Aspectos de fisiopatologia neuro-endócrina

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Aspectos de fisiopatologia neuro-endócrina"

Transcrição

1

2 Aspectos de fisiopatologia neuro-endócrina

3

4 Aspectos de fisiopatologia neuro-endócrina Luiz Antônio F. Paulino folium Belo Horizonte 2006

5 Aspectos de fisiopatologia neuro-endócrina Luiz Antônio F. Paulino Folium Comunicação Av. Carandaí, 161 / 701 CEP Belo Horizonte - MG Revisão gramatical: Maria Celeste P. Franco Fotos (capa): Dr. Maurício Buzelin Nunes e Dr. Luiz Antônio F. Paulino Direitos exclusivos 2006 por Luiz Antônio F. Paulino Ficha Catalográfica P328a Paulino, Luiz Antônio Ferreira Aspectos de fisiopatologia neuro-endócrina/ Luiz Antônio F. Paulino. Belo Horizonte: Folium, p. 1.Fisiopatologia neuro-endócrina. 2.Gânglios nervosos. 3.Hormônios. 4.Sistema imunitário. I. Título CDU ISBN Todos os direitos autorais são reservados e protegidos pela Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de É proibida a duplicação ou reprodução desta obra, no todo ou em parte, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (eletrônico, mecânico, gravação, fotocópia ou outros), sem a permissão prévia, por escrito, do autor.

6 Para Sílvia, Flávio, Cristina e André.

7

8 Prefácio Aspectos de fisiopatologia neuro-endócrina foi o título que considerei mais adequado para os escritos que se seguem e que representam a continuação de um esforço no sentido de demonstrar a relação entre a fibra sensitiva, que mostra atividade hormonal relacionada aos processos de diferenciação e regeneração tecidual, com a atividade das principais glândulas endócrinas. O trabalho se baseia na análise de diversos estudos, de inúmeros pesquisadores, enfocando principalmente aspectos que permitem estabelecer um vínculo entre função endócrina e atividade do sistema nervoso periférico, particularmente das fibras nervosas A delta e C. O estudo põe em destaque os gânglios nervosos, particularmente os gânglios sensitivos, estruturas que nunca tiveram a devida atenção e que representam a interface entre o sistema nervoso central e os tecidos, cujo estudo detalhado contribuirá seguramente, de forma decisiva, para a elucidação da fisiopatologia de diversas doenças. A rapidez com que novos conhecimentos têm sido gerados representa inquestionável obstáculo à produção de uma obra com as características da que estamos apresentando e que abraça, ou pretende abraçar, aspectos vastos da fisiologia e da fisiopatologia, áreas que são sacudidas, a todo o momento, com novas e fascinantes descobertas, que muitas vezes alteram radicalmente conceitos estabelecidos. Há de se reparar, entretanto, que inúmeros trabalhos realizados no passado, particularmente no início do século passado, representaram inequívocas aquisições ao conhecimento científico e que, se tivessem o prosseguimento necessário, poderiam contribuir para o esclarecimento de várias questões que, ainda hoje, aguardam respostas. O estudo de tão vasta área do conhecimento é difícil, sujeita-nos a críticas e a incorrer em erros. Preferi assumir os riscos e apresentar esses escritos até mesmo para demonstrar os caminhos que trilhei nos últimos anos. Não quero ser consi-

9 derado arrogante ao apresentar tais aspectos aparentemente inovadores, posto que muito é decorrência do trabalho de inúmeros autores e o que fizemos foi simplesmente tentar agrupá-los de forma conveniente. Fica a esperança de que de alguma forma o trabalho seja útil, ainda que pelo seu questionamento. Considero que existe um amplo campo da fisiologia ainda pouco conhecido cujo esclarecimento traria importante contribuição para a adequada interpretação do código genético. Um outro objetivo que almejo é contribuir para o fortalecimento do conceito de que as diversas formas de vida são solidárias, interdependentes e complementares, e que a elucidação dos mecanismos operantes no desenvolvimento e na evolução dos sistemas que as compõem é demasiadamente complexa para o nosso atual estágio de conhecimento. As mudanças que temos operado na biosfera, baseando-nos na presunção de que cabe a nossa espécie subjugar a terra como que a um inimigo vencido, são de tal ordem extensas e radicais que não poderão ser reparadas no futuro. A responsabilidade para com a preservação das demais formas de vida, a prudência no planejamento das intervenções sobre o ecossistema, a humildade, o respeito e o reconhecimento do esforço da natureza que culminou na criação do mundo, na forma em que podemos contemplálo hoje, deveriam ser os norteadores da postura da nossa espécie.

10 Sumário A célula A mitocôndria...3 A função mitocondrial na diabete...12 A mitocôndria, a leptina e a melatonina...17 Alguns mecanismos celulares de sobrevivência e morte...22 A interleucina-6 e suas interações...26 Os glicocorticóides...32 O fator de crescimento de epiderme e a heparina...33 PDGF, IGF-1 e IGF Interleucinas e apoptose...36 As Lamins e sua função na apoptose e na diferenciação celular...45 Algumas drogas com ação moduladora sobre metabolismo celular...51 Os aminoácidos e seu controle...54 O tecido As fibras nervosas sensitivas e o contexto hormonal...61 Neuroanatomia e histologia das fibras sensitivas...63 Alguns aspectos da função das fibras nervosas amielínicas...67 Os neuropeptídeos...70 A substância P...70 CGPR e outros...74 A modulação da função de fibras sensitivas...79 O hormônio do crescimento e IGF O hormônio tireoidiano...92 O fator de crescimento nervoso e a histamina...95

11 Disfunção das fibras sensitivas A inervação hepática e as alterações nos seus padrões Fisiopatologia das hepatopatias crônicas fibrosantes A inervação pulmonar e sua disfunção nos transplantes As fibras peptidérgicas em algumas viroses e doenças bacterianas A atividade da vitamina C e o escorbuto e as porfirias A fibra sensitiva com atividade eferente e o controle da microcirculação Aspectos da atividade endócrina integrada A interface do sistema endócrino com o sistema de defesa A função do timo e os antígenos de histocompatibilidade O sistema de defesa, a atividade hormonal e os receptores nicotínicos A insulina A diabete e sua fisiopatologia O comportamento do HC e da insulina no exercício A função da insulina e os órgãos sexuais A leptina Esteróides sexuais O cortisol O cortisol o comportamento e a cocaína A Melatonina Hormônio tireoidiano A prolactina O eixo hipotálamo-hipofisário e a conciliação dos rítmos biológicos Índice remissivo...228

12 A célula

13

14 A mitocôndria A mitocôndria participa em numerosas funções na célula, além da muito conhecida ação de produção de energia. Está relacionada com a síntese de lipídios, aminoácidos, nucleotídeos, nos processos ativos de transporte, na proliferação celular, na motilidade da célula e no controle iônico, entre outras funções. É um palco dinâmico onde vários hormônios vão atuar modulando sua atividade, empresta sua enorme versatilidade no manuseio de radicais para a realização de vários processos celulares indispensáveis para o funcionamento do organismo. Participa ainda do processo de neutralização de inúmeras toxinas e até mesmo da radiação ionizante. A mitocôndria realiza em última análise a extração da energia solar acumulada nos combustíveis químicos, realizando um trabalho oposto ao desempenhado pelos cloroplastos, que armazenam a energia solar em ligações químicas. A mitocôndria funciona como gerador. A energia produzida cria gradientes elétricos que são usados de várias formas. Na ausência da mitocôndria não seria possível às células desempenhar o papel que desempenham, uma vez que o metabolismo anaeróbico ou a glicólise anaeróbica tem um rendimento pequeno. Uma molécula de glicose rende trinta moléculas de ATP no processo oxidativo e apenas dois ATPs são produzidos pela glicólise simples. Apenas para se ter uma idéia do volume que pode representar a mitocôndria na célula, no fígado estima-se que as mitocôndrias ocupem 20% do seu volume. Algumas células chegam a ter duas mil mitocôndrias 1. A mitocôndria possui um DNA próprio que codifica 13 polipeptídeos, todos componentes da cadeia respiratória, e 24 genes relacionados a dois RNAs ribossomiais e 22 RNAs de transferência, mas para o seu adequado funcionamento ela dependerá de cerca de 850 polipeptídeos, que terão origem no DNA nuclear 2. O processo oxidativo da mitocôndria se inicia quando, na matriz mitocondrial, ace- Aspectos de fisiopatologia neuro-endócrina 3

