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1 書名 : Título: 出版語言 : Edição: 作者 : Autor: 出版 : Editor: 封面 : Capa: 排版及印刷 : Composição e impressão: 發行量 : Tiragem: 出版日期 : Data de edição: 國際書號 : ISBN: 售價 : Preço: 專責公證員制度 Regime do Notariado Privativo 葡文 Português 韋思明 陶智豪 Vicente Monteiro, Frederico Rato 法律及司法培訓中心 Centro de Formação Jurídica e Judiciária 印務局 Imprensa Oficial 印務局 Imprensa Oficial 750 本 750 exemplares 2014 年 8 月 Agosto de $100 售賣點 Local de Venda 葡文書局 Livraria Portuguesa 政府資訊中心 - 政府出版物銷售 Centro de Informaç ã o ao Público - Venda de Publicaç õ es dos Serviç os de Públicos 查詢電話 Telefone para informações

2 / Vicente Monteiro Conservador / Notário em serviço na Direcção dos Serviços de Assuntos de Justiça / Frederico Rato Advogado e Notário Privado REGIME DO NOTARIADO PRIVATIVO 葡文版 Versão portuguesa 法律及司法培訓中心 Centro de Formação Jurídica e Judiciária 2014

3 Título: Regime do Notariado Privativo Autor: / Vicente Monteiro / Frederico Rato Editor: Centro de Formação Jurídica e Judiciária Capa: Imprensa Oficial Paginação e impressão: Imprensa Oficial 750 Tiragem: 750 exemplares Data de edição: Agosto de 2014 ISBN

4 NOTA INTRODUTÓRIA As actividades do Centro de Formação Jurídica e Judiciária têm já uma larga tradição na RAEM, destinando-se não só a dar formação especializada aos Magistrados, mas também a proporcionar à comunidade jurídica que exerce funções nos diversos Serviços da Administração Pública conhecimentos teóricos e práticos nas mais variadas vertentes do Direito, em especial as que se prendem com as actividades mais relevantes da vida das pessoas e das empresas, como é o caso dos registos e do notariado. Como é consabido, a actividade notarial na RAEM contribui de forma decisiva para a credibilidade do sistema de registos e notariado. Trata-se de um sistema singular no contexto regional, sendo dotado de uma especial garantia de segurança jurídica, fundamental para a confiança dos agentes económicos que se movimentam na área dos negócios ligados sobretudo à indústria do jogo, mas também às actividades turística e comercial e à propriedade imobiliária, e que vem contribuindo para o desenvolvimento económico, que se pretende seja sustentável. O sistema de notariado da RAEM, embora de matriz portuguesa e, por consequência, inserido no sistema de notariado latino, contém regras específicas decorrentes do Direito Civil local, pelo que envolve uma particular complexidade. Como não pode deixar de ser, assume especial importância o correcto domínio das suas regras por parte de quem exerce funções notariais (notários públicos, privados e privativos), tendo especialmente em vista o cumprimento dos inerentes deveres previstos na lei, como os de observância dos princípios da legalidade, autonomia e imparcialidade, e ainda o respeito pelas regras sobre sigilo profissional e as relacionadas com a ética e a deontologia, mas também o dever de colaboração com o sistema registral e a administração fiscal, contribuindo para o reforço da segurança do comércio jurídico e para o controlo administrativo do cumprimento das obrigações fiscais, combatendo a fraude e a evasão fiscal. I

