A coleta e a disposição final dos resíduos sólidos urbanos no município de Capim Grosso-Ba

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1 A coleta e a disposição final dos resíduos sólidos urbanos no município de Capim Grosso-Ba Alany Santos Oliveira 1, Carlos Ney Nascimento de Oliveira 2, Joelande Esquivel Correia 3, Lincoln de Souza Gonçalves 4 Millena Campos Carvalho 5 Introdução Toda atividade humana é por natureza geradora de resíduos, sejam sólidos, líquidos ou gasosos e estes devem ser gerenciados corretamente, para minimizar os custos e reduzir o potencial de geração de problemas sanitários e ambientais em comunidades. Em função da sua natureza heterogênea, os resíduos sólidos podem causar impactos sanitário, ambiental, econômico e estético durante todo seu ciclo de vida e principalmente, em sua etapa de destinação final agredindo a atmosfera, o solo, o lençol freático e os ecossistemas. A problemática dos resíduos sólidos sempre esteve presente e gradativamente vem adquirindo uma grande importância na instância legislativa, que produz movimentos ambientalistas pertinentes à política pública de resíduos, definindo os princípios e hierarquia da sua gestão (NUNESMAIA, 1997). Deste modo, o gerenciamento dos resíduos sólidos é hoje um dos principais desafios para atender plenamente às diretrizes atuais de proteção ambiental e responsabilidade social, pois permite o conhecimento quali - quantitativo e as peculiaridades dos diferentes resíduos gerados por uma população e exige a participação e o envolvimento de todos num processo de gestão participativa integrada de resíduos sólidos urbanos. A articulação de esforços dos diferentes órgãos da administração pública e da sociedade civil com propósito de limpeza urbana, coleta, tratamento e a disposição final do lixo do lixo levando em consideração as características da fonte de geração, o volume e o tipo de resíduo gerado é uma ação que vai além do exercício da cidadania significa qualidade de vida e ambiental Bióloga -UEFS, Mestrado em Eng. Civil e Eng. Ambiental, alanynha@uol.com.br Geógrafo-UEFS, Mestrado em Eng. Civil e Eng. Ambiental, cnnogeo@yahoo.com.br Bióloga-UEFS, Mestrado em Eng. Civil e Eng. Ambiental, joelande@ig.com.br Biólogo-UEFS, Mestrado em Eng. Civil e Eng. Ambiental, lincks@bol.com.br Bióloga-UEFS, Mestrado em Eng. Civil e Eng. Ambiental, mcarvalho.ead@gmail.com 1

2 O que torna-se imprescindível, o uso de ações de educação ambiental a fim de sensibilizar a população e os catadores sobre a temática e a inserção destes últimos no processo de gestão participativo. Pois, segundo Magera (2003), tradicionalmente no Brasil, as atividades de catação e separação de materiais recicláveis têm sido realizadas, principalmente, pelo trabalho de catadores em condições precárias de trabalho nas ruas, nos lixões, aterros e unidade de triagem, motivados pela necessidade de sobrevivência em uma realidade de miséria e exclusão social. Para isso é importante conhecer os atores que participam destas condições que configuram este quadro de exclusão para viabilizar medidas de inclusão social e minimização da degradação ambiental, além dos processos que concerne a coleta, transporte e destino final dos resíduos sólidos municipais urbanos. Diante destes esforços e no intuito de propor a construção de um Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos (PGIRSU), no Município de Capim Grosso, BA, o presente trabalho teve como objetivos diagnosticar a atual situação da coleta, transporte e disposição final dos resíduos sólidos urbanos; identificar o perfil dos catadores que atuam na área do lixão; conhecer os principais geradores de resíduos sólidos urbanos. O Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos Urbanos é um documento que aponta e descreve as ações relativas ao seu manejo, contemplando os aspectos referentes à geração, segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e disposição final, bem como proteção ao meio ambiente e à saúde pública (D ALMEIDA; VILLHENA, 2000). Sob seu ponto de vista funcional, este plano, poderá ampliar as possibilidades de compreensão da problemática da coleta, do transporte e particularmente da destinação final do lixo municipal urbano e contribui com a análise do processo como um todo, abrindo espaço para discussões sobre novas soluções de gerenciamento inclusive para elaboração e implantação de um PGIRSU, no município (SANTOS, 2004). Metodologia Campo de estudo O Município de Capim Grosso, criado em 1985, faz parte da região de planejamento Piemonte da Diamantina. Possui localização privilegiada, situando-se no 2

