AS INDÚSTRIAS TÊXTIL, VESTUÁRIO E CALÇADO DA REGIÃO NORTE NOS ANOS 80. 1

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1 AS INDÚSTRIAS TÊXTIL, VESTUÁRIO E CALÇADO DA REGIÃO NORTE NOS ANOS ANA PAULA AFRICANO* A década de 80 foi marcada pela estabilização do processo político em Portugal bem como pela adesão de Portugal à Comunidade Europeia em Este último facto constituiu uma mudança significativa na política comercial externa portuguesa. Concretamente, implicou a liberalização gradual, mas total do comércio de produtos manufacturados com os países comunitários em que as maiores mudanças se referiam à liberalização das trocas comerciais com Espanha. Adicionalmente, teve de se adoptar a política comercial externa da Comunidade que se traduziu por uma certa abertura da economia portuguesa aos produtos manufacturados originários em países terceiros (i.e. não membros). Nestas circunstâncias era de esperar que os fluxos comerciais se alterassem, o que necessariamente se traduziu em ajustamentos produtivos sectoriais. * Faculdade de Economia da Universidade do Porto É neste contexto que pretendemos analisar a evolução de três sectores que têm uma relevância particular na estrutura industrial da Região Norte (RN) - o Têxtil, o Vestuário e o Calçado - e que, adicionalmente, se caracterizam por serem fortemente exportadores pois no seu conjunto são responsáveis por uma parcela importante das exportações Portuguesas. A têxtil é, pela sua dimensão económica, o sector industrial mais importante na Região Norte, seguindo-se-lhe os sectores do vestuário e do calçado. Durante a década de 80, a formação bruta de capital fixo nestes três sectores cresceu, na RN, acima do valor observado para a indústria transformadora (IT) nacional e regional. Quanto à produção sectorial na RN constata-se que no calçado como no vestuário o crescimento foi superior à média da IT regional e nacional, passando-se o inverso na têxtil. Também as produtividades sectoriais do trabalho tiveram, nesta região, evoluções diferenciadas: tanto no calçado como no vestuário o crescimento foi superior à média registada na IT nacional e regional, acontecendo o oposto na têxtil. Finalmente, a remuneração do trabalho teve uma evolução bastante uniforme nos três sectores e foi igualmente idêntica à média nacional e regional. 1 Salvo indicação em contrário, as análises desenvolvidas aqui fundamentam-se em dados anuais do Inquérito Anual à Indústria Transformadora (IAIT).

2 ENQUADRAMENTO NACIONAL DOS SECTORES TÊXTIL, VESTUÁRIO E CALÇADO EMPREGO A indústria têxtil é dos três sectores em análise aquele que mais contribui para o emprego na indústria transformadora portuguesa, posição que mantém ao longo da década de 80. Aumentos daquele valor percentual significam que o emprego do sector cresceu a um ritmo superior ao crescimento médio do emprego industrial, as diminuições, por sua vez, significam que o emprego sectorial cresceu menos do que a média da indústria transformadora. As indústrias do vestuário e do calçado têm um peso muito inferior no emprego industrial. Contudo, revelam uma evolução, ao longo da década, diferente da registada na Têxtil apresentando um crescimento contínuo. Concretamente, no início da década aqueles sectores eram responsáveis por, respectivamente, 6% e 2,6% do emprego industrial Português e em 1989 o seu contributo já era de 9,1% e 4,5%. Conjuntamente, no final da década de 80, os três sectores em análise garantiam cerca de 35% do emprego industrial em Portugal. Gráfico 1 - Contributo Sectorial para o Emprego da Indústria Transformadora 25% 15% 1 CAE Têxtil CAE Vestuário CAE Calçado 5% VBP e VAB Relativamente ao contributo para o Valor Bruto de Produção e Valor Acrescentado Bruto da indústria Portuguesa constata-se mais uma vez que dos três sectores em análise a indústria têxtil é responsável pela maior parcela, seguindo-se-lhe o vestuário e finalmente o calçado (ver gráficos 2 e 3). Quanto à evolução relativa destes sectores ao longo da década salientam-se os seguintes aspectos. O contributo da têxtil para o VBP e VAB da indústria registou ligeiras oscilações, terminando a década em baixa com, respectivamente, 11,2% e 13,4% em Em termos globais e em relação aqueles dois indicadores, este sector cresceu menos do que a média da indústria transformadora. A indústria do vestuário reforçou o seu contributo para o VBP industrial, em particular a partir de 1984, atingindo o fim da década com um valor estável de 3,9%. Em relação ao VAB regista uma evolução idêntica à registada no VBP terminando a década com um contributo estável de 4,4%. Ou seja, este sector cresceu a um ritmo superior ao da média da indústria transformadora, pois só assim se explica que o seu contributo tanto para o valor bruto de produção como para o VAB industriais tenha aumentado ao longo da década.