15 til-coa é produzido a partir de ácidos graxos e piruvato. Acetil-CoA entra no ciclo do ácido cítrico onde vai liberar elétron de alta energia derivado do acetil. Uma observação importante sobre o metabolismo celular é a impossibilidade de a célula converter ácidos graxos em carboidrato, embora seja freqüente a transformação de carboidratos em ácidos graxos. Para se produzir glicose é preciso utilizar aminoácido que pode ser produzido a partir de ácidos graxos. Na ausência de oxigênio, as células produzirão ácido lático ou etanol, e na presença de oxigênio produzirão CO 2 e água. A enzima ATP-sintase converte uma forma de energia em outra ao produzir ATP a partir de ADP e fosfato, e tal reação é acoplada com o fluxo de H + para dentro da matriz mitocondrial. Há ainda o acoplamento no transporte de ADP e ATP através da membrana mitocondrial. Para cada ADP que entra, um ATP sai. A negatividade da matriz mitocondrial atrai ainda o cálcio do citosol, sendo que a mitocôndria, por tal mecanismo, tem importante papel no controle da concentração de cálcio, exercendo sobre o mesmo um efeito tampão. O cálcio é importante na regulação de várias atividades da mitocôndria. Quanto mais gradiente de voltagem é usado no trânsito de íons, menor é a geração de ATP. Algumas células vão fazer um curto circuito, gerando calor ao invés de ATP. Em geral uma molécula de ATP circula pelo citosol e retorna como ADP milhares de vezes ao dia, existindo sempre uma concentração de ATP dez vezes maior que de ADP. A eficiência com que a energia oxidativa é convertida em ATP é superior a 40%, o que é muito mais que os 10% a 20% proporcionado pelos motores elétricos ou movidos a gasolina. Um organismo teria que ingerir uma quantidade muito maior de alimento caso o rendimento não fosse tão bom quanto é, e necessitaria dissipar calor para o ambiente de forma muito mais rápida. Os citocromos são uma família de proteínas coloridas que se caracterizam pela presença de um grupo heme cujo átomo de ferro muda do estado férrico para o ferroso (Fe Fe ++ ) quando aceita um elétron. O grupo heme consiste de uma porfirina firmemente ligada ao ferro por quatro átomos de nitrogênio. O Fe ++ dá a cor vermelha do sangue e o magnésio dá a cor verde da clorofila. Outras famílias carregadoras de elétrons são as proteínas ferro-sulfúricas e as ubiquinonas. A presença de inúmeras enzimas e de mecanismos específicos que envolvem o processamento de elevados gradientes eletroquímicos transformam a mitocôndria não apenas em usina de força, mas numa estrutura capaz de produzir 4 Aspectos de fisiopatologia neuro-endócrina

16 inúmeras substâncias, entre elas aminoácidos e hormônios esteróides. Para tal ocorre uma estreita relação entre a organela e o núcleo celular. Uma outra função, já mencionada, se relaciona à detoxificação de compostos químicos nocivos ou estranhos, e tal função vai ocorrer principalmente no fígado, dada a sua localização estratégica. A discussão das atividades da mitocôndria no metabolismo celular deve sempre incluir a insulina, cuja ação está intimamente relacionada ao controle dos processos metabólicos, particularmente no direcionamento da função mitocondrial em relação aos substratos que utilizará, bem como à produção de aminoácidos que terão grande importância nos processos anabólicos da célula. Fica, assim, bem definida a relação entre os hormônios anabolizantes, particularmente o estrógeno e o hormônio do crescimento, que dependem de insulina para a produção de IGF-1. Na ausência de insulina não haverá aminoácido disponível e a célula terá grande dificuldade para produzir proteínas. A produção de polipeptídeos é fator essencial para a função de inúmeros tecidos, tanto para sua atividade própria quanto para a produção de hormônios e citocinas e na sua comunicação com outros tecidos. Tal incapacidade fica evidente nos diabéticos, situação em que o organismo tenta aumentar a oferta dos insumos necessários para o adequado metabolismo mitocondrial e celular, mas que esbarra na limitação dos processos enzimáticos profundamente alterados. A falta de insulina limita a atividade celular e obriga a célula a subsistir através de um metabolismo alternativo e precário. Explica-se ainda a pronunciada limitação nos processos anabólicos, particularmente o crescimento tecidual e ainda as graves alterações nervosas e os transtornos no metabolismo muscular na diabete. Retomando o resumo da atividade mitocondrial, enfocando a cadeia respiratória, existem ali três grandes complexos enzimáticos seqüenciais. O primeiro, o complexo NADH desidrogenase se liga ao segundo pela ubiquinona. O segundo, o complexo do citocromo b-c, se liga ao terceiro, o complexo citocromo oxidase pelo citocromo C. Ao final do terceiro complexo o oxigênio, que tem grande afinidade por elétrons, os recebe, se reduz e libera energia e forma água. É muito importante que o O - 2 não permaneça livre na célula, posto que, estando como superóxido, pode causar lesão celular. Para evitar a sua presença livre na célula a mitocôndria citocromo oxidase o prende num núcleo bimetálico onde vai ficar contido entre um átomo de ferro, ligado ao grupo heme, e um átomo de cobre, até receber os quatro elétrons, ligar-se a quatro prótons para cada duas moléculas de O 2 que atravessam a membrana interna da mitocôndria, Aspectos de fisiopatologia neuro-endócrina 5

17 e formar água. A carga positiva da mitocôndria atrai radicais livres que serão transferidos para dentro da mitocôndria, onde ocorrerá sua neutralização. A mitocôndria realiza o controle da concentração de cálcio por mecanismo semelhante, realizando um efeito tampão sobre o gradiente de voltagem, permitindo a liberação de H + para o citosol. A mitocôndria funciona como uma usina de processamento de radicais, como uma central de troca e tal realidade explica o seu papel nas situações em que a célula se defronta com alguns tipos substâncias estranhas ou tóxicas. Tais compostos serão processados conforme a sua estrutura pelos citocromos e, no caso, para realizar tal ação, a célula produzirá menos ATP. O mecanismo é o mesmo utilizado na síntese de inúmeras moléculas que participam do metabolismo intermediário, na produção de nucleotídeos, aminoácidos e esteróides. Cada tecido apresenta uma característica funcional que o distingue, e em cada um deles teremos uma atuação diferenciada da mitocôndria. De forma análoga, os diversos hormônios vão modular a atividade e, conseqüentemente, haverá a adequação da atividade metabólica da mitocôndria. Em alguns tecidos a ênfase da ação mitocondrial será a síntese de hormônios, como no córtex da supra-renal, na tireóide e no pâncreas endócrino; em outros, será a síntese protéica, como no fígado, no pâncreas exócrino; no tecido nervoso, a produção de energia para manter a atividade elétrica, o transporte axonal, e a síntese de neuropeptídeos. Lashin e Romani 3, realizaram estudo em diabéticos focalizando a atividade mitocondrial. Observaram que as mitocôndrias de ratos diabéticos consumiam entre 23% e 35% menos oxigênio que os animais controle. O estágio 4 da respiração na mitocôndria de diabéticos estava elevado em 50%. Concluíram que a hiperglicemia por si só não era a causa da alteração no estágio 3 da respiração e assim, não explicava a pronunciada queda no consumo de oxigênio pela mitocôndria. As alterações no estágio 4 vão ocorrer tanto em função da diabete quanto da hiperglicemia. A cadeia respiratória é geradora de radicais livres, particularmente na fase I: NaDH-coenzima Q redutase, e na fase III: citocromo C oxidase. A produção é maior quando há menor demanda por ATP. No coração, o estudo de tal processo ganha relevância pela necessidade de se compreender as lesões da isquemia e reperfusão. Sadek e cols. 4 realizaram ampla revisão do problema, focalizando aspectos relacionados ao dano celular observado na reperfusão e às 6 Aspectos de fisiopatologia neuro-endócrina

18 modificações surgidas na mitocôndria com o envelhecimento, que aumentam as lesões da reperfusão. Fica evidente que a falta de oxigênio vai limitar o processo metabólico como um todo, havendo um declínio da atividade dos complexos transportadores de elétrons I, III e IV, ATP sintase e adenina-nucleotídeo translocase. Haverá ainda uma grande diminuição na ação do citocromo C, etapa essencial no tamponamento dos radicais livres em processos de detoxificação da célula. Na reperfusão, as alterações agudas provavelmente surpreenderão a mitocôndria numa situação de inadequação para o manejo de elétrons, permitindo o dano celular pela inabilidade de realizar a função tampão. As enzimas do ciclo de Krebs não estão com sua atividade reduzida na isquemia, mas a reperfusão vai inibir seletivamente duas enzimas: a aconitase e a KGDH (α-ketoglutarato desidrogenase). O citocromo P450 mostra grande versatilidade na utilização dos elétrons disponíveis, quer para síntese de moléculas diversas, quer para a detoxificação de vários compostos. Os membros da família dos citocromos oxidam, peroxidam e/ou reduzem o colesterol, esteróides, ácido araquidônico, bradicinina, vitaminas e vários produtos farmacêuticos. Os radicais reativos de oxigênio produzem lesão no DNA nas proteínas e nos lipídios, e são responsáveis pelos danos da reperfusão. A inibição dos citocromos atenuaria a produção de radicais de oxigênio e assim limitaria o dano oxidativo. O cloranfenicol, por inibir a citocromo-monooxigenase mostra capacidade de diminuir a área enfartada. 5 A exposição de hepatócitos à radiação gama numa dose até 6-9 G resultou em elevação no citocromo P 450s. Dosagens maiores, possivelmente pelo dano celular mais extenso, não se acompanharam de elevação do CYP As enzimas do citocromo P450 são monooxigenases que contêm um grupo heme. Entre as famílias de enzimas do CYP450 existem aquelas da família 1-3 que estão mais envolvidas no metabolismo de compostos estranhos e se expressam usualmente no fígado. Os CYP 450 extra-hepáticos estão freqüentemente envolvidos em funções endógenas importantes. As presenças de diferentes tipos de CYP nos diversos tecidos e, eventualmente, em fases específicas da maturação tecidual, indica que suas funções estão relacionadas à produção de substâncias específicas e essenciais aos tecidos em questão, como o CYP 2U1 presente no timo e no cérebro. 7 Um exemplo da ação do CYP 450 pode ser demonstrado na etapa inicial do metabolismo de esteróides na glândula suprarenal. O colesterol, mobilizado do citosol, é levado para a mitocôndria onde a proteína regulatória aguda da esteroidogênese STARs, o transfere para o CYP Aspectos de fisiopatologia neuro-endócrina 7

