ANÁLISE DE PARÂMETROS ESPECTRAIS DA VOZ EM CRIANÇAS SAUDÁVEIS DE 4 A 8 ANOS

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "ANÁLISE DE PARÂMETROS ESPECTRAIS DA VOZ EM CRIANÇAS SAUDÁVEIS DE 4 A 8 ANOS"

Transcrição

1 Flávia Viegas de Andrade ANÁLISE DE PARÂMETROS ESPECTRAIS DA VOZ EM CRIANÇAS SAUDÁVEIS DE 4 A 8 ANOS Dissertação apresentada ao curso de pósgraduação em Fonoaudiologia da Universidade Veiga de Almeida, como requisito parcial para a obtenção do grau de Mestre. Orientadora: Profª Dra. Heidi Elisabeth Baeck Rio de Janeiro 2009

2 UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA SISTEMA DE BIBLIOTECAS Rua Ibituruna, 108 Maracanã Rio de Janeiro RJ Tel.: (21) Fax.: (21) FICHA CATALOGRÁFICA A553a FICHA Andrade, CATALOGRÁFICA Flávia Viegas de Análise de parâmetros espectrais da voz em crianças saudáveis de 4 a 8 anos/ Flávia Viegas de Andrade, p. ; 30 cm. Dissertação (Mestrado) Universidade Veiga de Almeida, Mestrado em Fonoaudiologia, Rio de Janeiro, Orientação: Heidi Elisabeth Baeck 1. Crianças - voz. 2. Acústica da fala. I. Baeck, Heidi Elisabeth. (orientador). II. Universidade Veiga de Almeida, Mestrado em Fonoaudiologia. III. Título. CDD DeCS Ficha Catalográfica elaborada pela Biblioteca Setorial Tijucal/UVA

3 FLÁVIA VIEGAS DE ANDRADE ANÁLISE DE PARÂMETROS ESPECTRAIS DA VOZ EM CRIANÇAS SAUDÁVEIS DE 4 A 8 ANOS. Dissertação apresentada ao curso de pós-graduação em Fonoaudiologia da Universidade Veiga de Almeida, como requisito parcial para a obtenção do grau de Mestre. Aprovada em 07 de agosto de BANCA EXAMINADORA Prof a. Heidi Elisabeth Baeck, D. Sc. Universidade Veiga de Almeida UVA/RJ Prof. Ciríaco Cristovão Tavares Atherino, D. Sc. Universidade Veiga de Almeida UVA/RJ Prof. Domingos Sávio Ferreira de Oliveira, D. Sc. Universidade Veiga de Almeida UVA/RJ Prof a. Zuleica Antonia de Camargo, D. Sc. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC/SP ii

4 Esta pesquisa não poderia ter sido realizada se não a colaboração e amor incondicionais de meus queridos pais, irmã gêmea e noivo. iii

5 Meus profundos agradecimentos A Deus e a todos os espíritos de luz que me acompanham, por me darem saúde e força para realização deste estudo. Aos meus amados pais, Norma e Hélio, que estão sempre presentes e, cuja formação que me proporcionaram, ajudou a trilhar meu caminho até aqui. À minha querida irmã gêmea e fonoaudióloga, Danieli, por estar sempre ao meu lado e trilhar sua trajetória dentro da fonoaudiologia junto comigo. Ao meu querido noivo, Marcos, pelo amor incondicional e paciência nas diversas horas em que estive ausente. À Profa. Dra. Heidi Elisabeth Baeck por me incentivar com seus conhecimentos de engenharia aplicados à análise acústica de voz e por todo apoio, dedicação e disposição em toda trajetória de elaboração deste trabalho. Ao Prof. Dr. Ciríaco Cristovão Tavares Atherino por todo carinho e disposição em todos os momentos. Agradeço com imenso carinho À Profa. Dra. Sílvia Maria Rebelo Pinho, por ter me conquistado desde sua primeira aula e, pelo incentivo constante em basear meu raciocínio clínico na fisiologia vocal. À Profa. Dra. Zuleica Camargo, por me ajudar a percorrer o fascinante mundo da análise acústica da voz. iv

6 Agradeço ainda Ao Prof. Dr. Domingos Sávio Ferreira de Oliveira pelas sugestões feitas na banca de qualificação deste trabalho e ao professor Dr. John Van Borsel pelo auxílio na documentação da viagem até a Universidade de Ghent, na Bélgica, durante o curso de mestrado. À toda equipe da Policlínica Maria Cristina Roma Paugartten e às equipes de professores e direção das escolas pelo encaminhamento das crianças e grande parceria formada. Às amigas da turma de mestrado pelo companheirismo, apoio e entusiasmo com que me acompanharam por todo o curso. Às crianças e seus responsáveis por permitirem a realização deste trabalho. v

7 Um cientista precisa manter a veneração pelo desconhecido. Se perder esse frescor, vai com ele a flexibilidade que faz a criação científica. Marcelo Gleiser vi

8 RESUMO A presente pesquisa teve como objetivo investigar parâmetros espectrais descritivos da voz de crianças saudáveis entre quatro e oito anos. Foram selecionadas 207 crianças sem transtornos da expressão oral, de ambos os sexos, divididas por faixa etária. Os sinais de fala foram obtidos a partir das gravações de sentenças-veículo. Foram selecionados segmentos das sete vogais orais do português falado no Brasil em posição tônica para a estimação das medidas de frequência fundamental (f 0 ) e frequências dos formantes (F 1, F 2 e F 3 ). Foi ainda estimada a largura de banda de F 1 da vogal [i]. O recorte e processamento dos sinais foram realizados com o auxílio do software Praat. Os achados mostraram valores médios de cada parâmetro investigado, sendo observado um decréscimo na frequência fundamental e nas frequências dos formantes com o aumento da idade. A idade de seis anos foi apontada como determinante para as mudanças acústicas das vocalizações infantis. Diferenças de gênero, no qual o sexo feminino tende a mostrar freqüências mais elevadas também foram apontadas. O presente estudo refere-se a uma investigação ampla, diferenciada em termos número de vogais investigadas e número de crianças participantes e, portanto, os valores paramétricos apontados consistem em uma importante contribuição para a língua portuguesa falada no Brasil. Palavras-chave: análise acústica, processamento digital, crianças vii

9 ABSTRACT The aim of this study was to investigate spectral parameters on voices of healthy children between four and eight years old. Two hundred and seven children of both genders without speech or voice disorders were selected and separated by age groups. Recordings were obtained from carrier phrases and segments of the seven oral vowels of Brazilian Portuguese in the stressed syllable were selected to estimate the fundamental frequency (f 0 ) and the frequencies of the first three formants (F 1, F 2 e F 3 ), and also the bandwidth of F 1 of vowel [i]. Software Praat was used to cut and process these recordings. Our findings showed medium values for each parameter investigated and we observed that the formant frequency and fundamental frequency values decreased as age increased. We pointed out that acoustical changes on voice of children can be determinate at the age of six years old. We found gender differences which females presented higher frequencies in these parameters. The present study refers to a wide investigation which differs from others in number of vowels investigated and number of subjects. For this reason, these parametric values consist in an important contribution to the Portuguese language spoken in Brazil Key Words: acoustic analysis, digital processing, children viii

10 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO, p OBJETIVO, p FUNDAMENTOS TEÓRICOS, p PROCESSAMENTO DIGITAL DO SINAL, p PARÂMETROS DESCRITIVOS DA VOZ, p Frequência fundamental e frequências dos formantes, p Largura de banda, p TRATO VOCAL INFANTIL, p REVISÃO DA LITERATURA, p A VOZ ENQUANTO OBJETO DE PESQUISA, p A VOZ INFANTIL, p O ESTADO DA ARTE, p METODOLOGIA, p CASUÍSTICA, p MATERIAIS, p Materiais de seleção de participantes, p Materiais de aquisição e análise de dados, p.32 ix

11 5.3. PROCEDIMENTOS, p Procedimentos de seleção dos participantes, p Aquisição de Dados, p Processamento de Sinais, p Análise estatística, p RESULTADOS, p DISCUSSÃO, p MEDIDAS DOS PARÂMETROS ESPECTRAIS, p DIFERENÇAS ENTRE FAIXAS ETÁRIAS E GÊNEROS, p CONCLUSÃO, p.61 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS, p.62 ANEXO, p.67 (A) Escala RASATI, p.67 APÊNDICES, p.64 (A) Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, p.68 (B) Roteiro de Avaliação do Sistema Ressonantal, p.71 x

12 11 1. INTRODUÇÃO A voz sempre exerceu fascínio em seus estudiosos, sendo por vezes, considerada um mistério a ser desvendado. Assim como comumente ocorre na ciência, avanços tecnológicos representaram marcos na evolução da pesquisa de voz. Em 1877 Thomas Edison fez o que é mundialmente reconhecida como a primeira gravação da voz humana, embora, recentemente, já se discuta a possibilidade deste feito ter sido realizado 17 anos antes (em abril de 1860), por um parisiense pouco conhecido, Édouard-Léon Scott de Martinville (The New York Times, Nov 2008). A possibilidade de registrar vozes e produzi-las tantas vezes quanto necessário introduziu um importante fator de confiabilidade aos resultados obtidos na pesquisa da voz humana. O século XX marca o período moderno da avaliação da voz. Avaliações vocais que eram realizadas com base exclusivamente na percepção auditiva do avaliador, passaram a contar com o auxílio de equipamentos capazes de relacionar diferentes características do som. Os oscilógrafos, a partir da década de 1920, possibilitaram observar a amplitude do som em função do tempo, enquanto os espectrógrafos analógicos, a partir de 1940, auxiliaram a determinar a composição de frequências do som (BEHLAU e col., 2001). Ambos contribuíram significativamente para o desenvolvimento da avaliação do som da voz, porém tornaram-se obsoletos após o surgimento da avaliação computadorizada (JOTZ e col., 2001). Um dos mais importantes avanços ocorreu em 1970, com a introdução do processamento digital de sinais. Sistemas baseados em circuitos analógicos de tempo contínuo passaram a ser

13 12 implementados através de sistemas digitais de tempo discreto (MITRA, 2001). Os computadores passaram a produzir espectrogramas semelhantes aos espectrógrafos, porém com diversas vantagens, tais como a visualização do gráfico na tela do computador e o armazenamento digital, além do significativo incremento na velocidade e confiabilidade de obtenção dos parâmetros acústicos (BEHLAU e col., 2001). Atualmente a avaliação da voz é basicamente realizada de duas formas: avaliação perceptivo-auditiva e avaliação espectrográfica computadorizada. A avaliação perceptivoauditiva, por vezes denominada análise psicoacústica (JOTZ e col., 2001), se caracteriza por não utilizar qualquer ferramenta além da sensibilidade auditiva. Capaz de avaliar detalhes de sonoridade, em termos metodológicos, a subjetividade inerente a este tipo de avaliação vocal pode ser considerada uma desvantagem. A avaliação perceptivo-auditiva é amplamente utilizada na prática clínica fonoaudiológica e é base para seleção de amostras em diversas pesquisas relativamente recentes (DORNELLES e col.; 2001; CARRARA-DE-ANGELIS e col.; 2001; BENETON e col.; 2004; CORAZZA e col.; 2004; NEMR e col.; 2005). A análise espectrográfica tem relevância e aplicabilidade indiscutíveis, porém não deixa de impor certo grau de subjetividade à avaliação vocal, uma vez que a leitura dos espectrogramas depende do avaliador que, necessariamente, deve apresentar um considerável grau de conhecimento específico (CARRARA-DE-ANGELIS e col., 2001). A partir de 1980, além do método matemático de estimação espectral que gera o espectrograma (Short Time Fourier Transformer STFT / Fast Fourier Transformer FFT), outros estimadores espectrais (como o Linear Predictive Coding - LPC) e diversos algoritmos de extração de parâmetros acústicos (KENT e READ, 1996) ampliaram a análise acústica da voz. Abriu-se, portanto, a possibilidade de realizar análises vocais exclusivamente quantitativas, resultando em valores numéricos promediados. A objetividade concedida por estes métodos viabiliza o uso dos parâmetros acústicos obtidos em sistemas de

