroba do campo e corrimão de bronze, dando um toque refinado ao espaço. 4 Esposa de Joubert Guerra, amigo e compadre de JK para quem ele vendeu a casa após sua mudança para o Rio de Janeiro 5 Loja de móveis de Belo Horizonte existente na década de

9 No segundo pavimento ficam resguardadas as áreas íntimas, quartos e suítes sendo estas últimas uma expressão do modo modernista de morar. Os ambientes contam suas histórias com recursos da expografia instalada no espaço que explorou recursos como áudio e vídeo, retratos e mobiliários originais da época. O setor íntimo da casa modernista compreende as áreas reservadas, correspondentes aos aposentos pessoais dos moradores: corredor, quartos e banheiros. Esse setor é independente na residência, tem vida própria e se mantém isolado em relação aos demais setores da casa. Para garantir essa privacidade, quartos e banheiros estão localizados em um nível acima dos demais setores (BELO HORIZONTE, 2013). O corredor que conduz aos ambientes íntimos é vedado com tijolos de vidro originais da década de O primeiro quarto de solteiro da casa é dedicado a contar um pouco da história de JK, o quarto possui o mobiliário original que pertencia a casa na época em que Juscelino a habitava nos finais de semana, segundo depoimento de D. Juracy Guerra. O quarto possui mobiliário simples como cama e armário em madeira peroba do campo e pé palito, escrivaninha e uma cadeira giroflex em madeira e estofamento em camurça. O banheiro próximo a esse quarto possui louças originais inglesas, e revestimentos de pisos e paredes originais como pastilha sextavada branca e azulejo branco. O segundo quarto de solteiro possui duas camas em madeira peroba do campo, da década de Os elementos expográficos que compõem esse ambiente são projeções videográficas de histórias da época em cima das camas. O banheiro que compõe essa suíte possui pia alemã da marca Keramag, bidê nacional Hervy, armário da pia com espelho bizotado acompanhado de arandelas nas laterais. O último quarto que fica no final do corredor é o quarto de casal, a cama em madeira estilo Chippendale 6, poltronas redondas e pufe originais da década de Possui um aparador baixo em madeira peroba do campo com os pés metálicos e criado mudo em peroba e pés palito, mobiliário original e com características da década de 1950, além de uma penteadeira em peroba e espelho bizotado. O quarto conta um pouco da história dos últimos moradores da casa, Joubert e Juracy Guerra, através de fotos e vestimentas da época. O banheiro da suíte do casal possui acabamentos originais da construção da casa, como nos outros banheiros da parte íntima, 6 Estilo de mobiliário que tem como características pernas curvas, os pés podem ser em pata de leão, e madeira trabalhada com detalhes esculpidos formando um relevo. 9

10 as paredes e o piso são revestidas em azulejo branco e pastilha cerâmica sextavada. Possui um armário acima da pia com espelho bizotado original ladeado por arandelas. Essas peculiaridades que compõem uma casa modernista ainda são percebidas e utilizadas nos dias atuais, como os traços geométricos na arquitetura, o design do mobiliário sem a presença de muitos adornos. É possível também identificar a mesclagem de estilos de épocas diferentes, mas em sua maior parte a Casa JK apresenta um mobiliário com diversas dessas características que marcaram a época, como o pé palito, as cores vibrantes, mistura de cores e texturas, além de ser uma característica da produção do mobiliário brasileiro o uso da madeira maciça. O mobiliário moderno no Brasil começou a surgir em meados dos anos 1950, quando as classes de alto poder aquisitivo começaram a construir suas residências partindo de projetos arquitetônicos que transmitissem uma linguagem moderna, arquitetos em ascensão como Oscar Niemeyer apresentavam ao país essa nova proposta da arquitetura. Junto a essas construções veio a necessidade de se produzir um mobiliário condizente com o espaço construído. Integrando diretamente arquitetura, interior e mobiliário (TEIXEIRA, 1996). O mobiliário dos anos 1950 teve como marca principal a funcionalidade e o despojamento sendo influenciados pela estética internacional. [...] os ambientes brasileiros sofrem uma forte influência da estética norte-americana então em voga, de linhas e volumetrias curvilíneos e assimétricos, formas ameboides e pés palito. A decoração bem como o mobiliário são compostos de formas e volumes arredondados, de cores vivas e vibrantes; a mistura de materiais e texturas [...] (TEIXEIRA, 1996, p.40) No decorrer da pesquisa, foi feito um levantamento fotográfico do mobiliário interno da casa, com indicações sobre o ano de produção, os materiais utilizados, as cores de cada móvel e onde encontra-se na casa. A intenção foi ressaltar como o mobiliário foi emblemático para expressar o estilo moderno de habitar no Brasil àquela época. 5 Expografia e Design Sensorial na Casa JK O design sensorial está ligado diretamente aos cinco sentidos e é perceptível através de memórias e lembranças. Quando diante de algumas experiências o passado é chamado e se faz presente, podendo transmitir sensações nostálgicas. 10

