dos afixos: reflorescer (cp. florescer); injusti~a (cp. injusto / justiqa). A classifica~ao desses vocabulos co-

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "dos afixos: reflorescer (cp. florescer); injusti~a (cp. injusto / justiqa). A classifica~ao desses vocabulos co-"

Transcrição

1 "Verbos derivados de urnnome mediante 0 emprego da flexao verbal e a adjun~ao de urndos prefixos ~- ou em-, sem significa~ao propria (v.deriva~ao);exs.: aclarar, de - claro; embandeirar, de - bandeira. Pode haver a mais a adjun~ao de urnsufixo de valor iterativo ou incoativo (v.aspecto); exs.: entardecer, de tarde; amanhecer, de manha" (s.v. parassinteticos, p. 187). dos afixos: reflorescer (cp. florescer); injusti~a (cp. injusto / justiqa). A classifica~ao desses vocabulos co-

2 gua; podemos constatar 0 fate com urn dos exemplos apresentados por M.Camara: aclarar - * aclaro (adj.) * clarar Portanto, a parassintese e definida pela sirnultaneidade dos afixos (1). Outro aspecto importante a salientar e que os prefixos apresentarn significagao propria (diferenternente do que afirrna M.Carnara) e nao se reduzern apenas aos dois exernplos a- e em-; verbos como esclarecer, desfo- Ihar, rern09ar rnostrarnque es-, des-e re- sac tarnbernpr~ fixos forrnadores de parassinteticos. De urn modo geral, os prefixos que figurarn nos parassinteticos tern urn sentido dinamico (ernbarcar (ern-: rnovirnento para dentro); desfolhar (des-: ate de separar», o que explica 0 fato de a rnaioria desses derivados serern verbos. Contudo, podernos encontrar, ainda que rararnente, substantivos/adjetivos parassinteticos: e 0 caso de subterraneo (considerando que *subterra e *terraneo sac for mas inexistentes), bern como conterraneo, desalrnado,etc~2) Feitos esses esclarecirnentos, passernos a outros aspectos relacionados ao fenomeno de que, aqui, nos ocuparnos. Corn frequencia, so se revela 0 carater parassintetico de urn verbo, quando levarnos ern-conta 0 subsisterna de que ele faz parte. Apresentamos, a seguir, alguns casos que ilustrarn essa afirrnagao.

3 Ha exemplos curiosos de verbos cujo radical e urn adjetivo que exprime cor, e que, aparentemente, nao seriam parassinteticos: amarelar, azular. Todavia, se considerarmos 0 subsistema dos verbos formados desses ad jetivos, verificaremos que sao, na maioria, parassintet~ cos: acinzentar, alaranjar, arroxear, avermelhar, etc. Ora, nesses verbos mencionados ocorre 0 prefixo a-. Como os adjetivos amarelo e azul come~am pela vogal ~-, podemos admitir que houve a crase desse a- inicial do radical com 0 prefixo ~-: aamarelar~amarelar (3). A regra fonologica da crase e comum na morfolo gia portuguesa, con forme 0 ilustram os exemplos: normal (de norma + all, gostoso (de gosto + ~), etc. Parece-nos, portanto, plausivel considerar os verbos amarelar e azular como parassinteticos, em fun~ao das duas observa90es acima (4l. Assim tambem devem ser classificados verbos como reguentar e reverdecer, embora nossos dicionarios registrem as formas guentar e verdecer, 0 que poderia dar- -nos a impressao de que as primeiras formas sac derivadas por prefixa9ao. Examinando alguns verbos de base adjetival, antecedidos do prefixo re-, constatamos que sac todos parassinteticos: refinar, refrescar, reloucar (dada a inexistencia de formas como *finar (de fino), *frescar,*lo~ ~). Esse subsistema permite-nos concluir que requentar e reverdecer sac formados a partir dos adjetivos guente

4 o exame do subsistema pode tambem revelar que urn determinado vocabulo, aparentemente formado por para~ sintese, e, na verdade, urn derivado prefixal. Tome-se,p. to, a ocorrencia de inguebravel, indesejavel, impensavel, em que 0 prefixo se atrela ao adjetivo, e nao ao verba lit certo que se nao acha nos dicionario:$ [refere-se o autor ao adjetivo inencontravel) ; mas inencontravel, como outros muitos verbais em avel, ivel, e do numero da quelas palavras que se podem chamar facilmente formaveis" (Fatos da lingua portuguesa, p. 34). Outro caso interessante e 0 de verbos que aprealargar embandeirar respigar largar bandeirar espigar

5 alargar, "tornar largo"; largar, "soltar" embandeirar, "ornar com bandeiras"; bandeirar, "ser bandeirante" respigar, "recolher as espigas"; espigar, "criar espiga (0 milho, 0 trigo)" largar - formado de larg(o) + ar alargar e formado de ~ + larg(o) + ar embandeirar e formado de em + bandeira + ar respigar e formado de re + espiga + ar Portanto, os verbos alargar, embandeirar e respigar sac parassinteticos. A amissae do prefixo implicaria urn 5ig-

6 subsistemas, bem como a analise do aspecto semantico, sao, tambem, criterios indispensaveis para a caracteriza ~ao desse processo de forma~ao vocabular.

7 em seu Manual de gramatica historica espanola (cf.o serva~ao a respeito do adjetivo desalmado, a p.237). (2) Normalmente, os nomes deverbais nao sac parassintet!

8 BARRETO, Mario - Fatos da lingua portuguesa. 3. ed. Rio de Janeiro, Presen~a, CAMARA Jr., J. Mattoso - Dicionario de linguistica e gr~ matica. 7. ed. Petropolis, Vozes, COUTINHO, Ismael de Lima - Gramatica historica. 7. ed. Rio de Janeiro, Ao Livro Tecnico, MENtNDEZ PIDAL, R. - Manual de gramatica historica espanola. 7. ed. Madrid, Espasa-Calpe, NIDA, Eugene A. - Morphology. 2nd.ed. Ann Arbor: The Uni versity of Michigan Press, 1949.