19 450scc, localizado na membrana mitocondrial interna, do lado da matriz, e o transforma em pregnenolona. 8 O hormônio tireoidiano interfere nessa etapa elevando a expressão de STAR, aumentando os níveis de LHR e a esteroidogênese. 9 Nos tecidos que se encarregam da produção de calor, como o tecido adiposo marrom da região inter-escapular, as mitocôndrias atuam de forma decisiva pela criação de curtos circuitos que vão dissipar energia na forma de calor, diminuindo a produção de ATP. Tal atividade se deve a uma proteína, chamada proteína desacopladora 1 (UCP1), que quebra a seqüência natural do fluxo de elétrons. A termogênese é acionada pela noradrenalina, que para tal, causa uma lipólise intensa, processo que conta ainda com a participação do hormônio tireoidiano. A gordura marrom dos ratos tireoidectomizados é termogênicamente inativa. Uma pequena dose de T4 é capaz de elevar UCP1 em animais com hipotireoidismo e normalizar a temperatura corporal. 10 Através de um agonista seletivo do receptor β do hormônio tireoidiano, GC1, foi possível, em animais hipotireoideus, a restauração dos níveis de UCP1, mas não houve interferência sobre a influência do estímulo adrenérgico na termogênese. O fenômeno decorre de dois mecanismos distintos controlados pelo hormônio tireoidiano. 11 Independente de sua ação sobre a termogênese, o hormônio tireoidiano influencia em outras funções mitocondriais, inclusive no mecanismo de permeabilidade da membrana, e o faz quer pelo controle na expressão de determinadas enzimas, quer na produção de cardiolipina. No hipotireoidismo ocorre diminuição no consumo de oxigênio secundário à diminuição da atividade da cadeia respiratória 12 e a uma diminuição importante na capacidade fosforilativa, embora haja maior eficiência no índice ATP/O 2 e ainda, diminuição significativa no conteúdo total de citocromos, particularmente nos citocromos aa 3 e b. Os citocromos cc 1 não são muito afetados. 13 A exposição à radiação, com formação de radicais livres causa ainda disfunção importante na aconitase, enzima que catalisa a interconversão de citrato e isocitrato, e que representa aproximadamente 15% das proteínas da matriz mitocondrial. 14 O próprio DNA da mitocôndria não resiste à exposição aos radicais livres e é vulnerável à radiação. Ele não conta com as histonas, que protegem o DNA nuclear e mostram uma degeneração mais rápida face ao dano oxidativo. 15 Como estrutura fundamental à sobrevivência da célula pelas várias ações que desempenha, a mitocôndria participa de forma ativa nos processos que desencadeiam a apoptose ou morte programada da célula. A liberação do citocromo C para 8 Aspectos de fisiopatologia neuro-endócrina

20 o citoplasma, a formação do apoptossomo - complexo que reúne o citocromo C, Apaf-1 e caspase-9 - são apenas alguns processos que levam à apoptose. A retirada ou a interrupção na oferta de fatores de crescimento à mitocôndria acarreta a diminuição na respiração e no potencial de membrana da mitocôndria. Tal processo demonstra a interferência de fator externo sobre a função mitocondrial. Gottlieb e cols, 16,17 demonstraram tal relação ao estudar uma linhagem de células dependentes de interleucina 3 e observaram que tais células perdiam a capacidade de regular a respiração após a privação de IL3. Ocorreram alterações fisiológicas importantes e precoces nas mitocôndrias, com diminuição na oferta de produtos da glicólise, bem como diminuição no potencial de membrana. Nesse trabalho verificou-se ainda que o mecanismo de apoptose não é o habitual, mediado por tbid - que é a forma ativa da proteína pró-apoptótica Bcl-2, com capacidade para liberar citocromo C - sugerindo assim a existência de um outro mecanismo apoptogênico. Uma outra forma de se desencadear a apoptose é negando o acesso de moléculas oxidativas à mitocôndria. A privação do oxigênio paralisa a função da mitocôndria, por impedir o escoamento dos prótons - o acúmulo de prótons diminui o potencial transmembrana da mitocôndria, bem como a saída do carbono, e representa uma importante causa de morte celular. 17 Existe comunicação entre o DNA mitocondrial e o nuclear, sendo tal processo fundamental para o funcionamento da célula, tanto na situação normal quanto nos processos neoplásicos. 18 A interação define o destino da célula, inclusive a deflagração dos mecanismos de apoptose. Delsite e cols., 18 estudaram animais em que se eliminou o DNA mitocondrial e observaram que tal situação influiu na expressão do DNA celular e, curiosamente, em tais células, Heales e cols., 19 observaram baixa expressão de vários genes envolvidos na atividade do tecido nervoso. Nos processos de diferenciação celular também vamos observar a participação da mitocôndria e sua importância se relaciona a adequação do seu processo metabólico às necessidades do tecido. Em alguns tecidos, como o hepático e o glandular, por exemplo, a atividade de síntese é enorme e o papel da mitocôndria essencial. No tecido muscular teremos, além da função na atividade energética, uma atividade metabólica intensa nos processos de síntese protéica. Funções tão essenciais à atividade celular implicam em processos complexos de inter-relação com as demais estruturas celulares e ainda com o restante do organismo. Vários hormônios agirão sobre a mitocôndria, estabelecendo uma alternância dinâmica entre os diversos processos em conformidade com as situações que o organismo enfrenta. Aspectos de fisiopatologia neuro-endócrina 9

21 Referências 1 - Alberts B, Bray D, Lewis J, et al. Energy conversion: mitochondria and chloroplasts in: Alberts B, Bray D, Lewis J, et al. Molecular biology of the cell. 3 rd ed Garland Publishing Inc. New York, Anderson S, Bankier AT, Barrell BG, et al. Sequence and organization of the human mitochondrial genome. Nature 1981; 290: Lashin O, Romani A. Mitochondria respiration and susceptibility to isquemia-reperfusion injury in diabetic hearts. Arch Biochem Biophy 2003; 420(2): Sadek HA, Nulton-Person AC, Szweda PA, et al. Cardiac ischemia/reperfusion, aging and redox-dependent alterations in mitochondrial function. Arch Biochem Biophys 2003; 420(2): Gottlieb R. Cytochrome P 450: major player in reperfusion injury. Arch Biochem Biophys 2003; 420: Chung HC, Kim SH, Lee MG, et al. Mitochondrial dysfunction by γ irradiation accompanies the induction of cytochrome P4502E1 (CYP2E1) in rat liver. Toxicology 2001; 161: Karlgren M, Backlund M, Johansson I, et al. Characterization and tissue distribution of a novel human cytochrome P450- CYP 2U1. Biochem Biophys Res Com 2004; 315: Artemenko IP, Znao D, Hales DB, Hales KH, et al. Mitocondrial processing of newly synthesized steroidogenic acute regulatory protein, STAR, but not total STAR modulates cholesterol transfer to cytochrome P450 side chain cleavage enzyme in adrenal glands. J Biol Chem 2001; 276(49): Manna PR, Kero J, Tena-Sempere M, et al. Assessment of mechanisms of thyroide hormone action in mouse leydig cells: regulation of the steroidogenic acute regulatory protein, steroidogenesis and luteinizing hormone receptor funciton. Endocrinology 2001; 142(1): Ribeiro MO, Lebrum FLAS, Christoffolete M, et al. Evidence of UCP1-independent regulation of norepinephrine-induced thermogenesis in brown fat. Am J Physiol Endocrinol Metab 2000; 279: E Ribeiro MO, Carvalho SD, Schultz JJ, et al. Thyroid hormone-sympathetic interaction and adaptive thermogenesis are thyroid hormone receptor isoform specific. J Clin Invest 2001; 108(1): Aspectos de fisiopatologia neuro-endócrina

