(PMDB/PV/PPL) : C0UCAÇÃ0 PARANÁ C M GOVERNO

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1 ..,- ioup val. PEDR«éfe.1IM'8& " J TJPR JUS.6R>, ValicacM I. TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO PARANÁ ' REPRESENTAÇÃO N" J Ü0 Representante : COLIGAÇÃO "TODOS PR O PARANÁ" (PSDB/PROS/DtM/PSB/PSD/PTB/PP/PPS/PSC/PR/SD/ PSL/PSCD/PMN/PHS/PEN/PT DO B) Apresentados : ROBERTO REQUIÃO DE MELLO E (PMDB/PV/PPL) : C0UCAÇÃ0 PARANÁ C M GOVERNO RELATÓRIO Traía-se de representação, coro pedido de liminar, aforada pela COLIGAÇÃO "TODOS PELO PARANÁ", em face de ROBERTO REQUIÃO de MELLO e SILVA e COLIGAÇÃO PARANÁ COM GOVERNO, sob a alegação de que o primeiro representado, publicou, em seu sítio na internei - enquete acerca da sua candidatara ao üovsrno do Estado do Paraná - Eleições 2014, veiculada. Foi deferido o pedido ús imediata retirada da enoaeie Os representados apresentaram defesa e pleitearam a declaração de perda do objeto da presente representação e z, inaplicabííidade da Resolução TSE n, /2014/TSB a este pleito. deve ser juígada precedente. A Procuradoria Eieiíoral Auxiliar disse que a representação E o relaíóno. Documento assinado digita/mente, conforma r/ip n.' /2001, Lei...'' 1 l.-119/jgof> o Resolução n.'- 645/2013 do TRE-P;

2 Representação n ,0000 DA DECISÃO E SEUS FUNDAMENTOS Os representados apresentaram defesa e alegaram que retiraram, antes da notificação judicial, a enquete do sítio eletrônico, o que os exime de responsabilidade!, razão pela deve ser declarada a perda do objeto da presente representação. Tal argumento não pode ser acolhido. Isto porque a mera retirada da enquete do sítio, de forma espontânea e, previamente à notificação, não exime da responsabilização pelo tempo em que ela ficou publicada. A veiculação da enquete produziu resultados durante o lapso temporal em que ficou acessível ao publico, na rede mundial de computadores. Assim, teve potencialidade para influenciar o eleitorado e causar desequilíbrio no pleito. ' '-., Nestas circunstâncias, afasto a alegação de perda do objeto da presente representação. ' -. Por outro lado, de acordo com a Representante, a conduta acima narrada se subsume na vedação prevista no artigo 24, da Resolução TSE n /2014, que preconiza o seguinte: : - "Art. 24. É vedada, no período de_ campanha eleitoral, a realização de enquetes relacionadas ao processo eleitoral. Parágrafo único. Entende-se por enquete ou sondagem a pesquisa de opinião pública que não obedeça às disposições legais e às determinações previstas nesta resolução." No caso deve ser aplicada a sanção pela divulgação irregular, - rjrevistano Artigo 18, da supracitada Resolução, inverbis: Documento assinado digitalmente, conforme MP n /2001, tei.n /2006 e Resolução n." 645/2013 do 2

3 "Art. 18. A divulgação de pesquisa sem o prévio registro das informações constantes do art. 2o desta resolução no Tribunal Eleitoral competente sujeita os responsáveis à multa no valor de R$ ,00 (cinqüenta e três mil e duzentos e cinco reais) a R$ ,00 (cento e seis mil e quatrocentos e dez reais)." Pois bem. A conduta impugnada seria a veiculação de enquete no sítio na internet - enquetes/, acerca da candidatura do primeiro representado, ao Governo do Estado do Paraná - eleições gráficos no formato pizza com os dizeres: A referida divulgação de enquete é ilustrada por imagens de "Imagem 1: 'Se o segundo turno para eleição ao Gov PR (Gleisi X Beto). Enquete: Se o segundo turno da eleição para o Governo do Paraná fosse hoje, em qual candidato vc votaria? Gleisi Hoffmann (60,3%), na cor laranja. Beto Richa (39,7%), na cor azul.'; Imagem 2: Se o segundo turno da eleição para o Governo do Paraná fosse hoje, em qual candidato vc votaria? Roberto Requião (60,4%), na cor laranja, Gleisi Hoffmann (39,6%), na cor azul, Imagem 3: Se o segundo turno da eleição para o Governo do Paraná fosse hoje, em qual candidato vc votaria? Roberto Requião (83,8%), na cor laranja, Beto Richa (16,2%), na cor azul." A veiculação das enquetes é incontroversa e até, pelo menos um dia, antes da propositura da representação, as informações estavam acessíveis ao público, conforme ata notarial de fls Assim, vê-se perfeita a subsunção do fato à norma, o que implica na aplicação da penalidade cabível e prevista. Os representados alegaram que a Resolução TSE n , de 17 de Dezembro de 2013, não pode ser aplicada a este pleito (2014). Isto porque ela teria se embasado na Lei , de 11 de Dezembro de 2013, que, por sua vez, está com sua eficácia suspensa. Nesta argumentação, deve-se observar que, de fato, o rrmntn assinado digitalmente, conforme MP n /2001, Lei n /2006 e Resolução n. 645/2013 do 3