11 O passado como uma imagem diagramática que se configura no instante de uma escolha. No entanto no seu aqui-agora [...], como experiência presente a tradução transforma o presente, transformando-se precisamente pela criação da sensibilidade humana: a criação criando os sentidos humanos (PLAZA, 2010, p.9). O design sensorial é uma experiência vivenciada por meio de sensações provocadas que podem induzir o retorno de lembranças do passado, quando se é exposto diante de algo que relembre e/ou remeta a situações parecidas ou reconhecidas por quem as experimentou. Através dos sentidos, experiencia-se sensações reais momentâneas, como se estivesse vivenciando ou fazendo uso daquilo naquele momento por meio da sinestesia. Esse é um dos métodos comuns e de grande eficácia usado pelos museus, sendo possível tornar mais rico e vivo um passeio a certo ambiente, transcendendo as barreiras entre exposição e visitante. Isso faz com que haja uma percepção de informação sensorial de forma holística, fazendo conexão entre o passado e presente constante. Assim, para Plaza (2010, p.9) [...] cada re-configuração da história, que cada tradução inevitavelmente promove, simultaneamente faz reabrir as comportas do passadopresente-futuro. A expografia é também parte importante de um museu. O termo surgiu em 1993 para traduzir a forma de expor tudo àquilo que é colocado em um ambiente para exposição. Primo (2006) explica que expografia pode ser compreendida como um [...] conjunto de todas as técnicas ligadas à elaboração, concepção, manutenção e apresentação de exposições de objectos herdados ou de expografia de objectos construídos para a intervenção social (PRIMO, 2006, p. 110). Hoje, a expografia é uma técnica muito utilizada, pois serve para direcionar e orientar em relação às informações que o espaço e a exposição pretendem passar ao seu visitante. Assim, facilita a definição da linguagem para o público, através de recursos comunicativos que consigam transmitir com clareza os objetivos e temas tratados no ambiente. Com efeito, é atualmente uma ferramenta de grande utilidade por trazer soluções práticas e satisfatórias para expressar o conteúdo proposto. É como define Costa (2012, p.70) Com a consolidação dos museus e dos salões de arte no século XIX, o padrão expográfico passou a ser considerado em todo o mundo um importante aspecto da exposição. Uma expografia bem projetada e elaborada consegue retratar com relevância a exposição e comunicação museal. Juntamente com a cenografia a expografia compreende o desenho do espaço de forma apresentável para dar suporte ao contexto proposto pelo o local juntamente com a orientação do curador. 11

