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1 A EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMO MERCADORIA NO PROCESSO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL RESUMO Karen Joyce Lyrio Aragão A educação ambiental proposta através da política nacional de educação ambiental apresenta-se como um instrumento de transformação social, seus princípios arrebatadores de enfrentamento aos problemas ambientais são tão contundentes que deveriam estar não como uma segunda política, mas como proposta estrutural da educação nacional. Ocorre, entre o que se propõe enquanto política de educação ambiental, à sua aplicação quando associada aos processos do licenciamento ambiental, uma reificação tornando-a uma mercadoria. A complexidade que permeia a segmentação, e a superficialidade da análise de impactos ambientais causados pela implantação e operação de empreendimentos, possui enquanto estrutura, a mesma causa que resulta em uma educação a serviço da lógica e manutenção de uma sociedade capitalista, a alienação dos seres humanos em relação a natureza; à sua própria atividade produtiva; à sua espécie, como espécie humana; e de uns em relação aos outros conforme apresentado por Marx. A necessária qualificação comunitária, que garanta a compreensão sobre a complexidade social na qual está inserida, é uma ferramenta que não pode e não deve ser aplicada apenas em casos específicos, porém é estruturante na garantia da participação ativa comunitária frente os seus problemas ambientais. A concepção da relação homem independente da natureza, a ponto de não ser consciente que a destruição da natureza é também a morte do homem, é fortalecida na idéia da necessidade de uma educação ambiental, que é ainda mais deturpada quando vinculada ao processo de licenciamento. PALAVRAS-CHAVE Educação, impacto ambiental, mercadoria Introdução Surge nas décadas de 60 e 70 o debate internacional a cerca da educação ambiental, tendo como elementos fundamentais, o surgimento do Clube de Roma em 1968, que produz em 1972 o relatório sobre os Limites do Crescimento Econômico, neste mesmo ano ocorre a Conferência das Nações Unidas em Estolcomo, com a criação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente o PNUMA, bem como a criação de objetivos e características da educação ambiental em 1977 na Conferência Intergovernamental de Educação Ambiental em Tbilisi organizada pela UNESCO com a colaboração do PNUMA. É também deste mesmo período e pautado nos mesmos princípios que é formalizado o instrumento de avaliação de impacto ambiental (AIA).

2 No Brasil em 1986 é publicada a resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente CONAMA N.º 001/86, de 23/01/1986 que estabelece as definições, as responsabilidades, os critérios básicos e as diretrizes gerais para uso e implementação da Avaliação de Impacto Ambiental como um dos instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente. Após treze anos é estabelecida no Brasil a Política Nacional de Educação Ambiental, datada de 27 de abril de A associação destas duas políticas é recente, e aparece enquanto condicionante no processo de licenciamento nas etapas de implantação e operação de empreendimentos, visando a minimização dos impactos ambientais ocasionados tanto pela implantação quanto pela atividade produtiva pretendida. Referenciada pelas obras As Mercadorias como Objetos de Desejo" da autora Maria Cristina Garcia, El Concepto de la Naturaleza en Marx de Alfred Shimdt, A educação para além do Capital de István Mészáros, e a Crítica da Estética da Mercadoria de Woljgang Fritz Haug, pretende-se discutir a relação da educação com a educação ambiental e dessa no processo de licenciamento ambiental de gasodutos. A Educação e a Educação Ambiental Referenciada pela legislação nacional que determina as diretrizes e bases da educação nacional através da Lei Nº de 20 de dezembro de 1996 na qual define em seu Art. 1º que a educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais. Bem como estabelece enquanto princípios e fins da educação em seu Art 2º que a educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas; IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância; V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; VII - valorização do profissional da educação escolar; VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino;

