APONTAMENTAMENTOS PRELIMINARES PARA UMA BREVE REFLEXÃO SOBRE A HISTÓRIA DO CANDOMBLÉ DE KETU EM GOIÂNIA

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "APONTAMENTAMENTOS PRELIMINARES PARA UMA BREVE REFLEXÃO SOBRE A HISTÓRIA DO CANDOMBLÉ DE KETU EM GOIÂNIA"

Transcrição

1 APONTAMENTAMENTOS PRELIMINARES PARA UMA BREVE REFLEXÃO SOBRE A HISTÓRIA DO CANDOMBLÉ DE KETU EM GOIÂNIA Leysa Dayane Barbosa Gonçalves 1 ; Eliesse dos Santos Teixeira Scaramal 2 1 Bolsista CNPq/PIBIC/UEG, graduanda do Curso de História, UnUCSEH - UEG. 2 Orientadora, docente do Curso de História UFG Resumo O presente trabalho é resultado de um conjunto de pesquisas realizadas pelo Centro Interdisciplinar de Estudos África-Américas (CieAA-UEG), e teve por objetivo dentre os vários, conhecer a constituição histórica do candomblé de Ketu em Goiânia/GO,haja visto que no meio acadêmico tinha-se a idéia de que não havia candomblé em Goiânia, analisar o uso e a ocupação de terrenos públicos pelos vários segmentos religiosos existentes nesta cidade e investigar o papel social das Mães - de - santo em Goiânia/GO e sua participação nos mecanismos decisórios de políticas públicas. Tentar fazer também uma reflexão de como essas comunidades de terreiro se sobrevivem e sobreviveram até agora devido ao permanente estado de invisibilidade no qual são submetidas por causa da dominação da sociedade cristão católica. PALAVRAS-CHAVES Religião; Candomblé de Ketu; Invisibilidade. 1

2 Introdução O tema da presente pesquisa é territórios, gênero e história do candomblé de Ketu em Goiânia. Essa temática se mostra muito importante devido a necessidade de saber como foi a constituição do candomblé de ketu em Goiânia, qual foi a primeira casa a ser constituída nessa região, e conhecer o motivo que propiciou o encobrimento, ou seja, a forte invisibilidade as essas religiões de matriz africanas em Goiânia/GO. É visível um processo de periferização, negação e mesmo marginalização dessa religião e de seus seguidores nos processos decisórios de políticas públicas e mesmo de beneficiamento de qualquer ordem. As intolerâncias vivenciadas pelos praticantes da religião de matriz africana por meio de insultos, resistências simbólicas e na impossibilidade de pagar impostos territoriais públicos como, por exemplo, o IPTU, tem influenciado a periferização dessas religiões. E como exemplo, dessa falta de isenção de impostos tem-se o caso da Yalorixá Jane Ti Omolu que dirigi o Terreiro Ilê Axé Gmbalé. Em uma das entrevistas feitas com a Mãe Jane ele relata que o terreno de seu terreiro de candomblé era bem maior do que é hoje, só que para quitar impostos atrasados acabou tendo que vender uma boa parte do terreno. Dados da SEPLAN-GO, de 2004, apontam que, em Goiânia, existem 148 casas de religiões de matriz africana, dentre estas: Candomblé, Umbanda, Omolocô, além de alguns representantes da Jurema, Catimbó e Pajelança. Segundo levantamento de pesquisa ABEREM (CNPQ/UEG/CieAA), do total de terrenos doados pelo setor público, foram registrados que 52% foram doados para a Igreja Católica, 39% para o segmento evangélico e 9% para os espíritas Kardecistas, enquanto que para o segmento de religiões de matriz-africana não houve qualquer doação de terrenos público. Reafirma-se, portanto, um processo de periferização, negação e mesmo marginalização dessas religiões e de seus seguidores nos processos decisórios de políticas públicas e mesmo de beneficiamento de ordem qualquer. 2

3 MATERIAL E MÉTODOS A presente pesquisa fez uma reeleitura de algumas fontes consideradas clássicas e importantes sobre as religiões de matriz africana. Por fornecer informações relevantes a respeito de como se deu a formações desta religião em outras regiões brasileiras. A obra de CARNEIRO, Edson, candomblés da Bahia. Editora Tcnoprint S/A, 1948 é um exemplo de obra clássica que vem nos fornecer como se deu a constituição do candomblé de ketu na Bahia. Além de fontes bibliográficas, para a realização dessa pesquisa são utilizados desde ano de 2009 e até o presente momento (2010) como fontes também as entrevistas estruturadas e não-estruturadas para identificar a participação pública de mães- desanto; levantamento, tabulação de dados e mapeamento dos territórios, assim delineados: mapa dos terreiros e representação por gênero; banco de dados com o percentual de iniciação dos praticantes; elaboração do perfil dos informantes, segundo sua inserção na sociedade (dados pessoais, estado civil, escolaridade, profissão, autoclassificação de cor); elaboração do perfil dos informantes, segundo sua inserção no grupo de Candomblé (informante, nação, tempo de iniciação, posição hierárquica no terreiro, sexo biológico, sexo social, orixá principal, relação do sexo biológico e místico). Para a realização das atividades mencionadas acima, foram realizadas diversas pesquisas de campo em terreiros de candomblé na região de Goiânia, na região de Aparecida de Goiânia, e em Águas Lindas de Goiás. Além das orientações de como proceder nas pesquisas de campo por parte da orientadora, foi feito uma leitura de uma obra mais recente a respeito de como se comportar em um trabalho etnográfico, obra de SILVA, Vagner Gonçalves da. O Antropólogo e sua Magia: Trabalho de campo e Texto 3

4 etnográfico nas Pesquisas Antropológicas sobre Religiões Afro-brasileira. São Paulo: USP, Em sua obra ele procura explicitar os problemas que geralmente surgi em um trabalho de campo. Cada vez mais a etnografia vem se consolidando como uma atividade acadêmico-profissional realizada inclusive por povos antes considerados apenas objetos desse conhecimento (Silva, 2006, p.24). As etnografias atuais não são feitas apenas por homens brancos em uma determinada tribo indígena ou negra por exemplo, hoje o negro a cada dia que passa deixa de ser apenas objeto para ser também pesquisador. Outro fator importante levantado por silva é o seguinte: O antropólogo que pesquisa as religiões afro-brasileiras dificilmente realiza sua observação participante sem causar ou ser envolvido nos conflitos e rivalidades que caracterizam a vida cotidiana dos terreiros. O antropólogo vai aprendendo, assim, qual o grau adequado de proximidade e distancia que deve manter na convivência cotidiana com os grupos (...) (Silva, 2006, p.38) Nas pesquisas de campo realizadas puder perceber o quanto é importante e essencial saber o grau adequado de proximidade e distanciamentos que se deve ter com os grupos pesquisados. A presente pesquisa se insere nos estudos relacionados à História Cultural, sendo que muito de seus conceitos e práticas metodológicas serviram para a interpretação das fontes. A pesquisa enquadra-se também na História Oral, pois, a religiões de matriz africana são de tradição oral, ou seja, os conhecimentos a respeito da religião, o aprendizado que é passado de um Pai ou uma Mãe para um filho de santo é por meio da oralidade. De acordo com Verena Alberti: Entendemos que trabalhar com a história oral consiste em uma possibilidade de ampliar o conhecimento sobre acontecimentos e conjunturas do passado através do estudo aprofundado de experiências e versões particulares, de procurar compreender a sociedade através 4

5 do indivíduo que nela viveu, de estabelecer relações entre o geral e o particular. (Aberti, 2004, p.20) RESULTADOS E DISCUSSÕES A coleta inicial de dados ocorreu como parte metodológica do projeto ABEREM ( ). Os primeiros bancos de dados foram organizados a partir das informações obtidas junto à Federação de Umbanda e Candomblé de Goiás (FUCEGO), informações essas compreendidas no intervalo de 1969 a 1973, e à Secretaria do Planejamento e Desenvolvimento (SEPLAN) de Para viabilizar a análise aplicou-se um procedimento comparativo a partir dessas fontes obtidas, no que compreende a lógica do processo de espacialização e territorialização das comunidades de terreiros, no Estado de Goiás e na cidade de Goiânia. Como parte ainda desse estudo, as comunidades foram consideradas no recorte de gênero. A religião do Candomblé de Ketu teve sua origem no Novo Mundo no contexto da expansão marítima européia do século XVI, por meio da diáspora africana no continente americano. Uma boa parte das diferentes etnias africanas foi trazida para as Américas sob a condição de escravos. De acordo com Édison carneiro, os africanos que desembarcaram no Brasil vieram de três regiões distintas do continente africano e constituíram-se em dois grupos aqui no Brasil: os Bantos e os Sudaneses. O primeiro grupo, os bantos, veio de Angola e de Moçambique. O Segundo grupo, Sudaneses, veio da Costa da Mina, sendo que esta se divide em: Costa do Ouro, Costa do Marfim e Costa dos Escravos, e da costa da Malagueta. Os Sudaneses desembarcaram na Bahia e de lá foram encaminhados para regiões que necessitavam de para áreas da mineração. Já os Bantos foram levados para regiões onde o ponto forte era a agricultura. 5