3 Finalmente, a indústria do calçado também cresceu ao longo da década a um ritmo superior ao da média da IT, particularmente a partir de Assim, o seu contributo para o VBP e VAB globais da indústria transformadora foi respectivamente de 2,3% e 2,4% em 1989, contra 1,3% e 1,5% em Gráfico 2 - Contributo Sectorial para o VBP da Indústria Transformadora 25% 15% 1 CAE Têxtil CAE Vestuário CAE Calçado 5% Gráfico 3 - Contributo Sectorial para o VAB da Indústria Transformadora 25% 15% 1 CAE Têxtil CAE Vestuário CAE Calçado 5% ENQUADRAMENTO REGIONAL DOS SECTORES TÊXTIL, VESTUÁRIO E CALÇADO Antes de procedermos à análise regional daqueles sectores importa saber, primeiro, qual a parcela respectiva que se localiza na Região Norte, e segundo, qual a importância económica que os mesmos têm na actividade industrial da região. Em relação à primeira questão constata-se pelos gráficos 4, 5 e 6 que os três sectores estão maioritariamente localizados na RN. Relativamente à segunda questão constata-se que a importância estrutural destes sectores na actividade industrial da Região Norte é superior à registada na indústria nacional como um todo.

4 Gráfico 4 - Importância da RN no Sector do Calçado, % 9 92% 92% Outras Regiões Região Norte NPS FBCF VBP VAB NPS-número de pessoas ao serviço; FBCF-formação bruta de capital fixo; VBP-valor bruto de produção; VAB-valor acrescentado bruto. Em 1989, as empresas industriais de calçado sediadas na RN eram responsáveis por aproximadamente 9 do emprego, da produção e do investimento do sector. Gráfico 5 - Importância da RN no Sector do Têxtil, Outras Regiões 4 76% 82% 8 78% Região Norte NPS FBCF VBP VAB Gráfico 6 - Importância da RN no Sector do Vestuário, Outras Regiões 4 56% 55% 57% 55% Região Norte NPS FBCF VBP VAB No mesmo ano, o sector têxtil da RN empregava cerca de três quartos dos trabalhadores do sector, e ainda realizava aproximadamente quatro quintos da produção e do investimento sectoriais. Por sua vez cerca de 55 a 57% do emprego e da produção da indústria do vestuário encontrava -se naquela região. Finalmente, é ainda de salientar que os valores mencionados não registaram mudanças substanciais ao longo da década.

