SEMINÁRIO ESTÁGIO PROBATÓRIO
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- Luiz Felipe Neiva Gabeira
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1 SEMINÁRIO ESTÁGIO PROBATÓRIO AVALIAÇÃO ESPECIAL DO ESTÁGIO PROBATÓRIO SISMUC 2011
2 ESTÁGIO PROBATÓRIO Com efeito, no caso do servidor nomeado por concurso, a estabilidade somente se adquire depois de três anos; o período compreendido entre o início do exercício e a aquisição da estabilidade é denominado estágio probatório e tem por finalidade apurar se o funcionário apresenta condições para o exercício do cargo, referentes à moralidade, assiduidade, disciplina e eficiência. Maria Sylvia Zanella Di Pietro, Direito Administrativo, Atlas, 14ª edição, página 481.
3 ESTÁGIO PROBATÓRIO Estágio probatório de três anos, terceira condição para a estabilidade, é o período de exercício do servidor durante o qual é observada e apurada pela Administração a conveniência ou não de sua permanência no serviço público, mediante a verificação dos requisitos estabelecidos em lei para a aquisição da estabilidade (idoneidade moral, aptidão, disciplina, assiduidade, dedicação ao serviço, eficiência, etc.). Hely Lopes Meireles, Direito Administrativo Brasileiro, Malheiros, 24ª edição..
4 O QUE SE FAZ NO ESTÁGIO Busca-se neste período chamado de Estágio Probatório, avaliar a retidão moral, a aptidão para a função, a disciplina, a responsabilidade, a assiduidade, a dedicação e a eficiência dos agentes empossados e em exercício mediante observações e inspeções regulares. Todos os aprovados ao final do período de estágio probatório adquirem, conforme o caso, a estabilidade ou a vitaliciedade nos quadros da Administração Pública.
5 PREVISÃO CONSTITUCIONAL EC 19 Artigo 41: São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para o cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.
6 REGULAMENTAÇÃO MUNICIPAL Lei /2003 (modificou as Leis Municipais 8444/94 e 9723/99) 12814/2008 mudou a lei 10815/2003 Decreto 530/2010 que regulamentou a Lei /2003 E 12814/2008
7 ESTABILIDADE APÓS ESTÁGIO ESTABILIDADE consiste em garantia contra a exoneração discricionária, submetendo a extinção da relação estatutária a processo administrativo ou judicial destinado a apurar a prática de infração a que seja cominada a pena de demissão, ressalvada a hipótese específica de perda do cargo para redução das despesas com pessoal.
8 LEI 10815/2003 Art. 1º. Os servidores públicos municipais devidamente concursados e nomeados para cargo de provimento efetivo, estarão sujeitos ao cumprimento de estágio probatório, para a aquisição da estabilidade 1º. No decorrer do período do estágio probatório o servidor será submetido, a cada 06 (seis) meses, à Avaliação Especial de Desempenho por uma comissão designada para essa finalidade. 2º. A aquisição da estabilidade dar-se-á após cumpridos 03 (três) anos de efetivo exercício, desde que o servidor seja considerado apto, ficando este submetido à Avaliação Especial de Desempenho, a qual será realizada no decorrer do período de estágio probatório, observados os demais requisitos dispostos nesta lei
9 AFASTAMENTOS DESCONTADOS DOS 3 ANOS 3º. Para os efeitos dos parágrafos anteriores, não serão considerados como de efetivo exercício, os dias em que o servidor afastar-se do trabalho, nas seguintes hipóteses: I-licença à gestante; II-licença-paternidade; III- licença para freqüentar cursos, lançada em ficha funcional formal a época de sua fruição;
10 AFASTAMENTOS DESCONTADOS DOS 3 ANOS IV - licença para fins de adoção; V - licença para tratamento de saúde e por motivo de doença em pessoa da família; VI - licença gala; VII - licença nojo; VIII - candidatura a cargo eletivo, na forma prevista em lei; IX - exercício de mandato eletivo que importe em afastamento das funções do cargo;
11 AFASTAMENTOS DESCONTADOS X - prestação de serviços considerados obrigatórios por lei; XI - disposição funcional a órgão ou entidade da União, do Distrito Federal, dos Estados e de outros Municípios, bem como à CIC - Companhia de Desenvolvimento de Curitiba, URBS - Urbanização de Curitiba S/A, COHAB - Companhia de Habitação Popular de Curitiba e Câmara Municipal de Curitiba.
12 AFASTAMENTOS DESCONTADOS XII - exercício de função gratificada ou cargo comissionado, exceto se a Secretaria Municipal de Recursos Humanos - SMRH atestar expressamente, através de procedimento específico, a compatibilidade do núcleo central das atribuições do cargo efetivo com aquelas peculiares ao cargo comissionado ou função gratificada exercida.
13 CONTAGEM DO TEMPO Artigo 1º: A contagem do período de Estágio Probatório, de acordo com o 1º, da Lei /2003, começa na data do início das atividades do servidor. Parágrafo único. A contagem do tempo de efetivo exercício será realizada através de sistema informatizado, levando-se em consideração o 3º, do art. 1º, da referida lei.