5 Regime do Notariado Privativo A RAEM dispõe, desde início dos anos noventa do século passado, de um regime de notariado misto, com três cartórios notariais públicos e, actualmente, cerca de cinquenta notários privados, estando o regime do notariado privado regulado essencialmente pelo Decreto-Lei n.º 66/99/M, de 1 de Novembro. De acordo com o artigo 2.º do Código do Notariado, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 62/99/M, de 25 de Outubro, alterado pela Lei n.º 4/2000, são órgãos próprios da função notarial os notários públicos e privados. Mas, no sistema notarial da RAEM, existe ainda uma terceira espécie de notários, os notários privativos de Serviços Públicos que, de acordo com o artigo 3.º do Código do Notariado, são órgãos especiais da função notarial, e que são designados de entre os funcionários, agentes ou trabalhadores de serviços públicos, com licenciatura em Direito, a quem a lei pode atribuir, em relação a certos actos, a competência dos notários 1. O regime do chamado notariado privativo dos Serviços Públicos veio a ser objecto de regulamentação própria pelo Regulamento Administrativo n.º 23/2000, de 5 de Junho. Dado que, no exercício das suas funções notariais, os notários privativos de Serviços Públicos devem obedecer ao preceituado no Código do Notariado, na parte que lhes seja aplicável (vide n.º 3 do citado artigo 3.º do Código do Notariado), tem o Centro de Formação Jurídica e Judiciária 1 A alínea b) do n.º 1 do artigo 3.º do Código do Notariado faz ainda referência a outras entidades a quem a lei atribua, em relação a certos actos, a competência dos notários. Em regra, tais entidades são os representantes consulares de que a RAEM, não obstante o seu alto grau de autonomia, não dispõe, uma vez que, nos termos do artigo 2.º da Lei Básica, goza dos poderes executivo, legislativo e judicial, mas não tem meios de defesa próprios nem poderes para designar representantes diplomáticos no exterior mas, também, em certas circunstâncias, os comandantes dos navios e aeronaves quando se encontrem em viagem. Pode ainda determinado diploma legal atribuir funções notariais específicas a alguém para cumprimento dos fins próprios nele regulados. II

6 Nota Introdutória levado a efeito acções de formação dirigidas a esta classe profissional, tendo o director daquele Centro, Prof. Manuel Marcelino Escovar Trigo, dirigido amável convite aos autores destes Sumários para leccionar uma nova acção de formação. Compreende-se a preocupação em proporcionar formação nesta matéria aos notários privativos dos Serviços Públicos, uma vez que a sua nomeação ou designação não é necessariamente precedida de qualquer curso ou estágio prévio, como acontece com os notários públicos, cujo regime de recrutamento, selecção e provimento prevê a frequência prévia de curso de formação especializada, seguido de estágio, conforme se acha consagrado nos artigos 22.º e seguintes do Decreto-Lei n.º 54/97/M, de 28 de Novembro (nesta parte ainda em vigor), e com os notários privados, cuja nomeação depende igualmente de frequência e aproveitamento em curso de formação organizado pela DSAJ, conforme se acha previsto no respectivo estatuto, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 66/99/M, de 1 de Novembro. Os presentes Sumários constituem, pois, a síntese do curso de formação que os autores levaram recentemente a efeito no Centro de Formação Jurídica e Judiciária, em dois turnos sucessivos, o qual, pela sua curta duração, não poderia ser mais aprofundado e alargado a todos os temas com que os notários se vêem confrontados no seu dia-a-dia. Mas, enfim, espera-se que eles possam ser um guia para o estudo e desenvolvimento pessoal que os formandos não poderão deixar de fazer por si próprios, uma vez que as tarefas em que estão envolvidos assim o reclamam. Por último, os Sumários poderão ainda dar algumas pistas e orientações a todos os que, de um ou outro modo, precisem ou queiram dedicar-se ao estudo e análise de matérias relacionadas com o notariado. A compilação e revisão dos presentes Sumários é o resultado de uma constante troca de ideias e opiniões de ambos os docentes do curso, fruto das respectivas experiências profissionais. Em todo o caso, eles são III

7 Regime do Notariado Privativo o reflexo directo das lições de que cada um se encarregou: as Partes I a V e VIII a IX estiveram a cargo do primeiro autor e as Partes VI e VII do segundo. Como é evidente, o conteúdo dos temas e em especial as posições neles defendidas são da inteira responsabilidade dos autores, que reconhecem as suas próprias limitações, em especial nas matérias que costumam ser objecto de alguma polémica na doutrina e na jurisprudência. A publicação dos Sumários é feita por insistência do director do Centro de Formação Jurídica e Judiciária, Prof. Manuel Marcelino Escovar Trigo, cuja dedicação à cultura jurídica e empenho na divulgação do seu saber na RAEM os autores não podem deixar de enaltecer. Os autores Vicente Monteiro Frederico Rato IV

