INFLUÊNCIA DO TRATAMENTO DE BASE NA RESISTÊNCIA DE ADERÊNCIA À TRAÇÃO DIRETA E NA PERMEABILIDADE DE REVESTIMENTOS EM ARGAMASSA- ESTUDO DE CASO

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CENTRO TECNOLÓGICO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL TATIANE TORRES DE MADEIRO INFLUÊNCIA DO TRATAMENTO DE BASE NA RESISTÊNCIA DE ADERÊNCIA À TRAÇÃO DIRETA E NA PERMEABILIDADE DE REVESTIMENTOS EM ARGAMASSA- ESTUDO DE CASO Belém 2012

2 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CENTRO TECNOLÓGICO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL TATIANE TORRES DE MADEIRO INFLUÊNCIA DO TRATAMENTO DE BASE NA RESISTÊNCIA DE ADERÊNCIA À TRAÇÃO DIRETA E NA PERMEABILIDADE DE REVESTIMENTOS EM ARGAMASSA- ESTUDO DE CASO Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil, como requisito para a obtenção do título de Mestre em Engenharia Civil. Orientadora: Dra. Prof a. Isaura Nazaré Lobato Paes Belém 2012

3 FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA DO CT UFPA MADEIRO, TATIANE TORRES DE Influência do Tratamento de Base na Resistência de Aderência à Tração Direta e na Permeabilidade de Revestimentos em Argamassa- Estudo de Caso.[ Belém, 2012]. Dissertação de Mestrado- Universidade Federal do Pará. Centro Tecnológico. Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil. 1. Argamassas 2.Permeabilidade 3. Revestimento REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA MADEIRO, T. T. de (2012). Influência do tratamento de base na resistência de aderência à tração direta e na permeabilidade de revestimentos em argamassa Estudo de caso. Dissertação de Mestrado, Publicação 2012, Departamento de Pós- Graduação em Engenharia Civil, Universidade Federal do Pará, Belém, PA, 161p. CESSÃO DE DIREITOS NOME DO AUTOR: Tatiane Torres de Madeiro TÍTULO DA TESE DE MESTRADO: Influência do tratamento de base na resistência de aderência à tração direta e na permeabilidade de revestimentos em argamassa Estudo de caso. GRAU/ANO: MESTRANDA/2012 É concedida à Universidade Federal do Pará permissão para reproduzir cópias desta tese de mestrado e para emprestar ou vender tais cópias somente para propósitos acadêmicos e científicos. A autora reserva outros direitos de publicação e nenhuma parte desta tese de mestrado pode ser reproduzida sem a autorização por escrito da autora. Tatiane Torres de Madeiro Travessa: Padre Eutíquio, N.1940, Apto. 1102, Edificio Maison Matisse Batista Campos Belém/PA Brasil tatianemadeiro@gmail.com

4 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CENTRO TECNOLÓGICO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL TATIANE TORRES DE MADEIRO INFLUÊNCIA DO TRATAMENTO DE BASE NA RESISTÊNCIA DE ADERÊNCIA À TRAÇÃO DIRETA E NA PERMEABILIDADE DE REVESTIMENTOS EM ARGAMASSA- ESTUDO DE CASO Aprovado em...de...de... BANCA EXAMINADORA Prof. Dra. Isaura Nazaré Lobato Paes Orientadora/UFPA Prof. Dr. Alcebiades Macedo Negrão UFPA/Examinador Interno Prof. Dra. Thais Alessandra Bastos Caminha Sanjad UFPA/Examinadora Externa Prof. Dr. Edson Marcos Leal Soares Ramos UFPA/Examinador Interno Belém 2012

5 Aos meus pais, Roberto e Terezinha pelos caminhos traçados de sabedoria e perseverança, apoio e carinho. E a minha sobrinha Renée pelas inúmeras brincadeiras e alegrias.

6 AGRADECIMENTOS A meu amigo presente e querido de todos os dias e em todos os momentos Deus. A professora e orientadora Dra. Isaura Paes, pela amizade, pela dedicação, apoio e compreensão durante esta caminhada profissional que foi de suma importância. Aos meus amigos Flávio, Cecília, Carlos e Felipe cujo apoio e dedicação foram fundamentais neste trabalho. Aos meus amigos técnicos do Laboratório de Ensaios de Materiais, em especial ao Maneca que nutriram empenho e zelo durante a pesquisa. Aos meus amigos de carreira do mestrado, que seguem a busca incessante do conhecimento. A minha família, pelos minutos, horas e dias dedicados de amor, fé, apoio e união. Aos colaboradores da indústria Supermassa Eduardo, Carlos e Evelin que contribuíram nos ensaios realizados fora da Universidade Federal do Pará A Universidade Federal do Pará por toda a labuta de conhecimento inebriado diariamente.

7 O mestre disse: Mudado o que deve ser mudado Magister Dixit: Mutatis Mutantis Provérbio Grego

8 RESUMO A presente dissertação objetiva avaliar experimentalmente a influência da preparação de base na resistência de aderência e na permeabilidade de revestimento em argamassa. A preparação de base da alvenaria composta de blocos cerâmicos se consistiu em chapiscar a superfície destes com argamassa de cimento e areia (proporção de 1:3, cimento: areia fina, em volume) com variação de incorporação de aditivo polimérico à base de resina acrílica (SBR) na água de amassamento, com e sem o procedimento contínuo da cura úmida. Para tanto, foram realizados o acompanhamento e monitoramento dos serviços de revestimento externo em uma obra, com certificado de qualidade ISO 9000, executando-se ensaios de caracterização da argamassa no estado plástico (consistência, retenção de água, ar incorporado e densidade de massa) e endurecido (resistência à compressão axial, resistência à tração na flexão, densidade de massa aparente, absorção de água, índice de vazios e massa específica). Após a aplicação da argamassa de revestimento (emboço) foram realizadas avaliações de sua resistência de aderência à tração direta (nas idades de 7, 14, 28 e 120 dias), bem como, os percentuais dos diferentes tipos de ruptura dos corpos de prova. Além destes foi avaliada a permeabilidade (dos chapiscos e da argamassa); fissuração e pulverulência (também dos chapiscos e da argamassa de revestimento). De forma geral, verificou-se que a resistência de aderência é afetada pelo tipo de tratamento de base aplicado a alvenaria, assim como, pela idade em que esta é avaliada. Os maiores valores de aderência foram obtidos nas idades mais avançadas. O tratamento de base com utilização de chapisco 1:3 (cimento: areia fina, em volume) + aditivo à base de resina acrílica SBR (sem cura) foi o que apresentou os maiores valores de resistência de aderência. Inversamente, o chapisco convencional 1:3, (cimento: areia fina, sem cura), foi o que proporcionou os menores valores de aderência. Com relação à permeabilidade, os resultados demonstraram que assim como a resistência de aderência, esta é dependente do tipo de tratamento de base empregado e da idade de avaliação. Os valores mais elevados de permeabilidade foram obtidos diretamente sobre os tratamentos de base (idade inicial) com influência minorada na idade mais avançada (120 dias). Palavras-Chave: Argamassa, revestimento, permeabilidade e aderência. Madeiro, Tatiane Torres de. INFLUÊNCIA DO TRATAMENTO DE BASE NA RESISTÊNCIA DE ADERÊNCIA À TRAÇÃO DIRETA E NA PERMEABILIDAE DE REVESTIMENTOS EM ARGAMASSA ESTUDO DE CASO. Belém, Departamento de Engenharia Civil, Universidade Federal do Pará, p. Dissertação.

9 ABSTRACT The present research aims to assess the influence of experimentally based on the preparation of bonding strength and permeability coating mortar. The base preparation of composite masonry block is consisted of ceramic spatterdash the surface of mortar of cement and sand (1:3 ratio, cement, fine sand, by size) with a variation of incorporation of the polymeric additive acrylic resin (SBR) in the mixing water with and without the procedure continuous moist healing. Thus, we conducted follow-up and monitoring of services external coating a work with quality certificate ISO 9000, by performing characterization tests of the mortar in a plastic state (consistency, water retention, air entrainment and mass density) and hardened (compressive strength, tensile strength in bending, specific gravity, water absorption, voids and density). After application of mortar lining (plaster) were evaluated for their tensile bond strength directly (at ages 7, 14, 28 and 120 days) as well as the percentages of different types of rupture of the specimens. In addition was measured permeability (spatterdashes and the mortar); cracking and dustiness (spatterdashes and also of the mortar coating). In general, it was found that the bonding strength is affected by the type of treatment applied to the basic brick, as well as the age at which it is evaluated. The highest adhesion values were obtained at older ages. The basic treatment with use of spatterdash 1:3 (cement: fine sand by size) + based additive SBR acrylic resin (uncured) showed the highest values of bond strength. Conversely, the conventional spatterdash 1:3 (cement: fine sand, with no cure), was what provided the lowest adherence. With regard to permeability, the results showed that as the bonding strength, it depends on the type of base used and treatment assessment of age. The highest values of permeability were obtained directly on the basic treatments (initial age) with influence lessened in older age (120 days). Keywords: mortar, coating, permeability and adhesion. Madeiro, Tatiane Torres. INFLUENCE OF TREATMENT BASED ON THE TENSILE STRENGTH OF GRIP AND DIRECT PERMEABILITY OF COATINGS IN MORTAR - A CASE STUDY. Belém, The Civil Engineering Department, Federal University of Pará, p. Dissertation.

10 LISTA DE FIGURAS Figura 1 Descolamento de revestimento cerâmico devido a erros grosseiros de execução do substrato Figura 2 Umidade acumulada para blocos cerâmicos Figura 3 Umidade acumulada para blocos de concreto Figura 4 Representação esquemática do mecanismo de aderência entre argamassa de cimento e cal e blocos cerâmicos Figura 5- Vista frontal da fachada onde foi realizado o estudo de caso Figura 6 Organograma da hierarquia entre as unidades experimentais, tratamentos e variáveis resposta do projeto experimental Figura 7 Curva granulométrica do agregado miúdo empregado nas peneiras Figura 8 Produção das argamassas in situ com o auxílio de betoneira basculante Figura 9 - Produção das argamassas em laboratório Figura 10 Determinação do índice de consistência: (a) adensamento executado com soquete. (b) golpes na mesa de ensaio ( flow table ) e (c) medição do diâmetro Figura 11 Aparelho Vane Tester, utilizado para medir tensão limite de escoamento (τ 0 ) fornecido pela empresa Wykeham Farrance Engineering Figura 12 Aparelho utilizado para medir teor de ar incorporado, tipo B, preconizado pela norma Mercosur NM 47: Figura 13 Aparelhagem necessária para determinação da retenção de água, por meio do funil de Buchner modificado Figura 14 - Ensaio de resistência à compressão axial do corpo de prova 5x10 nas idades de 7,14, 28 e 120 dias Figura 15 - Ensaio de resistência à tração na flexão Figura 16 - Ensaio de resistência à tração na flexão nas idades de 7, 14 e 28 dias. 59 Figura 17 Ensaio de densidade de massa aparente corpo-de-prova com 28 dias. 61 Figura 18 - (a) e (b) Ensaio de absorção de água por capilaridade corpo-de-prova com idade de 28 dias Figura 19 Execução dos painéis em alvenaria de bloco cerâmico Figura 20 - Realização do Ensaio de absorção de água do revestimento, pelo Método do Cachimbo Figura 21 (a) Execução do corte do revestimento. (b) Colagem das pastilhas metálicas. (c) Aplicação da carga de tração direta com dinamômetro Figura 22- Comportamento de absorção de água do bloco cerâmico: IRA e absorção total de água (saturação)...71 Figura 23- Comportamento de absorção de água do bloco cerâmico, ao longo do tempo, para determinação de sua absortividade (S)...72 Figura 24- Micrografia da amostra de substrato cerâmico obtido por meio de MEV.73 Figura 25- Análise visual de pulverulência do chapisco 1:3 (sem cura) Figura 26- Análise visual de pulverulência do chapisco 1:3 (com cura) Figura 27- Análise visual de pulverulência do chapisco com aditivo e sem cura Figura 28 - Análise visual de pulverulência do chapisco com aditivo com cura Figura 29- Avaliação da pulverulência da argamassa de revestimento, ao longo do tempo. aplicada sobre os diferentes tratamentos de base Figura 30- Análise da fissuração da argamassa de emboço aplicada sobre os diferentes tratamentos de base

11 Figura 31 Determinação da permeabilidade dos chapiscos pelo método do cachimbo, aos 3 dias de idade Figura 32 Determinação da permeabilidade da argamassa de revestimento pelo método do cachimbo, aos 28 e 120 dias de idade Figura 33 Resultados médios de resistência de aderência à tração dos revestimentos, aplicados sobre os diferentes tratamentos de base, nas idades de 7, 14, 28 e 120 dias Figura 34- Vista da interface chapisco 1:3 (sem cura)/argamassa por meio de lupa com aumento de 50 vezes Figura 35 Box Plot - Experimento 7 dias Figura 36 Box Plot - Experimento 14 dias Figura 37 Box Plot - Experimento 28 dias Figura 38 Box Plot - Experimento 120 dias Figura 39 Box Plot Experimento Geral Figura 40- Relação entre a permeabilidade e a resistência de aderência obtida para os diferentes preparos de base, aos 28 dias de idade Figura 41- Relação entre a permeabilidade e a resistência de aderência obtida para os diferentes preparos de base, aos 120 dias de idade

12 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Procedimentos e Especificações Técnicas para a Execução de Revestimento Convencional (NBR 7200, 1998) Tabela 2 - Resultados de caracterização dos blocos cerâmicos Tabela 3 Caracterização física e química do cimento Portland CP II-Z Tabela 4 Caracterização das areias empregadas nas argamassas de revestimento Tabela 5 - Resultados médios da caracterização da argamassa de revestimento, no estado fresco Tabela 6 - Resultados médios da caracterização da argamassa de revestimento, no estado endurecido Tabela 7 Situações avaliadas no ensaio de resistência de aderência da argamassa de revestimento Tabela 8- Diferenças percentuais entre as permeabilidades medidas sobre os blocos chapiscados após os preparos de base, com três (3) dias de idade Tabela 9- Diferenças percentuais entre as permeabilidades da argamassa de revestimento após os preparos de base, com três 28 e 120 dias de idade Tabela 10 Resultados médios do ensaio de resistência de aderência e percentuais de ruptura predominantes, sob as diferentes condições de tratamento de base Tabela 11 Estatísticas Descritivas Tratamento 1:3 Sem Cura Tabela 12 Estatísticas Descritivas Tratamento 1:3 Com Cura Tabela 13 Estatísticas Descritivas Tratamento 1:3 + SBR (sem cura) Tabela 14 Estatísticas Descritivas Tratamento 1:3 + SBR Com Cura Tabela 15 Estatísticas Descritivas Experimento diferenciado aos 7 dias Tabela 16 Análise Variâncias Experimento 7 dias Tabela 17 Estatísticas Descritivas Experimento 14 dias Tabela 18 Análise Variâncias Experimento 14 dias Tabela 19 Estatísticas Descritivas Experimento 28 dias Tabela 20 Análise Variâncias Experimento 28 dias Tabela 21 Estatísticas Descritivas Experimento 120 dias Tabela 22 Análise Variâncias Experimento 120 dias Tabela 23 Estatísticas Descritivas Tratamento Comum Tabela 24- Relação entre a Permeabilidade e a Resistência de Aderência da Argamassa de Revestimento, aos 28 e 120 dias de idade

13 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO JUSTIFICATIVA DO TEMA OBJETIVOS ESTRUTURAÇÃO DA TESE REVISÃO BIBLIOGRÁFICA AS CARACTERÍSTICAS DE SUCÇÃO DOS SUBSTRATOS PREPARAÇÃO DE BASE: CHAPISCO Método Convencional NBR 7200 (1998) Chapisco Rolado Chapisco Colante (Industrializado) Chapisco convencional modificado por polímero A ADERÊNCIA ARGAMASSA/SUBSTRATO PROGRAMA EXPERIMENTAL E MATERIAIS AVALIAÇÃO DO TRATAMENTO DE BASE (CHAPISCO) E DA RESISTÊNCIA DE ADERÊNCIA DA ARGAMASSA (EMBOÇO) "IN SITU" - ESTUDO DE CASO CARACTERIZAÇÃO DOS MATERIAIS EMPREGADOS Substrato em Bloco Cerâmico Cimento Portland Agregado Miúdo DOSAGEM DAS ARGAMASSAS CHAPISCO E ARGAMASSA DE EMBOÇO Chapisco Argamassa de emboço CARACTERIZAÇÃO DA ARGAMASSA DE EMBOÇO (FRESCO/ENDURECIDO) Avaliação da Argamassa de Revestimento no Estado Plástico (Laboratório) Caracterização da Argamassa - Estado Endurecido (Laboratório) METODOLOGIA DA PESQUISA AVALIAÇÃO DAS PROPRIEDADES DO REVESTIMENTO EM ARGAMASSA "In Situ"...65

14 4 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS COMPORTAMENTO DOS BLOCOS CERÂMICOS QUANTO À SUA ABSORÇÃO DE ÁGUA: IRA, ABSORÇÃO TOTAL (SATURAÇÃO), ABSORÇÃO DE ÁGUA (AO LONGO DO TEMPO) E ABSORTIVIDADE PULVERULÊNCIA DO CHAPISCO E DA ARGAMASSA DE REVESTIMENTO E FISSURAÇÃO DA ARGAMASSA DE REVESTIMENTO PERMEABILIDADE DO CHAPISCO E DA ARGAMASSA DE REVESTIMENTO (MÉTODO DO CACHIMBO ) Permeabilidade dos Chapiscos, aos três (3) dias de idade Permeabilidade da Argamassa de Revestimento, aos 28 e 120 dias de idade ANÁLISES DA RESISTÊNCIA DE ADERÊNCIA DOS REVESTIMENTOS Análise Estatística da Resistência de Aderência Tratamento 1:3 Sem Cura nas idades de 07, 14, 28 e 120 dias Tratamento 1:3 Com Cura nas idades 07, 14, 28 e 120 dias Tratamento 1:3 + SBR Sem Cura nas idades 07, 14, 28 e 120 dias Tratamento 1:3 + SBR Com Cura nas idades 07, 14, 28 e 120 dias Análise dos tratamentos diferenciados Análise dos tratamentos diferenciados aos 7 Dias Análise dos tratamentos diferenciados aos 14 Dias Análise dos tratamentos diferenciados aos 28 Dias Análise dos tratamentos diferenciados aos 120 Dias Análise geral dos tratamentos diferenciados RELAÇÃO ENTRE PERMEABILIDADE E A RESISTÊNCIA DE ADERÊNCIA DA ARGAMASSA DE REVESTIMENTO CONCLUSÃO CONCLUSÕES SUGESTÕES PARA FUTURAS PESQUISAS...99 REFERÊNCIAS APÊNDICES

15 15 1 INTRODUÇÃO 1.1 JUSTIFICATIVA DO TEMA O sistema de revestimento à base de argamassa é utilizado com grande frequência nas fachadas dos edifícios do país. As funções desse revestimento vão desde a proteção da alvenaria, regularização das superfícies, estanqueidade à água e aos gases. A falta ou perda do desempenho do revestimento normalmente acarreta prejuízos econômicos importantes, muitas vezes afetando a integridade das construções, causando eventuais prejuízos a habitabilidade e ao conforto, além de ocasionar o comprometimento estético da edificação (CARASEK, 1996). Embora se observe o largo emprego deste, existem poucas definições normativas. Disso percebe-se um significativo empirismo nas suas especificações e produção dos revestimentos, resultando em uma frequente incidência de manifestações patológicas. Apesar dos avanços no estudo das argamassas, do desenvolvimento de novas práticas construtivas e de inserção de novos materiais, em determinadas avaliações é notório a falta de técnicas nas proposições de algumas soluções. Nesse contexto Paes (2004) comenta sobre a formulação de argamassas de revestimento que atendam no estado fresco, dentre outras, condições adequadas de trabalhabilidade, coesão, retenção de água e tixotropia que, na maioria das vezes, para se chegar a essas propriedades opta-se por soluções baseadas na experiência de oficiais pedreiros, com resultados imprevisíveis e, consequentemente, com grandes possibilidades de desenvolvimento de manifestações patológicas. Baía e Sabattini (2004) ressaltam que nos últimos anos vem crescendo, por parte da indústria da construção civil, a busca por um desenvolvimento tecnológico enfocando a obtenção de ganhos de qualidade nos seus produtos e a redução dos custos dos processos construtivos. Essas empresas construtoras estão procurando, com isso, atingir uma posição competitiva no mercado da construção civil, trocando a falta de conhecimento técnico do processo construtivo pelos conceitos de base científica, visando diminuir o elevado índice de fenômenos patológicos e desperdícios, mas deve-se salientar que ainda é grande a quantidade de edificações que apresentam patologias nos revestimentos.

16 16 Bastos (2001) lembra que ao executar o revestimento de uma alvenaria espera-se, entre outros requisitos de qualidade, que ele não venha a apresentar fissuração que comprometa o seu desempenho, principalmente quanto à permeabilidade e aderência à base. Recentemente têm sido relatados, em todo o Brasil, vários casos de manifestações patológicas em revestimentos de argamassa, tanto com argamassas mistas, como com argamassas industrializadas. Neste contexto, na região norte, em especial na região metropolitana de Belém (PA), é comum encontrar revestimentos de argamassa, com acabamento final em cerâmica, com sérios problemas de descolamento da base. Um exemplo dessa manifestação patológica é apresentado na Figura 1. Figura 1 Descolamento de revestimento cerâmico devido a erros grosseiros de execução do substrato. Eflorescência (manchas) Deslocamento por erros de execução Cor inadequada para a região Fonte: Arquivo pessoal (2010).

17 17 A situação comumente observada nas obras em Belém se deve a uma série de fatores que potencializam a ocorrência deste tipo de anomalia, destacando-se os seguintes fatores: i) Os blocos cerâmicos, comumente utilizados nas obras não conseguem atender os padrões normativos, dentre eles, os de planeza, de resistência à compressão e de absorção de água. Neste sentido, cabe salientar que não é função do revestimento de argamassa corrigir ou esconder as imperfeições grosseiras da base, muitas vezes desalinhada e fora de prumo, devido à falta de cuidados no momento da execução da estrutura de concreto armado e da alvenaria; ii) A areia natural utilizada é normalmente caracterizada como de granulometria fina, o que dificulta a obtenção do chapisco com a rugosidade ideal (3 a 5) mm. Em decorrência disto, faz-se uso de aditivos que, normalmente, são adicionados a este componente (chapisco), principalmente nos elementos estruturais com o objetivo de regularizar a absorção de água, sem nenhum controle técnico, tornando-o em alguns casos impermeável, o que ocasiona demora no tempo de sarrafeamento e problemas de aderência base/argamassa de emboço; iii) A argamassa de emboço, que também deveria ser executada com uma areia de granulometria de média a grossa já que esta irá suportar o peso próprio do revestimento, que é bem maior quando em comparação com o do sistema de pintura, também é feita de areia fina. Este fato pode acarretar em problemas com o transporte de umidade (precipitação dos produtos de hidratação) entre o substrato e a argamassa afetando diretamente a resistência de aderência do revestimento; iv) Ainda com relação à argamassa de emboço, em Belém esta tem sido executada pelas construtoras exclusivamente com aditivos incorporadores de ar, pois especificamente no Pará não são produzidas argamassas com cal, uma vez que este material não é fabricado no estado. Cabe destacar, que se tem conhecimento que este tipo de adição produz argamassas já consagradas nacionalmente por suas características no estado plástico e endurecidas. No entanto, segundo as construtoras locais, o pagamento de frete para que se pudesse dispor deste material (cal) elevaria excessivamente o custo das argamassas;

18 18 v) O uso dos aditivos ocorre devido ao menor espaço necessário para seu armazenamento, maior facilidade de serem introduzidos na linha de produção, ganho de rendimento da argamassa e facilidade de aplicação que conferem ao material. No entanto, muitas vezes, se produzem argamassas aditivadas inadequadas, ou com desempenho possivelmente duvidoso. Tal fato acontece, em especial, pelo não conhecimento dos princípios de funcionamento dos aditivos e da sua influência nas propriedades das argamassas, uma vez que, a sua dosagem excessiva pode diminuir sua resistência mecânica tornando-a em geral, fissuradas e pulverulentas; vi) Outro fator de extrema importância que influência no desempenho dos revestimentos em argamassa, são as condições ambientais do local onde se constrói e, especificamente neste caso, o clima local com temperaturas acima dos 30ºC e umidade relativa superior aos 70% necessitam de atenção especial, como por exemplo: o planejamento correto dos horários de assentamento dos revestimentos cerâmicos, o uso de cores mais claras (absorvem menos calor) e a execução da cura do chapisco e da argamassa de emboço. Estes procedimentos, se executados, diminuiriam bastante a ocorrência de manifestações patológicas neste sistema; vii) Finalmente, um problema que é crônico não só no Estado do Pará, mas em todo o Brasil, é a falta de capacitação da mão-de-obra. Este fato é agravado pela pouca importância no que concerne a etapa de execução do sistema de revestimento e ainda, devido ao conceito errôneo de que os preceitos pertinentes ao material concreto são plenamente extensivos às argamassas sem levar em conta que estas apresentam características e peculiaridades inerentes a sua função, como, por exemplo, não ser necessário resistências elevadas a este material uma vez que elas precisam se deformar para absorver as tensões, provenientes das movimentações da estrutura e da alvenaria. Em resumo, pode-se concluir que, em termos de Brasil ainda se tem muito a pesquisar na temática em questão, e na região Norte, tem-se que começar ainda a avaliar as situações que envolvem os revestimentos a partir do uso desses materiais (que servem de base para o revestimento e os que compõem as argamassas), as

19 19 dosagens e as particularidades que envolvem o processo construtivo local. Ao se pensar em revestimento de argamassa, existem dois pontos importantes, necessários e fundamentais a se conhecer. O primeiro está relacionado as suas propriedades no estado fresco: consistência, tixotropia, plasticidade, retenção de água e adesão inicial. O segundo ponto está relacionado às propriedades após sua aplicação ao substrato, a saber: resistência de aderência à tração e ao cisalhamento, capacidade de deformação, permeabilidade, retração, fissuração e resistência superficial (pulverulência). Neste sentido, o presente trabalho se concentra na avaliação do preparo de base (chapisco) para a aplicação da argamassa de emboço e ainda, a influência deste na resistência de aderência à tração direta da argamassa de emboço e na permeabilidade estudo de caso. Este estudo está inserido na linha de pesquisa de Construção Civil e Materiais do Programa de Pós-graduação em Estruturas e Construção Civil da Universidade Federal do Pará, particularmente, no tema Sistemas de Revestimento e de Proteção. 1.2 OBJETIVOS Este trabalho tem por objetivo principal avaliar os resultados da influência no tratamento de base na resistência de aderência à tração direta e na permeabilidade de revestimentos em argamassa de emboço. E como objetivos específicos têm-se: i) Analisar a evolução da aderência com os tempos de 7, 14, 28 e 120 dias; ii) Analisar o desempenho do sistema de revestimento em argamassa com vistas à fissuração, pulverulência e permeabilidade de água. 1.3 ESTRUTURAÇÃO DA TESE Esta dissertação encontra-se estruturado em seis capítulos, sendo este a introdução que tem um caráter geral de apresentação do tema, indicando os motivos que levaram à pesquisa, a importância, as delimitações e os objetivos desta. O Capítulo 2 compreende uma revisão bibliográfica sobre o tema destacando, dentre outros assuntos, sobre o tratamento de base e a resistência de aderência da argamassa ao substrato.