14 13 reconhecimento automático de padrões vocais (BAECK e SOUZA, 2003; 2004). Sistemas estes, que consistem na base do desenvolvimento de ferramentas de auxílio diagnóstico e terapêutico. Apesar da diversidade nas formas de avaliação vocal e da extensa possibilidade de aplicação das mesmas, pode ser observada na literatura uma tendência de se investigar parâmetros espectrográficos em uma população predominantemente adulta (PETERSON e BARNEY, 1952; BEHLAU, 1984; BEHLAU e col.; 1988; ANDRIANOPOULOS e col., 2001; NEMR e col.; 2005; GELFER e MIKOS, 2005). A população infantil é pesquisada de forma mais restrita, tanto no que se refere à quantidade de pesquisas, quanto à diversidade de parâmetros acústicos investigados. Dentre as pesquisas que investigaram a voz infantil observa-se um número maior de publicações que mostram achados referentes à fonte glótica, tais como medidas de frequência fundamental e intensidade, com seus valores absolutos e/ou índices de perturbação (NIEDZIELSKA, 2001; NIEDZIELSKA e col., 2001; WERTZNER e col., 2005, NICOLLAS e col., 2008; CAPPELLARI e CIELO, 2008, BRAGA e col., 2009; SCHOTT e col. 2009). Em número menor, algumas pesquisas apontam parâmetros descritivos do trato vocal infantil (frequências dos formantes) (BEHLAU, 1984; BEHLAU e col.; 1988; BUSBY e PLANT, 1995; HUBER e col., 1999). A amplitude dos formantes é pouco descrita na literatura de vozes infantis (HUBER e col., 1999) enquanto que medidas de banda dos formantes não foram encontradas nesta população. A relevância de se buscar a padronização de parâmetros acústicos da voz infantil pode ser apontada, no mínimo, em duas direções. A primeira refere-se ao potencial de aplicação dos padrões em questão, no campo do auxílio diagnóstico de patologias vocais na infância. A segunda está associada ao estudo das emissões orais (choro/vocalizações) em bebês. A carência, na literatura, de padrões vocais em crianças que possam dar suporte às discussões de

15 14 relação entre o comportamento evolutivo das oralizações de bebês e o desenvolvimento dos movimentos articulatórios na criança, tem sido apontada por grupos desta linha de pesquisa (ROTHGÄNGER, 2003; BAECK e SOUZA, 2007). Parece evidente a importância de se realizar pesquisas que contemplem as características acústicas da voz infantil de forma ampla, gerando resultados cada vez mais consistentes, que possam contribuir para a compreensão global do comportamento evolutivo da voz humana.

16 15 2. OBJETIVO Aplicando métodos de processamento digital de sinais, o presente estudo teve como objetivo investigar as medidas de parâmetros espectrais (frequência fundamental, frequência dos três primeiros formantes e largura de banda de F 1 da vogal [i]) descritivos da voz de crianças saudáveis entre quatro e oito anos. Com amostras significativamente mais consistentes do que aquelas até então apresentadas na literatura, pretendeu-se contribuir para a determinação de padrões acústicos vocais infantis do português brasileiro.

17 16 3. FUNDAMENTOS TEÓRICOS Os conceitos relacionados ao processamento digital do sinal, parâmetros descritivos da voz e particularidades anatômicas do trato vocal infantil consistem em pontos importantes para a compreensão do conteúdo global deste trabalho. Desta forma, tais conceitos serão adequadamente abordados neste capítulo. 3.1 PROCESSAMENTO DIGITAL DO SINAL Podem ser encontradas, na literatura da engenharia elétrica, diversas ferramentas matemáticas essencialmente de tempo contínuo, como as transformadas de Laplace e de Fourier (RABINER, 1978). Porém o advento da tecnologia digital gerou a necessidade de obter ferramentas equivalentes no tempo discreto, como as Transformada Z e a Transformada Discreta de Fourier. Os conhecimentos em torno destas e de diversas outras ferramentas foram agrupados sob o nome de Processamento Digital de Sinais (Digital Signal Processing - DSP) (NEBEKER, 1998). São relativamente numerosos os métodos de estimação espectral e algoritmos de extração de parâmetros (processados no tempo ou na frequência), aplicáveis à análise vocal. Em geral, os nomes são associados aos procedimentos do método em si ou ao pesquisador que os desenvolveu (como a Função de Autocorrelação para extração de f 0 ou o algoritmo de McCandless para extração de formantes, respectivamente).

18 PARÂMETROS DESCRITIVOS DA VOZ Os parâmetros capazes de descrever uma voz consistem nas características físicas do som desta voz. Tais características são domínio da área de conhecimento da física acústica, motivo pelo qual os parâmetros descritivos da voz são comumente denominados de parâmetros acústicos. Da mesma forma, a análise que envolve obtenção de parâmetros acústicos foi particularmente denominada de análise acústica, termo unânime na literatura correlata. É grande o número de parâmetros acústicos que podem ser estimados de um segmento vocal, porém, a busca é sempre no caminho de definir quais parâmetros, associados ou isolados, carregam informações a respeito da voz investigada. Os parâmetros temporais (processados exclusivamente no domínio do tempo) estão associados à duração, de parte ou de todo o segmento analisado, enquanto os espectrais (processados no domínio da frequência) estão associados aos componentes da onda complexa (espectro da voz). A seguir serão comentados os parâmetros investigados no presente trabalho Frequência Fundamental (f 0 ) e Frequência dos Formantes (F n ) É amplamente conhecido que a voz é resultante do som produzido na glote a partir da vibração das pregas vocais, acrescido de modificações nas cavidades de ressonância, que funcionam como um filtro atenuando e enfatizando faixas de frequências (CARRARA-DE- ANGELIS e col., 2001; PINHO, 2003). A frequência fundamental (f 0 ) e as frequências dos formantes são parâmetros clássicos que caracterizam a fonte glótica e o filtro ressonantal, respectivamente. Mais especificamente, a frequência fundamental corresponde ao componente periódico mais baixo (grave) do som produzido na glote (GOLDFIELD, 2000) e as faixas de frequência que apresentam picos de energia (determinados pelo filtro) são denominadas de formantes (Fn) (CARRARA-DE-ANGELIS e col., 2001; PINHO, 2003; GREGIO, 2006; BAECK e SOUZA, 2007).

19 18 Em geral, os três primeiros formantes são os mais relevantes para os estudos da voz, contudo, os dois primeiros, F 1 e F 2, são os que apresentam uma associação clara com a geometria do trato vocal, conferindo identidade fonética às vogais. (PINHO e CAMARGO, 2001; GREGIO, 2006; LIMA e col., 2007; MAGRI e col., 2007). A frequência do primeiro formante está relacionada ao deslocamento da língua no plano vertical (altura da língua) e com a abertura da mandíbula e a frequência do segundo formante relaciona-se ao deslocamento ântero-posterior da língua (plano horizontal) (GREGIO, 2006). O terceiro formante (F 3 ) possui relação com as duas cavidades formadas pela posição da língua, ou seja, uma cavidade atrás e outra à frente da constrição da língua (LIMA e col., 2007). No entanto, correlações com os órgãos fonoarticulatórios ainda geram controvérsia na literatura. A qualidade vocal de um indivíduo sofre influência da fonte sonora e do filtro, no entanto, frequentemente a avaliação da fonte sonora é mais contemplada pelos pesquisadores (STEFFEN e MOSCHETTI, 1997; NIEDZIELSKA, 2001; NIEDZIELSKA e col., 2001; JOTZ e col., 2001; WERTZNER e col., 2005; FELIPPE e col., 2006; BRAGA e col., 2009, SCHOTT e col., 2009) Largura de Banda A largura de banda do formante, simplesmente denominada de largura de banda ou banda de formante consiste na extensão da faixa de frequência efetiva de resposta do ressoador (MAGRI e col., 2009). Uma vez que a banda é variável em função da magnitude do formante, em uma relação inversamente proporcional, os métodos de estimação da largura de banda têm como base o intervalo entre dois pontos na envoltória espectral, que antecedem e sucedem o pico, determinados por cortes onde a intensidade decresce 3 db em relação à frequência central do formante (pico da envoltória).

20 TRATO VOCAL INFANTIL As bases anatômicas e fisiológicas da laringe infantil são relativamente pouco conhecidas se comparadas às bases da laringe adulta. No entanto, sabe-se que a laringe infantil não corresponde a uma miniatura da laringe do adulto, uma vez que existem diversas diferenças entre elas (HERSAN, 2003). O tamanho e o formato do trato vocal são fatores determinantes nas características do som a ser emitido e dependem diretamente da idade e gênero. O trato vocal infantil é mais curto que o trato vocal do adulto e, assim como nos adultos, observa-se uma diferença nas medidas de comprimento se considerado o gênero da criança. Tendo como referência o trato vocal adulto masculino, o trato infantil (oito anos) apresenta, em média, medidas 25% e 42% menores, para meninos e meninas, respectivamente. Desta forma, as frequências dos formantes são mais agudas em crianças do que em adultos, e mais agudas em meninas do que nos meninos (BEHLAU e col., 2001). Assim como o comprimento do trato vocal, o comprimento das pregas vocais infantis também mostra suas particularidades. Hersan (2003) especifica que as medidas de comprimento das pregas vocais mantêm-se bastante próximas, para ambos os gêneros, até a idade de dez anos, quando começam a se diferenciar.

21 20 4. REVISÃO DA LITERATURA 4.1 A VOZ ENQUANTO OBJETO DE PESQUISA As primeiras pesquisas de voz baseavam-se na percepção auditiva da mesma. As avaliações da qualidade vocal eram realizadas através de julgadores treinados que, na maioria das vezes, se concentravam nos aspectos glóticos e no campo das alterações vocais (CAMARGO e MADUREIRA, 2004). Embora a pesquisa sobre as alterações vocais exigisse grupos controle, ou seja, indivíduos com as estruturas laríngeas saudáveis, a investigação da voz normal era relativamente pouco enfocada. Com o surgimento de novas tecnologias de avaliação vocal (análise acústica computadorizada) a possibilidade de investigar a voz patológica com um conjunto de parâmetros sistemáticos, gerou a necessidade de se definir padrões paramétricos de normalidade, motivando diversos pesquisadores a desenvolverem estudos focados na produção da voz de indivíduos saudáveis (BUSBY e PLANT, 1995; HUBER e col., 1999; CORAZZA e col., 2004; FELLIPE e col., 2006; BAECK e SOUZA, 2007, NICOLLAS e col.; 2008, CAPPELLARI e CIELO, 2008, BRAGA e col., 2009, SCHOTT e col., 2009). O uso da espectrografia na pesquisa da voz rendeu à literatura algumas publicações fundamentais que deram luz a diversos estudos que se seguiram ao longo do tempo. Em 1952, Peterson e Barney (citados em Behlau e col.,1988) investigaram parâmetros supraglóticos, ou seja, as frequências dos três primeiros formantes de dez vogais do inglês americano em uma amostra de 76 sujeitos (61 adultos e 15 crianças). Com base nos resultados deste trabalho, os

22 21 autores elaboraram o polígono acústico das vogais do inglês e formam historicamente reconhecidos por tal contribuição. No entanto, quatro anos antes, 1948, Delattre (citado em Behlau e col.,1988) já havia apresentado um triângulo acústico das vogais do francês, elaborado com frequências dos dois primeiros formantes. Além do polígono vocálico francês, Delattre desenvolveu um trabalho notável sobre a interpretação fisiológica dos espectrogramas, relacionando as frequências dos três primeiros formantes com seus locais de configuração no trato vocal (Delattre,1951). As frequências dos dois primeiros formantes das vogais do português de Portugal foram pesquisadas por Martins, em 1971 (citado em Behlau e col.,1988) a partir das vozes normais de oito adultos do sexo masculino. Os achados de um estudo envolvendo o português do Brasil, falado na cidade de São Paulo, foram publicados em 1984 (BEHLAU, 1984). Com diversos objetivos específicos, vozes normais e/ou patológicas, aspectos glóticos e/ou supraglóticos, a partir da década de 80, cresceu o número de publicações que utilizaram a espectrografia computadorizada como ferramenta de avaliação da voz (GLAZE e col., 1988; 1990; BUSBY e PLANT, 1995; ANDRIANOPOULOS e col.; 2001; NEMR e col.; 2005). E, a partir da década de 90, surgem os trabalhos com base na estimação de parâmetros quantitativos com processamento digital de sinais e estimadores espectrais diferentes dos implementados no espectrograma (HUBER e col., 1999, BAECK e SOUZA, 2004; 2007; MAGRI e col., 2007, LIMA e col., 2007). Estas ferramentas vêm motivando pesquisadores que apresentam um interesse especial pelo caráter objetivo proporcionado por essa metodologia.