12 A exposição é parte de um processo de comunicação em que a informação compreendida pelo visitante envolve uma complexa rede de organização cognitiva, ou seja, todo ato de comunicação pressupõe interlocutores capazes de trocar mensagens a partir de sinais reconhecíveis por ambos que codificam e decodificam os signos utilizados. Para que essa comunicação seja efetiva, a exposição utiliza diversos fatores e elementos, entre os quais estão o ambiente, a organização do espaço, os sons, os ruídos, as imagens e os objetos expostos. Ao utilizar esses estímulos de forma planejada, ela oferece um efeito significativo no entendimento e na memória do visitante sobre o conteúdo apresentado, proporcionando uma comunicação eficiente do objeto (SABINO, 2011, p.10). Com o recurso da expografia busca-se a melhor forma da exposição para contar, interpretar ou transmitir fatos com mais clareza para quem assisti, tornando-o o mais próximo possível da realidade que se deseja apresentar. Não existem regras, apenas métodos pessoais e cognitivos. Para a realização de exposições, não existe um formato único, ou uma regra a ser seguida, e cada exposição pode e deve ser original. E, assim como existem obras realizadas propositalmente para um único espaço, efêmeras, todas as obras se atualizam, na análise semiótica, em cada contexto expositivo em que são analisadas. (MARTINEZ, 2007, p. 20) É perceptível que para um bom resultado museógrafo que o design sensorial e a expografia são dois fatores relevantes e devem andar juntos para uma melhor obtenção de resultados. É possível ver a presença desses dois importantes elementos, em um estudo da disposição dos objetos e da arquitetura da Casa JK, que conversam entre si. Como ressalta Sabino (2011, p.198) [...] a exposição é entendida como meio de comunicação do patrimônio. E assim, por manter conexão entre o acervo e o local de exposição a Casa JK é usada como base de estudo e interpretação do contexto, visto conter referências em relação ao seu espaço expográfico e ao design sensorial nela presente. A expografia na Casa JK pode ser vista em todos os ambientes a partir da disposição dos objetos e organização dos espaços que se mantêm próximos do que foram no passado, mas contam também com elementos contemporâneos que despertam nossos sentidos para que torne possível experimentar a atmosfera dos anos Outro ponto referente à expografia na Casa JK que merece destaque é a conservação dos objetos que foram mantidos nos diversos ambientes (exceto garagem e na sala de administração) e em sua maioria com as mesmas funções a qual era proposto antigamente. Isso é como se fosse um facilitador para o entendimento do contexto e a época, pois destacam como eles eram realmente utilizados e onde se situavam no cotidiano da casa, quando era habitada. Toda a exposição se transforma em um meio de comunicação 12

13 constante devido também à história preservada e mantida pelo os ex-moradores e atuantes na conservação do local, que mantém a Casa com a caracterização mais próxima dos ambientes originais. É praticamente inevitável chegar a Casa JK e não se imaginar trajado elegantemente como na época, acompanhado de uma boa bebida e um cigarro para ouvir um clássico. [...] são as marcas do espaço que guiam a leitura, que conduzem à realização de um percurso que é tanto sensorial quanto cognitivo (MARTINEZ, 2007, p 20). Essa é uma das traduções da presença do design sensorial na Casa JK, que mostra ser possível poder conseguir enxergar por meio de pulsões emocionais, uma experiência próxima da realidade habitual que era mantida na casa em relação ao seu primeiro uso na época do modernismo, a qual se refere à exposição. A disposição do mobiliário e os rearranjos contemporâneos alcançados por meio da expografia remetem ao passado com vistas a proporcionar ao visitante um retorno no tempo, por meio do incitamento ao imaginário relativo ao passado ali vivido. A memória é assumida como as referências culturais e formais relativas à percepção e entendimento, sendo a base comum de comunicação entre autor e observador/ utilizador (PRIMO, 2006, 113). Por meio das músicas planejadas para tocar no ambiente, assim como a disposição dos objetos o visitante é impulsionado a aderir à experiência da sensação nostálgica que o local traz. Isso suscita em uma possibilidade de voltar no tempo e na história da casa. Trata-se de ampliar a compreensão da realidade humana, na sua dimensão social, histórica e existencial. (MINAS GERAIS, 2002, p.100). Tudo se transforma em um conjunto de sensações reais experimentadas na fruição do espaço. Assim, se absorve e se experimenta com intensidade o modernismo na arquitetura e no mobiliário em cada ambiente. Uma sensação de conhecimento histórico, compreensão e ligação sensorial que conduz o visitante a voltar no tempo por meio de uma experiência expográfica. 6 O Turismo na Casa JK: o modernismo revisitado O prefeito de Belo Horizonte entre Juscelino Kubitscheck, e o então governador do estado Benedito Valadares perceberam que os anos 1940 era o momento para que o poder público explorasse novas potencialidades para a Pampulha, bairro em crescimento. A preocupação de ambos era modernizar a cidade e poder assim, reinseri-la em um novo tempo. Para tanto a intervenção no espaço urbano foi considerada uma estratégia para alcançar tal 13