6 Dentre os povos Sudaneses encontravam-se os povos Jêjes e os Nagôs. Sendo que os nagôs foram os primeiros a organizar seus cultos religiosos, devido o fato de terem ficado nas regiões mineradoras e urbana. Pois, tinham algum tempo livre e mecanismos para obter renda, como: vendas de comidas, trabalho extras, entre outros. Portanto o Candomblé de Ketu, uma subdivisão do Nagô, foi a primeira forma de organização do culto religioso de Matriz Africana no Brasil. Esta ocorreu no ano de 1830, na cidade de Salvador-BA. Nasce então a Casa Branca do Engenho Velho, conhecida também como Candomblé da Barroquinha. É importante ressaltar que na África não existia o candomblé como aqui no Brasil (aqui cada terreiro cultua vários orixás), lá cada cidade, ou melhor, cada tribo cultuava um único orixá. De acordo Prandi, o Candomblé ao contrário do que se imagina é uma religião nascida em solos brasileiros, apesar de em vários momentos sua reprodução dá-se por aspectos aos cultos dos orixás, voduns e inquices africanos, realizados na África. (Prandi, 2000) Os estudos a respeito da constituição do Candomblé na região metropolitana de Goiânia apontam para os seguintes fatos. Que em Goiânia tem-se como primeiro ponto de referencia de candomblé o Ilê Axé do babalorixá João de Abuque. Só que seu candomblé era de nação Angola e não de nação Ketu, que é o que mais nos interessa nesta pesquisa. Então, a partir de 1990 temos o primeiro terreiro de Candomblé Ketu em Goiânia, através do Babalorixá D jair Ti Logun Edé, que hoje tem sua casa de candomblé em Águas Lindas de Goiás. De acordo com alguns breves estudos a história se desenrola da seguinte forma: Baba D jair ao conhecer Juvenil Carneiro Neto, mas conhecido como Juremeiro Neto ou Neto de Iansã (foi iniciado no candomblé de Angola pelo Babalorixá João de Abuque), em Uberaba no terreiro do Babalorixá Renato Ti Logun-Edé., foi convidado por Juremeiro Neto para visitar Goiânia. Juremeiro Neto 6

7 estava muito interessado em estender os ensinamentos e as crenças da tradição de Ketu para a capital goiana. De acordo com Juremeiro Neto foi Iansã, a orixá de sua cabeça que trouxe para Goiás o Candomblé de Ketu. Foram duas motivações que influenciaram a vinda do Babalorixá D Jair Ti Logun-Edé para Goiás, uma motivação de ordem mítica e uma motivação de ordem prática. No que se refere a motivação de ordem mítica temos: o Babalorixá D Jair Ti Longun-Edé diz ter recebido de seu orixá a incumbência de partir do Rio de Janeiro em busca de novos caminhos. Foi então para a cidade de Uberaba, conde conheceu Juremeiro Neto, e aceitando o convite veio para Goiânia passar alguns dias. No dia que ele (D jair) realizou o primeiro ritual de ébo na capital goiana o seu orixá se manifestou dizendo que ele deveria formar um terreiro em Goiás. No que tange a motivação prática temos o seguinte: o fato de D Jair estar instalado na casa do Babalorixá Renato Ti Logun-edé ( em Uberaba) por questões hierárquicas próprias da religião, D Jair não podia tocar o Candomblé. E como desejava formar seu próprio terreiro acabou ficando em Goiânia e aqui montando seu Ilê (terreiro de candomblé). As primeiras instalações do ILÊ AXÉ GBATÔ JEGEDÊ localizou-seno setor Jardim América, com estréia no ano de 1992 durante a festa de Ogum, geralmente comemorado no dia 23 de abril. No entanto, por motivos profissionais D Jair mudou-se para Brasília e depois para Águas Lindas de Goiás, onde reabriu seu terreiro. Águas Lindas de Goiás fica a 190 km de Goiânia. CONCLUSÕES 7

8 Por se tratar de apontamentos preliminares para uma breve reflexão, após a análise das fontes e uma comparação aos referenciais teóricos foi possível chegar às seguintes questões: O candomblé não é religiosidade, não é um culto, não é um culto, não é folclore ou seita, é uma religião. Pois, de acordo com a percepção sociológica, a religião consiste de experiências que transcendem aos aspectos da realidade terrena, experiência estas que, segundo Nívio Ramos Salles (1991), provocam (...) a expressão de sentimentos que sustentam normas, valores fundamentais, e assim as restabelece na consciência dos crentes (Salles, 1991, p.10). Ou seja, a religião é uma instituição fundada a partir de uma cosmogonia e teogonia compartilhada por determinado grupo somado ao rigor dogmático, hierocrático e litúrgico. Contudo, a religiões de Matriz Africana possui todas essas características, então porque não ser aceita como religião e ter direitos as isenções de impostos do governo? É nítido, portanto, que as comunidades de terreiros não se beneficiam de políticas públicas como as religiões de Matriz Cristã européia. E que para sobreviverem precisam contar com a colaboração por parte dos filhos de santo e por meio da consultas feitas através dos jogos de búzios. E como exemplo de repúdio e intolerância por parte de outros seguimentos religiosos para com as religiões de Matriz Africana podemos ressaltar, o caso do parque Vaca Brava ocorrido em novembro de 2003, onde havia uma série de estátuas dos orixás do candomblé, compondo uma exposição organizada pelo artista plástico Tati Moreno, tal exposição foi alvo de todo o tipo de preconceito e repudio por parte de religiosos pertencentes as comunidades evangélicas. BIBLIOGRAFIA 8

9 SILVA, Vagner Gonçalves da. Candomblé e umbanda caminhos da devoção. 2 ed; São Paulo: Selo Negro, OXALÁ, Adilson de. Igbadu a Cabaça da existência Mitos nagôs revelados. 2 ed; Rio de Janeiro: Pallas, CARNEIRO, Edson. Candomblés da Bahia.Editora Tecnoprint S.A. SILVA, Vagner Gonçalves da. O Antropolo e sua magia: Trabalho de campo e texto etnográfico nas pesquisas Antropológicas sobre religiões Afro-brasileiras. 1 ed; São Paulo: Edusp, SCARAMAL, Eliesse (org). Para Estudar História da África. Anápolis: Núcleo de Seleção - UEG, SCARAMAL, Eliesse dos S. Teixeira. Projeto Aberem África no Brasil: estudos de comunidades, religiosidades e territórios. In: I seminário de pesquisa dos professores da UNUCSEH, 2007, Anápolis: fueg unucseh, V. 1. P ALBERTI, Verena. Manual de História Oral. Rio de Janeiro: Editora FGV, SALLES, Nívio Ramos. Rituais Negros e Caboclos. Rio de Janeiro: Pallas, PRANDI, Reginaldo. Hipertrofia ritual das religiões afro-brasileiras. In; Novos Estudos CEBRAP, São Paulo, n. 56, p RAMOS, Marcos Paulo de Melo. A Negativização Semântica das religiões de Matriz Africana a partir do Discurso Evangélico Monografia Graduação em História, Universidade Estadual de Goiás. ULHOA, Clarissa Adjunto. Ilê Axé Omi Gbatô Jegedé: Apontamentos Preliminares Sobre o Processo de Constituição do Primeiro Terreiro Goiano de Ketu Monografia Graduação em História, Universidade Estadual de Goiás. 9

10 10

Leysa Dayane Barbosa Gonçalves 1 ; Herta Camila C. Morato 2 ; Adriano Cordeiro Jardim 3 Eliesse Scaramal, Mary Anne Vieira Silva 4