23 A VOZ INFANTIL A voz infantil foi investigada de forma mais restrita em relação ao adulto. Os primeiros estudos nesta população foram desenvolvidos na linha de estabelecer análises comparativas com a voz adulta. Já citados, Peterson e Barney, em 1952, desenvolveram um estudo que possivelmente represente um dos pioneiros no que se refere à investigação da voz infantil (amostra de 61 adultos e 15 crianças). Além da análise perceptivo-auditiva com 76 julgadores, as frequências dos três primeiros formantes das vogais da língua inglesa [a], [i], [u], [æ] foram analisadas a partir do espectrograma. A amostra de falantes infantis foi composta por 15 crianças de ambos os sexos na faixa etária de nove anos. Os resultados apontaram que as frequências dos formantes diferiram substancialmente entre os indivíduos analisados de acordo com o sexo. Eguchi e Hirsh (1969), citados em Busby e Plant (1995), pesquisaram através de análise espectrográfica, as frequências dos dois primeiros formantes de vozes de 84 crianças entre três e treze anos e adultos falantes do inglês americano. As vogais pesquisadas foram as mesmas do estudo anterior, no entanto foram utilizadas sentenças no lugar de monossílabos. O estudo mostrou decréscimo nas frequências dos formantes à medida que a idade da criança aumentou e que estas mudanças foram mais significativas para crianças menores de cinco anos e também para crianças de seis a treze anos. Os estudos que se seguiram ao longo das décadas de 80 e 90 confirmaram, em linhas gerais, tais achados, mostrando particularidades apenas nas faixas etárias. Behlau (1984) investigou as frequências dos três primeiros formantes das sete vogais orais e cinco nasais do português brasileiro a partir de espectrogramas gerados com tecnologia analógica. As vogais foram emitidas de forma isolada e sustentada por 30 crianças entre oito e doze anos e 60 adultos entre 18 a 45 anos, todos pareados por sexo. A autora apontou que não foi possível o registro espectrográfico da frequência do terceiro formante da vogal [u] em 37,7% das

24 23 emissões e apontou ainda que as relações entre as frequências de F 2 e F 1 foram praticamente constantes para todas as vogais nos dois grupos de falantes. Segundo a autora, a constância desta relação é que preserva a identidade fonética das vogais, mesmo que os valores absolutos dos formantes sejam muito diferentes entre as idades e sexo. Os valores absolutos das frequências dos formantes mostraram-se significativamente mais altos em crianças, em relação aos 60 adultos. A diferença entre os formantes apresentados por crianças e adultos foi atribuída às diferenças no tamanho do trato vocal destas populações. A autora não mencionou ter investigado, nas crianças, diferenças nos parâmetros em função do gênero. Behlau refere ter estimado também a frequência fundamental nessa mesma população, no entanto, somente da vogal [a]. Glaze e col. (1988) investigaram os efeitos da idade, sexo, estatura e peso sobre a produção vocal de 121 crianças com idades entre cinco e onze anos. A frequência fundamental, jitter, shimmer e proporção harmônico-ruído foram estimados da vogal [a] sustentada. Os autores obtiveram significância estatística na correlação entre frequência fundamental e sexo, com valores maiores para as meninas. Num estudo semelhante, envolvendo os mesmos parâmetros e faixa etária dos participantes, porém incluindo a vogal [i] e três intensidades diferentes na emissão das vogais: fraca, normal e forte, os mesmos autores investigaram uma amostra de 97 crianças (GLAZE e col., 1990). Os resultados mostraram diferenças estatisticamente significantes com o aumento da intensidade, para os quatro parâmetros investigados. Em uma abordagem que incluiu vozes patológicas, Steffen e Moschetti (1997) investigaram as medidas de jitter e shimmer em 131 crianças saudáveis e 117 disfônicas, entre seis e dez anos. Os autores concluíram que estes parâmetros não foram eficazes para determinar normalidade ou patologia vocal nestas crianças. Niedzielska e col. (2001), em oposição, referiram que jitter, shimmer, assim como os demais parâmetros investigados,

25 24 frequência fundamental (f 0 ), tremor da frequência fundamental e proporção harmônico-ruído, se revelaram parâmetros relevantes na tarefa de diferenciar vozes normais e patológicas. Neste estudo foram investigadas 46 crianças entre quatro e quatorze anos, nas condições pré e pós-tratamento de nódulos vocais. No mesmo ano, a autora investigou os mesmos parâmetros em desordens orgânicas e funcionais da voz, comparando 112 crianças portadoras de diferentes distúrbios do aparelho fonador e 31 crianças sem alterações vocais (grupo controle), com idades entre três e dezesseis anos (NIEDZIELSKA, 2001). Divergindo de suas próprias conclusões, apontadas no trabalho anterior (NIEDZIELSKA e col., 2001), os achados deste trabalho confirmaram diferença estatisticamente significante apenas para a proporção harmônico-ruído. Entre os trabalhos que priorizaram a investigação dos parâmetros acústicos supraglóticos, as autoras chinesas Yang e Mu (1989) investigaram a frequência do terceiro formante (F 3 ) da vogal [a] em indivíduos saudáveis, sendo 209 crianças entre três e doze anos (104 meninos e 105 meninas) e 40 adultos pareados por sexo. Contrariamente aos conceitos tradicionais consagrados pela literatura, os resultados deste estudo mostraram que existe uma significante diferença na frequência do terceiro formante da vogal [a] entre crianças do sexo masculino e feminino. De acordo com as autoras, esta diferença começa a se desenvolver aos três anos e se torna substancial aos seis anos de idade. Em 1995, Busby e Plant estimaram a frequência fundamental e as frequências dos três primeiros formantes do inglês australiano das vozes de 40 crianças divididas em quatro grupos: cinco, sete, nove e onze anos, sendo cinco meninos e cinco meninas em cada grupo. Os resultados mostraram que os valores da frequência fundamental decresceram com o aumento da idade, porém não foram encontradas diferenças significativas deste parâmetro entre os sexos. As frequências dos três primeiros formantes, da mesma forma, mostraram um decréscimo em função do aumento da idade, sendo este decréscimo mais consistente nas

26 25 faixas de cinco a sete anos e nove a onze anos. Frequências mais altas para meninas (diferenças entre sexos) foram observadas em F 1, para vogais [æ], [a] e [u], e em F 2 para quase todas as vogais. Gilbert e col. (1997) inovaram no que se refere à faixa etária e ao delineamento longitudinal da pesquisa. Foram investigadas as frequências dos dois primeiros formantes em vocalizações espontâneas de quatro meninos entre 15 e 36 meses de vida. As gravações foram realizadas em cinco momentos: aos 15, 18, 21, 24 e 36 meses de vida. Os resultados indicaram que tanto o F 1 quanto o F 2 permaneceram relativamente imutáveis antes dos 24 meses de vida, porém passaram a assumir um comportamento descendente entre o 24º e 36º mês. Huber e col. (1999) desenvolveram um estudo abrangente envolvendo a f 0 e as frequências e amplitudes dos três primeiros formantes em vozes de crianças e adultos falantes do inglês norte americano. Cento e oitenta indivíduos foram pareados por sexo e dispostos em grupos de 20 participantes cada, nas seguintes faixas etárias: 4,6,8,10,12,14,16,18 anos e 20 a 30 anos (adultos). A vogal [a] foi produzida três vezes por cada sujeito e as frequências dos formantes foram obtidas através da análise de LPC (Linear Predictive Coding). As amplitudes dos formantes foram medidas pela mais alta amplitude harmônica na área de cada formante. Os resultados mostraram que a frequência do primeiro formante aumenta com a intensidade e muda em função da idade e do sexo. As frequências de F 2 e F 3 mudam em função da idade e do sexo. As amplitudes dos formantes seguiram as tendências das diferenças de níveis de pressão sonora e não apresentaram mudanças em função do sexo e idade. A f 0 diminuiu com o aumento da idade. Lee e col. (1999) analisaram a variabilidade da duração, da frequência fundamental, das frequências dos formantes e do envelope espectral em função do sexo e idade. Participaram do estudo 436 crianças com idades entre cinco e dezessete anos e 56 adultos

27 26 (com idades entre 25 e 50 anos), falantes do inglês americano. Para obtenção das medidas, foi utilizada uma sentença-veículo, porém para as crianças de cinco e seis anos foram utilizadas repetições de palavras isoladas. As crianças foram divididas em grupos com intervalo de faixa etária de um ano. Os resultados mostraram que a redução na variabilidade intra-sujeito dos aspectos acústicos (temporais e espectrais) com a idade, é a maior tendência associada ao desenvolvimento da fala/voz em crianças normais. Os autores ainda referiram que a diferenciação entre a frequência fundamental masculina e feminina e entre os padrões de frequências dos formantes, inicia-se aos onze anos e se torna totalmente estabelecida aos quinze anos. Durante este período de tempo, as mudanças nas frequências dos formantes de falantes masculinos mantêm uma relação aproximadamente linear com a idade, enquanto que tal tendência é menos óbvia nos falantes do sexo feminino. Perry e col. (2001) analisaram as medidas de frequência fundamental e frequência dos três primeiros formantes de 80 crianças com idades de quatro a dezesseis anos. Os participantes foram divididos em quatro grupos, nas seguintes faixas etárias: 4,8,12 e 16 anos, sendo 20 em cada grupo, pareados por sexo. Os objetivos do estudo foram examinar estas medidas acústicas e a habilidade de ouvintes em identificar os gêneros das vozes. Foram analisadas sete vogais do inglês americano, sendo que as amostras vocais foram coletadas a partir de uma sentença-veículo, na qual foram completados vocábulos com estas vogais. Num segundo momento, 20 adultos tiveram a tarefa de identificar os gêneros das vozes gravadas. Os resultados mostraram que a análise das frequências dos formantes pôde diferenciar os gêneros, mesmo em crianças muito jovens (faixa etária de quatro anos), enquanto que a análise da frequência fundamental pôde diferenciar os sexos após os doze anos.

28 O ESTADO DA ARTE Nos últimos anos cresceu consideravelmente o número de publicações que investigaram a voz infantil, sob seu aspecto patológico (BENETTON e col., 2004; WERTZNER e col.; 2005; MOURA e col., 2008; HAMDAN e col., 2009; ANDRADE, 2009) ou, em condições de normalidade (VANZELLA, 2006; FUCHS e col., 2007; NICOLLAS e col., 2008; BAKER e col., 2008; CAPPELLARI e CIELO, 2008; SCHOTT e col., 2009; BRAGA e col., 2009), mostrando que o estudo dessa população é uma tendência atual. Os métodos utilizados para avaliar as vozes das crianças nestes estudos mostram-se diversificados. Benetton e col. (2004) investigaram os efeitos da rinite alérgica sobre a qualidade da voz de 40 crianças alérgicas entre sete e doze anos, baseados exclusivamente em parâmetros psicoacústicos. A análise comparativa com o grupo controle não confirmou diferenças estatisticamente significantes para nenhum parâmetro investigado. Wertzner e col. (2005) avaliaram 20 crianças com transtorno fonológico e 20 crianças sem o transtorno entre quatro e dez anos, a partir das emissões isoladas e sustentadas das vogais [a], [ε] e [i]. A frequência fundamental da vogal [ε] e as médias de intensidade vocal apresentaram-se menores no grupo com transtorno fonológico em relação ao grupo controle. Andrade (2009) investigou a f 0 e as frequências de F 1, F 2 e F 3 das vogais [a], [i] e [u] em 50 crianças respiradoras orais de cinco a dez anos e comparou ao grupo controle. A autora encontrou diferenças estatísticas na f 0 das vogais [i] e [u], no entanto diferenças estatísticas nas frequências dos formantes não foram encontradas entre os dois grupos. Os parâmetros acústicos e psicoacústicos das vozes de crianças portadoras da síndrome de Down (MOURA e col., 2008) e síndrome de déficit de atenção e hiperatividade (HAMDAN e col., 2009) apontaram uma frequência fundamental mais grave para as crianças com as síndromes, ao serem comparadas com os grupos controle. Além da diferença