20 20 O programa experimental é abordado no Capítulo 3, onde são apresentadas as variáveis do estudo necessárias para o desenvolvimento da pesquisa, os ensaios de caracterização dos materiais, os procedimentos dos ensaios empregados na avaliação das propriedades das argamassas (no estado fresco e no estado endurecido). O Capítulo 4 apresenta a análise e a discussão dos resultados através de gráficos e obtidos pelos ensaios no estado fresco e endurecido proveniente do tratamento de base, das propriedades das argamassas, e da resistência de aderência da argamassa ao substrato confrontando os resultados obtidos com outros disponíveis na literatura. Finalizando, tem-se o Capítulo 5, onde são tecidas as conclusões da dissertação e as considerações finais. Após este capítulo, são apresentados seqüencialmente, as referências bibliográficas e os apêndices.

21 21 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA O revestimento de argamassa, sendo uma das partes integrantes do sistema de vedações, deve apresentar um conjunto de propriedades que irão contribuir para a obtenção do adequado comportamento das vedações e, conseqüentemente, do edifício como um todo. As propriedades da argamassa, os substratos, as técnicas de execução e as condições ambientais do local onde se constrói o edifício são os principais fatores que influenciam no desempenho dos revestimentos. O desconhecimento desses aspectos e da relação entre eles pode ser apontado como os principais fatores determinantes da grande incidência de manifestações patológicas nos revestimentos. Podem, ainda, ser exemplificadas, as seguintes peculiaridades, citadas por Araújo Jr. (2004) que dificultam a obtenção de parâmetros aplicados para as argamassas de revestimento: i) A forma de execução do revestimento, onde a argamassa, na maioria das vezes, é aplicada manualmente e apresenta uma variabilidade muito grande com relação à resistência de aderência, em função da mão-de-obra. Corroborando esse fato, Gonçalves (2004), em estudo de campo identificou que o processo executivo, particularmente a mão-de-obra, é responsável por grande parte da alta variabilidade de resistência de aderência à tração; ii) As argamassas necessitam de propriedades específicas e diferenciadas no estado fresco, como a plasticidade e consistência, para que possam ser aplicadas. Essas propriedades também têm grande influência nas propriedades da argamassa aplicada (revestimento); iii) O desconhecimento de quais propriedades devem ser avaliadas e que métodos devem ser usados para se obter um perfil de comportamento ou desempenho, ou mesmo para realizar a especificação de uma argamassa para uma determinada aplicação; e iv) O grande número de fatores intervenientes como: a natureza do substrato, o preparo da base de aplicação, os materiais constituintes das argamassas, sua dosagem, assim como o meio onde estão sendo aplicadas, também, interferem nas propriedades dos revestimentos.

22 22 Dentre as principais propriedades exigidas a uma argamassa de revestimento no estado endurecido destaca-se a aderência ao substrato. Apesar de sua importância, a incidência de problemas relacionados com a perda ou a falta de aderência de argamassas tem se acentuado, tornando-se hoje uma grande preocupação para as empresas construtoras em função da diminuição da vida útil dos revestimentos. A resistência de aderência à tração e ao cisalhamento, bem como a extensão de aderência entre a argamassa e a base, são resultantes da ancoragem mecânica da argamassa nas reentrâncias e saliências macroscópicas da base, sendo influenciadas pelas características da argamassa, da base, pela técnica de aplicação e pelas condições de execução do revestimento. Quando a argamassa entra em contato com o substrato, parte da água de amassamento que contém em dissolução os componentes do aglomerante penetra nos poros e cavidades da base, onde ocorre a precipitação de géis de silicatos do cimento e, no caso de argamassas mistas com cal, também de hidróxido de cálcio. O material precipitado, ao longo da cura, irá propiciar a ancoragem da argamassa à base. A intensidade desse fenômeno, decorrente da sucção capilar, irá depender das características e propriedades da base, tais como a matéria-prima, a porosidade, a capacidade de absorção de água e a textura superficial (CARASEK et al., 2001). Nos últimos anos, diversos estudos foram realizados com o objetivo de identificar a influência das características do substrato na aderência, tais como, Possan et al. (2002), Scartezini e Carasek (2003) e Leal (2003). Mais recentemente, Paes (2004) analisou a influência da estrutura porosa da base dos diferentes materiais componentes do sistema de revestimento, avaliando a influência de dois tipos de base (bloco cerâmico e bloco de concreto) na distribuição de poros de diversos tipos de revestimentos de argamassa, concluindo que há uma sensível diferença na distribuição de poros do revestimento em função de cada tipo de base. Em função da grande variedade de propriedades entre diferentes bases, é comum o uso de chapisco com o objetivo de regularizar sua capacidade de aderência, em especial quando possui superfície muito lisa e/ou com porosidade e capacidade de sucção inadequada, bem como em revestimentos sujeitos a solicitações mais severas, como revestimentos externos e de tetos. Segundo diversos autores (SCARTEZINI et al., 2002; ANGELIM et al., 2003 e LEAL, 2003), o

23 23 chapisco melhora as características dos substratos, resultando numa melhor aderência do revestimento. Cabe ainda ressaltar que a adoção do chapisco em estruturas de concreto é imprescindível (CÂNDIA, 1998). Neste sentido, Silva (2004), analisando a influência do uso do chapisco na resistência de aderência à tração de argamassas aplicadas sobre concretos estruturais na interface chapisco-substrato de concreto, por meio da microscopia eletrônica de varredura associada à espectrometria por dispersão de energia (EDS), concluiu que nos concretos estruturais utilizados (com resistência variando entre 20 e 50 MPa), a aderência ocorreu principalmente pela deposição de produtos hidratados sobre o substrato, sendo que nos concretos de maior resistência praticamente não ocorreu esta deposição. Outro fator de grande importância para a resistência de aderência é a razão entre a área de argamassa e a área total da base. Carasek (1996) utilizou fotografias de sessões da interface argamassa/base, obtidas com o auxílio de uma lupa estereoscópica, para determinar a extensão de aderência de argamassas sobre diversos tipos de base. A autora, concluiu que a aderência é fortemente influenciada pela distribuição de poros da base sobre a qual a argamassa é aplicada, em função de sua grande influência na capacidade de absorção de água do substrato. A quantidade de poros com diâmetro superior a 50 m (denominados macroporos) exercem grande aspecto na capacidade de absorção de água, uma vez que esses são os principais responsáveis pela permeabilidade da base. Os mesoporos e os microporos, por sua vez, estão relacionados com outras propriedades, como a retração e a fluência. A argamassa de revestimento, em especial a aplicada sobre fachadas, sofre de maneira intensa a ação da perda de água de amassamento pela ação conjunta da sucção na face de contato com o substrato e dos agentes climáticos, em decorrência da sua superfície exposta ao ar, muito extensa em relação ao seu volume. A absorção de água pelo substrato, além de afetar as características de endurecimento do aglomerante, acelerando-os, condiciona fortemente as características mecânicas da argamassa endurecida. Logo, toda a avaliação das potencialidades deste material, quanto à variação de massa, que irá influenciar as propriedades no estado fresco e endurecido, deve passar não só pela caracterização do material (argamassa) isoladamente, como também pelo estudo do

24 24 seu desempenho, considerando sua aplicação no substrato e a interação com o meio. Depreende-se, no que diz respeito ao sistema de revestimento em argamassa, que tão importante quanto às características adesivas da argamassa são as propriedades e características do substrato. Neste sentido, o estudo da adesão 1 entre materiais distintos e porosos, como é o caso da argamassa aderida ao substrato, passa pelo entendimento do que acontece na superfície dos materiais e na interface gerada com a união destes. 2.1 AS CARACTERÍSTICAS DE SUCÇÃO DOS SUBSTRATOS Os substratos podem ser caracterizados, dentre outras, pela porosidade, estrutura e distribuição dos tamanhos dos poros, pela capacidade de absorção de água e pela textura superficial de contato, seja ela lisa ou rugosa. Estas características influem na velocidade e quantidade da água transportada da argamassa fresca para o substrato e, conseqüentemente, na alteração da microestrutura da argamassa nesta região de contato. Dentre os diferentes tipos de substratos sobre os quais são aplicados os revestimentos, destacam-se principalmente as alvenarias e os elementos estruturais em concreto (vigas, lajes e pilares). Com relação às alvenarias empregadas que compõem as vedações verticais, têm-se uma diversidade grande de materiais, sendo os mais correntemente empregados os blocos cerâmicos, os de concreto, concreto celular e os sílico-calcário. Cada um destes apresenta características distintas e peculiares que são fundamentais no desempenho do revestimento. Neste sentido, é fundamental identificar propriedades e características destes componentes, mais especificamente, absorção de água e rugosidade superficial, que modelem seu comportamento com relação às características de desempenho dos revestimentos, em especial, na adesão (argamassa fresca) e na resistência de aderência (argamassa endurecida). O substrato, por meio de sua capacidade de absorção de água, é considerado o maior responsável pelo transporte de água da argamassa pós-aplicação. Essa 1 No âmbito da físico-química, a palavra adesão é uma maneira clássica de se referir às ligações entre materiais, sem distinção com relação à expressão aderência (usado para a argamassa endurecida).

25 25 absorção é um mecanismo rápido e de curta duração e influencia no processo de endurecimento da argamassa e nas características mecânicas dos revestimentos (OUZIT, 1990). A resistência de aderência à tração dos revestimentos é uma das propriedades mais correlacionadas com a taxa inicial de absorção de água, visto que maiores valores de resistência de aderência são, em geral, atribuídas às maiores penetrações da pasta aglomerante na estrutura porosa do substrato (GROOT, 1993). Na maioria dos casos em que se estuda a absorção de água dos substratos, em relação à resistência de aderência da argamassa de revestimento, esta é normalmente determinada por meio de ensaios elaborados para componentes de alvenaria. Isto ocorre, devido ao mecanismo básico de aderência e a forma pela qual os fatores se inter-relacionam serem praticamente os mesmos para as argamassas de assentamento e revestimento. A taxa inicial de absorção de água do substrato é avaliada freqüentemente pelo IRA 2 (Initial Rate Absortion, ou taxa inicial de absorção de água) determinado por meio do método de ensaio americano ASTM C-67. O IRA é uma propriedade que caracteriza a capacidade de absorção inicial dos componentes de alvenaria, bastante parecido com o IRS 3 (Initial Rate of Suction) e o Índice de Haller 4. Para caracterizar esta propriedade, realizam-se ensaios que, basicamente, consistem em determinar a massa de água absorvida por sucção capilar pela face do componente após este ser imerso em uma profundidade padronizada de água (3 mm), durante um minuto. A suposta relação entre IRA (e seus similares) e a resistência de aderência é proveniente de que este parâmetro influi no transporte de água da argamassa para os blocos e na consequente formação dos produtos de hidratação na interface entre esses dois materiais (argamassa/bloco), influenciando, portanto, na resistência de aderência (GROOT; LARBI, 1999). 2 IRA Initial Rate Absorption ASTM C-67 Este ensaio é realizado imergindo-se a face do componente seca em estufa, em uma profundidade de água de 3mm durante 1 minuto. A massa de água absorvida é padronizada para uma área de 30 polegadas quadradas (aproximadamente 194 cm²), sendo o resultado expresso em g/cm²/min. 3 IRS Initial Rate of Suction RILEM LUM A.5 A face do bloco é imersa durante 1 minuto a uma profundidade de 1 cm (o componente não é seco em estufa). O resultado é expresso em g/m²/min. 4 Índice de Haller NBN B Este ensaio é semelhante ao IRS, sendo no cálculo da área considerado também a área lateral (perímetro do bloco x 1 cm). O resultado é expresso em g/dm²/min.

26 26 Existem pesquisadores que dizem ser o IRA a propriedade do substrato de maior influência na resistência de aderência e, em função de seus valores, pode-se escolher o tipo de argamassa a ser usada no revestimento. Alguns deles, tais como Han e Kishitani (1984); Goodwin e West (1988); Mcgiley (1990) e Groot e Larbi (1999), chegam a apresentar valores de IRA mínimos e máximos, de blocos cerâmicos, com vistas a uma aderência adequada; sendo estes: 12 a 22 g/200cm²/min; 16 a 24 g/200cm²/min; 5 a 15 g/200cm²/min; 30 a 50 g/200cm²/min, respectivamente. Pelos valores apresentados vê-se que para um mesmo tipo de bloco (cerâmico), os valores de IRA podem ir de 5 a 50 g/200cm²/min, o que demonstra um espectro bastante extenso e diverso desta característica. No entanto, outros pesquisadores, como por exemplo, Oppermann e Rubert(1983), Robinson e Brown (1988), Ioppi et al. (1995), Carasek (1996), Rocha e Oliveira (1999) e Scartezini (2002), afirmam que não obtiveram um comportamento bem definido entre a absorção inicial de água dos substratos e a resistência de aderência. Ribar e Dubovoy (1988), por exemplo, estudando dois tipos distintos de blocos cerâmicos (porém de mesma natureza), com valores de IRA semelhantes, aplicaram sobre eles argamassas produzidas com vinte variedades de cimento. Os autores observaram que as resistências de aderência eram sempre maiores para um mesmo tipo de bloco, com todos os cimentos testados. Esta constatação contraria a existência de uma relação entre a taxa de absorção de água e a resistência de aderência. Este resultado foi atribuído à textura superficial dos blocos cerâmicos que era, segundo os pesquisadores, significativamente diferente. Já Scartezini (2002), avaliando a perda de água da argamassa fresca sobre dois tipos de blocos de natureza distinta (cerâmico e concreto) e com variação na granulometria da areia, verificou que a taxa de sucção de água dos blocos possui uma certa relação com a perda de água da argamassa, porém não foi clara a relação desta com a resistência de aderência. Groot (1993), por meio da análise de perfis de distribuição de água 5 na seção bloco/argamassa/bloco, utilizando bloco cerâmico e bloco sílico-calcário, concluiu 5 Os perfis de distribuição de água foram obtidos com o uso da técnica de transmissão de nêutrons. Esta, consiste no direcionamento de um feixe de nêutrons sobre o material, medindo-se a

27 27 que apesar do bloco cerâmico possuir um percentual maior de poros ativos, devido à distribuição de seus tamanhos (avaliado por meio de porosimetria por intrusão de mercúrio), os blocos sílico-calcários absorveram água da argamassa por mais tempo, apesar de ambos possuírem o mesmo valor de IRA. Este tipo de ocorrência pode estar relacionado ao fato do IRA e seus similares não representarem com fidelidade o comportamento absorvente da umidade frente à argamassa ao longo do tempo. Esses ensaios não estão relacionados com a distribuição dos tamanhos dos poros e sim apenas com o conteúdo de poros capilares 6 do substrato, sendo o mesmo medido com relação à água livre e não à água restringida na argamassa (GALLEGOS, 1995). Além disto, por ser o ensaio determinado em um minuto, tempo bastante limitado, não mede a real capacidade de absorção de água que, na prática, pode ser mais elevada, uma vez que as forças capilares podem continuar atuando durante um período maior. Outro fato levantado em diversas pesquisas, tais como, Boynton e Gutschik (1964); Copeland e Saxer (1964); Détriche et al. (1983); Han e Kishitani (1984) e Détriche e Maso (1986), é de que a absorção excessiva de água das argamassas, exercida pelos componentes de alvenaria com elevados valores de IRA, prejudica a cura dos aglomerantes hidráulicos, que é o caso do cimento, afetando fortemente o transporte de água da argamassa e a velocidade das reações químicas de hidratação dos componentes anidros do aglomerante. Como conseqüência deste fato, há uma diminuição da resistência de aderência, uma vez que, a quantidade de água removida e a que ficou na argamassa possui um efeito significativo nas propriedades do revestimento endurecido, pois o aglomerante desempenhará o seu papel em função do conteúdo de água após a sucção (GROOT, 1988). Neste sentido, Groot (1993) posteriormente determinou em seus experimentos o conteúdo de água quimicamente combinada para vários tipos de argamassas e blocos obtendo resultados diferentes dos mencionados. Este verificou que pelo teor de água quimicamente combinada evidenciou-se um alto grau de hidratação do cimento. quantidade que se espalha e a que é absorvida pelos átomos do material analisado (GROOT, 1993). 6 Micro poro diâmetro

28 28 Esta mesma conclusão foi obtida por Brocken et al (1998), após estudo da influência do pré-molhamento do substrato na retirada de água da argamassa (utilizando técnicas de ressonância magnética), por meio da análise de perfis de distribuição de água do sistema bloco (cerâmico e sílico-calcário)/argamassa. Estes autores também não constataram diferenças no grau de hidratação do cimento ao longo da espessura da argamassa, apesar do bloco cerâmico ter apresentado valores de IRA bem mais elevados do que o bloco sílico-calcário. Ainda com relação ao comprometimento da hidratação do cimento pela sucção excessiva da água da argamassa por parte de alguns tipos de substratos, cabe lembrar, que a quantidade de água nas argamassas frescas é bem superior ao necessário para que ocorra a completa hidratação do cimento, uma vez que este excesso é necessário para que a argamassa seja trabalhável. Logo, se expõe a ideia de que é pouco provável que a argamassa perca água de tal forma salvo em situações extremas - que provoque condições críticas de modo a prejudicar a hidratação do aglomerante. O que pode ocorrer, é que como a velocidade de absorção de água é variável com o tempo, sendo máxima no início do contato da argamassa com o substrato, se este tiver elevada capacidade de absorção de água, aliado a condições ambientais desfavoráveis, podem vir a ocorrer, nas primeiras horas, microfissuras na interface devido à retração plástica que, por sua vez, diminuem a aderência (LAWRENCE; CAO, 1987). Este tipo de situação pode ser minimizado por meio de algum tipo de tratamento superficial do substrato, cujo objetivo é regularizar a absorção de água ou aumentar a rugosidade superficial. Como exemplos de tratamentos podem ser citados a aplicação de chapisco e o pré-umedecimento (realizado mediante a aspersão de água por meio de broxa). Este procedimento - pré-umedecimento - deve ser empregado com muita cautela, pois uma molhagem exagerada pode reduzir excessivamente a absorção do substrato e, conseqüentemente, reduzir a avidez do material pela água da argamassa, o que prejudica a ancoragem mecânica devido à falta de penetração de produtos de hidratação dos aglomerantes no interior dos poros. Além disto, pode ocorrer um prejuízo na aplicação, tendo em vista a baixa adesão inicial propiciada pela argamassa (CARASEK et al., 2001). Pelo que foi exposto, vê-se que não há um consenso entre os pesquisadores com relação ao IRA ser o melhor método de caracterização dos blocos que permita

29 29 correlacionar, diretamente, o transporte de água argamassa fresca/substrato poroso com as características de desempenho do revestimento. A verdade, é que a movimentação da água restringida contida na argamassa fresca para o substrato é bem mais complexa do que quando comparada com a água livre, que é a característica determinada no ensaio de IRA. A absorção de água livre não é impedida por vários tipos de forças que trabalham em uma argamassa, sendo estas: forças capilares, adsorção física pelos componentes da argamassa e, em fase posterior, a ligação química da água devido à evolução na hidratação do cimento. Este, possivelmente, pode ser um dos motivos que levam a resultados divergentes em pesquisas que tentam correlacionar parâmetros de desempenho do revestimento, onde o substrato está em contato com a água contida na argamassa, com as características que os materiais apresentam, separadamente, em presença de água livre. Assim, têm-se buscado novas formas de avaliar os substratos de forma a enfocar principalmente as características da estrutura de poros dos materiais, pois se sabe que estas são determinantes no fluxo de água da argamassa para o substrato, em especial, nos momentos pós-aplicação. Deste modo, outro parâmetro para descrever o comportamento da absorção de água livre de tijolos e outros materiais de construção foi proposto por Hall et al. (1980), denominado por eles de sorptivity e que, neste trabalho, será designado como absortividade. Esta é calculada por meio da Equação 2.1, proveniente de simplificações da equação modificada de Darcy para fluxo de água em meio não saturado. i = S. t 1/2, (2.1) onde: i = volume acumulado de água absorvido por unidade de área da face de entrada do fluxo (mm³/mm²); S = absortividade (mm.min -1/2 ); e t = tempo (min). Na prática, a determinação da absortividade é realizada experimentalmente a partir de simples pesagens e construindo-se uma curva obtida da declividade da reta traçada a partir dos pontos de interseção do gráfico i x t 1/2, onde i é a razão entre a

30 UMIDADE ACUMULADA (%) 30 massa acumulada de água absorvida e a área da face de entrada do fluxo, que, para intervalos de tempo curtos, em relação ao período necessário para a saturação dos corpos-de-prova, é uma reta. Deste modo, a absortividade é calculada como sendo o coeficiente angular desta reta. A absortividade também pode ser vista como uma grandeza que avalia indiretamente a velocidade do fluxo de água para o interior da microestrutura nos instantes iniciais, ou seja, enquanto a reta apresenta linearidade. A título de exemplo, as Figura 2 e 3 mostram como o comportamento das curvas de absorção capilar de água (ao longo do tempo), das quais são retirados os valores de absortividade. Figura 2 Umidade acumulada para blocos cerâmicos. ABSORÇÃO POR CAPILARIDADE BLOCOS CERÂMICOS 8,00% 7,00% 6,00% SEM CHAPISCO COM CHAPISCO CHAPISCO INDUSTRIALIZADO XP CHAPISCO MODIFICADO RD 10% CHAPISCO MODIFICADO RD 16% CHAPISCO MODIFICADO SBR 16% CHAPISCO MODIFICADO SBR 33% 5,00% 4,00% 3,00% 2,00% 1,00% 0,00% [t(mim)]¹/² Fonte: Leal (2003).

31 UMIDADE ACUMULADA (%) 31 Figura 3 Umidade acumulada para blocos de concreto. 8,00% 7,00% 6,00% SEM CHAPISCO CHAPISCO COMUM INDUSTRIALIZADO IND CHAPISCO MODIFICADO PVA 10% CHAPISCO MODIFICADO PVA 16% CHAPISCO MODIFICADO SBR 16% CHAPISCO MODIFICADO SBR 33% ABSORÇÃO POR CAPILARIDADE BLOCOS DE CONCRETO 5,00% 4,00% 3,00% 2,00% 1,00% 0,00% [t(mim)]¹/² Fonte: Leal (2003). A pesquisa em questão analisa diferentes tipos de tratamento de base, aplicados sobre substratos cerâmicos e de concreto (LEAL, 2003). Percebe-se que, dependendo da natureza do substrato utilizado, apesar de terem sido aplicados os mesmos tipos de tratamentos, a absorção capilar de água (ao longo do tempo) e, conseqüentemente, a absortividade, pode apresentar resultados totalmente diferentes. Ainda com relação à absortividade, Murray (1983) tentou estabelecer correlações entre esta e a resistência de aderência. O autor determinou o coeficiente de absortividade (S) de 18 tipos de blocos cerâmicos e 2 tipos de blocos sílicocalcários, entre o intervalo de tempo t 1/2 = 2 min 1/2 e t 1/2 = 12 min 1/2. O valor médio desses coeficientes variou entre 0,20 e 1,75 mm/min 1/2 para os blocos cerâmicos e 0,35 e 0,56 para os sílico-calcários. Dos 20 tipos de tijolos tratados ele selecionou quatro para utilizar como substrato de revestimentos de argamassa, os quais foram ensaiados quanto à resistência de aderência. Os resultados mostraram que, para os quatro traços de argamassa estudados, os blocos que possuíam os maiores valores médios do coeficiente S apresentavam também as maiores resistências de aderência. Segundo

32 32 o autor, baixas velocidades de absorção, ou seja, valores de S inferiores a 0,5 mm/min 1/2, produzem baixas resistências de aderência. Na pesquisa anterior, vê-se que somente o valor absoluto da característica em questão (absortividade) foi analisado. No entanto, acredita-se, que além deste deva-se levar em consideração o comportamento de toda a curva de absorção capilar de água do bloco uma vez que esta permite observar o comportamento desses componentes na presença de água livre, mostrando peculiaridades entre blocos de diferentes tipos. 2.2 PREPARAÇÃO DE BASE: CHAPISCO Para melhorar a resistência de aderência entre o substrato e o revestimento, muitas vezes, é necessário realizar um tratamento prévio do substrato. A essa operação denomina-se preparo da base 7. Esse deve ser escolhido em função das características superficiais da base e executado usando materiais e técnicas apropriadas para efetivamente melhorar as condições de aderência do revestimento à base, principalmente criando uma superfície com rugosidade apropriada e regularizando a capacidade de absorção inicial da base, conforme citam Cândia (1998) e Carasek (2005). O chapisco é regularmente aplicado no caso dos substratos externos, onde as solicitações mecânicas são mais elevadas, assim como nas superfícies de concreto armado. Nas áreas internas de alvenaria o uso do chapisco tem sido em alguns casos, facultativo quando os blocos cerâmicos garantem uma aderência adequada. Os blocos de concreto, de uma forma geral, propiciam uma aderência satisfatória e o uso do chapisco também tem sido facultado quando em superfícies internas (LEAL,2003). 7 A preparação de base não é considerada uma camada do revestimento, já que pode consistir no pré-umedecimento com água ou ainda, mesmo que se aplique o chapisco, este não cobre por completo o substrato (CANDIA, 1998).

