PLANTAS NATIVAS E INVASORAS DA MADEIRA

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1 PLANTAS NATIVAS E INVASORAS DA MADEIRA 2009/2010 ANO III - ESPECIAL PROPRIEDADE EB1/PE do Faial COLABORADORES Comunidade Escolar DIRECTOR João Henrique F. Gomes REDACÇÃO M. Eduardo L. Fernandes COMPOSIÇÃO E FOTOGRAFIA M. Eduardo L. Fernandes NESTA EDIÇÃO Introdução Flora Madeirense Laurissilva Cinco florestas indígenas Quatro andares de vegetação natural Plantas invasoras Divulgação e protecção Contributo da população Conclusão BIBLIOGRAFIA Costa Neves, E. (ed.) Laurissilva da Madeira. Caracterização quantitativa e qualitativa. Parque Natural da Madeira, Governo Regional da Madeira. Favila Faria, B. (ed.) Fauna y Flora da Madeira. Espécies endémicas ameaçadas. Vertebrados y flora vascular. Governo Regional de Madeira. CONHECER DIVULGAR PRESERVAR INTRODUÇÃO A importação de espécies exóticas faz-se com a intenção de aumentar a riqueza duma região. Algumas plantas adaptam-se com facilidade e aumentam a sua área de distribuição, propagam-se a partir do local de inserção inicial e espalham-se pelo território, formando núcleos independentes sem a intervenção do Homem, em habitats naturais ou semi-naturais, tornando-se uma espécie naturalizada, enquanto outras nunca chegam a expandir-se ou extinguem-se. A maior parte das espécies introduzidas não ultrapassam a naturalização mas algumas tornam-se invasoras pois espalham-se por todo o lado e podem transformar uma comunida- (Continua na próxima página) Luís Silva, Elizabeth Ojeda Land & Juan Luis Rodríguez Luengo, eds Flora e Fauna Terrestre Invasora na Macaronésia. TOP 100 nos Açores, Madeira e Canárias. A maior parte das espécies introduzidas não ultrapassam a naturalização

2 PÁGINA 2 INTRODUÇÃO (Continuação da página anterior) FAIALINHO mas algumas tornam-se invasoras pois espalham-se por todo o lado de herbácea ou arbustiva diversa num território da sua exclusividade. O problema das espécies invasores é agravado com a sua irreversibilidade, ou seja, quando ocorre a reprodução, a dispersão e a adaptação espontânea o controlo e a erradicação tornam-se difíceis ou mesmo impossíveis. As plantas invasoras interferem na sucessão de espécies vegetais naturais e nas interacções planta/animal associadas, empobrecendo e pondo em risco a evolução das espécies nativas. São um problema a ter em conta em projectos de recuperação de ecossistemas degradados, principalmente quando impedem o desenvolvimento das espécies nativas. As invasões biológicas podem ocorrer naturalmente mas, principalmente nos espaços insulares, as actividades humanas são as principais responsáveis, produzindo, a médio e a longo prazo, efeitos negativas na economia e ao nível ecológico e social, pondo em risco a saúde humana, quando se trata de produtores de alimentos e de fornecimento de água, e a conservação dos ecossistemas, ao alterar o desenvolvimento natural dos núcleos invadidos. Tendo em consideração o supracitado, quando são introduzidas novas espécies é imprescindível monitorizar o seu desenvolvimento e expansão para confirmar que são realmente inofensivas e não invasoras. É neste ponto de vista que nos propomos estudar a vegetação indígena e os efeitos das plantas invasoras na ilha da Madeira, produzindo alguns trabalhos académicos que, ao serem divulgados, irão contribuir para informar e alertar a população para este problema deveras preocupante.

