SISTEMAS DE CUSTOS E ANÁLISE DE RESULTADOS EM UMA PROPRIEDADE RURAL

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1 UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL UNIJUÍ DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS, CONTÁBEIS, ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO DACEC CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS ALESSANDRO FACHIN SISTEMAS DE CUSTOS E ANÁLISE DE RESULTADOS EM UMA PROPRIEDADE RURAL IJUÍ (RS) 2014

2 2 ALESSANDRO FACHIN SISTEMAS DE CUSTOS E ANÁLISE DE RESULTADOS EM UMA PROPRIEDADE RURAL Trabalho de Conclusão de Curso apresentado no Curso de Ciências Contábeis da UNIJUI, como requisito para obtenção do título de bacharel em Ciências Contábeis. Profª Orientadora: Eusélia Paveglio Vieira IJUÍ (RS), Dezembro, 2014.

3 3 AGRADECIMENTOS Agradeço ao velho senhor Deus, criador da humanidade, que me guia pelos caminhos da vida, livrando-me dos maus caminhos e me mostrando a diferença entre o certo e o errado, e graças a isso, eu pude chegar até aqui. Agradeço também aos meus pais por todo o apoio nas horas difíceis que encontrei em minha jornada, pelos conselhos, pelos puxões de orelha, por desejar o meu bem, pela preocupação dos trajetos que percorri para esta conquista. E principalmente, por depositarem confiança e insistência em mim, para que um dia eu pudesse alcançar bons objetivos. A minha namorada, minha companheira, a qual amo tanto, que sempre me apoiou e me incentivou com palavras determinadas, e gestos de querer bem. Pelas contribuições em meus estudos, pela paciência que tivestes neste tempo. Agradeço a professora Eusélia Paveglio Vieira, pelas orientações neste importante estudo, e por contribuir sempre em minha aprendizagem, por me acompanhar em meu processo de formação acadêmica sempre me incentivando a continuar e alcançar meus sonhos. Aos demais professores que me transmitiram bons ensinamentos, por terem me instruído nesta jornada, por estarem sempre preocupados com a melhor aprendizagem. A todos, o meu muito obrigado!

4 Eu tentei 99 vezes e falhei, mas na centésima tentativa eu consegui, nunca desista de seus objetivos mesmo que esses pareçam impossíveis, a próxima tentativa pode ser a vitoriosa. Albert Einstein 4

5 5 RESUMO Este estudo tem o objetivo de desenvolver um sistema de custos e análise de resultados em uma propriedade rural, sendo realizado um levantamento de todos os custos e as devidas despesas incorridas durante o processo de produção de quatro culturas: a soja, trigo, aveia preta e aveia branca. Os dados para elaboração foram coletados junto ao proprietário, que disponibilizou todo o tipo de material necessário no decorrer do estudo. Por meio de pesquisa aplicada, descritiva e qualitativa, foram realizados os devidos levantamentos, e a elaboração de planilhas, como forma de organizar as informações, e consequentemente iniciou-se o processo de apuração de resultados das culturas, por meio das margens, tanto a de contribuição quanto a de segurança operacional. Os resultados apresentam os cálculos realizados por meio de planilhas, assim como os resultados que as culturas de soja, trigo, aveia preta e branca, apresentam bons resultados, ambos positivos e com boa margem de lucratividade. PALAVRAS CHAVE: Sistema de custos. Custos Atividade rural. Análise de resultados. Gestão.

6 6 LISTA DE QUADROS Quadro 01- Custos diretos e insumos da soja Quadro 02 - Custos diretos e insumos do trigo Quadro 03- Insumos utilizados na aveia preta Quadro 04- Insumos utilizados na aveia branca Quadro 05- Custos com mão de obra Quadro 06- Custo com mão de obra de acordo com as culturas Quadro 07- Custos com depreciação de bens de todas as culturas Quadro 08: Custos com depreciação específica por culturas Quadro 09- Custo de depreciação das benfeitorias Quadro 10- Custos indiretos de produção de grãos Quadro 11- Custos indiretos por hectare Quadro 12- Custo por absorção Quadro 13- Custo absorção por saca produzida Quadro 14- Custeio variável ou direto Quadro 15- Custo variável por saca produzida Quadro 16- Análise da margem de contribuição unitária e total Quadro 17- Ponto de equilíbrio contábil Quadro 18- Margem de segurança operacional Quadro 19- Demonstração de resultado da soja Quadro 20 - Demonstração de resultado do trigo Quadro 21 - Demonstração de resultado da aveia preta Quadro 22 - Demonstração de resultado da aveia branca Quadro 23- Demonstração das quatro culturas