A CIRCUNFIXAÇÃO COMO PROCESSO DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS Patrícia Ribeiro Corado (UERJ)

A CIRCUNFIXAÇÃO COMO PROCESSO DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS Patrícia Ribeiro Corado (UERJ) Departamento de Letras A CIRCUNFIXAÇÃO COMO PROCESSO DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS Patrícia Ribeiro Corado (UERJ) INTRODUÇÃO Apoiado na Teoria dos Constituintes Imediatos, o ensaio que se apresenta busca levantar

Leia mais

PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS: A PARASSÍNTESE Vito Cesar de Oliveira Manzolillo (UERJ/USP)

PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS: A PARASSÍNTESE Vito Cesar de Oliveira Manzolillo (UERJ/USP) PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS: A PARASSÍNTESE Vito Cesar de Oliveira Manzolillo (UERJ/USP) cesarmanz@globo.com RESUMO Sucintamente definida como acréscimo simultâneo de prefixo e de sufixo a uma base

Leia mais

Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Linguísticos

Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Linguísticos PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS: A PARASSÍNTESE Vito Cesar de Oliveira Manzolillo (UERJ/USP) cesarmanz@globo.com RESUMO Sucintamente definida como acréscimo simultâneo de prefixo e de sufixo a uma base

Leia mais

Circunxos do português. Luiz Arthur Pagani

Circunxos do português. Luiz Arthur Pagani Circunxos do português Luiz Arthur Pagani 1 derivação parassintética: O nome derivação parassintética quer signicar que nesse tipo de derivação um prexo e um suxo se unem simultaneamente a uma base adjetiva

Leia mais

P R O G R A M A. IV Unidade Prática de textos: Textos de autores portugueses e brasileiros dos séculos XIX e XX

P R O G R A M A. IV Unidade Prática de textos: Textos de autores portugueses e brasileiros dos séculos XIX e XX PERÍODO: 76.1 / 77.2 I Unidade Estrutura e formação dos vocábulos 1.1 Estruturas mórficas 1.2 - Formação do léxico português 1.3 - Processos de formação de palavras II Unidade Funções sintáticas dos termos

Leia mais

Análise Linguística (CE67C) Prof. Fabio Mesquita EXEMPLO DE ATIVIDADE DE MORFOLOGIA. Parte I Descrição teórica

Análise Linguística (CE67C) Prof. Fabio Mesquita EXEMPLO DE ATIVIDADE DE MORFOLOGIA. Parte I Descrição teórica Análise Linguística (CE67C) Prof. Fabio Mesquita EXEMPLO DE ATIVIDADE DE MORFOLOGIA Parte I Descrição teórica Derivação e Composição Toda língua possui mecanismos ou processos para formar palavras novas.

Leia mais

Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Linguísticos

Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Linguísticos PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS: A DERIVAÇÃO EM FOCO Considerações iniciais Vito Manzolillo (UFF) cesarmanz@globo.com Nossa experiência em sala de aula, ministrando cursos na área da Morfologia, nos

Leia mais

Henriques (2011, p. 112) também observa que

Henriques (2011, p. 112) também observa que 1 A DERIVAÇÃO E SEUS SUBTIPOS: UM ESTUDO COMPARATIVO Vito César de Oliveira Manzolillo (UERJ) cesarmanz@globo.com O processo de Derivação, dos mais profícuos da língua portuguesa, apresenta, ainda, alguns

Leia mais

Morfologia e Classes Apresentação da Professora Gramaticais Licenciatura em Letras Língua Portuguesa e Literaturas Ementa Organização da Disciplina

Morfologia e Classes Apresentação da Professora Gramaticais Licenciatura em Letras Língua Portuguesa e Literaturas Ementa Organização da Disciplina Morfologia e Classes Gramaticais Teleaula 1 Prof.ª Me. Margarete T. A. Costa tutorialetras@grupouninter.com.br Licenciatura em Letras Língua Portuguesa e Literaturas Apresentação da Professora Letras Português

Leia mais

ESTUDO DA CRÔNICA SEXA DE LUÍS FERNANDO VERÍSSIMO Sexa. In: Comédias para se ler na escola. R. Janeiro: Objetiva, pg

ESTUDO DA CRÔNICA SEXA DE LUÍS FERNANDO VERÍSSIMO Sexa. In: Comédias para se ler na escola. R. Janeiro: Objetiva, pg 1 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA Departamento de Letras e Artes DLET Curso de Licenciatura em Letras com a Língua Inglesa JOÃO BOSCO DA SILVA ESTUDO DA CRÔNICA SEXA DE LUÍS FERNANDO VERÍSSIMO

Leia mais

ESTRUTURA E PROCESSOS FORMAÇÃO DAS PALAVRAS

ESTRUTURA E PROCESSOS FORMAÇÃO DAS PALAVRAS ESTRUTURA E PROCESSOS DE FORMAÇÃO DAS PALAVRAS ESTRUTURA DAS PALAVRAS A palavra é subdivida em partes menores, esses elementos são chamados elementos mórficos. Exemplos: gatinho = gat + inh + o Infelizmente

Leia mais

ESTRUTURA E FORMAÇÃO DAS PALAVRAS

ESTRUTURA E FORMAÇÃO DAS PALAVRAS ESTRUTURA E FORMAÇÃO DAS PALAVRAS Governo Governa Desgovernado Governadores Ingovernável As palavras do grupo anterior têm um elemento em comum: a forma govern-. Em todas elas há elementos que diferenciam

Leia mais

PROCESSOS DE FORMAÇÃO DAS PALAVRAS PROF. GUGA

PROCESSOS DE FORMAÇÃO DAS PALAVRAS PROF. GUGA PROCESSOS DE FORMAÇÃO DAS PALAVRAS PROF. GUGA Derivação É o processo pelo qual a partir de uma palavra se formam outras, por meio do acréscimo de certos elementos que lhe alteram o sentido primitivo ou

Leia mais

Estrutura e Processos de Formação de Palavras. Professora Raysa

Estrutura e Processos de Formação de Palavras. Professora Raysa Estrutura e Processos de Formação de Palavras Professora Raysa Estrutura de Palavras As palavras são formadas por Morfemas: - Radical (raiz) parte fixa; - Afixos: Prefixo colocado antes do radical. Sufixo

Leia mais

Apresentação 11 Lista de abreviações 13. Parte I: NATUREZA, ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA LINGUAGEM

Apresentação 11 Lista de abreviações 13. Parte I: NATUREZA, ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA LINGUAGEM Sumário Apresentação 11 Lista de abreviações 13 Parte I: NATUREZA, ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA LINGUAGEM O homem, a linguagem e o conhecimento ( 1-6) O processo da comunicação humana ( 7-11) Funções da