3 FAIALINHO PÁGINA 3 FLORA MADEIRENSE A floresta, usada pelo Homem ao longo da sua evolução como meio de sobrevivência, tem sofrido uma diminuição gradual, sendo necessário reverter a situação e garantir a sua sustentabilidade. É urgente preservar os recursos naturais da Terra para garantir o futuro das gerações vindouras e o equilíbrio das forças naturais. Há cinco séculos, a Madeira estava totalmente coberta pela mesma vegetação mas com a chegada do Homem sofreu uma enorme redução devido ao corte e derrube de árvores para a obtenção de madeira utilizada na exploração industrial, na construção de habitações, de embarcações, de vários utensílios e à devastação de áreas para a agricultura e urbanização. A ocupação do arquipélago da Madeira pelo Homem, com a importação de animais e plantas, provocou a destruição ou alteração de muitos habitats naturais e a perca de grande parte da flora indígena. Actualmente, o lixo, os fogos florestais e as espécies exóticas introduzidas constituem um perigo real para a floresta Laurissilva. Apesar disso, a ilha da Madeira tem sido visitada e explorada por muitos investigadores e cientistas nacionais e estrangeiros. É reconhecida internacionalmente pelo seu riquíssimo património natural de espécies raras de fauna e de flora. A nossa vegetação indígena, formada há cerca de 20 milhões de anos, é uma relíquia do Terciário por possuir espécies que existiram nos bosques primitivos do Sul da Europa e do Norte de África, extintos devido a alterações drásticas do clima, e que se diferenciaram devido ao isolamento e às diferentes condições ecológicas, durante milhares de anos. Há cinco séculos, a Madeira estava totalmente coberta pela mesma vegetação com a importação de animais e plantas, (o Homem) provocou a destruição ou alteração de muitos habitats naturais

4 PÁGINA 4 Laurissilva é a designação dada à floresta indígena da Madeira. Este nome advém do latim, Laurus (loureiro, lauráceas) e Silva (floresta, bosque). Loureiro (Laurus novocanariensis) Barbusano (Apollonias barbujana) LAURISSILVA FAIALINHO Laurissilva é a designação dada à floresta indígena da Madeira. Este nome advém do latim, Laurus (loureiro, lauráceas) e Silva (floresta, bosque). A Laurissilva cobria quase toda a Madeira mas agora encontrámo-la, sobretudo, na vertente norte da ilha, nas encostas e nos profundos vales do interior, distribuindo-se entre os 300 e os 1300 metros de altitude. É uma floresta subtropical húmida com um ecossistema de enorme importância para a ciência e para a botânica. A nível mundial, é um património raro que existe apenas nos arquipélagos da Macaronésia: na Madeira, com maior significado, em algumas ilhas do grupo ocidental das Canárias, nos Açores e em Cabo Verde. A Laurissilva tem árvores altas e entroncadas. Muitas pertencem à família das lauráceas, sobressaindo o vinhático, o loureiro, o til, o pau-branco, o barbusano e o aderno, entre outras. Por baixo da copa destas árvores, de altura elevada, há arbustos: urzes, uveiras, faias, folhados, piornos, sanguinhos, perados e muitos outros. Ao nível do solo encontramos um número elevado de plantas únicas que existem apenas na Madeira, conhecidas por endémicas. A fauna é muito rica e variada, evidenciando-se ao nível dos insectos e das aves. Nas encostas escarpadas da ilha, a Laurissilva protege os solos contra a erosão e sustenta os caudais das ribeiras e das nascentes. Está frequentemente envolvida por densos nevoeiros que, retidos pelas folhas da vegetação, se condensam, a água escorre para o solo e infiltra-se, abastecendo depois as nascentes e os cursos de água. Quase toda a água consumida na cidade do Funchal e também nas (Continua na próxima página)

5 FAIALINHO PÁGINA 5 LAURISSILVA (Continuação da página anterior) restantes urbanizações da costa sul da Madeira tem origem na floresta Laurissilva, sendo lá captada e transportada por túneis e levadas. Parte desta água é aproveitada na produção de energia eléctrica, nas centrais hidroeléctricas, servindo depois para alimentar as levadas que a transporta para os campos. A Madeira detém a melhor e a maior área de floresta Laurissilva do Mundo, em bom estado de conservação, ocupando mais de hectares. Em 1999 a Unesco elevou a Laurissilva da Madeira a Património da Humanidade. Folhado ou Folhadeiro (Clethra arborea Aiton) Gingeira-brava (Frangula azorica V. Grubow) Sanguinho (Rhamnus glandulosa Aiton) Cedro-da-madeira (Juniperus cedrus Webb & Berthel.)