3 entroncamento rodoviário das BR s 324 e 407, que ligam a capital Salvador (a 268km), a região central e oeste da Bahia e norte do país. Possui clima semi-árido, vegetação caatinga arbórea aberta; relevo plano suave ondulado, predomínio do tipo de solo latossolo vermelho-amarelo e insere-se na bacia do Itapicuru. A área do município é de 336 Km 2 e estima-se que possui hoje aproximadamente habitantes, apresenta crescimento populacional de 2,22% ao ano e taxa de urbanização de 74,7%. As atividades econômicas se concentram no comércio, serviços, na feira livre e nas atividades agropecuárias (SUPERINTENDÊNCIA DE ESTUDOS ECONÔMICOS E SOCIAIS DA BAHIA, 2007). Segundo dados do IBGE no ano 2006 em Capim Grosso o abastecimento de água chega a 53,0% da população e o esgotamento sanitário a apenas 11,1%. Tipo de estudo Trata-se de uma pesquisa exploratória de caráter descritivo do processo de coleta e disposição final de resíduos sólidos urbanos. A pesquisa exploratória tem por objetivo aproximar-se do tema, criando maior familiaridade em relação ao fato ou fenômeno, prospectando materiais que possam informar a real importância do problema, o que já existe a respeito ou até novas fontes de informação, o que normalmente é feito através de levantamento bibliográfico e documental, visitas a web-sites, entrevistas com profissionais da área, observações in loco dentre outros. Desta forma como procedimentos de coleta de dados, esta pesquisa, usou: Pesquisa em Bancos de dados como: Instituto de Brasileiro de Geografia e Estatística (Pesquisa Nacional de Saneamento Básico) e da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral de As visitas e observações in loco as quais permitiram: No lixão - descrever os aspectos inerentes à coleta, o transporte e disposição final dos resíduos sólidos do município em estudo. Na feira livre e no comércio - com a finalidade de conhecer os aspectos da geração de resíduos, o perfil desses dois grandes geradores e identificar parcerias entre catadores e comerciantes. Registro fotográfico Durante esta fase foram usados os seguintes instrumentos de coleta: 3

4 Formulário com questões mistas, direcionadas aos catadores do lixão na obtenção do seu perfil sócio-econômico. Entrevistas semi estruturadas com os comerciantes (na identificação de parcerias com catadores) e com os feirantes (na construção do perfil sócioeconômico, identificação de problemas e sugestões de soluções a respeito do resíduo gerado por eles). Resultados e Discussões De acordo com o levantamento do IBGE cada brasileiro gera, em média, 500 gramas de lixo diariamente, podendo chegar até a mais de 1 kg dependendo do poder aquisitivo e local em que mora. Estima-se então, que em Capim Grosso possa ter a geração de 9 a 18 toneladas por dia na zona urbana. A destinação destes resíduos ocorre, segundo dados da PNSB(2006) da seguinte forma: 80,08% dos domicílios são beneficiados com o sistema de coleta; do restante 11,95% é jogado em terreno baldio ou logradouro, 6,69% queimado, 0,99% coletado em caçamba, 0,29%, enterrado, 0,08%, jogado em rio ou lago e 0,02% possui outro destino. A gestão dos resíduos A prefeitura local é a responsável pelos serviços de limpeza e coleta destes resíduos, porém não há planejamentos (na consolidação do Plano Diretor de Limpeza Urbana) como preconiza a legislação federal (Lei nº /2007, que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico), nem existe no município legislação pertinente ao tema. Logicamente a coleta e transporte de lixo não possuem roteiros e dimensionamentos estabelecidos, sendo realizada de acordo a demanda da rua, ou bairro, por isto algumas vezes podem passar duas vezes no mesmo local em um dia, e nenhuma em outro. O único tipo de coleta diferenciada é a realizada com os resíduos do serviço de saúde, através de um caminhão exclusivo, que faz a coleta 3 vezes por semana em clínicas particulares, e todos os dias no hospital público. Assim, os resíduos dos serviços de poda, varrição, do comércio e feira livre são coletados, transportados e dispostos misturados. A frota composta, por 11 veículos (caminhão D70), é muito antiga e em péssimo estado de conservação, além de não ser do tipo recomendada para o transporte de lixo, pois, dentre outros motivos, a carrocerias são abertas e de madeira não evitando que algum 4

5 resíduo seja derrubado no percurso. Em cada veículo trabalham 4 pessoas ( motorista e 3 carregadores) os mesmos não utilizam equipamentos de segurança. Disposição final dos resíduos O local da disposição final é um lixão aberto, fora da área urbana, no limite oeste do município na comunidade rural de Mata do Estado fazendo fronteira com o município de Quixabeira. A área é limitada ao norte pela BR 324, a leste e oeste há presença de vegetação secundária e propriedades rurais, e ao sul uma estrada que leva ao município de Quixabeira. A área apresenta evidencias de erosão, forte sinal que a chuva pode carrear o lixo e o chorume para outras áreas contaminado-as. Seu solo do tipo latossolo vermelho amarelo é bastante permeável, o que aliado a formação geológica em termos hidrogeológicos, tem um comportamento de 'aqüífero granular', caracterizado por possuir uma porosidade primária, e nos terrenos arenosos uma elevada permeabilidade, o que lhe confere, no geral, excelentes condições de armazenamento e fornecimento d água. Sendo, bastante comum, que os poços localizados neste domínio, captem água dos aqüíferos subjacentes (COMPANHIA BAIANA DE PESQUISA MINERAL, 2003). O riacho do Pai Tomé que ocorre na porção centro-oeste do município, com direção de fluxo nordeste (em direção a sede) conflui com o rio do Peixe, proveniente do município de Quixabeira e contribui para formar o açude Rio do Peixe, que está apenas a 1,5 Km do lixão, o qual serve como fonte de renda para os capingrossensse através da atividade de pesca. O lixo disposto na área chega bastante misturado. Aos resíduos domiciliares misturam-se as podas de árvores, os resíduos de empresas automotivas, os de varrição, os resíduos de açougues, dentre outros. Todavia, quase não há material reciclável, pois o mesmo é aproveitado antes da coleta, no centro da cidade, ou por catadores de rua ou pelos próprios garis. O restante é depositado a céu aberto e apenas os resíduos de saúde são depositados em local separado e queimado a céu aberto, sem qualquer controle da fumaça e odor liberado. Os catadores de resíduos O acúmulo desordenado do lixo e o fácil acesso atraem trabalhadores catadores e crianças em busca de materiais recicláveis que se arriscam, convivem e disputam os 5