Leia mais

Bárbara da Silva. Português. Formação de palavras I

Bárbara da Silva. Português. Formação de palavras I Bárbara da Silva Português Formação de palavras I Formação das Palavras Existem dois processos básicos pelos quais se formam as palavras: a derivação e a composição. A diferença entre ambos consiste basicamente

Leia mais

A CIRCUNFIXAÇÃO EM PORTUGUÊS Caio Cesar Castro da Silva (UFRJ)

A CIRCUNFIXAÇÃO EM PORTUGUÊS Caio Cesar Castro da Silva (UFRJ) A CIRCUNFIXAÇÃO EM PORTUGUÊS Caio Cesar Castro da Silva (UFRJ) caiocvianna@gmail.com 1. Introdução Neste trabalho, abordaremos o processo de formação de palavras do português conhecido como parassíntese,

Leia mais

Aula 5 Processo de formação de palavras. Professor Guga Valente

Aula 5 Processo de formação de palavras. Professor Guga Valente Aula 5 Processo de formação de palavras Professor Guga Valente Formação de palavras Olho no espelho Espelho no olho Busco o virturreal Num espolho Luis Brandão No poema ao lado, o poeta usa duas palavras

Leia mais

Colégio Cândido Portinari Professora Anna Frascolla 2016

Colégio Cândido Portinari Professora Anna Frascolla 2016 Colégio Cândido Portinari Professora Anna Frascolla 2016 Neologismo Beijo pouco, falo menos ainda. Mas invento palavras Que traduzem a ternura mais funda E mais cotidiana. Inventei, por exemplo, o verbo

Leia mais

UM ESTUOO SINCRONICO SOBRE 0 EMPREGO 00 MAIS-QUE-PERFEITO NO PORTUGU S 00 BRASIL. no portugues atual do Brasil falado e escrito, temos

UM ESTUOO SINCRONICO SOBRE 0 EMPREGO 00 MAIS-QUE-PERFEITO NO PORTUGU S 00 BRASIL. no portugues atual do Brasil falado e escrito, temos UM ESTUOO SINCRONICO SOBRE 0 EMPREGO 00 MAIS-QUE-PERFEITO NO PORTUGU S 00 BRASIL Liliane UFRJ Machado Ao focalizar 0 emprego do mais-que-perfeito do Indicativo no portugues atual do Brasil falado e escrito,

Leia mais

VOGAIS NASAIS EM AMBIENTES NÃO NASAIS EM ALGUNS DIALETOS BAIANOS: DADOS PRELIMINARES 1

VOGAIS NASAIS EM AMBIENTES NÃO NASAIS EM ALGUNS DIALETOS BAIANOS: DADOS PRELIMINARES 1 39 de 107 VOGAIS NASAIS EM AMBIENTES NÃO NASAIS EM ALGUNS DIALETOS BAIANOS: DADOS PRELIMINARES 1 Cirlene de Jesus Alves * (Uesb) Layane Dias Cavalcante * (Uesb) Vera Pacheco ** (Uesb) RESUMO Esse trabalho

Leia mais

Estrutura e formação de palavras

Estrutura e formação de palavras Estrutura e formação de palavras Estrutura das palavras Toda palavra é formada por partículas denominadas morfemas. escol-a escol-ar escol-arização escol-arizar sub-escol-arização Morfemas formadores de

Leia mais

Relacionar o texto com conhecimentos anteriores. Compreender o essencial dos textos escutados e lidos.

Relacionar o texto com conhecimentos anteriores. Compreender o essencial dos textos escutados e lidos. METAS CURRICULARES 1º ANO Português ORALIDADE Respeitar regras da interação discursiva. Escutar discursos breves para aprender e construir conhecimentos. Produzir um discurso oral com correção. Produzir

Leia mais

Introdução à Morfologia

Introdução à Morfologia Introdução à Morfologia APOIO PEDAGÓGICO Prof. Cecília Toledo ceciliavstoledo@gmail. com O que é a morfologia? Morfologia e a parte da gramática que descreve a forma das palavras. Ou ainda: morfologia

Leia mais

Estrutura e Processo de Formação da Palavra

Estrutura e Processo de Formação da Palavra Colégio Diocesano Seridoense Disciplina: Língua Portuguesa / 1 Ano Professora: Lusia Raquel Estrutura e Processo de Formação da Palavra Caicó RN 2018 RADICAL Há um morfema comum a todas as palavras que

Leia mais

PLANO DE ENSINO. Dados de Identificação. Ementa. Objetivos

PLANO DE ENSINO. Dados de Identificação. Ementa. Objetivos PLANO DE ENSINO Dados de Identificação Campus: Jaguarão Curso: Letras - Português Componente Curricular: JLEAD004 - Estudos Gramaticais I Código: 41094 Pré-requisito(s): Não se aplica Docentes: Denise

Leia mais

Marcação nominal de gênero no português, segundo Mattoso Câmara. Luiz Arthur Pagani

Marcação nominal de gênero no português, segundo Mattoso Câmara. Luiz Arthur Pagani Marcação nominal de gênero no português, segundo Mattoso Câmara Luiz Arthur Pagani 1 nomes substantivos & adjetivos: os nomes portugueses se dividem, do ponto de vista funcional, em substantivos e adjetivos.

Leia mais

INTRODUÇÃO À MORFOLOGIA. Expor os princípios básicos da Morfologia, segundo a Gramática Descritiva.