33 33 A execução do chapisco pode ser realizada por alguns métodos: Método Convencional NBR 7200 (1998) O chapisco é confeccionado com uma argamassa de traço em volume de 1:3 (cimento: areia grossa parte que passa na peneira 4,8 mm). O chapisco deve ser lançado com a colher de pedreiro vigorosamente sobre a base, de modo a garantir alta rugosidade. A cura e a liberação do chapisco para a execução da próxima camada do sistema de revestimento devem ocorrer no período indicado na Tabela 1, garantindo água para a ocorrência das reações de hidratação do cimento e quando o chapisco não apresentar desagregação ao toque. Tabela 1 - Procedimentos e Especificações Técnicas para a Execução de Revestimento Convencional (NBR 7200, 1998). Chapisco Emboço Reboco Período de Aplicação 1,5 a 2 horas 1,5 a 2 horas Tempo de cura para execução da próxima camada 24 a 48 horas p/ reboco=7dias 1,5 a 2 horas Camada Única 1,5 a 2 horas p/ cerâmica =14 dias 28 dias 30 dias Espessura 5 a 12 mm 15 a 25 mm 3 a 5 mm 20 a 30 mm As condições climáticas podem ter bastante influência nas características de argamassas de chapisco e de revestimento. Lugares, como a cidade de Brasília, onde há grandes períodos com umidade relativa do ar muito baixa (até valores de 10%), é muito recomendado que se efetue procedimentos que viabilizem uma cura adequada Chapisco Rolado O chapisco rolado constitui-se de uma argamassa no traço, em volume, 1:5 (cimento:areia fina), utilizando-se, sempre, adesivos poliméricos. Sua aplicação é feita com um rolo utilizado para pintura acrílica. Seu uso é recomendado em

34 34 ambientes externos, sobretudo nas superfícies das estruturas de concreto (Selmo, 1996). Deve-se evitar a decantação da areia da argamassa de chapisco na masseira, devendo ela ser misturada constantemente. A aplicação do chapisco rolado deve ser observada e acompanhada, pois se deve passar o rolo somente em um sentido e uma só vez. Se o movimento for de vai e vem, os poros da superfície serão abertos e fechados, fazendo com que a camada perca suas funções. Nas bases de concreto, recomenda-se a aplicação em três demãos, e em alvenarias, apenas uma demão é suficiente. Segundo Selmo (1996), devido à grande dificuldade em se garantir uma boa homogeneidade na superfície aplicada, o modelo de que se utiliza esse sistema está sendo pouco empregado na indústria da construção de Belém Chapisco Colante (Industrializado) O chapisco colante é um produto industrializado, utilizando apenas água para o seu preparo. Utilizados em ambientes internos e externos, e em bases com baixa capacidade de absorção, segundo seus fabricantes. A argamassa deve ser preparada de acordo com as recomendações de cada fabricante. Deve-se adicionar água na quantidade indicada e efetuar a mistura conforme indicado. Após a mistura, deve-se deixá-la descansar por um período de 10 a 15 minutos, ou pelo tempo indicado na embalagem. Ainda segundo os fabricantes, para aplicar o chapisco colante, não é necessário o umedecimento da base se as condições de insolação e ventos forem baixas. Aplica-se através de desempenadeira denteada: com o lado liso da desempenadeira esparrama-se o produto sobre a base em uma área não muito grande. Em seguida, com o lado dentado da desempenadeira fileta-se a argamassa de modo a formar cordões uniformes, de mesma altura e espessura. O chapisco colante deve ser utilizado num intervalo não superior a 2,5 horas a partir da mistura, não sendo permitida a adição de água ou outro produto. Deve-se aguardar, pelo menos, 72 horas para início dos serviços de revestimento (QUARTZOLIT/WEBER; 2010).

35 Chapisco Convencional Modificado por Polímero A utilização de adesivos poliméricos 8 na preparação de base com chapisco têm por finalidade influir na resistência de aderência do revestimento, e em outras propriedades importantes no desempenho dos mesmos, como regularização de absorção de água e capacidade de deformação. Este processo pode ser obtido incorporando o adesivo na própria mistura da argamassa para chapisco (MAILVAGANAM, 1991). Corrêa (1999) estudando a utilização de polímeros PVA adicionados ao chapisco concluiu que: i) Em chapiscos convencionais aplicados à estrutura de concreto, a adição do adesivo PVA até a diluição de 1:10 promove um aumento na resistência de aderência da argamassa de revestimento. O aumento do teor de adesivo, a partir desta diluição, promove um decréscimo na resistência referida; ii) A aplicação do chapisco rolado em estruturas de concreto, sem adesivo, reduz a aderência do revestimento em relação à aplicação convencional; iii) A adição do chapisco rolado em estruturas de concreto com adição do adesivo resulta em ganhos de resistência de aderência entre as faixas de diluição de 1:20 a 1:5. Em geral, deve-se aplicá-lo em 2 demãos, uma vez que a aplicação em 3 demãos, em geral, reduz os níveis de aderência, e em 1 demão torna inexequível a aplicação do revestimento; iv) Em substratos constituídos de blocos de concreto, a utilização do chapisco convencional sem o adesivo evidencia um aumento considerável de resistência de aderência. Já a adição do PVA, no chapisco convencional, só trará ganhos de resistência para diluições da ordem de 1:5. Valores menores conduzem a reduções de resistência em relação ao traço sem adesivo; v) A aplicação do chapisco rolado em blocos de concreto, sem adesivo, reduz a aderência do revestimento em relação à aplicação convencional. Ainda segundo o mesmo autor, a adição do adesivo no chapisco rolado em blocos de concreto somente resulta em ganhos de resistência de aderência em diluições próximas de 1:20 aplicadas em 1 demão. Em 2 demãos, a resistência se 8 Mailvaganam (1991) define um adesivo polimérico como sendo uma substância capaz de manter, conservar e segurar materiais juntos na superfície de contato. A união resulta de um mecanismo de aderência entre o adesivo e o substrato e de forças químicas (primárias, ligações covalentes ou forças polares entre os dois).

36 36 iguala à da aplicação convencional com o mesmo teor de adesivo, e em 3 demãos, se observa queda de resistência. Para os chapiscos rolados com maiores teores do adesivo (1:10 e 1:5), observam-se valores de resistência sempre menores que os encontrados para a aplicação convencional, com os mesmos teores do adesivo. CÂNDIA (1998) estudando a influência do preparo da base nas resistências de aderência chegou à conclusão de que, na maioria dos casos avaliados sobre substratos de alvenaria de blocos cerâmicos, as maiores resistências corresponderam ao chapisco comum, e sobre substrato de estrutura de concreto, corresponderam ao chapisco industrializado e chapisco comum. A aplicação do chapisco deve ser realizada de modo que não cubra completamente a base, possibilitando a visualização do tijolo em várias regiões, de modo que se tenham diferentes pontos de ancoragem. Este chapisco chamado de aberto tem, portanto, somente a função de aumentar a rugosidade, não influenciando decisivamente na absorção de água (SELMO, 1996). O chapisco que recobre totalmente o substrato é definido como fechado. Além de melhorar a rugosidade do substrato, ele tem a principal função de regular a absorção de água, já que é a interface entre o substrato e a argamassa. Seu uso é recomendado para substratos de elevada absorção como é o caso de blocos silicocalcáricos, ou ainda em substratos de muito baixa absorção, como é o caso de superfícies de concreto (CÂNDIA,1998). 2.3 A ADERÊNCIA ARGAMASSA/SUBSTRATO A aderência entre a argamassa e o substrato é um fenômeno essencialmente mecânico devido à penetração da pasta aglomerante (ou da própria argamassa) nos poros ou entre as rugosidades do substrato pela precipitação dos produtos de hidratação do(s) aglomerante(s) exercendo ação de ancoragem da argamassa ao substrato (CARASEK, 1996). Apesar da predominância do efeito de travamento mecânico, existe uma parcela da aderência, possivelmente inferior a 10% do total, oriunda de ligações polares covalente entre os átomos do cimento e do substrato (KAMPF, 1963). Addleson (1992), também admite existir essa parcela da aderência oriunda da atração entre as superfícies, porém, não sendo significativa. Na prática, segundo

37 37 esse autor, é muito difícil avaliar qual parcela da aderência é mecânica e qual se deve à atração superficial. Com relação à parcela mecânica, de acordo com Carasek (1996) a aderência decorre do intertravamento principalmente da etringita (um dos produtos de hidratação do cimento) no interior dos poros do substrato, conforme apresentado no modelo da Figura 4. Figura 4 Representação esquemática do mecanismo de aderência entre argamassa de cimento e cal e blocos cerâmicos Fonte: Carasek (1996). Esse aumento local da concentração de etringita surge quando, ao se misturar o cimento Portland com água, a gipsita empregada como reguladora de pega do cimento dissolve e libera íons sulfato e cálcio; estes íons são os primeiros a entrar em solução, seguidos dos íons aluminato e cálcio provenientes da dissolução do C 3 A (aluminato tricálcico) do cimento. Devido ao efeito de sucção ou absorção capilar causado pelo substrato poroso, tais íons em solução são transportados para regiões mais internas do substrato formando no interior dos poros o trissulfoaluminato de cálcio hidratado, também denominado de etringita. Em virtude do processo mais rápido de dissolução dos SO 2-4, AlO - 4, Ca 2+ e de precipitação de etringita, este produto preenche prioritariamente os poros capilares, o que explica sua maior abundância na zona de contato argamassa/substrato e em poros superficiais da base. Com menos espaço para a precipitação, outros produtos de hidratação do cimento, como o C-S-H

38 38 (silicato tricálcico), por exemplo, ou mesmo produtos posteriores da carbonatação da cal como a calcita, aparece em menor quantidade (CARASEK et al., 2001). A aderência no sistema argamassa/substrato não é resultado de um mecanismo simples, mas sim de uma conjunção de efeitos com graus de importância variados. A aderência mecânica resulta da conjunção de três propriedades da interface argamassa/substrato atuantes no sistema: i) a resistência de aderência à tração, devido aos esforços normais gerados na utilização de um sistema de revestimento; ii) a resistência de aderência ao cisalhamento, pelos esforços verticais e tangenciais ao revestimento, gerados com a atuação da gravidade no revestimento aderido ao substrato; e iii) a extensão de aderência, que evidencia a possível existência de falhas de contato como espaços vazios na interface. Várias modificações ocorrem na argamassa aplicada ao substrato desde os momentos iniciais, pós-aplicação, até se ter o desenvolvimento adequado da aderência. Diferentes são as variáveis que atuam a cada momento, bem como são dinâmicas as interações que ocorrem na argamassa e no substrato. Em se tratando da relação de aderência nos sistemas de revestimento em argamassa, é possível se diferenciar todo o processo de desenvolvimento da propriedade em três fases complementares: adesão inicial, adesão e aderência. A adesão inicial, também denominada de pegajosidade, está diretamente ligada às características reológicas da pasta aglomerante, sendo a responsabilidade pela adesão física ao substrato atribuída à baixa tensão superficial da pasta (ROSELLO, 1976). Esta propriedade é que permite a argamassa permanecer aderida ao substrato momentaneamente após a aplicação; podendo, também, ser resultante das forças de dispersão 9 entre a argamassa fresca e o substrato (SANTOS, 2003). Na execução dos revestimentos em obras, é comum se notar a ocorrência de falhas nesta fase, levando ao desplacamentos e/ou escorrimentos da argamassa recém-lançada (primeiros 5 minutos). A forma como ocorre essa adesão inicial depende tanto das características de trabalhabilidade da argamassa, quanto das 9 As forças de dispersão também chamadas de forças de London, são resultantes da interação entre dipolos elétricos existentes em cada molécula submetidas a um processo de reorientação contínua, devido ao movimento incessante dos elétrons ao redor do núcleo atômico (GALEMBECK, 1985).

39 39 características de porosidade e rugosidade da base além, de um tratamento prévio que aumente a superfície de contato entre os materiais. A redução da tensão superficial da pasta aglomerante, conforme comentado favorece a molhagem do substrato, resultando na redução do ângulo de contato entre as superfícies e, consequentemente, melhorando a adesão inicial. Na adesão, o transporte intenso de água da argamassa caracteriza esta propriedade e ocorre durante o período de tempo no qual a argamassa está à espera do sarrafeamento. A operação de sarrafeamento exige que a argamassa já tenha perdido uma quantidade razoável de água, indicando uma diminuição nítida de plasticidade e aumento da consistência desta (modificação nas características reológicas do sistema). A partir deste momento se tem à aderência propriamente dita. A aderência, por conseguinte, é a etapa subsequente à adesão, que culmina com o enrijecimento completo da argamassa. Nesse momento, o mecanismo de intertravamento mecânico passa a ser determinante para esta propriedade. É ela (aderência), que possibilita ao revestimento, por meio da interface argamassa/substrato, absorver e resistir a esforços normais e tangenciais (SELMO, 1989 e CARASEK, 1996). O processo de aderência é acompanhado por outro fator também preponderante para o desempenho do revestimento, a extensão de aderência. Esta corresponde à razão entre a área de contato efetivo e a área total possível de ser unida entre a argamassa e o substrato poroso. Essa característica da interface entre os materiais aderidos se mostra importante no efetivo desenvolvimento de uma aderência mais resistente e duradoura, sendo dependente, dentre outros, da trabalhabilidade da argamassa fresca, das características próprias da porosidade e/ou rugosidade do substrato e do preparo de base. É importante ressaltar que a utilização de argamassas com características compatíveis com as do substrato, nem sempre proporcionam uma aderência adequada, pela interferência da mão-de-obra, que influência principalmente a extensão de aderência. Se a pressão ( aperto ) exercida pelo oficial pedreiro, na hora de comprimir a argamassa de revestimento ao substrato, não for suficientemente forte a ponto de ocasionar um contato íntimo da argamassa sobre o substrato, pode gerar falhas de contato na interface entre os dois materiais.

40 40 Provavelmente, a existência dessas falhas de contato seja uma das causas primordiais da variabilidade da resistência de aderência à tração dos revestimentos ser elevada, apresentando coeficientes da ordem de 50%, em obra, conforme dados de Gonçalves (2004), em virtude de a argamassa estar aderida pontualmente ao substrato.

41 41 3 PROGRAMA EXPERIMENTAL E MATERIAIS O programa experimental, dessa pesquisa, tem como objetivo principal avaliar os resultados da influência no tratamento de base na resistência de aderência à tração direta e da permeabilidade de revestimentos em argamassa de emboço. Procurou-se aqui, retratar fielmente o comportamento do revestimento externo em uma obra com relação à atuação dos profissionais com o processo. A seguir, descreve-se o planejamento deste estudo. 3.1 AVALIAÇÃO DO TRATAMENTO DE BASE (CHAPISCO) E DA RESISTÊNCIA DE ADERÊNCIA DA ARGAMASSA (EMBOÇO) IN SITU ESTUDO DE CASO Esta pesquisa foi desenvolvida em uma obra de edifício residencial na cidade de Belém-PA. A construtora responsável pela obra detém certificado de conformidade com os padrões de qualidade ISO 9000, um importante parâmetro de referência para comparações entre serviços e empresas. A obra supracitada foi executada com 25 pavimentos-tipo sendo um (1) apartamento por andar. A Figura 4 apresenta a vista frontal da obra analisada. Figura 5- Vista frontal da fachada onde foi realizado o estudo de caso. Fonte: Arquivo pessoal (2010)

42 42 Durante este estudo foram analisados alguns fatores que exercem influência na resistência de aderência, sendo estes: Os fatores de controle que foram analisadas nesse projeto 10 estão citados a seguir: i) natureza do substrato (bloco cerâmico); ii) tipos de chapiscos: (convencional: 1:3 sem cura; cimento: agregado miúdo, em volume; 1:3 com cura; cimento: agregado miúdo, em volume e o convencional aditivado 1:3+aditivo SBR sem cura; cimento:agregado miúdo+aditivo, em volume; 1:3+ aditivo SBR com cura: cimento:agregado miúdo+aditivo, em volume); iii) cura do chapisco (painéis não curados e painéis curados por meio de aspersão de água 4 vezes ao dia durante 3 dias); iv) traço da argamassa de emboço, com uso de aditivo incorporador de ar: (1:6; cimento: agregado miúdo, em volume); e v) idade do revestimento para a realização do ensaio de aderência (7, 14, 28 e 120 dias). Como variáveis respostas este estudo teve: i) os valores de resistência de aderência à tração; ii) forma de ruptura dos corpos-de-prova; e, iii) a análise da fissuração, da permeabilidade e da pulverulência do revestimento. O organograma apresentado na Figura 6 ilustra adequadamente a relação entre as unidades experimentais, tratamentos e variáveis respostas.

43 Figura 6 Organograma da hierarquia entre as unidades experimentais, tratamentos e variáveis resposta do projeto experimental. 43

44 CARACTERIZAÇÃO DOS MATERIAIS EMPREGADOS Nesta pesquisa utilizou-se como substrato, alvenaria em blocos cerâmicos. Além deste, empregou-se os seguintes materiais: cimento Portland CPII-Z-32, aditivo incorporador de ar e areia natural, procedente de depósitos aluvionares de Santa Izabel do Pará. Estes materiais são comumente utilizados na execução de revestimentos em argamassa e facilmente adquiridos na região onde foi realizada a pesquisa. Os resultados de caracterização destes são apresentados nas Tabelas 2 a 4 e Figura Substrato em Bloco Cerâmico Tabela 2 - Resultados de caracterização dos blocos cerâmicos. Características Determinadas Método de ensaio Número de determinações Resultados médio Coeficiente de variação (%) Absorção de MB-3459 água (a %) (ABNT, 2011) 12 21,0% 11,16 Taxa inicial de sucção (IRA) ASTM C ,6 g/194cm² /min 14,40 Resistência à MB-3459 compressão (ABNT, 2011) 12 0,56 MPa 16,20 Dimensões a = 16,00 cm MB l = 22,70 cm (ABNT, 2011) c = 24,00 cm 13,18 Legenda: a = altura; l = largura; c = comprimento.

45 Cimento Portland Tabela 3 Caracterização física e química do cimento Portland CP II-Z-32. Caracterização Método de Ensaio Características Resultados determinadas Física NBR 9676/1987 Massa específica real (g/cm³) 3,01 NBR 7251/1982 Massa específica aparente 0,97 (g/cm³) NBR 11578/1991 Resíduo na peneira 1,5 200 (%) NBR 12826/1993 Finura Resíduo na peneira 6,1 325 (%) NBR 7224/1984 Área específica 3.02 (cm²/g) NBR 11581/1991 Tempos Início da pega (h:min) 2:20 de pega Fim de pega (h:min) 3:35 ASTM C e ASTM C Expansão em autoclave (%) 0,00 NBR 7215/ dias (MPa) 23,7 Resistência à 7 dias (MPa) 28,4 compressão 28 dias (MPa) 36,5 NBR 5743/1989 Perda ao fogo (%) 5,18 NBR 5744/1989 Resíduo insolúvel (%) 10,38 NBR 5745/1989 Trióxido de enxofre (SO 3 ) (%) 2,61 Óxido de magnésio (MgO) (%) 2,06 Dióxido de silício (SiO 2 ) (%) 25,90 NBR 9203/1985 Óxido de ferro (Fe 2 O 3 ) (%) 2,75 Óxido de alumínio (Al 2 O 3 ) (%) 4,80 Química (%) Óxido de cálcio (CaO) (%) 56,29 Óxido de cálcio livre (CaO) (%) 0,71 Óxido de sódio (Na 2 O) (%) 0,24 NBR 8347/1991 Álcalis Óxido de potássio totais (K 2 O) (%) 0,97 Equivalente alcalino 0,55 em Na 2 O (%) NBR 5745/1989 Sulfato de cálcio (CaSO 4 ) (%) 4,78

46 Agregado Miúdo Tabela 4 Caracterização das areias empregadas nas argamassas de revestimento. Granulometria Agregado Miúdo - Areia Natural NBR 7217 Peneiras (mm) Retido (g) %Retido % Retido Acumulado 4,8 2 0,40 0,40 2,4 6 1,20 1,60 1,2 26 5,20 6,80 0, ,40 31,20 0, ,20 71,40 0, ,00 90,40 0, ,20 93,60 Fundo 32 6,40 100,00 Totais Zona granulométrica Zona 2 (areia fina) Propriedades determinadas Métodos de Ensaios Resultados Módulo de Finura NBR 7217 (ABNT, 1987) 2,02 Diâmetro max. Caract. (mm) NBR 7217 (ABNT, 1987) 2,40 Material pulverulento (%) NBR 7219 (ABNT, 1987) 3,50 Massa unitária (kg/dm³) NBR 7251 (ABNT, 1982) 1,33 Massa específica (kg/dm³) NBR 9776 (ABNT, 1987) 2,63 Índice de Vazios (%) - 49 Coeficiente de uniformidade - 4,40 (areia muito uniforme) Figura 7 Curva granulométrica do agregado miúdo empregado nas peneiras.

47 47 Cabe ressaltar ainda, que a granulometria da areia empregada na pesquisa, conforme mostrado nos ensaios de caracterização foi uma areia fina. Sabe-se, no entanto, que o mais correto seria o emprego de uma areia com granulometria de média a grossa, porém, este é considerado um dos pontos críticos na dosagem das argamassas (no Estado do Pará), onde praticamente todas as areias comercializadas são avaliadas, por meio de parâmetros normativos, como de granulometria fina. Este fato, principalmente, no caso do chapisco e da argamassa de emboço, por terem a função de melhorar a ancoragem mecânica e de suportar o peso próprio do acabamento final da edificação, respectivamente, exerce influência direta no desempenho do revestimento. Devido a isto, torna-se praticamente obrigatório o uso de aditivos químicos que visem melhorar a aderência do chapisco com a camada subseqüente (argamassa de emboço). 3.3 DOSAGEM DAS ARGAMASSAS CHAPISCO E ARGAMASSA DE EMBOÇO Chapisco Executaram-se panos com chapisco comum e com adição de adesivo à base de látex formado pela emulsão de polímero estireno-butadieno, denominado SBR. Este produto tem aspecto de um líquido branco leitoso, massa específica de 1,05 kg/dm³ e ph alcalino. A proporção de aditivo utilizado na confecção do chapisco foi de 47% em relação ao volume de água, conforme o indicado pelo fabricante. Para cada traço com um saco de cimento, utilizou-se 23 litros de água e 11 litros de aditivo, num total de 34 litros de líquido para 50 kg de cimento. Com relação à cura, quando houve, foi realizada durante o período de 03 dias com 04 repetições por dia Argamassa de emboço Utilizou-se uma argamassa com traço (1:6, volume; onde: 1= cimento e 6= areia úmida, volume) e outra com traço 1:3 (volume; onde 1 = cimento e 3 = areia), com adição de aditivo incorporador de ar de fabricação nacional e de composição organo-sintética, ou seja, os componentes ativos básicos são resíduos da destilação de resina de pinho e resina de breu, segundo o fabricante. O produto é

48 48 comercializado na forma líquida, com massa específica igual a 0,99 kg/dm³. O teor de aditivo utilizado na execução da argamassa foi de 200 ml/50kg de cimento. Em geral, o traço de argamassa de emboço para uso em fachadas utilizados na região metropolitano de Belém varia de (1:5 a 1:7, volume). Com relação ao traço utilizado nesta pesquisa, destaca-se que houve um tecnologista de revestimento contratado pela empresa construtora que realizou um estudo de dosagem de forma a adequar os materiais a sua aplicação (revestimento de fachada). Foi utilizado o traço de chapisco de 1:3 (volume; onde 1 = cimento e 3 = areia úmida), aplicado com colher de pedreiro. Com o proporcionamento dos materiais a serem empregados na confecção das argamassas (traços), estas passaram a ser produzidas em uma betoneira basculante, com capacidade de 600 litros de material. A Figura 8 mostra esta betoneira a produção das argamassas in situ. Figura 8 Produção das argamassas in situ com o auxílio de betoneira basculante.

49 3.4 CARACTERIZAÇÃO DA ARGAMASSA DE EMBOÇO (FRESCO/ENDURECIDO) 49 Os mesmos materiais e traços definidos em obra, também foram reproduzidos em laboratório por meio da análise de corpos-de-prova quanto as suas características físico-mecânicas da argamassa em ensaios de caracterizações, no estado plástico e endurecido. Para a mistura da argamassa, utilizou-se uma argamassadeira, com capacidade de 25 litros de material, conforme mostrado na Figura 9. Figura 9 - Produção das argamassas em laboratório. A verificação das características da argamassa, no estado plástico e endurecido, são apresentadas a seguir.