6 resíduos entre e/com cães, baratas, moscas, urubus. Estes junto ao derrame dos caminhões catam aquilo que lhes convém: plástico, papel, papelão, ossos, madeira e outros. Entre a população de catadores em estudo, constatou-se que dos cinco catadores de resíduos sólidos urbanos do Município de Capim Grosso que responderam ao formulário de pesquisa quatro eram do gênero masculino, com idade superior a 40 anos e três deles não tinham instrução. Apenas dois catadores eram filhos da cidade, os demais vieram de outros locais e até de outros estados. Em Capim Grosso, todos obtinham uma renda mensal do lixo, inferior a um salário mínimo, entretanto, três entrevistados revelaram que se sentiam satisfeitos com o trabalho, pois, não tinham patrão, nem horário definido para o trabalho. Dois catadores disseram possuir outra fonte de renda. Quatro dos pesquisados têm residência própria. E apenas dois tinham sua família envolvida na catação. A maioria, não tem noção da quantidade de material reciclável coletado por mês. Se queixavam de não ter mais tanta variedade, pois, existiam catadores de rua pela cidade, que recolhiam antes de serem coletados pela Prefeitura. No geral, coleta-se no município: papel / papelão, ossos (mercado de carne), pet, ferro, alumínio e cobre. Catar lixo é considerado por Barros, Sales e Nogueira (2002) uma atividade excludente pela própria natureza do tipo de trabalho. Geralmente os trabalhadores da catação constituem uma massa de desempregados que devido a fatores como a idade, condição social e baixa escolaridade, não encontram lugar no mercado formal de trabalho (MALHOTRA, 2001).A população de catadores cresce em todo o país com o agravamento da crise social, segundo IBGE são mais de 500 mil pessoas no país vivendo da coleta de materiais recicláveis. Entretanto, a inclusão desses catadores ocorre de forma perversa. Dessa forma, pode-se inferir que o catador de materiais recicláveis é incluído ao ter um trabalho, mas excluído pelo tipo de trabalho que realiza: trabalho precário, realizado em condições inadequadas, com alto grau de periculosidade e insalubridade, sem reconhecimento social, com riscos muitas vezes irreversíveis à saúde, com a ausência total de garantias trabalhistas (MEDEIROS; MACEDO, 2006). A feira livre e a produção de resíduos A feira livre de Capim Grosso tem uma estrutura física formada por dois galpões fechados (um para venda de frutas, e legumes, e outro para carnes) e um galpão aberto 6

7 (para comercialização de frutas, legumes, laticínios, farinhas e beijus e outros produtos alimentícios). Os resíduos da feira possuem 3 destinos: 1 coleta pelo serviço de limpeza da prefeitura realizada na segunda-feira pelos garis que varrem e recolhem o lixo durante a noite; 2 doação para servirem de alimentação animal e 3 doação para pessoas necessitadas. A heterogeneidade dos materiais orgânicos e o alto percentual deste na composição total dos resíduos produzidos nas feiras facilitam os processos de compostagem, o que seria de grande valor para a comunidade em estudo, já que o município possui pessoas disponibilizadas e interessadas em serem multiplicadores deste processo. (VAZ; COSTA; GUSMÃO; AZEVEDO, 2003). Os locais de drenagem de esgoto e água pluvial estão entupidos por papel, restos de furtas e verduras, não existem lixeiras para a população descartar os resíduos e nem para os feirantes, assim observou-se vísceras de animais e peixes, ossos, frutas e verduras podres jogado a céu aberto, além de vetores de doenças e animais no local. As entrevistas com os feirantes evidenciaram o desejo por melhoria na estrutura local como: limpeza e higienização local, armazenamento temporário de resíduos sólidos além de reclamarem pela competição com o comercio que se encontra aos seus redores. Considerações Finais As observações in loco também registraram através de fotografias, a disposição de resíduos sólidos a atual situação de degradação ambiental no local a relação dos catadores com o espaço de trabalho, a falta de cuidados dos garis com a higiene e saúde, além da presença de crianças, durante todo o dia. Os dados revelam a necessidade de aperfeiçoamento da gestão dos resíduos sólidos no município de Capim Grosso e, o registro fotográfico deve servir como meio de divulgação entre os capingrossense, deste sério problema social e ambiental. Os dados sócio-culturais dos formulários e das entrevistas revelam a necessidade da construção de um novo modelo de gestão municipal do lixo que se preocupe não somente em minimizar os impactos ambientais decorrentes da destinação inadequada dos resíduos sólidos urbanos, como também promover a capacitação, organização e inclusão social dos catadores do lixão municipal. 7