INTRODUÇÃO À MORFOLOGIA. Expor os princípios básicos da Morfologia, segundo a Gramática Descritiva. INTRODUÇÃO À MORFOLOGIA Aula 2 META Expor os princípios básicos da Morfologia, segundo a Gramática Descritiva. OBJETIVOS Ao final desta aula o aluno deverá: conhecer as noções introdutórias da Morfologia,

Leia mais

Português 1º ano João J. Processos de Formação de Palavras

Português 1º ano João J. Processos de Formação de Palavras Português 1º ano João J. Processos de Formação de Palavras ESTRUTURA E PROCESSOS DE FORMAÇÃO DAS PALAVRAS ESTRUTURA DAS PALAVRAS A palavra é subdivida em partes chamadas de elementos mórficos. menores,

Leia mais

Gramática A estrutura das palavras

Gramática A estrutura das palavras Gramática A estrutura das palavras Prof.ª Marcela Coimbra Uma questão de prefixo A palavra feliz, em termos fonológicos, é formada por cinco fonemas e, em termos de significado, é uma unidade completa,

Leia mais

Cargo: S01 - ADMINISTRADOR Disciplina: LÍNGUA PORTUGUESA. Conclusão (Deferido ou Indeferido) Resposta Alterada para:

Cargo: S01 - ADMINISTRADOR Disciplina: LÍNGUA PORTUGUESA. Conclusão (Deferido ou Indeferido) Resposta Alterada para: Cargo: S01 - ADMINISTRADOR Disciplina: LÍNGUA PORTUGUESA Questão Gabarito por extenso Justificativa 2 A introspecção, a rotina e a eficácia A questão pede para assinalar a alternativa que contém as características

Leia mais

CERT-A CERT-O CERT-A-MENTE CERT-EZA A - CERT - A - R

CERT-A CERT-O CERT-A-MENTE CERT-EZA A - CERT - A - R CERT-A CERT-O CERT-A-MENTE CERT-EZA A - CERT - A - R A palavra é subdivida em partes menores, chamadas de elementos mórficos. MORFEMAS SÃO UNIDADES MÍNIMAS DE SIGNIFICAÇÃO Exemplos: gatinho = gat + inh+o

Leia mais

MORFOLOGIA FLEXIONAL

MORFOLOGIA FLEXIONAL DEPARTAMENTO CURRICULAR DE LÍNGUAS PORTUGUÊS - 10.º Ano de escolaridade FICHA Nº 7 PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS MORFOLOGIA E LEXICOLOGIA Uma palavra é um item lexical pertencente a uma determinada

Leia mais

O que significa Morfologia

O que significa Morfologia Morfologia Revisão O que significa Morfologia A palavra Morfologia tem sua origem a partir das formas gregas morphê, 'forma' e logos, 'estudo, tratado'. Então: Morfologia significa 'o estudo da forma'.

Leia mais

PROGRAMA. PARTE PRÁTICA: Comentário de textos a partir do século XVI.

PROGRAMA. PARTE PRÁTICA: Comentário de textos a partir do século XVI. DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA VI PERÍODO: 79.1/80.2 OBJETIVOS: Induzir os alunos a uma visão pancrônica da Língua Portuguesa, através do confronto de sua atual estrutura com as origens dessa estrutura.

Leia mais

Língua Portuguesa: Morfologia

Língua Portuguesa: Morfologia Língua Portuguesa: Morfologia Material Teórico Formação de Palavras III Responsável pelo Conteúdo: Prof. Ms. Celso Antônio Bacheschi Revisão Textual: Profa. Ms. Silvia Augusta Albert Formação de Palavras

Leia mais

Tipos de morfemas. Luiz Arthur Pagani

Tipos de morfemas. Luiz Arthur Pagani Tipos de morfemas Luiz Arthur Pagani 1 1 Bases denições: Base é uma seqüência fônica recorrente, a partir da qual se forma uma nova palavra, ou através da qual se constata que uma palavra é morfologicamente

Leia mais

Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Linguísticos

Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Linguísticos XVII CONGRESSO NACIONAL DE LINGUÍSTICA E FILOLOGIA Instituto de Letras da Universidade do Estado do Rio de Janeiro Rio de Janeiro, 26 a 30 de agosto de 2013 ISSN: 15148782 CADERNOS DO CNLF, VOL. XVII,

Leia mais

ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS. Patrícia Rocha Lopes

ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS. Patrícia Rocha Lopes ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS Patrícia Rocha Lopes ESTRUTURA DAS PALAVRAS A palavra é subdivida em partes menores, chamadas de elementos mórficos. Exemplos: gatinho = gat + inh + o Infelizmente = in

Leia mais

CURRÍCULO DA DISCIPLINA DE PORTUGUÊS/ CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO 2013/2014

CURRÍCULO DA DISCIPLINA DE PORTUGUÊS/ CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO 2013/2014 1º Ciclo Metas/Domínios Objetivos gerais Conteúdos Programáticos Critérios 1º Ano Oralidade O1 Comprensão do oral Expressão oral Respeitar regras da interação discursiva Escutar discursos breves para aprender

Leia mais

E sabida a natureza pronominal dos adverbios locativos pela gramatica

E sabida a natureza pronominal dos adverbios locativos pela gramatica E sabida a natureza pronominal dos adverbios locativos pela gramatica historica; porem, sincronicamente, as gramaticas tradicionais tern encarcerado suas formas na classe adverbial, em qualquer circunstancia

Leia mais

ESTRUTURA E FORMAÇÃO DAS PALAVRAS Profa Giovana Uggioni Silveira

ESTRUTURA E FORMAÇÃO DAS PALAVRAS Profa Giovana Uggioni Silveira ESTRUTURA E FORMAÇÃO DAS PALAVRAS Profa Giovana Uggioni Silveira MORFOLOGIA É o estudo da estrutura, da formação e da classificação das palavras. PALAVRAS COGNATAS Domínio: do latim dominium, significa

Leia mais

A FLEXÃO PORTUGUESA: ELEMENTOS QUE DESMISTIFICAM O CONCEITO DE QUE FLEXÃO E CONCORDÂNCIA SÃO CATEGORIAS SINTÁTICAS DEPENDENTES 27

A FLEXÃO PORTUGUESA: ELEMENTOS QUE DESMISTIFICAM O CONCEITO DE QUE FLEXÃO E CONCORDÂNCIA SÃO CATEGORIAS SINTÁTICAS DEPENDENTES 27 Página 75 de 315 A FLEXÃO PORTUGUESA: ELEMENTOS QUE DESMISTIFICAM O CONCEITO DE QUE FLEXÃO E CONCORDÂNCIA SÃO CATEGORIAS SINTÁTICAS DEPENDENTES 27 Iany França Pereira 28 (UESB) Cristiane Namiuti Temponi

Leia mais

O VALOR SEMÂNTICO DO PREFIXO EM- EM VERBOS PARASSINTÉTICOS: ANÁLISE DE LIVROS DIDÁTICOS Alexsandro Costa Rodrigues Sabrina Pereira de Abreu 1