14 propósito e por isso Agache, um urbanista francês foi convidado para fazer um diagnóstico da cidade e indicar as potencialidades da Pampulha (LEMOS; BAHIA, 2013). Agache diagnosticou que Belo Horizonte já apresentava um desenvolvimento urbano desorganizado e necessitava de uma planificação e que diante do déficit habitacional constatou que a Pampulha poderia ser o espaço para minimizar este problema. O propósito de JK e do então governador era transformar a Pampulha no principal ponto turístico da cidade e figuraria como marco de um novo tempo que representasse a prosperidade. Ainda hoje, no século XXI, a Pampulha, ou melhor o Complexo Arquitetônico da Pampulha constituído pelo Museu de Arte, Casa do Baile, Igreja São Francisco, Iate Clube e da Casa JK continua sendo espaço turístico na cidade de Belo Horizonte. Isto implica dizer que o propósito de JK foi efetivado e permanece ao longo tempo. Como o espaço mais recente a compor o Complexo Arquitetônico da Pampulha 7, a Casa JK tem se constituído em mais um local de visitação tanto para o turista como para o morador da cidade que pode ser transportado para um tempo passado. Mesmo que conforme Jacques (2005) a cidade moderna esteja sendo pasteurizada para ser apresentada ao mundo, principalmente para os que passam por ela e não para os que estão nela, a experiência de ser turista e/ou visitante na Casa JK implica a possibilidade de reter uma leitura da cidade de Belo Horizonte e um dos momentos de sua história. Leitura esta que é possibilitada pelos recursos expográficos e do design sensorial como forma de sermos transportados no tempo. Mesmo que a Casa JK não possa ser considerada como o espaço tradicional onde ocorrem processos de aprendizagem, de contemplação e ponte com o passado, tal como preconiza a museologia (VIRGINIO, 2010) é um local que instiga a reflexão social em torno de aspectos da história da cidade. Outro ponto a se destacar em relação ao turismo e as visitações na Casa JK é que, apesar de estar localizada na Pampulha, clássico destino turístico na cidade e Belo Horizonte, por ter uma existência ainda recente ainda não se configura como espaço de visitação por excelência, ou mesmo em um espaço museográfico tradicional. Entretanto, pode já ser inscrito no campo das novas telas turísticas, não só em termos de novidade, mas também de novas formas de fazer turismo. Como assinala Cadavez (2015, p. 44) [...] as novas telas disponíveis nos locais mais improváveis são reconhecidas e aceites como veículos transmissores das essências, autenticidades e narrativas locais e nacionais. Sendo assim, a cidade que se visita pode ser 7 A Casa JK foi inaugurada como espaço museológico em

15 apreendida de variadas formas pelas experiências que nela se vivencia seja em espaços tradicionais de conservação de seus elementos culturais, bem como dos novos espaços turísticos que se formam a partir de novas maneiras de experimentar a cidade e sua história. Em se tratando de tempos globalizados de sujeitos com urgências temporais para a realização de suas atividades turísticas os novos palcos de exibição de traços culturais de uma cidade tem se apresentado como estratégia do mundo dos negócios em turismo, mas também de novas formas de apresentar a cidade. Neste cenário, a Casa JK configura-se como uma destas novas telas turísticas pela novidade que apresenta em sua forma de organização do material expográfico se valendo do design sensorial para realizar a transposição do tempo presente para o tempo passado possibilitando ao visitante viajar do século XXI de volta ao modernismo do século XX em Belo Horizonte. Desta maneira, o turista e/ou visitante pode se valer de novos recursos para compor seu repertório sobre a cidade e sua história e construir novas narrativas. 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS A expografia está intimamente ligada ao ato de se pensar o espaço museográfico, de uma maneira não convencional conectando tecnologia e história. O espaço museográfico possui um fator comunicante necessário para a elaboração e concepção dos espaços expositivos. Essa comunicação se faz presente quando reúne técnicas para o arranjo desses locais, como por exemplo, pelo uso de métodos que incorporem o Design Sensorial que, por sua vez, busca empreender maneiras de instigar as formas de percepção do ser humano, seja através de áudio, vídeo, olfato, tato, paladar ou do seu processo cognitivo. Isso faz com que cada indivíduo tenha sua experiência de maneira subjetiva, com a contribuição da sua própria bagagem cultural e suas percepções. A expografia contemporânea se vale então de vários recursos, como os sentidos, as formas, materiais, a textura, o peso são componentes essenciais para que o usuário se conecte com o espaço, pois quando acionados juntos causam um impacto emocional imediato (REITER, 2012). A Casa JK não explora todos os sentidos sensoriais, porém se vale de objetos que nos levam a conhecer os modos de habitar das décadas de 1940 e Os sentidos mais explorados são o visual e o auditivo por meio do mobiliário original da época, das fotografias e vestimentas, faz com que o usuário se aproxime de um tempo que nos parece distante. 15