6 PÁGINA 6 CINCO FLORESTAS INDÍGENAS FAIALINHO Til (Ocotea foetens) Urze (Erica arborea) Estudos recentes confirmam a existência de cinco florestas indígenas na Madeira: Zambujal, Laurissilva do Barbusano, Laurissilva do Til, Laurissilva do Vinhático e Urzal de Altitude. O Zambujal ocupa as altitudes mais baixas da ilha da Madeira. A sua vegetação está bastante degradada devido à actividade humana, encontrando-se geralmente em ravinas quase inacessíveis. É assim designada devido ao zambujeiro ou oliveira brava (Olea europea ssp., Olea maderensis) que aí predomina. A Laurissilva do Barbusano, dominada por barbusanos (Apollonias barbujana) e loureiros (Laurus novocanariensis), encontra-se na costa norte entre Santana e o Porto Moniz. A Laurissilva do Til, onde abunda esta árvore (Ocotea foetens), os loureiros (Laurus novocanariensis), os folhados (Clethra arborea) e plantas epífitas que vivem sobre os troncos e ramos das árvores, encontra-se bem conservada na costa norte da Madeira, mas na costa sul apenas são visíveis alguns núcleos em zonas pouco acessíveis. A Laurissilva do Vinhático (Persea indica), onde também abundam os Loureiros (Laurus novocanariensis), muito degradada no passado devido à utilização do seu habitat para fins agrícolas e também ao corte excessivo de Vinháticos para fabrico de móveis, encontra-se em boa recuperação. O Urzal de Altitude é constituído por urzes molares que podem atingir porte de árvore, pela uveira (Vaccinium padifolium) e pela sorveira (Sorbus maderensis), entre outras. Não possui grande diversidade de plantas mas é muito importante na captação da água dos nevoeiros pelo processo de precipitação oculta.

7 FAIALINHO PÁGINA 7 QUATRO ANDARES DE VEGETAÇÃO NATURAL Na Madeira distinguem-se quatro andares de vegetação indígena: Junto ao mar e até trezentos metros de altitude, onde o clima é mais quente e seco, existe uma vegetação indígena com arbustos, herbáceas e plantas suculentas e restos de uma micro-floresta de clima árido que está quase totalmente substituída pelos campos agrícolas e pelos espaços urbanos, onde dominavam o dragoeiro e o zambujeiro e muitos arbustos, em maior quantidade do que as árvores, como a figueira-do-inferno (Euphorbia piscatoria) e o massaroco (Echium nervosum). Nas arribas encontram-se ainda o bofe-de-burro (Andryala glandulosa), a Matthiola maderensis, o Lotus glaucus, o Aeonium glutinosum ou o Helichrysum devium, entre outras. Entre os 300 e os 600 metros, a baixa e média altitude, foram introduzidas espécies florestais exóticas, como o pinheiro bravo, a criptoméria, a pseudotsuga, o castanheiro, o carvalho, a acácia e o eucalipto. É um meio fresco e húmido que na altura da colonização, se encontrava coberto com o barbusano (Apollunias barbujana), a faia-das-ilhas (Myrica faya), o azevinho (Ilex canariensis), o marmulano (Sideroxylon marmulano) e o seixeiro (Salix canariensis). Ainda há manchas significativas destas plantas no norte da ilha da Madeira e nalguns núcleos, nas vertentes e escarpas voltadas a Sul. Mais acima, entre os 600 e os 1300 metros, onde se verificam os mais altos valores de humidade relativa, existem belos aglomerados de Laurissilva, com muitas árvores de grande porte da família das lauráceas, como o til, o vinhático e o loureiro, encontrando-se também árvores de menor porte e de outras famílias como o folhado (Clethra ar- (Continua na próxima página) Figueira-do-inferno (Euphorbia piscatoria) Vinhático (Persea indica (L.) Spreng)

8 PÁGINA 8 QUATRO ANDARES DE VEGETAÇÃO NATURAL (Continuação da página anterior) Língua Cervina (Elaphoglossum paleaceum) FAIALINHO borea Aiton), o pau-branco (Picconia excelsa), o sanguinho (Rhamnus glandulosa), o perado (Ilex perado), o sabugueiro, a ginjeira-brava, o cedro-da-madeira, o alegra-campo (Semele androgyna) e junto ao solo, na sombra e na humidade, várias espécies de fetos. Nas clareiras, onde há mais luz, brotam arbustos e pequenas plantas como o massaroco, o isoplexis, a muchia e a estreleira, entre outros. As herbáceas de flores mais atraentes são a orquídea-da-serra (Dactylorhiza foliosa), o gerânio (Geranium palmatum) e a douradinha (Ranunculus cortusifolius). Pau-branco (Piccona excelsa) Sanguinho (Rhamnus glandulosa Aiton) Asplenium monanthes L.