O VALOR SEMÂNTICO DO PREFIXO EM- EM VERBOS PARASSINTÉTICOS: ANÁLISE DE LIVROS DIDÁTICOS Alexsandro Costa Rodrigues Sabrina Pereira de Abreu 1 Trabalho de Conclusão de Curso 1 O VALOR SEMÂNTICO DO PREFIXO EM- EM VERBOS PARASSINTÉTICOS: ANÁLISE DE LIVROS DIDÁTICOS Alexsandro Costa Rodrigues Sabrina Pereira de Abreu 1 Resumo: Dentre a categoria

Leia mais

o SISTEMA TMA DO CRIOULO GUINEENSE: SINT AXE E SEMANTICA

o SISTEMA TMA DO CRIOULO GUINEENSE: SINT AXE E SEMANTICA o SISTEMA TMA DO CRIOULO GUINEENSE: SINT AXE E SEMANTICA Anelita de Lourdes Casquel (Unb) Uma lingua crioula poderia ser definida como aquela que surge da necessidade de comunicacao entre dois povos, sendo

Leia mais

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA ROTEIRO DE ATIVIDADES 1ª SÉRIE 3º BIMESTRE AUTORIA GUIOMAR APARECIDA BENTO Rio de Janeiro 2012 TEXTO GERADOR I O Texto apresentado é de Cláudio Manuel da Costa,

Leia mais

ATIVIDADES ESTRATÉGIAS

ATIVIDADES ESTRATÉGIAS ENSINO BÁSICO Agrupamento de Escolas Nº 1 de Abrantes ESCOLAS do 1.ºCICLO: N.º1 de Abrantes, Alvega, Alvega/Concavada, Bemposta, Carvalhal, Mouriscas, Maria Lucília Moita, Pego e Rossio ao Sul do Tejo

Leia mais

Estrutura e formação das palavras

Estrutura e formação das palavras Estrutura e formação das palavras Estrutura: 1- Radical (parte invariável da palavra): vidr- vidro, vidraça,... 2- Prefixo (afixo que colocamos no início da palavra): en-caixar, des-leal,... 3- Sufixo

Leia mais

Estrutura e formação de palavras. Estrutura das palavras

Estrutura e formação de palavras. Estrutura das palavras Estrutura e formação de palavras Estrutura das palavras Estrutura de palavras A palavra é subdivida em partes menores, chamadas de elementos mórficos. Exemplo: gatinho gat + inho Infelizmente in + feliz

Leia mais

Composição Derivação Outros processos. Abreviação Reduplicação (duplicação silábica) Combinação (fragmentação ou palavra-valise) Hibridismo

Composição Derivação Outros processos. Abreviação Reduplicação (duplicação silábica) Combinação (fragmentação ou palavra-valise) Hibridismo Professor Jailton Composição Derivação Outros processos Abreviação Reduplicação (duplicação silábica) Combinação (fragmentação ou palavra-valise) Hibridismo CONCURSO DE ADMISSÃO 2006 ao CFO/QC 2007 (p.5)

Leia mais

Sumário PARTE 1. Gramática

Sumário PARTE 1. Gramática PARTE 1 Gramática Capítulo 1 Fonologia... 25 1. Introdução... 25 1.1 Conceitos básicos da fonologia... 25 1.2 Outros Conceitos Fonológicos... 26 1.3 Polêmicas... 29 2. Divisão silábica... 31 3. Ortografia...

Leia mais

Prova 21 Ensino Básico - 9.º Ano de Escolaridade (Despacho normativo n.º 1-A/2017, de 10 de fevereiro)

Prova 21 Ensino Básico - 9.º Ano de Escolaridade (Despacho normativo n.º 1-A/2017, de 10 de fevereiro) INFORMAÇÃO-PROVA DE EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA INGLÊS 2017 Prova 21 Ensino Básico - 9.º Ano de Escolaridade (Despacho normativo n.º 1-A/2017, de 10 de fevereiro) O presente documento divulga informação

Leia mais

mais ampla que se propoe a reavaliar uma das modalidades car a existencia de marcas formais que caracterizam e!

mais ampla que se propoe a reavaliar uma das modalidades car a existencia de marcas formais que caracterizam e! mais ampla que se propoe a reavaliar uma das modalidades da frase: a interrogativa, com 0 intuito de verifi car a existencia de marcas formais que caracterizam e! se tipo de frase. A presente comunicacao

Leia mais

Língua Portuguesa. (gramática, texto e redação) Professor Guga Valente

Língua Portuguesa. (gramática, texto e redação) Professor Guga Valente Língua Portuguesa (gramática, texto e redação) Professor Guga Valente Estrutura das palavras Observe que na tirinha, Calvin diz que gosta de verbar palavras. Aliás, ele faz isso com o próprio substantivo

Leia mais

FORMAÇÃO DAS PALAVRAS II

FORMAÇÃO DAS PALAVRAS II FORMAÇÃO DAS PALAVRAS II Diferentemente dos demais materiais sobre o conteúdo formação de palavras, exploraremos, inicialmente, conceitos cujo domínio é pré-requisito para que se entenda que o vocabulário

Leia mais

Inglês maio de º Ano do Ensino Secundário (Despacho Normativo n.º 1-A/2017 de 10 de fevereiro)

Inglês maio de º Ano do Ensino Secundário (Despacho Normativo n.º 1-A/2017 de 10 de fevereiro) INFORMAÇÃO PROVA DE EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA Inglês maio de 2015 Prova 367 2017 11.º Ano do Ensino Secundário (Despacho Normativo n.º 1-A/2017 de 10 de fevereiro) O presente documento divulga informação

Leia mais

O GÊNERO DOS SUBSTANTIVOS DERIVAÇÃO OU FLEXÃO? José Mario Botelho (UERJ e FEUDUC)

O GÊNERO DOS SUBSTANTIVOS DERIVAÇÃO OU FLEXÃO? José Mario Botelho (UERJ e FEUDUC) O GÊNERO DOS SUBSTANTIVOS DERIVAÇÃO OU FLEXÃO? José Mario Botelho (UERJ e FEUDUC) INTRODUÇÃO Acreditando ser imanente o gênero do substantivo e considerando os ensinamentos tradicionais acerca do assunto,

Leia mais

Informação Prova de Equivalência à Frequência INGLÊS PROVA ESCRITA E PROVA ORAL Prova 21

Informação Prova de Equivalência à Frequência INGLÊS PROVA ESCRITA E PROVA ORAL Prova 21 Informação Prova de Equivalência à Frequência INGLÊS PROVA ESCRITA E PROVA ORAL 2017 Prova 21 3º Ciclo do Ensino Básico (Decreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julho) O presente documento visa divulgar as caraterísticas

