Brasil. CGTB, Confederación General de Trabajadores Del Brasil

Transcrição

1 Brasil CGTB, Confederación General de Trabajadores Del Brasil Movimento nacional dos Transportadores Autônomos entrega pauta à Secretaria-Geral da Presidência da República 2014 Lideranças nacionais dos Transportadores Autônomos de Cargas e o presidente da CGTB, Ubiraci Dantas de Oliveira (Bira), estiveram em Brasília, e entregaram a pauta da categoria para o ministrochefe da Secretaria-Geral da Presidência da República. Os Transportadores Autônomos de Cargas, que participaram da reunião, representam um grupo de mais de 40 entidades sindicais espalhadas por mais de 16 estados. O presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Cargas (Sinditac) de Ijuí (RS) e vice-presidente da CGTB, Carlos Alberto Litti Dahmer, disse que "o ministro e o governo Dilma se mostraram receptivos e abertos ao diálogo, se dispondo a criar um grupo de trabalho para discutir esta pauta e outras que forem colocadas à mesa do governo. Saio satisfeito porque se abre importante canal de interlocução com o governo". Para Bira, a reunião "foi muito importante, pois conseguimos colocar com clareza as nossas reivindicações e retirar do ministro o compromisso de constituirmos um grupo de trabalho entre o governo e os Sinditacs para chegarmos a um entendimento sobre as reivindicações. Esperamos que esse grupo, com objetividade, chegue rápido ao atendimento de nossas demandas". De acordo com Odimar Roman, presidente do Sinditac-Concordia (SC), "por ora, cremos que devido a voz organizada, com instituições e lideranças em franca ascensão; somada as eleições que virão; teremos sim, cumplicidade, em atender essa gama imensa de atores da sociedade brasileira que labutam no setor de TRC (Transporte Rodoviário de Cargas) e correlatos".

2 Veja abaixo a carta com a pauta dos Transportadores Autônomos de Cargas entregue à Secretaria-Geral da Presidência da República: Nós abaixo assinados, representantes dos Transportadores Autônomos de Carga, de 10 estados brasileiros, viemos, através desta, destacar alguns pontos da pauta dos transportadores autônomos, que especificamos abaixo: a) APROVAÇÃO DO PROJETO DE LEI 4246-A/5943: De parte do que prevê o projeto de lei, aprovado no dia 29 de abril pela Câmara, em relação ao que prevê para os caminhoneiros autônomos, total apoio e aprovação pelo Senado e sanção da presidenta Dilma do referido projeto, por entendermos os benefícios que o projeto trás para os caminhoneiros autônomos como elencamos abaixo: 1) Racionalização do tempo de direção com a adoção de oito horas ininterruptas de descanso, usufruindo as outras três horas durante as primeiras 16 horas de trabalho e meia hora de intervalo a cada cinco horas e meia de tempo de direção; 2) O valor das diárias reajustada e corrigida pelo INPC ou outro indexador; 3) Tolerância de 10% (dez por cento) para o peso entre-eixos e de 5% sobre o peso bruto total; 4) Suspensão da cobrança de pedágio sobre o eixo levantado; 5) Cobrança apenas sobre a unidade tratora levando-se em conta o valor máximo da tarifa a estipulada pelo governo federal (emenda incluída em plenário); 6) Exame toxicológico de larga janela na expedição, na renovação da carteira e a cada dois anos e meiosistematicamente. 7) De acordo com a aprovação do projeto, abertura de créditos via BNDES para as associações, cooperativas e sindicatos que em