22 12 - Vacca RA, Moro L, Caraccio G, et al. Thyroid hormone administration to hypothyroid rats restores the mitochondrial membrane permeability properties. Endocrinology 2003; 144(9): Nogueira V, Walter L, Averet N, et al. Thyroid status is a key regulator of both flux and efficiency of oxidative phosphorilation in rat hepatocytes. J Bioenerg Biomembr 2002; 34(1): Yan LJ, Levine RL, Schal RS. Oxidadtive damage during aging targets mitochondrial aconitase. Proc Natl Acad Sci USA 1997; 94: Yakes FM, Houten BV. Mitochondrial DNA damage is more extensive and persists longer than nuclear DNA damage in human cells following oxidative stress. Proc Natl Acad Sci USA 1996; 94: Gottlieb E, Armour SM, Thompson CB. Mitochondrial respiratory control is lost during growth factor deprivation. Proc Natl Acad Sci USA 2002; 99(20): Gottlieb E, Armour SM, Harris MH, Thompson CB. Mitochondrial membrane potential regulates matrix configuration and cytochrome C release during apoptosis. Cell Death Differ 2003; 10(6): Delsite S, Kaahhap S, Anbazhagan R, et al. Nuclear genes involved in mitochondria to nucleus communication in breast cancer cells. Mol Cancer 2002; 1(1): Heales SJ, Bolanos JP, Stewart VC, et al. Nitric oxide, mitochondria and neurological disease. Biochem Biophys Acta 1999; 1410: Aspectos de fisiopatologia neuro-endócrina 11

METABOLISMO DE LIPÍDEOS

METABOLISMO DE LIPÍDEOS METABOLISMO DE LIPÍDEOS 1. Β-oxidação de ácidos graxos - Síntese de acetil-coa - ciclo de Krebs - Cadeia transportadora de elétrons e fosforilação oxidativa 2. Síntese de corpos cetônicos 3. Síntese de

Leia mais

M E T B O L I S M O CATABOLISMO ANABOLISMO

M E T B O L I S M O CATABOLISMO ANABOLISMO METABOLISMO É o conjunto das reações químicas que ocorrem num organismo vivo com o fim de promover a satisfação de necessidades estruturais e energéticas. ...metabolismo Do ponto de vista físico-químico,

Leia mais

Dra. Kátia R. P. de Araújo Sgrillo. Sgrillo.ita@ftc.br

Dra. Kátia R. P. de Araújo Sgrillo. Sgrillo.ita@ftc.br Dra. Kátia R. P. de Araújo Sgrillo Sgrillo.ita@ftc.br A conversão do fluxo de elétrons em trabalho biológico requer transdutores moleculares (circuito microscópico), análogos aos motores elétricos que

Leia mais

Mitocôndrias e Cloroplastos

Mitocôndrias e Cloroplastos Universidade Federal de Sergipe Centro de Ciências Biológicas e da Saúde Departamento de Morfologia Biologia Celular Mitocôndrias e Cloroplastos Características gerais de mitocôndrias e cloroplastos Mitocôndrias

Leia mais

FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO I BIOENERGÉTICA: CICLO DE KREBS

FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO I BIOENERGÉTICA: CICLO DE KREBS FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO I BIOENERGÉTICA: CICLO DE KREBS Ciclo de Krebs Considerações Gerais Esta denominação decorre da homenagem ao bioquímico Hans Krebs, a qual lhe valeu o Prémio Nobel de Fisiologia

Leia mais

Profº André Montillo www.montillo.com.br

Profº André Montillo www.montillo.com.br Profº André Montillo www.montillo.com.br Definição: É a soma de todas as reações químicas envolvidas na manutenção do estado dinâmico das células, onde milhares de reações ocorrem ao mesmo tempo, determinando

Leia mais

METABOLISMO. Nesta 3 a parte da disciplina nosso principal objetivo é compreender os mecanismos pelos quais as células regulam o seu metabolismo

METABOLISMO. Nesta 3 a parte da disciplina nosso principal objetivo é compreender os mecanismos pelos quais as células regulam o seu metabolismo METABOLISMO Nesta 3 a parte da disciplina nosso principal objetivo é compreender os mecanismos pelos quais as células regulam o seu metabolismo Mas o que é metabolismo? Metabolismo é o nome que damos ao

Leia mais

MITOCÔNDRIA E RESPIRAÇÃO CELULAR. Mito: filamento Chondrion: partícula

MITOCÔNDRIA E RESPIRAÇÃO CELULAR. Mito: filamento Chondrion: partícula MITOCÔNDRIA E RESPIRAÇÃO CELULAR Mito: filamento Chondrion: partícula QUALQUER TRABALHO NA CÉLULA REQUER ENERGIA: -Movimento celular, secreção de substâncias, transmissão dos impulsos nervosos, contração

Leia mais

Biologia Celular: Transformação e armazenamento de energia: Mitocôndrias e Cloroplastos

Biologia Celular: Transformação e armazenamento de energia: Mitocôndrias e Cloroplastos FUNDAÇÃO PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS - FUPAC FACULDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS DE UBERLÂNDIA Biologia Celular: Transformação e armazenamento de energia: Mitocôndrias e Cloroplastos Prof. MSc Ana Paula

Leia mais

As proteínas transportadoras

As proteínas transportadoras As proteínas transportadoras 10 A U L A objetivos Ao final desta aula, você deverá compreender o que são: Proteínas transportadoras: carreadores e canais. Aquaporinas. Biologia Celular As proteínas transportadoras

Leia mais

Nestas últimas aulas irei abordar acerca das vitaminas. Acompanhe!

Nestas últimas aulas irei abordar acerca das vitaminas. Acompanhe! Aula: 31 Temática: Vitaminas parte I Nestas últimas aulas irei abordar acerca das vitaminas. Acompanhe! Introdução O termo vitamina refere-se a um fator dietético essencial requerido por um organismo em

Leia mais

Eliane Petean Arena Nutricionista - CRN 3257. Rua Conselheiro Antônio Prado 9-29 Higienópolis Bauru - SP Telefone : (14) 3243-7840

Eliane Petean Arena Nutricionista - CRN 3257. Rua Conselheiro Antônio Prado 9-29 Higienópolis Bauru - SP Telefone : (14) 3243-7840 Músculos Ok Eliane Petean Arena Nutricionista - CRN 3257 Rua Conselheiro Antônio Prado 9-29 Higienópolis Bauru - SP Telefone : (14) 3243-7840 Conhecendo seu corpo e seus músculos Proteínas e o ganho de

Leia mais

Hormonas e mensageiros secundários

Hormonas e mensageiros secundários Hormonas e mensageiros secundários Interrelação entre os tecidos Comunicação entre os principais tecidos Fígado tecido adiposo hormonas sistema nervoso substratos em circulação músculo cérebro 1 Um exemplo

Leia mais

EXERCÍCIO E DIABETES

EXERCÍCIO E DIABETES EXERCÍCIO E DIABETES Todos os dias ouvimos falar dos benefícios que os exercícios físicos proporcionam, de um modo geral, à nossa saúde. Pois bem, aproveitando a oportunidade, hoje falaremos sobre a Diabetes,

Leia mais

Dra. Kátia R. P. de Araújo Sgrillo. sgrillo.ita@ftc.br

Dra. Kátia R. P. de Araújo Sgrillo. sgrillo.ita@ftc.br Dra. Kátia R. P. de Araújo Sgrillo sgrillo.ita@ftc.br O metabolismo de carboidratos em humanos pode ser dividido nas seguintes categorias: 1. Glicólise 2. Ciclo de Krebs 3. Glicogênese 4. Glicogenólise

Leia mais

COMPOSIÇÃO QUÍMICA DA CARNE. Profª Sandra Carvalho

COMPOSIÇÃO QUÍMICA DA CARNE. Profª Sandra Carvalho COMPOSIÇÃO QUÍMICA DA CARNE Profª Sandra Carvalho A carne magra: 75% de água 21 a 22% de proteína 1 a 2% de gordura 1% de minerais menos de 1% de carboidratos A carne magra dos diferentes animais de abate

Leia mais

Organização do Material Genético nos Procariontes e Eucariontes

Organização do Material Genético nos Procariontes e Eucariontes Organização do Material Genético nos Procariontes e Eucariontes Organização do Material Genético nos Procariontes e Eucariontes Procariontes Eucariontes Localização Organização Forma Disperso no citoplasma

Leia mais

Curso: Integração Metabólica

Curso: Integração Metabólica Curso: Integração Metabólica Aula 9: Sistema Nervoso Autônomo Prof. Carlos Castilho de Barros Sistema Nervoso Sistema Nervoso Central Sistema Nervoso Periférico Sensorial Motor Somático Autônomo Glândulas,

Leia mais

Biologia-Prof.Barão. Metabolismo Energético: Respiração Celular e Fermentação

Biologia-Prof.Barão. Metabolismo Energético: Respiração Celular e Fermentação Biologia-Prof.Barão Metabolismo Energético: Respiração Celular e Fermentação Metabolismo Energético I Conceitos básicos: 1-Metabolismo 2-Reações Exergônicas e Endergônicas 3-Reação de Redox(Oxidação-Redução)

Leia mais

Diversidade do sistema endócrino

Diversidade do sistema endócrino Diversidade do sistema endócrino Importância Biomédica - hormônio palavra de origem grega despertar para a atividade - Definição clássica Conceito célula alvo - ação bioquímica ou fisiológica Importância