Leia mais

ESTRUTURA DAS PALAVRAS. A palavra é subdivida em partes menores, chamadas de elementos mórficos. infelizmente = in + feliz + mente

ESTRUTURA DAS PALAVRAS. A palavra é subdivida em partes menores, chamadas de elementos mórficos. infelizmente = in + feliz + mente Haroldo de Campos ESTRUTURA DAS PALAVRAS A palavra é subdivida em partes menores, chamadas de elementos mórficos. Exemplos: gatinho = gat + inh + o infelizmente = in + feliz + mente ELEMENTOS MÓRFICOS

Leia mais

Calendarização da Componente Letiva Ano Letivo 2018/2019 3º Ano Disciplina: Português

Calendarização da Componente Letiva Ano Letivo 2018/2019 3º Ano Disciplina: Português Calendarização da Componente Letiva Ano Letivo 2018/2019 3º Ano Disciplina: Português 1º 2º Períodos Período Período 3º Período Número de aulas previstas (60 minutos) 100 112 64 1º Período Oralidade Compreensão

Leia mais

Sumário. Edital sistematizado Apresentação da Coleção Apresentação Sobre português PARTE 1

Sumário. Edital sistematizado Apresentação da Coleção Apresentação Sobre português PARTE 1 Sumário Edital sistematizado... 15 Apresentação da Coleção... 17 Apresentação... 19 Sobre português... 23 PARTE 1 Capítulo 1 MORFOLOGIA 1... 27 Substantivo Adjetivo Advérbio (Pré-requisitos para a concordância

Leia mais

ÍNDICE. Palavras de apresentação 21. Lista de abreviaturas e convenções 27

ÍNDICE. Palavras de apresentação 21. Lista de abreviaturas e convenções 27 ÍNDICE Palavras de apresentação 21 Lista de abreviaturas e convenções 27 Capítulo 1. Introdução 29 1.1. Formação de palavras: conceitos básicos 31 1.1.1. Morfologia 31 1.1.2. Palavra, lexema, forma de

Leia mais

Evento: Seleção para o Semestre I das Casas de Cultura Estrangeira PARECER

Evento: Seleção para o Semestre I das Casas de Cultura Estrangeira PARECER Questão 22 A questão 22 trata de sintaxe, especificamente, item 4.4 do Programa: distinção entre regentes e regidos. É correta a alternativa B. No trecho até incendiar a secretaria da escola para queimar

Leia mais

INFORMAÇÃO-PROVA DE EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA

INFORMAÇÃO-PROVA DE EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA Ano Letivo 2016/2017 INFORMAÇÃO-PROVA DE EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA Decreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julho Disciplina: Inglês Prova/Código: Escrita/Oral Código: 21 Ano de Escolaridade: 9º 1. Introdução

Leia mais

PARA UM DISTINÇÃO ENTRE RADICAL E PREFIXO será não-composto um composto ou um derivado? 1

PARA UM DISTINÇÃO ENTRE RADICAL E PREFIXO será não-composto um composto ou um derivado? 1 PARA UM DISTINÇÃO ENTRE RADICAL E PREFIXO será não-composto um composto ou um derivado? 1 Pâmella Alves Pereira Universidade Federal de Minas Gerais (UFRJ). Av. Antônio Carlos, 6627 - Pampulha - Belo Horizonte

Leia mais

P R O G R A M A EMENTA:

P R O G R A M A EMENTA: CARGA HORÁRIA: 60 horas-aula Nº DE CRÉDITOS: 04 (quatro) PERÍODO: 99.1 / 2000.2 Pré-requisito: Língua Portuguesa II P R O G R A M A EMENTA: Estudo da morfo-sintaxe das classes de palavras. Visão histórico-crítica

Leia mais

GRAMÁTICA MODERNA DA LÍNGUA PORTUGUESA

GRAMÁTICA MODERNA DA LÍNGUA PORTUGUESA GRAMÁTICA MODERNA DA LÍNGUA PORTUGUESA Sumário Capítulo 1 O ESTUDO DAS PALAVRAS Lição 1 Fonética 1.1. Fonema e letra 1.2. Divisão dos fonemas 1.3. Classificação dos fonemas 1.4. Encontro vocálico 1.5.

Leia mais

MATTOSO CÂMARA E AS MARCAS DE GÊNERO Dimar Silva de Deus (UNIPAULISTANA)

MATTOSO CÂMARA E AS MARCAS DE GÊNERO Dimar Silva de Deus (UNIPAULISTANA) MORFOSSINTAXE MATTOSO CÂMARA E AS MARCAS DE GÊNERO Dimar Silva de Deus (UNIPAULISTANA) dimmar@gmail.com INTRODUÇÃO Este estudo tem o objetivo de esboçar a visão que Joaquim Mattoso Câmara Júnior tem sobre

Leia mais

Prof. André Moraes ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS

Prof. André Moraes ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS Prof. André Moraes ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS Morfema é a menor unidade portadora de sentido de uma palavra. (Cereja & Cochar) radical (lexema ou semantema) É o morfema que informa sobre o sentido

Leia mais

Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Linguísticos CADERNOS DO CNLF, VOL. XVII, Nº 02 ISSN:

Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Linguísticos CADERNOS DO CNLF, VOL. XVII, Nº 02 ISSN: ISSN: 1514-8782 CADERNOS DO CNLF, VOL. XVII, Nº 02 LEXICOGRAFIA, LEXICOLOGIA, SEMÂNTICA E TERMINOLOGIA XVII CONGRESSO NACIONAL DE LINGUÍSTICA E FILOLOGIA Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Linguísticos

Leia mais

FRANCÊS Língua Estrangeira II 2017

FRANCÊS Língua Estrangeira II 2017 INFORMAÇÃO-PROVA DE EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA FRANCÊS Língua Estrangeira II 2017 Prova 16 9.º Ano de Escolaridade Introdução As informações apresentadas neste documento não dispensam a consulta da legislação

Leia mais

O ESTUDO DO VOCABULÁRIO

O ESTUDO DO VOCABULÁRIO Sumário Capítulo 1 O ESTUDO DO VOCABULÁRIO Lição 1 Fonética...3 1.1. Fonema e Letra... 3 1.2. Divisão dos Fonemas... 3 1.3. Classificação dos fonemas... 5 1.4. Encontro Vocálico... 7 1.5. Encontro Consonantal...