3 IX - garantia de padrão de qualidade; X - valorização da experiência extra-escolar; XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais. Sancionada em 27 de abril de 1999, a lei que estabelece a Política Nacional de Educação Ambiental apresenta como definição da educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. Art. 4 o São princípios básicos da educação ambiental: I - o enfoque humanista, holístico, democrático e participativo; II - a concepção do meio ambiente em sua totalidade, considerando a interdependência entre o meio natural, o sócio-econômico e o cultural, sob o enfoque da sustentabilidade; III - o pluralismo de idéias e concepções pedagógicas, na perspectiva da inter, multi e transdisciplinaridade; IV - a vinculação entre a ética, a educação, o trabalho e as práticas sociais; V - a garantia de continuidade e permanência do processo educativo; VI - a permanente avaliação crítica do processo educativo; VII - a abordagem articulada das questões ambientais locais, regionais, nacionais e globais; VIII - o reconhecimento e o respeito à pluralidade e à diversidade individual e cultural. Art. 5 o São objetivos fundamentais da educação ambiental: I - o desenvolvimento de uma compreensão integrada do meio ambiente em suas múltiplas e complexas relações, envolvendo aspectos ecológicos, psicológicos, legais, políticos, sociais, econômicos, científicos, culturais e éticos; II - a garantia de democratização das informações ambientais; III - o estímulo e o fortalecimento de uma consciência crítica sobre a problemática ambiental e social;

4 IV - o incentivo à participação individual e coletiva, permanente e responsável, na preservação do equilíbrio do meio ambiente, entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparável do exercício da cidadania; V - o estímulo à cooperação entre as diversas regiões do País, em níveis micro e macrorregionais, com vistas à construção de uma sociedade ambientalmente equilibrada, fundada nos princípios da liberdade, igualdade, solidariedade, democracia, justiça social, responsabilidade e sustentabilidade; VI - o fomento e o fortalecimento da integração com a ciência e a tecnologia; VII - o fortalecimento da cidadania, autodeterminação dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade. Ao analisar o que determina as duas políticas enquanto processos estruturais educativos observa-se que a definição apresentada na política de educação ambiental abarca ao que se propõe a lei de diretriz e bases da educação nacional, além de ampliar a perspectiva do conhecimento à partir do enfoque humanista, holístico, democrático e participativo, e do caráter libertador caracterizado pelo desenvolvimento de uma compreensão integrada do meio ambiente em suas múltiplas e complexas relações, envolvendo aspectos ecológicos, psicológicos, legais, políticos, sociais, econômicos, científicos, culturais e éticos; e o estímulo à cooperação entre as diversas regiões do País, em níveis micro e macrorregionais, com vistas à construção de uma sociedade ambientalmente equilibrada, fundada nos princípios da liberdade, igualdade, solidariedade, democracia, justiça social, responsabilidade e sustentabilidade; No conceito de natureza em Marx do autor Alfred Schmidt a sociedade se vê sempre frente as mesmas leis naturais. A estrutura histórica que assume em cada caso determina, no entanto a forma em que os homens se expõem a elas, assim como seu modo de ação e seu domínio de validez e também na medida em que se pode descobri-la e utilizá-la socialmente. Portanto mesmo sendo a Política da Educação Ambiental carregada de um idealismo transformador, encontra-se estruturada no modelo de sociedade capitalista, que define a forma como os homens se comportam perante a natureza. E que é ao mesmo tempo a responsável pelo estado de degradação ambiental, advindas do modelo de consumo característico de uma sociedade alienada. Justifica-se, portanto a criação de uma nova política de educação ambiental a uma reestruturação na política nacional de educação. Esta forma de segmentação fragiliza a política tal qual se verifica em sua aplicabilidade. Para tal argumento a analise feita por Mészáros de que as mais nobres utopias educacionais tivessem de permanecer estritamente dentro dos limites da perpetuação do domínio do capital como modo de reprodução social metabólica, aplica-se a perspectiva na qual são elaboradas e executadas as políticas nacionais propostas. Limitar uma mudança educacional radical às margens corretivas interesseiras do capital significa abandonar de uma só vez, conscientemente ou não, o objetivo de uma transformação social qualitativa (Mészáros, 2008). Educação Ambiental no processo de licenciamento Ambiental