8 LEGENDA DAS PRINCIPAIS ABREVIATURAS UTILIZADAS BRN Boletim dos Registos e do Notariado CC Código Civil CCom Código Comercial CN Código do Notariado CPA Código de Procedimento Administrativo CPC Código de Processo Civil CRC Código do Registo Comercial CRCBM Conservatória dos Registos Comercial e de Bens Móveis CRN Conselho dos Registos e Notariado CRP Código do Registo Predial CTRN Conselho Técnico dos Registos e do Notariado DIC Departamento de Inspecção e Contencioso DSAJ Direcção dos Serviços de Assuntos de Justiça DSEC Direcção dos Serviços de Estatística e Censos DSF Direcção dos Serviços de Finanças DSSOPT Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes ETAP Estatuto dos Trabalhadores da Administração Pública FM Fundação Macau IACM Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais V

9 Regime do Notariado Privativo MP Ministério Público PH Propriedade horizontal RAEHK Região Administrativa Especial de Hong Kong, da República Popular da China RAEM Região Administrativa Especial de Macau, da República Popular da China RIS Regulamento do Imposto do Selo TEN Tabela de Emolumentos do Notariado TJB Tribunal Judicial de Base TGIS Tabela Geral do Imposto do Selo TSJ Tribunal Superior de Justiça VI

10 ÍNDICE SISTEMÁTICO PARTE I ENQUADRAMENTO JURÍDICO-LEGAL DA ACTIVIDADE NOTARIAL 1. Regime do exercício da actividade notarial Enquadramento normativo da actividade dos notários públicos Enquadramento normativo da actividade dos notários privados Enquadramento normativo da actividade dos notários privativos Da nomeação ou designação dos notários privativos O notário privativo como órgão especial da função notarial Formalidades específicas dos actos dos notários privativos Conceito e princípios estruturantes da actividade notarial Conceito de Direito Notarial O notário e a natureza da função notarial O princípio da legalidade na actividade notarial O princípio da fé pública notarial Competências, impedimentos, recusas e responsabilidade por actos notariais Competências dos notários O notariado de matriz latina e a função notarial Das competências do notário em geral Competências especiais... 8 VII

11 Regime do Notariado Privativo Limitação das competências dos notários privados e privativos Âmbito territorial das competências do notário Impedimentos Os impedimentos do notário Extensão dos impedimentos aos estagiários e ajudantes Recusa da prática dos actos notariais Responsabilidade por actos notariais Deontologia da função notarial Ética e deontologia profissional Deveres genéricos da função pública O segredo profissional O princípio da autonomia O princípio da imparcialidade O princípio da exclusividade O princípio da livre escolha Outros princípios PARTE II A ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS 1. Livros, ficheiros e arquivos Livros dos cartórios A legalização dos livros VIII

12 Índice Sistemático 1.3 Utilização de fascículos ou de folhas soltas Ficheiros Arquivos Participação dos actos notariais Princípios gerais Comunicações determinadas pela DSAJ Outras comunicações especiais PARTE III DOS ACTOS NOTARIAIS EM GERAL 1. Documentos e execução dos actos em geral Documentos em geral Os documentos notariais Espécies de documentos notariais Execução dos actos notariais Composição e escrituração dos actos notariais Minutas Documentos instrutórios e seu arquivamento Documentos complementares As novas tecnologias Requisitos gerais dos actos notariais Requisitos e formalidades comuns Menções especiais IX