50 3.4.1 Avaliação da Argamassa de Revestimento no Estado Plástico (Laboratório) 50 Os materiais constituintes das argamassas possuem propriedades mecânicas e químicas muito diferentes. Desta forma, quando eles são misturados produzem os mais diversos comportamentos, que poderão ou não atender as exigências necessárias no estado fresco e endurecido. No estado fresco, as principais propriedades das argamassas consideradas consistência, retenção de água, coesão, plasticidade e adesão - são difíceis de serem quantificadas, pois envolvem propriedades reológicas do material que se alteram rapidamente no decorrer do tempo. A fim de melhor caracterizar as argamassas utilizou-se, nesta pesquisa, métodos de ensaios não tão difundidos, em especial, os advindos da mecânica dos solos de forma a obter dados qualitativos e/ou quantitativos mais confiáveis com relação às propriedades do material em questão, porém, esses foram realizados conjuntamente com os ensaios já consagrados. A seguir são mostrados os ensaios utilizados na caracterização das argamassas, no estado plástico e endurecido. i) Índice de consistência pela mesa da ABNT O índice de consistência das argamassas, em sua maioria, é mensurado segundo a norma NBR 7215/2007 (ABNT). A metodologia de ensaio consiste na medida do espalhamento (diâmetro) de uma amostra de argamassa, moldada em um molde com a forma de um tronco de cone sobre a mesa padrão de ensaio. Esse espalhamento é conseguido por meio da introdução de impactos obtidos, conforme ilustra a Figura 10.

51 51 Figura 10 Determinação do índice de consistência: (a) adensamento executado com soquete. (b) golpes na mesa de ensaio ( flow table ) e (c) medição do diâmetro. (a) (b) (c) Apesar da grande utilização, este é um dos ensaios mais criticados quanto à avaliação de uma condição de trabalhabilidade. Um dos fatores que contribui para esta discussão, além da própria concepção do ensaio, diz respeito a uma não correspondência de resultados entre os valores que caracterizam mesmas condições de trabalhabilidade, ou seja, uma avaliação isolada dos resultados do ensaio da mesa de consistência é insuficiente para definir uma argamassa como trabalhável. ii) Vane test ou ensaio de palheta. A metodologia empregada pelo Vane teste (ensaio de palheta), que pode ser utilizada in situ ou em laboratório, é preconizado pela norma BS-1377/1988 e ASTM D Standard Test Method for Laboratory Miniature Vane Shear Test for Satured Fine-Grained Clayey Soil, tem se mostrado um método simples e eficaz na

52 52 determinação da resistência ao cisalhamento (Su), ou seja, tensão limite de escoamento 10 de materiais na mecânica dos solos. No entanto, ao longo desta pesquisa, esse método de ensaio foi utilizado para medir a tensão limite de escoamento das argamassas estudadas, e assim, determinar de forma indireta a consistência destas. O equipamento utilizado é de fabricação da Wykeham Farrance, mostrado na Figura 11. Figura 11 Aparelho Vane Tester, utilizado para medir tensão limite de escoamento (τ 0 ) fornecido pela empresa Wykeham Farrance Engineering. Escala de leitura Manivela para aplicação o torque Palheta em forma cruz Mola As características desse equipamento (Vane Tester) são: i) diâmetro da palheta (D) = 2,4 cm; ii) altura da palheta (H) = 4,8 cm; iii) constante da mola = 0,0232 Kgf.cm/º. O procedimento adotado na realização desse ensaio foi o mesmo utilizado por diversos pesquisadores, como por exemplo, Alves (2002), Santos (2003) e Do Ó (2004), conforme apresentado a seguir: 10 Tensão limite de escoamento valor da tensão de cisalhamento no qual o gradiente de velocidade é igual a zero. Ou seja, para que um material tenha um fluxo viscoso, a força aplicada nesse, deve ser superior a tensão limite de escoamento do referido material.

53 53 a) primeiramente, preencheu-se um recipiente cilíndrico de PVC de 6,5 cm de diâmetro e 11,5 cm de altura (com capacidade aproximada de 400 ml) com três camadas subsequentes de argamassa, de alturas aproximadamente iguais. Aplicou-se, em seguida, 20 golpes em cada uma delas, com espátula de bordas retas, rasando-se a superfície. Tal procedimento é semelhante ao prescrito pela norma NBR 13278/95 para determinação da densidade de massa e do teor de ar incorporado em argamassas de assentamento e revestimento; b) inseriu-se a palheta na amostra, de forma a submergi-la por completo; c) aplicou-se, manualmente, uma velocidade aproximada de 90º/minuto, registrando por meio da escala de leitura de deformações, localizada na parte superior do aparelho, a deformação medida na fase de cisalhamento. A situação de torque máximo ou ruptura fornece o valor da tensão limite de escoamento, parâmetro reológico que mensura de forma indireta a consistência da argamassa. No cálculo da tensão limite de escoamento é necessário o conhecimento da geometria da superfície de escoamento, além da distribuição da tensão de cisalhamento nesta superfície. A mecânica dos sólidos faz uma aproximação dessa distribuição de tensão, onde assume que o escoamento do material se dá ao longo de uma superfície cilíndrica e que a tensão de cisalhamento é uniformemente distribuída ao longo do cilindro, e igual a tensão de escoamento (τ 0 ) (Nguyen, 1985). Nesse sentido, o mesmo autor relata que como a palheta é cravada completamente, a área total a ser considerada no cálculo, é a área lateral do cilindro mais duas vezes a área da base (superior e inferior), ou seja, πdh + 2(πD 2 /4), onde D e H são o diâmetro e a altura da palheta, respectivamente. Com essas considerações a resistência de cisalhamento (tensão de limite de escoamento) pode ser obtida pela Equação 3.1 (Nguyen, 1985). Com os dados obtidos do ensaio, multiplicam se esses pela constante da mola, para obter o torque máximo. Determina-se, então, a tensão limite de escoamento aplicando a Equação 3.1.

54 54 T m 3 DH1 0 2D 3, (3.1) onde: Tm = torque máximo, em kgf.cm; τ 0 = Su = tensão limite de escoamento ou resistência ao cisalhamento, em kgf/cm 2 ; D = diâmetro da palheta, em cm; H = altura da palheta, em cm. Os resultados da tensão limite de escoamento (Su) são mostrados em kpa. iii) Teor de ar incorporado O teor de ar incorporado foi determinado pelo método pressométrico. Tal ensaio foi baseado no procedimento da norma Mercosur NM 47:95. Essa preconiza dois tipos de aparelhos medidores de teor de ar, o tipo A e tipo B. Sendo usado neste trabalho o tipo B, com capacidade de 1 litro, conforme mostrado na Figura 12. Figura 12 Aparelho utilizado para medir teor de ar incorporado, tipo B, preconizado pela norma Mercosur NM 47:95.

55 A realização desse ensaio consistiu basicamente na execução de 5 etapas, as quais são descritas a seguir: 55 a) primeiramente, preencheu-se o recipiente com argamassa, em 3 camadas de volume aproximadamente iguais, adensando-as por meio da aplicação de 25 golpes (em cada camada), uniformemente distribuídos; b) acoplou-se a tampa sobre o recipiente, mantendo-se as torneiras laterais abertas; c) com a seringa, injetou-se água por meio de um dos orifícios laterais ( torneira ), até que todo o ar fosse expelido pelo orifício oposto; d) com a bomba de ar, forneceu-se uma pressão inicial, conforme indicado no equipamento; e) verificou-se se todas as saídas encontravam-se completamente fechadas. Em seguida, pressionou-se a alavanca que transfere a pressão para o recipiente, por alguns segundos, até estabilização. Enfim, leu-se no manômetro a porcentagem de ar existente no material. iv) Retenção de água O princípio desse método de ensaio consiste em medir a massa de água retida em uma amostra de argamassa, após realização de um tratamento padronizado de sucção (50 mmhg) por meio de uma aparelhagem composta, por um funil (funil de Buchner modificado) e uma bomba de vácuo. A aparelhagem utilizada para sua realização é mostrada na Figura 13. Figura 13 Aparelhagem necessária para determinação da retenção de água, por meio do funil de Buchner modificado. Manômetro indicador da sucção. 200 ± 1 (mm) Funil Bomba de vácuo Frasco que contém a água succionada (Erlenmeyer)

56 56 A realização do ensaio de retenção de água consistiu na execução das seguintes etapas: a) colocou-se o papel-filtro sobre o funil e umedeceu-o. Em seguida retirou-se o excesso de água do papel-filtro acionando-se a bomba de vácuo e aplicando-se ao conjunto uma sucção de 50 mmhg durante aproximadamente 90 segundos; b) pesou-se o conjunto funil/papel-filtro (úmido) em balança com resolução de 0,01g e registrou-se sua massa (M fv ); c) com a argamassa preparada, preencheu-se o prato do funil até um pouco acima da borda e adensou-se com 37 golpes, sendo 16 desses aplicados uniformemente junto à borda e 21 na parte central; d) após o adensamento retirou-se o excesso de argamassa, mediante o uso de uma régua metálica, de tal forma a obter uma superfície plana. Com um pano úmido limpou-se a parte externa do funil e, assim, pesou-o, registrando sua massa (M fc ); e) colocou-se na parte superior do funil uma tampa acrílica perfurada, com intuito de amenizar ou evitar a perda de água por evaporação. Em seguida aplicou-se na amostra uma pressão negativa (sucção) correspondente à coluna de 50 mmhg durante os intervalos de tempo de: 1; 1,5; 3; 5; 10 e 15 minutos NBR (1995). Para cada um desses tempos, registrou-se a massa correspondente (M fi ). Com os dados obtidos do ensaio, determinou-se a retenção de água das amostras de argamassa ensaiadas por meio da Equação 3.2. onde: Ra = retenção de água 11, em %; M fv = massa do funil vazio e filtro, em g; ( MM fc fi) Ra 1 10, (3.2) FAMM fc fv 11 Retenção de água - % da água retida em relação ao teor total de água utilizado.

57 57 M fc = massa do funil cheio e filtro, em g; M fi = massa do funil para o tempo i de exposição à sucção, em g; FA = Relação água/argamassa fresca; M w FA MM w M w = massa total de água utilizada na argamassa, em g; M = massa de argamassa industrializada ou soma das massas dos componentes anidros em caso de argamassa dosada, em g. Na Tabela 5 são apresentados os resultados médios dos ensaios realizados na avaliação das argamassas de revestimento. Tabela 5 - Resultados médios da caracterização da argamassa de revestimento, no estado fresco. Propriedade Determinada Método de Ensaio Resultados Médios Consistência (Espalhamento) NBR 7215 (2007) 262 mm Resistência ao cisalhamento (Vane Test) Ar incorporado Retenção de água (funil) 15 minutos Densidade de massa ASTM D Mercosur NM 47:95 1,59 KPa 15% NBR (1995) 72% NBR (1995 ) 1,90g/cm³ Caracterização da argamassa Estado Endurecido (Laboratório) No estado endurecido, as propriedades das argamassas avaliadas foram: resistência à tração na flexão, resistência à tração por compressão diametral, resistência à compressão axial, módulo de deformação, retração, absorção de água, densidade de massa, índice de vazios e capilaridade. A seguir são mostrados os ensaios utilizados na caracterização das argamassas no estado endurecido.

58 58 a. Resistência à compressão axial O objetivo deste ensaio é evidenciar diferentes comportamentos em face da dimensão e geometria dos corpos-de-prova. A resistência à compressão foi determinada nas idades de 7, 14, 28 e 120 dias, utilizando 4 corpos-de-prova (50x100)mm para cada idade, em conformidade com a NBR (ABNT, 2005) - Argamassa para assentamento de paredes e revestimento de paredes e tetos - Determinação da resistência à compressão - e todos os corpos-de-prova foram capeados com pasta de cimento. A Figura 14 mostra a execução deste ensaio. Figura 14 - Ensaio de resistência à compressão axial do corpo de prova 5x10 nas idades de 7,14, 28 e 120 dias. b. Resistência à tração na flexão Foram utilizados 6 corpos-de-prova (40x40x160)mm para a realização do ensaio de resistência a tração na flexão da argamassa de emboço, nas idades de 7, 14 e 28 dias, segundo a NBR (ABNT, 2005) conforme Figura 14. Para o ensaio das placas isoladas foi adotada a mesma metodologia, modificando-se a distância entre os apoios. O ensaio consiste em aplicar uma carga centrada sobre o corpo-de-prova bi-apoiado, rompendo-o à flexão. Sua resistência à tração é determinada através da Equação 3.3. A Figura 15 e 16 ilustra o ensaio realizado.

59 59 Figura 15 - Ensaio de resistência à tração na flexão. F d l 1,5Fl f 2 (db ) (3.3) Onde: f resistência à tração na flexão em MPa; F força aplicada em N; l distância entre apoios igual a 100 mm para ensaios em prismas e 160 mm para ensaios em placas isoladas; b largura do CP em mm; d altura do CP em mm. Figura 16 - Ensaio de resistência à tração na flexão nas idades de 7, 14 e 28 dias.

60 60 c. Densidade de massa aparente Para a determinação deste parâmetro, seguiram-se os procedimentos prescritos na NBR (ABNT, 2005). Foi ensaiado 04 corpos-de-prova cilíndricos (5x10cm) na idade de 28 dias A Figura 17 mostra a realização deste. Pela norma brasileira, a amostra deve seca em estufa a (105 ± 5) C até constância de massa. Depois de seco, esta deve esfriar a temperatura ambiente até (23 ± 2) C. Em seguida deve-se determinar a massa da amostra seca e suas dimensões com auxílio de um paquímetro. A determinação da densidade de massa é obtida a partir da seguinte equação: M γ ap 1000 (3.4) V Onde: Уap = densidade de massa aparente, em kg/m 3 ; M = massa do corpo-de-prova, em g; V = volume do corpo-de-prova, em cm 3. Para a determinação da densidade de massa pelos procedimentos da norma européia, a amostra deve ser seca em estufa a (70 ± 5) C até que entre duas determinações de massa, com intervalo de duas horas, a diferença entre as massas não seja superior a 0,2%. Após esta estabilização deve-se registrar a massa seca (m s,dry ) em g. Para a determinação do volume da amostra, esta deve ser imersa em água a (20 ± 2) C até que entre duas determinações de massa, com intervalo de 15 minutos, a diferença entre as massas não seja superior a 0,2%. Após esta estabilização deve-se registrar a massa saturada (m s,sat ) em g. E em seguida determinar a massa da amostra imersa em água (m s,i ) em g. O volume da amostra é obtido pela equação: Onde: m V s = volume da amostra, em m 3 ; m s,sat = massa saturada da amostra, em kg m s,i = massa imersa da amostra, em kg ρw = densidade da água, em kg/m 3. m s,sat s,i V s ρ (3.5) w

61 61 Onde: A densidade de massa é determinada pela seguinte equação: ρs = densidade de massa da amostra, em kg/m 3 ; m s,dry = massa seca da amostra, em kg m s, dry ρ s (3.6) Vs Figura 17 Ensaio de densidade de massa aparente corpo-de-prova com 28 dias. d. Absorção de água, índice de vazios e massa específica O ensaio para determinação da absorção de água, índice de vazios e massa específica foi realizado nos mesmos 4 corpos-de-prova utilizados no ensaio de densidade de massa aparente, aos 28 dias de idade, utilizando a NBR 9778 (ABNT, 2009).

62 62 Para estes ensaios os espécimes seguiram os seguintes procedimentos: a) Secagem dos corpos-de-prova em estufa à (105 ± 5) C até constância de massa (aproximadamente 72 horas); b) Resfriamento das amostras ao ar seco à temperatura ambiente e determinação da massa seca; c) Realização da imersão das amostras em água a temperatura de (23 ± 2) C por 72 horas. Nas primeiras 4 horas as amostras devem ser mantidas com 1/3 de seu volume imerso, 2/3 nas 4 horas subsequentes e completamente imersos nas 64 horas restantes. As amostras devem ser pesadas a cada 24 horas após o inicio da imersão; d) após a saturação os corpos-de-prova estes devem ser fervidos por 5 horas e depois resfriados a temperatura ambiente até de (23 ± 2) C; e) determinação das massas das amostras; f) determinação das massas das amostras, através de balança hidrostática, imersas em água a temperatura ambiente. A absorção de água por imersão é determinada pela seguinte expressão: Msat Ms x100 M s (3.7) O índice de vazios é determinado pela seguinte expressão: Msat Ms x100 M M sat i (3.8) Onde: M sat = massa da amostra saturada, em g; M s = massa da amostra seca em estufa, em g; M i = massa da amostra saturada e imersa em água, em g.

63 63 e. Absorção de água por capilaridade O ensaio para determinar o coeficiente de capilaridade foi realizado em corpos-de-prova prismáticos de (40x40x 160) mm, aos 28 dias de idade, utilizando a norma CSTB (1993). O coeficiente de capilaridade é o coeficiente angular da reta, tomando-se no eixo das abscissas a raiz quadrada dos tempos de 10 minutos e 90 minutos e no eixo das ordenadas as absorções de água correspondentes a estes tempos. A NBR 9779 (ABNT, 1995) determina que as leituras devem ser feitas nas idades de 3, 6, 24, 48 e 72 horas e a mancha de água não pode alcançar a face superior do corpo-de-prova. A Figura 18 mostra a execução do ensaio. Figura 18 - (a) e (b) Ensaio de absorção de água por capilaridade corpo-de-prova com idade de 28 dias (a) (b) Na Tabela 6 são apresentados os resultados médios dos ensaios realizados na caracterização da argamassa de revestimento no estado endurecido.

64 Tabela 6 - Resultados médios da caracterização da argamassa de revestimento, no estado endurecido. 64 Propriedade Determinada Método de Ensaio Resultados Médios dos Ensaios (MPa) IDADES 07 dias 14 dias 28 dias 120 dias Resistência à compressão axial NBR (2005) 0,46MPa 0,64MPa 0,79MPa 0,58MPa Resistência à tração na flexão Densidade de massa aparente Resistência à tração por compressão diametral Módulo de elasticidade Absorção de água por imersão NBR (2005) NBR (2005) NBR 7222 (1983) NBR 8522 (1984 ) NBR 9778 (2009) 2,58MPa 1,88MPa ,63kg/m 3-0,70MPa 0,46MPa 0,60MPa 0,37MPa - - 0,64MPa ,48g - Índice de vazios NBR 9778 Massa específica Saturada) (2009) NBR 9778 (2009) 26% - - 2,54g - Absorção de água por capilaridade NBR 9779 (1995 ) 3hrs 6hrs 24hrs 48hrs 72hrs 0,23g/cm 2 0,30g/cm 2 0,38g/cm 2 0,45g/cm 2 0,50g/cm METODOLOGIA DA PESQUISA Atualmente, a maioria das ocorrências de manifestações patológicas observadas nas edificações da região metropolitana de Belém são os desplacamentos de fachadas, ocasionados pela falta de aderência na interface chapisco-base.

65 65 Deste modo, a elaboração deste trabalho respalda-se na importância de se estudar uma das principais variáveis que interfere no desempenho de revestimentos externos e fachadas; o tratamento de base e sua posterior influência na resistência de aderência do revestimento. A partir dos objetivos propostos foram realizadas análises in situ com relação ao tratamento de base aplicado sobre a alvenaria de bloco cerâmico, bem como, sua influência no que tange à resistência de aderência da argamassa de emboço, nas idades de 7, 14, 28 e 120 dias. De forma a atingir os objetivos mencionados, foram confeccionados painéis de alvenaria de bloco cerâmico com dimensões de (1,20x1,50) m². Os painéis estavam localizados em área externa da edificação com o intuito de simular situações semelhantes às ocorridas na fachada, conforme mostrado na Figura 19. Figura 19 Execução dos painéis em alvenaria de bloco cerâmico. 3.6 AVALIAÇÃO DAS PROPRIEDADES DO REVESTIMENTO EM ARGAMASSA In situ Pulverulência do Revestimento (chapisco e argamassa) e Fissuração Após endurecimento das argamassas foi realizada inspeção visual com intuito de observar a superfície acabada quanto à presença de fissuras, assim como, sua resistência à abrasão superficial (pulverulência).

66 66 Esperou-se quanto aos aspectos físico, que a superfície da argamassa aplicada, depois de endurecida, apresentou-se não friável, ou seja, com resistência superficial e com baixo índice de fissuração. Cabe ressaltar, que a resistência da argamassa à abrasão superficial ou ao riscamento não é função somente do consumo de cimento e da relação água/cimento, mas também da granulometria do agregado miúdo e do teor de cal ou do aditivo utilizado no traço. Assim, na definição de um traço de argamassa é necessário verificar o aspecto físico e visual da sua superfície aplicado ao substrato a que se destina, além da determinação das suas características físicas (MENDONÇA, 2004). Os sinais de pulverulência mais comumente observados são a desagregação e o esfarelamento da argamassa ao ser pressionada manualmente. Para esta análise, foi utilizado um objeto metálico e pontiagudo (prego) pressionado contra a superfície do revestimento. Esta análise foi realizada após 3 (três) dias da aplicação do chapisco e avaliada também após a aplicação da argamassa de emboço, nas idades iniciais (3, 7 e 14 dias) e nas mais avançadas (28 e 120 dias). Neste estudo foi realizada uma análise qualitativa do revestimento e uma analogia com a permeabilidade. E com relação à fissuração do revestimento, tanto o surgimento quanto à sua evolução foram acompanhados em cada painel durante todo o período dos ensaios. As fissuras foram classificadas de acordo com a abertura por meio do uso de uma lupa e do fissurômetro, com medidas variando entre 0,05mm a 3,0mm. Foi realizada uma marcação lateral acompanhando esta fissura (com giz de cera) para facilitar sua visualização. ii ) Permeabilidade pelo Método do Cachimbo O ensaio de permeabilidade pelo Método do Cachimbo, proposto pelo CSTC Centre Scientifique at Technique de la Construction da Bélgica, determina a absorção à água do revestimento, sob pressão inicial de 92mm de coluna d água, que corresponde a ação estática de um vento com velocidade de 140 km/h. Alguns autores nacionais desenvolveram trabalhos utilizando este método, tais como, SELMO (1989), ALMEIDA DIAS & CARASEK (2003) e ARAÚJO JÚNIOR (2004). Neste estudo, o ensaio terá por base o procedimento realizado por Araújo Júnior (2004) e foram realizados nas idades de 28 e 120 dias. Estas idades foram

67 67 escolhidas e a idade de 120 foi analisada esperando-se que a porosidade superficial do revestimento já esteja estabilizada, não apresentando grandes variações em idades mais avançadas. A Figura 20 mostra o ensaio sendo executado. A seguir são apresentados a aparelhagem utilizada na execução do ensaio e seus procedimentos: a) uma pisseta plástica; b) massa plástica de vedação; c) cachimbo de vidro, confeccionado conforme recomendações do CSTC; d) cronômetro. O ensaio é realizado segundo a seguinte metodologia: a) fixar o cachimbo de vidro no revestimento, através da massa plástica de vedação; b) com o auxílio da pisseta plástica, encher o cachimbo com água potável até a referência do nível zero e acionar o cronômetro; c) efetuar a cada minuto a leitura da diminuição do nível da água em cm³, até o nível d água atingir a marca de 4 cm³ ou completar 15 minutos de ensaio Figura 20 - Realização do Ensaio de absorção de água do revestimento, pelo Método do Cachimbo.

68 68 O cálculo do coeficiente de permeabilidade será feito conforme a expressão Onde: A 215 LLL L, (3.9) A 2 15 = Coeficiente de permeabilidade em ml/min. L 2 a L 15 = leituras do 2º ao 15º minutos. iii) Resistência de Aderência à Tração Direta O ensaio para determinação da resistência de aderência foi realizado nos revestimentos na idade de 7, 14, 28 e 120 dias, seguindo os procedimentos descritos na NBR (ABNT, 2010). Para a realização deste ensaio foi utilizado um dinamômetro de impacto. Em cada painel avaliado foram realizados, por idade, 12 arrancamentos, perfazendo um total de 240 medições. A Figura 21 mostra as etapas necessárias à realização do ensaio de resistência de aderência nos revestimentos em argamassa. Figura 21 (a) Execução do corte do revestimento. (b) Colagem das pastilhas metálicas. (c) Aplicação da carga de tração direta com dinamômetro. (a) (b)

69 69 (c) Para cada ensaio realizado foram registradas as cargas de ruptura, o diâmetro efetivo do corpo-de-prova, a espessura do revestimento e os percentuais dos tipos de ruptura. A Tabela 7 sumariza as situações avaliadas no ensaio de resistência de aderência. Tabela 7 Situações avaliadas no ensaio de resistência de aderência da argamassa de revestimento. Propriedade avaliada Resistência de aderência à tração direta Situações avaliadas Argamassa de emboço aplicada sobre Chapisco 1:3, convencional sem aditivo e sem cura Argamassa de emboço aplicada sobre Chapisco1:3, convencional sem aditivo e curado Argamassa de emboço aplicada sobre Chapisco 1:3, convencional com aditivo e sem cura Argamassa de emboço aplicada sobre Chapisco 1:3, convencional com aditivo e curado N. de avaliações Idades (dias) Total N o.total de corpos-de-prova 240

70 70 4 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS Neste capítulo são apresentados e discutidos os resultados obtidos no programa experimental desta dissertação. Inicialmente são expostos os valores relativos aos ensaios realizados com o substrato frente as suas características físicas de absorção de água livre, bem como, suas características de porosidade e textura. Posteriormente, mostram-se os resultados relacionados à permeabilidade dos diferentes tratamentos de base e da argamassa. Finalmente, vêem-se as análises de resistência de aderência à tração das argamassas, a partir de seus tratamentos estatísticos COMPORTAMENTO DOS BLOCOS CERÂMICOS QUANTO À SUA ABSORÇÃO DE ÁGUA: IRA, ABSORÇÃO TOTAL (SATURAÇÃO), ABSORÇÃO DE ÁGUA (AO LONGO DO TEMPO) E ABSORTIVIDADE Diversos estudos, como por exemplo, Scartezini (2002) e Leal (2003) buscam parâmetros do substrato, tais como, absorção de água e rugosidade superficial que modelem seu comportamento com relação às características de desempenho dos revestimentos, em especial, a resistência de aderência à tração, isto porque, a capacidade de sucção dos blocos influi diretamente no transporte e na formação dos produtos de hidratação na interface entre os materiais (argamassa e base). Neste sentido, Carasek (1996) concluiu que a capacidade de sucção e a porosidade na interface argamassa/substrato propiciam o transporte dos elementos de hidratação, ocasionando uma melhor ancoragem da argamassa, principalmente devido à ação da etringita, a qual provoca o intertravamento dos cristais no interior dos poros. Nesta pesquisa, o bloco cerâmico foi caracterizado com relação à sua capacidade de absorção de água, calculando-se a taxa inicial de absorção de água livre (IRA), absorção de água ao longo do tempo e a absorção total de água (saturação). As Figuras 22 e 23 mostram os resultados médios dessas determinações.