29 28 observada na frequência fundamental, a pesquisa que envolveu crianças com síndrome de Down, ainda apontou diferenças significativas nas frequências de F 1 e F 2, sendo que a relação entre as frequências de F 1 e F 2 revelou um prejuízo na distinção das vogais no grupo com a síndrome, refletindo uma diminuição na inteligibilidade da fala. Entre os autores que contribuíram para a compreensão das características da voz em crianças normais, encontra-se Vanzella (2006), que investigou 182 crianças entre sete a dez anos, de ambos os gêneros, frequentadores de escolas públicas e particulares de São Carlos (SP). A partir de uma análise acústica computadorizada da vogal sustentada [a], a autora referiu ter obtido, entre outros parâmetros pouco descritos na literatura, uma frequência fundamental média de 237 Hz para os participantes. Fuchs e col. (2007) analisaram vozes de 21 meninos que cantavam profissionalmente em um coral, com objetivo de verificar o potencial da análise acústica para estimar o início da muda vocal. Com um delineamento longitudinal, a mesma criança teve sua voz falada gravada mensalmente, durante um período de três anos, entre nove e doze anos, e reavaliada uma vez entre treze e quinze anos. Os resultados mostraram mudanças significativas nas medidas de irregularidade da frequência fundamental e intensidade (jitter e shimmer, repectivamente) em torno de seis meses antes da muda vocal, levando os autores a concluírem pela efetividade destes parâmetros acústicos na detecção do início da muda vocal. Nicollas e col. (2008) investigaram as vozes de 212 crianças entre seis e doze anos com o objetivo de investigar mudanças nas vozes de crianças normais antes da muda vocal. Além da estimação da frequência fundamental (f 0 ), do jitter e do shimmer, foram estimados outros parâmetros pouco descritos na literatura. Os participantes foram divididos nas seguintes faixas etárias: seis anos (9 crianças); sete anos (24 crianças); oito anos (18 crianças); nove anos (24 crianças); dez anos (27 crianças); onze anos (55 crianças); doze anos (54 crianças). Os sinais analisados referem-se a trechos de um segundo recortados da emissão

30 29 sustentada da vogal [a]. Os resultados mostraram que a f 0 decresceu de 268 Hz para 234 Hz em meninos e 260 Hz para 239 Hz em meninas e que as medidas de jitter e shimmer não variaram significantemente com o sexo e a idade. Os autores concluíram que a f 0 diminuiu com a idade e foi menor para os meninos em relação às meninas mesmo antes do período de mutação da voz. Baker e col. (2008) investigaram a influência do tipo de tarefa vocal na medida da frequência fundamental (f 0 ), em 48 crianças saudáveis falantes do inglês americano, com idades entre cinco anos e sete anos e onze meses. A frequência fundamental da vogal [a] foi estimada em quatro situações vocais diferenciadas: a) sustentada por cinco segundos; b) sustentada dentro de uma palavra, no final de uma frase; c) repetição de uma frase e d) contagem de um até dez. Cada criança foi avaliada por dois julgadores treinados, sendo que os resultados revelaram uma significante diferença neste parâmetro entre as tarefas. A contagem apontou valores maiores de f 0 quando comparada com a sustentação da vogal no final da frase e a repetição da frase, no entanto, não foram observados efeitos significativos das tarefas em relação à idade e ao sexo. Os autores não mencionaram comparação com a vogal sustentada. No mesmo ano, Cappellari e Cielo realizaram uma pesquisa que analisou medidas acústicas de vozes saudáveis de 23 crianças brasileiras, dividas em três faixas etárias: 4,0 a 4,11 (n=7), 5,0 a 5,11 (n=11), 6,0 a 6,8 (n=5). Foram analisadas as medidas de f 0, proporção harmônico-ruído (PHR), índice de turbulência vocal e medidas de perturbação da intensidade e f 0, a partir da vogal [a] sustentada por no mínimo três segundos. Para seleção das crianças, as autoras utilizaram questionário com os pais, triagem auditiva e avaliação perceptivoauditiva (Escala RASAT). Os resultados das médias mínimas e máximas para determinação do intervalo de normalidade da frequência fundamental, por faixa etária, foram: 4 anos, sexo masculino (M): 266 Hz a 375 Hz; 4 anos, sexo feminino (F): 285 Hz a 355 Hz; 5 anos, sexo M: 247 Hz a 350 Hz; 5 anos, sexo F: 247 Hz a 355 Hz; 6 anos, sexo M: 274 Hz a 325 Hz e 6

31 30 anos, sexo F: 247 a 315 Hz. Os resultados mostraram ainda que no grupo de quatro anos de idade, a f 0 foi discretamente menor em relação à literatura, o índice de variação da f 0 foi maior em relação aos outros grupos e que houve significante diferença na PHR entre esse grupo e os demais. Um estudo realizado no estado do Rio de Janeiro (SCHOTT e col., 2009) avaliou a frequência fundamental de 122 crianças normais de seis a oito anos, de ambos os sexos. Foram realizadas análise perceptivo-auditiva, através da escala RASAT e análise acústica computadorizada. Foi investigada a frequência fundamental da vogal [ε] sustentada. Os resultados mostraram que a média da f 0 foi 239 Hz para as meninas e 237 Hz para os meninos, obtendo-se desta forma, uma média geral de 238 Hz. O estudo também contemplou valores de moda de f 0, sendo 237 Hz no sexo feminino e 233 Hz no sexo masculino, obtendo-se a média da moda de 235 Hz. BRAGA e col. (2009) analisaram a frequência fundamental da vogal [ε] do português brasileiro em 100 crianças, na faixa etária de seis a oito anos, pareadas por sexo. Os participantes passaram por uma triagem vocal realizada através de avaliação perceptivoauditiva (escala RASAT) e a investigação da f 0 foi realizada a partir de análise computadorizada (com o auxílio do programa Voxmetria). Os resultados mostraram uma f 0 média de 249 Hz, com tendência significantemente decrescente à medida que a idade da criança aumentou. Os autores ainda apontaram para diferenças estatísticas entre os sexos, de forma que, aos seis anos, observaram-se valores de f 0 mais elevados nos meninos. A tendência decrescente de f 0, frente ao aumento da idade, mostrou-se mais significativa nos meninos, do que nas meninas.

32 31 5. METODOLOGIA O projeto deste trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura do Rio de Janeiro sob número: 180/2008, com necessidade de assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (apêndice A). O estudo foi realizado pela autora em uma sala do setor de fonoaudiologia da Policlínica Maria Cristina Roma Paugartten (SMS - CAP. 3.1). 5.1 CASUÍSTICA A amostra do presente trabalho foi constituída por segmentos vocais de crianças de quatro a oito anos. Obteve-se uma amostra de segmentos vocais de 207 crianças divididas por sexo e idade. Esses segmentos geraram valores numéricos relativos aos parâmetros investigados. As crianças foram pré-selecionadas nos setores de pediatria e odontologia da Policlínica Maria Cristina Roma Paugartten e em duas escolas. A pré-seleção foi realizada pelos profissionais de saúde e educação destas unidades, respeitando os critérios: condições de expressão oral e saúde geral dentro dos padrões de normalidade, idade entre quatro e oito anos. Uma vez pré-selecionadas, as crianças foram encaminhadas para o setor de fonoaudiologia da Policlínica Maria Cristina Roma Paugartten onde foram submetidas a

33 32 procedimentos de seleção (item 5.3.1). Foram selecionadas crianças cuja expressão oral e qualidade vocal apresentaram-se dentro dos padrões de normalidade. 5.2 MATERIAIS Materiais de seleção de participantes - Escala RASATI (anexo A): Consiste em um protocolo de avaliação perceptivo-auditiva da fonte glótica proposto por Pinho e Pontes (2008); - Roteiro de avaliação do sistema ressonantal (apêndice B): Consiste em uma adaptação do roteiro de avaliação perceptivo-auditiva do som nas cavidades supraglóticas proposto por Pinho (2003) Materiais de aquisição e análise de dados - Um notebook, marca HP, modelo DV 1000, com sistema operacional Windows XP; - Software de análise acústica Praat versão 5008 disponível on line no site: - Microfone marca SHURE, modelo SM Software aplicativo de análise estatística SAS versão PROCEDIMENTOS Procedimentos de seleção dos participantes Assim como descrito na casuística, as crianças da presente pesquisa foram incluídas mediante procedimentos de seleção. Neste item serão descritos os procedimentos realizados após a pré-seleção e encaminhamento ao setor de fonoaudiologia. No setor citado as crianças foram recebidas, juntamente com seus pais ou responsáveis, em uma entrevista individual com a fonoaudióloga autora da presente pesquisa, onde foram submetidas a uma triagem da expressão oral através do exame fonético REALFA. A triagem teve como objetivo a exclusão de crianças com expressão oral desviante do padrão

34 33 adequado à faixa etária. Concomitantemente, a fala espontânea e as sentenças-veículo foram gravadas com objetivo de dar suporte à posterior análise perceptivo-auditiva, fase de prosseguimento seletivo, caso a criança não tivesse sido excluída por inadequação da expressão oral. Os pais ou responsáveis assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido durante a entrevista. A análise perceptivo-auditiva foi realizada por duas fonoaudiólogas especialistas em voz com aplicação da Escala RASATI e roteiro de avaliação do sistema ressonantal (item 5.2.1). Foram incluídas as crianças que apresentaram resultados dentro dos padrões de normalidade em ambas as avaliações. Foram consideradas normais na avaliação da fonte glótica crianças que apresentaram: grau 0 nos seis itens avaliados, com exceção do item soprosidade que poderia apresentar grau 0 ou 1. Esta tolerância foi permitida uma vez que a população infantil pode apresentar soprosidade em grau 1 (discreto) como padrão de normalidade (Behlau e col., 2001). Foram consideradas normais na avaliação de ressonância as crianças que apresentaram ressonância equilibrada Aquisição de Dados O protocolo de aquisição especificado a seguir é semelhante ao aplicado nos estudos de Jorge e col. (2004); Lima e col. (2007) e Magri e col. (2007). Os sinais de fala dos quais foram extraídos os segmentos analisados foram obtidos a partir das gravações de sentenças-veículo ( Fale para mim ), que foram preenchidas com os vocábulos pápa, pépe, pêpe, pípi, pópo, pôpo e púpu, de forma que estes estímulos fossem registrados por meio de repetições destas frases. Foram selecionados segmentos das sete vogais orais em posição tônica para a estimação das medidas de frequência fundamental (f 0 ), frequência dos formantes (F 1, F 2 e F 3 ) e largura de banda de F 1 da vogal [i].

35 34 As emissões foram gravadas em uma sala silenciosa, em mono canal, com uma taxa de amostragem de Hz, em formato.wav, através do software Praat versão 5008 em um notebook com sistema operacional Windows XP, com um microfone da marca SHURE, modelo SM 58, posicionado a distância de 10 cm dos lábios da criança Processamento de sinais Os dados foram submetidos a procedimentos de pré-processamento (recorte dos segmentos vocálicos), processamento (estimação de parâmetros acústicos) e análise estatística. O pré-processamento e processamento foram realizados com auxílio do software Praat (item ), enquanto que a análise estatística foi realizada com o software SAS 6.04 (SAS Institute, Inc., Cary, North Carolina) O recorte das vogais foi realizado de forma manual, porém houve a preocupação em definir e seguir critérios de recorte passíveis de serem implementados em um futuro sistema de recorte automático. O marco inicial foi definido no trecho do sinal onde a energia apresentava-se acima de 20% da energia máxima. Da mesma forma, o marco final foi estabelecido onde a energia apresentava-se abaixo de 20% da mesma. Tal porcentagem foi estabelecida empiricamente com base em investigação experimental. Este procedimento é conservador no sentido de reduzir a probabilidade de obtenção de trechos não estacionários. Foram estimados os parâmetros espectrais clássicos: frequência fundamental e frequência dos três primeiros formantes, representantes da fonte glótica e de ressonância, respectivamente. Além destes, foi estimada a largura de banda do primeiro formante da vogal [i]. Esta análise não foi estendida aos demais segmentos vocálicos pesquisados por se tratar de uma investigação complementar de caráter exploratório. A vogal [i] foi definida, em especial, devido ao afastamento característico dos dois primeiros formantes observado na envoltória espectral da mesma.

36 35 Devido ao grande número de estimações envolvidas, foi utilizado um script (ferramenta que extrai automaticamente, de forma padronizada, as medidas paramétricas) criado pelos autores, que viabilizou a otimização do tempo de processamento e evitou possíveis erros de manuseio na sequência dos procedimentos de estimação Análise estatística A análise estatística foi composta pelos seguintes métodos: Para comparação das medidas de frequência fundamental e frequência dos formantes entre os sexos foi utilizado o teste de Mann-Whitney e para comparação entre as quatro faixas etárias foi realizada a análise de variância de Kruskal-Wallis e o teste de comparações múltiplas de Duncan. Foi usado teste não paramétrico, pois a maioria das medidas de frequências não apresentou distribuição normal (Gaussiana), devido à dispersão dos dados, falta de simetria da distribuição e pela rejeição da hipótese de normalidade segundo o teste de Shapiro-Wilk (W). O critério de determinação de significância adotado foi o nível de 5%, ou seja, valor de p menor ou igual a 0,05.