7 7 LISTA DE FIGURAS E GRÁFICOS Figura 01- Fluxograma ciclo da produção da soja Figura 02- Fluxograma do ciclo de produção do trigo Figura 03- Fluxograma do ciclo de produção da aveia preta Figura 04- Fluxograma do ciclo de produção da aveia branca Gráfico 01 Custos direto da soja Gráfico 02 - Custos diretos do trigo Gráfico 03- Custos diretos da aveia preta Gráfico 04- Custos diretos aveia branca Gráfico 05- Custo com mão de obra Gráfico 06 - Custo total da soja Gráfico 07 - Custo total do trigo Gráfico 08 - Custo total da aveia preta Gráfico 09 - Custo total da aveia branca Gráfico 10 - Custeio variável da soja Gráfico 11 - Custeio variável do trigo Gráfico 12- Custeio variável da aveia preta Gráfico 13 - Custeio variável da aveia branca Gráfico 14 - Ponto de equilíbrio contábil Gráfico 15 - Margem de segurança operacional Gráfico 16 Resultado por cultura... 71

8 SUMÁRIO RESUMO... 5 LISTA DE QUADROS... 6 LISTA DE FIGURAS E GRÁFICOS... 7 INTRODUÇÃO CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO ÁREA DE CONHECIMENTO CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA OBJETIVOS Objetivo geral Objetivo específicos JUSTIFICATIVA REFERENCIAL TEÓRICO CONTABILIDADE: CONCEITOS E APLICAÇÕES CONTABILIDADE DE CUSTOS Classificação dos custos Custos patrimoniais Custos com pessoal SISTEMAS DE CUSTEIO POR PROCESSO MÉTODOS DE CUSTEIO Método de custeio absorção Método custeio variável ANÁLISE DO CUSTO, VOLUME E RESULTADO Margem de contribuição Ponto de equilíbrio Margem de segurança operacional CUSTOS AGRÍCOLAS

9 9 3 METODOLOGIA DA PESQUISA CLASIFICAÇÃO DA PESQUISA Quanto à sua natureza Quanto aos objetivos Quanto à forma de abordagem do problema Quanto aos procedimentos técnicos COLETA DE DADOS Instrumentos de coleta de dados ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS ANÁLISE DOS RESULTADOS DESCRIÇÃO DOS PROCESSOS DE PRODUÇÃO Soja Trigo Aveia preta Aveia branca APURAÇÃO DOS CUSTOS DIRETOS DE PRODUÇÃO Custos diretos Custo com mão de obra APURAÇÃO DOS CUSTOS INDIRETOS DE PRODUÇÃO Custo com depreciação APURAÇÃO DO CUSTO TOTAL POR CULTURA Método de custeio por absorção Método de custeio variável ANÁLISE DO CUSTO, VOLUME E RESULTADO Margem de contribuição unitária e total Ponto de equilíbrio contábil Margem de segurança operacional... 67

10 Demonstrações de resultados por cultura CONCLUSÃO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 75

11 11 INTRODUÇÃO A população mundial está em constante crescimento, e este vem acompanhado do consumo de alimentos. Para que estes alimentos não se tornem produtos escassos, constantemente os produtores rurais, responsáveis pela produção, tanto de alimentos como da matéria prima para a produção dos diversos gêneros alimentícios, investem em novas tecnologias. Este investimento resulta consequentemente no aumento da produtividade e dos custos de produção. Uma vez em que o preço do produto é definido pelo mercado, e os custos começam a elevar, o produtor rural necessita de um tipo de controle gerencial, que por sua vez, é encontrado na contabilidade de custos. Esta contabilidade assume a forma de controle do patrimônio, além de oferecer uma vasta bagagem de cunho gerencial, seja rural ou qualquer outro meio que possa utiliza-la. O estudo em questão trata-se do trabalho de conclusão do curso de Ciências Contábeis, que analisou a relação entre os custos, o volume e o resultado de uma propriedade rural. Tem como embasamento os dados levantados com o dono da propriedade, que foram analisados e aplicados nos moldes da contabilidade de custos para a geração de resultados. Os resultados alcançados foram repassados ao proprietário com o intuito de facilitar na tomada de futuras decisões. Primeiramente abordou-se a contextualização do presente estudo, sendo composto pela área contemplada, ou seja, o tema abordado, pela caracterização da organização, a problematização do tema, os objetivos, geral e específicos, e a justificativa. Em seguida, contempla-se o referencial teórico, que consiste na conceituação e aplicabilidade da contabilidade, seguido da contabilidade de custos, contendo a classificação dos custos, os custos patrimoniais e os custos com pessoal. Também, os sistemas de custeio por processo, bem como, os métodos de custeio, composto pelo custeio por absorção e custeio variável, seguido da análise do custo, volume e resultado da produção agrícola. Posteriormente, apresenta-se a metodologia da pesquisa envolvendo a classificação da pesquisa, sendo determinada de natureza, aplicada objetivos, e quanto a forma de abordagem aos problemas, assim como os procedimentos técnicos, a forma de coleta e análise de dados. No quarto e ultimo capítulo, o estudo apresenta a análise dos resultados, contemplando a descrição dos processos de produção, a apuração dos custos diretos de produção, bem como, a apuração dos custos indiretos de produção, apuração dos custos por cultura, utilizando-se o