5 Gráfico 7 - Estrutura Sectorial da Indústria Transformadora na RN % 63% 57% % 25% 3 NPS VBP VAB Outros CAE Calçado CAE Vestuário CAE Têxtil Paralelamente, e na sequência do quadro anterior, constata-se que os três sectores em estudo têm uma relevância na actividade industrial da RN superior à importância registada a nível nacional. Assim, em 1989, os três sectores representavam cerca de 54,2% do emprego industrial da região com a seguinte distribuição: têxtil - 34,6%; vestuário - 10,7%; e calçado - 8,9%. No mesmo ano aqueles sectores asseguraram 36,7% do valor bruto de produção industrial com os seguintes valores relativos: têxtil - 24,8%; vestuário - 6,1%; e o calçado - 6,. Adicionalmente, também foram responsáveis por 42,8% do VAB industrial da região com os seguintes valores relativos: têxtil - 29,6%; vestuário - 6,9%; e o calçado - 6,3% respectivamente. Nestas circunstâncias, conclui-se que a têxtil é, pela sua dimensão, o sector industrial mais importante da Região Norte, seguindo-se-lhe os sectores do vestuário e do calçado com uma relevância económica muito idêntica entre si. Quadro 1 - Importância Estrutural dos sectores Têxtil, Vestuário e Calçado na RN NPS VBP VAB Têxtil Vestuário Calçado Têxtil Vestuário Calçado Têxtil Vestuário Calçado , 8,2% 5,4% 29,5% 4,8% 3,4% 33,7% 4,6% 3,7% , 9,1% 7,1% 27,4% 5,4% 4,4% 33,2% 6,7% 5, ,6% 10,7% 8,9% 24,8% 6,1% 6, 29,6% 6,9% 6,3% NPS-número de pessoas ao serviço; VBP-valor bruto de produção; VA B-valor acrescentado bruto. Em termos dinâmicos verifica-se que, ao longo da década, a importância relativa do sector têxtil na indústria da RN apresenta oscilações sem que, no entanto, se registem mudanças substanciais. Por sua vez tanto a indústria do vestuário como a do calçado reforçam a sua posição na estrutura industrial da região (ver Quadro 1). Nomeadamente, com um aumento respectivo de aproximadamente: dois e meio, e três pontos percentuais no emprego; um ponto e dois e meio pontos percentuais no VBP; e ainda de dois e meio pontos percentuais no VAB. Ou seja, enquanto a têxtil teve uma dinâmica próxima da média da indústria transformadora na RN tanto o sector do vestuário, como o do calçado, tiveram um dinamismo acima da média. Relativamente aos valores apresentados acima é de referir que os mesmos são ainda passíveis da seguinte interpretação. Primeiro, a produtividade do trabalho é, nos três sectores, inferior à média da indústria transformadora na medida em que a proporção do VAB por que são responsáveis é inferior à respectiva proporção de emprego - esta característica é particularmente importante nas indústrias do vestuário e do calçado. Segundo, o índice de valor acrescentado do vestuário e do calçado é inferior à média da indústria transformadora pois aqueles sectores são responsáveis por uma parcela do VAB industrial inferior à parcela do VBP industrial que detêm, verificando-se o inverso na têxtil.

6 Quadro 2 - Produção, Investimento, Produtividade e Remunerações Taxas médias de crescimento anual na década de 80* Têxtil Vestuário Calçado IT Nacional IT Regional VBP 17,4% 22,9% 28, 19,3% 19,4% FBCF 21,6% 24, 19,8% 18,2% 18, VAB/NPS 17,5% 20,8% 21,3% 20,6% 18,7% Remun. média 18,4% 18,7% 18,7% 18,9% 18,7% * Variações calculadas sobre valores a preços correntes Formação Bruta Capital Fixo (FBCF) Na década de 80 a FBCF da indústria transformadora nacional cresceu a ritmos muito diversos de ano para ano. Assim, a taxa de crescimento média anual nominal foi de 18,2% tendo-se registado os valores mais baixos em 1984 e 85 (-12,9% e -1,8%) e os mais altos em 1986 e 87 (35,2% e 34,9%), os primeiros anos da adesão plena de Portugal à Comunidade Europeia. Na Região Norte o investimento da indústria transformadora cresceu a um ritmo médio semelhante (18,) apesar de se observarem oscilações bastante acentuadas de ano para ano. A FBCF da IT cresceu a um ritmo inferior ao da taxa de inflação em 4 anos a nível nacional e em 3 anos na Região Norte. Tal como aconteceu na indústria como um todo, também a indústria têxtil na RN registou uma variação anual da Formação Bruta do Capital Fixo muito diversificada. Assim, enquanto em alguns anos há um crescimento substancial com taxas de crescimento superiores a , 1985 e noutros anos há desinvestimento 1982 e 83 com -2,1% e -36,5% respectivamente. De referir, contudo, que aqueles valores são nominais - sendo que o início da década foi marcada por níveis de inflação superiores aos do final da década - e como tal de valor real bastante diferente. Globalmente, verificou-se que a Formação