8 Embora existam mecanismos legais de proteção ambiental, ainda é árduo o caminho para a aplicabilidade destes, pois são constantes as ocorrências do uso inadequado de áreas para disposição de resíduos sólidos, acarretando como resultados poluição do solo, água e ar. Nesse sentido, faz-se necessário priorizar as atividades que possam eliminar e minimizar a geração de contaminantes. Uma proposta que possa vir a ser viável para o município em estudo é a compostagem dos resíduos orgânicos provenientes das atividades da feira e dos mercados, junto aos resíduos de poda e varrição, na intenção de reduzir o volume de lixo jogado no lixão, e numa hipótese mais pretensiosa e porque não ousada, da instalação de um aterro simplificado, para disposição final dos resíduos urbanos de forma segura e eficiente para o ambiente e a saúde da pública. Referências BARROS, V. A.; SALES, M. M.; NOGUEIRA, M. L.M. Exclusão, favela e vergonha: uma interrogação ao trabalho. In: GOULART, I.B., org. Psicologia organizacional e do trabalho: teoria, pesquisa e temas correlatos. 1 ed. São Paulo: Casa do Psicólogo p BRASIL, Ministério da Saúde. Lei nº de 5 de janeiro de 2007 que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico. COMPANHIA BAIANA DE PESQUISA MINERAL. Geologia e recursos minerais do Estado da Bahia.Salvador, CD ROM. D'ALMEIDA, M. L. O., VILHENA, A. Lixo municipal: manual de gerenciamento integrado, 2ª edição. São Paulo: IPT/CEMPRE 2000, 200 p.370. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA [IBGE]. Programa Nacional de Saneamento Básico Disponível em Acessado em 18 de julho de MALHOTRA, Naresh K. Pesquisa de Marketing: uma orientação aplicada. 3ª. ed. Porto Alegre: Bookman, p156. MEDEIROS, L.F.R.; MACEDO, K.B Catador de material reciclável: uma profissão para além da sobrevivência? Psicologia & Sociedade; n 18, v 2:; mai./ago.p.66. MINAYO, M.C.S Pesquisa social: Teoria, Método e criatividade. Petrópolis: Vozes.p.109. NOVAES, W Panorama do lixo mundial. O Popular, Goiânia, Caderno 2, p. 8. 8

9 NUNESMAIA, Maria de Fátima da Silva. Lixo: Soluções Alternativas projeções a partir da experiência Universidade Estadual de Feira de Santana, SANTOS, M. G. Disposição dos Resíduos sólidos urbanos no município de Feira de Santana-BA: Sugestões para uma gestão integrada (monografia), Feira de Santana: FTC, 2004, p.76 SUPERINTENDÊNCIA DE ESTUDOS ECONÔMICOS E SOCIAIS DA BAHIA. Anuário estatístico da Bahia Disponível em: Acesso em: 08 de VAZ, L. M. S. et. al. Diagnóstico dos Resíduos Sólidos Produzidos em uma Feira Livre: O caso da Feira do Tomba.In Revista Sitientibus, UEFS, n. 28, p Jan/jun Feira de Santana-Ba 9

10 Agricultura, Degradação Ambiental e Desertificação na Região de Irecê-Ba. Carlos Ney Nascimento de Oliveira Graduado em Geografia-UEFS,Mestrando em Engenharia Civil e Engenharia Ambiental- DETEC- UEFS, cnnogeo@yahoo.com.br Fernanda Miranda Campos - Graduada em Geografia pela UEFS,coordenadora do curso Técnico em Agropecuária do colégio estadual José Ribeiro de Araújo- Canarana. INTRODUÇÃO O presente trabalho tem objetivo analisar a relação entre agricultura, degradação ambiental e desertificação no semi-árido, enfatizando a região de Irecê. Como objetivos secundários, têm-se: identificar a relação existente entre a irrigação e a desertificação e manter diagnósticos atualizados sobre a realidade geográfica das áreas propensas à desertificação na região de Irecê. Deste modo é importante para conhecer as áreas propensas ao processo de desertificação, aprofundar as relações de causa com a agricultura, buscar formas de mitigar, e propor solução para assim ajudar nas pesquisas sobre a temática que possui grande interesse social. O conceito de desertificação surge em fins dos anos 30 para caracterizar as áreas que estavam ficando parecidas com deserto ou aquelas sobre as quais aparentava que os desertos estavam se expandindo. O fenômeno começa a despertar a atenção dos estudiosos, quando intensos processos de degradação ocorreram nos Estados Unidos da América, que, junto com uma forte seca que aconteceu nesse período, ocasionou um processo conhecido como dust bowl(nuvem de poeira). Outras ocorrências de degradação em áreas com clima semi-árido passaram a ser observadas, com destaque para África, principalmente na década de 60. O primeiro esforço internacional para conter a desertificação começou ao final da grande seca que assolou o Shael entre 1968 e A palavra desertificação vem dando margem a diversas interpretações e a certos equívocos, principalmente aqueles que relacionam o termo a um processo de criação de desertos; ou, os que misturam seca e desertificação como único e mesmo fenômeno e que, portanto, eliminando os efeitos da seca ( provendo água) se acabará, também, com a desertificação. Do ponto de vista formal, no entanto, essa polêmica foi resolvida quando da aprovação do documento da Agenda 21 e da Convenção da Desertificação, pelas Nações

