Própria. Casa. e Regularizada. Um programa melhor para todos. Prefeitura Municipal de Santa Isabel

Transcrição

1 Casa Própria e Regularizada Um programa melhor para todos Prefeitura Municipal de Santa Isabel Secretaria Municipal de Planejamento Obras Urbanismo e Habitação Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Agropecuário Política de Regularização Fundiária do Município de Santa Isabel

2 SUMÁRIO Cidade, cidadania, cidadão. Não há cidade sem cidadão nem cidadão sem cidadania, a quebra de qualquer um desses elos deixa os demais aleijados, incompletos, descaracterizados, dispensáveis. Em Santa Isabel procuramos atender aos três, estreitando-os, unindo-os. Para assegurar a dignidade e garantir plenamente os direitos a todos os cidadãos o direito social constitucional a moradia, previsto no artigo 6º, da Constituição da República. MUNICÍPIO DE SANTA ISABEL O QUE É REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA? 04 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 04 O QUE É IRREGULAR? 04 SÃO SITUAÇÕES IRREGULARES 05 QUAIS OS PROBLEMAS CAUSADOS POR SITUAÇÕES IRREGULARES? 06 ETAPAS DE REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA 07 QUAIS OS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A REGULARIZAÇÃO? 08 LEGITIMAÇÃO DE POSSE 09 QUEM PODE SER BENEFICIADO PELA LEGITIMAÇÃO DE POSSE? 09 COMO SE DÁ O PROCEDIMENTO DA LEGITIMAÇÃO DE POSSE? 09 DEMARCAÇÃO URBANÍSTICA 10 ZONAS ESPECIAIS DE INTERESSE SOCIAL 10 DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA PARA REGULARIZAR O IMÓVEL 11 AÇÕES DO MUNICÍPIO 12 COMPROMETIMENTO DO PODER PÚBLICO MUNICIPAL

3 QUE É REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA? É um processo de intervenção pública, em consonância com os aspectos jurídicos, físicos, ambientais e sociais, cuja finalidade é legalizar a permanência da população que ocupa áreas urbanas desconformes com a ordem legal vigente para fins de habitação. Objetiva proporcionar melhorias no ambiente urbano, e favorecer ao cidadão a garantia dos seus direitos a moradia digna, a propriedade. Trata-se de um processo gerador de ordem e facilitador de políticas públicas. OBJETIVOS ESPECÍFICOS O objetivo da regularização fundiária é legalizar e conciliar o direito a moradia com a preservação do meio ambiente, assegurando a permanência da população que mora em áreas urbanas ocupadas em desconformidade com a lei, através de uma política que possibilite a inclusão social, integrando a comunidade à cidade, proporcionando melhoria da qualidade de vida e, dotando de infraestrutura, além de fazer com que a população desperte e desfrute de uma consciência cidadã. FINALIDADE DA REGULARIZAÇÃO Conduzir as famílias à aquisição da propriedade, por meio dos instrumentos previstos na legislação urbanística, tais como, a demarcatória, a legitimação de posse, legalizando e promovendo o registro cartorial. O QUE É IRREGULAR? As irregularidades podem ser encontradas nas mais diversas formas no cenário urbano. Como exemplo, citamos os loteamentos clandestinos (sem prévia solicitação de aprovação a Municipalidade) e os loteamentos irregulares (de conhecimento oficial da Administração Pública, mas em desconformidade com a lei), esses loteamentos trazem um vasto conjunto de irregularidades encontradas no espaço urbano, como é o caso do Novo Éden. A consolidação da posse dessas propriedades ocorre, distintamente, de forma espontânea ou informal, fazendo-nos perceber a inexistência de um planejamento urbano ordenado, voltado, sobretudo, para população de baixa renda. SÃO SITUAÇÕES IRREGULARES: 1) Áreas de Preservação Permanente (APP), previstas no Código Florestal vigente, Lei Nacional nº /12; 2) Áreas de Proteção e Recuperação aos Mananciais (APRM), definidas nas Leis Estaduais n.º 898/75, 1172/76 e 9866/97; 3) Áreas de riscos: ocupações e terrenos de altas declividades, sob redes de alta tensão, faixas de domínio de rodovias, gasoduto, viadutos, troncos e distribuição de água ou tronco de coleta de esgoto. Encostas, Barrancos, áreas de erosão e deslizamento de terra; 4) Áreas públicas: Terrenos destinados a uso coletivos, a equipamentos comunitários, à programas habitacionais, à praças ou parques, ou seja, bens de uso comum do povo