Bruta de Capital Fixo da indústria têxtil da Região Norte cresceu a uma taxa anual média de 21,6%, valor que é superior aos 18,2% registados pelo total da indústria transformadora, quer nacional quer regional. Ainda em relação ao investimento, constatou-se que a indústria têxtil foi, em todos os anos em análise, responsável por uma parcela da FBCF realizada na região, superior à respectiva parcela de VBP. Como se constatará abaixo, este sector não apresenta um dinamismo económico superior ao dos outros dois sectores pelo que somos levados a concluir que se trata de um sector fortemente investidor. Por outras palavras os dados indiciam que este sector é mais intensivo em capital. Tal como na têxtil, também o investimento do sector do vestuário na RN revela uma evolução muito diferenciada de ano para ano. Assim, anos de forte crescimento do investimento coexistem com anos de quebra. Contudo, e no cômputo geral, o investimento no sector do vestuário cresceu a um ritmo superior ao da indústria transformadora nacional em seis dos nove anos em análise. Em termos médios o investimento neste sector cresceu a um ritmo anual de 24% - valor superior à média da IT nacional e regional como também superior ao registado na indústria Têxtil da região. No sector do calçado da RN o investimento teve um crescimento contínuo até 1988, ano em que se regista a primeira quebra de investimento (-13%) seguindo-se-lhe nova quebra em Em quatro dos nove anos em análise o investimento sectorial cresce acima da média da IT nacional. Em termos médios o calçado é, dos três sectores, aquele em que o investimento cresce ao ritmo mais lento (19,8% ao ano) apesar deste valor ser ainda superior à média registada na IT nacional e regional (18,2% e 18%). Valor Bruto de Produção (VBP) A produção industrial Portuguesa registou ao longo da década de 80 taxas de crescimento nominal positivas, sendo o crescimento médio anual de 19,3%. Em 1983, 84 e 86 o crescimento do produto industrial foi em termos nominais inferior à taxa de inflação anual respectiva o que sugere que nesses anos terá havido uma quebra real na produção. Desde já é de referir que o crescimento médio do produto industrial - isto é do VBP da indústria transformadora - da Região Norte foi de 19,4% ao ano, ou seja a um ritmo idêntico ao da indústria transformadora nacional.

7 O VBP da indústria têxtil na RN cresceu em termos nominais continuamente ao longo da década de 80, sendo os anos de 1983 e 84 os de maior crescimento com 33,6% e 37,4%, respectivamente. Em cerca de 4 anos o crescimento nominal foi inferior à taxa de inflação, o que indicia um crescimento real negativo. Contudo, o crescimento nominal médio da indústria têxtil da RN na década foi de 17,4% ao ano, ou seja um ritmo inferior ao da IT nacional e regional e ainda inferior ao registado nos outros dois sectores incluídos neste estudo. Na RN a produção do sector do vestuário revelou, ao longo da década, um dinamismo superior ao da têxtil e ao da indústria transformadora nacional e regional, com uma taxa de crescimento nominal de 22,9% ao ano. Somente em dois anos, 1981 e 1989, o crescimento nominal foi inferior à taxa de inflação. Os picos de maior crescimento verificaram-se, tal como na têxtil, nos anos de 83 e 84. Finalmente, o sector do calçado é dos três aquele cuja produção na RN cresceu ao ritmo mais acelerado durante a década de 80, verificando-se que somente em 82 o crescimento nominal foi inferior à taxa de inflação. Assim, a taxa de crescimento nominal médio foi de 28% ao ano - valor bastante superior ao crescimento médio da produção industrial nacional e regional. Produtividade do Trabalho De acordo com os dados disponíveis para a indústria transformadora nacional constatamos que durante a década de 80 há um crescimento contínuo da produtividade do trabalho aferida pelo VAB por trabalhador. Em média aquele valor cresceu cerca de 20,6% ao ano, em termos nominais. Dado que somente em três anos o crescimento registado foi ligeiramente inferior à subida do nível geral de preços, concluímos que em termos globais houve um crescimento real da produtividade do trabalho. De referir que este indicador aplicado à indústria transformadora da Região Norte apresenta um valor inferior: 18,7% de crescimento médio anual e nominal. Isto significa que a eficiência do trabalho industrial cresceu a nível nacional mais rapidamente que na RN. Nomeadamente, constata-se que enquanto em 1980 a produtividade do trabalho na indústria transformadora da RN era cerca de 86,5% do valor homólogo na IT nacional; em 