Leia mais

Bioenergética. Profa. Kalyne de Menezes Bezerra Cavalcanti

Bioenergética. Profa. Kalyne de Menezes Bezerra Cavalcanti Bioenergética Profa. Kalyne de Menezes Bezerra Cavalcanti Natal/RN Fevereiro de 2011 Substratos para o exercício O corpo utiliza nutrientes carboidratos, gorduras e proteínas consumidos diariamente para

Leia mais

METABOLISMO. - ATP é a moeda energética da célula

METABOLISMO. - ATP é a moeda energética da célula INTEGRAÇÃO DO METABOLISMO ESTRATÉGIAS DO METABOLISMO - ATP é a moeda energética da célula - ATP é gerado pela oxidação de moléculas de alimento: * as macromoléculas da dieta são quebradas até suas unidades

Leia mais

M.O. coloração verde JANUS oxidação do corante citocromos; M.E.T. ultra estrutura; Células eucariontes; Tamanho 0,2 a 1 µm de diâmetro;

M.O. coloração verde JANUS oxidação do corante citocromos; M.E.T. ultra estrutura; Células eucariontes; Tamanho 0,2 a 1 µm de diâmetro; Apoptose Produção de energia Mitocôndria Introdução As mitocôndrias (mitos, filamento e condria, partícula) são organelas citoplasmáticas de forma arredondada ou alongada, existentes em praticamente todos

Leia mais

BIOLOGIA - 1 o ANO MÓDULO 17 MITOCÔNDRIAS E RESPIRAÇÃO CELULAR

BIOLOGIA - 1 o ANO MÓDULO 17 MITOCÔNDRIAS E RESPIRAÇÃO CELULAR BIOLOGIA - 1 o ANO MÓDULO 17 MITOCÔNDRIAS E RESPIRAÇÃO CELULAR Retículo endoplasmático Invólucro nuclear Núcleo Mitocôndria Procarionte fotossintético Cloroplasto Procarionte ancestral Eucariote ancestral

Leia mais

ENZIMAS. Células podem sintetizar enzimas conforme a sua necessidade.

ENZIMAS. Células podem sintetizar enzimas conforme a sua necessidade. ENZIMAS As enzimas são proteínas, catalisadores (aumenta a velocidade de uma determinada reação química) biológicos (proteínas) de alta especificidade. Praticamente todas as reações que caracterizam o

Leia mais

CONTROLE E INTEGRAÇÂO

CONTROLE E INTEGRAÇÂO CONTROLE E INTEGRAÇÂO A homeostase é atingida através de uma série de mecanismos reguladores que envolve todos os órgãos do corpo. Dois sistemas, entretanto, são destinados exclusivamente para a regulação

Leia mais

METABOLISMO ENERGÉTICO RESPIRAÇÃO CELULAR FERMENTAÇÃO FOTOSSÍNTESE QUIMIOSSÍNTESE

METABOLISMO ENERGÉTICO RESPIRAÇÃO CELULAR FERMENTAÇÃO FOTOSSÍNTESE QUIMIOSSÍNTESE METABOLISMO ENERGÉTICO RESPIRAÇÃO CELULAR FERMENTAÇÃO FOTOSSÍNTESE QUIMIOSSÍNTESE RESPIRAÇÃO CELULAR Processo de produção de energia a partir da degradação completa de compostos orgânicos energéticos (ex.:

Leia mais

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (Ufc) Na(s) questão(ões) a seguir escreva no espaço apropriado a soma dos itens corretos.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (Ufc) Na(s) questão(ões) a seguir escreva no espaço apropriado a soma dos itens corretos. Respiração e Fermentação 1. (Fuvest) O fungo 'Saccharomyces cerevisiae' (fermento de padaria) é um anaeróbico facultativo. Quando cresce na ausência de oxigênio, consome muito mais glicose do que quando

Leia mais

(2) converter as moléculas dos nutrientes em unidades fundamentais precursoras das macromoléculas celulares;

(2) converter as moléculas dos nutrientes em unidades fundamentais precursoras das macromoléculas celulares; INTRODUÇÃO AO METABOLISMO Metabolismo é o conjunto das reações químicas que ocorrem num organismo vivo com o fim de promover a satisfação de necessidades estruturais e energéticas. O metabolismo tem quatro

Leia mais

Pesquisa revela uma das causas de morte prematura na Rússia: a vodca

Pesquisa revela uma das causas de morte prematura na Rússia: a vodca Pesquisa revela uma das causas de morte prematura na Rússia: a vodca Post 02 Fevereiro 2014 By UNIAD Revista Veja - Álcool Estudo concluiu que risco de morte entre homens russos com menos de 55 anos pode

Leia mais

METABOLISMO ENERGÉTICO RESPIRAÇÃO CELULAR FERMENTAÇÃO FOTOSSÍNTESE QUIMIOSSÍNTESE

METABOLISMO ENERGÉTICO RESPIRAÇÃO CELULAR FERMENTAÇÃO FOTOSSÍNTESE QUIMIOSSÍNTESE METABOLISMO ENERGÉTICO RESPIRAÇÃO CELULAR FERMENTAÇÃO FOTOSSÍNTESE QUIMIOSSÍNTESE RESPIRAÇÃO CELULAR Processo de produção de energia a partir da degradação completa de compostos orgânicos energéticos (ex.:

Leia mais

Capacidade de organizar os produtos da digestão usando a energia extraída dos mesmos produtos da digestão (REGULAÇÃO)

Capacidade de organizar os produtos da digestão usando a energia extraída dos mesmos produtos da digestão (REGULAÇÃO) Capacidade de organizar os produtos da digestão usando a energia extraída dos mesmos produtos da digestão (REGULAÇÃO) As proteínas são digeridas até aminoácidos, as gorduras (triglicérides) até glicerol

Leia mais

Biomassa de Banana Verde Integral- BBVI

Biomassa de Banana Verde Integral- BBVI Biomassa de Banana Verde Integral- BBVI INFORMAÇÕES NUTRICIONAIS Porção de 100g (1/2 copo) Quantidade por porção g %VD(*) Valor Energético (kcal) 64 3,20 Carboidratos 14,20 4,73 Proteínas 1,30 1,73 Gorduras

Leia mais

Estabilizada de. PdP. Autor: Luís Fernando Patsko Nível: Intermediário Criação: 22/02/2006 Última versão: 18/12/2006

Estabilizada de. PdP. Autor: Luís Fernando Patsko Nível: Intermediário Criação: 22/02/2006 Última versão: 18/12/2006 TUTORIAL Fonte Estabilizada de 5 Volts Autor: Luís Fernando Patsko Nível: Intermediário Criação: 22/02/2006 Última versão: 18/12/2006 PdP Pesquisa e Desenvolvimento de Produtos http://www.maxwellbohr.com.br

Leia mais

Recuperação. Células tecidos órgãos sistemas. - As células são as menores unidades vivas e são formadas por três regiões:

Recuperação. Células tecidos órgãos sistemas. - As células são as menores unidades vivas e são formadas por três regiões: Recuperação Capítulo 01 - Níveis de organização Células tecidos órgãos sistemas - As células são as menores unidades vivas e são formadas por três regiões: A- Membrana Plasmática - Revestimento da célula;

Leia mais

Exercícios de Citoplasma e organelas

Exercícios de Citoplasma e organelas Exercícios de Citoplasma e organelas Material de apoio do Extensivo 1. (PUC) No interior da célula, o ATP produzido em um processo (I) é utilizado na síntese de enzimas digestivas (II) e no mecanismo de

Leia mais

IESA-ESTUDO DIRIGIDO 1º SEMESTRE 8º ANO - MANHÃ E TARDE- DISCIPLINA: CIÊNCIAS PROFESSORAS: CELIDE E IGNÊS. Aluno(a): Turma:

IESA-ESTUDO DIRIGIDO 1º SEMESTRE 8º ANO - MANHÃ E TARDE- DISCIPLINA: CIÊNCIAS PROFESSORAS: CELIDE E IGNÊS. Aluno(a): Turma: IESA-ESTUDO DIRIGIDO 1º SEMESTRE 8º ANO - MANHÃ E TARDE- DISCIPLINA: CIÊNCIAS PROFESSORAS: CELIDE E IGNÊS Aluno(a): Turma: Querido (a) aluno (a), Este estudo dirigido foi realizado para que você revise

Leia mais

Disciplina: FISIOLOGIA CELULAR CONTROLE DA HOMEOSTASE, COMUNICAÇÃO E INTEGRAÇÃO DO CORPO HUMANO (10h)

Disciplina: FISIOLOGIA CELULAR CONTROLE DA HOMEOSTASE, COMUNICAÇÃO E INTEGRAÇÃO DO CORPO HUMANO (10h) Ementário: Disciplina: FISIOLOGIA CELULAR CONTROLE DA HOMEOSTASE, COMUNICAÇÃO E INTEGRAÇÃO DO CORPO HUMANO (10h) Ementa: Organização Celular. Funcionamento. Homeostasia. Diferenciação celular. Fisiologia

Leia mais

- Nosso corpo é formado por inúmeras estruturas macro e microscópicas;

- Nosso corpo é formado por inúmeras estruturas macro e microscópicas; CAPÍTULO 01 A CÉLULA - Nosso corpo é formado por inúmeras estruturas macro e microscópicas; - O funcionamento interligado e harmonioso dessas estruturas mantém o corpo vivo, em funcionamento; A ORGANIZAÇÃO

Leia mais

Unidade 1 Adaptação e Lesão Celular

Unidade 1 Adaptação e Lesão Celular DISCIPLINA DE PATOLOGIA Prof. Renato Rossi Jr Unidade 1 Adaptação e Lesão Celular Objetivo da Unidade: Identificar e compreender os mecanismos envolvidos nas lesões celulares reversíveis e irreversíveis.