16 No dia 17 de julho de 2015 no evento Noturno nos Museus 8 houve na Casa JK a exposição de mais objetos relativos aos modos de viver dos anos 1950 ressaltando a ideia de explorar o sentido visual para ambientar espaços que se tornem o mais próximo possível do tempo a que se faz referência. Nesta noite de programação atípica, a Casa JK expôs diversos objetos que eram utilizados na nos anos 1950, permitindo com que o visitante se tornasse mais próximo daquele tempo. Além de vestimentas foram expostas revistas, rolos de filmes e até um carro. A noite na casa modernista também contou com intervenções de artistas contemporâneos, como grafite durante o evento, uma instalação no lago da casa intitulada Bolhas Flutuantes do artista Rogério Fernandes, além de oficinas, performances e exposição de quadros. Estas intervenções na Casa JK permitiram estabelecer conexões entre o passado moderno e o presente transmitindo para o local a identidade de dois tempos diferentes. Um dos aspectos da análise da Casa JK foi discorrer sobre a relação entre expografia, design sensorial, suas funções e relevância para a prática do turismo. Pode-se inferir que tais temas se apresentam como complementares na Casa JK e em consonância com a sua proposta expositiva. Isso pode ser visto no conjunto dos ambientes tanto em relação à disposição dos móveis e objetos, como também em relação a música que toca e o projeto de iluminação que contribuem para transportar o visitante para a atmosfera dos modos modernistas de viver e habitar nos anos 1950 em Belo Horizonte. Foi possível pensar a Casa JK no que se refere à visibilidade e aderência que se tem em enxergar e entender o que os autores Plaza (2010), Primo (2006), Costa (2012), Sabino (2011) apontam e discorrem sobre os temas expografia e design sensorial, pois o local pode ser pensado a partir desta relação visto que consegue contribuir para que os visitantes possam imergir no ambiente dos anos 1940/1950. A experiência de turismo ao visitar a exposição contribui para que se perceba por meio da ativação de alguns dos nossos sentidos, elementos da história da cidade de Belo Horizonte. A forma como os ambientes foram adaptados e apresentados ao turista e/ou visitante, a sequência sugerida para a visitação dos espaços, faz com que gradativamente se consiga compreender a sintonia do lugar com as pessoas e a história de 73 anos ali contida, história que teve início no auge do modernismo na cidade. 8 Evento realizado anualmente em vários lugares do mundo e em 2015 foi abrigado pela primeira vez no Brasil pela capital mineira. Desde então, uma noite do ano os museus da cidade são abertos e acolhem atividades artísticas diversas. 16