1989 aquela relação de grandeza já se tinha deteriorado para 75%. Esta evolução deveria ter um paralelo nas remunerações o que significaria um empobrecimento relativo do trabalho industrial na RN face à respectiva média nacional. Verificaremos que tal não aconteceu. A têxtil é dos três sectores industriais na RN aquele que apresenta a produtividade do trabalho mais elevada. No entanto a sua produtividade do trabalho é inferior à produtividade média do trabalho na IT regional. Em 1989, aqueles valores eram de respectivamente 1387 e 1618 contos por trabalhador, ou seja o primeiro é cerca de 86% do segundo. O balanço da década revela um crescimento médio anual da produtividade do trabalho na indústria têxtil na RN de 17,5% em termos nominais. Este valor é inferior à evolução média da indústria transformadora nacional e regional e é ainda inferior à evolução registada nos outros dois sectores industriais na RN. Salienta-se ainda que em 4 dos 9 anos o crescimento deste indicador foi inferior ao do nível geral de preços. A produtividade do sector do vestuário na RN registou um crescimento médio anual de 20,8% em termos nominais. Este ritmo é idêntico ao registado na IT nacional mas já é superior à média verificada na IT na RN e à registada na Têxtil. Somente em um ano este indicador cresceu a um ritmo inferior ao do nível geral de preços. Apesar do dinamismo regional revelado este sector é, dos três sectores em análise, aquele que apresenta a produtividade do trabalho mais baixa 2. Deste modo, verifica-se que em 1989 a sua produtividade era cerca de 64% da produtividade da IT regional e cerca de 48% da produtividade do trabalho na IT nacional. O calçado foi dos três sectores aquele em que a produtividade do trabalho na RN cresceu ao ritmo mais acelerado, cerca de 21,3% ao ano em termos nominais. No entanto aquele valor está associado a fortes oscilações anuais - em cerca de dois anos há um crescimento negativo e em cerca de cinco anos o crescimento nominal é inferior ao do nível geral de preços. Este sector tem uma posição intermédia relativamente aos outros dois. Assim, em 1989 a produtividade do trabalho na indústria do calçado na RN era inferior à produtividade média do trabalho na indústria transformadora regional e nacional, cerca de 7 e 53% respectivamente. 2 Ao nível de três digitos da CAE, o sector do vestuário é o que apresenta a mais baixa produtividade do trabalho, ocupando o sector do calçado a penúltima posição. Ver Delgado, Ana Paula e Godinho, Isabel Maria (1994).

8 Remunerações Salariais Em média a remuneração do trabalho na indústria transformadora nacional cresceu em termos nominais cerca de 18,9% ao ano, isto é: mais de um ponto percentual abaixo do crescimento da produtividade respectiva do trabalho. Na Região Norte a evolução da remuneração do trabalho na IT foi idêntica à nacional - 18,7% - ou seja cresceu aproximadamente ao mesmo ritmo da produtividade. Estes valores médios têm associados um crescimento real dos salários na maioria dos anos, sendo excepções, a nível nacional, os anos de 1983 e 1984 e a nível regional, os anos de 1982, 83 e 84. Sabendo-se que a remuneração do trabalho está condicionada pela produtividade do mesmo, não é pois surpreendente que a remuneração média do trabalho industrial na RN seja inferior à média registada a nível nacional. Em 1989 aqueles valores eram 890 e 1054 contos respectivamente - na RN o salário médio era cerca de 84% do registado na IT nacional. Desde já convém sublinhar que apesar do menor salário da RN a relação de grandeza encontrada não reflecte, contrariamente ao esperado, as diferenças relativas à evolução da produtividade do trabalho ao longo da década. Assim, o empobrecimento antecipado não se concretizou. O sector têxtil da RN é dos três sectores o que tem a remuneração média mais elevada, no entanto esta é inferior ao salário médio da IT nacional e regional. Concretamente, em 1989 o salário médio da têxtil no Norte era de 818 contos/ano, ou seja 77,5% do salário médio da IT nacional e 92% do salário médio da IT na Região Norte. Ao longo da década, a remuneração média da têxtil na RN cresceu em termos nominais 18,4% ao ano, ou seja um ponto percentual acima do crescimento da produtividade. Esta evolução dos salários face à produtividade sugere que o sector terá perdido competitividade por agravamento dos custos de produção. Verificou-se ainda que na primeira metade da década o salário médio teve quebras reais enquanto na segunda metade deu-se a evolução inversa. Por sua vez o vestuário e o calçado