11 Unidas. De acordo com esses documentos, define-se a desertificação como sendo "a degradação da terra nas regiões áridas, semi-áridas e sub-úmidas secas, resultante de vários fatores, entre eles as variações climáticas e as atividades humanas", sendo que, por "degradação da terra" se entende a degradação dos solos, dos recursos hídricos, da vegetação e a redução da qualidade de vida das populações afetadas. Observa-se que alguns aprofundamentos são introduzidos com esse entendimento. Um deles é reconhecer que a desertificação tem sua origem em complexas interações de fatores físicos, biológicos, políticos, sociais, culturais e econômicos. METODOLOGIA É necessário ressaltar que causas e conseqüências da desertificação, por mais que sejam apresentadas de forma segmentada, ocorrem de maneira integrada, compondo um cenário onde se faz, cada vez mais necessário, analises integradas. Por isto utilizou-se no processo metodológico a integração na visão holístico-sistêmica, entendendo que os elementos do meio em estudo são interdependentes e funcionam harmonicamente, conduzidos por fluxos de energia, de modo que cada um dos seus componentes reflete sobre os outros as mudanças nele impostas por estímulos externos. Foi realizada, vasta pesquisa bibliográfica, estudo dos documentos: Plano Diretor das bacias dos rios Jacaré e Verde, Plano estadual de Recursos Hídricos,PAN-BRASIL- Programa de ação nacional de combate à desertificação e mitigação dos efeitos da seca ; e outros que constam nas referências. Resolução CONAMA (CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE) nº 238; de 22/12/1997, que versa sobre desertificação,documentos e relatórios sobre desertificação elaborados pela UNESCO, MMA( Ministério do Meio Ambiente). Interpretação de Imagens de satélite e fotografias aéreas.através das técnicas de sensoriamento remoto, a partir da utilização do sistema orbital de observação Landsat- TM5, órbita-ponto 216/68, de 2002 sob a qual foram utilizadas as técnicas de fotointerpretação pedológica e de uso e ocupação do solo, em uma imagem em papel em escala 1: , assim como da mesma imagem digital doadas pela equipe da UFBA. Análise dos mapas de ocorrência de desertificação e áreas de atenção especial no Brasil feitos pelo IBAMA e dispostos no site do orgão. Interpretação dos mapas do plano diretor das bacias dos rios verde e jacaré (região de Irecê): geológico, geomorfológico declividade, hipsométrico,vegetação, pedológico, uso das terras, projetos de irrigação e fragilidade ambiental e correlação com a tematica.

12 Pesquisa de campo,junto com a equipe da SRH Irecê, em áreas caracterizadas como susceptíveis a desertificação na região com o uso de GPS para georreferenciamento de algumas áreas mais degradadas para monitoramento, e uso da maquina fotográfica digital para registrar as áreas e para análises, também correlacionando com o tema. Caracterização e estudo dos métodos de irrigação (tipo, quantidade de água utilizada, horário da irrigação, culturas irrigadas, tipo de solo da área e respectiva capacidade de armazenamento de água). Pesquisa no banco de dados da SRH (Superintendência de Recursos Hídricos), CERB (Companhia de Engenharia Rural da Bahia) e CODEVASF (Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco) sobre poços, irrigação e situação da água na área. RESULTADOS E DISCUSSÃO O processo de organização socioeconômica do semi-árido nordestino, historicamente baseado na pecuária extensiva, na policultura e na existência de alguns produtos de maior expressão no mercado, como foi o caso do algodão, esteve sempre baseado numa estrutura fundiária pautada na concentração de terras. No processo de desertificação mais difuso no semi-árido nordestino esse padrão tem se constituído na mola propulsora, agravado e reafirmado por secas periódicas. As peculiaridades decorrentes dos sistemas de produção que surgem desse processo rebatem diretamente na forma de uso dos recursos naturais, nas opções do que, onde e como desenvolver as atividade agropecuárias. Os mercados internacionais podem estimular a sobre-exploração dos recursos. A recente integração das economias das regiões semiáridas aos mercados nacionais e internacionais, vem estimulando uma maior exploração dos recursos para atender às crescentes demandas. Mais cruel que os períodos longos de estiagem, o semi-árido nordestino está sofrendo um processo de desertificação que se intensificou nos últimos 50 anos ( SAMPAIO, 2003). O processo de desertificação se manifesta de duas maneiras diferentes: i) difusa no território, abrangendo diferentes níveis de degradação dos solos, da vegetação e dos recursos hídricos; ii) concentrada em pequenas porções do território, porém com intensa degradação dos recursos da terra. Em ambos o solo vai perdendo a cobertura fértil e, aos poucos, torna-se estéril. Restam areia, rochas, algumas plantas esturricadas sem potencial econômico e enormes erosões (MATALHO,1995) O fenômeno tem duas causas. Primeiro a variação climática longos períodos de seca

