ATO NORMATIVO CRN-3 N.º 18/2008
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- Eric Bennert Conceição
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1 ATO NORMATIVO CRN-3 N.º 18/2008 Serviços de Alimentação Autogestão Concessionárias de Alimentação A Presidente do Conselho Regional de Nutricionistas 3ª Região, no uso de suas atribuições legais que lhe conferem a Lei Federal n.º 6.583/78 e o Decreto Federal n.º /80; Considerando a Lei Federal n.º 8234, de 17 de setembro de 1991, que regulamenta a profissão de Nutricionista, definindo seu campo de atuação profissional assim como suas atividades privativas; Considerando, que a orientação, disciplina e fiscalização desse exercício profissional compete aos Conselhos Federal e Regionais de Nutricionistas, que devem assumir a função fiscalizatória na área de Alimentação e Nutrição, em prol de toda a comunidade; Considerando, que as áreas de atuação do Nutricionista e suas atribuições estão definidas na Resolução CFN n.º 380/05, onde consta como atribuição principal na área de Alimentação Coletiva: Planejamento, organização, direção, supervisão e avaliação da Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN ) ; Considerando que as áreas de atuação do Técnico em Nutrição e Dietética e suas atribuições estão definidas nas Resoluções CFN n.º 227/99 e n.º 312/03; Considerando, que a Alimentação e a Nutrição constituem áreas de conhecimento técnico-científico, relacionadas com a saúde humana, nas quais atuam profissionais de formação superior e de nível técnico, atuação essa que pode e deve se fazer de forma conjunta, em prol da melhoria da qualidade de vida das pessoas; Considerando, que as normas de conduta para o exercício das profissões de Nutricionista e de Técnico em Nutrição e Dietética, estão contidas nos Códigos de Ética Profissional (Resoluções CFN nº 334/04 e 333/04, respectivamente);
2 Considerando, que compete ao Conselho Federal estabelecer parâmetros numéricos, conforme determina a Resolução CFN n.º 380/05, porém, possibilitando aos CRNs, conforme suas características regionais, adequar os parâmetros numéricos de referência, após estudo e avaliação prévia, desde que observados critérios técnicos contidos no Anexo IV da referida Resolução; Considerando, ainda, que é imprescindível que parâmetros numéricos e técnicos norteiem o exercício profissional dos Nutricionistas e Técnicos em Nutrição e Dietética, estabelece diretrizes para uma efetiva fiscalização desses profissionais no âmbito da jurisdição do CRN-3, garantindo assim que as atribuições sejam cumpridas na sua totalidade, independente da área de atuação; Considerando, finalmente, que a Responsabilidade Técnica, exercida pelo Nutricionista, é o compromisso profissional e legal na execução de suas atividades, compatível com a formação e os princípios éticos da profissão, visando a qualidade dos serviços prestados à sociedade, conforme dispõem as Resoluções CFN n.º 334/03 e n.º 419/08; RESOLVE: Artigo 1º - Incluir no quadro técnico (QT) das empresas e instituições alvo deste Ato Normativo, os Técnicos em Nutrição e Dietética, já que a Resolução CFN 380/05 não contempla essa categoria nos parâmetros numéricos, embora ela faça parte dos quadros de profissionais inscritos nos CRNs, com significativo número principalmente no CRN-3. Artigo 2º - Utilizar, como parâmetros mínimos, para dimensionamento de quadro técnico (QT) das pessoas jurídicas registradas/cadastradas no CRN-3, com produção de refeições para coletividades sadias, os números apresentados na tabela a seguir.