Leia mais

31/01/2019 MORFOLOGIA RECONHECIMENTO, EMPREGO E SENTIDO DAS CLASSES GRAMATICAIS

31/01/2019 MORFOLOGIA RECONHECIMENTO, EMPREGO E SENTIDO DAS CLASSES GRAMATICAIS MORFOLOGIA A Morfologia trata das diversas classes de vocábulos, descrevendo-lhes a estrutura, formação e flexões. RECONHECIMENTO, EMPREGO E SENTIDO DAS CLASSES GRAMATICAIS 1 Para começo de conversa: a)

Leia mais

Português Oralidade Escutar para aprender e construir conhecimentos.

Português Oralidade Escutar para aprender e construir conhecimentos. METAS CURRICULARES 3º Ano Português Oralidade Escutar para aprender e construir conhecimentos. Produzir um discurso oral com correção. Produzir discursos com diferentes finalidades, tendo em conta a situação

Leia mais

Análise do sufixo -dade: são possíveis alomorfias? Analysis suffix -dade: are possible alomorfias?

Análise do sufixo -dade: são possíveis alomorfias? Analysis suffix -dade: are possible alomorfias? Análise do sufixo -dade: são possíveis alomorfias? Analysis suffix -dade: are possible alomorfias? Resumo: Existem diferentes maneiras de se formar substantivos na Língua Portuguesa como a derivação sufixal,

Leia mais

Utilização do Dicionário de Grego Bíblico

Utilização do Dicionário de Grego Bíblico Utilização do Dicionário de Grego Bíblico Edson de Faria Francisco. São Bernardo do Campo, março de 2014. Este texto é dedicado à utilização do dicionário de grego bíblico, explicando cada componente de

Leia mais

PERÍODO: I OBJETIVOS

PERÍODO: I OBJETIVOS 4º Ano (Regime Seriado) CARGA HORÁRIA: 75 horas-aula PERÍODO: 1971 a 1973 I OBJETIVOS 1. Proporcionar aos alunos uma visão complementar dos elementos indisponíveis ao ensino de Vernáculo no Curso Médio;

Leia mais

O ESTUDO DAS PALAVRAS

O ESTUDO DAS PALAVRAS Sumário Capítulo 1 O ESTUDO DAS PALAVRAS Lição 1 Fonética...3 1.1. Fonema e letra... 3 1.2. Divisão dos fonemas... 3 1.3. Classificação dos fonemas... 5 1.4. Encontro vocálico... 6 1.5. Encontro consonantal...

Leia mais

INFORMAÇÃO-PROVA DE EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA Inglês I

INFORMAÇÃO-PROVA DE EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA Inglês I INFORMAÇÃO-PROVA DE EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA Inglês I 2013 3.º Ciclo do Ensino Básico Prova Escrita e Oral 1.Introdução O presente documento visa divulgar as características da prova final de exame de

Leia mais

OS PROCESSOS DE COMPOSIÇÃO: UM OLHAR HISTORIOGRÁFICO A PARTIR DOS TEXTOS DE ISMAEL COUTINHO

OS PROCESSOS DE COMPOSIÇÃO: UM OLHAR HISTORIOGRÁFICO A PARTIR DOS TEXTOS DE ISMAEL COUTINHO OS PROCESSOS DE COMPOSIÇÃO: UM OLHAR HISTORIOGRÁFICO A PARTIR DOS TEXTOS DE ISMAEL COUTINHO Letícia Rodrigues Rojas Talita Galvão dos Santos 1. Introdução Este capítulo analisa a morfologia nos diversos

Leia mais

Palavras-chave: Morfologia; Sintaxe; Verbos Denominais; Parassíntese; Estruturas Depreposicionais.

Palavras-chave: Morfologia; Sintaxe; Verbos Denominais; Parassíntese; Estruturas Depreposicionais. VERBOS DENOMINAIS PARASSINTÉTICOS COM PREFIXO EM-/EN- NO PORTUGUÊS DO BRASIL BASSANI, Indaiá de Santana 1 Mestrado/Universidade de São Paulo - FAPESP bassani@usp.br Resumo: Dentre a classe geral dos Verbos

Leia mais

ESPANHOL 1ª e 2ª fase de 2014

ESPANHOL 1ª e 2ª fase de 2014 INFORMAÇÃO PROVA DE EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA ESPANHOL 1ª e 2ª fase de 2014 Prova 15 2014 9ºano de Escolaridade - 3.º Ciclo do Ensino Básico PROVA ESCRITA 50% 1. Objeto de avaliação, características e

Leia mais

CURRÍCULO DA DISCIPLINA DE PORTUGUÊS/ CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO 2013/2014

CURRÍCULO DA DISCIPLINA DE PORTUGUÊS/ CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO 2013/2014 1º Ciclo Metas/Domínios Objetivos gerais Conteúdos Programáticos Critérios 3º Ano Oralidade O3 Comprensão do oral Expressão oral Escutar para aprender e construir conhecimentos Produzir um discurso oral

Leia mais

Capítulo1. Capítulo2. Índice A LÍNGUA E A LINGUAGEM O PORTUGUÊS: uma língua, muitas variedades... 15

Capítulo1. Capítulo2. Índice A LÍNGUA E A LINGUAGEM O PORTUGUÊS: uma língua, muitas variedades... 15 Capítulo1 Capítulo2 A LÍNGUA E A LINGUAGEM............................................. 9 Linguagem: aptidão inata.............................................. 10 Funções.............................................................

Leia mais

CURSO ANO LETIVO PERIODO/ANO Departamento de Letras º CÓDIGO DISCIPLINA CARGA HORÁRIA Introdução aos estudos de língua materna

CURSO ANO LETIVO PERIODO/ANO Departamento de Letras º CÓDIGO DISCIPLINA CARGA HORÁRIA Introdução aos estudos de língua materna CURSO ANO LETIVO PERIODO/ANO Departamento de Letras 2017 5º CÓDIGO DISCIPLINA CARGA HORÁRIA Introdução aos estudos de língua materna 04h/a xxx xxx 60 h/a xxx xxx EMENTA Iniciação ao estudo de problemas

Leia mais

o objetivo deste ensaio e, por um lado, chamar

o objetivo deste ensaio e, por um lado, chamar GRAUS DE COEsKo DOS TERMOS ORACIONAIS Valter Kehdl Faculdade de Filosofia, Letras e Ciencias Humanas - US~ Atualmente, certas linhas da lingdlstica text~ al tem dado particular aten~ao ao problema da coesao

Leia mais

O presente capítulo visa à exposição da metodologia empregada na pesquisa: os objetivos, as hipóteses, a organização dos dados e o método de análise.