9 FAIALINHO PÁGINA 9 PLANTAS INVASORAS A introdução de plantas e animais na Madeira tem dificultado a manutenção das áreas naturais. A maior ameaça ao equilíbrio e conservação da Laurissilva e também de outros espaços de vegetação indígena é a invasão das espécies exóticas, com maior incidência nas plantas, que foram introduzidas na Madeira por motivos económicos ou como ornamentais, acabando por se propagar e desenvolver espontaneamente na Natureza. Mais ao nível do limite inferior da Laurissilva, nas zonas de transição e em terrenos agrícolas abandonados, as invasoras, cujas sementes são levadas pelo vento, pela água e pelos animais para toda a parte, proliferam em abundância devido à sua adaptação fácil, ao clima e ao solo, à vigorosa rebentação e à proliferação de grandes quantidades de sementes. Ocupam os terrenos de uma forma excessiva, levam à degradação e à substituição da flora indígena, originam alterações significativas nos ecossistemas naturais e constituem uma ameaça grave à perenidade do seu habitat. Os arbustos e as árvores invasoras só são predominantes em terrenos agrícolas abandonados ou pouco cuidados. A facilidade de propagação destas espécies dá-lhes a capacidade de cobertura total do solo, não permitindo ou dificultando o desenvolvimento das espécies naturais. Algumas plantas invasoras da Madeira: 1. Abundância (adenophora (Spreng.) R. M. King & H. Rob.) 2. Abundância (Ageratina riparia R. M. King & H. Rob.) 3. Acácia (A. longifolia) 4. Acácia (A. mearnsii e Acacia melanoxylon R. Br.) (Continua na próxima página) Acácia Amor-de-burro (Bidens pilosa L.) Azedas (Oxalis pes-caprae L.)

10 PÁGINA 10 Bálsamo ou Chorão (Carpobrotus edulis (L.) N. E. Br.) Bons-dias (Ipomoea indica (Burm. fil.) Merr.) PLANTAS INVASORAS FAIALINHO (Continuação da página anterior) 5. Acácia (Acacia dealbata) 6. Ailanto (Ailanthus altissima (Mill.) Swingle) 7. Alfinetes (Centranthus ruber (L.) DC.) 8. Amor-de-burro (Bidens pilosa L.) 9. Apténia (Aptenia cordifolia (L. f.) Schwantes) 10. Árvore-de-seda (Gomphocarpus fruticosus (L.) W. T. Aiton) 11. Árvore-do-céu (Ailanthus altissima) 12. Avenca (Adiantum hispidulum Sw.) 13. Avenca (Adiantum raddianum C. Presl) 14. Avoadeira (Conyza bonariensis (L.) Cronq.) 15. Avoadeira (Conyza canadensis (L.) Cronq.) 16. Avoadeira (Conyza sumatrensis (Retz.) E. Walker) 17. Azedas (Oxalis pes-caprae L.) 18. Babosa (Aloe vera (L.) Burm. f.) 19. Bálsamo ou Chorão (Carpobrotus edulis (L.) N. E. Br.) 20. Bananilha (Hedychium gardnerianum Sheppard ex Ker Gawl) 21. Bons-dias (Ipomoea indica (Burm. fil.) Merr.) 22. Botão-de-oiro (Cotula australis (Sieber ex Spreg.) Hook. fil.) 23. Brinco-de-princesa (Fuchsia corymbiflora) 24. Brinco-de-princesa (Fuchsia magellanicase) 25. Cana-vieira (Arundo donax L.) 26. Cardo (Cirsium vulgare (Savi) Ten.) 27. Carqueja (Ulex europaeus L.) 28. Carqueja-miúda (Ulex minor Roth) 29. Chagas (Tropaeolum majus L.) (Continua na próxima página)