Leia mais

SISTEMAS OPERACIONAIS CAPÍTULO 3 CONCORRÊNCIA

SISTEMAS OPERACIONAIS CAPÍTULO 3 CONCORRÊNCIA SISTEMAS OPERACIONAIS CAPÍTULO 3 CONCORRÊNCIA 1. INTRODUÇÃO O conceito de concorrência é o princípio básico para o projeto e a implementação dos sistemas operacionais multiprogramáveis. O sistemas multiprogramáveis

Leia mais

A patroa quer emagrecer

A patroa quer emagrecer A patroa quer emagrecer A UU L AL A Andando pela rua, você passa em frente a uma farmácia e resolve entrar para conferir seu peso na balança. E aí vem aquela surpresa: uns quilinhos a mais, ou, em outros

Leia mais

Regulação do metabolismo do glicogênio

Regulação do metabolismo do glicogênio Regulação do metabolismo do glicogênio A U L A 27 objetivos Ao final desta aula, você deverá ser capaz de: Aprender sobre as vias de regulação do metabolismo de glicogênio. Reforçar os conceitos adquiridos

Leia mais

Hoje estudaremos a bioquímica dos ácidos nucléicos. Acompanhe!

Hoje estudaremos a bioquímica dos ácidos nucléicos. Acompanhe! Aula: 2 Temática: Ácidos Nucléicos Hoje estudaremos a bioquímica dos ácidos nucléicos. Acompanhe! Introdução: Os ácidos nucléicos são as moléculas com a função de armazenamento e expressão da informação

Leia mais

Ciclo do Ácido Cítrico

Ciclo do Ácido Cítrico Ciclo do Ácido Cítrico Estágio final do metabolismo dos carboidratos, lipídeos e aminoácidos Ciclo Oxidativo - requer O2 Também conhecido como ciclo de Krebs Homenagem a Hans Krebs quem primeiro o descreveu

Leia mais

Questão 89. Questão 91. Questão 90. alternativa A. alternativa E

Questão 89. Questão 91. Questão 90. alternativa A. alternativa E Questão 89 O esquema representa o sistema digestório humano e os números indicam alguns dos seus componentes. Nível de açúcar no sangue mg/100ml 200 150 100 50 B A 0 1 2 3 4 5 Número de horas após a alimentação

Leia mais

UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ ÁREA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE CURSO DE FISIOTERAPIA CIÊNCIAS MORFOLÓGICAS II

UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ ÁREA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE CURSO DE FISIOTERAPIA CIÊNCIAS MORFOLÓGICAS II UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ ÁREA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE CURSO DE FISIOTERAPIA CIÊNCIAS MORFOLÓGICAS II Respiração Celular 1º estágio: GLICÓLISE 2º estágio: CK Ciclo de Krebs 3º estágio:

Leia mais

Dra. Kátia R. P. de Araújo Sgrillo. sgrillo.ita@ftc.br

Dra. Kátia R. P. de Araújo Sgrillo. sgrillo.ita@ftc.br Dra. Kátia R. P. de Araújo Sgrillo sgrillo.ita@ftc.br A glicólise é provavelmente a via bioquímica mais bem compreendida. Desempenha uma função central no metabolismo energético, fornecendo uma porção

Leia mais

ALUNO(a): Observe o esquema a seguir, no qual I e II representam diferentes estruturas citoplasmáticas.

ALUNO(a): Observe o esquema a seguir, no qual I e II representam diferentes estruturas citoplasmáticas. GOIÂNIA, / / 2015 PROFESSOR: DISCIPLINA: SÉRIE: 3º ano ALUNO(a): Lista de Exercícios NOTA: No Anhanguera você é + Enem Questão 01) Observe o esquema a seguir, no qual I e II representam diferentes estruturas

Leia mais

As bactérias operárias

As bactérias operárias A U A UL LA As bactérias operárias Na Aula 47 você viu a importância da insulina no nosso corpo e, na Aula 48, aprendeu como as células de nosso organismo produzem insulina e outras proteínas. As pessoas

Leia mais

Glândulas endócrinas:

Glândulas endócrinas: SISTEMA ENDOCRINO Glândulas endócrinas: Funções: Secreções de substâncias (hormônios) que atuam sobre célula alvo Regulação do organismo (homeostase) Hormônios: Substâncias químicas que são produzidas

Leia mais

METABOLISMO ENERGÉTICO: RESPIRAÇÃO CELULAR E FERMENTAÇÃO

METABOLISMO ENERGÉTICO: RESPIRAÇÃO CELULAR E FERMENTAÇÃO METABOLISMO ENERGÉTICO: RESPIRAÇÃO CELULAR E FERMENTAÇÃO Mitocôndria - Organela em forma de grão ou bastonete. É formada por duas membranas: a mais interna forma uma série de dobras ou septos chamados

Leia mais

Células A (25%) Glucagon Células B (60%) Insulina Células D (10%) Somatostatina Células F ou PP (5%) Polipeptídeo Pancreático 1-2 milhões de ilhotas

Células A (25%) Glucagon Células B (60%) Insulina Células D (10%) Somatostatina Células F ou PP (5%) Polipeptídeo Pancreático 1-2 milhões de ilhotas Instituto Biomédico Departamento de Fisiologia e Farmacologia Disciplina: Fisiologia II Curso: Medicina Veterinária Pâncreas Endócrino Prof. Guilherme Soares Ilhotas Células A (25%) Glucagon Células B

Leia mais

EXERCÍCIOS DE REVISÃO CITOPLASMA E METABOLISMO

EXERCÍCIOS DE REVISÃO CITOPLASMA E METABOLISMO Componente Curricular: Biologia Professor: Leonardo Francisco Stahnke Aluno(a): Turma: Data: / /2015 EXERCÍCIOS DE REVISÃO CITOPLASMA E METABOLISMO 1. A respeito da equação ao lado, que representa uma

Leia mais

ORGANELAS CITOPLASMÁTICAS. Prof. Emerson

ORGANELAS CITOPLASMÁTICAS. Prof. Emerson ORGANELAS CITOPLASMÁTICAS Prof. Emerson Algumas considerações importantes: Apesar da diversidade, algumas células compartilham ao menos três características: São dotadas de membrana plasmática; Contêm

Leia mais

INTRODUÇÃO À FISIOLOGIA. Profª. Juliana Delatim Simonato Rocha Lab. de Ecofisiologia Animal LEFA - CIF/CCB

INTRODUÇÃO À FISIOLOGIA. Profª. Juliana Delatim Simonato Rocha Lab. de Ecofisiologia Animal LEFA - CIF/CCB INTRODUÇÃO À FISIOLOGIA Profª. Juliana Delatim Simonato Rocha Lab. de Ecofisiologia Animal LEFA - CIF/CCB 1 Fisiologia é... Literalmente... Conhecimento da natureza O estudo do funcionamento dos organismos

Leia mais

RESENHA: Novas perspectivas na luta contra a dependência química provocada pela cocaína.

RESENHA: Novas perspectivas na luta contra a dependência química provocada pela cocaína. RESENHA: Novas perspectivas na luta contra a dependência química provocada pela cocaína. FONTE: Yao, L. et al. (2010) Nature Medicine 16 (9), 1024. Contribuição de Rodolfo do Couto Maia (Doutorando do

Leia mais

Metabolismo de carboidratos II

Metabolismo de carboidratos II Metabolismo de carboidratos II A U L A 16 objetivos Ao final desta aula, você deverá ser capaz de: Entender os processos de oxirredução dos componentes da cadeia transportadora de elétrons. Compreender

Leia mais

INTERAÇÃO DOS RAIOS-X COM A MATÉRIA

INTERAÇÃO DOS RAIOS-X COM A MATÉRIA INTERAÇÃO DOS RAIOS-X COM A MATÉRIA RAIOS-X + MATÉRIA CONSEQUÊNCIAS BIOLÓGICAS EFEITOS DAZS RADIAÇÕES NA H2O A molécula da água é a mais abundante em um organismo biológico, a água participa praticamente

Leia mais

Por outro lado, na avaliação citológica e tecidual, o câncer tem seis fases, conhecidas por fases biológicas do câncer, conforme se segue:

Por outro lado, na avaliação citológica e tecidual, o câncer tem seis fases, conhecidas por fases biológicas do câncer, conforme se segue: 8 - O câncer também tem fases de desenvolvimento? Sim, o câncer tem fases de desenvolvimento que podem ser avaliadas de diferentes formas. Na avaliação clínica feita por médicos é possível identificar