4 ETAPAS DA REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA: 1ª ETAPA Cadastramento das Famílias Nesta etapa, os cadastradores da Secretaria de Planejamento, Obras Urbanismo e Habitação se dirigiram às áreas de intervenções para fazer um pré-cadastro das famílias. QUAIS OS PROBLEMAS CAUSADOS POR SITUAÇÕES IRREGULARES? O não cumprimento das leis urbanísticas e ambientais pode gerar os mais diversos problemas, desde a exclusão social às ocupações inadequadas e irregulares do meio ambiente, como acontece no município de Santa Isabel. Propriedades que não têm um título que comprove sua legalidade são vulneráveis e ficam impossibilitadas de receber plenamente a infraestrutura adequada para uma boa qualidade de vida de seus ocupantes. Além disso, o título valoriza a propriedade e em alguns casos, pode até evitar conflitos de propriedade, domésticos, familiares, de direito de vizinhança, além de reconhecer direitos sócio-políticos. Ter uma propriedade regularizada, assegura ao morador a certeza de estar em imóvel que é seu por direito. Um estudo recente realizado pela ONU-Habitat mostrou que a regularização fundiária aumenta a jornada de trabalho, a renda familiar e ainda diminui a ocorrência de trabalho infantil. Porque a insegurança jurídica quanto à situação de moradia precária prejudica o envolvimento e a dedicação das famílias a outras atividades. Em outras palavras, ter uma moradia legal é sinônimo de segurança para toda a família. 06 2ª ETAPA Levantamento Topográfico Consiste no trabalho de medir e desenhar toda a ocupação com o seu entorno, evidenciando as ruas, passagens, áreas livres, áreas de uso comum, cadastro dos serviços de urbanização e, sobretudo, individualizar cada um dos lotes evidenciando suas dimensões e confrontações. 3ª ETAPA Elaboração e Aprovação do Projeto de Regularização Com base no levantamento topográfico e do cadastro socioeconômico será elaborado o projeto de regularização da ocupação, indicando instrumento jurídico que será adotado. 4ª ETAPA Registro no Cartório Será enviado ao cartório de Registro de Imóveis de Santa Isabel para registro, concretizando a Regularização Fundiária do Loteamento, com o seu REGISTRO PÚBLICO. 07

5 QUAIS OS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A REGULARIZAÇÃO? A regularização fundiária destina-se a legalizar a parcela informal da cidade, de modo a atender a função social da propriedade. Além disso, busca regulamentar o mercado de terra, dispor sobre sistemas de financiamento de habitação de interesse social e promover programas de urbanização e regularização fundiária nos assentamentos informais. Neste último, tenta contribuir para a integração social e territorial das comunidades carentes, vítimas da exclusão social. Os requisitos necessários para regularização variam em função do instrumento utilizado para o referido fim, de acordo com as condições reais da ocupação. Com efeito, para tornar efetiva a proteção do direito à moradia - um direito social constitucionalmente garantido (Direito Fundamental). O capítulo III, da Lei Nacional nº , de 07 de julho de 2009, é o primeiro marco jurídico de caráter nacional a dispor sobre a regularização fundiária em áreas urbanas, pois conceitua e cria novos instrumentos e procedimentos, define competências e responsabilidades, com o objetivo de agilizar e tornar efetivos os processos de regularização. Destacam-se dentre os instrumentos: 1) LEGITIMAÇÃO DE POSSE; 2) DEMARCATÓRIA; e, 3) ZONAS ESPECIAIS DE INTERESSE SOCIAL (ZEIS). 08 LEGITIMAÇÃO DE POSSE A legitimação de posse é um instrumento voltado para o reconhecimento da posse de moradores. Trata-se da identificação pelo poder público de uma situação de fato, que é a posse mansa e pacífica de uma área por pessoas que não possuem título de propriedade e que não sejam foreiras? de outro imóvel urbano ou rural. Um dos objetivos da legitimação é dar publicidade às posses identificadas e qualificadas, por meio da confecção de um título pelo Município em nome do morador para seu registro no Cartório de Registro de Imóveis. QUEM PODE SER BENEFICIADO PELA LEGITIMAÇÃO DE POSSE? Os moradores dos lotes e casas inseridos em áreas cadastradas pelo poder público, que não sejam concessionários, foreiros ou proprietários de outro imóvel, urbano ou rural; e, não tenham sido beneficiados anteriormente por outra legitimação de posse. Quando não for possível identificar os terrenos ocupados por cada possuidor, é possível promover a legitimação de posse de forma coletiva. Em relação à natureza da posse, é preciso que ela seja mansa e pacífica, ou seja, não pode ter acontecido qualquer oposição de parte legítima. COMO SE DÁ O PROCEDIMENTO DA LEGITIMAÇÃO DE POSSE? A legitimação de posse é um procedimento para fins de promoção da regularização fundiária. Assim, para que a legitimação de posse ocorra é necessário que o assentamento irregular tenha sido objeto de demarcação urbanística e/ou estudos topográficos georreferenciados; o projeto de regularização fundiária de interesse social tenha sido elaborado e aprovado; e o parcelamento do solo decorrente do projeto de regularização tenha sido regularizado junto ao Cartório de Registro de Imóveis. 09