5 A avaliação de impacto ambiental, as etapas do processo de licenciamento e seus instrumentos. A avaliação de impacto ambiental é um instrumento de política ambiental adotado atualmente em inúmeras jurisdições países, regiões ou governos locais-, assim como por organizações internacionais como bancos de desenvolvimento e por entidades privadas. É reconhecida em tratados internacionais como um mecanismo potencialmente eficaz de prevenção de dano ambiental e de promoção do desenvolvimento sustentável. É o que afirma o autor Luiz Enrique Sanchez. Segundo o autor a sistematização da avaliação de impacto ambiental é realizada antes da tomada de decisões que possam acarretar conseqüências ambientais negativas e que somando-se os procedimentos formais seguidos pelas agências bi e multilaterais de desenvolvimento, pode-se afirmar que a avaliação de impacto ambiental é hoje universalmente empregada. Segundo Sanchez a aprovação de um empreendimento não significa que tenha encerrado a avaliação de impacto ambiental. Ao contrário, ela continua durante todas as etapas do período de vida do empreendimento, embora com ênfase diferente e através da aplicação de ferramentas apropriadas, porém esta etapa é uma deficiência freqüente citada na literatura. O paradoxo da avaliação de impacto ambiental, tal como praticada convencionalmente, é que relativamente pouca atenção é dada aos efeitos ambientais e sociais que realmente decorrem de um projeto ou à eficácia das medidas mitigadoras e de gestão que são dotadas. Essas análises não significam a ausência da fase de acompanhamento, mas indicam que tem um peso relativamente pequeno diante da importância e dos recursos despendidos nas etapas pré-aprovação. Isso pode indicar uma excessiva preocupação com os aspectos formais do processo de avaliação em detrimento de seu conteúdo substantivo. Ou seja, grande atenção é dedicada á preparação de um estudo de impacto ambiental, mas, uma vez aprovado o projeto, há um interesse surpreendentemente pequeno em verificar se ele foi realmente implantado de acordo com o prescrito e se as medidas mitigadoras atingiram seus objetivos de proteção ambiental. Isto se aplica não apenas para o empreendedor, mas principalmente pelos órgãos reguladores e comunidades afetadas, que deveriam ser os mais interessados em garantir o cumprimento destas medidas. Os critérios básicos e diretrizes gerais, para a avaliação de impacto ambiental são definidos pela resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente, CONAMA N.º 001/86, de 23/01/1986 que estabelece a obrigatoriedade do estudo de impacto ambiental e do relatório de impacto ambiental (EIA/RIMA) sendo um dos instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente (BRASIL,1981). De acordo com esta resolução, considera-se impacto ambiental qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam: I - a saúde, a segurança e o bem-estar da população; II - as atividades sociais e econômicas;

6 III - a biota; IV - as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; V - a qualidade dos recursos ambientais. O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e respectivo Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) servem para subsidiar o processo de licenciamento ambiental, sendo o empreendimento de significativo impacto ambiental, se faz necessário o nessa etapa a realização de audiências públicas para que a comunidade interessada e/ou afetada pelo empreendimento seja consultada. O processo de licenciamento ambiental possui três etapas distintas: Licenciamento Prévio, Licenciamento de Instalação e Licenciamento de Operação. Licença Prévia (LP) - Deve ser solicitada na fase de planejamento da implantação, alteração ou ampliação do empreendimento. Essa licença não autoriza a instalação do projeto, e sim aprova a viabilidade ambiental do projeto e autoriza sua localização e concepção tecnológica. Além disso, estabelece as condições a serem consideradas no desenvolvimento do projeto executivo. Licença de Instalação (LI) - Autoriza o início da obra ou instalação do empreendimento. Licença de Operação (LO) - Deve ser solicitada antes de o empreendimento entrar em operação, pois é essa licença que autoriza o início do funcionamento da obra/empreendimento é essa licença que autoriza o início do funcionamento da obra/empreendimento. Sua concessão está condicionada à vistoria a fim de verificar se todas as exigências e detalhes técnicos descritos no projeto aprovado foram desenvolvidos e atendidos ao longo de sua instalação e se estão de acordo com o previsto nas LP e LI. Os estudos de avaliação de impactos ambientais são obrigatórios para os empreendimentos considerados modificadores do meio ambiente, a indústria do petróleo é categorizada neste perfil sendo, portanto necessários os estudos de impactos ambientais. No processo de licenciamento da indústria do petróleo, é também condicionante ambiental das etapas de implantação e operação dos empreendimentos, o desenvolvimento do programa de educação ambiental, que segundo o órgão regulador deverá atuar como um instrumento de gestão dos recursos ambientais e decisões que afetem a qualidade de vida das populações. Para tanto a educação ambiental é compreendida como eficaz na medida que possibilite ao indivíduo percerber-se como sujeito social capaz de compreender a complexidade da relação sociedade-natureza, bem como de comprometer-se em agir em prol de soluções dos danos ambientais causados por intervenções no ambiente físico natural e construído.(ibama) Marx ao analisar a alienação em seus manuscritos parasienses de 1844 indicou os seus quatro principais aspectos: a alienação dos seres humanos em relação a natureza; à sua própria atividade produtiva; à sua espécie, como espécie humana; e de uns em relação aos outros (Mészáros, 2008), para que o indivíduo possa se perceber como um sujeito social