12 12 custeio por absorção e o custeio variável, os quais permitiu analisar a composição dos custos de cada cultura, que posteriormente foram a base na análise dos custos, volume e resultado. Para finalizar, o estudo apresenta a devida conclusão e o referencial bibliográfico, que foi utilizado para dar o embasamento teórico as práticas aplicadas.

13 13 1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO A seguir, são apresentados os itens que compõe a contextualização do estudo, os quais integram a área contemplada, seguida da caracterização da empresa/organização, bem como da problematização do tema em estudo, dos objetivos e da justificativa. 1.1 ÁREA DE CONHECIMENTO O Curso de Ciências Contábeis é composto por um conjunto de disciplinas organizadas de forma que atenda o perfil do profissional Contábil formado pela Unijuí, contemplando diversas áreas de atuação no mercado de trabalho. Entre elas, está a contabilidade de custos, que é o tema deste estudo, onde abordou-se os sistemas de custos e análise de resultados em uma propriedade rural com produção de grãos. 1.2 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO A propriedade em estudo está localizada no interior da cidade de Jóia, às margens da RST 377, no noroeste do estado do Rio Grande do Sul. Esta, conta com uma sede composta por dois galpões e duas casas, sendo que uma dessas casas é do proprietário e a outra serve como depósito de materiais. A propriedade possuía no período de 2011/ hectares de área total. Dentro do ano agrícola, a propriedade cultivava nos meses de outubro a maio as cultivares de soja, no total de 332 hectares e 48 hectares eram terras incultiváveis, que compreendia mato, rios e pedregulhos. Já no período de junho a outubro, cultivava-se em torno de 180 hectares de trigo, 70 hectares de aveia preta, 30 hectares de aveia branca, e o restante cerca de 52 hectares, não são cultivados no inverno, pois compõem uma parte imprópria para o cultivo das culturas de inverno, mas são utilizadas para o início de plantio da soja. Por se tratar de uma propriedade familiar, ela é gerenciada pelo próprio proprietário que juntamente com seu filho executam os trabalhos, não possuem colaboradores fixos, no entanto, em períodos de safra contam com a ajuda de dois diaristas.

14 PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA Para qualquer tipo de negócio é fundamental ficar atento se ele está apresentando bons resultados. Para tanto se faz necessário a utilização de uma ferramenta de extrema importância que está em constante crescimento, ou seja, a contabilidade de custos. Esta área tem a finalidade de apurar dados referentes a custos incorridos, além de sistematizar estes dados demonstrando por meio de indicativos econômicos, a lucratividade ou eventuais prejuízos no negócio, auxiliando o gestor em sua tomada de decisão. De acordo com Leone (1997, p.19) a contabilidade de custos [...] é o ramo da Contabilidade que se destina a produzir informações para os diversos níveis gerenciais de uma entidade, como auxílio às funções de determinação de desempenho, de planejamento e controle das operações e de tomada de decisão. Nessa mesma linha de pensamento, pode-se dizer que a contabilidade de custos implantada na atividade agrícola assume um papel de verificação de quais são os custos de produção, nesse caso: soja, trigo, aveia branca e aveia preta. Além disso, qual a lucratividade que cada uma dessas culturas apresenta, sendo possível ter uma melhor facilidade de identificação e controle dos custos. Como a propriedade objeto deste estudo não possui nem um sistema formalizado de custos, o mesmo pode contribuir significativamente, proporcionando indicativos gerenciais, além de análises de resultados para ambos os produtos produzidos e comercializados. Também aponta outros benefícios, como um melhor e mais preciso detalhamento de seus custos e resultados, da forma mais clara possível para melhor entendimento do proprietário, diante do gerenciamento das culturas na propriedade. Neste contexto questiona-se: Qual o benefício do desenvolvimento de um sistema gerencial de custos e resultados para uma propriedade agrícola que proporcione informações para o seu gerenciamento? 1.4 OBJETIVOS sequência. O objetivo do estudo divide-se em objetivo geral e específicos, apresentados na