71 71 Figura 22- Comportamento de absorção de água do bloco cerâmico: IRA e absorção total de água (saturação). IRA e Absorção Total do Bloco Cerâmico ,60 IRA 21 Abs. Total Bloco Cerâmico A Figura 22 mostra comportamentos distintos entre o IRA e absorção de água total. Logo, estes medem características diferentes relacionadas às suas respectivas estruturas de poros e natureza. Neste sentido, segundo alguns autores (Scartezini, 2002; Leal, 2003 e Paes 2004), a avaliação que possivelmente melhor consiga caracterizar o comportamento desses componentes seja a avaliação da curva de absorção de água ao longo do tempo. Por meio desta se perceber características inerentes a cada tipo de bloco em analogia a sua absorção de água e ainda, a diferenciação desta característica em relação a componentes de outra natureza, conforme mostrado na Figura 23.

72 Água absorvida por unidade de área (g/cm² * 100) Figura 23- Comportamento de absorção de água do bloco cerâmico, ao longo do tempo, para determinação de sua absortividade (S). 72 Perfil de Absorção de Água (ao longo do tempo) y = 1,0233x + 6,1965 R² = 0,9823 y = 3,4278x + 0,2504 R² = 0,9924 y = 1,4081x - 1,8813 R² = 0, Tempo 1/2 (minuto) S(1-5min) S(5-300min) S( min) A partir da curva de absorção de água ao longo do tempo Figura 29, foram determinadas as absortividades dos blocos, as quais avaliam indiretamente as velocidades de sucção de água dos componentes. Foram tomados como parâmetros os coeficientes angulares das retas ajustadas aos pontos da leitura do ensaio de absortividade S 1-5, de 1 a 5 minutos, parâmetro que caracteriza a absorção nos momentos em que ela é mais intensa. Já o parâmetro S 5-300, de 5 a 300 minutos, foi determinado de forma a verificar a influencia de tempos maiores de absorção. Finalmente, o parâmetro S , caracteriza os momentos em que as camadas superficiais do substrato ficam próximas da saturação resultando numa absorção mais lenta com tendência à estabilização (HONÓRIO e CARASEK, 2010). Os resultados obtidos foram de 3,43cm²/min para S 1-5min, ; de 1,68cm²/min para S 5-300min, e de 1,32 cm²/min para S min. As absortividades mostram que os blocos cerâmicos ainda continuam absorvendo água por um tempo bastante longo, provavelmente, em decorrência de sua estrutura de poros de tamanhos menores e sua superfície densa e compacta. Estas características são percebidas pela análise

73 da superfície dos blocos, apresentada na Figura 24. As micrografias mostram o bloco cerâmico ampliado na magnitude de 600X. 73 Figura 24 Micrografia da amostra de substrato cerâmico obtido por meio de MEV Microfissuração Observa-se por meio da micrografia a existência de microfissurações, possivelmente proveniente do processo de fabricação dos blocos cerâmicos. Em geral, a produção dos blocos na região é ainda realizada de forma artesanal, com uso de fornos sem controle do tempo e da temperatura de queima. Nota-se ainda, que as características superficiais do bloco (densa, compacta e lisa) podem dificultar a ancoragem de argamassas aplicadas sobre esse tipo de substrato, pois, segundo Scartezini e Carasek (2003), uma maior rugosidade superficial e uma textura diferenciada favorece o intertravamento da argamassa (macroancoragem), permitindo uma melhor penetração desta no interior do bloco e, consequentemente, maior resistência de aderência nesta interface. 4.2 PULVERULÊNCIA DO CHAPISCO E DA ARGAMASSA DE REVESTIMENTO E FISSURAÇÃO DA ARGAMASSA DE REVESTIMENTO A pulverulência é considerada o esfarelamento da argamassa ao ser pressionada manualmente e, normalmente, as causas que levam a este esfarelamento são: a presença de torrões de argila na areia empregada para o

74 74 preparo da argamassa, pintura executada antes de ocorrer a carbonatação da cal presente na composição da argamassa, argamassa com baixo teor de aglomerantes, argamassa industrializada empregada após prazo de vencimento e a hidratação inadequada de fração de cimento da argamassa (Franco, 2008). Como informado no programa experimental (Capítulo 3), para a avaliação da pulverulência foi utilizado um objeto metálico e pontiagudo (prego) pressionado contra a superfície dos chapiscos e dos revestimentos. No caso do chapisco, esta verificação foi realizada após 3 (três) dias de sua aplicação adotando-se as recomendações de Ceotto et al.(2005). Os autores sugerem que sejam feitas observações da profundidade do sulco produzido, avaliando-se que, quanto mais profundo for o sulco, menor é a dureza e resistência da superfície analisada. As Figuras 25 a 26 mostram a análise da pulverulência dos chapiscos sob as diferentes condições de tratamentos de base empregados. i.) Análise da Pulverulência dos Chapiscos: As Figuras 25 a 26 mostram as características dos diferentes tipos de chapiscos empregados, sobre a alvenaria de blocos cerâmicos. a) Chapisco 1:3 (cimento:areia, sem cura). Figura 25- Análise visual de pulverulência do chapisco 1:3 (sem cura).

75 75 Figura 26- Análise visual de pulverulência do chapisco 1:3 (com cura). Conforme observado nas Figuras 25 e 26 vê-se que com o mesmo tipo de base (alvenaria de bloco cerâmico) e com o mesmo traço do chapisco (1:3), porém, adotando-se a cura por três dias consecutivos, as condições de resistência superficial ao risco e adesão foram sensivelmente melhoradas. Já com relação aos chapiscos com uso de resina acrílica SBR (1:3+SBR), segundo dosagem recomendada pelo fabricante, a utilização do aditivo realmente melhora sensivelmente as características de resistência superficial e adesão ao substrato. Percebeu-se que efeito químico do aditivo tornou o chapisco muito resistente ao risco, sendo necessário inclusive certo esforço físico para friccioná-lo, conforme observado nas Figuras 27 e 28. b) Chapisco (1:3 +aditivo SBR, sem cura) Figura 27- Análise visual de pulverulência do chapisco com aditivo e sem cura.

76 76 Figura 28 - Análise visual de pulverulência do chapisco com aditivo com cura. c) Análise da Pulverulência e Fissuração da Argamassa de Revestimento: Na análise da pulverulência da argamassa de revestimento percebeu-se que estas apresentavam resistência ao risco e coesão das partículas, independentemente do tipo de tratamento aplicado à base, conforme observado na Figura 29. Figura 29- Avaliação da pulverulência da argamassa de revestimento, ao longo do tempo. aplicada sobre os diferentes tratamentos de base.

77 77 Já com relação à apreciação da fissuração da argamassa de revestimento, estas foram classificadas de acordo com a abertura proveniente da inspeção visual realizada in loco com o auxílio de um fissurômetro, conforme mostrado na Figura 30. Figura 30- Análise da fissuração da argamassa de emboço aplicada sobre os diferentes tratamentos de base. A fissuração foi avaliada em cada painel (com os diferentes tratamentos de base) durante todos os 120 dias de análise. Estas foram classificadas de acordo com sua abertura, por meio do uso de um fissurômetro, sendo quantificadas pela soma das medidas de seus comprimentos, em milímetros, dividido pelo valor da área de cada painel (m²). Percebeu-se que a maioria das fissuras ocorridas foram superficiais e classificadas como fissuras passivas, ou seja, não tiveram aumento de largura e profundidade no decorrer do tempo (120 dias) sendo, possivelmente, provenientes da retração por secagem da argamassa e de falhas no processo executivo (sarrafeamento das argamassas). Observou-se ainda que a argamassa de revestimento aplicada sobre o chapisco 1:3 (sem cura), apresentou maior quantidade de fissuras visíveis e com abertura média de 0,35 mm. Contrariamente, os tratamentos de base com a presença do aditivo SBR foram os que apresentaram menores quantidades de fissuras visíveis e com abertura média das fissuras de 0,2 mm.

78 78 Este fato é bastante interessante de ser observado, pois muitos profissionais da área técnica (engenheiros e mestres de obras) dizem não ser necessária a cura das argamassas na nossa região, em decorrência das características do clima local (chuvas contínuas e alta umidade relativa), no entanto, a cura tem por definição ser um procedimento contínuo e não sujeito às variações climáticas. Esta (cura) mostrou ser um fator determinante para a resistência de aderência do revestimento. Neste sentido, Silva (2002) observou que a cura das argamassas, mediante proteção contra a secagem precoce por ação do vento ou do sol e eventual umedecimento, constitui uma peça chave para a prevenção da fissuração por retração hidráulica, uma vez que, apesar de não diminuir o valor final da retração, esta ocorre num período em que as argamassas já têm resistência mecânica suficiente. 4.3 PERMEABILIDADE DO CHAPISCO E DA ARGAMASSA DE REVESTIMENTO (MÉTODO DO CACHIMBO ) A permeabilidade à água é uma propriedade que está relacionada com a estanqueidade da alvenaria e que ganha importância quando se trata de revestimentos de fachada (Carasek, 2007). A água percola em um dado material, componente ou elemento da construção, podendo ocorrer por infiltração sob pressão; por capilaridade e por difusão de vapor de água pelos condutos capilares (SELMO, 1989). Com o intuito de avaliar a influência do preparo da base na permeabilidade à água do revestimento de argamassa, foi utilizado neste trabalho, o método do cachimbo proposto pelo Centre Scientifique et Technique de La Construction da Bélgica (CSTC - NIT 140). O método avalia a permeabilidade de superfícies verticais por meio da absorção de água sobre pressão inicial de 92 mm de coluna de água, o que corresponde à ação estática de um vento com velocidade de 140 km/h (CINCOTTO et al., 1995). Este ensaio foi realizado em dois momentos diferentes. Inicialmente, foi executado sobre os diferentes tipos de chapiscos, três (3) dias após as suas

79 Permeabilidade (cm³/min.) 79 execuções, visando desta forma identificar as alterações de absorção de água produzidas. O segundo momento de realização do ensaio foi após 28 e 120 dias de aplicação da argamassa, ou seja, o revestimento estava com todas as suas características relacionadas às propriedades mecânicas já estabilizadas. Para cada painel foram efetuadas 3 medidas de absorção de água (todas sobre os blocos), nas diferentes idades e condições avaliadas. As Tabelas 08 e 10 e as Figuras 31 e 34 mostram os resultados médios obtidos para esta propriedade (permeabilidade), após 3 dias de aplicação do chapisco e aos 28 e 120 dias da aplicação da argamassa de revestimento Permeabilidade dos Chapiscos, aos três (3) dias de idade Tabela 08- Diferenças percentuais entre as permeabilidades medidas sobre os blocos chapiscados após os preparos de base, com três (3) dias de idade. Traço do chapisco Permeabilidade (cm³/min.) Condições de cura Sem cura Com cura Diferenças percentuais 1:3 0,55 0,28 +96% 1:3+SBR 0,24 0,29-17% Figura 31 Determinação da permeabilidade dos chapiscos pelo método do cachimbo, aos 3 dias de idade. Permeabilidade do Chapisco - 3 dias de Idade 0,60 0,55 0,50 0,40 0,30 0,28 0,24 0,29 0,20 0,10 0,00 1:3 (sem cura) 1:3 (com cura) 1:3+SBR (sem cura) 1:3+SBR (com cura) Tratamentos da Base

80 80 Avaliando-se a permeabilidade dos chapiscos, sob as diferentes condições de tratamentos de base na idade de 03 dias, viu-se que o traço de maior absorção de água foi o do chapisco 1:3 (sem cura) com média de 0,55 cm 3 /min. Ao se efetuar a cura do chapisco este valor teve um decréscimo de 96% (passando de 0,55cm³/min. para 0,28 cm³/min.), demonstrando a influência deste procedimento (cura) no preparo de base, neste caso em especial, com o uso do chapisco convencional. Já com relação aos chapiscos aditivados com a resina SBR, a não realização da cura deixou este tipo de chapisco 17% menos permeável, em comparação com o chapisco 1:3+SBR (curado). A permeabilidade dos chapiscos modificados com polímero SBR foi praticamente da mesma ordem de grandeza do chapisco 1:3 (curado), provavelmente, devido a um tamponamento dos poros pela formação do filme polimérico (ação química do polímero), diminuindo deste modo à absorção de água deste elemento. Este fato também já havia sido observado em outros trabalhos, como por exemplo, Leal (2003) e Moura (2007) Permeabilidade da Argamassa de Revestimento, aos 28 e 120 dias de idade A Tabela 9 e a Figura 32 mostram os resultados obtidos com a avaliação da permeabilidade sobre a argamassa de revestimento nas idades de 28 e 120 dias Tabela 9- Diferenças percentuais entre as permeabilidades da argamassa de revestimento após os preparos de base, com três 28 e 120 dias de idade. Tratamentos 28 Dias de Idade Argamassa de Revestimento Permeabilidade (cm 3 /min.) Diferenças 120 Dias Percentuais de Idade (28 dias) 1:3 (sem cura) 0,27 0, :3 (com cura) 0,19 0,18 Diferenças Percentuai s (28 dias) +39 1:3+SBR (sem 0,20 0,20 cura) -9 1:3+SBR (com cura) 0,22 0,21-5

81 Figura 32 Determinação da permeabilidade da argamassa de revestimento pelo método do cachimbo, aos 28 e 120 dias de idade. 81 Os resultados obtidos com a avaliação da permeabilidade da argamassa de revestimento mostram que o tratamento de base influencia no desempenho desta, uma vez que a argamassa era a mesma para todas as situações consideradas, variando-se somente os seus tratamentos de base. A cura da argamassa de revestimento tornou este elemento menos suscetível a penetração de água, sendo esta característica (permeabilidade) mais marcante no chapisco convencional com variações de 42% e 39%, respectivamente com o aumento da idade (28 e 120 dias). Percebe-se também uma tendência de diminuição da permeabilidade ao longo do tempo, independentemente da situação analisada, tornando o revestimento menos permeável, fato esperado pela hidratação dos componentes do cimento. Já a argamassa aplicada sobre os chapiscos aditivados mostraram que a permeabilidade não foi tão diretamente afetada como no caso dos chapiscos sem o aditivo. Os resultados da permeabilidade sobre os chapiscos aditivados, mostram que a variação foi de no máximo de 17%, aos 3 dias de idade, diferentemente do caso dos chapiscos sem este componente, em que a variação chegou a 96% fato que, possivelmente, iria se reproduzir na camada posterior, ou seja, na argamassa de revestimento. Esta ocorrência muito provavelmente se deve à combinação da ação física e química da resina acrílica que regularizou a absorção de água da

82 82 camada de chapisco de forma mais homogênea levando a uma microestrutura de baixa porosidade. Scartezini et al. (2002), ao estudarem a influência do preparo de base na aderência e na permeabilidade à água de revestimentos de argamassa, observaram que a modificação dos chapiscos com polímeros a base de estireno butadieno (SBR) e acetato de polivinila (PVA) não implicou, necessariamente, em uma capacidade maior de aderência. O autor sugere haver um ponto ótimo nesta relação, onde valores, abaixo e acima deste ponto podem vir a prejudicar a resistência à tração direta das argamassas. Os mesmos autores observaram também uma correlação satisfatória entre a absorção de água dos substratos preparados e a resistência dos revestimentos, ou seja, uma maior absorção do substrato implicou em uma maior resistência de aderência, conseguida mediante chapisco, em especial, sem adição de polímeros. Este fato, no entanto, para esta pesquisa não se confirmou, ou seja, uma maior absorção de água (tanto dos chapiscos como da argamassa de revestimento) não ocasionou uma maior resistência de aderência, como será visto no item avaliado posteriormente (resistência de aderência). Estes resultados confirmam que outras variáveis influem decisivamente no desempenho do revestimento, algumas já de conhecimento geral, como por exemplo, as características da base, a granulometria do agregado, a natureza e o teor de aglomerante, a execução e a mão-de-obra e, outras ainda pouco avaliadas, como as características relacionadas à temperatura, umidade relativa e ação do vento (Hattge, 2004 e Moura, 2007). Ressalta-se ainda, a confirmação de que pode haver realmente uma faixa ótima de valores de absorção de água que levem a maiores valores de resistência à tração do revestimento. Hattge (2004), ao avaliar a permeabilidade de alvenarias de blocos cerâmicos e de concreto com aplicação de chapisco (1:3, cimento e areia grossa, em volume), afirma que os revestimentos em argamassa, independentemente do tipo de base em que são aplicados, devem ser sobrepostos ao chapisco. O referido autor comenta que este elemento foi responsável por significativa melhoria na capacidade estanque do revestimento, ou seja, na diminuição da percolação de umidade e, conseqüentemente, em um desempenho mais satisfatório do recobrimento.

83 ANÁLISES DA RESISTÊNCIA DE ADERÊNCIA DOS REVESTIMENTOS Os resultados de resistência de aderência à tração das argamassas foram submetidos à análise de variância (ANOVA), cujo programa computacional usado foi o Minitab 14.0, para a determinação dos fatores associados a esta propriedade e suas variações de estudo. Neste ensaio foram registrados as cargas de ruptura, o diâmetro efetivo dos corpos de prova e os percentuais dos tipos de ruptura. A Tabela 10 e a Figura 33 mostram os resultados médios de resistência de aderência da argamassa de emboço, aplicadas sobre as diferentes situações de tratamento de base. Cabe observar que os resultados individuais constam do Apêdice B. Tabela 10 Resultados médios do ensaio de resistência de aderência e percentuais de ruptura predominantes, sob as diferentes condições de tratamento de base. Situações Avaliadas 1:3 (sem cura) 1:3 (com cura) 1:3+SBR (sem cura) 1:3+SBR (com cura) Legenda:Tipos de Ruptura Resistência de Aderência à Tração Direta da Argamassa (NBR 13528/ABNT, 1995) Idades Ruptura 7 dias 14 dias 28 dias 120 dias Predominante 0,15 0,20 0,23 0,30 0,20 0,26 0,29 0,40 0,22 0,29 0,33 0,63 0,15 0,19 0,22 0,31 Tipo A = Tipo B = Tipo C= Tipo D = Tipo E = Tipo F = Interface chapisco/substrato 60% - Tipo B 40% - Tipo C Interface argamassa/chapisco Argamassa de revestimento Substrato Interface revestimento/cola Interface cola/pastilha

84 Resistência de aderência (MPa) Figura 33 Resultados médios de resistência de aderência à tração dos revestimentos, aplicados sobre os diferentes tratamentos de base, nas idades de 7, 14, 28 e 120 dias. 84 0,70 0,63 0,60 0,50 0,40 0,30 0,20 0,22 0,20 0,15 0,15 0,29 0,26 0,20 0,19 0,33 0,29 0,23 0,22 0,30 0,40 0,31 0,10 0,00 7 Dias 14 Dias 28 Dias 120 Dias Idades Avaliadas com os Diferentes Tratamentos de Base 1:3 (sem cura) 1:3 (com cura) 1:3+SBR (sem cura) 1:3 (com cura) Os resultados de aderência mostram a influência direta dos tratamentos de base sobre esta propriedade e da sua evolução ao longo do tempo. Cabe observar que a idade de referência para a realização deste ensaio, segundo a NBR (ABNT, 1996) é a idade de 28 dias. Nesta idade (28 dias), somente o chapisco 1:3+SBR (sem cura) com valor de resistência de aderência de 0,33 MPa, atendeu à prescrição da norma supracitada, a qual prescreve resistência mínima de 0,30 MPa para revestimentos externos e fachadas. Já na idade de 120 dias, os resultados mostram que a resistência de aderência das argamassas, independentemente do tratamento de base aplicado, atendeu ao valor mínimo estabelecido por norma. Ressalta-se que a argamassa aplicada sobre o chapisco 1:3+ SBR (sem cura), foi à situação que apresentou os maiores valores de resistência de aderência, nas quatro idades avaliadas. Esta evolução aproxima-se de 100% entre as idades de 28 a 120 dias. O segundo melhor resultado para esta propriedade (aderência) foi o da argamassa aplicada sobre o chapisco 1:3 (com cura).

85 85 Contrariamente, as argamassas aplicadas sobre os chapiscos 1:3 (sem cura) e o chapisco 1:3+SBR (curado) apresentaram os menores valores de resistência de aderência independentemente da idade avaliada (7, 14, 28 e 120 dias). No caso do chapisco 1:3 (sem cura), a falta de umidade, aliada à elevada temperatura ambiente, pode ter prejudicado as reações de hidratação do cimento, ocasionado com uma retração muito forte na interface chapisco/argamassa. Tal fato pode ter levado a formação de microfissurações nesta interface originando diminuição da aderência. Este fenômeno pôde ser observado por meio de imagens em lupa estereoscópica, conforme mostrado na Figura 39. Ressalta-se que esta incidência tão grande de microfissurações não ocorreu nas demais situações analisadas. Figura 34- Vista da interface chapisco 1:3 (sem cura)/argamassa por meio de lupa com aumento de 50 vezes. Já para a situação em que se utilizou o tratamento de base com polímero SBR (curado), o uso deste chapisco (com cura) não resultou em uma maior resistência de aderência, pois a ação desta resina polimérica, sob condição de elevada umidade, possivelmente pode ter prejudicado a formação do filme polimérico responsável pelo preenchimento dos poros, e na conseqüente melhora da resistência de aderência da argamassa, conforme já observado nos trabalhos de Scartezini et al. (2002), Antonielli et al. (2002) e Leal (2003).

86 Análise Estatística da Resistência de Aderência Com os resultados obtidos de resistência de aderência da argamassa de emboço aplicada sobre cada diferente tratamento de base do chapisco, realizou-se análise estatística por meio de Análise de Variância ANOVA. O objetivo da análise de variância é avaliar se as diferenças observadas entre as médias das amostras são estatisticamente significantes. Esta análise foi realizada por meio do software MINITAB 14. Compararam-se as médias de resistência de aderência para cada situação de chapisco nas idades analisadas (7, 14, 28 e 120 dias). Em seguida realizou-se a análise de variância para cada idade. Por fim, realizou-se a estatística descritiva para o todo o experimento. Esta análise em conjunto teve como objetivo, observar, por meio do Coeficiente de variação e do gráfico Box-plot, a variação da resistência de aderência de acordo com o avanço das idades, bem como, qual o tratamento apresentou maiores valores de resistência de aderência Tratamento 1:3 Sem Cura nas idades de 07, 14, 28 e 120 dias Tabela 11 Estatísticas Descritivas Tratamento 1:3 Sem Cura. Tratamento Média D. Padrão C. Variação Comum(7) 0,1500 0,0089 5,96% Comum(14) 0,2017 0,0147 7,30% Comum(28) 0,2267 0,0082 3,60% Comum(120) 0,3000 0,0089 2,98% A Tabela 11 apresenta as estatísticas descritivas para o Tratamento 1:3 (sem cura). Nela, pode-se observar quanto maior a quantidade de dias do tratamento, maior são os valores médios de aderência. Além disso, pode-se ver que o tratamento 1:3 (sem cura) apresenta a menor variabilidade dos dados, aos 120 dias em relação às idades iniciais, com 0,008 no desvio padrão.