Leysa Dayane Barbosa Gonçalves 1 ; Herta Camila C. Morato 2 ; Adriano Cordeiro Jardim 3 Eliesse Scaramal, Mary Anne Vieira Silva 4 Território, identidade e gênero: (Re) construção das relações sociais e históricas do Candomblé de Ketu em Goiás. Leysa Dayane Barbosa Gonçalves 1 ; Herta Camila C. Morato 2 ; Adriano Cordeiro Jardim 3

Leia mais

Comunidades de Terreiro em Goiás: Espacialidade, Particularidades e Políticas Públicas

Comunidades de Terreiro em Goiás: Espacialidade, Particularidades e Políticas Públicas Comunidades de Terreiro em Goiás: Espacialidade, Particularidades e Políticas Públicas Rodolfo Ferreira Alves Pena¹; Jailson Silva Souza²; Eliesse Scaramal³; Mary Anne Vieira Silva 4 1 Estagiário CieAA/UEG

Leia mais

CANDOMBLÉ E MERCADO: UMA ANÁLISE DO CENÁRIO METROPOLITANO DE GOIÂNIA 1

CANDOMBLÉ E MERCADO: UMA ANÁLISE DO CENÁRIO METROPOLITANO DE GOIÂNIA 1 CANDOMBLÉ E MERCADO: UMA ANÁLISE DO CENÁRIO METROPOLITANO DE GOIÂNIA 1 Jailson Silva de Sousa 2 Universidade Estadual de Goiás - UEG geo.jailson@gmail.com RESUMO: O presente texto é resultado de um conjunto

Leia mais

Resenha. CARNEIRO, João Luiz. Religiões afro-brasileiras: uma construção teológica. Petrópolis-RJ: Vozes, 2014, 151p.

Resenha. CARNEIRO, João Luiz. Religiões afro-brasileiras: uma construção teológica. Petrópolis-RJ: Vozes, 2014, 151p. Resenha CARNEIRO, João Luiz. Religiões afro-brasileiras: uma construção teológica. Petrópolis-RJ: Vozes, 2014, 151p. Dilaine Soares Sampaio 1 Entende-se de modo praticamente consensual no campo de estudos

Leia mais

O CANDOMBLÉ NA CIDADE DE GOIANIA Clarissa Adjuto Ulhoa 1

O CANDOMBLÉ NA CIDADE DE GOIANIA Clarissa Adjuto Ulhoa 1 O CANDOMBLÉ NA CIDADE DE GOIANIA Clarissa Adjuto Ulhoa 1 clarissau@gmail.com O objetivo central do presente trabalho consiste em apontar algumas reflexões acerca do processo de constituição do candomblé

Leia mais

NAÇÕES RELIGIOSAS AFRO-BRASILEIRAS NÃO SÃO NAÇÕES POLÍTICAS AFRICANAS

NAÇÕES RELIGIOSAS AFRO-BRASILEIRAS NÃO SÃO NAÇÕES POLÍTICAS AFRICANAS REVISTA OLORUN n. 46, janeiro de 2017 ISSN 2358-3320 www.olorun.com.br NAÇÕES RELIGIOSAS AFRO-BRASILEIRAS NÃO SÃO NAÇÕES POLÍTICAS AFRICANAS Erick Wolff Março de 2016 SOBRE NAÇÕES Nos diversos segmentos

Leia mais

IBÙSÙN: A IMAGEM COMO RECONSTRUÇÃO 1

IBÙSÙN: A IMAGEM COMO RECONSTRUÇÃO 1 IBÙSÙN: A IMAGEM COMO RECONSTRUÇÃO 1 Gilson de Sousa Andrade 2 Centro Interdisciplinar de Estudos África-América - CieAA gsasocial@hotmail.com Resumo: O presente trabalho se dispõe a analisar por meio

Leia mais

Cultura Afro-brasileira

Cultura Afro-brasileira Cultura Afro-brasileira by barattaxxx 2008 África! Mulher trigueira, negrita brejeira requebrada em sons, por mais que te veja minh alma deseja reviver teus tons. África! De cores garridas, gentes atrevidas

Leia mais

Umbanda em Preto e Branco Valores da Cultura Afro-brasileira na Religião

Umbanda em Preto e Branco Valores da Cultura Afro-brasileira na Religião Umbanda em Preto e Branco Valores da Cultura Afro-brasileira na Religião Thales Valeriani Agradecimentos Agradeço a minha orientadora Eliza Casadei pela dedicação, atenção e profissionalismo ao longo de

Leia mais

ENSINO RELIGIOSO 8 ANO ENSINO FUNDAMENTAL PROF.ª ERIKA PATRÍCIA FONSECA PROF. LUIS CLÁUDIO BATISTA

ENSINO RELIGIOSO 8 ANO ENSINO FUNDAMENTAL PROF.ª ERIKA PATRÍCIA FONSECA PROF. LUIS CLÁUDIO BATISTA ENSINO RELIGIOSO 8 ANO ENSINO FUNDAMENTAL PROF.ª ERIKA PATRÍCIA FONSECA PROF. LUIS CLÁUDIO BATISTA Avaliação da unidade III Pontuação: 7,5 pontos 2 Questão 01 (1,0) As religiões orientais desenvolveram-se

Leia mais

Palavras-chave: educação, Lei /03, religião de matriz africana.

Palavras-chave: educação, Lei /03, religião de matriz africana. 02689 MULHERES DE AXÉ NA BAIXADA FLUMINENSE: RELIGIÃO, CULTURA, EDUCAÇÃO E ATUAÇÃO POLITICA. RESUMO A LDB por força Lei 10.639/03, introduz nos currículos o estudo da presença do povo negro na historia

Leia mais

Casas e terreiros de cultos africanos: território de identidade, resistência e de construção de linguagem

Casas e terreiros de cultos africanos: território de identidade, resistência e de construção de linguagem Casas e terreiros de cultos africanos: território de identidade, resistência e de construção de linguagem KARY JEAN FALCÃO * Resumo O artigo Casas e terreiros de cultos africanos: território de identidade,

Leia mais

PROCESSOS DE DISPUTAS TERRITORIAIS E CONFLITOS CULTURAIS ENTRE GRUPOS RELIGIOSOS DE MATRIZ CRISTÃ E AFRICANA NA CIDADE: O CASO DE ANÁPOLIS/GO

PROCESSOS DE DISPUTAS TERRITORIAIS E CONFLITOS CULTURAIS ENTRE GRUPOS RELIGIOSOS DE MATRIZ CRISTÃ E AFRICANA NA CIDADE: O CASO DE ANÁPOLIS/GO PROCESSOS DE DISPUTAS TERRITORIAIS E CONFLITOS CULTURAIS ENTRE GRUPOS RELIGIOSOS DE MATRIZ CRISTÃ E AFRICANA NA CIDADE: O CASO DE ANÁPOLIS/GO Moisés John dos Santos Alves Souza¹* Mary Anne Vieira Silva²

Leia mais

O SIGNIFICADO DOS ITENS VEGETAIS NAS MANIFESTAÇÕES RELIGIOSAS NO DISTRITO DE BONFIM DE FEIRA BA.

O SIGNIFICADO DOS ITENS VEGETAIS NAS MANIFESTAÇÕES RELIGIOSAS NO DISTRITO DE BONFIM DE FEIRA BA. 699 O SIGNIFICADO DOS ITENS VEGETAIS NAS MANIFESTAÇÕES RELIGIOSAS NO DISTRITO DE BONFIM DE FEIRA BA. Carla Alessandra Melo de Freitas Bastos¹; Liana Maria Barbosa². 1. Bolsista PIBEX, Graduanda em Licenciatura

Leia mais

SILÊNCIO TAMBÉM É AXÉ

SILÊNCIO TAMBÉM É AXÉ SILÊNCIO TAMBÉM É AXÉ Iyaromi Feitosa Ahualli 1 A vivência em um terreiro de Candomblé é composta por detalhes minuciosos. Quase tudo que se fala, que se faz, está dentro da estrutura ritualística deste

Leia mais

REFERENCIAL CURRICULAR DO PARANÁ: PRINCÍPIOS, DIREITOS E ORIENTAÇÕES. ENSINO RELIGIOSO 1.º ao 9.º Ensino Fundamental

REFERENCIAL CURRICULAR DO PARANÁ: PRINCÍPIOS, DIREITOS E ORIENTAÇÕES. ENSINO RELIGIOSO 1.º ao 9.º Ensino Fundamental REFERENCIAL CURRICULAR DO PARANÁ: PRINCÍPIOS, DIREITOS E ORIENTAÇÕES ENSINO RELIGIOSO 1.º ao 9.º Ensino Fundamental REDATORES DE CURRÍCULO PARANÁ ENSINO RELIGIOSO Prof.ª Brígida K. Liechocki ASSINTEC Prof.