14 NOVO ESTÁGIO Art. 5º. O servidor público municipal estável fica sujeito a novo estágio probatório quando nomeado para outro cargo, em virtude de um novo concurso público. Art. 6º. Na hipótese de acumulação legal de cargos públicos, o estágio probatório do servidor será cumprido independentemente, em relação a cada um dos cargos em que tenha sido nomeado.
15 LICENÇA PRÊMIO Art. 7º. O servidor público não poderá se afastar do exercício do cargo para usufruir licença prêmio e licença sem vencimento, enquanto estiver em período de estágio probatório. Parágrafo único. O prazo para concessão de licença prêmio previsto no art. 1º da Lei nº 8995/96, terá início, para o servidor em estágio probatório, no primeiro dia subseqüente àquele da estabilidade.
16 ENCERRAMENTO ANTECIPADO Art. 18. A qualquer tempo, as Comissões deverão proceder o encerramento antecipado da avaliação, desde que verificada a ocorrência de alguma das seguintes situações:
17 ENCERRAMENTO ANTECIPADO I - infração disciplinar, caracterizada pela transgressão de quaisquer dos deveres e proibições do servidor especificados nos Capítulos II e III, do Título IV (arts. 207 e 208), da Lei nº 1656, de 21 de agosto de Estatuto dos Funcionários Públicos Municipais II Não aprovação no curso
18 ENCERRAMENTO ANTECIPADO A documentação correspondente aos casos acima mencionados deverá ser encaminhada ao Comitê Técnico de Estágio Probatório, para instauração do procedimento de exoneração do servidor.
19 CRITÉRIOS 1) Iniciativa 2) Conhecimento para o trabalho 3) Flexibilidade 4) Produtividade e Qualidade 5) Disciplina 6) Ética pública 7) Relacionamento interpessoal 8) Cuidados com materiais e equipamentos e ambiente 9) Ter plena capacidade física e mental para o exercício do cargo
20 CONCEPÇÃO DE PARCERIA AVALIAÇÃO DIFERENCIAR AUTORIDADE DE AUTORITARISMO
21 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO a avaliação deverá ser assumida como um instrumento de compreensão do estágio de aprendizagem em que se encontra o aluno, tendo em vista tomar decisões suficientes e satisfatórios para que possa avançar no seu processo de aprendizagem. Se é importante aprender aquilo que se ensina na escola, a função da avaliação será possibilitar ao educador condições de compreensão do estágio em que o aluno se encontra, tendo em vista poder trabalhar com ele para que saia do estágio defasado em que se encontra e possa avançar em termos dos conhecimento necessários.
22 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO Desse modo, a avaliação não seria tão-somente um instrumento de aprovação ou reprovação dos alunos, mas sim um instrumento de diagnóstico de sua situação, tendo em vista a definição de encaminhamentos adequados para sua aprendizagem. Se um aluno está defasado não há que, pura e simplesmente, reprová-lo e mantê-lo nessa situação. [1] [1] PARO, Vitor Henrique. Reprovação escolar renúncia à educação. Editora Xamã, São Paulo, 2001.
23 CONHECIMENTO PARA BOM O TRABALHO Tem habilidades e conhecimentos técnicos e práticos em nível compatível com os requisitos necessários ao bom desempenho das ações.
24 CONHECIMENTO PARA O REGULAR TRABALHO A base de conhecimentos técnicos e práticos não é suficiente para a execução das ações, precisando, ainda, ser aprimorada.
25 CONHECIMENTO PARA FRACO O TRABALHO Falta-lhe os conhecimentos indispensáveis para atingir o mínimo desejável de eficiência funcional.
26 PONTUALIDADE BOM Cumpre o horário estabelecido para o desempenho de suas atividades REGULAR Eventualmente, chega atrasado e / ou sai antecipadamente.
27 PONTUALIDADE FRACO Não cumpre integralmente o horário estabelecido para o seu trabalho Freqüentemente chega atrasado e/ou sai antecipadamente.
28 BOM ASSIDUIDADE Apresenta índice de comparecimento continuo ao trabalho, desempenhando suas atividades adequadamente, conforme estabelecido.
29 REGULAR ASSIDUIDADE Ausenta-se esporadicamente, não comprometendo seriamente o andamento do trabalho.
30 ASSIDUIDADE FRACO Não apresenta índice satisfatório no desempenho de suas funções em virtude das ausências do local de trabalho.
31 INICIATIVA BOM Com freqüência sugere soluções criativas em situações rotineiras e inesperadas.
32 INICIATIVA REGULAR Eventualmente, chega a agir e ou sugerir soluções para situações previstas e não previstas. FRACO Falta-lhe empenho nas soluções dos problemas que lhe surgem
33 FLEXIBILIDADE BOM Seu nível de adaptabilidade faz com que, por iniciativa própria, procure compreender posições e pontos de vista diferentes dos seus Não perde a sua individualidade e sabe como e quando ser flexível.