87 Tratamento 1:3 Com Cura nas idades 07, 14, 28 e 120 dias A Tabela 12 apresenta as estatísticas descritivas para o tratamento 1:3 (com cura) nas idades 07, 14, 28 e 120 dias. Nela, pode-se observar quanto maior a quantidade de dias do tratamento, maior são os valores médios de aderência. Além disso, pode-se ver que o tratamento 1:3 (com cura) apresenta a menor variabilidade dos dados, aos 28 dias, com 0,01 no desvio padrão. Tabela 12 Estatísticas Descritivas Tratamento 1:3 Com Cura. Tratamento Média D. Padrão C. Variação Curado (7) 0,2050 0, ,95% Curado (14) 0,2567 0,0163 6,36% Curado (28) 0,2867 0,0103 3,60% Curado (120) 0,3967 0,0175 4,41% Tratamento 1:3 + SBR Sem Cura nas idades 07, 14, 28 e 120 dias. A Tabela 13 apresenta as estatísticas descritivas para o tratamento 1:3+SBR (sem cura). Pode-se observar quanto maior a quantidade de dias do tratamento, maior são os valores médios de aderência. Além disso, pode-se ver que o tratamento 1:3+SBR (sem cura) apresenta a menor variabilidade dos dados, aos 28 dias, com 0,01 no desvio padrão. Tabela 13 Estatísticas Descritivas Tratamento 1:3 + SBR (sem cura). Tratamento Média D. Padrão C. Variação SBR (7) 0,2183 0,0147 6,74% SBR (14) 0,2867 0,0151 5,25% SBR (28) 0,3283 0,0117 3,56% SBR (120) 0,6350 0,0378 5,95% Tratamento 1:3 + SBR Com Cura nas idades 07, 14, 28 e 120 dias. Tabela 14 apresenta as estatísticas descritivas para o Tratamento 1:3 + SBR (com cura). Nela, pode-se observar quanto maior a quantidade de dias do tratamento, maior são os valores médios de aderência. Além disso, pode-se ver o

88 tratamento 1:3 + SBR (com cura) apresenta a menor variabilidade dos dados, aos 28 dias, com 0,01 no desvio padrão. 88 Tabela 14 Estatísticas Descritivas Tratamento 1:3 + SBR Com Cura. Tratamento Média D. Padrão C. Variação SBR-C (7) 0,1517 0, ,80% SBR-C (14) 0,1967 0,0121 6,16% SBR-C (28) 0,2217 0,0117 5,27% SBR-C (120) 0,3100 0,0167 5,40% Análise dos tratamentos diferenciados Análise dos tratamentos diferenciados aos 7 Dias A Tabela 15 apresenta as estatísticas descritivas para os tratamentos diferenciados em 7 dias. Nela, pode-se ver que o tratamento 1: 3 + SBR (sem cura) apresenta maior valor médio de aderência, com 0,21MPa e o experimento 1:3 (sem cura) o menor valor médio de aderência, com 0,15 MPa. Além disso, pode-se ver o experimento 1:3 (sem cura) apresenta a menor variabilidade dos dados, com 0,0001 na variância e 0,008 no desvio padrão. Tabela 15 Estatísticas Descritivas Experimento diferenciado aos 7 dias. Tratamento Média D. Padrão Variância C. Variação Curado (7) 0,2050 0,0327 0, ,95% Comum (7) 0,1500 0,0089 0,0001 5,96% SBR-C (7) 0,1517 0,0194 0, ,80% SBR (7) 0,2183 0,0147 0,0002 6,74% A Figura 35 apresenta o gráfico Box-Plot ou Diagrama de Caixa - Experimento com 7 dias. Nela, pode-se observar que o Experimento 1:3 (com cura) apresenta a maior variabilidade dos dados e juntamente com o Experimento 1:3 + SBR (sem cura) os maiores valores de aderência. O experimento 1:3 sem cura apresenta a menor variabilidade nos dados e juntamente com o experimento 1:3 + SBR (com cura) os menores valores de aderência. Confirmando as estatísticas apresentadas na Tabela 16.

89 Aderência 89 Figura 35 Box Plot - Experimento 7 dias. 0,24 0,22 0,20 0,18 0,16 0,14 0,12 Curado(7) Comum(7) SBR-C(7) SBR(7) Tratamentos Tabela 16 Análise Variâncias Experimento 7 dias. C. Variação G. Liberdade S. Quadrados Q. Médios Fcalc P Tratamentos 3 0,0227 0, ,4 0,0000 Resíduos 20 0,0087 0,0004 Total 23 0, Análise dos tratamentos diferenciados aos 14 Dias A Tabela 17 apresenta as estatísticas descritivas dos tratamentos diferenciados aos 14 dias. Nela, pode-se ver que o tratamento 1:3 + SBR (sem cura) apresenta maior valor médio de aderência, com 0,28 MPa e o experimento 1:3 + SBR (com cura) o menor valor médio de aderência, com 0,19 MPa. Além disso, pode-se ver o experimento 1:3+SBR (com cura) apresenta a menor variabilidade dos dados, com 0,0001 na variância e 0,01 no desvio padrão. Tabela 17 Estatísticas Descritivas Experimento 14 dias. Tratamento Média D. Padrão Variância C. Variação Curado (14) 0,2567 0,0163 0,0003 6,36% Comum (14) 0,2017 0,0147 0,0002 7,30% SBR-C (14) 0,1967 0,0121 0,0001 6,16% SBR (14) 0,2867 0,0151 0,0002 5,25% A Figura 36 apresenta o gráfico Box-Plot ou Diagrama de Caixa - Experimento com 14 dias. Nela, pode-se observar que o Experimento 1:3 (com cura) apresenta a

90 Aderência 90 maior variabilidade dos dados e juntamente com o Experimento 1:3+SBR (sem cura) os maiores valores de aderência. O experimento 1:3 (sem cura) apresenta a menor variabilidade nos dados e juntamente com o experimento 1:3+SBR (com cura) os menores valores de aderência. Confirmando as estatísticas apresentadas na Tabela 18. Figura 36 Box Plot - Experimento 14 dias. 0,30 0,28 0,26 0,24 0,22 0,20 0,18 Curado(14) Comum(14) SBR-C(14) SBR(14) Tratamentos Tabela 18 Análise Variâncias Experimento 14 dias. C. Variação G. Liberdade S. Quadrados Q. Médios Fcalc P Tratamentos 3 0,0343 0, ,4 0,0000 Resíduos 20 0,0043 0,0002 Total 23 0, Análise dos tratamentos diferenciados aos 28 Dias A Tabela 19 apresenta as estatísticas descritivas para o os tratamentos diferenciados aos 28 dias. Nela, pode-se ver que o tratamento 1:3+SBR (sem cura) apresenta maior valor médio de aderência, com 0,32 MPa e o experimento 1:3 + SBR (com cura) o menor valor médio de aderência, com 0,22 MPa. Além disso, pode-se ver o experimento 1:3 sem cura (Comum) apresenta a menor variabilidade dos dados, com 0,0001 na variância e 0,008 no desvio padrão. Tabela 19 Estatísticas Descritivas Experimento 28 dias. Tratamento Média D. Padrão Variância C. Variação Curado (28) 0,2867 0,0103 0,0001 3,60% Comum (28) 0,2267 0,0082 0,0001 3,60% SBR-C (28) 0,2217 0,0117 0,0001 5,27% SBR (28) 0,3283 0,0117 0,0001 3,56%

91 Aderência 91 A Figura 37 apresenta o gráfico Box-Plot ou Diagrama de Caixa - Experimento em 28 dias. Nela, pode-se observar que os Experimentos 1:3+SBR (com cura) e 1:3+SBR (sem cura) apresentam as maiores variabilidade dos dados. O experimento 1:3+SBR (sem cura) apresenta os maiores valores de aderência. Seguido experimento curado. Já experimento 1:3 (sem cura) apresenta a menor variabilidade nos dados e juntamente com o experimento 1:3+SBR (com cura) os menores valores de aderência. Confirmando as estatísticas apresentadas na Tabela 20. Figura 37 Box Plot - Experimento 28 dias 0,34 0,32 0,30 0,28 0,26 0,24 0,22 0,20 Curado(28) Comum(28) SBR-C(28) SBR(28) Tratamentos Tabela 20 Análise Variâncias Experimento 28 dias. C. Variação G. Liberdade S. Quadrados Q. Médios Fcalc P Tratamentos 3 0,0470 0, ,15 0,0000 Resíduos 20 0,0022 0, Total 23 0, Análise dos tratamentos diferenciados aos 120 Dias A Tabela 21 apresenta as estatísticas descritivas para os tratamentos diferenciados aos120 dias. Nela, pode-se ver que o tratamento 1:3 + SBR (sem cura) apresenta maior valor médio de aderência, com 0,63 MPa e o experimento 1:3 (sem cura) o menor valor médio de aderência, com 0,30 MPa. Além disso, pode-se ver o experimento 1:3 + SBR (sem cura) apresenta a menor variabilidade dos dados, com 0,0001 na variância e 0,0089 no desvio padrão.

92 Aderência 92 Tabela 21 Estatísticas Descritivas Experimento 120 dias. Tratamento Média D. Padrão Variância C. Variação Curado (120) 0,3967 0,0175 0,0003 4,41% Comum (120) 0,3000 0,0089 0,0001 2,98% SBR-C (120) 0,3100 0,0167 0,0003 5,40% SBR (120) 0,6350 0,0378 0,0014 5,96% A Figura 38 apresenta o gráfico Box-Plot ou Diagrama de Caixa - Experimento em 120 dias. Nela, pode-se observar que o experimento 1:3 + SBR (sem cura) apresenta a maior variabilidade dos dados. Além disso, o experimento 1:3 + SBR (sem cura) apresenta os maiores valores de aderência. Seguido experimento 1:3 (com cura). Já o experimento 1:3 (sem cura) apresenta a menor variabilidade nos dados e juntamente com o experimento 1:3 + SBR (com cura) os menores valores de aderência. Confirmando as estatísticas apresentadas ma Tabela 22. Figura 38 Box Plot - Experimento 120 dias. 0,7 0,6 0,5 0,4 0,3 Curado(120) Comum(120) Tratamentos SBR-C(120) SBR(120) Tabela 22 Análise Variâncias Experimento 120 dias. C. Variação G. Liberdade S. Quadrados Q. Médios Fcalc P Tratamentos 3 0,4374 0, ,16 0,0000 Resíduos 20 0,0105 0,0005 Total 23 0,4479

93 Curado(7) Comum(7) SBR-C(7) SBR(7) Curado(14) Comum(14) SBR-C(14) SBR(14) Curado(28) Comum(28) SBR-C(28) SBR(28) Curado(120) Comum(120) SBR-C(120) SBR(120) Aderência Análise geral dos tratamentos diferenciados A Tabela 23 apresenta as estatísticas para o todo o experimento. Nela, podese observar que o valor médio de aderência é 0,27 MPa, com desvio padrão de 0,11. Tabela 23 Estatísticas Descritivas Tratamento Comum. Estatísticas Média D. Padrão C. Variação Geral 0,2732 0, ,11% A Figura 39 apresenta o gráfico Box-Plot ou Diagrama de Caixa Experimento Geral. Nela, pode-se observar quanto maior a quantidade de dias do tratamento, maior são os valores de aderência. E que o tratamento 1:3 + SBR (sem cura) é aquele que apresenta os maiores valores de aderência. Figura 39 Box Plot Experimento Geral. 0,7 0,6 0,5 0,4 0,3 0,2 0,1 Tratamentos Na análise da Figura 39, pode-se observar que, quanto maior a idade em que se realizaram os ensaios, maiores são os valores da resistência de aderência e que

94 94 o tratamento chapisco 1:3 + SBR (sem cura) é o que apresenta os maiores valores de resistência de aderência, tanto aos 14, 28 e 120 dias. O tratamento chapisco 1:3 (curado) apresentou resistências médias 23,30% superiores em relação ao tratamento 1:3 (não curado), evidenciando a importância da cura para o aumento da resistência de aderência. Já o tratamento 1:3 + SBR (sem cura), apresentou resistências de aderência 40,07% superiores em relação ao tratamento 1:3+ SBR (curado). 4.5 RELAÇÃO ENTRE PERMEABILIDADE E A RESISTÊNCIA DE ADERÊNCIA DA ARGAMASSA DE REVESTIMENTO Comprovadamente, a sucção promovida pelo substrato é fundamental para a evolução do mecanismo de aderência, sendo a velocidade e a quantidade de água movimentada responsável por um desempenho satisfatório do revestimento. Diversos autores, como por exemplo, Goodwin e West (1980), Carasek (1996) e Leal (2003), obtiveram uma aderência máxima para um determinado teor de umidade inicial do substrato, mas a avidez de água da base depende do conteúdo de umidade inicial dos elementos. Nos experimentos realizados nesta pesquisa não foi obtida uma relação direta entre a permeabilidade e a resistência de aderência da argamassa de revestimento, aplicada sobre os diferentes tratamentos de base, conforme pode ser visto na Tabela 24 e nas Figuras 40 e 41. Tabela 24- Relação entre a Permeabilidade e a Resistência de Aderência da Argamassa de Revestimento, aos 28 e 120 dias de idade. Tratamentos de Base Permeabilidade (cm³/min.) Aderência (MPa) Permeabilidade (cm³/min.) Aderência (MPa) 28 dias 28 dias 120 dias 120 dias 1:3 (sem cura) 0,27 0,23 0,25 0,30 1:3 (com cura) 0,19 0,29 0,18 0,40 1:3+SBR (sem cura) 0,20 0,33 0,20 0,63 1:3+SBR (com cura) 0,22 0,22 0,21 0,31

95 95 Figura 40- Relação entre a permeabilidade e a resistência de aderência obtida para os diferentes preparos de base, aos 28 dias de idade. Figura 41- Relação entre a permeabilidade e a resistência de aderência obtida para os diferentes preparos de base, aos 120 dias de idade.

96 96 Nesta pesquisa, os resultados demonstram que a permeabilidade à água do revestimento e a resistência de aderência mudam com os diferentes tratamentos de base e suas idades. O aumento da absorção de água, tanto dos chapiscos como da argamassa, não levou a uma maior resistência de aderência. Este fato foi contrário ao obtido no estudo de Scatezini et al. (2002). Os autores supracitados, ao avaliarem a influência do preparo de base na permeabilidade e na aderência de revestimentos em argamassa, sob cinco condições diferentes, a saber: sem chapisco, com solução de cal, com chapisco 1:3 (cimento:areia média, em volume) e com chapiscos aditivados com resinas PVA e SBR, perceberam que à medida que o coeficiente de absorção de água aumentou, a resistência de aderência também foi incrementada. Este fato leva a crer que outras variáveis exercem influência fundamental nos resultados de ambas as pesquisas, como por exemplo, as condições ambientais, em especial, a temperatura, a ventilação e a umidade relativa. Já que ambas as pesquisas foram realizadas em cidades com climas bastante dispares (Belém e Goiânia). Estes resultados discordantes, de certa forma já eram esperados, uma vez que outros trabalhos já haviam constatado esta realidade, como por exemplo, o de Moura (2007), que avaliou a influência das condições de temperatura e ventilação na cura do chapisco, na aderência de revestimentos externos de argamassa. Neste, foi observado desempenho diferenciado dos revestimentos quando expostos em condições ambientais distintas. Ressalta-se ainda, que as características dos materiais também são fundamentais para ambas as propriedades avaliadas (aderência e permeabilidade). Neste sentido, Carasek (1996) e Paes (2004), apontam uma dualidade na função da areia, pois afirmam que, da mesma forma que a granulometria da areia mais grossa beneficia o aumento da aderência e a diminuição da retração, por ser um material indeformável, um alto teor desta atua na redução da resistência de aderência.

97 97 5 CONCLUSÃO A seguir são apresentadas com base nos resultados do programa experimental e das análises realizadas as conclusões do trabalho, válidas em princípio, para os materiais e condições do estudo em questão. 5.1 CONCLUSÕES Uma maior absorção de água (tanto dos chapiscos como da argamassa de revestimento) não ocasionou uma maior resistência de aderência. A cura no tratamento de base para a resistência de aderência de revestimento mostrou ser um fator determinante; As argamassas aplicadas sobre os chapiscos 1:3 (sem cura) e o chapisco 1:3 + SBR (curado) apresentam os menores valores de resistência de aderência independentemente da idade avaliada (7,14, 28 e 120 dias). O chapisco 1:3 (sem cura), a falta de umidade, aliada à elevada temperatura do ambiente, pode ter prejudicado as reações de hidratação do cimento, ocasionando retração muito forte na interface chapisco/argamassa; Na situação com o tratamento de base com polímero SBR (curado), o uso deste chapisco (com cura) não resultou em uma maior resistência de aderência; O tratamento chapisco 1:3 (curado) apresentou resistências médias 23,30% superiores em relação ao tratamento 1:3 (não curado), evidenciando a importância de cura para o aumento da resistência de aderência. O tratamento 1:3 + SBR (sem cura), apresentou resistências de aderência 40,07% superiores em relação ao tratamento 1:3 + SBR (curado); A referência para a realização do ensaio de resistência de aderência, segundo a NBR (ABNT, 1996) - resistência mínima é de 0,30 MPa para revestimentos externos e fachadas. Aos 28 dias o chapisco 1:3 + SBR (sem cura) possui o valor de resistência de aderência de 0,33 MPa atendendo a norma. Os demais tratamentos de base nesta idade não chegaram ao valor mínimo da resistência de aderência; Na idade de 120 dias, a resistência de aderência das argamassas, independe do tratamento de base aplicado, atendeu ao valor mínimo estabelecido por norma.

98 98 A argamassa aplicada sobre o chapisco 1:3 + SBR (sem cura), apresentou os maiores valores de resistência de aderência, nas quatro idades avaliadas. Sendo 100% entre as idades de 28 e 120 dias. O segundo melhor resultado foi o da argamassa aplicada sobre o chapisco 1:3 (com cura); Na análise realizada na resistência de aderência, quanto maior a idade em que se realizaram os ensaios, maiores são os valores da resistência de aderência e que o tratamento chapisco 1:3 + SBR (sem cura) é o que apresenta os maiores valores de resistência de aderência, tanto aos 14, 28 e 120 dias; Nos experimentos realizados nesta pesquisa não foi obtida uma relação direta entre a permeabilidade e a resistência de aderência da argamassa de revestimento, aplicada sobre os diferentes tratamentos de base; Os resultados demonstraram que a permeabilidade à água do revestimento e a resistência de aderência mudam com os diferentes tratamentos de base e suas idades. O aumento da absorção de água, tanto do chapiscos como da argamassa, não levou a uma maior resistência de aderência; Na avaliação da permeabilidade da argamassa de revestimento o tratamento de base influência no desempenho desta, uma vez que a argamassa era a mesma para todas as situações consideradas, variando-se somente os seus tratamentos de base. Os chapiscos aditivados com resina SBR (sem cura) deixou este tipo de chapisco 17% menos permeável, em comparação com o chapisco 1:3 + SBR (curado). A permeabilidade dos chapiscos modificados com polímero SBR foi praticamente da mesma grandeza do chapisco 1:3 (curado), devido provavelmente ao tamponamento dos poros pela formação do filme polimérico (ação química do polímero), diminuindo deste modo à absorção de água deste elemento; A permeabilidade na idade de 03 dias, o traço de maior absorção de água foi o do chapisco 1:3 (sem cura) com média de 0,55cm 3 /min. Ao se efetuar a cura do chapisco este valor teve um decréscimo de 96% (de 0,55cm 3 /min. para 0,28 cm 3 /min.) demonstrando a influência (cura) no preparo de base com o uso do chapisco 1:3; A argamassa aplicada sobre os chapiscos aditivados mostram que a permeabilidade não foi tão diretamente afetada como no caso dos chapiscos

99 99 sem o aditivo. Nos chapiscos aditivados a variação foi de no máximo de 17%, aos 3 dias de idade. Nos demais tipos de chapiscos a variação chegou a 96%; A cura da argamassa de revestimento tornou este elemento menos suscetível a penetração de água, sendo esta característica (permeabilidade) mais marcante no chapisco 1:3 com cura com variações de 42% e 39%, aumento da idade (28 e 120 dias). Avaliou-se uma tendência de diminuição da permeabilidade ao longo do tempo, independentemente da situação analisada, tornando o revestimento menos permeável, fato esperado pela hidratação dos componentes do cimento; A argamassa de revestimento aplicada sobre o chapisco 1:3 (sem cura), teve maior quantidade de fissuras visíveis e com abertura média de 0,35mm. E com a presença de aditivo SBR foram os que apresentaram menores quantidades de fissuras com abertura média de 0,2mm; A maioria das fissuras ocorridas foram superficiais e classificadas como passivas, não tiveram aumento de largura e profundidade no decorrer do tempo (120 dias), proveniente da retração por secagem da argamassa e de falhas do processo executivo (sarrafeamento das argamassas); A pulverulência da argamassa de revestimento apresenta resistência ao risco e coesão das partículas, independente do tipo de tratamento aplicado à base; Outras variáveis exercem influência fundamental nos resultados, como por exemplo, as condições ambientais; a temperatura, a ventilação e a umidade relativa. As características dos materiais também são fundamentais para as propriedades avaliadas (permeabilidade e aderência) SUGESTÕES PARA FUTURAS PESQUISAS Não se teve a pretensão, nesta dissertação de mestrado, de esgotar qualquer assunto sobre a influência do tratamento na resistência de aderência à tração direta e na permeabilidade de revestimentos de argamassa, até porque este é um tópico com inúmeras lacunas. Desta forma, com base no estudo desenvolvido propõe-se a continuação da pesquisa por meio dos tópicos listados a seguir.

100 100 Estudar sobre as influências da cura do chapisco na resistência de aderência e na permeabilidade da argamassa com outros tipos de substratos (base), como por exemplo, o bloco de concreto, bem como, a utilização de outros tipos de resinas poliméricas (PVA); Estudar a influência das condições ambientais (temperatura, umidade relativa e ventilação) na cura do chapisco e na aderência dos revestimentos; Avaliação da porosidade e da microestrutura dos revestimentos em argamassa no seu desempenho; e Avaliação da influência de diferentes composições granulométrica das areias empregadas nas argamassas (chapisco e emboço) e suas correlações com as características e propriedades do revestimento (retração, fissuração, retenção de água, aderência e etc.).

101 101 REFERÊNCIAS AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS - ASTM C67, Standart methods of sampling and testing brick and structural clay tile. In: Annual book of ASTM Standarts. Easton. ASTM ASTM C : Standard Practice For use of Apparatus for the Determination of Ength Change of Hardened Cement Paste, Mortar and Concrete. West Conshohocken, ASTM D ; Standard Test Method for Laboratory Miniature Vane Shear Test for Satured Fine-Grained Clayey Soil.. Philadelphy, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR Cal hidratada para argamassas Determinação da superfície específica Blaine. Rio de Janeiro, NBR Cimento Portland Determinação dos óxidos existentes no cimento composto. Rio de Janeiro, NBR Agregados Determinação da Composição Granulométrica. Rio de Janeiro, 1987c.. NBR Agregados determinação do teor de materiais pulverulentos. Rio de Janeiro. 1987d.. NBR Cimento Portland Determinação da área específica. Rio de Janeiro NBR Agregados Determinação da massa específica de agregados miúdos por meio do frasco de Chapman. Rio de Janeiro, NBR Argamassa e concreto endurecidos Determinação da absorção de água por imersão Índice de vazios e massa específica. Rio de Janeiro, NBR Argamassa e concreto endurecidos Determinação da absorção de água por capilaridade. Rio de Janeiro, NBR Cimento Portland Determinação de perda ao fogo. Rio de Janeiro, NBR Cimento Portland Determinação de resíduo insolúvel. Rio de Janeiro, NBR Cimento Portland Determinação de anidrido sulfúrico. Rio de Janeiro, 1989b.. NBR Cimento Portland Determinação do teor de álcalis. Rio de Janeiro, 1991.