4 Tribunal Superior Eleitora,, dia 24/06/20l4, nos au(os ^ ^^ , disse queas alternes e introduzes, advindas com a edicao da Le,.,2.8,7/20,3, nao se aplica, a este p.eito (de 2014).,s,o em virtude de necessana observância ao teor do Art. 16 da Constituição Federal de 05/10/1988 Contudo, é oportuno destacar que a referida Lei.,2.891, em alguns pontos somente contempla «emas consolidados pela jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral. Assim, mesmo que se considerar a arguição feita pela defesa de que a Lei n,2.891/20,3 está com sua eficácia suspensa, há que se aplicar às Ele-çoes 2014, as Resoluções que, mesmo sendo posteriores àquela Lei fomm fundadas em questões já pacificadas perante o Tribunal Superior Eleitoral, como é o caso da proibição da veiculação de enquetes (Acórdão do TSF P^r /2006^ ' a E é neste sentido que se manifestou a Douta Procuradora Eleitoral Auxiliar, segundo a qual: Vejamos o que ensinam os juristas Thales Tácito Cerqueira e Camila Albuquerque Cerqueira, 3a edição revista e atualizada, obra Direito Eleitoral Esquematizado, Editora Saraiva, página 401: Documentadodi9italrr,ente, conformempn,2.200-^2001, Lein, ,2006eReso^on,645/2013,o 4

5 Represenlação n b) enqueles e wnda!;em. sâ0 «o.nteressado, sua realizaçâo. * pe,a,uai nao preclsam ser Regional de Estatistica Nesse ; ; «r *> Portanto, divulgação dos resultados de enauetes o» sondagens, devera ser info ^ nao m tratar de o ar, 3 da u.,50.,7, mas de mero,evan,ament0 de op^ * amos,ra,,«n3o utiliza método ctent(flco ^ ^ ^^ apenas da parttcipação espontânea do interessado. O REspe» /2006 do TSE ressalta a 'necessidade de,»e a d,vu,gaçao de eno.etes e sondagens seja acon.pa.ha de ese.areeime.,o de O»e nao se (rata de pe^s. e,eitoral, cuja onijssao edseja, sanç3o do artigo 33 da Lei n. 9504/97.'» É plenamente válida a Resolução TSE n , razão pela i r 92 n C m " ^3 C ndenaçã0 P'eÍteada- A SUSpensã da efícácia da ^ /2013 nao retirou o caráter ilícito da condutas dos representados. Assim a reahzação de enquetes e sondagens ligadas às intenções de voto nas próximas elcçoes (2014), sem registro formal, está proibida. Quem descumprir a regra deve arcar com a multa.

6 Ademais, a divulgação de enquetes deve deixar claro que não se trata de pesquisa eleitoral (como descrita no art. 33, da Lei 9504/97), e sim de "mero levantamento de opiniões", dependendo apenas de interesse espontâneo e feita sem amostragem científica. A divulgação de enquetes e sondagens que se fizer esse esclarecimento será considerada divulgação de pesquisa eleitoral sem registro. O descumprimento da norma mencionada equipara a publicação da enquete à divulgação de pesquisa eleitoral sem registro, estando sujeito a multa. A aplicação da multa é por divulgação de pesquisa de opinião pública irregular e enquete é pesquisa (espécie do gênero pesquisa de opinião pública). Vislumbra-se que o caso é de se condenar os Representados ao cumprimento da pena prevista no Artigo 18, da Resolução /2013 (a respeito das pesquisas eleitorais para as Eleições de 2014). Ocorre que os representados retiraram a enquete de veiculação de forma espontânea e prévia à notificação nesta representação. Isso é revelador que sabiam que não poderiam ter divulgado a pesquisa de opinião publica, na modalidade de enquete. A multa deve ser arbitrada, individualmente, em seu grau mínimo, qual seja, o valor de R$ ,00 (cinqüenta e três mil e duzentos e cinco reais). III-DISPOSITIVO Diante disso: a) com base no artigo 269, inciso I, do Código de Processo Civil, julgo procedente a presente Representação Eleitoral proposta por COLIGAÇÃO "TODOS PELO PARANÁ" em face de ROBERTO REQUIÃO de MELLO e SILVA e COLIGAÇÃO PARANÁ COM GOVERNO, ficando Documento assinado digitalmente, conforme MPn /2001, Lein." /2006 e Resolução n. 645/2013 do 6

7 confirmada a liminar concedida, de imediata retirada, pelo representado, da enquete referente às eleições 2014 para Governador do Estado do Paraná, divulgadas em seu sítio na internet ( e de outros canais de divulgação na internet e que tenha divulgado (youtube, google,facebook); b)condeno os representados Roberto Requião de Mello e Silva e Coligação Paraná Com Governo (PMDB/PV/PPL), com base no artigo 18, da Resolução TSE n /2014, individualmente, ao pagamento de multa, que fixo no seu valor mínimo, qual seja, R$ ,00 (cinqüenta e três mil e duzentos e cinco reais). Publique-se. Intimem-se. Curitiba, 07 de Agosto de Lourival Pedro Chemim Juiz Auxiliar - Resolução TRE/PR 674/2014 Documento assinado digitalmente, conforme MP n.' /2001, Lei n /2006 e Resolução n. 645/2013 do 7