3 parceria com a iniciativa privada e o governo federal criarão estruturas em áreas disponíveis para estes pontos de apoio. B) PROGRAMA CAMINHONEIRO AUTÔNOMO: Meu caminhão, meu suor, minha vida: Ainda no governo Lula e com a intermediação da então Ministra Chefe da Casa Civil Dilma Roussef tivemos o lançamento do PRO- CAMINHONEIRO, plano este formulado e destinado a renovação de frota dos caminhoneiros autônomos e que após liberado o recurso pelo BNDES tivemos a ingrata surpresa de ver que menos de 5% (cinco por cento) dos transportadores autônomos tiveram acesso ao credito pelas mais diferentes causas e que as grandes transportadoras e/ou empresários do ramo se beneficiaram do recurso. O Brasil precisa renovar a sua frota, pois a idade média dos veículos do transportador autônomo é de 23 anos. Isso é uma frota sucateada, com alto custo ambiental e de manutenção, de lançamento de poluentes e de consumo excessivo de diesel, que, aliás, é o grande vilão na planilha de custos, pois representa cinqüenta por cento das despesas. Nesse sentido ministro, queremos lançar aqui o desafio ao governo Dilma de promover o PRO-CAMINHONEIRO, MEU CAMINHÃO, MEU SUOR, MINHA VIDA, exclusivamente para caminhoneiros autônomos: aos moldes do que já acontece com os Produtores Rurais: A) Financiamento via BNDES; B) CEM POR CENTO FINANCIADO E O BEM COMO GARANTIDOR DA DÍVIDA C) 2% (DOIS POR CENTO) DE JURO AO ANO; D) 10 ANOS DE PRAZO PARA PAGAR, E) 1 ANO DE CARÊNCIA; F) 1 VEÍCULO POR TRANSPORTADOR AUTÔNOMO DE CARGA - TAC G) CINCO ANOS DE REGISTRO COMO TAC- TRANSPORTADOR AUTONOMO DE CARGAS JUNTO AO RNTRC (REGISTRO

4 NACIONAL DE TRANSPORTADORES RODOVIARIOS DE CARGAS) DA ANTT- AGENCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES; H) CRÉDITO JUNTO AS MONTADORAS DE CAMINHÕES, DOS VEÍCULOS COM MAIS DE 19 ANOS, NO SENTIDO DE RETIRAR ESTES VEÍCULOS DE CIRCULAÇÃO; I) CAMINHÃO ZERO ATÉ 19 ANOS SEM CRÉDITOS JUNTO AS MONTADORAS J) Destinação dos recursos do PROCARGA para os Sindicatos atuarem na área de saúde do transportador autônomo de carga; D) DIFERENCIAÇÃO DE FRETE PESSOA FISICA X PESSOA JURÍDICA: Com relação a questão tributária, apartir da extinção da carta frete, existem dados que dão conta que cerca de R$ 45 bilhões de reais saíram da informalidade e passaram a contribuir tributariamente nas mais diversas formas. No entanto, esta nova situação mercadológica jogou muitos TAC TRANSPORTADORES AUTONOMOS DE CARGAS, para uma situação de terem de criar empresas de transporte, por não conseguirem junto aos embarcadores/transportadores condições iguais na tarifa de frete, exemplificando: Um cidadão chegando numa empresa para buscar frete, se depara junto ao funcionário da empresa, com a seguinte pergunta: - Você é autônomo ou empresa? Se for transportador autônomo a tarifa oferecida para o mesmo serviço é de 10 por cento menor do que a tarifa oferecida para a empresa e isso se da somente pela questão tributária, uma vez que a empresa que contrata o transportador autônomo tem contribuições a mais para saldar, tais como: INSS, PIS e COFINS que no caso da contratação de uma empresa de transportes ela poderá ser creditada.

5 Desta forma, muitos transportadores autônomos estão criando empresas e realizando assim a chamada "pejotização", fato que mascara e descaracteriza as relações efetivas de trabalho e renda. Neste sentido necessitamos de uma ação de algum órgão governamental que fiscalize as empresas nestes quesitos de recolhimento destas contribuições, uma vez que quem se estabelece como empresa deve arcar com as contribuições que por ela terão que ser suportadas e não transferi-la aos prestadores de serviços ou o governo desonerar das empresas estas obrigações, tornando a relação comercial igual. E) IRREGULARIDADES NA PESAGEM DAS BALANÇAS: Denunciamos, através de reportagem e entrega de CD e relato dos dirigentes sindicais o fato existente de irregularidades na pesagem no Estado do Rio de Janeiro e demais Estados Brasileiros. Solicitamos providências de averiguação e fiscalização das balanças.