13 associados a chuvas intensas e de curta duração. A outra face do problema está na ação do homem. A seca, como se sabe, é outro tipo de fenômeno. É parte constitutiva das condições climáticas da região. No entanto, a seca pode contribuir para incidência de fenômenos como retardamento (ou mesmo paralisia) dos ciclos vegetativos das plantas e, em áreas que já perderam a cobertura vegetal, tende a aumentar a temperatura do solo e assim afetar a fertilidade natural do mesmo. Logo, seca não é causa de desertificação, mas pode atuar como um acelerador dos processos(mma,2004). Já a ação humana através de desmatamentos, queimadas, irrigação inadequada, mineração fora das normas, entre outras agressões, deixam o solo nu e completamente desprotegido. Aí vem a chuva e leva a terra fértil. O sol, por sua vez, incide por um longo período num solo já enfraquecido e o enfraquece ainda mais. Por fim, as erosões vão crescendo. Pior é que o processo de desertificação no território brasileiro aflige exatamente a população mais vulnerável. Dos municípios com algum tipo de comprometimento decorrente da desertificação, 771 apresentam os menores índices de desenvolvimento humano (IDH) (PDSA,2005). As áreas susceptíveis à desertificação e enquadradas no escopo de aplicação da Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação são aquelas de clima árido, semi-árido e sub-úmido seco. Conforme a definição aceita internacionalmente, o Índice de Aridez, definido como a razão entre a Precipitação e a Evapotranspiração Potencial, estabelece as seguintes classes climáticas: Hiper-árido < 0,03 Árido 0,03-0,20 Semi-árido 0,21-0,50 Sub-úmido seco 0,51-0,65 Sub-úmido úmido > 0,65 Este índice foi utilizado para o estabelecimento das áreas de risco e para a elaboração do Atlas Mundial da Desertificação, publicado pelo PNUMA e que serve como parâmetro em todo o mundo. No Brasil as áreas susceptíveis estão localizadas na região Nordeste e no Norte de Minas Gerais.

14 O mapa da susceptibilidade do Brasil, elaborado pelo MMA a partir de trabalho realizado pelo Centro de Sensoriamento Remoto do IBAMA, determinou três categorias de susceptibilidade: Alta, Muito Alta e Moderada. As duas primeiras referem-se respectivamente às áreas áridas e semi-áridas definidas pelo índice de aridez. A terceira é resultado da diferença entre a área do Polígono das Secas e as demais categorias. Assim, de um total de ,58 km2 de áreas susceptíveis, ,47 km2 são de susceptibilidade Muito Alta, ,71 km2 são de susceptibilidade Alta e 358,037,40 km2 são moderadamente susceptíveis. Dados do (PDBRVJ,1995) Irecê possui precipitação média de 630 mm e evapotranspiração potencial de 1.671mm,então por esta metodologia, índice de aridez de 0,35 classificado como semi-ŕida e com susceptibilidade muito alta a desertificação. Os estudos do MMA (2004) também indicam que a área afetada de forma Muito Grave é de km2, 10% do semi-árido e as áreas afetadas de forma Grave atingem

15 km2, 8% do território. Deve-se acrescentar que as demais áreas sujeitas ao antropismo, km2, sofrem degradação Moderada. O estagio da desertificação no semi-árido aponta para uma reflexão a respeito da construção cotidiana do problema em escala local, ou seja, é através do processo de organização socioespacial, dos sistemas produtivos, das relações de produção existentes e da perspectiva das políticas publicas adotadas, que historicamente vem se delineando a intensa degradação do semi-árido. Neste contexto insere-se a microrregião de Irecê que localiza-se na mesorregião Centro-Norte do território do Estado da Bahia A microrregião de Irecê constitui-se na região econômica nº 11 do estado da Bahia, localiza-se entre 10º12 e 12º20 de Latitude Sul e 41º20 e 43º17 de Longitude Oeste, no Noroeste do Estado,conforme figura abaixo. Figura 1 - Mapa da microrregião de Irecê. Fonte: SEI,1996. Registra o tipo climático semi-árido megatérmico, com chuvas escassas e mal distribuídas, com índices elevados de deficiência hídrica mensal e anual apresentando alta vulnerabilidade aos impactos das freqüentes secas. Do ponto de vista pedológico, existem, na Região, solos com teores elevados de salinidade como os Planosols, Podsols e Regosols e outros propensos à salinização se submetidos à irrigação não-racional. As estruturas agrícolas e agrárias vêm sofrendo modificações significativas, sobretudo nas últimas décadas, onde vem ocorrendo a passagem de uma economia tipicamente tradicional e extrativista, para uma agricultura mais tecnificada. Existem