11 FAIALINHO PÁGINA 11 PLANTAS INVASORAS (Continuação da página anterior) 30. Coroas-de-henrique (Agapanthus praecox Willd. subsp. orientalis (F. M. Leight) F. M. Leight) 31. Corriola-de-balões (Cardiospermum grandiflorum Sw.) 32. Corriola-de-seda (Araujia sericifera Brot.) 33. Crassula (Crassula multicava Lem.) 34. Erva-da-fortuna (Tradescantia fluminensis Vell.) 35. Erva-das-abelhas (Salpichroa origanifolia (Lam.) Thell.) 36. Espadana (Phormium tenax J. R. Forst. & G. Forst.) 37. Eucalipto (Eucalyptus globulus Labill.) 38. Falso-plátano (Acer pseudoplatanus) 39. Feto (Cyrtomium falcatum (L. fil.) C. Presl) 40. Feto-arbório (Cyathea cooperi (Hook. ex F. Mueel.) Domin) 41. Feto-faca (Nephrolepis cordifolia (l.) C. Presl) 42. Floricos ou Teresinhas (Erigeron Karvinskianus DC.) 43. Giesta (Cytisus scoparius L. Link) 44. Giesta (Cytisus striatus (Hill) Rothm.) 45. Incenseiro (Pittosporum undulatum Vent.) 46. Inhame (Colocasia esculenta (L.) Schott) 47. Lantana (Lantana camara L.) 48. Malva (Pelargonium inquinans (L.) L'Hér. ex Ait.) 49. Maracujá-banana (Passiflora molissima (Kunth) L.H. Bailey) 50. Mombrécia (Crocosmia x crocosmiiflora (Lemoine) N. E. Br.) 51. Morango-de-lagartixa (Duchesnea indica (Andr.) Focke) (Continua na próxima página) Brinco-de-princesa (Fuchsia magellanicase) Inhame (Colocasia esculenta (L.) Schott) Maracujá-banana (Passiflora molissima (Kunth) L.H. Bailey)

12 PÁGINA 12 Novelos (Hydrangea macrophylla (Thunb.) Ser.) Carrapateira ou Rícino (Ricinus communis L.) FAIALINHO PLANTAS INVASORAS (Continuação da página anterior) 52. Novelos ou Hortênsia (Hydrangea macrophylla (Thunb.) Ser.) 53. Papoila-da-Califórnia (Eschscholzia californica Champ.) 54. Piteira (Agave americana L.), 55. Rícino ou Carrapateira (Ricinus communis L.) 56. Silvado (Rubus ulmifolius Schott) 57. Soleirolia (Soleirolia soleirolli (Req.) Dandy) 58. Tabaibeira (Opuntia tuna (L.) Mill.) 59. Tabaqueira (Solanum mauritianum Scop.) 60. Tabaqueira-azul ou Nicociana (Nicotiana glauca Graham) 61. Tasmeirinha-de-correr (Delairea odorata Lem.) 62. Tomate (Solanum lycopersicum L. var. lycopersicum) 63. Urze-de-jardim (Leptospermum scoparium J. R. Forst. & G. Forst.) 64. Vinagreira (Phytolacca americana L.) Silvado (Rubus ulmifolius Schott) Tabaqueira (Solanum mauritianum Scop.) Erva-da-fortuna (Tradescantia fluminensis Vell.) Mombrécia (Crocosmia x crocosmiiflora (Lemoine) N. E. Br.) (Continua na próxima página)

13 FAIALINHO PÁGINA 13 PLANTAS INVASORAS (Continuação da página anterior) Assente em trabalhos científicos, os Vigilantes da Natureza fazem o patrulhamento diário da floresta para, entre outras tarefas, detectarem núcleos de plantas invasoras que depois são erradicados com o apoio de várias entidades, destacando-se os soldados do Exército Português, o Centro de Actividades Ocupacionais do Funchal, jovens de Machico e de Ponta Delgada e algumas Juntas de Freguesia. O combate às plantas invasoras consta da intervenção rápida e eficaz nas zonas menos afectadas dentro da floresta Laurissilva de forma a evitar situações incontroláveis e irreversíveis, recorrendo a meios mecânicos e químicos: arrancam-se rizomas e trepadeiras, cortam-se árvores e faz-se o tratamento químico das touças. Nos espaços resultantes da erradicação das plantas invasoras procede-se à reflorestação com flora indígena. A Fundação Berardo tem disponibilizado plantas autóctones para a reflorestação. Com o apoio da Direcção Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural, a maior parte dos materiais vegetais recolhido nos locais de intervenção é utilizado na compostagem e alguns são enterrados ou colocados em mangas. Há avanços significativos na erradicação de núcleos de plantas invasoras no Chão da Ribeira, na Fajã da Nogueira, no Seixal, em Boaventura, na Ribeira da Janela e em S. Vicente, entre outros. Coroas-de-henrique (Agapanthus praecox Willd. subsp. orientalis (F. M. Leight) F. M. Leight) Espadana (Phormium tenax J. R. Forst. & G. Forst.) Tabaibeira (Opuntia tuna (L.) Mill.) Chagas (Tropaeolum majus L.)