37 36 6. RESULTADOS Os achados da presente pesquisa encontram-se sumarizados nas tabelas expostas a seguir. Além da descrição dos dados, testes estatísticos foram aplicados com o objetivo de verificar a existência de diferenças estatisticamente significantes entre os valores paramétricos obtidos para os sexos masculino e feminino, assim como para as quatro diferentes faixas etárias investigadas. São expostos os valores referentes à análise espectral, sendo que todos os valores expostos referem-se à estimação de médias. A opção por expor diretamente valores médios deu-se em função do grande número de estimações obtidas neste trabalho, um total de valores numéricos. Pelo mesmo motivo, os achados referentes aos parâmetros acústicos foram divididos em 23 tabelas, de acordo com cada vogal, para facilitar a visualização direta do comportamento do parâmetro acústico ao longo do desenvolvimento infantil. Tabela I - Distribuição dos informantes por faixa etária e sexo. 4-5 anos 5-6 anos 6-7 anos 7-8 anos Masculino n = 22 n = 28 n = 24 n = 24 Feminino n = 21 n = 33 n = 29 n = 26

Tecnologias Computacionais Aplicadas À Análise De Sinais De Voz

Tecnologias Computacionais Aplicadas À Análise De Sinais De Voz Tecnologias Computacionais Aplicadas À Análise De Sinais De Voz Charles Alexandre Blumm, José Luis Gómez Cipriano Instituto de Ciências Exatas e Tecnológicas (ICET) Centro Universitário Feevale Campus

Leia mais

Mara Carvalho / Filipe Abreu. Jornadas Interdisciplinares sobre Tecnologias de Apoio Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra

Mara Carvalho / Filipe Abreu. Jornadas Interdisciplinares sobre Tecnologias de Apoio Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra Tecnologias de apoio diagnóstico da voz Mara Carvalho / Filipe Abreu Jornadas Interdisciplinares sobre Tecnologias de Apoio Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra 27 de Setembro de 2007 Índice

Leia mais

PADRÃO FORMÂNTICA DA VOGAL [A] REALIZADA POR CONQUISTENSES: UM ESTUDO COMPARATIVO

PADRÃO FORMÂNTICA DA VOGAL [A] REALIZADA POR CONQUISTENSES: UM ESTUDO COMPARATIVO Página 47 de 315 PADRÃO FORMÂNTICA DA VOGAL [A] REALIZADA POR CONQUISTENSES: UM ESTUDO COMPARATIVO Tássia da Silva Coelho 13 (UESB) Vera Pacheco 14 (UESB) RESUMO Este trabalho visou a avaliar a configuração

Leia mais

Características acústicas das vogais e consoantes

Características acústicas das vogais e consoantes Características acústicas das vogais e consoantes APOIO PEDAGÓGICO Prof. Cecília Toledo ceciliavstoledo@gmail. com http://fonologia.org/acustica.php Fonética acústica A Fonética acústica é um ramo da Fonética

Leia mais

Título: Perfil de Extensão vocal em cantores com e sem queixas de voz

Título: Perfil de Extensão vocal em cantores com e sem queixas de voz Título: Perfil de Extensão vocal em cantores com e sem queixas de voz Autores: EDYANNE MYRTS TAVARES LINO DOS SANTOS, JONIA ALVES LUCENA, ANA NERY BARBOSA DE ARAÚJO, ZULINA SOUZA DE LIRA, ADRIANA DE OLIVEIRA

Leia mais

AVALIAÇÃO ESPECTRAL DE FRICATIVAS ALVEOLARES PRODUZIDAS POR SUJEITO COM DOWN

AVALIAÇÃO ESPECTRAL DE FRICATIVAS ALVEOLARES PRODUZIDAS POR SUJEITO COM DOWN Página 235 de 511 AVALIAÇÃO ESPECTRAL DE FRICATIVAS ALVEOLARES PRODUZIDAS POR SUJEITO COM DOWN Carolina Lacôrte Gruba Marian Oliveira (Orientadora) Vera Pacheco Audinéia Ferreira da Silva RESUMO As fricativas

Leia mais

ANÁLISE DE PARÂMETROS ESPECTRAIS CLÁSSICOS DA VOZ EM CRIANÇAS RESPIRADORAS ORAIS DE 5 A 10 ANOS

ANÁLISE DE PARÂMETROS ESPECTRAIS CLÁSSICOS DA VOZ EM CRIANÇAS RESPIRADORAS ORAIS DE 5 A 10 ANOS Danieli Viegas de Andrade ANÁLISE DE PARÂMETROS ESPECTRAIS CLÁSSICOS DA VOZ EM CRIANÇAS RESPIRADORAS ORAIS DE 5 A 10 ANOS Dissertação apresentada ao curso de pósgraduação em Fonoaudiologia da Universidade

Leia mais

TERMINOLOGIA DE RECURSOS VOCAIS SOB O PONTO DE VISTA DE FONOAUDIÓLOGOS E PREPARADORES VOCAIS

TERMINOLOGIA DE RECURSOS VOCAIS SOB O PONTO DE VISTA DE FONOAUDIÓLOGOS E PREPARADORES VOCAIS TERMINOLOGIA DE RECURSOS VOCAIS SOB O PONTO DE VISTA DE FONOAUDIÓLOGOS E PREPARADORES VOCAIS Palavras Chave: Voz, Terminologia, Recursos Vocais. INTRODUÇÃO: Os avanços nos métodos de avaliação da voz mudaram

Leia mais

Características dos sons das vogais do português falado no Brasil

Características dos sons das vogais do português falado no Brasil Características dos sons das vogais do português falado no Brasil Benjamin Pereira dos Santos Siqueira benjamin_bps@hotmail.com Joyce Alvarenga de Faria joyce_alvar@hotmail.com Priscila Lemos Kallás Prof.

Leia mais

Ao meu pai, Keiichi Hanayama, à minha mãe, Maria Nilza Hanayama, meus exemplos de sabedoria, dignidade e ética. Com dedicação incondicional,

Ao meu pai, Keiichi Hanayama, à minha mãe, Maria Nilza Hanayama, meus exemplos de sabedoria, dignidade e ética. Com dedicação incondicional, Ao meu pai, Keiichi Hanayama, à minha mãe, Maria Nilza Hanayama, meus exemplos de sabedoria, dignidade e ética. Com dedicação incondicional, ensinam-me as verdadeiras lições da vida. Aos meus grandes mestres,

Leia mais

IDENTIFICAÇÃO AUDITIVA E ANÁLISE ACÚSTICA DA EMISSÃO Y-BUZZ DE LESSAC COMPARADA À EMISSÃO HABITUAL ESTUDO COM ATORES Autora: Viviane M.O. Barrichelo O

IDENTIFICAÇÃO AUDITIVA E ANÁLISE ACÚSTICA DA EMISSÃO Y-BUZZ DE LESSAC COMPARADA À EMISSÃO HABITUAL ESTUDO COM ATORES Autora: Viviane M.O. Barrichelo O O COMPORTAMENTO VOCAL DIANTE DO EFEITO LOMBARD EM MULHERES COM DISFONIA FUNCIONAL Autora: Marina Carpintéro Lauer Orientadora: Dra.Mara Behlau Co-orientadora: Ms. Ana Lúcia Spina Ano: 2006 Resumo: Avaliar

Leia mais

Estudos atuais Transtorno Fonológico

Estudos atuais Transtorno Fonológico Estudos atuais Transtorno onológico Profa Dra Haydée iszbein Wertzner Profa Associada do Departamento de isioterapia, onoaudiologia e Terapia Ocupacional MUSP Wertzner, H TRANSTORNO ONOÓGICO Alteração

Leia mais

CORRELATOS ACÚSTICOS DOS AJUSTES SUPRAGLÓTICOS DE QUALIDADE VOCAL

CORRELATOS ACÚSTICOS DOS AJUSTES SUPRAGLÓTICOS DE QUALIDADE VOCAL 8.00.00.00-2 LINGÜÍSTICA, LETRAS E ARTES 8.01.00.00 7 - LINGÜÍSTICA CORRELATOS ACÚSTICOS DOS AJUSTES SUPRAGLÓTICOS DE QUALIDADE VOCAL PERPÉTUA COUTINHO GOMES Curso de Fonoaudiologia- Faculdade de Ciências

Leia mais

VOGAIS NASAIS E NASALIZADAS DO PORTUGUÊS BRASILEIRO: PRELIMINARES DE UMA ANÁLISE DE CONFIGURAÇÃO FORMÂNTICA

VOGAIS NASAIS E NASALIZADAS DO PORTUGUÊS BRASILEIRO: PRELIMINARES DE UMA ANÁLISE DE CONFIGURAÇÃO FORMÂNTICA Página 27 de 315 VOGAIS NASAIS E NASALIZADAS DO PORTUGUÊS BRASILEIRO: PRELIMINARES DE UMA ANÁLISE DE CONFIGURAÇÃO FORMÂNTICA Luiz Carlos da Silva Souza 7 (UESB/Fapesb) Vera Pacheco 8 (UESB) RESUMO Este

Leia mais

Fonoaudióloga Mestranda Ana Paula Ritto Profa. Dra. Claudia Regina Furquim de Andrade

Fonoaudióloga Mestranda Ana Paula Ritto Profa. Dra. Claudia Regina Furquim de Andrade Fonoaudióloga Mestranda Ana Paula Ritto Profa. Dra. Claudia Regina Furquim de Andrade Laboratório de Investigação Fonoaudiológica em Fluência, Funções da Face e Disfagia (LIF-FFFD) Departamento de Fisioterapia,

Leia mais

AVALIAÇÃO DA RELAÇÃO ENTRE TONICIDADE E DISTINÇÃO DE OCLUSIVAS SURDAS E SONORAS NO PB

AVALIAÇÃO DA RELAÇÃO ENTRE TONICIDADE E DISTINÇÃO DE OCLUSIVAS SURDAS E SONORAS NO PB 3661 AVALIAÇÃO DA RELAÇÃO ENTRE TONICIDADE E DISTINÇÃO DE OCLUSIVAS SURDAS E SONORAS NO PB INTRODUÇÃO Francisco De Oliveira Meneses (UESB/ FAPESB) Vera PACHECO (UESB) As oclusivas são sons consonânticos

Leia mais

Processamento fonológico e habilidades iniciais. de leitura e escrita em pré-escolares: enfoque no. desenvolvimento fonológico

Processamento fonológico e habilidades iniciais. de leitura e escrita em pré-escolares: enfoque no. desenvolvimento fonológico Renata Maia Vitor Processamento fonológico e habilidades iniciais de leitura e escrita em pré-escolares: enfoque no desenvolvimento fonológico Dissertação de mestrado apresentada ao curso de Pós-Graduação

Leia mais

Foram considerados como participantes desse estudo, adultos com. idade entre 18 e 45 anos, alunos do curso profissionalizante de Radialista

Foram considerados como participantes desse estudo, adultos com. idade entre 18 e 45 anos, alunos do curso profissionalizante de Radialista Método 43 PARTICIPANTES Foram considerados como participantes desse estudo, adultos com idade entre 18 e 45 anos, alunos do curso profissionalizante de Radialista Setor Locução do SENAC, com ensino fundamental

Leia mais

RELAÇÃO ENTRE TEMPO MÁXIMO DE FONAÇÃO, ESTATURA E IDADE EM CRIANÇAS DE 8 A 10 ANOS

RELAÇÃO ENTRE TEMPO MÁXIMO DE FONAÇÃO, ESTATURA E IDADE EM CRIANÇAS DE 8 A 10 ANOS RELAÇÃO ENTRE TEMPO MÁXIMO DE FONAÇÃO, ESTATURA E IDADE EM CRIANÇAS DE 8 A 10 ANOS Palavras chaves: Testes respiratórios, avaliação, voz. Introdução O Tempo Máximo de Fonação (TMF) é um teste objetivo

Leia mais

Desempenho em prova de Memória de Trabalho Fonológica no adulto, no idoso e na criança Palavras Chaves: Introdução

Desempenho em prova de Memória de Trabalho Fonológica no adulto, no idoso e na criança Palavras Chaves: Introdução Desempenho em prova de Memória de Trabalho Fonológica no adulto, no idoso e na criança Palavras Chaves: memória de trabalho fonológica; teste de repetição de não palavras; envelhecimento. Introdução A

Leia mais

VI SEMINÁRIO DE PESQUISA EM ESTUDOS LINGUÍSTICOS. Luiz Carlos da Silva Souza** (UESB) Priscila de Jesus Ribeiro*** (UESB) Vera Pacheco**** (UESB)