16 desde os sistemas de cultivos mais tradicionais, até técnicas e práticas agrícolas, mais modernas como o uso de equipamentos de irrigação, máquinas, implementos e insumos. Nessa área prática-se uma diversidade de sistemas de produção, a maioria de baixa eficiência de aplicação da água de irrigação e com inadequado manejo dos solos.segundo dados da SEPLANTEC (1996) A área da chapada de Irecê teve sua vegetação de Caatinga substituída pela agricultura comercial de sequeiro, associada à comercial irrigada e de subsistência e pequenos áreas com pastagens. Em direção dos vales dos rio Verde e Jacaré foram implantados grandes projetos agrícolas irrigados. Os solos desnudos pela ação das queimadas nas vertentes concorrem para o incremento da erosão e conseqüente assoreamento e degradação dos mananciais. Isto acentuou a vulnerabilidade da caatinga à desertificação devido às condições do clima e relevo presentes. A retirada generalizada não criteriosa da cobertura vegetal em zonas de nascente, de recarga do aqüífero e margens dos rios, associada aos efeitos da degradação das características físico-hídricas e químicas do solo, em conseqüência da mecanização intensiva sem considerar os princípios do manejo e conservação do solo e água, a dinâmica hidrológica do sistema hidrográfico local, o uso intenso e abusivo de agrotóxicos, fertilizantes, herbicidas são, em síntese, os principais impactos Observou-se que ocorre nesta área à irracionalidade de se implantar lavouras que demandam grande quantidade de água como é o caso do feijão, numa região caracterizada pelo déficit hídrico quando o lógico seria utilizar lavouras adaptadas ao meio, isto é que não exigissem grande volume de água. Sabe-se que em geral a prática irracional da agricultura irrigada se constitui numa das causas da desertificação. No caso do Brasil especialistas, mostram o fenômeno da salinização física ( mau uso do solo) e da erosão, assim como outros problemas de natureza física e química decorrentes da irrigação realizada de forma inadequada. As áreas avaliadas estão submetidas a regime de explotação com agricultura irrigada intensiva, utilizando os métodos de irrigação por pivô central e irrigação localizada, com baixa eficiência no uso da água. Como principais problemas decorrentes, tem-se: métodos de irrigação ineficientes que subaproveitam a água; superexploração concentrada dos aqüíferos; queda dos níveis de vazão dos poços e rebaixamento dos níveis hidrostáticos;poluição do lençol subterrâneo com resíduos das atividades desenvolvidas (fertilizantes químicos, agrotóxicos, reservas de combustíveis, resíduos sólidos, dentre outros)e salinização dos solos, com o aparecimento na parte Norte da região de manchas

17 de desertificação. Classificada segundo o (PAN-BRASIL,MMA 2004) como área de desertificação moderada, podendo se agravar já que possui susceptibilidade muito alta, como foi mostrado anteriormente. CONSIDERAÇÕES FINAIS A degradação das terras secas causa sérios problemas econômicos. Isto se verifica principalmente no setor agrícola, com o comprometimento da produção de alimentos. Além do enorme prejuízo causado pela quebra de safras e diminuição da produção, existe o custo quase incalculável de recuperação da capacidade produtiva de extensas áreas agrícolas e da extinção de espécies nativas, algumas com alto valor econômico e outras que podem vir a ser aproveitadas na agropecuária, inclusive no melhoramento genético, ou nas indústrias farmacêutica, química e outras. A falta de perspectivas leva a população à migrar para os centros urbanos. Procurando condições mais favoráveis de sobrevivência, estes migrantes tendem a agravar os problemas de infra-estrutura (transporte, saneamento, abastecimento, entre outros) já existentes nos centros urbanos. Verifica-se também um aumento nos níveis de desemprego e violência urbana. A desertificação agrava o desequilíbrio regional. Nas regiões mais pobres do planeta, existe uma grande lacuna a ser preenchida quanto ao desenvolvimento econômico e social entre as áreas susceptíveis ou em processo de desertificação e as áreas mais desenvolvidas. Outro obstáculo a superar é a ação política tradicional, baseada na exploração das populações mais fragilizadas. As razões da ocorrência do fenômeno da desertificação são múltiplas e complexas, mas vale salientar que nosso modelo de desenvolvimento conduz ao estabelecimento do processo e determina sua velocidade de ocorrência. Logo, desertificação é uma questão de grandes dimensões resultante de fatores físicos e sociais, e por isso, requer a cooperação dos vários segmentos da sociedade, como a comunidade científica, associada a uma vontade política por aqueles que pertencem às diversas instâncias do poder para atenuar e, até, reverter o processo.