O presente capítulo visa à exposição da metodologia empregada na pesquisa: os objetivos, as hipóteses, a organização dos dados e o método de análise. 2. METODOLOGIA O presente capítulo visa à exposição da metodologia empregada na pesquisa: os objetivos, as hipóteses, a organização dos dados e o método de análise. 2.1 Objetivos 2.1.1 Objetivo geral Este

Leia mais

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE PAREDE

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE PAREDE GESTÃO DE CONTEÚDOS Ensino Básico 1.º Ciclo Português 3.º Ano Domínios Subdomínios Conteúdos Programáticos Nº Tempos previstos (Horas) Oralidade Compreensão do Oral 104 horas Ideia principal Facto e opinião

Leia mais

RESENHA DE MORFOLOGIA: ESTUDOS LEXICAIS EM PERSPECTIVA SINCRÔNICA, DE CLAUDIO CEZAR HENRIQUES

RESENHA DE MORFOLOGIA: ESTUDOS LEXICAIS EM PERSPECTIVA SINCRÔNICA, DE CLAUDIO CEZAR HENRIQUES ISSN 2517-2215 RESENHA DE MORFOLOGIA: ESTUDOS LEXICAIS EM PERSPECTIVA SINCRÔNICA, DE CLAUDIO CEZAR HENRIQUES José Mario BOTELHO Universidade do Estado do Rio de Janeiro e Academia Brasileira de Filologia

Leia mais

A DERIVAÇÃO REGRESSIVA EM PORTUGUÊS

A DERIVAÇÃO REGRESSIVA EM PORTUGUÊS Filologia e Lingüística Portuguesa, n. 2, p. 205-213, 1998. A DERIVAÇÃO REGRESSIVA EM PORTUGUÊS Valter Kehdi * RESUMO: O objetivo deste artigo é tentar elucidar alguns problemas ligados aos deverbais regressivos

Leia mais

GESTÃO DE CONTEÚDOS 2017/2018

GESTÃO DE CONTEÚDOS 2017/2018 GESTÃO DE CONTEÚDOS 2017/2018 Ensino Básico 1.º Ciclo PORTUGUÊS 3.º ANO Domínios Subdomínios Conteúdos Programáticos Nº Tempos previstos (Horas) 1º Período 13 de setembro Oralidade Compreensão do Oral

Leia mais

Planificação a Longo Prazo Ano Letivo 2017/2018

Planificação a Longo Prazo Ano Letivo 2017/2018 Planificação a Longo Prazo Ano Letivo 2017/2018 Nível de Ensino:1.º CICLO Áreas/Disciplina: PORTUGUÊS Ano:3.º Curso: Regular X VOC Científico- Humanístico Profissional Período Sequências/Temas //Módulos

Leia mais

Português. Formação das Palavras: Composição, Derivação, Hibridismo, Onomatopeia e Abreviação. Professor Arthur Scandelari

Português. Formação das Palavras: Composição, Derivação, Hibridismo, Onomatopeia e Abreviação. Professor Arthur Scandelari Português Formação das Palavras: Composição, Derivação, Hibridismo, Onomatopeia e Abreviação Professor Arthur Scandelari www.acasadoconcurseiro.com.br Português FORMAÇÃO DAS PALAVRAS: COMPOSIÇÃO, DERIVAÇÃO,

Leia mais

3 Colocação do problema: composição e derivação e suas fronteiras difusas. Abordagens tradicionais e estruturalistas

3 Colocação do problema: composição e derivação e suas fronteiras difusas. Abordagens tradicionais e estruturalistas 17 3 Colocação do problema: composição e derivação e suas fronteiras difusas. Abordagens tradicionais e estruturalistas Nesse capítulo, apresentamos a visão de alguns dos principais gramáticos tradicionais

Leia mais

Introdução à morfologia (propedêutica dos estudos das classes gramaticais)

Introdução à morfologia (propedêutica dos estudos das classes gramaticais) REVISÃO Introdução à morfologia (propedêutica dos estudos das classes gramaticais) CONCEITOS INICIAIS, TIPOS DE MORFEMAS, FORMAÇÃO DE PALAVRAS (E CLASSES GRAMATICAIS) Capítulos 7, 8, 9 e 10 da gramática

Leia mais

http://groups-beta.google.com/group/digitalsource

http://groups-beta.google.com/group/digitalsource http://groups-beta.google.com/group/digitalsource SÉRIE PRINCÍPIOS 215 Valter Kehdi Doutor em Letras Professor da disciplina da Filologia e Língua Portuguesa da FFLCH da Universidade de São Paulo Formação

Leia mais

ANO LETIVO 2016 / 2017 INFORMAÇÃO - PROVA DE EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA LÍNGUA ESTRANGEIRA I- INGLÊS (código 21) 9º ANO

ANO LETIVO 2016 / 2017 INFORMAÇÃO - PROVA DE EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA LÍNGUA ESTRANGEIRA I- INGLÊS (código 21) 9º ANO ANO LETIVO 2016 / 2017 INFORMAÇÃO - PROVA DE EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA LÍNGUA ESTRANGEIRA I- INGLÊS (código 21) 9º ANO INTRODUÇÃO O presente documento visa divulgar as características da prova final de

Leia mais

ESPANHOL INFORMAÇÃO PROVA DE EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA. Prova º Ciclo do Ensino Básico AGRUPAMENTO DE ESCOLAS VERGÍLIO FERREIRA

ESPANHOL INFORMAÇÃO PROVA DE EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA. Prova º Ciclo do Ensino Básico AGRUPAMENTO DE ESCOLAS VERGÍLIO FERREIRA AGRUPAMENTO DE ESCOLAS VERGÍLIO FERREIRA INFORMAÇÃO PROVA DE EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA ESPANHOL Prova 15 2014 Tipo de prova: Escrita / Oral 1ª e 2ª Fases 3º Ciclo do Ensino Básico O presente documento

Leia mais