14 PÁGINA 14 FAIALINHO DIVULGAÇÃO E PROTECÇÃO DA VEGETAÇÃO ENDÉMICA DA MADEIRA Felizmente, a floresta indígena da Madeira está protegida e sustentada por diversos estatutos, integrando-se no Parque Nacional da Madeira, na lista de sítios da Rede Natura 2000 e sendo, desde 1999, considerada pela Unesco Património Mundial. Na Madeira, a Floresta Laurissilva estendese pelos concelhos da Calheta, Machico, Ponta do Sol, Porto Moniz, Santana e São Vicente. GOVERNO REGIONAL DA MADEIRA Para conservar o considerável património natural do arquipélago da Madeira, o Governo Regional criou um conjunto de áreas protegidas, como o Parque Natural da Madeira, as Reservas Naturais das Ilhas Selvagens e das Ilhas Desertas e a Rede Natura Ao mesmo tempo, desenvolveu diversos projectos dirigidos à protecção, conservação e recuperação de espécies e habitats ameaçados de extinção, como o projecto de Conservação de Espécies Vegetais Prioritárias e Raras da Madeira e os projectos LIFE de Recuperação dos Habitats Terrestres da Deserta Grande e da Selvagem Grande. Através da Secretaria Regional do Ambiente e a de Recursos Humanos, o Governo Regional tem financiado projectos para a ocupação dos jovens que realizam acções de vigilância, sensibilizam a população, combatem as plantas invasoras e ajudam na identificação das espécies. VIVEIRO DO PICO DAS PEDRAS No sítio do Pico das Pedras, na freguesia de Santana, há um viveiro que produz uma quantidade de espécies indígenas da Madeira, garantindo o repovoamento das zonas mais elevadas do arquipélago. Laurissilva (Continua na próxima página)

15 FAIALINHO PÁGINA 15 DIVULGAÇÃO E PROTECÇÃO DA VEGETAÇÃO ENDÉMICA DA MADEIRA (Continuação da página anterior) PARQUE NATURAL DA MADEIRA O Parque Natural da Madeira foi criado pelo Decreto Regional n 14/82/M, de 10 de Novembro, visando o ordenamento do território, a defesa da Natureza, a manutenção do equilíbrio biológico, a defesa da paisagem e do meio rural, a resolução dos problemas causados pela erosão e também o ordenamento dos passatempos nos espaços verdes. Cerca de dois terços dos espaços verdes da Madeira fazem parte do Parque Natural, tendo em consideração a diversidade e a abundância de habitats nas montanhas mais altas, na floresta Laurissilva e nas zonas de vegetação do litoral. Em 1993, criou-se a orgânica do serviço do Parque Natural da Madeira que gere e promove os propósitos da área protegida, administrando também a jurisdição das Reservas Tangerão-bravo (Musschia wollastonni Lowe) Naturais. O Parque Natural da Madeira, entre outras entidades regionais, para além da erradicação das plantas invasoras e do seu contributo na reflorestação indígena, procede à sensibilização das comunidades locais, realizando palestras e visitas de estudo e dando formação específica sobre plantas invasoras a autarcas, a professores e a agricultores. PARQUE ECOLÓGICO DO FUNCHAL É uma organização governamental que salvaguarda a Laurissilva. Procede à remoção de eucaliptos e de outra vegetação da floresta exótica, criando espaços para a plantação da flora indígena e expandindo-a. Desenvolve ainda acções de educação ambiental nas escolas, como palestras e exposições, e actividades de campo, envolvendo os alunos, por exemplo, no abate de plantas infestantes. (Continua na próxima página) Uveira ou uva-da-serra (Vaccinium padifolium Sm.) Selvageira ou erva-brava (Siderites candicans Aiton var.)