Leia mais

3ªsérie B I O L O G I A

3ªsérie B I O L O G I A 3.1 QUESTÃO 1 Três consumidores, A, B e C, compraram, cada um deles, uma bebida em embalagem longa vida, adequada às suas respectivas dietas. As tabelas abaixo trazem informações nutricionais sobre cada

Leia mais

Todos sabemos a importância de uma boa noite de sono. O que nem todos sabem é que alternância entre o dormir e estar acordado resulta da ação

Todos sabemos a importância de uma boa noite de sono. O que nem todos sabem é que alternância entre o dormir e estar acordado resulta da ação QUÍMICA DO SONO Todos sabemos a importância de uma boa noite de sono. O que nem todos sabem é que alternância entre o dormir e estar acordado resulta da ação combinada de diversas substâncias químicas

Leia mais

CITOPLASMA. Características gerais 21/03/2015. Algumas considerações importantes: 1. O CITOPLASMA DAS CÉLULAS PROCARIÓTICAS

CITOPLASMA. Características gerais 21/03/2015. Algumas considerações importantes: 1. O CITOPLASMA DAS CÉLULAS PROCARIÓTICAS CITOPLASMA Algumas considerações importantes: Apesar da diversidade, algumas células compartilham ao menos três características: Biologia e Histologia São dotadas de membrana plasmática; Contêm citoplasma

Leia mais

Ficha Informativa da Área dos Conhecimentos

Ficha Informativa da Área dos Conhecimentos Ficha Informativa da Área dos Conhecimentos 1 Organização das Aulas Uma aula de Educação Física é composta por três partes sequenciais, cada uma com objetivos específicos. 1.1 Parte Inicial A parte inicial

Leia mais

Metabolismo de Lipídeos. Profa. Alana Cecília

Metabolismo de Lipídeos. Profa. Alana Cecília Metabolismo de Lipídeos Profa. Alana Cecília Lipídeos Catabolismo A oxidação dos ácidos graxos é a principal fonte de energia no catabolismo de lipídeos; os lipídeos esteróis (esteróides que possuem um

Leia mais

REGISTRO: Isento de Registro no M.S. conforme Resolução RDC n 27/10. CÓDIGO DE BARRAS N : 7898171287947(Frutas vermelhas) 7898171287954(Abacaxi)

REGISTRO: Isento de Registro no M.S. conforme Resolução RDC n 27/10. CÓDIGO DE BARRAS N : 7898171287947(Frutas vermelhas) 7898171287954(Abacaxi) Ficha técnica CHÁ VERDE COM CÓLAGENO, VITAMINA C E POLIDEXTROSE Pó para Preparo de Bebida a Base de Chá Verde, com Colágeno hidrolisado, vitamina C e polidextrose Sabor Abacaxi e frutas vermelhas REGISTRO:

Leia mais

Princípios moleculares dos processos fisiológicos

Princípios moleculares dos processos fisiológicos 2012-04-30 UNIVERSIDADE AGOSTINHO NETO FACULDADE DE CIÊNCIAS DEI-BIOLOGIA ---------------------------------------------- Aula 5: Princípios moleculares dos processos fisiológicos (Fisiologia Vegetal, Ano

Leia mais

Bolsa limitada por duas membranas semelhantes à membrana plasmática. A interna forma uma série de dobras ou septos, as cristas mitocondriais, entre

Bolsa limitada por duas membranas semelhantes à membrana plasmática. A interna forma uma série de dobras ou septos, as cristas mitocondriais, entre Bolsa limitada por duas membranas semelhantes à membrana plasmática. A interna forma uma série de dobras ou septos, as cristas mitocondriais, entre as quais há uma solução gelatinosa, a matriz mitocondrial.

Leia mais

Curso superior em Agronomia GESA- Grupo de estudo em solos agrícolas Absorção de nutrientes e Fotossíntese Bambuí-MG 2009 Alunas: Erica Marques Júlia Maluf É o processo pelo qual a planta sintetiza compostos

Leia mais

Sistema Endócrino: controle hormonal

Sistema Endócrino: controle hormonal Sistema Endócrino: controle hormonal Todos os processos fisiológicos estudados até agora, como digestão, respiração, circulação e excreção, estão na dependência do sistema que fabrica os hormônios. O sistema

Leia mais

Sistema Endócrino Sistema Endócrino Sistema Endócrino Sistema Endócrino Sistema Endócrino Sistema Endócrino Mensagem Química: Hormônios Os hormônios são substâncias químicas liberadas na corrente sanguínea

Leia mais

Questões complementares

Questões complementares Questões complementares 1. Definir célula e os tipos celulares existentes. Caracterizar as diferenças existentes entre os tipos celulares. 2. Existe diferença na quantidade de organelas membranares entre

Leia mais

FLUXO DE ENERGIA E CICLOS DE MATÉRIA

FLUXO DE ENERGIA E CICLOS DE MATÉRIA FLUXO DE ENERGIA E CICLOS DE MATÉRIA Todos os organismos necessitam de energia para realizar as suas funções vitais. A energia necessária para a vida na Terra provém praticamente toda do sol. Contudo,

Leia mais

Sistema Endócrino É UM SISTEMA SOFISTICADO E SENSÍVEL FORMADO POR VÁRIOS ÓRGÃOS OU

Sistema Endócrino É UM SISTEMA SOFISTICADO E SENSÍVEL FORMADO POR VÁRIOS ÓRGÃOS OU SISTEMA ENDRÓCRINO Sistema Endócrino É UM SISTEMA SOFISTICADO E SENSÍVEL FORMADO POR VÁRIOS ÓRGÃOS OU GLÂNDULAS DIFERENTES QUE SECRETAM HORMÔNIOS. OS HORMÔNIOS SÃO MENSAGEIROS QUÍMICOS,GERALMENTE TRANSPORTADOS

Leia mais

BANCO DE QUESTÕES - BIOLOGIA - 1ª SÉRIE - ENSINO MÉDIO ==============================================================================================

BANCO DE QUESTÕES - BIOLOGIA - 1ª SÉRIE - ENSINO MÉDIO ============================================================================================== PROFESSOR: Leonardo Mariscal BANCO DE QUESTÕES - BIOLOGIA - 1ª SÉRIE - ENSINO MÉDIO ============================================================================================== Assunto: Organelas citoplasmáticas

Leia mais

EXAME DE BIOLOGIA Prova de Acesso - Maiores 23 Anos (21 de Abril de 2009)

EXAME DE BIOLOGIA Prova de Acesso - Maiores 23 Anos (21 de Abril de 2009) INSTITUTO POLITÉCNICO DE BEJA EXAME DE BIOLOGIA Prova de Acesso - Maiores 23 Anos (21 de Abril de 2009) Nome do Candidato Classificação Leia as seguintes informações com atenção. 1. O exame é constituído

Leia mais

Projeto Medicina. Dr. Onésimo Duarte Ribeiro Júnior Professor Assistente da Disciplina de Anestesiologia da Faculdade de Medicina do ABC

Projeto Medicina. Dr. Onésimo Duarte Ribeiro Júnior Professor Assistente da Disciplina de Anestesiologia da Faculdade de Medicina do ABC Projeto Medicina Dr. Onésimo Duarte Ribeiro Júnior Professor Assistente da Disciplina de Anestesiologia da Faculdade de Medicina do ABC Neurociência DIVISÃO DO SISTEMA NERVOSO Sistema Nervoso Central Sistema

Leia mais

Bases Moleculares da Obesidade e Diabetes. IGF- I System. Carlos Cas(lho de Barros

Bases Moleculares da Obesidade e Diabetes. IGF- I System. Carlos Cas(lho de Barros Bases Moleculares da Obesidade e Diabetes IGF- I System Carlos Cas(lho de Barros Visão Geral do Sistema IGF-I - É o maior mediador do crescimento intra uterino e pós natal - Receptor IGF- I crescimento

Leia mais

ZOOLOGIA E HISTOLOGIA ANIMAL

ZOOLOGIA E HISTOLOGIA ANIMAL ZOOLOGIA E HISTOLOGIA ANIMAL Sistema Endócrino Prof. Fernando Stuchi Introdução Os mensageiros químicos do corpo (hormônios) são produzidos pelas glândulas endócrinas ou glândulas de secreção interna,

Leia mais

Diminua seu tempo total de treino e queime mais gordura

Diminua seu tempo total de treino e queime mais gordura Diminua seu tempo total de treino e queime mais gordura Neste artigo vou mostrar o principal tipo de exercício para acelerar a queima de gordura sem se matar durante horas na academia. Vou mostrar e explicar