6 DEMARCAÇÃO URBANÍSTICA A demarcação urbanística é a delimitação de uma área ocupada para fins habitacionais por meio da identificação de seus limites, confrontantes, área de superfície e localização, para a realização de procedimentos de regularização fundiária de interesse social. O instrumento é voltado para intervenção em áreas de ocupação já consolidada. A demarcação urbanística somente pode ser feita pelo poder público, ou seja, pela União, pelos Estados, pelos Municípios e pelo Distrito Federal, incluindo seus órgãos delegados da administração indireta. Nos casos de terras particulares, qualquer um desses entes pode fazer a demarcação urbanística. Vale lembrar, que os Municípios são os responsáveis pela execução da política de desenvolvimento urbano e pela disciplina do parcelamento, do uso e da ocupação do solo em seus territórios, deve ser observada a legislação municipal referente à matéria, a fim de verificar se não há incompatibilidade entre a regularização proposta e as leis de uso e ocupação do solo, precipuamente, seu Plano Diretor. ZONAS ESPECIAIS DE INTERESSE SOCIAL As zonas especiais de interesse social são instrumentos destinados primordialmente à produção e manutenção de habitação de interesse social. Essas zonas especiais visam transformar os espaços urbanos da cidade clandestina numa cidade legal. Por este instrumento a ordem jurídica da cidade reconhece e regulariza as áreas reservadas à comodação de uma população mais carente, caracterizados por uma flexibilização das prescrições urbanísticas, a fim de proporcionar o fiel cumprimento da função social da propriedade e sobretudo garantir a regularização urbanística-jurídica dos seus assentamentos. - RG - CPF DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA PARA REGULARIZAR O IMÓVEL (CÓPIA) - Comprovante de Endereço - Energia - Telefone - Água. - Todos os Contratos de Compra e Venda do Imóvel - IPTU (de preferência 2015 pago ou parcelado) - Certidão de nascimento - Certidão de casamento - Certidão de casamento com averbação de separação, se separado judicialmente - Certidão de óbito, em caso de viuvez - Certidão de nascimento dos filhos menores de idade - Comprovante de matrícula dos filhos na Rede de Ensino 10 11

7 AÇÕES DO MUNICÍPIO - Incluir no Plano Diretor as regras para ampliação dos instrumentos de regularização fundiária e especificar as zonas especiais de interesse social. - Promover gratuitamente assessoria Jurídica e técnica para levantar a situação Jurídica, física e urbanística; - Desenvolver trabalhos técnicos sociais com a comunidade, como um diagnóstico coletivo dos problemas de habitação; - Realizar a Demarcação Urbanística, quando necessário para a Regularização Fundiária; - Conceder a Legitimação de Posse nos casos previstos na lei; Criação do Fundo Municipal de Habitação, objetivando a obtenção de recursos; - Garantir que, depois de aprovado o plano de urbanização, não seja permitido o remembramento de lotes, exceto para implementação de equipamentos comunitários públicos. Especificar as Zonas de Especial Interesse Social (ZEIS). COMPROMETIMENTO DO PODER PÚBLICO MUNICIPAL O acesso à casa própria para população e a existência de inúmeros loteamentos irregulares e clandestinos é um dos grandes desafios da Administração Pública de Santa Isabel, especialmente em virtude do crescimento natural da cidade e da existência de milhares de famílias que não possuem documento de propriedade dos seus terrenos. Diante deste cenário, a Prefeitura de Santa Isabel optou pela Regularização Fundiária das ocupações. Essa questão constitui num processo de intervenção pública, cuja finalidade maior é a condução da propriedade plena. Legalizar significa parcelar o solo, com aprovação municipal e o conseqüente registro cartorial, com abertura de matriculas individualizadas. Resumindo, o objetivo da regularização fundiária em Santa Isabel, conforme previsão no Estatuto das Cidades e demais legislações pertinentes, é legalizar as áreas urbanas ocupadas em desconformidade com a lei, através de uma política que possibilite a inclusão social, integrando a comunidade à cidade, proporcionando melhoria da qualidade de vida e fazendo com que os indivíduos despertem e desfrute de uma consciência cidadã. As irregularidades podem ser encontradas nas mais diversas formas do cenário urbano, como: ocupações, invasões, loteamentos clandestinos ou irregulares, que se configuram de maneiras distintas nas cidades. A consolidação da posse dessas propriedades ocorreu, distintamente, através da implantação de parcelamento irregular, fazendo-nos perceber a inexistência de um planejamento urbano ordenado, voltado, sobretudo, para população de baixa renda. O título possibilita irá dirimir conflitos de propriedade, domésticos, familiares, de direito de vizinhança, além de reconhecer direitos sócio-políticos. Verificase também que o referido título evita que os ocupantes sejam vítimas de expulsão pela ação do mercado imobiliário, pelas mudanças políticas - que quebrem o pacto sócio-político gerador da percepção de segurança de posse