são os sectores da indústria transformadora que apresentam as remunerações médias mais baixas, tanto na RN como a nível nacional. Não surpreende dado que, como referido acima, estes sectores têm as mais baixas produtividades do trabalho na indústria transformadora, e apesar de se terem realizado ganhos importantes ao longo da década. Assim, em 1989 tanto no vestuário como no calçado a remuneração média era idêntica e correspondia a cerca de 79% e 66% respectivamente das remunerações médias da IT regional e nacional. O balanço da década revela que nos sectores do vestuário e do calçado na RN a remuneração média do trabalho cresceu ao ritmo anual de 18,7%, em termos nominais. Constata-se ainda, que com as excepções de três anos do início da década, o aumento das remunerações foi superior ao do nível geral de preços, pelo que somos levados a concluir que houve um aumento real na remuneração do trabalho. Finalmente, em ambos os sectores o custo do trabalho cresceu a um ritmo inferior ao da respectiva produtividade - sendo a diferença de dois pontos percentuais no vestuário e de dois e meio no calçado. Esta evolução indicia, portanto, a realização de ganhos de competitividade custo nos dois sectores. Sistematizando a análise relativa à década de 80 concluímos que na RN: -Os sectores têxtil, vestuário e calçado têm um peso na estrutura da indústria transformadora regional superior à registada a nível nacional. - Os três sectores revelam na década de 80 um comportamento bastante dinâmico em termos de investimento, com um crescimento anual médio superior ao verificado na indústria transformadora nacional e regional. Nestas circunstâncias, a expectativa era de que os outros indicadores económicos sectoriais reflectissem o dinamismo investidor respectivo, o que não se confirma no caso da têxtil. - A produção dos sectores do calçado e do vestuário cresceu a um ritmo superior ao da IT regional e nacional, tendo sido particularmente dinâmico o calçado. Na indústria têxtil passou-se o inverso. Consequentemente, as parcelas do calçado e do vestuário na estrutura industrial da RN aumentaram enquanto a da têxtil baixou. - A produtividade do trabalho é nos três sectores inferior às médias registadas na IT nacional e regional. Tal como aconteceu com a produção também a produtividade do trabalho cresceu de forma mais rápida no calçado e no vestuário. Em ambos os sectores o ritmo foi superior ao da IT regional e no caso do calçado também superior ao ritmo da IT nacional. Por sua vez na indústria têxtil a produtividade do trabalho cresceu a um ritmo inferior ao da IT regional e nacional.

9 A remuneração do trabalho teve uma evolução curiosa pois é o único indicador económico que apresentou a mesma evolução nos três sectores, na indústria transformadora nacional, e regional. Esta uniformidade do comportamento salarial indicia que o mesmo esteve fortemente condicionado pela acção sindical, sendo menos relevante a performance económica do respectivo sector. Consequentemente, verificou-se que enquanto no calçado e no vestuário o salário médio cresceu a um ritmo inferior ao da produtividade média do trabalho na têxtil passou-se o inverso. A conclusão é de que esforço de investimento de cada sector teve um impacto diferenciado na respectiva eficiência produtiva. Assim, os sectores do calçado e do vestuário tiveram capacidade de realizar ganhos de eficiência produtiva e competitividade custos. O sector têxtil não teve a capacidade daqueles dois sectores o que explica o declínio do seu peso estrutural na IT da Região Norte 3. Um outro resultado importante referese ao facto do investimento, do valor bruto de produção e do salário médio da indústria transformadora na RN terem crescido ao ritmo da média nacional. Contudo, a produtividade do trabalho cresceu a um ritmo inferior - 18,7% contra 20,6%. A este facto não será alheio a estrutura produtiva. Uma interpretação possível para este resultado é que as outras regiões do país, ou algumas delas, realizaram ganhos de competitividade custo que não foram alcançados na RN. Referências: Delgado, A. Paula, Godinho, Isabel M. (1994), A Indústria da Região Norte: Caracterização Estrutural. Associação Industrial Portuense. Fernandes, Lino Gomes (1992), A Especialização da Economia Portuguesa - Tendências e Perspectivas. DCP-Ministério do Planeamento e Administração do Território. 3 A perda relativa do sector têxtil para os outros dois sectores já tinha sido identificada por Fernandes, Lino Gomes (1992).

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