Leia mais

Religiosidade. Raquel Rocha Gomes

Religiosidade. Raquel Rocha Gomes Religiosidade Raquel Rocha Gomes Apesar dos problemas do cotidiano, tais como catástrofes ambientais e crises econômicas, a fé do capixaba parece não ter sido abalada. Isso pode ser constatado na pesquisa

Leia mais

Pirenópolis Goiás Brasil

Pirenópolis Goiás Brasil RECONFIGURAÇÕES DAS PRÁTICAS CULTURAIS DE MATRIZ AFRICANA E SUA TRANSNACIONALIZAÇÃO: ENTRE O PODER INSTITUÍDO E O SABER SUBALTERNO Daiane Rúbia de Freitas Graduanda do curso de Geografia Bolsista institucional

Leia mais

Universidade Federal da Bahia Instituto de Psicologia

Universidade Federal da Bahia Instituto de Psicologia Universidade Federal da Bahia Instituto de Psicologia PRÁTICAS E SABERES NO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E NA PROMOÇÃO DA SAÚDE EM TERREIROS DE CANDOMBLÉ DO MUNICÍPIO DE SÃO FRANCISCO DO CONDE, BAHIA Projeto

Leia mais

ANEXO B: NOTÍCIAS DE JORNAIS

ANEXO B: NOTÍCIAS DE JORNAIS 367 ANEXO B: NOTÍCIAS DE JORNAIS Fragmentos de notícias sobre o candomblé, pesquisadas em diversos periódicos brasileiros e internacionais, com destaque para as suas manchetes: Notícias de A Tarde, jornal

Leia mais

Na Nigéria, religiosos fazem campanha para combater o preconceito contra Exu

Na Nigéria, religiosos fazem campanha para combater o preconceito contra Exu Na Nigéria, religiosos fazem campanha para combater o preconceito contra Exu por Por Dentro da África - terça-feira, janeiro 12, 2016 http://www.pordentrodaafrica.com/cultura/22084 Natalia da Luz, Por

Leia mais

O Candomblé como abordagem intercultural no ensino das Artes Visuais.

O Candomblé como abordagem intercultural no ensino das Artes Visuais. 1 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( X ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( ) SAÚDE ( ) TECNOLOGIA E PRODUÇÃO ( ) TRABALHO O Candomblé como abordagem

Leia mais

Dossiê: multiculturalismo, tradição e modernização em religiões afro-brasileiras

Dossiê: multiculturalismo, tradição e modernização em religiões afro-brasileiras Dossiê: multiculturalismo, tradição e modernização em religiões afro-brasileiras multiculturalismo, tradição e modernização em religiões afro-brasileiras Mundicarmo Ferretti Luiz Carvalho de Assunção apresentação

Leia mais

O PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO E AS INSTITUIÇÕES SOCIAIS AS REGRAS DO NASCIMENTO À MORTE

O PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO E AS INSTITUIÇÕES SOCIAIS AS REGRAS DO NASCIMENTO À MORTE O PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO E AS INSTITUIÇÕES SOCIAIS AS REGRAS DO NASCIMENTO À MORTE FAMÍLIA Ao nascer, o indivíduo é moldado, aprende as regras de convivência, o que pode e não pode fazer. Neste âmbito,

Leia mais

final Livro MN do Curuzu - Dayane Host.indd 1 28/6/ :15:50

final Livro MN do Curuzu - Dayane Host.indd 1 28/6/ :15:50 final Livro MN do Curuzu - Dayane Host.indd 1 28/6/2008 09:15:50 final Livro MN do Curuzu - Dayane Host.indd 2 28/6/2008 09:15:52 final Livro MN do Curuzu - Dayane Host.indd 3 28/6/2008 09:15:52 final

Leia mais

A resistência religiosa afro-brasileira

A resistência religiosa afro-brasileira A resistência religiosa afro-brasileira Resenha: SANT ANNA SOBRINHO, José. Terreiros Egúngún: um culto ancestral afro-brasileiro. Salvador: EDUFBA, 2015. 284 p. José Marcos Brito Rodrigues Universidade

Leia mais

A DANÇA DOS ORIXÁS: ENTREVISTA COM O MESTRE AUGUSTO OMOLU 1

A DANÇA DOS ORIXÁS: ENTREVISTA COM O MESTRE AUGUSTO OMOLU 1 A DANÇA DOS ORIXÁS: ENTREVISTA COM O MESTRE AUGUSTO OMOLU 1 THE ORIXÁS'S DANCE: INTERVIEW WITH THE MASTER AUGUSTO OMOLU LE DANSE DES ORIXAS: INTERVIEW AVEC LE MAÎTRE AUGUSTO OMOLU EL BAILE DE LOS ORIXÁS:

Leia mais

MITOS AFRO-BRASILEIROS SOBRE ORIXÁ LGBT

MITOS AFRO-BRASILEIROS SOBRE ORIXÁ LGBT MITOS AFRO-BRASILEIROS SOBRE ORIXÁ LGBT Luiz L. Marins www.luizlmarins.com.br Novembro de 2017 PUBLICADO EM ILE AXÉ NAGÔ KÓBI Tem ganhado destaque nas mídias sociais afro-religiosas alguns mitos sobre

Leia mais

O ENSINO RELIGIOSO NA PARAÍBA:

O ENSINO RELIGIOSO NA PARAÍBA: O ENSINO RELIGIOSO NA PARAÍBA: Desafios e conquistas para formação docente AUTORES: Gracileide A. da Silva Maria Azimar F. Silva Maria José T. Holmes Um pouco da História do Ensino Religioso na Paraíba

Leia mais

Entrevista: Religiosidades 1

Entrevista: Religiosidades 1 Entrevista: Religiosidades 1 Eliesse Scaramal O tema Religiosidades foi escolhido para este tanto por ser um tópico transdisciplinar quanto por abarcar uma gama de práticas religiosas; ou seja, ele permite

Leia mais

Candomblé. Como citar esse texto:

Candomblé. Como citar esse texto: Como citar esse texto: MARCUSSI, Alexandre de Almeida. Candomblé. São Paulo: Museu Afro Brasil, 2010. Disponível em: []. Acesso: [CITAR DATA] Candomblé Resumo: Introdução geral à prática

Leia mais

TÍTULO: O ENSINO DA CULTURA AFRO-BRASILEIRA NAS REPRESENTAÇÕES DO DISCENTE DE EJA: UMA ANÁLISE NA PERSPECTIVA DA HISTÓRIA ORAL

TÍTULO: O ENSINO DA CULTURA AFRO-BRASILEIRA NAS REPRESENTAÇÕES DO DISCENTE DE EJA: UMA ANÁLISE NA PERSPECTIVA DA HISTÓRIA ORAL TÍTULO: O ENSINO DA CULTURA AFRO-BRASILEIRA NAS REPRESENTAÇÕES DO DISCENTE DE EJA: UMA ANÁLISE NA PERSPECTIVA DA HISTÓRIA ORAL CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS SUBÁREA: PEDAGOGIA

Leia mais

4ª FASE. Prof. Amaury Pio Prof. Eduardo Gomes

4ª FASE. Prof. Amaury Pio Prof. Eduardo Gomes 4ª FASE Prof. Amaury Pio Prof. Eduardo Gomes Unidade IV A formação dos estados modernos 2 Aula 21.2 Conteúdo Escravismo colonial II 3 Habilidade Compreender as heranças africanas no Brasil e as religiões

Leia mais

CIDADE E CULTURA NO TOCANTINS: ASPECTOS ÉTNICO- CULTURAIS DA COMUNIDADE AFRO DESCENDENTE DA FAZENDA AÇUDE NO MUNICÍPIO DE SANTA ROSA-TO

CIDADE E CULTURA NO TOCANTINS: ASPECTOS ÉTNICO- CULTURAIS DA COMUNIDADE AFRO DESCENDENTE DA FAZENDA AÇUDE NO MUNICÍPIO DE SANTA ROSA-TO CIDADE E CULTURA NO TOCANTINS: ASPECTOS ÉTNICO- CULTURAIS DA COMUNIDADE AFRO DESCENDENTE DA FAZENDA AÇUDE NO MUNICÍPIO DE SANTA ROSA-TO Nome do autore: Valdina Gomes de Almeida Nome do Aluno; Valdina Gomes

Leia mais

MINA NÃO É ETNIA E, SIM, PALAVRA PORTUGUESA

MINA NÃO É ETNIA E, SIM, PALAVRA PORTUGUESA MINA NÃO É ETNIA E, SIM, PALAVRA PORTUGUESA Cicero Centriny 1 Mina não é etnia de negros e sim uma palavra portuguesa. Antes da ocupação do atual estado das Minas Gerais, esse nome passou a ser um rótulo

Leia mais

Palavras-chave: Religiões de matriz africana. População negra no Ceará. Negro e Educação.