Leia mais

QUÍMICA CELULAR NUTRIÇÃO TIPOS DE NUTRIENTES NUTRIENTES ENERGÉTICOS 4/3/2011 FUNDAMENTOS QUÍMICOS DA VIDA

QUÍMICA CELULAR NUTRIÇÃO TIPOS DE NUTRIENTES NUTRIENTES ENERGÉTICOS 4/3/2011 FUNDAMENTOS QUÍMICOS DA VIDA NUTRIÇÃO QUÍMICA CELULAR PROFESSOR CLERSON CLERSONC@HOTMAIL.COM CIESC MADRE CLÉLIA CONCEITO CONJUNTO DE PROCESSOS INGESTÃO, DIGESTÃO E ABSORÇÃO SUBSTÂNCIAS ÚTEIS AO ORGANISMO ESPÉCIE HUMANA: DIGESTÃO ONÍVORA

Leia mais

MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO DECEx DEPA COLÉGIO MILITAR DE BRASÍLIA PLANO DE AULA BIOLOGIA 1º ANO/EM

MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO DECEx DEPA COLÉGIO MILITAR DE BRASÍLIA PLANO DE AULA BIOLOGIA 1º ANO/EM MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO DECEx DEPA COLÉGIO MILITAR DE BRASÍLIA Prof. Salomão profsalomao@gmail.com PLANO DE AULA BIOLOGIA 1º ANO/EM Sem Mês Início Término CH 1ª FEV 7 11 3 ASSUNTO: ASPECTOS

Leia mais

SISTEMA NERVOSO PARTE 1

SISTEMA NERVOSO PARTE 1 SISTEMA NERVOSO PARTE 1 1 TECIDO NERVOSO 1. O sistema nervoso é dividido em: SISTEMA NERVOSO CENTRAL e SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO 2. A unidade básica = célula nervosa NEURÔNIO 3. Operam pela geração de

Leia mais

Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Biologia Computacional e Sistemas. Seleção de Mestrado 2012-B

Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Biologia Computacional e Sistemas. Seleção de Mestrado 2012-B Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Biologia Computacional e Sistemas Seleção de Mestrado 2012-B INSTRUÇÕES (LEIA ATENTAMENTE ANTES DE PREENCHER A PROVA): a. Identifique sua prova unicamente com

Leia mais

Questões. Biologia Professor: Rubens Oda 24/11/2014. #VaiTerEspecífica. 1 (UEMG 2014) Considere, a seguir, a recorrência de uma heredopatia.

Questões. Biologia Professor: Rubens Oda 24/11/2014. #VaiTerEspecífica. 1 (UEMG 2014) Considere, a seguir, a recorrência de uma heredopatia. Questões 1 (UEMG 2014) Considere, a seguir, a recorrência de uma heredopatia. De acordo com o heredograma e outros conhecimentos sobre o assunto, é CORRETO afirmar que a) normalidade ocorre na ausência

Leia mais

O QUE É SER VIVO? Matéria bruta. Ser vivo vida o que existe. ou Ser in animado ativo prefixo de negação o que existe

O QUE É SER VIVO? Matéria bruta. Ser vivo vida o que existe. ou Ser in animado ativo prefixo de negação o que existe Seres Vivos O QUE É SER VIVO? Ser vivo vida o que existe Matéria bruta ou Ser in animado ativo prefixo de negação o que existe O que é vida? Em 1959 Norman Horowitz afirmou que a vida caracteriza-se por

Leia mais

Professor Fernando Stuchi M ETABOLISMO DE C ONSTRUÇÃO

Professor Fernando Stuchi M ETABOLISMO DE C ONSTRUÇÃO M ETABOLISMO DE C ONSTRUÇÃO P ROTEÍNAS P ROPRIEDADE BÁSICA São grandes moléculas (macromoléculas) constituídas por aminoácidos, através de ligações peptídicas. É o composto orgânico mais abundante no corpo

Leia mais

Tema 06: Proteínas de Membrana

Tema 06: Proteínas de Membrana Universidade Federal do Amazonas ICB Dep. Morfologia Disciplina: Biologia Celular Aulas Teóricas Tema 06: Proteínas de Membrana Prof: Dr. Cleverson Agner Ramos Proteínas de Membrana Visão Geral das Proteínas

Leia mais

SEGREDOS DO MUNDO DA QUÍMICA: OS MISTERIOSOS RADICAIS LIVRES

SEGREDOS DO MUNDO DA QUÍMICA: OS MISTERIOSOS RADICAIS LIVRES Universidade de Évora Departamento de Química Vânia Pais Aluna do Curso de Mestrado em Química Aplicada SEGREDOS DO MUNDO DA QUÍMICA: OS MISTERIOSOS RADICAIS LIVRES Com o passar dos anos, o aumento da

Leia mais

As membranas são os contornos das células, compostos por uma bicamada lipídica

As membranas são os contornos das células, compostos por uma bicamada lipídica Células e Membranas As membranas são os contornos das células, compostos por uma bicamada lipídica Organelas são compartimentos celulares limitados por membranas A membrana plasmática é por si só uma organela.

Leia mais

Nº 1 8º ANO Nº 1. Colégio A. LIESSIN Scholem Aleichem 12 www.liessin.com.br. Colégio A. LIESSIN Scholem Aleichem 1 www.liessin.com.

Nº 1 8º ANO Nº 1. Colégio A. LIESSIN Scholem Aleichem 12 www.liessin.com.br. Colégio A. LIESSIN Scholem Aleichem 1 www.liessin.com. 2015 Nº 1 8º ANO Nº 1 Colégio A. LIESSIN Scholem Aleichem 12 www.liessin.com.br Colégio A. LIESSIN Scholem Aleichem 1 www.liessin.com.br MATEMÁTICA I O pensamento é uma coisa à-toa, mas como é que a gente

Leia mais

PlanetaBio Resolução de Vestibulares UFRJ 2007 www.planetabio.com

PlanetaBio Resolução de Vestibulares UFRJ 2007 www.planetabio.com 1-O gráfico a seguir mostra como variou o percentual de cepas produtoras de penicilinase da bactéria Neisseria gonorrhoeae obtidas de indivíduos com gonorréia no período de 1980 a 1990. A penicilinase

Leia mais

Sistema Muscular. Elementos de Anatomia e Fisiologia Humana

Sistema Muscular. Elementos de Anatomia e Fisiologia Humana Os ossos e as articulações fornecem a estrutura e o suporte do corpo humano mas, por si só, não conseguem mover o corpo. O movimento depende do sistema muscular e, é conseguido pela contracção e relaxamento

Leia mais

EXERCÍCIOS ON LINE DE CIÊNCIAS 8 AN0

EXERCÍCIOS ON LINE DE CIÊNCIAS 8 AN0 EXERCÍCIOS ON LINE DE CIÊNCIAS 8 AN0 1- Que órgão do sistema nervoso central controla nosso ritmo respiratório? Bulbo 2- Os alvéolos são formados por uma única camada de células muito finas. Explique como

Leia mais

Professor Antônio Ruas

Professor Antônio Ruas Universidade Estadual do Rio Grande do Sul Curso Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental Componente curricular: BIOLOGIA APLICADA Aula 3 Professor Antônio Ruas 1. Assuntos: Introdução à história geológica

Leia mais

Lição 3. Instrução Programada

Lição 3. Instrução Programada Lição 3 É IMPORTANTE A ATENTA LEITURA DAS INSTRUÇÕES FORNECIDAS NAS LIÇÕES 1 e 2. NOSSO CURSO NÃO SE TRATA DE UM CURSO POR COR RESPONDENCIA; NÃO NOS DEVERÃO SER MAN- DADAS FOLHAS COM AS QUESTÕES PARA SEREM

Leia mais

Teoria e Prática do Treinamento Aplicada na Corrida de Rua

Teoria e Prática do Treinamento Aplicada na Corrida de Rua Teoria e Prática do Treinamento Aplicada na Corrida de Rua Prof. Ricardo Freitas M.Sc. CREF 008822-G/MG. Formação Acadêmica Atuação Profissional Linha de Pesquisa E-mail: ricardo.dias@upe.pe.gov.br www.lifegroup.com.br

Leia mais

Excreção. Manutenção do equilíbrio de sal, água e remoção de excretas nitrogenadas.

Excreção. Manutenção do equilíbrio de sal, água e remoção de excretas nitrogenadas. Fisiologia Animal Excreção Manutenção do equilíbrio de sal, água e remoção de excretas nitrogenadas. Sistema urinario Reabsorção de açucar, Glicose, sais, água. Regula volume sangue ADH: produzido pela

Leia mais

3. Arquitetura Básica do Computador

3. Arquitetura Básica do Computador 3. Arquitetura Básica do Computador 3.1. Modelo de Von Neumann Dar-me-eis um grão de trigo pela primeira casa do tabuleiro; dois pela segunda, quatro pela terceira, oito pela quarta, e assim dobrando sucessivamente,

Leia mais

Metabolismo de Carboidratos. Profa.Dra. Leticia Labriola Abril 2012

Metabolismo de Carboidratos. Profa.Dra. Leticia Labriola Abril 2012 Metabolismo de Carboidratos. Profa.Dra. Leticia Labriola Abril 2012 Oxidação Completa da Glicose C 6 H 12 O 6 + 6O 2 + 36-38ADP + 36-38 P i 6CO 2 + 6H 2 O + 36-38ATP Via glicolítica gastou: 1 glicose,

Leia mais