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109 APÊNDICES 109

110 110 Resultados estatísticos de análise de variância APÊNDICE A

111 111 A.1) Tratamento 1:3 Sem Cura Dados muito dispersos são pouco precisos, ou seja, quanto maior é a variância dos dados, menor é a precisão. Então, por definição, coeficiente de variação, que se indica por CV, é a razão entre o desvio padrão (que, na análise de variância, é dado pela raiz quadrada do quadrado médio do resíduo) e a média geral (de todos os dados), isto é, S, CV ,25 53 %. X, O conhecimento da precisão relativa ajuda na avaliação dos resultados de um experimento. Como regra geral, experimentos feitos em laboratório não devem ter CV muito maior do que 10%. Experimentos de campo têm CV em torno de 30%. Mas o importante é comparar o valor do CV obtido em determinado experimento com o resultado de outros autores. Se os dados foram obtidos de maneira idêntica, diferenças muito grande do padrão comum (tanto para mais como para menos) exigem explicações. A.2) Tratamento 1:3 Com Cura Dados muito dispersos são pouco precisos, ou seja, quanto maior é a variância dos dados, menor é a precisão. Então, por definição, coeficiente de variação, que se indica por CV, é a razão entre o desvio padrão (que, na análise de variância, é dado pela raiz quadrada do quadrado médio do resíduo) e a média geral (de todos os dados), isto é, S, CV ,25 93 %. X, O conhecimento da precisão relativa ajuda na avaliação dos resultados de um experimento. Como regra geral, experimentos feitos em laboratório não devem ter CV muito maior do que 10%. Experimentos de campo têm CV em torno de 30%. Mas o importante é comparar o valor do CV obtido em determinado experimento com o resultado de outros autores. Se os dados foram obtidos de maneira idêntica,

112 diferenças muito grande do padrão comum (tanto para mais como para menos) exigem explicações. 112 A.3) Tratamento 1:3 + SBR Sem Cura Dados muito dispersos são pouco precisos, ou seja, quanto maior é a variância dos dados, menor é a precisão. Então, por definição, coeficiente de variação, que se indica por CV, é a razão entre o desvio padrão (que, na análise de variância, é dado pela raiz quadrada do quadrado médio do resíduo) e a média geral (de todos os dados), isto é, S, CV ,44 77 %. X, O conhecimento da precisão relativa ajuda na avaliação dos resultados de um experimento. Como regra geral, experimentos feitos em laboratório não devem ter CV muito maior do que 10%. Experimentos de campo têm CV em torno de 30%. Mas o importante é comparar o valor do CV obtido em determinado experimento com o resultado de outros autores. Se os dados foram obtidos de maneira idêntica, diferenças muito grande do padrão comum (tanto para mais como para menos) exigem explicações. A.4) Tratamento 1: 3 + SBR Com Cura Dados muito dispersos são pouco precisos, ou seja, quanto maior é a variância dos dados, menor é a precisão. Então, por definição, coeficiente de variação, que se indica por CV, é a razão entre o desvio padrão (que, na análise de variância, é dado pela raiz quadrada do quadrado médio do resíduo) e a média geral (de todos os dados), isto é, S, CV ,27 57 %. X, O conhecimento da precisão relativa ajuda na avaliação dos resultados de um experimento. Como regra geral, experimentos feitos em laboratório não devem ter

113 113 CV muito maior do que 10%. Experimentos de campo têm CV em torno de 30%. Mas o importante é comparar o valor do CV obtido em determinado experimento com o resultado de outros autores. Se os dados foram obtidos de maneira idêntica, diferenças muito grande do padrão comum (tanto para mais como para menos) exigem explicações. A.5) Experimento em 7 Dias Dados muito dispersos são pouco precisos, ou seja, quanto maior é a variância dos dados, menor é a precisão. Então, por definição, coeficiente de variação, que se indica por CV, é a razão entre o desvio padrão (que, na análise de variância, é dado pela raiz quadrada do quadrado médio do resíduo) e a média geral (de todos os dados), isto é, S, CV ,20 41 %. X, O conhecimento da precisão relativa ajuda na avaliação dos resultados de um experimento. Como regra geral, experimentos feitos em laboratório não devem ter CV muito maior do que 10%. Experimentos de campo têm CV em torno de 30%. Mas o importante é comparar o valor do CV obtido em determinado experimento com o resultado de outros autores. Se os dados foram obtidos de maneira idêntica, diferenças muito grande do padrão comum (tanto para mais como para menos) exigem explicações. Tabela 25 Análise Variâncias Experimento em 7 dias. C. Variação G. Liberdade S. Quadrados Q. Médios Fcalc P Tratamentos 3 0,0227 0, ,4 0,0000 Resíduos 20 0,0087 0,0004 Total 23 0,0315 A Tabela 25 apresenta a Análise de Variâncias para o Experimento em 7 dias. Nela, as hipóteses testadas são; H 0 : os tratamentos produzem em média mesma aderência versus H 1 : pelo menos um dos tratamentos produz em média aderência diferente dos demais tratamentos. Assim, como 3,10 é menor 17,4, isto é, o valor

114 114 crítico de F é menor valor de F calculado, rejeita-se a hipótese de que as médias de aderência são iguais. Ou seja, o pesquisador pode concluir que, ao nível de 5%, que os tratamentos não produzem em média, a mesma aderência. Por definição, coeficiente de determinação, que se indica por R 2, é a razão entre a soma de quadrados de tratamentos e a soma de quadrados total, isto é, 2SQTr, R, SQT, Portanto, R 2 é uma medida da proporção da variação total explicada pela variação devida aos tratamentos. Como o valor de R 2 varia entre 0 e 1, pode ser interpretado como uma porcentagem. No caso, R 2 = 0,7230, ou seja, 72,30% da variação total é explicada pela variação de tratamentos. Valores de R 2 maiores ou iguais a 70% são sempre preteridos. A Pressuposições de uma Análise de Variância (ANOVA) Para saber se as pressuposições de uma análise de variância estão satisfeitas, convém verificar: (1) a presença de dados discrepantes; (2) se os erros (resíduos) são independentes e (3) se a distribuição dos erros (resíduos) é normal. A Dados Discrepantes Dado discrepante (outlier) é um valor muito maior ou muito menor do que valor esperado. Então, o outlier pode ser visto no gráfico de resíduos. O valor discrepante fica, porém, é mais visível se for desenhado um gráfico com os resíduos padronizados (standardized residuals) em lugar dos resíduos propriamente ditos. A Figura A.1 apresenta o gráfico dos resíduos padronizados versus valores ajustados - experimento com 7 dias. Nela, pode-se observar que os resíduos estão distribuídos em tono do valor zero e cuja variação está entre +5 e -5, não apresentando nenhum valor discrepante.

115 Resíduos Padronizados Figura A.1 Resíduos Padronizados versus Valores Ajustados - Experimento em 7 dias ,05 0,04 0,03 0,02 0,01 0,00-0,01-0,02-0,03-0,04-0,05 0,15 0,16 0,17 0,18 0,19 Valores Ajustados 0,20 0,21 0,22 A Independência dos Resíduos Para fazer uma análise de variância, é preciso pressupor que os erros são variáveis aleatórias independentes. Unidades experimentais observadas em sequência, no tempo ou no espaço, geralmente têm correlação. Se os erros forem dependentes, porque foram tomadas observações na mesma unidade ou em unidades agrupadas, o resultado da análise de variância fica totalmente comprometido (SCHEFFE, 1959). Aliás, a não-independência é o mais grave problema para a análise porque o nível de significância se torna muito maior do que informado. Mais ainda, a dependência dos erros é difícil de corrigir. Então, diante de qualquer suspeita de não-independência, é essencial proceder à análise dos resíduos. Desenha-se um gráfico dos resíduos padronizados contra a ordem em que as observações foram coletadas (no tempo ou no espaço). Se a pressuposição de independência estiver satisfeita, os resíduos devem ficar dispersos em torno de zero, sem um padrão definido.

116 Resíduos Padronizados 116 A Figura A.2 apresenta o gráfico dos resíduos padronizados versus ordem das observações - experimento com 7 dias. Nela, pode-se observar que os resíduos estão distribuídos em tono do valor zero e não apresentam nenhum padrão definido, como por exemplo, tendências crescentes ou decrescentes, ciclos e etc. Logo, os resíduos podem ser considerados independentes. Figura A.2 Resíduos Padronizados versus Ordem das Observações - Experimento em 7 dias. 0,05 0,04 0,03 0,02 0,01 0,00-0,01-0,02-0,03-0,04-0, Ordem das Observações A Dados Distribuição dos Erros (Resíduos) Para analisar a suposição de que os resíduos do experimento em 7 dias, são normalmente distribuídos ou se aproximam significativamente de uma distribuição normal, recorreu-se ao teste de aderência, não-paramétrico de Kolmogorov-Smirnov, sendo testadas as seguintes hipóteses: H 0 : os resíduos do experimento em 7 dias provem de uma distribuição normal versus H 1 : os resíduos do experimento em 7 dias não provem de uma distribuição normal. A Figura A.3 apresenta o gráfico de probabilidades normais, juntamente com as estatísticas resultantes do teste de normalidade de Kolmogorov-Smirnov. Nela, observa-se que nível descritivo p > 0,150 é maior que α = 0,05, ou seja, não há

117 Percentis evidências para se rejeitar H 0, isto é, os resíduos do experimento em 7 dias provem de uma distribuição normal. 117 Figura A.3 Gráfico de Probabilidades Normais, Juntamente com as Estatísticas Resultantes do Teste de Normalidade de Kolmogorov-Smirnov - Experimento em 7 dias Mean 1,156482E-18 StDev 0,01947 N 24 KS 0,103 P-Value >0, ,050-0,025 0,000 Resíduos 0,025 0,050 A Testes Estatísticos Quando a análise de variância de um experimento mostra que as médias de tratamento não são estatisticamente iguais, é apenas lógico perguntar quais são as médias que diferem entre si. Figura A.4 Intervalos de Confiança para as Médias de Aderência - Experimento em 7 dias Saída do Minitab 14. Individual 95% CIs For Mean Base Pooled StDev Tratamento N Média D.Padrão Curado(7) 6 0, ,03271 (-----*-----) Comum(7) 6 0, ,00894 (-----*-----) SBR-C(7) 6 0, ,01941 (-----*----) SBR(7) 6 0, ,01472 (-----*-----) ,150 0,180 0,210 0,240. A Figura A.4 mostra os intervalos de confiança para as médias de aderência do experimento em 7 dias. Nela, pode-se observar que os intervalos de médias dos tratamentos 1:3 Sem Cura (Comum) e 1:3 + SBR Com Cura (SBR-C), se cruzam, então isto pode ser um indicativo que estes tratamentos possuem médias de

118 aderência estatisticamente iguais. O mesmo acontece entre os tratamentos 1:3 Com Cura (Curado) e 1:3 + SBR Sem Cura (SBR). 118 Entretanto, isso só pode ter certeza a partir de um teste de diferença de médias, como por exemplo, teste t, teste Tukey, teste de Fisher, teste de Duncan e etc. A Teste Tukey A Figura A5 apresenta a saída do teste de Tukey, do Minitab 14, que compara a média do tratamento 1:3 Com Cura (Curado), com as médias dos tratamentos 1:3 Sem Cura (Comum), 1:3 + SBRC Com Cura (SBR-C) e 1:3 + SBR Sem Cura (SBR), do experimento em 7 dias. Nela, pode-se ver que os intervalos de confiança do teste de Tukey para os tratamentos 1:3 Sem Cura (Comum) e 1:3 + SBR Com Cura (SBR- C), não contém o zero. Assim os tratamentos 1:3 Sem Cura (Comum) e 1:3 + SBR Com Cura (SBR-C) possuem médias de aderência diferente da média de aderência do tratamento 1:3 Com Cura (Curado). Já o tratamento 1:3 + SBR Sem Cura (SBR) possui o zero em seu intervalo de confiança, logo, as médias dos tratamentos 1:3 + SBR Sem Cura (SBR) e 1:3 Com Cura (Curado) são estatisticamente iguais, com nível de confiança de 95%. Figura A.5 Intervalos de Confiança para as Médias de Aderência Comparação da Média do Tratamento 1:3 Com Cura (Curado) com as Médias dos Tratamentos: 1:3 Sem Cura (Comum); 1:3 + SBR Com Cura (SBR-C) e 1:3 + SBR Sem Cura (SBR) - Experimento em 7 dias Saída do Minitab 14. Tukey 95% Simultaneous Confidence Intervals All Pairwise Comparisons Individual confidence level = 98,89% Curado(7) subtracted from: Lower Center Upper Comum(7) -0, , ,02125 SBR-C(7) -0, , ,01958 SBR(7) -0, , , Comum(7) (-----*----) SBR-C(7) (-----*-----) SBR(7) (----*-----) ,060 0,000 0,060 0,120

119 119 A Figura A.6 apresenta a saída do teste de Tukey, do Minitab 14, que compara a média do tratamento 1:3 Sem Cura (Comum), com as médias dos tratamentos 1:3 + SBR Com Cura (SBR-C) e 1:3 + SBR Sem Cura (SBR), do experimento em 7 dias. Nela, pode-se ver que o intervalo de confiança do teste de Tukey para o tratamento 1:3 + SBR Sem Cura (SBR), não contém o zero, assim o tratamento 1:3 + SBR Sem Cura (SBR) possui média de aderência diferente da média de aderência do tratamento 1:3 Sem Cura (Comum). Já o tratamento 1:3 + SBR Com Cura (SBR-C) possui o zero em seu intervalo de confiança, logo, as médias dos tratamentos 1:3 + SBR Com Cura (SBR-C) e 1:3 Sem Cura (Comum) são estatisticamente iguais, com nível de confiança de 95%. Figura A.6 Intervalos de Confiança para as Médias de Aderência Comparação da Média do Tratamento Comum com a Média dos Tratamentos: 1:3 + SBR Com Cura (SBR-C) e 1:3 + SBR Sem Cura (SBR) - Experimento em 7 dias Saída do Minitab 14. Comum(7) subtracted from: Lower Center Upper SBR-C(7) -0, , ,03542 (----*-----) SBR(7) 0, , ,10208 (----*-----) ,060 0,000 0,060 0,120 A Figura A.7 apresenta a saída do teste de Tukey, do Minitab 14, que compara a média do tratamento 1:3 + SBR Com Cura (SBR-C), com a média do tratamento 1:3 + SBR Sem Cura (SBR), do experimento em 7 dias. Nela, pode-se ver que o intervalo de confiança do teste de Tukey para o tratamento 1:3 + SBR Sem Cura (SBR), não contém o zero, assim o tratamento 1:3 + SBR Sem Cura (SBR) possui média de aderência diferente da média de aderência do tratamento 1:3 + SBR Com Cura (SBR-C), com nível de confiança de 95%. Figura A.7 Intervalos de Confiança para as Médias de Aderência Comparação da Média do Tratamento 1:3 + SBR Com Cura (SBR-C) com a Média do Tratamentos: 1:3 + SBR Sem Cura (SBR) - Experimento em 7 dias Saída do Minitab 14. SBR-C(7) subtracted from: Lower Center Upper SBR(7) 0, , ,10042 (-----*-----) ,060 0,000 0,060 0,120

120 120 A.6) Experimento em 14 Dias Tabela 26 Estatísticas Descritivas Experimento em 14 dias. Tratamento Média D. Padrão Variância C. Variação Curado (14) 0,2567 0,0163 0,0003 6,36% Comum (14) 0,2017 0,0147 0,0002 7,30% SBR-C (14) 0,1967 0,0121 0,0001 6,16% SBR (14) 0,2867 0,0151 0,0002 5,25% A Tabela 26 apresenta as estatísticas descritivas para o Experimento em 14 dias. Nela, pode-se ver que o tratamento 1:3 + SBR Sem Cura (SBR) apresenta maior valor médio de aderência, com 0,2867 e o experimento 1:3 + SBR Com Cura (SBR-C) o menor valor médio de aderência, com 0,1967. Além disso, pode-se ver o experimento 1:3 + SBR Com Cura (SBR-C) apresenta a menor variabilidade dos dados, com 0,0001 na variância e 0,0121 no desvio padrão. Para ter ideia da dispersão (ou, inversamente, da precisão) dos dados em relação à grandeza da média, o pesquisador deve dividir o desvio padrão pela média. Dados muito dispersos são pouco precisos, ou seja, quanto maior é a variância dos dados, menor é a precisão. Então, por definição, coeficiente de variação, que se indica por CV, é a razão entre o desvio padrão (que, na análise de variância, é dado pela raiz quadrada do quadrado médio do resíduo) e a média geral (de todos os dados), isto é, S, CV ,17 40 %. X, O conhecimento da precisão relativa ajuda na avaliação dos resultados de um experimento. Como regra geral, experimentos feitos em laboratório não devem ter CV muito maior do que 10%. Experimentos de campo têm CV em torno de 30%. Mas o importante é comparar o valor do CV obtido em determinado experimento com o resultado de outros autores. Se os dados foram obtidos de maneira idêntica, diferenças muito grande do padrão comum (tanto para mais como para menos) exigem explicações.

121 Aderência 121 Figura A.8 Box Plot - Experimento em 14 dias. 0,30 0,28 0,26 0,24 0,22 0,20 0,18 Curado(14) Comum(14) SBR-C(14) SBR(14) Tratamentos A Figura A.8 apresenta o gráfico Box-Plot ou Diagrama de Caixa - Experimento com 14 dias. Nela, pode-se observar que o Experimento 1:3 Com Cura (Curado) apresenta a maior variabilidade dos dados e juntamente com o Experimento 1:3 + SBR Sem Cura (SBR) os maiores valores de aderência. O experimento 1:3 Sem Cura (Comum) apresenta a menor variabilidade nos dados e juntamente com o experimento 1:3 + SBR Com Cura (SBR-C) os menores valores de aderência. Confirmando as estatísticas apresentadas na Tabela 11 Tabela 27 Análise Variâncias Experimento em 14 dias. C. Variação G. Liberdade S. Quadrados Q. Médios Fcalc P Tratamentos 3 0,0343 0, ,4 0,0000 Resíduos 20 0,0043 0,0002 Total 23 0,0386 A Tabela 27 apresenta a Análise de Variâncias para o Experimento em 14 dias. Nela, as hipóteses testadas são; H 0 : os tratamentos produzem em média mesma aderência versus H 1 : pelo menos um dos tratamentos produz em média aderência diferente dos demais tratamentos. Assim, como 3,10 é menor 53,4, isto é, o valor crítico de F é menor valor de F calculado, rejeita-se a hipótese de que as médias de aderência são iguais. Ou seja, o pesquisador pode concluir que, ao nível de 5%, que os tratamentos não produzem em média, a mesma aderência.

122 Resíduos Padronizados Por definição, coeficiente de determinação, que se indica por R 2, é a razão entre a soma de quadrados de tratamentos e a soma de quadrados total, isto é, 122 2SQTr, R, SQT, Portanto, R 2 é uma medida da proporção da variação total explicada pela variação devida aos tratamentos. Como o valor de R 2 varia entre 0 e 1, pode ser interpretado como uma porcentagem. No caso, R 2 = 0,8890, ou seja, 88,90% da variação total é explicada pela variação de tratamentos. Valores de R 2 maiores ou iguais a 70% são sempre preteridos. A.6.1 Pressuposições de uma Análise de Variância (ANOVA) Para saber se as pressuposições de uma análise de variância estão satisfeitas, convém verificar: (1) a presença de dados discrepantes; (2) se os erros (resíduos) são independentes e (3) se a distribuição dos erros (resíduos) é normal. A Dados Discrepantes A Figura A.9 apresenta o gráfico dos resíduos padronizados versus valores ajustados - experimento com 14 dias. Nela, pode-se observar que os resíduos estão distribuídos em tono do valor zero e cuja variação está entre +0,03 e -0,03, não apresentando nenhum valor discrepante. Figura A.9 Resíduos Padronizados versus Valores Ajustados - Experimento em 14 dias. 0,03 0,02 0,01 0,00-0,01-0,02-0,03 0,20 0,21 0,22 0,23 0,24 0,25 Valores Ajustados 0,26 0,27 0,28 0,29

123 Resíduos Padronizados 123 A Independência dos Resíduos A Figura A.10 apresenta o gráfico dos resíduos padronizados versus ordem das observações - experimento com 14 dias. Nela, pode-se observar que os resíduos estão distribuídos em tono do valor zero e não apresentam nenhum padrão definido, como por exemplo, tendências crescente ou decrescente, ciclos e etc. Logo, os resíduos podem ser considerados independentes. Figura A.10 Resíduos Padronizados versus Ordem das Observações - Experimento em 14 dias. 0,03 0,02 0,01 0,00-0,01-0,02-0, Ordem das Observações A Dados Distribuição dos Erros (Resíduos) A Figura A.11 apresenta o gráfico de probabilidades normais, juntamente com as estatísticas resultantes do teste de normalidade de Kolmogorov-Smirnov. Nela, observa-se que nível descritivo p > 0,150 é maior que α = 0,05, ou seja, não há evidências para se rejeitar H 0, isto é, os resíduos do experimento em 14 dias provem de uma distribuição normal.

124 Percentis Figura A.11 Gráfico de Probabilidades Normais, Juntamente com as Estatísticas Resultantes do Teste de Normalidade de Kolmogorov-Smirnov - Experimento em 14 dias Mean 1,966020E-17 StDev 0,01365 N 24 KS 0,107 P-Value >0, ,04-0,03-0,02-0,01 0,00 0,01 Resíduos 0,02 0,03 0,04 A.6.2 Testes Estatísticos Quando a análise de variância de um experimento mostra que as médias de tratamento não são estatisticamente iguais, é apenas lógico perguntar quais são as médias que diferem entre si. Figura A.12 Intervalos de Confiança para as Médias de Aderência - Experimento em 14 dias Saída do Minitab 14. Individual 95% CIs For Mean Based on Pooled StDev Tratamento N Média D.Padrão Curado(14) 6 0, ,01633 (----*---) Comum(14) 6 0, ,01472 (---*---) SBR-C(14) 6 0, ,01211 (----*---) SBR(14) 6 0, ,01506 (----*---) ,210 0,240 0,270 0,300 A Figura A.12 mostra os intervalos de confiança para as médias de aderência do experimento em 14 dias. Nela, pode-se observar que os intervalos de médias dos tratamentos 1:3 Sem Cura (Comum) e 1:3 + SBR Com Cura (SBR-C), se cruzam, então isto pode ser um indicativo que estes tratamentos possuem médias de aderência estatisticamente iguais. Já os intervalos de médias dos tratamentos 1:3 Com Cura (Curado) e 1:3 + SBR Sem Cura (SBR), não cruzam com o intervalo de nenhum tratamento, então isto pode ser um indicativo que estes tratamentos possuem médias de aderência estatisticamente diferentes de todos os outros

125 125 tratamentos.entretanto, isso só pode ter certeza a partir de um teste de diferença de médias, como por exemplo, teste t, teste Tukey, teste de Fisher, teste de Duncan e etc. A Teste Tukey A Figura A.13 apresenta a saída do teste de Tukey, do Minitab 14, que compara a média do tratamento 1:3 Com Cura (Curado), com as médias dos tratamentos 1:3 Sem Cura (Comum), 1:3 + SBR Com Cura (SBR-C) e 1:3 + SBR Sem Cura (SBR), do experimento em 14 dias. Nela, pode-se ver que os intervalos de confiança do teste de Tukey para os tratamentos 1:3 Sem Cura (Comum), 1:3 + SBR Com Cura (SBR-C) e 1:3 + SBR Sem Cura (SBR C), não contém o zero. Assim os tratamentos 1:3 Sem Cura (Comum), 1:3 + SBR Com Cura (SBR-C) e 1:3 + SBR Sem Cura (SBR) possuem médias de aderência diferente da média de aderência do tratamento 1:3 Com Cura (Curado), com nível de confiança de 95%. Figura A.13 Intervalos de Confiança para as Médias de Aderência Comparação da Média do Tratamento 1:3 Com Cura (Curado) com as Médias dos Tratamentos: 1:3 Sem Cura (Comum); 1:3 + SBR Com Cura (SBR-C) e 1:3 + SBR Sem Cura (SBR) - Experimento em 14 dias Saída do Minitab 14. Tukey 95% Simultaneous Confidence Intervals All Pairwise Comparisons Individual confidence level = 98,89% Curado(14) subtracted from: Lower Center Upper Comum(14) -0, , ,03134 SBR-C(14) -0, , ,03634 SBR(14) 0, , , Comum(14) (---*---) SBR-C(14) (---*---) SBR(14) (---*---) ,060 0,000 0,060 0,120 A Figura A.13 apresenta a saída do teste de Tukey, do Minitab 14, que compara a média do tratamento 1:3 Sem Cura (Comum), com as médias dos tratamentos 1:3 + SBR Com Cura (SBR-C) e 1:3 + SBR Sem Cura (SBR), do experimento em 14 dias. Nela, pode-se ver que o intervalo de confiança do teste de Tukey para o tratamento 1:3 + SBR Sem Cura (SBR), não contém o zero, assim o tratamento 1:3 + SBR Sem Cura (SBR) possui média de aderência diferente da média de aderência do tratamento 1:3 Sem Cura (Comum). Já o tratamento 1:3 + SBR Com Cura (SBR-C) possui o zero em seu intervalo de confiança, logo, as

126 médias dos tratamentos 1:3 + SBR Com Cura (SBR-C) e 1:3 Sem Cura (Comum) são estatisticamente iguais, com nível de confiança de 95%. 126 Figura A.14 Intervalos de Confiança para as Médias de Aderência Comparação da Média do Tratamento Comum com a Média dos Tratamentos: 1:3 + SBR Com Cura (SBR-C) e 1:3 + SBR Sem Cura (SBR) - Experimento em 14 dias Saída do Minitab 14. Comum(14) subtracted from: Lower Center Upper SBR-C(14) -0, , ,01866 SBR(14) 0, , , SBR-C(14) (---*---) SBR(14) (---*---) ,060 0,000 0,060 0,120 A Figura A.14 apresenta a saída do teste de Tukey, do Minitab 14, que compara a média do tratamento 1:3 + SBR Com Cura (SBR-C), com a média do tratamento 1:3 + SBR Sem Cura (SBR), do experimento em 14 dias. Nela, pode-se ver que o intervalo de confiança do teste de Tukey para o tratamento 1:3 + SBR Sem Cura (SBR), não contém o zero, assim o tratamento 1:3 + SBR Sem Cura (SBR) possui média de aderência diferente da média de aderência do tratamento 1:3 + SBR Com Cura (SBR-C), com nível de confiança de 95%. Figura A.14 Intervalos de Confiança para as Médias de Aderência Comparação da Média do Tratamento 1:3 + SBR Com Cura (SBR-C) com a Média do Tratamentos: 1:3 + SBR Sem Cura (SBR) - Experimento em 14 dias Saída do Minitab 14. SBR-C(14) subtracted from: Lower Center Upper SBR(14) 0, , ,11366 (---*---) ,060 0,000 0,060 0,12 A7) Experimento em 28 Dias Tabela 28 Estatísticas Descritivas Experimento em 28 dias. Tratamento Média D. Padrão Variância C. Variação Curado (28) 0,2867 0,0103 0,0001 3,60% Comum (28) 0,2267 0,0082 0,0001 3,60% SBR-C (28) 0,2217 0,0117 0,0001 5,27% SBR (28) 0,3283 0,0117 0,0001 3,56%

127 Aderência 127 A Tabela 28 apresenta as estatísticas descritivas para o Experimento em 28 dias. Nela, pode-se ver que o tratamento 1:3 + SBR Sem Cura (SBR) apresenta maior valor médio de aderência, com 0,3283 e o experimento 1:3 + SBR Com Cura (SBR-C) o menor valor médio de aderência, com 0,2217. Além disso, pode-se ver o experimento 1:3 Sem Cura (Comum) apresenta a menor variabilidade dos dados, com 0,0001 na variância e 0,0082 no desvio padrão. Para ter ideia da dispersão (ou, inversamente, da precisão) dos dados em relação à grandeza da média, o pesquisador deve dividir o desvio padrão pela média. Dados muito dispersos são pouco precisos, ou seja, quanto maior é a variância dos dados, menor é a precisão. Então, por definição, coeficiente de variação, que se indica por CV, é a razão entre o desvio padrão (que, na análise de variância, é dado pela raiz quadrada do quadrado médio do resíduo) e a média geral (de todos os dados), isto é, S, CV ,17 40 %. X, O conhecimento da precisão relativa ajuda na avaliação dos resultados de um experimento. Como regra geral, experimentos feitos em laboratório não devem ter CV muito maior do que 10%. Experimentos de campo têm CV em torno de 30%. Mas o importante é comparar o valor do CV obtido em determinado experimento com o resultado de outros autores. Se os dados foram obtidos de maneira idêntica, diferenças muito grande do padrão comum (tanto para mais como para menos) exigem explicações. Figura A.15 Box Plot - Experimento em 28 dias. 0,34 0,32 0,30 0,28 0,26 0,24 0,22 0,20 Curado(28) Comum(28) SBR-C(28) SBR(28) Tratamentos

128 128 A Figura A.15 apresenta o gráfico Box-Plot ou Diagrama de Caixa - Experimento em 28 dias. Nela, pode-se observar que os Experimentos 1:3 + SBR Com Cura (SBR-C) e 1:3 + SBR Sem Cura (SBR) apresentam as maiores variabilidade dos dados. O experimento SBR apresenta os maiores valores de aderência. Seguido experimento 1:3 Com Cura (Curado). Já experimento 1:3 Sem Cura (Comum) apresenta a menor variabilidade nos dados e juntamente com o experimento 1:3 + SBR Com Cura (SBR-C) os menores valores de aderência. Confirmando as estatísticas apresentadas na Tabela 29. Tabela 29 Análise Variâncias Experimento em 28 dias. C. Variação G. Liberdade S. Quadrados Q. Médios Fcalc P Tratamentos 3 0,0470 0, ,15 0,0000 Resíduos 20 0,0022 0, Total 23 0,0492 A Tabela 29 apresenta a Análise de Variâncias para o Experimento em 28 dias. Nela, as hipóteses testadas são; H 0 : os tratamentos produzem em média mesma aderência versus H 1 : pelo menos um dos tratamentos produz em média aderência diferente dos demais tratamentos. Assim, como 3,10 é menor 140,15, isto é, o valor crítico de F é menor valor de F calculado, rejeita-se a hipótese de que as médias de aderência são iguais. Ou seja, o pesquisador pode concluir que, ao nível de 5%, que os tratamentos não produzem em média, a mesma aderência. Por definição, coeficiente de determinação, que se indica por R 2, é a razão entre a soma de quadrados de tratamentos e a soma de quadrados total, isto é, 2SQTr, R, SQT, Portanto, R 2 é uma medida da proporção da variação total explicada pela variação devida aos tratamentos. Como o valor de R 2 varia entre 0 e 1, pode ser interpretado como uma porcentagem. No caso, R 2 = 0,9546, ou seja, 95,46% da variação total é explicada pela variação de tratamentos. Valores de R 2 maiores ou iguais a 70% são sempre preteridos.