Palavras-chave: Religiões de matriz africana. População negra no Ceará. Negro e Educação. RELIGIÕES DE MATRIZ AFRICANA NO CEARÁ: EDUCAÇÃO E OCUPAÇÃO DE ESPAÇOS PÚBLICOS Resumo: Nico Augusto có, Professor Orientador, Ivan Costa Lima Esta investigação se desenvolve na Universidade Internacional

Leia mais

CIDADE E CULTURA NO TOCANTINS: ASPECTOS ÉTNICO- CULTURAIS DA COMUNIDADE AFRO DESCENDENTE DA FAZENDA AÇUDE NO MUNICÍPIO DE SANTA ROSA-TO

CIDADE E CULTURA NO TOCANTINS: ASPECTOS ÉTNICO- CULTURAIS DA COMUNIDADE AFRO DESCENDENTE DA FAZENDA AÇUDE NO MUNICÍPIO DE SANTA ROSA-TO CIDADE E CULTURA NO TOCANTINS: ASPECTOS ÉTNICO- CULTURAIS DA COMUNIDADE AFRO DESCENDENTE DA FAZENDA AÇUDE NO MUNICÍPIO DE SANTA ROSA-TO Valdina Gomes de Almeida¹; Dr. Elizeu Ribeiro Lira². ¹ Aluna do Curso

Leia mais

A UMBANDA E O CANDOMBLÉ NO CENÁRIO NACIONAL: ALGUNS DESAFIOS. Palavras-chave: Religiões de matrizes africanas. Intolerância. Desafios.

A UMBANDA E O CANDOMBLÉ NO CENÁRIO NACIONAL: ALGUNS DESAFIOS. Palavras-chave: Religiões de matrizes africanas. Intolerância. Desafios. A UMBANDA E O CANDOMBLÉ NO CENÁRIO NACIONAL: ALGUNS DESAFIOS Francisco Rangel dos Santos Sá Lima 1 Resumo: O presente artigo tem por objetivo fazer um breve histórico do surgimento das mais importantes

Leia mais

POSSIBILIDADES E DIFICULDADES DA APLICAÇÃO DA LEI /03 EM SALA DE AULA: temática religiosidade africana

POSSIBILIDADES E DIFICULDADES DA APLICAÇÃO DA LEI /03 EM SALA DE AULA: temática religiosidade africana POSSIBILIDADES E DIFICULDADES DA APLICAÇÃO DA LEI 10.639/03 EM SALA DE AULA: temática religiosidade africana Camilla Aparecida Nogueira Santos Graduada do curso de História da FACIP/UFU E-mail: camillasantos_ap@hotmail.com

Leia mais

ESPAÇOS SAGRADOS: PAISAGENS E IDENTIDADE NOS TERREIROS DE CANDOMBLÉ. 1. No bojo das pesquisas realizadas pelo CieAA (Centro interdisciplinar de

ESPAÇOS SAGRADOS: PAISAGENS E IDENTIDADE NOS TERREIROS DE CANDOMBLÉ. 1. No bojo das pesquisas realizadas pelo CieAA (Centro interdisciplinar de ESPAÇOS SAGRADOS: PAISAGENS E IDENTIDADE NOS TERREIROS DE CANDOMBLÉ. 1 Graziano Magalhães dos Reis 2 graziano.magalhaes@gmail.com Universidade Estadual de Goiás-UEG/CieAA Gilson de Souza Andrade 3 gsasocial@hotmail.com

Leia mais

PLANO DE CURSO Disciplina: HISTÓRIA Série: 4º ano Ensino Fundamental PROCEDIMENTOS METODOLÓGICO QUAL O SIGNFICADO PARA VIDA PRÁTICA

PLANO DE CURSO Disciplina: HISTÓRIA Série: 4º ano Ensino Fundamental PROCEDIMENTOS METODOLÓGICO QUAL O SIGNFICADO PARA VIDA PRÁTICA PLANO DE CURSO Disciplina: HISTÓRIA Série: 4º ano Ensino Fundamental Capítulo 1: A construção da historia. Cultura e tradição Cultura: costumes que permanecem O registro como fonte histórica. Capitulo

Leia mais

PLANO DE CURSO DISCIPLINA:História ÁREA DE ENSINO: Fundamental I SÉRIE/ANO: 5 ANO DESCRITORES CONTEÚDOS SUGESTÕES DE PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

PLANO DE CURSO DISCIPLINA:História ÁREA DE ENSINO: Fundamental I SÉRIE/ANO: 5 ANO DESCRITORES CONTEÚDOS SUGESTÕES DE PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS UNIDADE 1 COLÔNIA PLANO DE CURSO VIVER NO BRASIL *Identificar os agentes de ocupação das bandeiras *Conhecer e valorizar a história da capoeira *Analisar a exploração da Mata Atlântica *Compreender a administração

Leia mais

CIDADE, CULTURA E A DISPUTA PELO DIREITO AO ESPAÇO: SEGREGAÇÃO URBANA DAS COMUNIDADES DE TERREIRO NA REGIÃO METROPOLITANA DE GOIÂNIA

CIDADE, CULTURA E A DISPUTA PELO DIREITO AO ESPAÇO: SEGREGAÇÃO URBANA DAS COMUNIDADES DE TERREIRO NA REGIÃO METROPOLITANA DE GOIÂNIA CIDADE, CULTURA E A DISPUTA PELO DIREITO AO ESPAÇO: SEGREGAÇÃO URBANA DAS COMUNIDADES DE TERREIRO NA REGIÃO METROPOLITANA DE GOIÂNIA CITY, CULTURE AND THE DISPUTE FOR THE RIGHT TO THE SPACE: URBAN SEGREGATION

Leia mais

Prefácio. Por Rodney William Eugênio COMIDA DE SANTO QUE SE COME

Prefácio. Por Rodney William Eugênio COMIDA DE SANTO QUE SE COME Prefácio Por Rodney William Eugênio A mesa está posta. Tem farofa, feijoada, sarapatel, acarajé. Tem também as moquecas, xinxim, caruru e vatapá. E os doces: bolinho de estudante, arroz, canjica. Comida

Leia mais

Assédio sexual entre as mulheres PO e 30/11/2017

Assédio sexual entre as mulheres PO e 30/11/2017 Assédio sexual entre as mulheres PO 813942 29 e 30/11/2017 ASSÉDIO SEXUAL NO BRASIL INSTITUTO DATAFOLHA DEZEMBRO DE 2018 42% DAS BRASILEIRAS COM 16 ANOS OU MAIS JÁ SOFRERAM ASSÉDIO SEXUAL Uma parcela de

Leia mais

Aula 3. Curso de Atualização 30 horas. Núcleo Pedagógico / Diretoria de Ensino Região Leste 4 / SEE-SP

Aula 3. Curso de Atualização 30 horas. Núcleo Pedagógico / Diretoria de Ensino Região Leste 4 / SEE-SP Aula 3 Curso de Atualização 30 horas Núcleo Pedagógico / Diretoria de Ensino Região Leste 4 / SEE-SP INFLUÊNCIA DE LÍNGUAS AFRICANAS NO PORTUGUÊS BRASILEIRO Região Banto (ou Bantu) mais de 300 línguas

Leia mais

CAVALCANTI, Maria Laura Viveiros de Castro. Reconhecimentos: antropologia, folclore e cultura popular. Rio de Janeiro: Aeroplano, p.