34 FLEXIBILIDADE REGULAR Relativa compreensão e iniciativa quanto aos pontos de vista diferentes dos seus. FRACO Não é flexível quando se depara com situações que não estejam de acordo com a sua maneira de ser ou de pensar.
35 PRODUTIVIDADE E QUALIDADE NO TRABALHO BOM Realiza o esperado em volume, prazo e qualidade. REGULAR Executa o exigido, porém apresenta alguma deficiência na qualidade ou quantidade ou prazo.
36 FRACO PRODUTIVIDADE E QUALIDADE NO TRABALHO Apresenta nível de produtividade abaixo do esperado para as atividades que deve desenvolver, deixando a desejar na qualidade ou quantidade ou prazo.
37 BOM DISCIPLINA Observa e preocupa-se constantemente em agir de acordo com os valores e normas da organização.
38 DISCIPLINA REGULAR É necessário lembrar-lhe da observância de normas da instituição. FRACO Não age conforme as normas da instituição.
39 ÉTICA PÚBLICA BOM Sabe de seus compromissos e demonstra discrição sobre os assuntos com os quais trabalha Pode-se confiar em relação a seriedade com a qual desenvolve as suas atribuições.
40 REGULAR ÉTICA PÚBLICA Pode-se contar com ele desde que seja supervisionado. É necessário cuidado ao lhe atribuir tarefas que envolvam dados sigilosos.tem boa vontade em sanar suas eventuais falhas e não repetir os mesmos erros.
41 FRACO ÉTICA PÚBLICA Falta-lhe habilidade para discriminar os assuntos confidenciais não se podendo lhe confiar documentos ou informações sobre os quais se exija sigilo. Esquece-se com facilidade de suas obrigações de trabalho. Executa suas atividades sem o devido cuidado
42 MUDANÇAS INTRODUZIDAS PELA LEI 12814/2008 CONQUISTAS DOS SINDICATOS- INCAPACIDADE FÍSICA E MENTAL NÃO SÃO MAIS CAUSAS DE EXONERAÇÃO REPETIÇÃO DE NOTA PODE SER REABILITADO DURANTE O ESTÁGIO PROBATÓRIO TEM O DIREITO DE SABER O QUE ESTÁ SENDO AVALIADO CÁLCULO PARA QUEM TEM CURSO
43 RESULTADO FINAL APTO ATENDE 75 a 100 NÃO APTO ENCAMINHAR EXONERAÇÃO - MENOS QUE 75
44 DESVIO DE FINALIDADE DA AVALIAÇÃO Não se pode buscar através de um dado ato a proteção de bem jurídico cuja satisfação deveria ser, em face da lei, obtida por outro tipo ou categoria de ato. Ou seja: cada ato tem a finalidade em vista da qual a lei o concebeu
45 DESVIO DE FINALIDADE Por isso, por via dele só se pode buscar a finalidade que lhe é correspondente, segundo o modelo legal. Com efeito, bem o disse Eduardo Garcia de Enterría, com a habitual proficiência, que, os poderes administrativos não são abstratos, utilizáveis para qualquer finalidade; são poderes funcionais, outorgados pelo ordenamento em vista de um fim específico, com o que apartar-se do mesmo obscurece sua fonte de legitimidade.
46 DESVIO DE FINALIDADE DA AVALIAÇÃO Então, se o agente dispõe de competências distintas para a prática de atos distintos, não pode, sob pena de invalidade, valer-se de uma competência expressada pelo ato x com o fito de alcançar a finalidade z que deveria ser atingida por meio do ato y.
47 DESVIO DE FINALIDADE DA AVALIAÇÃO Por exemplo: se o agente tem competência para remover um funcionário e possui também competência para suspendê-lo, não pode removê-lo com a finalidade de puni-lo, pois o ato de remoção não tem finalidade punitiva.[1] [1] MELLO, Celso Antonio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 14ª edição. São Paulo, Malheiros: Pagina 39.
48 DESVIO DE FINALIDADE DA AVALIAÇÃO Celso Antonio Bandeira de Melo poderia ter usado outro exemplo para demonstrar o desvio de finalidade. Se um chefe, pretendendo punir um servidor por razões de ordem pessoal e vê-lo afastado da unidade administrativa que dirige lhe atribui nota baixa na Avaliação Especial de Desempenho para Servidores em Estágio Probatório, terá desviado a finalidade a que se destina a mencionada avaliação. (exemplo nosso).
49 CONCLUS ÕES COMO DEVEM AGIR: AVALIADO AVALIADOR COMISSÃO
50 ORGANIZAÇÃO E APRESENTAÇÃO Mestre pela Universidade Federal do Paraná. Professor Advogado Assessor Jurídico do Sindicato do Magistério Municipal de Araucária, sindicato dos Servidores Municipais de Curitiba, Sindicato dos Trabalhadores da Indústria do Vestuário, Sindsaude Paraná, Sindijus do Paraná - Consultor nas áreas legislativa, regime jurídico dos servidores públicos, previdência dos servidores públicos, orçamento público - Sócio da Rafanhim Souza e Rosa Advogados Associados rafanhimadv@gmail.com
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