7 capaz de compreender a complexidade da relação sociedade-natureza é necessário portanto a emancipação humana à partir da superação da lógica capitalista. A primeira reflexão sobre esta temática recai na realização segmentada dos estudos de impactos ambientais, conforme o empreendimento que se pretende licenciar. Esta segmentação faz com que a análise do processo se reduza aos efeitos modificadores do meio ambiente apenas da etapa que será construída, ou seja, ao invés de se analisar os efeitos causados pelo processo em sua totalidade, consideram-se os efeitos somente de uma etapa do processo, como por exemplo, as emissões de CO2 advindas da queima do gás natural não são aspectos considerados para efeito de licenciamento em seu processo de exploração, não estão mapeados nos impactos da etapa do transporte, bem como não estão contemplados nos estudos de impacto no seu processo de distribuição. A responsabilidade da emissão de carbono na atmosfera é atribuída apenas ao consumidor, não há responsabilidades atribuídas a indústria responsável pela produção desta energia, muito menos as atribuições associadas a minimização destes impactos no ambiente. A segmentação da análise dos estudos de impactos ambientais segue a lógica cartesiana da segmentação do conhecimento, das especificidades refletidas nas estruturas disciplinares sociais, limitadas ao entendimento específico de uma determinada área ou negócio. Este efeito só é possível e se sustenta pautado no conceito de alienação de Marx no qual o homem oprimido não tem condições de ter consciência da totalidade social, só conseguindo ver aquilo que está imediatamente presente. Desta forma relatórios de impactos ambientais de gasodutos recentemente licenciados estão esvaziados, tanto do levantamento dos impactos socioambientais da fase de operação, quanto na indicação de medidas mitigadoras para a minimização e compensação destes impactos. Ou seja, não cumprem o papel de subsidiar um processo de gestão para o desenvolvimento sustentável das regiões impactadas. Neste contexto é que se desenvolvem os programas de educação ambiental considerando apenas os impactos mapeados seguindo a lógica da segmentação. A educação, que poderia ser uma alavanca essencial para a mudança, tornou-se instrumento daqueles estigmas da sociedade capitalista: fornecer os conhecimentos e o pessoal necessário à maquinaria produtiva em expansão do sistema capitalista, mas também gerar e transmitir um quadro de valores que legitima os interesses dominantes (Mészáros, 2008). Atribuir a educação ambiental enquanto responsabilidade executiva aos que detém os interesses dominantes é prever a inviabilidade e, portanto a superficialidade dos programas de educação ambiental, atuando enquanto garantia da manutenção dos interesses capitalistas e da alienação. Analisando a idéia de mercadoria no sistema capitalista a educação também é tida como mercadoria, e no caso do licenciamento é dada como valor de troca de algo que não se equivale, no caso o ambiente modificado a partir dos impactos de um empreendimento, e muito menos é dado a partir de uma necessidade demonstrada por aquele que a recebe