18 REFERÊNCIAS BAHIA. Secretaria de Recursos Hídricos, Saneamento e Habitação. Plano diretor de recursos hídricos das bacias dos rios Verde e Jacaré: documento síntese. Salvador: PROJETEC, p. il.; mapas tabs. ISBN BAHIA. Secretaria de Planejamento, Ciência e Tecnologia- SEPLANTEC; Centro de BAHIA. Secretaria do Planejamento, Ciência e tecnologia SEPLANTEC. Programa de Desenvolvimento Sustentável da Região do Semi-árido do Estado da Bahia: versão preliminar. Salvador. Jun BRASIL. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (CONAMA). Resolução CONAMA nº 238; de 22/12/1997. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Poder Executivo. (248) seção 1, :30930,dez., 23, MATALLO, H. A Desertificação no Mundo e no Brasil. In: SCHENKEL, C. S. & MATALLO, H. (org.). Desertificação. Brasília, DF: UNESCO, p MINISTÉRIO da Integração Nacional-MI. Secretaria de Políticas de Desenvolvimento Regional-SDR. Plano estratégico de desenvolvimento sustentável do semi-árido-pdsa. (Versão para discussão). Brasília: MI. SDR, (Documentos de Base, 1.) BRASIL. MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, DOS RECURSOS HÍDRICOS E DA AMAZÔ NIA LEGAL.PLANO NACIONAL DE COMBATE À DESERTIFICAÇÃ O (MMA/PNCD). Mapa de ocorrência de desertificação e áreas de atenção especial no Brasil. Brasília, 1997a. (Escala 1: ). MINISTÉRIO do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal-MMA. Mapa de Ocorrência de Desertificação e Áreas de Atenção Especial no Brasil. Brasília: Topografia e Engenharia-Topocart, [1998]. (Produzido como parte de trabalho realizado pelo PNUD, Fundação Grupo Esquel Brasil, FAO e Ibama, no âmbito do Projeto BRA 93/036.) MINISTÉRIO do Meio Ambiente-MMA. Secretaria de Recursos Hídricos-SRH. PAN- BRASIL-Programa de ação nacional de combate à desertificação e mitigação dos efeitos da seca. Brasília: MMA, SAMPAIO, E. V. S. B. et alii. Desertificação no Brasil: conceito, núcleos e tecnologias de recuperação e convivência. Recife: Ed. Universitária da UFPE, p. SRH.CTC & PNUD, Brasília: setembro, 2005-b. Xerox. (Versão Preliminar.) UNESCO Conferência do Rio-ECO 92. Agenda 21 e Convenção da Desertificação. Rio de Janeiro.

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20 BREVE DIGRESSÃO SOBRE PLANEJAMENTO: O PROCESSO DE CONSTITUIÇÃO DA REGIÃO SISALEIRA NO SEMI-ÁRIDO BAIANO. Aline dos Santos Lima 1 Universidade do Estado da Bahia - UNEB 1. INTRODUÇÃO O sisal foi implantado no semi-árido baiano a partir dos primeiros anos da década de 40 do século passado, como um plano voltado para fixar a população sertaneja numa região atingida pelos efeitos das periódicas secas, e, contribuir como fonte de renda e emprego. Com o passar dos anos a cultura do sisal se expandiu e o vegetal se tornou matériaprima usada nas indústrias de cordoarias e fios para exportação, e atualmente o Brasil, através do estado da Bahia, é o maior produtor mundial. A rede produtiva do sisal passou por constantes oscilações, alternando auge/declínio sobretudo, a partir da década de 1960, quando a indústria passou a utilizar os sucedâneos sintéticos influenciando o dia-adia dos trabalhadores e trabalhadoras envolvidas em seu plantio, colheita e comercialização. Mesmo com as referidas oscilações, de acordo com os dados do ano de 2004, elaborados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais (2006), existem na Bahia 75 municípios que tem o sisal como atividade econômica significativa. Neste sentido, o estudo da política de inserção do sisal como vegetal que está imbricado no cotidiano das mulheres e homens de todas as faixas etárias no semi-árido baiano, se constitui como uma temática a ser discutida, analisada e assimilada. O trabalho com o sisal foi a base de práticas, experiências, resistências e conformismos, ao envolver grande contingente de trabalhadores, e até crianças, em torno da rede produtiva de um vegetal dito como viés propiciador de desenvolvimento regional e que, no entanto, gerou muitos infortúnios e pouca riqueza, ao contrário do propagado no imaginário local. Assim, é preciso compreender o contexto e alguns elementos que embasaram a formulação da política pública do sisal como vocação agrícola regional, bem como as primeiras experiências que culminaram com a prática do planejamento no país. 1 Mestranda do programa de Pós-graduação Multidisciplinar em Cultura, Memória e Desenvolvimento Regional, pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Campus-V, Santo Antonio de Jesus-Ba.

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