16 PÁGINA 16 FAIALINHO DIVULGAÇÃO E PROTECÇÃO DA VEGETAÇÃO ENDÉMICA DA MADEIRA Estreleira, pampilhos ou malmequeres (Argyranthemum pinnatifidum L. f.) Goivo-da-serra (Erysimum bicolor (Homem.) DEC.) Isoplexis sceptrum (L.f.) Loudon (Continuação da página anterior) DIRECÇÃO REGIONAL DE FLORESTAS Executa as decisões políticas, instituídas pelo Governo Regional, para todo o sector florestal. Procede a adopção de medidas de conservação e desenvolvimento do pecúlio florestal, promove acções de sensibilização à população para a salvaguarda da floresta, acciona as medidas e procedimentos necessários para a prevenção e detecção de incêndios, gere a exploração e conservação dos recursos naturais e organiza estudos à floresta, entre outros. JARDIM BOTÂNICO DA MADEIRA Promove e desenvolve a investigação científica nos domínios da botânica, estimula e divulga o estudo da flora: procede à selecção, multiplicação e distribuição de plantas com interesse cientifico, ornamental ou económico; garante a manutenção do herbário existente; promove, realiza e participa em estudos e experiências científicas nos domínios da floricultura e silvicultura; procede à introdução e à climatização de plantas; promove o controlo e erradicação de espécies da flora infestantes; recupera e planta espécies vegetais endémicas raras ou em vias de extinção; faz o inventário e classifica árvores e plantas de interesse científico, assegurando também a sua manutenção e conservação. OUTRAS ENTIDADES Para além destas instituições existem outras entidades, tais como o Parque Florestal do Ribeiro Frio, o Centro de Ciência Viva do Porto Moniz, as Câmaras Municipais e as Juntas de Freguesia, entre outras, que têm feito alguns estudos, difundido, promovido e participado em eventos relacionados com a divulgação e protecção da vegetação endémica da Madeira.

17 FAIALINHO PÁGINA 17 CONTRIBUTO DA POPULAÇÃO NA PERPETUAÇÃO DAS PLANTAS ENDÉMICAS DA MADEIRA Todos podemos contribuir para a protecção e conservação do nosso património natural, tendo a consciência individual da sua importância, conhecendo as leis e as normas e agindo correctamente. A perpetuação da diversidade biológica da Madeira passa pelo uso sustentável dos recursos naturais. Basta um pouco de boa vontade e seguir estes pequenos conselhos para evitar a introdução e o uso de espécies invasoras: Cultive espécies nativas no seu jardim; Língua-de-vaca, serralha-da-rocha ou leituga (Sonchus fruticosus L. f.) Remova e destrua as plantas invasoras que existem nas hortas e nos campos; Sem autorização, evite o transporte de plantas para locais donde não são nativas pois podem tornar-se invasoras ou até conter pequenos animais e sementes doutros vegetais; Quando viajar limpe o calçado, a roupa e as bagagens porque as sementes, os esporos e os frutos podem ser facilmente transportados sem se aperceber; Perpétua (Helichrysum melaleucum ) Se vai passear numa área protegida, limpe os pneus do carro, o calçado, o vestuário, não deixe lixo e/ou resíduos das refeições e não colha plantas nem apanhe animais; Não deite plantas no ambiente pois podem prejudicar as espécies nativas; Participe em acções para controlo de espécies invasoras. Muchia (Musschia wollastonni)

18 PÁGINA 18 CONCLUSÃO FAIALINHO Passas ou pássaras (Geranium palmatum Cav.) Na floresta Madeirense encontramos uma flora endémica de grande importância científica Depois deste estudo, da participação em actividades de formação e da realização de algumas tarefas sobre a nossa vegetação indígena e os problemas causados pelas plantas invasoras, chegamos a algumas conclusões. Na floresta Madeirense encontramos uma flora endémica de grande importância científica e uma vegetação lenhosa introduzida para, entre outros valores económicos, produzir madeira e proteger o solo contra a erosão. No que respeita às plantas invasoras, o melhor remédio é a prevenção. Embora poucas espécies exóticas introduzidas se tornem invasoras, todas as novas introduções devem ser reguladas e aprovadas apenas quando o estudo de impacte da espécie a introduzir prove ser inofensiva e revele ser seguro para as espécies indígenas. Entendemos também que é preciso regular a criação, o cultivo e a comercialização das espécies consideradas invasoras. Isso passa pela legislação mas principalmente pela educação da população pois muitas pessoas nunca ouviram falar em espécies invasoras, contribuindo involuntariamente para um problema sério, pois não sabem que uma planta pode provocar degradação ecológica. Entendemos também que é preciso regular a criação, o cultivo e a comercialização das espécies consideradas invasoras.

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