17 REFERÊNCIAS: ARAÚJO, Guilherme Maciel. Roteiro: Oscar Niemeyer em Belo Horizonte. Belo Horizonte: Fundação Municipal de Cultura, Casa do Baile, ARAÚJO, Guilherme Maciel; COSTA, Janaína França. Pampulha: trajetória de um Patrimônio. In: ARAÚJO, Guilherme Maciel (org.). A Casa em Debate: Caderno de textos. Belo Horizonte: Fundação Municipal de Cultura; Casa do Baile, Cap. 1, p ARRUDA, M.A.N. Modernismo e regionalismo no Brasil: entre inovação e tradição. Tempo soc.[online]. v. 23, n. 2, pp , BELO HORIZONTE. Folder informativo do Museu Casa JK, CADAVEZ, Cândida. (Sempre a) ver e aprender, ou o heterogéneo habitus de observação dos turistas das sociedades coevas. In: Revista Iberoamericana de Turismo, RITUR, Número Especial, out. 2015, p CAPPELLO, M.B.C; LEITE, L.A.L.D.M. Oscar Niemeyer pelo complexo arquitetônico de Pampulha: uma análise à sua recepção na imprensa nacional e internacional. Relatório Final do Projeto de Pesquisa: Arquitetura moderna no Brasil e sua difusão nas revistas de arquitetura brasileiras através das imagens fotográficas ( ). Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. Universidade Federal de Uberlândia. Minas Gerais p. COSTA, Xavier. Expografia moderna e contemporânea: diálogos entre a arte e a arquitetura. Madrid: [s. n.], 2012 (Series Iberoamericanas de Museologia, 8). Disponível em: < Acesso em: 28 mar DULCI, O. S. A UDN e o Anti-Populismo no Brasil.. Belo Horizonte: UFMG/PROED, DURAND, José Carlos; SALVATORI, Elena. A gestão da carreira dominante de Oscar Niemeyer. Tempo soc. [online], v. 25, n. 2, pp , FINGUERUT, Silvia; CASTRO, Mariângela (org). Igreja da Pampulha: restauro e reflexões. Fundação Roberto Marinho, Rio de Janeiro. HORTA, C.A.C. Belo Horizonte: a construção de um saber geográfico. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, Dissertação, Mestrado em Geografia, IEPHA. Guia de bens Tombados. 2. ed. Belo Horizonte: Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais, v. LEMOS, Celina Borges; BAHIA, Denise Marques. A Pampulha: uma modernidade mineira. In: ARAÚJO, Guilherme Maciel (org.) A Casa em Debate: Caderno de textos. Belo Horizonte: Fundação Municipal de Cultura; Casa do Baile, Cap. 2, p

18 MACEDO, Danilo Matoso. A matéria da invenção: criação e construção das obras de Oscar Niemeyer em Minas Gerais Dissertação, Mestrado em Arquitetura e Urbanismo. Escola de Arquitetura. Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MARTINEZ, E. de S. Curadoria e expografia em abordagem semiótica. In: 16º Encontro Nacional Da Associação Nacional De Pesquisadores De Artes Plásticas Dinâmicas Epistemológicas Em Artes Visuais, Florianópolis, set Disponível em: < Acesso em: 24 mar MINAS GERAIS. Secretaria do Estado da Cultura Superintendência de Museus. Caderno de Diretrizes Museológicas. Belo Horizonte, PLAZA, Julio. Tradução Intersemiótica. 2. ed. São Paulo: Perspectivas, 2010 PRIMO, Judite. Museologia e design na construção de objectos comunicantes. In: Caleidoscópio: Revista de Comunicação e Cultura. n.7, Lisboa, 2006, p Disponível em: < Acesso em: 28 mar REITER, R.E. Design de Exposição Como Experiência Sensorial. Trabalho de Conclusão de Curso de Design Visual, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, SABINO, Paulo. Arquitetura e Urbanismo: um estudo de suas relações em museus e instituições culturais. Caderno de pós graduação em arquitetura e urbanismo, v. 11, n. 2, p , Disponível em: < Acesso em: 16 mar SEGAWA, Hugo. Arquiteturas no Brasil ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, São Paulo. SOUZA, L.N; ÁLVARES, L.C. A Propaganda Política da Pampulha: do Modernismo de Kubitschek ao City-Marketing de Pimentel. In: V Seminário de Pesquisa em Turismo do Mercosul. Universidade de Caxias do Sul, 2006 Disponível em < acesso em 30 abr TEIXEIRA, M.A.F. Mobiliário Residencial Brasileiro: Criadores e Criações. Uberlândia: Editora Zardo, VIRGINIO, D. F. Turismo e Cultura: um estudo sobre o programa de qualificação de museus para o turismo. In: REVISTA ELETRÔNICA DE TURISMO CULTURAL, v. 4, n.1, 1º semestre, Disponível em < Acesso em 27 maio

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