VI SEMINÁRIO DE PESQUISA EM ESTUDOS LINGUÍSTICOS. Luiz Carlos da Silva Souza** (UESB) Priscila de Jesus Ribeiro*** (UESB) Vera Pacheco**** (UESB) 61 de 119 UMA ANÁLISE DE F0 DAS VOGAIS NASAIS E NASALIZADAS DO PORTUGUÊS BRASILEIRO 1 Luiz Carlos da Silva Souza** Priscila de Jesus Ribeiro*** Vera Pacheco**** RESUMO: Este trabalho tem por objetivo fornecer

Leia mais

Voz ressoante em alunos de teatro: correlatos perceptivoauditivos e acústicos da emissão treinada Y-Buzz de Lessac

Voz ressoante em alunos de teatro: correlatos perceptivoauditivos e acústicos da emissão treinada Y-Buzz de Lessac Voz ressoante em alunos de teatro: correlatos perceptivoauditivos e acústicos da emissão treinada Y-Buzz de Lessac Palavras-chave: treinamento da voz; acústica da fala; percepção-auditiva Introdução e

Leia mais

Tempo Máximo de Fonação: influência do apoio visual em crianças de sete a nove anos

Tempo Máximo de Fonação: influência do apoio visual em crianças de sete a nove anos Tempo Máximo de Fonação: influência do apoio visual em crianças de sete a nove anos Autoras: Sabrina Mazzer Paes, Fernanda Carla Mendes Ross, Renata Rangel Azevedo Descritores: voz, disfonia, criança Introdução

Leia mais

Processamento de Som com Escala de Mel para Reconhecimento de Voz

Processamento de Som com Escala de Mel para Reconhecimento de Voz PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO DEPARTAMENTO DE INFORMÁTICA Processamento de Som com Escala de Mel para Reconhecimento de Voz INF2608 FUNDAMENTOS DE COMPUTAÇÃO GRÁFICA Professor: Marcelo

Leia mais

Diferenças entre o Português Europeu e o Português Brasileiro: Um Estudo Preliminar sobre a Pronúncia no Canto Lírico

Diferenças entre o Português Europeu e o Português Brasileiro: Um Estudo Preliminar sobre a Pronúncia no Canto Lírico Diferenças entre o Português Europeu e o Português Brasileiro: Um Estudo Preliminar sobre a Pronúncia no Canto Lírico Marilda Costa, Luis M.T. Jesus, António Salgado, Moacyr Costa Filho UNIVERSIDADE DE

Leia mais

Revista CEFAC ISSN: Instituto Cefac Brasil

Revista CEFAC ISSN: Instituto Cefac Brasil Revista CEFAC ISSN: 1516-1846 revistacefac@cefac.br Instituto Cefac Brasil Magri, Aline; Stamado, Tatiana; Camargo, Zuleica Antonia de INFLUÊNCIA DA LARGURA DE BANDA DE FORMANTES NA QUALIDADE VOCAL Revista

Leia mais

VOGAL [A] PRETÔNICA X TÔNICA: O PAPEL DA FREQUÊNCIA FUNDAMENTAL E DA INTENSIDADE 86

VOGAL [A] PRETÔNICA X TÔNICA: O PAPEL DA FREQUÊNCIA FUNDAMENTAL E DA INTENSIDADE 86 Página 497 de 658 VOGAL [A] PRETÔNICA X TÔNICA: O PAPEL DA FREQUÊNCIA FUNDAMENTAL E DA INTENSIDADE 86 Jaciara Mota Silva ** Taise Motinho Silva Santos *** Marian Oliveira **** Vera Pacheco ***** RESUMO:

Leia mais

Escola em Ciclos: o desafio da heterogeneidade na prática pedagógica

Escola em Ciclos: o desafio da heterogeneidade na prática pedagógica Cremilda Barreto Couto Escola em Ciclos: o desafio da heterogeneidade na prática pedagógica Dissertação de Mestrado Dissertação apresentada como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre pelo Programa

Leia mais

DISFONIAS DE BASE COMPORTAMENTAL E ORGÂNICAS POR NEOPLASIAS: ANÁLISE ESPECTROGRÁFICA COMPARATIVA

DISFONIAS DE BASE COMPORTAMENTAL E ORGÂNICAS POR NEOPLASIAS: ANÁLISE ESPECTROGRÁFICA COMPARATIVA DISFONIAS DE BASE COMPORTAMENTAL E ORGÂNICAS POR NEOPLASIAS: ANÁLISE ESPECTROGRÁFICA COMPARATIVA Elaine Pavan Gargantini Faculdade de Fonoaudiologia Centro de Ciências da Vida elaine.pg@puccampinas.edu.br

Leia mais

Produção de Oclusivas e Vogais em Crianças Surdas com Implante Coclear

Produção de Oclusivas e Vogais em Crianças Surdas com Implante Coclear Produção de Oclusivas e Vogais em Crianças Surdas com Implante Coclear Dissertação apresentada à Universidade de Aveiro para obtenção do grau de Mestre em Ciências da Fala e da Audição Marta Domingues

Leia mais

O PAPEL DOS CONTEXTOS FONÉTICOS NA DELIMITAÇÃO DA TONICIDADE DE FALA ATÍPICA

O PAPEL DOS CONTEXTOS FONÉTICOS NA DELIMITAÇÃO DA TONICIDADE DE FALA ATÍPICA Página 51 de 510 O PAPEL DOS CONTEXTOS FONÉTICOS NA DELIMITAÇÃO DA TONICIDADE DE FALA ATÍPICA Flávia de A. Conceição (UESB/UESB) Letícia M. S. da Silva (UESB/FAPESB) Luana A. Ferraz (UESB/CNPq) Marian

Leia mais

Rodrigo Pereira David. Técnica de Estimação de Canal Utilizando Símbolos Pilotos em Sistemas OFDM. Dissertação de Mestrado

Rodrigo Pereira David. Técnica de Estimação de Canal Utilizando Símbolos Pilotos em Sistemas OFDM. Dissertação de Mestrado Rodrigo Pereira David Técnica de Estimação de Canal Utilizando Símbolos Pilotos em Sistemas OFDM Dissertação de Mestrado Dissertação apresentada como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre pelo

Leia mais

AQUISIÇÃO FONOLÓGICA EM CRIANÇAS DE 3 A 8 ANOS: A INFLUÊNCIA DO NÍVEL SÓCIO ECONÔMICO

AQUISIÇÃO FONOLÓGICA EM CRIANÇAS DE 3 A 8 ANOS: A INFLUÊNCIA DO NÍVEL SÓCIO ECONÔMICO AQUISIÇÃO FONOLÓGICA EM CRIANÇAS DE 3 A 8 ANOS: A INFLUÊNCIA DO NÍVEL SÓCIO ECONÔMICO Palavras Chave: Criança, Fala, Desenvolvimento da Linguagem Introdução: A aquisição do sistema fonológico ocorre durante

Leia mais

Exp 8. Acústica da Fala

Exp 8. Acústica da Fala Exp 8. Acústica da Fala 1. Objetivos Estudar o modelo fonte-filtro da produção da fala; Medir os formantes e relacionar com manobras articulatórias em vogais e ditongos; Utilizar espectrografia de banda

Leia mais

Estratégias em Telesserviços. Josimar Gulin Martins 1

Estratégias em Telesserviços. Josimar Gulin Martins 1 Estratégias em Telesserviços Estratégias de atuação em telemarketing Josimar Gulin Martins 1 O operador de telesserviços é um dos profissionais da voz que vem sendo muito valorizado nas empresas, devido

Leia mais

Andre Luis Ferreira da Silva. Estabilidade dos Betas de Ações no Mercado Brasileiro: Uma Avaliação em Períodos de Alta Volatilidade

Andre Luis Ferreira da Silva. Estabilidade dos Betas de Ações no Mercado Brasileiro: Uma Avaliação em Períodos de Alta Volatilidade Andre Luis Ferreira da Silva Estabilidade dos Betas de Ações no Mercado Brasileiro: Uma Avaliação em Períodos de Alta Volatilidade Dissertação de Mestrado Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação

Leia mais

Carlos Roberto da Costa Ferreira. Interpolação Modificada de LSF's. Dissertação de Mestrado

Carlos Roberto da Costa Ferreira. Interpolação Modificada de LSF's. Dissertação de Mestrado Carlos Roberto da Costa Ferreira Interpolação Modificada de LSF's Dissertação de Mestrado Dissertação apresentada como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre pelo Programa de Pósgraduação em

Leia mais

VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA FUNDAMENTAL: ESTUDO COMPARATIVO ENTRE VOZES ADAPTADAS E DISFÔNICAS

VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA FUNDAMENTAL: ESTUDO COMPARATIVO ENTRE VOZES ADAPTADAS E DISFÔNICAS VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA FUNDAMENTAL: ESTUDO COMPARATIVO ENTRE VOZES ADAPTADAS E DISFÔNICAS Autores: Márcia Menezes, Maysa T. Ubrig-Zancanella, Maria Gabriela B. Cunha, Gislaine Cordeiro e Kátia Nemr

Leia mais

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC-SP. Fernanda Catisani

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC-SP. Fernanda Catisani PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC-SP Fernanda Catisani Frequência fundamental em um grupo de crianças mineiras na faixa etária entre 8 e 10 anos MESTRADO EM FONOAUDIOLOGIA SÃO PAULO 2010

Leia mais

ANÁLISE ACÚSTICA DA PRODUÇÃO DE NASAIS BILABIAIS E ALVEOLARES EM CODAS DE MONOSSÍLABOS POR ALUNOS DE INGLÊS

ANÁLISE ACÚSTICA DA PRODUÇÃO DE NASAIS BILABIAIS E ALVEOLARES EM CODAS DE MONOSSÍLABOS POR ALUNOS DE INGLÊS MARCIA REGINA BECKER ANÁLISE ACÚSTICA DA PRODUÇÃO DE NASAIS BILABIAIS E ALVEOLARES EM CODAS DE MONOSSÍLABOS POR ALUNOS DE INGLÊS Dissertação apresentada como requisito parcial à obtenção do grau de Mestre

Leia mais

Realce de Imagens no Domínio da Transformada

Realce de Imagens no Domínio da Transformada Eduardo Esteves Vale Realce de Imagens no Domínio da Transformada Dissertação de Mestrado Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Engenharia Elétrica do Departamento de Engenharia Elétrica

Leia mais

Personalidade de marcas de fast-food: uma comparação entre consumidores jovens brasileiros e americanos

Personalidade de marcas de fast-food: uma comparação entre consumidores jovens brasileiros e americanos Fernanda Marcia Araujo Maciel Personalidade de marcas de fast-food: uma comparação entre consumidores jovens brasileiros e americanos Dissertação de Mestrado Dissertação apresentada ao Programa de Pósgraduação

Leia mais

Palavras-chave: Processamento Digital de Sinais. Reconhecimento de Vogais. Frequências Formantes.

Palavras-chave: Processamento Digital de Sinais. Reconhecimento de Vogais. Frequências Formantes. RECONHECIMENTO DE VOGAIS ATRAVÉS DE TÉCNICAS DE PROCESSAMENTO DIGITAL DE SINAIS E APRENDIZAGEM DE MÁQUINA Leonardo Dalla Porta Paim 1 ; Leonardo Gomes Tavares 2 RESUMO Este projeto busca desenvolver um

Leia mais

Diagrama de desvio fonatório na clínica vocal

Diagrama de desvio fonatório na clínica vocal Diagrama de desvio fonatório na clínica vocal Palavras-chave: acústica da fala, percepção auditiva, qualidade da voz Introdução A análise acústica tornou-se realidade na clinica fonoaudiológica devido

Leia mais

A codificação primária é a representação digital de um canal de voz, sem a inclusão de bits de sincronismo e de verificação de paridade.