CAVALCANTI, Maria Laura Viveiros de Castro. Reconhecimentos: antropologia, folclore e cultura popular. Rio de Janeiro: Aeroplano, p. Horizontes Antropológicos 44 2015 Cultura e Aprendizagem CAVALCANTI, Maria Laura Viveiros de Castro. Reconhecimentos: antropologia, folclore e cultura popular. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2012. 384 p. Electronic

Leia mais

Tabela I DENOMINAÇÕES Valores e descritores

Tabela I DENOMINAÇÕES Valores e descritores Tabela I DENOMINAÇÕES Valores e descritores Valores CB Candomblé Inclui as casas exclusivamente de Candomblé, assim como todas as casas que misturam Candomblé com qualquer outra denominação. 1. Ala Ketu

Leia mais

O CONCEITO DE QUILOMBO NA HISTORIOGRAFIA

O CONCEITO DE QUILOMBO NA HISTORIOGRAFIA O CONCEITO DE QUILOMBO NA HISTORIOGRAFIA Jackeline Santos Carneiro 1, Eliezer Cardoso de Oliveira 2 1 (Graduanda do curso de História - CCSEH). 2 (Professor Pós - Doutorado em Ciências Humanas PUC/ Professor

Leia mais

MÃES DE SANTO, SENHORAS DO SABER: AS YALORIXÁS E A PRESERVAÇÃO DO CULTO DOS ORIXÁS

MÃES DE SANTO, SENHORAS DO SABER: AS YALORIXÁS E A PRESERVAÇÃO DO CULTO DOS ORIXÁS MÃES DE SANTO, SENHORAS DO SABER: AS YALORIXÁS E A PRESERVAÇÃO DO CULTO DOS ORIXÁS WALDECI FERREIRA CHAGAS UEPB Campus Guarabira Na estrutura organizacional da África antiga, a família constitui a principal

Leia mais

PROJETO DE OFICINA PEDAGÓGICA

PROJETO DE OFICINA PEDAGÓGICA PROJETO DE OFICINA PEDAGÓGICA Dhiogo Jose Caetano Graduando da UEG-UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS. 1. APRESENTAÇÃO Podemos notar a dificuldade que encontramos na educação atualmente, seja pelo desrespeito

Leia mais

DINÂMICAS ESPACIAIS DO SAGRADO DE MATRIZ AFRICANA NA REGIÃO METROPOLITANA DE GOIÂNIA/GO 1

DINÂMICAS ESPACIAIS DO SAGRADO DE MATRIZ AFRICANA NA REGIÃO METROPOLITANA DE GOIÂNIA/GO 1 Revista Geográfica de América Central Número Especial EGAL, 2011- Costa Rica II Semestre 2011 pp. 1-18 DINÂMICAS ESPACIAIS DO SAGRADO DE MATRIZ AFRICANA NA REGIÃO METROPOLITANA DE GOIÂNIA/GO 1 Resumo 2

Leia mais

Anais Eletrônicos do Congresso Epistemologias do Sul v. 2, n. 1, 2018.

Anais Eletrônicos do Congresso Epistemologias do Sul v. 2, n. 1, 2018. Ilê Oju Odé: o candomblé na perspectiva decolonial 1 Victor Hugo Basilio Nunes 2 Compreendemos que em um terreiro de candomblé, encontramos, além de religião, uma visão de mundo, valores, práticas, formas

Leia mais

Introdução. Josivaldo Pires de Oliveira Luiz Augusto Pinheiro Leal

Introdução. Josivaldo Pires de Oliveira Luiz Augusto Pinheiro Leal Introdução Josivaldo Pires de Oliveira Luiz Augusto Pinheiro Leal SciELO Books / SciELO Livros / SciELO Libros OLIVEIRA, J. P., and LEAL, L. A. P. Introdução. In: Capoeira, identidade e gênero: ensaios

Leia mais

ENSINO RELIGIOSO 6 ANO ENSINO FUNDAMENTAL PROF.ª ERIKA CARMO PROF. LUÍS CLÁUDIO BATISTA

ENSINO RELIGIOSO 6 ANO ENSINO FUNDAMENTAL PROF.ª ERIKA CARMO PROF. LUÍS CLÁUDIO BATISTA ENSINO RELIGIOSO 6 ANO ENSINO FUNDAMENTAL PROF.ª ERIKA CARMO PROF. LUÍS CLÁUDIO BATISTA CONTEÚDOS E HABILIDADES Unidade III Pluralismo e diversidade religiosa 2 CONTEÚDOS E HABILIDADES Aula 5 Conteúdos

Leia mais

Material de Apoio Leitura Necessária e Obrigatória. Desenvolvimento Mediúnico.

Material de Apoio Leitura Necessária e Obrigatória. Desenvolvimento Mediúnico. As Umbandas dentro da Umbanda Material de Apoio Leitura Necessária e Obrigatória. Desenvolvimento Mediúnico. Após pouco mais de 100 anos de fundação da Umbanda pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, essa

Leia mais

ESTRATEGIA DIDÁTICA USANDO JOGO DE TRILHA NO ENSINO DE BIOLOGIA COM A INCLUSÃO DAS RELIGIÕES DE MATRIZES AFRICANAS NA SALA DE AULA.

ESTRATEGIA DIDÁTICA USANDO JOGO DE TRILHA NO ENSINO DE BIOLOGIA COM A INCLUSÃO DAS RELIGIÕES DE MATRIZES AFRICANAS NA SALA DE AULA. ESTRATEGIA DIDÁTICA USANDO JOGO DE TRILHA NO ENSINO DE BIOLOGIA COM A INCLUSÃO DAS RELIGIÕES DE MATRIZES AFRICANAS NA SALA DE AULA. Joellyton do Rozário Costa; Mariana Silva Lustosa; Laís da Silva Barros;

Leia mais

1. Objeto da Convocatória

1. Objeto da Convocatória Edital de chamamento público com vistas à seleção de artista plástico para a confecção de esculturas em homenagem às religiões de matriz africana, Umbanda e Candomblé, a serem erguidas na Praça dos Orixás,

Leia mais

DINÂMICAS ESPACIAIS DO SAGRADO DE MATRIZ AFRICANA NA REGIÃO METROPOLITANA DE GOIÂNIA/GO 1

DINÂMICAS ESPACIAIS DO SAGRADO DE MATRIZ AFRICANA NA REGIÃO METROPOLITANA DE GOIÂNIA/GO 1 DINÂMICAS ESPACIAIS DO SAGRADO DE MATRIZ AFRICANA NA REGIÃO METROPOLITANA DE GOIÂNIA/GO 1 RESUMO Mary Anne Vieira Silva 2 Território, cultura e política: Dinâmicas Espaciais do Sagrado de Matriz Africana

Leia mais

VIVENDO EM SOCIEDADE CAPÍTULO 4 VOLUME 2

VIVENDO EM SOCIEDADE CAPÍTULO 4 VOLUME 2 VIVENDO EM SOCIEDADE CAPÍTULO 4 VOLUME 2 Considerando as narrativas de criação do mundo e dos seres humanos das mais diversas sociedades, percebe-se que, em geral, em todas elas, o mundo natural é anterior

Leia mais

TEORIA, HISTÓRIA E CRÍTICA DA ARQUITETURA E DO URBANISMO II TH 2

TEORIA, HISTÓRIA E CRÍTICA DA ARQUITETURA E DO URBANISMO II TH 2 TEORIA, HISTÓRIA E CRÍTICA DA ARQUITETURA E DO URBANISMO II TH 2 Profª. Ana Paula de O. Zimmermann Curso de Arquitetura e Urbanismo Escola de Artes e Arquitetura Pontificia Universidade Católica de Goiás

Leia mais

Causas dos movimentos migratórios

Causas dos movimentos migratórios Causas dos movimentos migratórios As migrações iniciadas na Pré-História, visavam suprir uma necessidade de sobrevivência de homens e mulheres (alimento, abrigo). A expansão marítima provocou a ocupação

Leia mais

ORGANIZAÇÃO SOCIAL KALUNGA: IDENTIDADE, TERRITORIALIDADE E PARENTESCO. Henrique Aguiar Borela 1

ORGANIZAÇÃO SOCIAL KALUNGA: IDENTIDADE, TERRITORIALIDADE E PARENTESCO. Henrique Aguiar Borela 1 ORGANIZAÇÃO SOCIAL KALUNGA: IDENTIDADE, TERRITORIALIDADE E PARENTESCO Henrique Aguiar Borela 1 Resumo 2 Propõe-se neste projeto realizar uma etnografia das formas de organização social quilombola na região

Leia mais

Redação Enem Tema: Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil - Ensino Médio

Redação Enem Tema: Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil - Ensino Médio Redação Enem 2016 - Tema: Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil - Ensino Médio Texto selecionado da Turma 231 Aluna: Giorgia Gimenez Durante uma transmissão ao vivo de um canal televisivo

Leia mais

Que força. traz o ritmo?