129 Resíduos Padronizados 129 A.7.1 Pressuposições de uma Análise de Variância (ANOVA) Para saber se as pressuposições de uma análise de variância estão satisfeitas, convém verificar: (1) a presença de dados discrepantes; (2) se os erros (resíduos) são independentes e (3) se a distribuição dos erros (resíduos) é normal. A Dados Discrepantes A Figura A.16 apresenta o gráfico dos resíduos padronizados versus valores ajustados - experimento em 28 dias. Nela, pode-se observar que os resíduos estão distribuídos em tono do valor zero e cuja variação está entre +0,02 e -0,02, não apresentando nenhum valor discrepante. Figura A.16 Resíduos Padronizados versus Valores Ajustados - Experimento em 28 dias. 0,02 0,01 0,00-0,01-0,02 0,22 0,24 0,26 0,28 Valores Ajustados 0,30 0,32 0,34 A Independência dos Resíduos A Figura A.17 apresenta o gráfico dos resíduos padronizados versus ordem das observações - experimento com 28 dias. Nela, pode-se observar que os resíduos estão distribuídos em tono do valor zero e não apresentam nenhum padrão definido, como por exemplo, tendências crescentes ou decrescentes, ciclos e etc. Logo, os resíduos podem ser considerados independentes.

130 Percentis Resíduos Padronizados Figura A.17 Resíduos Padronizados versus Ordem das Observações - Experimento em 28 dias ,02 0,01 0,00-0,01-0, Ordem das Observações A Dados Distribuição dos Erros (Resíduos) A Figura A.18 apresenta o gráfico de probabilidades normais, juntamente com as estatísticas resultantes do teste de normalidade de Kolmogorov-Smirnov. Nela, observa-se que nível descritivo p > 0,150 é maior que α = 0,05, ou seja, não há evidências para se rejeitar H 0, isto é, os resíduos do experimento em 28 dias provem de uma distribuição normal. Figura A.18 Gráfico de Probabilidades Normais, Juntamente com as Estatísticas Resultantes do Teste de Normalidade de Kolmogorov-Smirnov Experimento em 28 dias Mean 4,625929E-18 StDev 0, N 24 KS 0,126 P-Value >0, ,02-0,01 0,00 Resíduos 0,01 0,02

131 131 A.7.2 Testes Estatísticos Quando a análise de variância de um experimento mostra que as médias de tratamento não são estatisticamente iguais, é apenas lógico perguntar quais são as médias que diferem entre si. Figura A.19 Intervalos de Confiança para as Médias de Aderência - Experimento em 28 dias Saída do Minitab 14. Individual 95% CIs For Mean Based on Pooled StDev Tratamento N Média D.Padrão Curado(28) 6 0, ,01033 (--*-) Comum(28) 6 0, ,00816 (--*-) SBR-C(28) 6 0, ,01169 (-*--) SBR(28) 6 0, ,01169 (--*-) ,245 0,280 0,315 0,350. A Figura A.19 mostra os intervalos de confiança para as médias de aderência do experimento em 28 dias. Nela, pode-se observar que os intervalos de médias dos tratamentos 1:3 Sem Cura (Comum) e 1:3 + SBR Com Cura (SBR-C), se cruzam, então isto pode ser um indicativo que estes tratamentos possuem médias de aderência estatisticamente iguais. Já os intervalos de médias dos tratamentos 1:3 Com Cura (Curado) e 1:3 + SBR Sem Cura (SBR), não cruzam com o intervalo de nenhum tratamento, então isto pode ser um indicativo que estes tratamentos possuem médias de aderência estatisticamente diferentes de todos os outros tratamentos.entretanto, isso só pode ter certeza a partir de um teste de diferença de médias, como por exemplo, teste t, teste Tukey, teste de Fisher, teste de Duncan e etc. A Teste Tukey A Figura A.20 apresenta a saída do teste de Tukey, do Minitab 14, que compara a média do tratamento 1:3 Com Cura (Curado), com as médias dos tratamentos 1:3 Sem Cura (Comum), 1:3 + SBR Com Cura (SBR-C) e 1:3 + SBR Sem Cura (SBR), do experimento em 28 dias. Nela, pode-se ver que os intervalos de confiança do teste de Tukey para os tratamentos 1:3 Sem Cura (Comum), 1:3 + SBR Com Cura (SBR-C) e 1:3 + SBR Com Cura (SBR C), não contém o zero. Assim os tratamentos 1:3 Sem Cura (Comum), 1:3 + SBR Com Cura (SBR-C) e 1:3 + SBR

132 Sem Cura (SBR) possuem médias de aderência diferente da média de aderência do tratamento 1:3 Com Cura (Curado), com nível de confiança de 95%. 132 Figura A.20 Intervalos de Confiança para as Médias de Aderência Comparação da Média do Tratamento 1:3 Com Cura (Curado) com as Médias dos Tratamentos: 1:3 Sem Cura (Comum); 1:3 + SBR Com Cura (SBR-C) e 1:3 + SBR Sem Cura (SBR) - Experimento em 28 dias Saída do Minitab 14. Tukey 95% Simultaneous Confidence Intervals All Pairwise Comparisons Individual confidence level = 98,89% Curado(28) subtracted from: Lower Center Upper Comum(28) -0, , ,04292 SBR-C(28) -0, , ,04792 SBR(28) 0, , , Comum(28) (-*--) SBR-C(28) (--*-) SBR(28) (-*-) ,070 0,000 0,070 0,140 A Figura A.21 apresenta a saída do teste de Tukey, do Minitab 14, que compara a média do tratamento 1:3 Sem Cura (Comum), com as médias dos tratamentos 1:3 + SBR Com Cura (SBR-C) e 1:3 + SBR Sem Cura (SBR), do experimento em 28 dias. Nela, pode-se ver que o intervalo de confiança do teste de Tukey para o tratamento 1:3 + SBR Sem Cura (SBR), não contém o zero, assim o tratamento 1:3 + SBR Sem Cura (SBR) possui média de aderência diferente da média de aderência do tratamento 1:3 Sem Cura (Comum). Já o tratamento 1:3 + SBR Com Cura (SBR-C) possui o zero em seu intervalo de confiança, logo, as médias dos tratamentos 1:3 + SBR Com Cura (SBR-C) e 1:3 Sem Cura (Comum) são estatisticamente iguais, com nível de confiança de 95%. Figura A.21 Intervalos de Confiança para as Médias de Aderência Comparação da Média do Tratamento 1:3 Sem Cura (Comum) com a Média dos Tratamentos: 1:3 + SBR Com Cura (SBR-C) e 1:3 + SBR Sem Cura (SBR) - Experimento em 28 dias Saída do Minitab 14. Comum(28) subtracted from: Lower Center Upper SBR-C(28) -0, , ,01208 SBR(28) 0, , , SBR-C(28) (-*--) SBR(28) (--*-) ,070 0,000 0,070 0,140

133 133 A Figura A.22 apresenta a saída do teste de Tukey, do Minitab 14, que compara a média do tratamento 1:3 + SBR Com Cura (SBR-C), com a média do tratamento 1:3 + SBR Sem Cura (SBR), do experimento em 28 dias. Nela, pode-se ver que o intervalo de confiança do teste de Tukey para o tratamento 1:3 + SBR Sem Cura (SBR), não contém o zero, assim o tratamento 1:3 + SBR Sem Cura (SBR) possui média de aderência diferente da média de aderência do tratamento 1:3 + SBR Com Cura (SBR-C), com nível de confiança de 95%. Figura A.22 Intervalos de Confiança para as Médias de Aderência Comparação da Média do Tratamento 1:3 + SBR Com Cura (SBR-C) com a Média do Tratamentos: 1:3 + SBR Sem Cura (SBR) - Experimento em 28 dias Saída do Minitab 14. SBR-C(28) subtracted from: Lower Center Upper SBR(28) 0, , ,12375 (-*--) ,070 0,000 0,070 0,140 A.8) Experimento em 120 Dias Tabela 30 Estatísticas Descritivas Experimento em 120 dias. Tratamento Média D. Padrão Variância C. Variação Curado (120,) 0,3967 0,0175 0,0003 4,41% Comum (120) 0,3000 0,0089 0,0001 2,98% SBR-C (120) 0,3100 0,0167 0,0003 5,40% SBR (120) 0,6350 0,0378 0,0014 5,96% A Tabela 30 apresenta as estatísticas descritivas para o Experimento em 120 dias. Nela, pode-se ver que o tratamento 1:3 + SBR Sem Cura (SBR) apresenta maior valor médio de aderência, com 0,6350 e o experimento 1:3 Sem Cura (Comum) o menor valor médio de aderência, com 0,3000. Além disso, pode-se ver o experimento 1:3 Sem Cura (Comum)apresenta a menor variabilidade dos dados, com 0,0001 na variância e 0,0089 no desvio padrão. Para ter ideia da dispersão (ou, inversamente, da precisão) dos dados em relação à grandeza da média, o pesquisador deve dividir o desvio padrão pela média. Dados muito dispersos são pouco precisos, ou seja, quanto maior é a variância dos dados, menor é a precisão. Então, por definição, coeficiente de variação, que se indica por CV, é a razão entre o desvio padrão (que, na análise de variância, é dado pela raiz

134 Aderência 134 quadrada do quadrado médio do resíduo) e a média geral (de todos os dados), isto é, S, CV ,34 %. X, O conhecimento da precisão relativa ajuda na avaliação dos resultados de um experimento. Como regra geral, experimentos feitos em laboratório não devem ter CV muito maior do que 10%. Experimentos de campo têm CV em torno de 30%. Mas o importante é comparar o valor do CV obtido em determinado experimento com o resultado de outros autores. Se os dados foram obtidos de maneira idêntica, diferenças muito grande do padrão comum (tanto para mais como para menos) exigem explicações. Figura A.23 Box Plot - Experimento em 120 dias. 0,7 0,6 0,5 0,4 0,3 Curado(120) Comum(120) Tratamentos SBR-C(120) SBR(120) A Figura A.23 apresenta o gráfico Box-Plot ou Diagrama de Caixa - Experimento em 120 dias. Nela, pode-se observar que o experimento1:3 + SBR Sem Cura (SBR) apresenta a maior variabilidade dos dados. Além disso, o experimento 1:3 + SBR Sem Cura (SBR) apresenta os maiores valores de aderência. Seguido experimento Curado. Já o experimento 1:3 Sem Cura (Comum) apresenta a menor variabilidade nos dados e juntamente com o experimento 1:3 + SBR Com Cura (SBR-C) os menores valores de aderência. Confirmando as estatísticas apresentadas na Tabela 16.

135 135 Tabela 31 Análise Variâncias Experimento em 120 dias. C. Variação G. Liberdade S. Quadrados Q. Médios Fcalc P Tratamentos 3 0,4374 0, ,16 0,0000 Resíduos 20 0,0105 0,0005 Total 23 0,4479 A Tabela 31 apresenta a Análise de Variâncias para o Experimento em 120 dias. Nela, as hipóteses testadas são; H 0 : os tratamentos produzem em média mesma aderência versus H 1 : pelo menos um dos tratamentos produz em média aderência diferente dos demais tratamentos. Assim, como 3,10 é menor 278,16, isto é, o valor crítico de F é menor valor de F calculado, rejeita-se a hipótese de que as médias de aderência são iguais. Ou seja, o pesquisador pode concluir que, ao nível de 5%, que os tratamentos não produzem em média, a mesma aderência. Por definição, coeficiente de determinação, que se indica por R 2, é a razão entre a soma de quadrados de tratamentos e a soma de quadrados total, isto é, 2SQTr, R, SQT, Portanto, R 2 é uma medida da proporção da variação total explicada pela variação devida aos tratamentos. Como o valor de R 2 varia entre 0 e 1, pode ser interpretado como uma porcentagem. No caso, R 2 = 0,9766, ou seja, 97,66% da variação total é explicada pela variação de tratamentos. Valores de R 2 maiores ou iguais a 70% são sempre preteridos. A.8.1 Pressuposições de uma Análise de Variância (ANOVA) Para saber se as pressuposições de uma análise de variância estão satisfeitas, convém verificar: (1) a presença de dados discrepantes; (2) se os erros (resíduos) são independentes e (3) se a distribuição dos erros (resíduos) é normal.

136 Resíduos Padronizados 136 A Dados Discrepantes A Figura A.24 apresenta o gráfico dos resíduos padronizados versus valores ajustados - experimento em 120 dias. Nela, pode-se observar que os resíduos estão distribuídos em tono do valor zero e cuja variação está entre +0,075 e -0,075, não apresentando nenhum valor discrepante. Figura A.24 Resíduos Padronizados versus Valores Ajustados - Experimento em 120 dias. 0,075 0,050 0,025 0,000-0,025-0,050-0,075 0,30 0,35 0,40 0,45 0,50 Valores Ajustados 0,55 0,60 0,65 A Independência dos Resíduos A Figura A.25 apresenta o gráfico dos resíduos padronizados versus ordem das observações - experimento com 28 dias. Nela, pode-se observar que os resíduos estão distribuídos em tono do valor zero e não apresentam nenhum padrão definido, como por exemplo, tendências crescentes ou decrescentes, ciclos e etc. Logo, os resíduos podem ser considerados independentes.

137 Percentis Resíduos Padronizados Figura A.25 Resíduos Padronizados versus Ordem das Observações - Experimento em 120 dias ,075 0,050 0,025 0,000-0,025-0,050-0, Ordem das Observações A Dados Distribuição dos Erros (Resíduos) A Figura A.26 apresenta o gráfico de probabilidades normais, juntamente com as estatísticas resultantes do teste de normalidade de Kolmogorov-Smirnov. Nela, observa-se que nível descritivo p > 0,150 é maior que α = 0,05, ou seja, não há evidências para se rejeitar H 0, isto é, os resíduos do experimento em 120 dias provem de uma distribuição normal. Figura A.26 Gráfico de Probabilidades Normais, Juntamente com as Estatísticas Resultantes do Teste de Normalidade de Kolmogorov-Smirnov - Experimento em 120 dias Mean 0 StDev 0,02135 N 24 KS 0,091 P-Value >0, ,075-0,050-0,025 0,000 Resíduos 0,025 0,050

138 138 A.8.2 Testes Estatísticos Quando a análise de variância de um experimento mostra que as médias de tratamento não são estatisticamente iguais, é apenas lógico perguntar quais são as médias que diferem entre si. Figura A.27 Intervalos de Confiança para as Médias de Aderência - Experimento em 120 dias Saída do Minitab 14. Individual 95% CIs For Mean Based on Pooled StDev Tratamento N Média D.Padrão Curado(120) 6 0, ,01751 (-*-) Comum(120) 6 0, ,00894 (-*-) SBR-C(120) 6 0, ,01673 (-*-) SBR(120) 6 0, ,03782 (-*) ,30 0,40 0,50 0,60. A Figura A.27 mostra os intervalos de confiança para as médias de aderência do experimento em 120 dias. Nela, pode-se observar que os intervalos de médias dos tratamentos 1:3 Sem Cura (Comum) e 1:3 + SBR Com Cura (SBR-C), se cruzam, então isto pode ser um indicativo que estes tratamentos possuem médias de aderência estatisticamente iguais. Já os intervalos de médias dos tratamentos 1:3 Com Cura (Curado) e 1:3 + SBR Sem Cura (SBR), não cruzam com o intervalo de nenhum tratamento, então isto pode ser um indicativo que estes tratamentos possuem médias de aderência estatisticamente diferentes de todos os outros tratamentos. Entretanto, isso só pode ter certeza a partir de um teste de diferença de médias, como por exemplo, teste t, teste Tukey, teste de Fisher, teste de Duncan e etc. A Teste Tukey A Figura A.28 apresenta a saída do teste de Tukey, do Minitab 14, que compara a média do tratamento 1:3 Com Cura (Curado), com as médias dos tratamentos 1:3 Sem Cura (Comum), 1:3 + SBR Com Cura (SBR-C) e 1:3 + SBR Sem Cura (SBR), do experimento em 120 dias. Nela, pode-se ver que os intervalos de confiança do teste de Tukey para os tratamentos 1:3 Sem Cura (Comum), 1:3 +

139 SBR Com Cura (SBR-C) e 1:3 + SBR Com Cura (SBR) C, não contém o zero. Assim os tratamentos 1:3 SemCura (Comum), 1:3 + SBR Com Cura (SBR-C) e 1:3 + SBR Sem Cura (SBR) possuem médias de aderência diferente da média de aderência do tratamento 1:3 Com Cura (Curado), com nível de confiança de 95%. Figura A.28 Intervalos de Confiança para as Médias de Aderência Comparação da Média do Tratamento Com Cura (Curado) com as Médias dos Tratamentos: Sem Cura (Comum); 1:3 + SBR Com Cura (SBR-C) e 1:3 + SBR Sem Cura (SBR) - Experimento em 120 dias Saída do Minitab Tukey 95% Simultaneous Confidence Intervals All Pairwise Comparisons Individual confidence level = 98,89% Curado(120) subtracted from: Lower Center Upper Comum(120) -0, , ,05965 SBR-C(120) -0, , ,04965 SBR(120) 0, , , Comum(120) (-*-) SBR-C(120) (-*-) SBR(120) (-*-) ,20 0,00 0,20 0,40 A Figura A.29 apresenta a saída do teste de Tukey, do Minitab 14, que compara a média do tratamento 1:3 Sem Cura (Comum), com as médias dos tratamentos 1:3 + SBR Com Cura (SBR-C) e 1:3 + SBR Sem Cura (SBR), do experimento em 120 dias. Nela, pode-se ver que o intervalo de confiança do teste de Tukey para o tratamento 1:3 + SBR Sem Cura (SBR), não contém o zero, assim o tratamento 1:3 + SBR Sem Cura (SBR) possui média de aderência diferente da média de aderência do tratamento 1:3 Sem Cura (Comum). Já o tratamento 1:3 + SBR Com Cura (SBR-C) possui o zero em seu intervalo de confiança, logo, as médias dos tratamentos 1:3 + SBR Com Cura (SBR-C) e 1:3 Sem Cura (Comum) são estatisticamente iguais, com nível de confiança de 95%. Figura A.29 Intervalos de Confiança para as Médias de Aderência Comparação da Média do Tratamento 1:3 Sem Cura (Comum) com a Média dos Tratamentos: 1:3 + SBR Com Cura (SBR-C) e 1:3 + SBR Sem Cura (SBR) - Experimento em 120 dias Saída do Minitab 14. Comum(120) subtracted from: Lower Center Upper SBR-C(120) -0, , ,04701 SBR(120) 0, , , SBR-C(120) (-*) SBR(120) (-*-) ,20 0,00 0,20 0,40

140 140 A Figura A.30 apresenta a saída do teste de Tukey, do Minitab 14, que compara a média do tratamento 1:3 + SBR Com Cura (SBR-C), com a média do tratamento 1:3 + SBR Sem Cura (SBR), do experimento em 120 dias. Nela, pode-se ver que o intervalo de confiança do teste de Tukey para o tratamento 1:3 + SBR Sem Cura (SBR), não contém o zero, assim o tratamento 1:3 + SBR Sem Cura (SBR) possui média de aderência diferente da média de aderência do tratamento 1:3 + SBR Com Cura (SBR-C), com nível de confiança de 95%. Figura A.30 Intervalos de Confiança para as Médias de Aderência Comparação da Média do Tratamento 1:3 + SBR Com Cura (SBR-C) com a Média do Tratamentos: 1:3 + SBR Sem Cura (SBR) - Experimento em 120 dias Saída do Minitab 14. SBR-C(120) subtracted from: Lower Center Upper SBR(120) 0, , ,36201 (-*-) ,20 0,00 0,20 0,40 A.9) Geral Tabela 32 Estatísticas Descritivas Tratamento Comum. Estatística Média D. Padrão C. Variação Geral 0,2732 0, ,11% A Tabela 32 apresenta as estatísticas descritivas para o todo o experimento. Nela, pode-se observar que o valor média de aderência é 0,2732, com desvio padrão de 0,1151. Para ter ideia da dispersão (ou, inversamente, da precisão) dos dados em relação à grandeza da média, o pesquisador deve dividir o desvio padrão pela média. Dados muito dispersos são pouco precisos, ou seja, quanto maior é a variância dos dados, menor é a precisão. Então, por definição, coeficiente de variação, que se indica por CV, é a razão entre o desvio padrão (que, na análise de variância, é dado pela raiz quadrada do quadrado médio do resíduo) e a média geral (de todos os dados), isto é, S, CV ,42 11 %. X,0 2732

141 Curado(7) Comum(7) SBR-C(7) SBR(7) Curado(14) Comum(14) SBR-C(14) SBR(14) Curado(28) Comum(28) SBR-C(28) SBR(28) Curado(120) Comum(120) SBR-C(120) SBR(120) Aderência 141 O conhecimento da precisão relativa ajuda na avaliação dos resultados de um experimento. Como regra geral, experimentos feitos em laboratório não devem ter CV muito maior do que 10%. Experimentos de campo têm CV em torno de 30%. Mas o importante é comparar o valor do CV obtido em determinado experimento com o resultado de outros autores. Se os dados foram obtidos de maneira idêntica, diferenças muito grande do padrão comum (tanto para mais como para menos) exigem explicações. Figura A.31 Box Plot Experimento Geral 0,7 0,6 0,5 0,4 0,3 0,2 0,1 Tratamentos A Figura A.31 apresenta o gráfico Box-Plot ou Diagrama de Caixa Experimento Geral. Nela, pode-se observar quanto maior a quantidade de dias do tratamento, maior são os valores de aderência. E que o tratamento 1:3 + SBR Sem Cura (SBR) é aquele que apresenta os maiores valores de aderência.

142 142 APÊNDICE B Resultados Individuais da Resistência de Aderência das Argamassas Aplicadas sobre Substrato Cerâmico

143 143

144 144

145 145 MPA CONCRETOS DETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE ADERÊNCIA À TRAÇÃO Painel 03 (aditivado sem cura) 120 dias DATA DO ENSAIO: 17/09/ , DESCRIÇÃO DO REVESTIMENTO ENSAIADO ,4 100 * SUBSTRATO: alvenaria (Bloco cerâmico) , * ARGAMASSA , * LOCAL DO ENSAIO: Universidade Federal do Pará - UFPA , * IDADE DO REVESTIMENTO: 90 dias , CP DIÂMETRO TENSÃO FORMA DE RUPTURA [%] [mm] [MPa] A B C D E F OBS Forma de Ruptura C CRITÉRIO - NBR 13528/1995 Média (MPa) D.Padrão CV 0,45 0,06 12,52% Resistência de aderência à tração (MPa) MEDIANA 0,44 FORMA DE RUPTURA : MÉDIA 0,45 TIPO A INTERFACE CHAPISCO/SUBSTRATO D.PADRÃO 0,06 TIPO B INTERFACE ARGAMASSA/CHAPISCO C.VARIAÇÃO 12,52% TIPO C TIPO D TIPO E ARGAMASSA DE REVESTIMENTO SUBSTRATO INTERFACE REVESTIMENTO/COLA > 0,29 Limites Mínimos de Resistência de Aderência à Tração - NBR TIPO F INTERFACE COLA/PASTILHA Parede Interna Parede Externa pintura/base reboco pintura/base reboco cerâmica e laminado cerâmica Teto 0,20 Mpa 0,30 MPa 0,20 Mpa

146 146

147 147

148 148

149 149

150 150

151 151

152 152

153 153

154 154

155 155

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