13 Regime do Notariado Privativo 2.3 Representação Assinatura, rubrica e impressões digitais Intervenientes acidentais Quem são os intervenientes acidentais Quem não pode ser interveniente acidental PARTE IV REGRAS E PRINCÍPIOS REGISTRAIS E REQUISITOS DOS ACTOS NOTARIAIS RELATIVOS A IMÓVEIS OU MÓVEIS SUJEITOS A REGISTO 1. Os princípios de Direito Registral Eficácia declarativa e eficácia constitutiva Oponibilidade a terceiros Conceito de terceiros para efeitos de registo Prioridade do registo Fé pública ou presunção de verdade e exactidão Legitimação (dispositiva) de direitos sobre imóveis O trato sucessivo A instância A legalidade Outros princípios O processo de registo Legitimidade e representação para pedir actos de registo X

14 Índice Sistemático 2.2 O pedido de registo Documentos para registo Registo de prédios concessionados A propriedade horizontal e os prédios não concluídos Publicidade e prova do registo Carácter público do registo As certidões como meio de prova Emissão ou recusa de passagem de certidões Requisitos especiais dos actos notariais Menções relativas ao registo predial Prédios em regime de propriedade horizontal Menções relativas à matriz Harmonização com o cadastro Valor dos bens PARTE V ESCRITURA PÚBLICA E INSTRUMENTOS AVULSOS 1. A forma na titulação dos actos notariais Regras especiais do Direito substantivo Conceito de escritura pública Exigência de escritura pública Averbamentos Conceito e regras gerais sobre averbamentos XI

15 Regime do Notariado Privativo 2.2 Iniciativa do averbamento Factos a averbar Suprimento e rectificação de omissões e inexactidões Instrumentos públicos avulsos Os instrumentos públicos avulsos em geral A procuração em especial Forma das procurações Procurações entre cônjuges Procurações com outros poderes especiais Extinção da procuração A questão da revogação parcial da procuração Autenticação de documentos particulares e reconhecimentos Certificados, certidões e documentos análogos Generalidades Certificados em especial Certidões Públicas-formas e traduções PARTE VI ACTOS NOTARIAIS EM ESPECIAL: ANÁLISE DOS REGIMES JURÍDICOS E TÉCNICA REDACTORIAL 1. Actos notariais (recapitulação) Técnica redactorial em geral XII

16 Índice Sistemático 2.1 Generalidades Composição Materiais utilizáveis Utilização do Selo Branco Redacção Regras a observar na escrita dos actos Ressalvas Redacção Minutas A determinação do objecto nos diversos tipos de contrato Escrituras dos contratos mais comuns e outros actos Compra e venda Contrato de empreitada Contrato de prestação de serviços Permuta ou troca Permuta de bens presentes por bens futuros Dação em cumprimento Doação Contrato de cessão de exploração Habilitação notarial Justificação notarial Outros contratos com forma notarial XIII

17 Regime do Notariado Privativo PARTE VII NULIDADES 1. Conceito e espécie de nulidades Vícios de forma Princípio da tipicidade A sanação PARTE VIII IMPUGNAÇÃO DAS DECISÕES DO NOTÁRIO 1. Impugnações Decisões impugnáveis Os meios de impugnação Reclamação para o notário Recurso administrativo Recurso judicial PARTE IX EMOLUMENTOS E IMPOSTO DO SELO 1. Tributação emolumentar Princípios gerais da tributação emolumentar Gratuitidade, isenção e redução emolumentar Regras sobre a conta dos actos e seu registo XIV

18 Índice Sistemático 1.4 Regras específicas sobre cumulação de emolumentos O imposto do selo A tributação em imposto do selo Casos específicos de incidência da TGIS APÊNDICE - LEGISLAÇÃO Decreto-Lei n. o 62/99/M, de 25 de Outubro (Código do Notariado) Regulamento Administrativo n.º 23/2000 (Notariado dos Serviços Públicos) Portaria n.º 522/99/M, de 15 de Dezembro (aprova as Tabelas de Emolumentos dos Registos e do Notariado) Tabela de Emolumentos do Notariado Obras editadas pelo Centro de Formação Jurídica e Judiciária XV