Que força. traz o ritmo? A P R E S E N T A Que força traz o ritmo? Gera Que movimento o giro? Q u e a r r e b a t a m e n t o TRANSFORMA Um em tantos? o encantamento dos vodunsis nos Tambores Maranhenses O movimento circular

Leia mais

ABORDAGENS DA HISTÓRIA DA ÁFRICA NO CURRÍCULO REFERÊNCIA DA REDE ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DE GOIÁS

ABORDAGENS DA HISTÓRIA DA ÁFRICA NO CURRÍCULO REFERÊNCIA DA REDE ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DE GOIÁS ABORDAGENS DA HISTÓRIA DA ÁFRICA NO CURRÍCULO REFERÊNCIA DA REDE ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DE GOIÁS Weiller César Almeida de Oliveira 1, Dayana Santos 2, Elizângela Marcelina de Araújo 3, Mayra Oliveira Silva

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO CONSELHO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO SECRETARIA DOS ÓRGÃOS COLEGIADOS

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO CONSELHO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO SECRETARIA DOS ÓRGÃOS COLEGIADOS DELIBERAÇÃO Nº 129, DE 10 DE AGOSTO DE 2011 O DA UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO - CEPE, tendo em vista a decisão tomada em sua 300ª Reunião Ordinária, realizada em 10 de agosto de 2011, e

Leia mais

A PEDAGOGIA DO ESPORTE NA ATUAÇÃO PROFISSIONAL DOS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA.

A PEDAGOGIA DO ESPORTE NA ATUAÇÃO PROFISSIONAL DOS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA. A PEDAGOGIA DO ESPORTE NA ATUAÇÃO PROFISSIONAL DOS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA. Marcos Vinicius Morais Ferreira¹ (IC), André Luís dos Santos Seabra² (PQ) marcos-moraisf@hotmail.com Universidade Estadual

Leia mais

Populações Afrobrasileiras, Políticas Públicas e Territorialidade

Populações Afrobrasileiras, Políticas Públicas e Territorialidade PROEX Assessoria de Ações Inclusivas Encontro dos NEABIs: por um IFRS Inclusivo 07 a 09 de novembro de 2012 Bento Gonçalves Populações Afrobrasileiras, Políticas Públicas e Territorialidade Ieda Cristina

Leia mais

Fraternidade Teológica Latino-americana em Joinville e Região (SC) APRESENTAÇÃO

Fraternidade Teológica Latino-americana em Joinville e Região (SC) APRESENTAÇÃO Fraternidade Teológica Latino-americana em Joinville e Região (SC) APRESENTAÇÃO Segundo informações do site da Fraternidade Teológica Latino-americana (FTL), o surgimento da FTL se deu a partir de um [...]

Leia mais

Religiosidade Tâmara Freitas Barros

Religiosidade Tâmara Freitas Barros Religiosidade Tâmara Freitas Barros Apesar dos problemas do cotidiano, a fé dos capixabas parece não ter sido abalada. Isso pode ser constatado na pesquisa que a Futura realiza anualmente, para captar

Leia mais

Estudos das Relações Étnico-raciais para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana e Indígena. Ementa. Aula 1

Estudos das Relações Étnico-raciais para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana e Indígena. Ementa. Aula 1 Estudos das Relações Étnico-raciais para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana e Indígena Aula 1 Prof. Me. Sergio Luis do Nascimento Ementa Conceitos básicos, como: escravo, escravizado,

Leia mais

Ementa. Introdução e referência geral (2 sessões) PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA SOCIAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

Ementa. Introdução e referência geral (2 sessões) PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA SOCIAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA SOCIAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO QUINTA DA BOA VISTA S/N. ÃO CRISTÓVÃO. CEP 20940-040 RIO DE JANEIRO - RJ - BRASIL Disciplina: MNA 823 Antropologias

Leia mais

MANIFESTAÇÃO PELA LIBERDADE RELIGIOSA EM JUAZEIRO DO NORTE

MANIFESTAÇÃO PELA LIBERDADE RELIGIOSA EM JUAZEIRO DO NORTE MANIFESTAÇÃO PELA LIBERDADE RELIGIOSA EM JUAZEIRO DO NORTE Glauco Vieira Doutorando em Geografia UFF Universidade Regional do Cariri URCA glauco.vieira@gmail.com O início de 2012 em Juazeiro do Norte,

Leia mais

HOMEM TAMBÉM TEM CADEIRA: AS INSTÂNCIAS DO PODER MASCULINO DENTRO DO CANDOMBLÉ - ESTUDO DE VIDA DO BABALORIXÁ KABILA DE OXOSSI 1

HOMEM TAMBÉM TEM CADEIRA: AS INSTÂNCIAS DO PODER MASCULINO DENTRO DO CANDOMBLÉ - ESTUDO DE VIDA DO BABALORIXÁ KABILA DE OXOSSI 1 HOMEM TAMBÉM TEM CADEIRA: AS INSTÂNCIAS DO PODER MASCULINO DENTRO DO CANDOMBLÉ - ESTUDO DE VIDA DO BABALORIXÁ KABILA DE OXOSSI 1 Danilo de Souza Serafim 2 1. INTRODUÇÃO Os estudos acerca do Candomblé sempre

Leia mais

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA, GEOGRAFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA, GEOGRAFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA, GEOGRAFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA O Silenciar dos Atabaques: trajetória do candomblé de ketu em Goiânia Marcos

Leia mais

Guilherme Pereira Stribel 1

Guilherme Pereira Stribel 1 Resenha: MORAIS, Marcelo Alonso; MARTINS JÚNIOR, Marco Antônio. Salve São Jorge/Ogum: O padroeiro do carioca. Rio de Janeiro: Ideia Jurídica. 2015. 88p. Guilherme Pereira Stribel 1 Durante o ano de 2017,

Leia mais

Semira Adler Vainsencher. Pesquisadora da Fundação Joaquim Nabuco

Semira Adler Vainsencher. Pesquisadora da Fundação Joaquim Nabuco Semira Adler Vainsencher Pesquisadora da Fundação Joaquim Nabuco semiraadler@gmail.com Na Bahia, vestir roupa branca nas sextas-feiras representa um hábito muito antigo, sendo proveniente do candomblé.

Leia mais

LÉO CARRER NOGUEIRA DO NEGRO AO BRANCO: BREVE HISTÓRIA DO NASCIMENTO DA UMBANDA

LÉO CARRER NOGUEIRA DO NEGRO AO BRANCO: BREVE HISTÓRIA DO NASCIMENTO DA UMBANDA DO NEGRO AO BRANCO: BREVE HISTÓRIA DO NASCIMENTO DA UMBANDA LÉO CARRER NOGUEIRA ma das religiosidades de matriz africana que cresceram bastante nos U últimos anos no Brasil foi a umbanda. Trata-se de um

Leia mais

A EDUCAÇÃO NAS CASAS DE MATRIZES AFRICANAS

A EDUCAÇÃO NAS CASAS DE MATRIZES AFRICANAS A EDUCAÇÃO NAS CASAS DE MATRIZES AFRICANAS Resumo Ana Paula Torres Santana Educar é o ato de instruir para apropriação e acúmulo de saberes, é basicamente uma atividade humana necessária ao funcionamento

Leia mais

COMPOSIÇÃO ÉTNICA DO BRASIL

COMPOSIÇÃO ÉTNICA DO BRASIL COMPOSIÇÃO ÉTNICA DO BRASIL MISCIGENAÇÃO DA POPULAÇÃO Povos no Brasil As três raças básicas formadoras da população brasileira são o negro, o europeu e o índio, em graus muito variáveis de mestiçagem e

Leia mais

RIF Ensaio Fotográfico

RIF Ensaio Fotográfico RIF Ensaio Fotográfico Fé Canindé: sobre romeiros, romarias e ex-votos Fotos: Itamar de Morais Nobre 1 Texto: Beatriz Lima de Paiva 2 O ensaio fotográfico é um recorte de um projeto documental em desenvolvimento

Leia mais

Composição étnica do BRASIL Módulo: Páginas

Composição étnica do BRASIL Módulo: Páginas Composição étnica do BRASIL Módulo: Páginas Miscigenação da população Povos no Brasil As três raças básicas formadoras da população brasileira são o negro, o europeu e o índio, em graus muito variáveis