A codificação primária é a representação digital de um canal de voz, sem a inclusão de bits de sincronismo e de verificação de paridade. A codificação primária é a representação digital de um canal de voz, sem a inclusão de bits de sincronismo e de verificação de paridade. 50 8.1. Formas de representação digital do sinal de voz Há várias

Leia mais

Avaliação da telelaringoscopia no diagnóstico das lesões benignas da laringe

Avaliação da telelaringoscopia no diagnóstico das lesões benignas da laringe Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo Avaliação da telelaringoscopia no diagnóstico das lesões benignas da laringe Márcio Cavalcante Salmito SÃO PAULO 2012 Márcio Cavalcante Salmito Avaliação

Leia mais

Henrique Bauer. Dissertação de Mestrado

Henrique Bauer. Dissertação de Mestrado Henrique Bauer Cones de assimetria e curtose no mercado brasileiro de opções de compra de ações: uma análise dos cones de volatilidade perante a volatilidade implícita calculada pelos modelos de Corrado-Su

Leia mais

1 Introdução, 1 2 Polo Epistemológico, 9 3 Polo Teórico, 25

1 Introdução, 1 2 Polo Epistemológico, 9 3 Polo Teórico, 25 1 Introdução, 1 1.1 Tipos de Conhecimentos, 1 1.2 Classificação das Ciências, 2 1.3 Pesquisa nas Ciências Naturais e do Homem, 2 1.4 Epistemologia, 3 1.5 Um Modelo Paradigmático, 4 1.6 A Escolha de um

Leia mais

INTÉRPRETES DE SAMBA-ENREDO E CANTORES DE PAGODE: COMPARAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS VOCAIS E DA CONFIGURAÇÃO DO TRATO VOCAL

INTÉRPRETES DE SAMBA-ENREDO E CANTORES DE PAGODE: COMPARAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS VOCAIS E DA CONFIGURAÇÃO DO TRATO VOCAL INTÉRPRETES DE SAMBA-ENREDO E CANTORES DE PAGODE: COMPARAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS VOCAIS E DA CONFIGURAÇÃO DO TRATO VOCAL Descritores: voz, laringe, diagnóstico INTRODUÇÃO A voz cantada é uma área recente

Leia mais

TCC em Re-vista ROSA, Maristela de Andrade; ROSSINI, Vanessa Francisco 14.

TCC em Re-vista ROSA, Maristela de Andrade; ROSSINI, Vanessa Francisco 14. Fonoaudiologia TCC em Re-vista 2010 87 ROSA, Maristela de Andrade; ROSSINI, Vanessa Francisco 14. Verificação das respostas do potencial evocado auditivo de longa latência (P300) em sujeitos ouvintes

Leia mais

1. Distúrbios da voz 2. Fatores de risco 3. Condições do trabalho

1. Distúrbios da voz 2. Fatores de risco 3. Condições do trabalho Associação entre fatores de risco ambientais e organizacionais do trabalho e distúrbios vocais em professores da rede estadual de ensino de alagoas estudo de caso-controle 1. Distúrbios da voz 2. Fatores

Leia mais

ESTUDO PILOTO DA DURAÇÃO RELATIVA DE FRICATIVAS DE UM SUJEITO COM SÍNDROME DE DOWN. Carolina Lacorte Gruba 1 Marian Oliveira 2 Vera Pacheco 3

ESTUDO PILOTO DA DURAÇÃO RELATIVA DE FRICATIVAS DE UM SUJEITO COM SÍNDROME DE DOWN. Carolina Lacorte Gruba 1 Marian Oliveira 2 Vera Pacheco 3 ESTUDO PILOTO DA DURAÇÃO RELATIVA DE FRICATIVAS DE UM SUJEITO COM SÍNDROME DE DOWN Carolina Lacorte Gruba 1 Marian Oliveira 2 Vera Pacheco 3 INTRODUÇÃO As fricativas são consideradas sons complexos, que

Leia mais

Tecnologias de Reabilitação Aplicações de Processamento de Sinal

Tecnologias de Reabilitação Aplicações de Processamento de Sinal Tecnologias de Reabilitação Aplicações de Processamento de Sinal JPT 1 Aparelho Fonador Humano Modelo de Produção da Fala Frequência Fundamental F0 Formantes Sinal de Fala recolha (filtro anti-aliasing,

Leia mais

A análise do transtorno fonológico utilizando diferentes medidas acústicas Pagan-Neves, LO & Wertzner, HF

A análise do transtorno fonológico utilizando diferentes medidas acústicas Pagan-Neves, LO & Wertzner, HF A análise do transtorno fonológico utilizando diferentes medidas acústicas Pagan-Neves, LO & Wertzner, HF Introdução: As análises instrumentais do transtorno fonológico, assim como em outros distúrbios

Leia mais

mecanismo humano de produção de fala mecanismo humano de produção de fala AVPV ESS.IPS 29,30.nov.13

mecanismo humano de produção de fala mecanismo humano de produção de fala AVPV ESS.IPS 29,30.nov.13 AVPV ESS.IPS 29,30.nov.13 ajf@fe.up.pt.:31:. mecanismo humano de produção de fala AVPV ESS.IPS 29,30.nov.13 ajf@fe.up.pt.:32:. modo de articulação fluxo periódico de ar por vibração das pregas vocais sons

Leia mais

Estudo de Periodicidade dos Dados de Poluição Atmosférica na Estimação de Efeitos na Saúde no Município do Rio de Janeiro

Estudo de Periodicidade dos Dados de Poluição Atmosférica na Estimação de Efeitos na Saúde no Município do Rio de Janeiro Carla Fernandes de Mello Estudo de Periodicidade dos Dados de Poluição Atmosférica na Estimação de Efeitos na Saúde no Município do Rio de Janeiro Dissertação de Mestrado Dissertação apresentada como requisito

Leia mais

AVALIAÇÃO INSTRUMENTAL DOS CORRELATOS ACÚSTICOS DE TONICIDADE DAS VOGAIS MÉDIAS BAIXAS EM POSIÇÃO PRETÔNICA E TÔNICA *

AVALIAÇÃO INSTRUMENTAL DOS CORRELATOS ACÚSTICOS DE TONICIDADE DAS VOGAIS MÉDIAS BAIXAS EM POSIÇÃO PRETÔNICA E TÔNICA * 45 de 297 AVALIAÇÃO INSTRUMENTAL DOS CORRELATOS ACÚSTICOS DE TONICIDADE DAS VOGAIS MÉDIAS BAIXAS EM POSIÇÃO PRETÔNICA E TÔNICA * Juscélia Silva Novais Oliveira ** (UESB) Marian dos Santos Oliveira ***

Leia mais

Estimação da Resposta em Frequência

Estimação da Resposta em Frequência 27 Estimação da Resposta em Frequência ω = ω ω Objectivo: Calcular a magnitude e fase da função de transferência do sistema, para um conjunto grande de frequências. A representação gráfica deste conjunto

Leia mais

A efetividade de um programa de treinamento vocal para operadores de telemarketing

A efetividade de um programa de treinamento vocal para operadores de telemarketing Andréa Gomes de Oliveira A efetividade de um programa de treinamento vocal para operadores de telemarketing Tese apresentada à Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo para a obtenção do título

Leia mais

Governança Corporativa: Análise da composição do Conselho de Administração no Setor de Energia Elétrica do Brasil

Governança Corporativa: Análise da composição do Conselho de Administração no Setor de Energia Elétrica do Brasil Renata Silva de Almeida Governança Corporativa: Análise da composição do Conselho de Administração no Setor de Energia Elétrica do Brasil Dissertação de Mestrado Dissertação apresentada ao Programa de

Leia mais

Nesse item as frequências de vibrações obtidas pela modelagem numérica são comparadas com as frequências obtidas de soluções analíticas.

Nesse item as frequências de vibrações obtidas pela modelagem numérica são comparadas com as frequências obtidas de soluções analíticas. 7 Resultados 7.. Modelagem numérica Nesse item são calculadas as frequências de vibrações obtidas através da formulação apresentada nos capítulos 3 e 4. As rotinas programadas em Mathcad são apresentadas

Leia mais

CONTRIBUIÇÕES DE UM PROGRAMA DE ASSESSORIA EM VOZ PARA PROFESSORES

CONTRIBUIÇÕES DE UM PROGRAMA DE ASSESSORIA EM VOZ PARA PROFESSORES CONTRIBUIÇÕES DE UM PROGRAMA DE ASSESSORIA EM VOZ PARA PROFESSORES PAIVA 3, Laise CARVALHO 1, João NASCIMENTO 1, Emanuelle SILVA 1, Gislayne LIMA-SILVA², Maria Fabiana Bonfim de Centro de Ciências da Saúde

Leia mais

O Programa de Estudos Pós-Graduados em Fonoaudiologia da PUC-SP sugere a apresentação das teses em forma de estudos. Sendo assim, esta tese é

O Programa de Estudos Pós-Graduados em Fonoaudiologia da PUC-SP sugere a apresentação das teses em forma de estudos. Sendo assim, esta tese é 1 O Programa de Estudos Pós-Graduados em Fonoaudiologia da PUC-SP sugere a apresentação das teses em forma de estudos. Sendo assim, esta tese é composta de dois estudos integrados sobre o seguinte tema:

Leia mais

Avaliação de Diversas Bases Wavelets na Detecção de Distúrbios Vocais Infantis

Avaliação de Diversas Bases Wavelets na Detecção de Distúrbios Vocais Infantis Avaliação de Diversas Bases Wavelets na Detecção de Distúrbios Vocais Infantis Miaelle O. Santos, Washington C. de A. Costa, Silvana C. Costa e Suzete E. N. Correia Programa de Pós-Graduação em Engenharia

Leia mais

Processamento Digital de Sinais. Notas de Aula. Análise Espectral Usando a DFT

Processamento Digital de Sinais. Notas de Aula. Análise Espectral Usando a DFT Análise Espectral Análise Espectral Análise Espectral Usando a DFT Processamento Digital de Sinais Notas de Aula Análise Espectral Usando a DFT Uma das principais aplicações da DFT é a análise do conteúdo

Leia mais

Uma aplicação importante dos métodos de processamento digital de sinais é na determinação do conteúdo em frequência de um sinal contínuo

Uma aplicação importante dos métodos de processamento digital de sinais é na determinação do conteúdo em frequência de um sinal contínuo Análise Espectral Uma aplicação importante dos métodos de processamento digital de sinais é na determinação do conteúdo em frequência de um sinal contínuo Análise espectral: determinação do espectro de

Leia mais

Jessica Quintanilha Kubrusly. Métodos Estatísticos para Cálculo de Reservas DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA

Jessica Quintanilha Kubrusly. Métodos Estatísticos para Cálculo de Reservas DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA Jessica Quintanilha Kubrusly Métodos Estatísticos para Cálculo de Reservas DISSERTAÇÃO DE MESTRADO DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA Programa de Pós graduação em Matemática Rio de Janeiro Agosto de 2005 Jessica

Leia mais

PA R ECER T ÉCNICO I B P

PA R ECER T ÉCNICO I B P PA R ECER T ÉCNICO I B P 1 8 0 7 2 REVISTA FÓRUM PROJETO COMPROVA CONSULENTES S Ã O P A U L O, 2 1 D E S E T E M B R O D E 2 0 1 8 SUMÁRIO 1. OBJETIVO... 3 2. METODOLOGIA... 3 3. PEÇAS SUBMETIDAS A EXAMES...

Leia mais

RECONHECIMENTO DE FALANTE

RECONHECIMENTO DE FALANTE MARCOS PAULO RIKI YANASE RECONHECIMENTO DE FALANTE Trabalho da disciplina de Processamento Digital de Sinais do curso de Engenharia Elétrica, Setor de Tecnologia da Universidade Federal do Paraná. Prof.

Leia mais

CORRELATOS PERCEPTIVOS E ACÚSTICOS DOS AJUSTES SUPRAGLÓTICOS NA DISFONIA

CORRELATOS PERCEPTIVOS E ACÚSTICOS DOS AJUSTES SUPRAGLÓTICOS NA DISFONIA 512 CORRELATOS PERCEPTIVOS E ACÚSTICOS DOS AJUSTES SUPRAGLÓTICOS NA DISFONIA Perceptive and acoustic correlates of supraglottis adjustments in dysfonia Aline Magri (1), Sabrina Cukier-Blaj (2), Delmira

Leia mais

DESCRIÇÃO DO PERFILVOCAL DE PROFESSORES ASSISTIDOS POR UM PROGRAMA DE ASSESSORIA EM VOZ

DESCRIÇÃO DO PERFILVOCAL DE PROFESSORES ASSISTIDOS POR UM PROGRAMA DE ASSESSORIA EM VOZ DESCRIÇÃO DO PERFILVOCAL DE PROFESSORES ASSISTIDOS POR UM PROGRAMA DE ASSESSORIA EM VOZ MASCARENHAS 1, Vanessa SOUZA 2, Vânia ALVES³, Jônatas LIMA- SILVA, Maria Fabiana ALMEIDA, Anna Alice Centro de Ciências

Leia mais

Uso das ferramentas de análise acústica para avaliação da voz sob efeitos imediatos de exercícios vocais.

Uso das ferramentas de análise acústica para avaliação da voz sob efeitos imediatos de exercícios vocais. Uso das ferramentas de análise acústica para avaliação da voz sob efeitos imediatos de exercícios vocais. Pimenta RA 1,4, Dajer ME 2 e Montagnoli AN 1,3 1 Programa de Pós-Graduação Interunidades Bioengenharia/USP,

Leia mais

VOZ E PROCESSAMENTO AUDITIVO: TEM RELAÇÃO??