8 enquanto programa. A comunidade mantém-se alheia a todo o processo de implantação e operação de um empreendimento. Embora sejam realizadas nas etapas de avaliação de impacto ambiental as audiências públicas, considerada o principal canal de participação da comunidade nas decisões em nível local, esse procedimento consiste em apresentar aos interessados o conteúdo do estudo e do relatório ambiental, esclarecendo dúvidas e recolhendo as críticas e sugestões sobre o empreendimento e as áreas a serem atingidas. Qual a legitimidade desta ferramenta de consulta pública diante das limitações das análises apresentadas e da falta de qualificação sobre as temáticas e, sobretudo considerando a alienação característica da sociedade do capital? Todos os argumentos ainda dos poucos interessados e preocupados com os reais impactos se vão facilmente diante das poucas e ilusórias ofertas de empregos temporários considerados como impactos positivos no período de obra. Os Programas de Educação Ambiental A reificação presente na sociedade do capital é também caracterizada pela idéia de que tudo se torna mercadoria, e como toda mercadoria nesta lógica, possui um preço. Desta forma é também concebida a educação, e no caso da educação ambiental esta perspectiva configura-se integralmente no momento em que são realizadas licitações para desenvolvimento e execução deste produto, o programa de educação ambiental. Para cumprir com o que se estabelece nas condicionantes, sob pena da suspensão das licenças emitidas, são contratadas empresas responsáveis pela elaboração e execução de tais programas. Outras empresas surgem neste cenário para intermediar o diálogo entre operador e comunidade por um período de tempo determinado. Ocorre que desta forma o objetivo do programa de educação ambiental é resignificado, visando garantir a continuidade operacional. A necessária qualificação comunitária, que garanta a compreensão sobre a complexidade social na qual está inserida, é uma ferramenta que não pode e não deve ser aplicada apenas em casos específicos, porém é estruturante na garantia da participação ativa comunitária frente os seus problemas ambientais. A concepção da relação homem independente da natureza, a ponto de não ser consciente que a destruição da natureza é também a morte do homem, é fortalecida na idéia da necessidade de uma educação ambiental, que é ainda mais deturpada quando vinculada desta forma ao processo de licenciamento. Mudar essas condições exige uma intervenção consciente em todos os domínios e em todos os níveis da nossa existência individual e social. É por isso, que segundo Marx, os seres humanos devem mudar completamente as condições da sua existência industrial, política e conseqüentemente, toda a sua maneira de ser.(mészáros, 2008). CONSIDERAÇÕES FINAIS Vive-se uma visível falta de sentido da existência humana, a falta de compreensão das relações mais simples da natureza humana apresenta-se insuportável tanto na perspectiva

9 das relações sociais quanto das relações sociais com o ambiente, dada pela reificação generalizada da sociedade do consumo que aprisiona e reduz o homem a uma mercadoria. Isso sem considerar os que nem possuem valor de troca, nem valor de uso e são totalmente excluídos deste contexto. É também desta sociedade que se constitui o conceito de felicidade a qual conduz todas as ações do ser humano. As causas desse efeito avassalador aparecem no conceito de alienação dada por Marx que aniquila o homem de si mesmo, fazendo dele um escravo necessário e ao mesmo tempo realizado. Os conceitos de liberdade, amor, prazer também são moldados as possibilidades da sociedade posta e qualquer movimento contrário, qualquer reflexão que questione modo de vida operante é refutado com argumentos prontos e conformistas. Será possível manter-se realista frente a esta realidade que tira do ser humano a própria capacidade de ser. A lucidez propagada através da emancipação humana como um estado pleno pode ser abarcada pelo ser fragilizado, individualista e incapaz assim formado por esta sociedade? Talvez sob a ameaça da sua sobrevivência.

10 REFERÊNCIAS BRASIL. LEI Nº 6.938, DE 31 DE AGOSTO DE 1981: Política Nacional do Meio Ambiente. Disponível em: < Acesso em: 11 jul BRASIL. LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996.: Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Disponível em: < Acesso em: 10 jul BRASIL. RESOLUÇÃO CONAMA Nº 001, de 23 de janeiro de Disponível em: < Acesso em: 10 jul BRASIL. Um pouco da História da Educação Ambiental. Disponível em: < Acesso em: 10 jul GARCIA, Maria Cristina. Mercadorias como Objetos de Desejo. São Paulo: Edicon, HAUG, Wolfgang Fritz. Critica da estética da mercadoria. São Paulo: Unesp, IBAMA. Processo de Licenciamento. Disponível em: < Acesso em: 10 jul MÉSZÁROS, István. A educação para além do Capital. São Paulo: Boitempo, SÁNCHEZ, Luis Enrique. Avaliação de impacto ambiental: conceitos e métodos. São Paulo: Oficina de Textos, SHIMDT, Alfred. El Concepto de la Naturaleza en Marx. Madri: Siglo Veintiuno, 1977.

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