3 Tabela - EMPRESAS FORNECEDORAS DE SERVIÇO DE ALIMENTAÇÃO COLETIVA E EMPRESAS/ ENTIDADES COM SERVIÇO DE ALIMENTAÇÃO AUTO-GESTÃO: N.º DE REFEIÇÕES/ DIA 1 grande Refeição (1 Período) Tipo de Refeição / Período 1 grande Refeição (2 Períodos) N.º Profissionais Carga Horária N.º Profissionais Carga Horária Semanal Semanal Nut. Técnicos Nut. Técnicos Nut. Técnicos Nut. Técnicos até h h a h h a h h a h h a h 40h h 40h a h 40h h 40h a h 40h h 40h a h 40h h 40h a h 40h h 40h a h 40h h 40h Acima de Análise caso a caso
4 Observações: 1. Para cálculo de refeições, parte-se da premissa de que 1 (uma) grande refeição equivale a 10 (dez) pequenas refeições. 2. Para efeito de cálculo os DESJEJUNS e LANCHES serão computados na contagem total, considerando-se a seguinte proporção: cada 10 desjejuns ou lanches equivalem a 1 (uma) GRANDE REFEIÇÃO (10:1). 3. Como GRANDE REFEIÇÃO entende-se ALMOÇO, JANTAR E CEIA (PADRÃO JANTAR). 4. Como Concessionária de pequeno porte serão consideradas as Pessoas Jurídicas que apresentarem produção de até 2000 refeições /dia. 5. Como SERVIÇO CENTRALIZADO considera-se a empresa/instituição que possui uma Cozinha Central, com distribuição de refeições, do tipo transportada, às demais unidades ou clientes Será utilizado como procedimento de análise do quadro técnico (QT), a somatória do número de refeições, distribuídas de forma transportada, a granel ou em recipientes individuais, às unidades ou clientes, aplicandose a Tabela descrita anteriormente, desconsiderando o número de clientes. Exemplo produção de 600 refeições/dia para 15 clientes, acatar 1 Nutricionista 30 horas semanais, porém observar a proximidade dos clientes. 6. Como SERVIÇO DESCENTRALIZADO considera-se a empresa que administra a produção e a distribuição de refeições na própria unidade ou direto no cliente Será utilizado como procedimento de análise do quadro técnico (QT), a somatória do número de refeições de 03 unidades/clientes, desde que inferior a refeições/dia. Neste caso, considerar um Nutricionista Supervisor que deverá atuar com horário compatível para supervisão das 03 unidades/clientes. Para unidades ou clientes com produção acima de 500 refeições/dia, considerar 01 (um) Nutricionista fixo com atuação no local, em período integral.
5 6.2. Pessoas Jurídicas consideradas de pequeno porte, com serviço descentralizado, a análise será priorizada pelo número de refeições. O número de clientes será avaliado caso a caso Pessoas Jurídicas não caracterizadas como pequeno porte, com unidades entre 200 e 500 refeições/dia, deverá ser solicitado um Técnico em Nutrição e Dietética por unidade. 7. Como SERVIÇO MISTO considera-se a empresa que utiliza os sistemas centralizado e descentralizado. As Unidades centralizadas e descentralizadas deverão ser analisadas distintamente de acordo com critérios citados anteriormente. 8. Para solicitar ampliação de Quadro Técnico, utilizar como tolerância o valor superior de 10% do critério. 9. Além da tabela descrita neste ATO NORMATIVO, os critérios de análise do quadro técnico da empresa poderão ser baseados em visitas fiscais, solicitadas pelo Plenário e/ou Comissão de Fiscalização, utilizando-se como mais um parâmetro, o relatório circunstanciado feito pelo fiscal; 10. Qualquer empresa poderá ter os seus dados analisados de forma individualizada (caso a caso), por determinação do Plenário e/ou Comissão de Fiscalização, sempre que necessário. Este Ato Normativo entra em vigor a partir da sua aprovação na 327ª Reunião Plenária Ordinária, realizada em 04/09/2008, revogando-se o Ato Normativo n.º 16/2004. São Paulo, 04 de setembro de 2008 Dra. Olga Maria Silverio Amancio CRN-3 n.º 0017 Presidente Dra. Liliana Paula Bricarello CRN-3 n.º8941 Secretária
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