VOZ E PROCESSAMENTO AUDITIVO: TEM RELAÇÃO?? UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO VOZ E PROCESSAMENTO AUDITIVO: TEM RELAÇÃO?? Apresentação: Caroline Pascon (2º ano) Daniele Istile (3º ano) Bárbara Camilo (4ºano) Orientação: Fga. Janine Ramos (Mestranda) Profaª

Leia mais

Ana Maria Camelo Campos. Observando a conexão afetiva em crianças autistas. Dissertação de Mestrado

Ana Maria Camelo Campos. Observando a conexão afetiva em crianças autistas. Dissertação de Mestrado Ana Maria Camelo Campos Observando a conexão afetiva em crianças autistas Dissertação de Mestrado Dissertação apresentada como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre pelo Programa de Pósgraduação

Leia mais

Prevalência de desvio fonológico em crianças de 4 a 6 anos de escolas públicas municipais de Salvador BA

Prevalência de desvio fonológico em crianças de 4 a 6 anos de escolas públicas municipais de Salvador BA Prevalência de desvio fonológico em crianças de 4 a 6 anos de escolas públicas municipais de Salvador BA Palavras-chaves: Distúrbio da fala, avaliação do desempenho, criança Na população infantil, o desvio

Leia mais

60 TCC em Re-vista 2012

60 TCC em Re-vista 2012 Fonoaudiologia 60 TCC em Re-vista 2012 PELICIARI, Lidiane Macarini; SILVA, Suellen 1. Avaliação comportamental das habilidades auditivas de atenção seletiva e resolução temporal em diferentes grupos de

Leia mais

Identificação precoce dos transtornos do espectro autista: um estudo de vídeos familiares

Identificação precoce dos transtornos do espectro autista: um estudo de vídeos familiares Mariana Luísa Garcia Braido Identificação precoce dos transtornos do espectro autista: um estudo de vídeos familiares Dissertação de Mestrado Dissertação apresentada como requisito parcial para obtenção

Leia mais

TONICIDADE E COARTICULAÇÃO: UMA ANÁLISE INSTRUMENTAL

TONICIDADE E COARTICULAÇÃO: UMA ANÁLISE INSTRUMENTAL 225 de 667 TONICIDADE E COARTICULAÇÃO: UMA ANÁLISE INSTRUMENTAL Dyuana Darck Santos Brito 61 (UESB) Vera Pacheco 62 (UESB) Marian Oliveira 63 (UESB) RESUMO considerando que a tonicidade é um aspecto importante

Leia mais

Palavras-chave: Acústica - Fonética - Música

Palavras-chave: Acústica - Fonética - Música Canto belting em inglês e português: Ajustes do trato vocal, características acústicas, perceptivo-auditivas, descrição fonológica e fonética das vogais Palavras-chave: Acústica - Fonética - Música INTRODUÇÃO:

Leia mais

Márcia Araújo Almeida

Márcia Araújo Almeida Márcia Araújo Almeida Blá-blá-blá: a presença dos vocábulos expressivos na identidade lingüística do brasileiro e sua relevância para o português como segunda língua para estrangeiros (PL2E) Dissertação

Leia mais

Renata Miranda Gomes. Detecção de Viés na Previsão de Demanda. Dissertação de Mestrado

Renata Miranda Gomes. Detecção de Viés na Previsão de Demanda. Dissertação de Mestrado Renata Miranda Gomes Detecção de Viés na Previsão de Demanda Dissertação de Mestrado Dissertação apresentada como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre pelo Programa de Pós- Graduação em Engenharia

Leia mais

Análise dos instrumentos de avaliação autoperceptiva da voz, fonoaudiológica da qualidade vocal e otorrinolaringológica de laringe em professores.

Análise dos instrumentos de avaliação autoperceptiva da voz, fonoaudiológica da qualidade vocal e otorrinolaringológica de laringe em professores. Análise dos instrumentos de avaliação autoperceptiva da voz, fonoaudiológica da e otorrinolaringológica de laringe em professores. Palavras chave: voz, distúrbios da voz e docentes. INTRODUÇÃO: As pesquisas

Leia mais

Percepção Auditiva. PTC2547 Princípios de Televisão Digital. Guido Stolfi 10 / EPUSP - Guido Stolfi 1 / 67

Percepção Auditiva. PTC2547 Princípios de Televisão Digital. Guido Stolfi 10 / EPUSP - Guido Stolfi 1 / 67 Percepção Auditiva PTC2547 Princípios de Televisão Digital Guido Stolfi 10 / 2015 EPUSP - Guido Stolfi 1 / 67 Som e Percepção Auditiva Fisiologia do Ouvido Humano Acústica Física Mascaramento Voz Humana

Leia mais

Desenvolvimento de algoritmo de análise automática da curva de frequência por meio de convoluções gaussianas do histograma de alturas 15

Desenvolvimento de algoritmo de análise automática da curva de frequência por meio de convoluções gaussianas do histograma de alturas 15 http://dx.doi.org/10.4322/978-85-99829-84-4-15 Desenvolvimento de algoritmo de análise automática da curva de frequência por meio de convoluções gaussianas do histograma de alturas 15 André Ricardo de

Leia mais

Entropia de Rényi e Informação Mútua de Cauchy-Schwartz Aplicadas ao Algoritmo de Seleção de Variáveis MIFS-U: Um Estudo Comparativo

Entropia de Rényi e Informação Mútua de Cauchy-Schwartz Aplicadas ao Algoritmo de Seleção de Variáveis MIFS-U: Um Estudo Comparativo Leonardo Barroso Gonçalves Entropia de Rényi e Informação Mútua de Cauchy-Schwartz Aplicadas ao Algoritmo de Seleção de Variáveis MIFS-U: Um Estudo Comparativo DISSERTAÇÃO DE MESTRADO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA

Leia mais

Parâmetros importantes de um Analisador de Espectros: Faixa de frequência. Exatidão (frequência e amplitude) Sensibilidade. Resolução.

Parâmetros importantes de um Analisador de Espectros: Faixa de frequência. Exatidão (frequência e amplitude) Sensibilidade. Resolução. Parâmetros importantes de um Analisador de Espectros: Faixa de frequência Exatidão (frequência e amplitude) Sensibilidade Resolução Distorção Faixa dinâmica Faixa de frequência: Determina as frequências

Leia mais

Percurso da Aquisição dos Encontros Consonantais e Fonemas em Crianças de 2:1 a 3:0 anos de idade

Percurso da Aquisição dos Encontros Consonantais e Fonemas em Crianças de 2:1 a 3:0 anos de idade Percurso da Aquisição dos Encontros Consonantais e Fonemas em Crianças de 2:1 a 3:0 anos de idade Palavras-Chave: Desenvolvimento Infantil, Medida da Produção da Fala, Distribuição por Idade e Sexo. INTRODUÇÃO:

Leia mais

MODIFICAÇÕES VOCAIS ACÚSTICAS ESPECTROGRÁFICAS PRODUZIDAS PELA FONAÇÃO REVERSA

MODIFICAÇÕES VOCAIS ACÚSTICAS ESPECTROGRÁFICAS PRODUZIDAS PELA FONAÇÃO REVERSA MODIFICAÇÕES VOCAIS ACÚSTICAS ESPECTROGRÁFICAS PRODUZIDAS DESCRITORES: Voz; Espectrografia; Fonoterapia. PELA FONAÇÃO REVERSA INTRODUÇÃO A fonação reversa (FR) é uma das técnicas usadas no tratamento fonoterapêutico

Leia mais

OBSERVAÇÕES ACÚSTICAS SOBRE AS VOGAIS ORAIS DA LÍNGUA KARO

OBSERVAÇÕES ACÚSTICAS SOBRE AS VOGAIS ORAIS DA LÍNGUA KARO ARAÚJO, Fernanda Oliveira. Observações acústicas sobre as vogais orais da língua Karo. Revista Virtual de Estudos da Linguagem ReVEL. Edição especial n. 1, 2007. ISSN 1678-8931 [www.revel.inf.br]. OBSERVAÇÕES

Leia mais

LESÕES DE BORDA DE PREGAS VOCAIS E TEMPOS MÁXIMOS DE FONAÇÃO

LESÕES DE BORDA DE PREGAS VOCAIS E TEMPOS MÁXIMOS DE FONAÇÃO 134 LESÕES DE BORDA DE PREGAS VOCAIS E TEMPOS MÁXIMOS DE FONAÇÃO Vocal folds edge lesions and maximum phonation times Bárbara Costa Beber (1), Carla Aparecida Cielo (2), Márcia Amaral Siqueira (3) RESUMO

Leia mais

Tânia Cristina Soeiro Simões O uso das preposições locais no processo de aquisição formal da língua alemã como segunda língua

Tânia Cristina Soeiro Simões O uso das preposições locais no processo de aquisição formal da língua alemã como segunda língua Tânia Cristina Soeiro Simões O uso das preposições locais no processo de aquisição formal da língua alemã como segunda língua Dissertação de Mestrado Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação

Leia mais

ESTUDO FONÉTICO-EXPERIMENTAL DA INFLUÊNCIA DA PAUSA NA DURAÇÃO DE VOGAIS ACOMPANHADAS DE OCLUSIVAS SURDAS E SONORAS *

ESTUDO FONÉTICO-EXPERIMENTAL DA INFLUÊNCIA DA PAUSA NA DURAÇÃO DE VOGAIS ACOMPANHADAS DE OCLUSIVAS SURDAS E SONORAS * 57 de 297 ESTUDO FONÉTICO-EXPERIMENTAL DA INFLUÊNCIA DA PAUSA NA DURAÇÃO DE VOGAIS ACOMPANHADAS DE OCLUSIVAS SURDAS E SONORAS * Francisco Meneses (UESB) Vera Pacheco (UESB) RESUMO A duração das vogais

Leia mais

Marina Emília Pereira Andrade

Marina Emília Pereira Andrade Marina Emília Pereira Andrade Estudo da relação entre o processamento temporal e a consciência fonológica Trabalho apresentado à banca examinadora para a conclusão do Curso de Fonoaudiologia da Universidade

Leia mais

Duração relativa das vogais tônicas de indivíduos com fissura labiopalatina

Duração relativa das vogais tônicas de indivíduos com fissura labiopalatina https://eventos.utfpr.edu.br//sicite/sicite2017/index Duração relativa das vogais tônicas de indivíduos com fissura labiopalatina RESUMO Jhenyffer Nareski Correia jhenyffer.nareski@gmail.com Universidade

Leia mais

A influência do trato vocal na qualidade sonora da flauta

A influência do trato vocal na qualidade sonora da flauta A influência do trato vocal na qualidade sonora da flauta Fabiana Moura Coelho fabianamcoelho@gmail.com Sumário: A utilização de imagens mentais acerca da influência do trato vocal na qualidade sonora

Leia mais

DETERMINAÇÃO DO GÊNERO DO LOCUTOR USANDO A TRANSFORMADA RÁPIDA DE FOURIER

DETERMINAÇÃO DO GÊNERO DO LOCUTOR USANDO A TRANSFORMADA RÁPIDA DE FOURIER Revista Ciências Exatas ISSN: 1516-893 Vol. 1 Nº. Ano 015 Natanael M. Gomes Universidade de Taubaté Marcio Abud Marcelino Universidade Estadual Paulista Universidade de Taubaté Francisco José Grandinetti

Leia mais

Uma abordagem fonética e acústica da técnica vocal

Uma abordagem fonética e acústica da técnica vocal - Uma abordagem fonética e acústica da técnica vocal COMUNICAÇÃO Marcos Sfredo Universidade de Brasília - marcos.sfredo@gmail.com Resumo: O objetivo deste trabalho é apresentar uma abordagem da técnica

Leia mais

PERCEPÇÃO AUDITIVA E VISUAL DAS FRICATIVAS DO PORTUGUÊS BRASILEIRO

PERCEPÇÃO AUDITIVA E VISUAL DAS FRICATIVAS DO PORTUGUÊS BRASILEIRO Página 291 de 499 PERCEPÇÃO AUDITIVA E VISUAL DAS FRICATIVAS DO PORTUGUÊS BRASILEIRO Audinéia Ferreira-Silva (CAPES/UESB) Vera Pacheco (UESB) Luiz Carlos Cagliari (UNESP) RESUMO Neste trabalho, nosso objetivo

Leia mais

Bônus Corporativos: Um estudo sobre as variáveis que afetam o rating de uma emissão

Bônus Corporativos: Um estudo sobre as variáveis que afetam o rating de uma emissão Anita Castello Branco Camargo Bônus Corporativos: Um estudo sobre as variáveis que afetam o rating de uma emissão Dissertação de Mestrado Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Administração

Leia mais