Leia mais

CURSO DE TEOLOGIA DA UMBANDA

CURSO DE TEOLOGIA DA UMBANDA CURSO DE TEOLOGIA DA UMBANDA Início: 03.09.2016 Tutor: Márcio Kain Sacerdote de Umbanda Duração: 12 meses Aulas: semanais, através de vídeo, com apoio de apostila (download), fórum, suporte de Whatsapp

Leia mais

Os tortuosos caminhos de Exu

Os tortuosos caminhos de Exu Revista de @ntropologia da UFSCar R@U, 9 (2), jul./dez. 2017: 255-265. Os tortuosos caminhos de Exu Doutorando em Antropologia Social pelo Museu Nacional/UFRJ Salvador é uma cidade de esquinas, becos e

Leia mais

A PROFISSÃO COMO RECURSO PARA A INSERÇÃO, SOCIALIZAÇÃO E MILITÂNCIA NO MST Autor(es): Apresentador: Orientador: Revisor 1: Revisor 2: Instituição:

A PROFISSÃO COMO RECURSO PARA A INSERÇÃO, SOCIALIZAÇÃO E MILITÂNCIA NO MST Autor(es): Apresentador: Orientador: Revisor 1: Revisor 2: Instituição: A PROFISSÃO COMO RECURSO PARA A INSERÇÃO, SOCIALIZAÇÃO E MILITÂNCIA NO MST Autor(es): Apresentador: Orientador: Revisor 1: Revisor 2: Instituição: MUSZINSKI, Luciana; PETRARCA, Fernanda Rios Luciana Muszinski

Leia mais

A BIOQUÍMICA DO CANDOMBLÉ POSSIBILIDADES DIDÁTICAS DE APLICAÇÃO DA LEI FEDERAL 10639/03

A BIOQUÍMICA DO CANDOMBLÉ POSSIBILIDADES DIDÁTICAS DE APLICAÇÃO DA LEI FEDERAL 10639/03 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE INSTITUTO DE QUÍMICA PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA A BIOQUÍMICA DO CANDOMBLÉ POSSIBILIDADES DIDÁTICAS DE APLICAÇÃO DA LEI FEDERAL

Leia mais

PLANO DE CURSO DISCIPLINA:História ÁREA DE ENSINO: Fundamental I SÉRIE/ANO: 4 ANO DESCRITORES CONTEÚDOS SUGESTÕES DE PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

PLANO DE CURSO DISCIPLINA:História ÁREA DE ENSINO: Fundamental I SÉRIE/ANO: 4 ANO DESCRITORES CONTEÚDOS SUGESTÕES DE PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS UNIDADE 1 A AVENTURA DE NAVEGAR *Descobrir o motivo das grandes navegações *Reconhecer as especiarias e o comércio entre África e Europa. *A importância das navegações. *As viagens espanholas e portuguesas

Leia mais

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA. Instituto de Ciências Sociais. Departamento de Antropologia. Curso Estudos Afro-Brasileiros

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA. Instituto de Ciências Sociais. Departamento de Antropologia. Curso Estudos Afro-Brasileiros 1 UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA Instituto de Ciências Sociais Departamento de Antropologia Curso 135364 - Estudos Afro-Brasileiros Professora: Lívia Dias Pinto Vitenti Período: 1º/2014 OBJETIVO DO CURSO O objetivo

Leia mais

Colégio Madre Carmen Sallés

Colégio Madre Carmen Sallés Colégio Madre Carmen Sallés Educação Infantil Ensino Fundamental Ensino Médio Desde 1962 evangelizando através da educação em Brasília DF AV. L2 NORTE QUADRA 604 Bloco D Tel: 3223-2863 www.carmensalles.com.br

Leia mais

Culturas de Participação: Jovens e suas percepções e praticas de cidadania. Aluno: Roberta Silva de Abreu Orientador: Irene Rizzini

Culturas de Participação: Jovens e suas percepções e praticas de cidadania. Aluno: Roberta Silva de Abreu Orientador: Irene Rizzini Culturas de Participação: Jovens e suas percepções e praticas de cidadania Aluno: Roberta Silva de Abreu Orientador: Irene Rizzini Introdução Este relatório tem por objetivo relatar as atividades desenvolvidas

Leia mais

EVOLUCIONISMO CULTURAL: Tylor, Morgan e Frazer.

EVOLUCIONISMO CULTURAL: Tylor, Morgan e Frazer. EVOLUCIONISMO CULTURAL: Tylor, Morgan e Frazer. Prof. Elson Junior Santo Antônio de Pádua, março de 2017 Edward Tylor (1832-1917) Edward Tylor (1832-1917) Tylor lançando-se no debate da época no qual as

Leia mais

Aula 10.2 Conteúdo Arte e cultura africana.

Aula 10.2 Conteúdo Arte e cultura africana. Aula 10.2 Conteúdo Arte e cultura africana. 2 Habilidades: Refletir sobre as questões de dominação cultural, estereótipos e manutenção de identidade. 3 Vídeo Miscigenação. 4 Vídeo Aplicabilidade das Leis.

Leia mais

JORNADA PRÁTICAS DE JUSTIÇA E DIVERSIDADE CULTURAL (3ª Edição) 25, 26, 27 de abril de 2007 UFPEL/UFRGS, Pelotas, Rio Grande do Sul

JORNADA PRÁTICAS DE JUSTIÇA E DIVERSIDADE CULTURAL (3ª Edição) 25, 26, 27 de abril de 2007 UFPEL/UFRGS, Pelotas, Rio Grande do Sul JORNADA PRÁTICAS DE JUSTIÇA E DIVERSIDADE CULTURAL (3ª Edição) 25, 26, 27 de abril de 2007 UFPEL/UFRGS, Pelotas, Rio Grande do Sul GRUPO DE TRABALHO ETNICIDADE, TERRITÓRIO, POLÍTICA, REPRESENTAÇÃO Coordenadores:

Leia mais

EXPERIÊNCIA DO PIBID COM O TRABALHO SOBRE ÁFRICA: identidades africanas em Goiás influências a serem pensadas e refletidas

EXPERIÊNCIA DO PIBID COM O TRABALHO SOBRE ÁFRICA: identidades africanas em Goiás influências a serem pensadas e refletidas EXPERIÊNCIA DO PIBID COM O TRABALHO SOBRE ÁFRICA: identidades africanas em Goiás influências a serem pensadas e refletidas Ana Paula Alves de Oliveira¹, Aparecida Maria Ferreira Cândido², Fabiana dos Santos

Leia mais

CURSO DE TEOLOGIA DA UMBANDA

CURSO DE TEOLOGIA DA UMBANDA CURSO DE TEOLOGIA DA UMBANDA Início: 09.09.2017 Tutor: Márcio Kain Sacerdote de Umbanda Duração: 14 meses Aulas: semanais, através de vídeo, com apoio de apostila (download), suporte de Whatsapp (direto

Leia mais

HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA NO CURSO DE PEDAGOGIA: FORMAÇÃO INICIAL E INTERVENÇÃO NA ESCOLA BÁSICA

HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA NO CURSO DE PEDAGOGIA: FORMAÇÃO INICIAL E INTERVENÇÃO NA ESCOLA BÁSICA 1 HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA NO CURSO DE PEDAGOGIA: FORMAÇÃO INICIAL E INTERVENÇÃO NA ESCOLA BÁSICA Heldina Pereira Pinto Fagundes (UNEB) 1 RESUMO Este trabalho tem como objetivo realizar

Leia mais

Disciplina: HISTÓRIA Data: 15/12 /2018 Ensino Fundamental II Série: 7º ano Turma: BA; BE;

Disciplina: HISTÓRIA Data: 15/12 /2018 Ensino Fundamental II Série: 7º ano Turma: BA; BE; Disciplina: HISTÓRIA Data: 15/12 /2018 Ensino Fundamental II Série: 7º ano Turma: BA; BE; Valor: 20,0 Média: 12,0 Assunto: ROTEIRO DE RECUPERAÇÃO FINAL Tipo: U Aluno(a): Nº: Nota: Professor(a): Marcelo

Leia mais

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA ÁREA DO CONHECIMENTO: Educação. NOME DO CURSO: Curso de Pós-Graduação Lato Sensu, especialização em História e Cultura Afro-Brasileira. OBJETIVO

Leia mais