15 Objetivo geral Desenvolver um sistema gerencial de custos em uma propriedade rural de forma que forneça informações para auxiliar na melhoria da gestão dos custos e resultados por cultura Objetivo específicos - Revisar a base teórica presente na literatura, tais como os conceitos e as finalidades, no que se refere à contabilidade de custos e custos na atividade rural; - Levantar os custos de cada cultura produzida na propriedade rural; - Realizar os devidos cálculos dos custos de produção das culturas; - Estruturar um sistema de custos por absorção e variável para cada cultura; - Analisar os resultados das culturas em estudo; - Sistematizar as informações para o gerenciamento da propriedade. 1.5 JUSTIFICATIVA A contabilidade de custos é muito importante na atualidade, pois é responsável por aperfeiçoar o gerenciamento empresarial, seja em uma empresa rural ou em qualquer outro tipo de atividade. Ela é responsável por apurar os devidos resultados dos custos dos produtos, o que é fundamental antes de qualquer tomada de decisão do gestor. Dessa forma, a aplicação da contabilidade de custos em uma propriedade rural, agrega maior valor gerencial para o proprietário visando uma maior otimização da sua propriedade. Um bom controle de custos traz muitos benefícios em uma propriedade rural, uma vez que, nesta podem-se cultivar vários tipos de culturas - algumas possuem maior valor de mercado do que outras no entanto o custo de produção varia de uma cultura para outra. É então, que a contabilidade de custos se torna necessária, trazendo os indicadores econômicos e financeiros do cultivo de cada produto, permitindo assim avaliar se o resultado está sendo o esperado para cada cultura de acordo com os seus devidos custos. Na condição de concluinte do Curso de Ciências Contábeis, o estudo ampliou meus conhecimentos e os meus horizontes profissionais qualificando-me Contador. Além de apresentar as técnicas de gestão de custos que são muito úteis ao dono da propriedade em estudo.

16 16 Este estudo pode servir para a UNIJUÍ e para o Curso de Ciências Contábeis, ou áreas afins, como uma fonte de pesquisa e baseamento para futuros trabalhos, pois ficará a disposição de quem tiver o interesse nessa área do conhecimento, em especial aos alunos de Ciências Contábeis.

17 17 2 REFERENCIAL TEÓRICO Nesta etapa do estudo são abordados conceitos no que se refere à contabilidade, contendo seus conceitos e aplicações além da contabilidade de custos, abrangendo a classificação dos custos, os custos patrimoniais e custos com pessoal. Também são apresentados os sistemas de custeio por processo, os métodos de custeio e a análise do custo, volume e resultado. Para a melhor compreensão destes assuntos foram consultados diversos periódicos e livros a fim de aprofundar os conhecimentos da pesquisa em questão, servindo como base para o desenvolvimento do estudo aplicado. 2.1 CONTABILIDADE: CONCEITOS E APLICAÇÕES A contabilidade já existe desde os antepassados, no entanto esta veio se aprimorando constantemente com o passar dos anos. Conforme Sá (apud BASSO, 2005, p.17), [...] a história da contabilidade nasce com a própria civilização, em uma espontânea forma de ter conhecimento sobre as utilidades ou riquezas que o homem ia acumulando. Dessa forma, nota-se que conforme o homem ia acumulando riquezas necessitava de alguma forma de controle, um meio de registro do seu patrimônio, e assim começa a se desenvolver a contabilidade. A contabilidade possui as mais diversas formas de conceituação, descritas por diversos autores que, por sua vez, buscaram aprofundar seu embasamento em leis específicas, princípios e normas abrangentes. A contabilidade pode ser conceituada da seguinte forma: Entendemos que Contabilidade, como conjunto ordenado de conhecimentos, leis, princípios e métodos de evidenciação próprios, é a ciência que estuda, controla e observa o patrimônio das entidades nos seus aspectos quantitativo (monetário) e qualitativo (físico) e que, como conjunto de normas, preceitos e regras gerais, se constitui na técnica de coletar, catalogar e registrar os fatos que nele ocorrem, bem como de acumular, resumir e relevar informações de suas variações e situação, especialmente de natureza econômico-financeira. (BASSO, 2005, p.22). Nessa mesma linha de pensamento, Franco (apud BASSO, 2005, p.22) relata que: Contabilidade é a ciência que estuda, controla e interpreta os fatos ocorridos no patrimônio das entidades, mediante o registro, a demonstração expositiva e a revelação desses fatos, com o fim de oferecer informações sobre a composição do patrimônio, suas variações e o resultado econômico decorrente da gestão da riqueza patrimonial.

18 18 Dessa forma, pode-se perceber o quanto a contabilidade é importante na gestão de um negócio, pois é uma ciência que foi evoluindo de acordo com as necessidades dos seus usuários. Ela assume vários papéis dentro de uma entidade, sendo de extrema importância para o gerenciamento do patrimônio da entidade. A contabilidade considera como objeto, de acordo com Basso (2005), o patrimônio da entidade, constituído por um conjunto de bens, direitos e obrigações. Os bens e direitos formam a parte positiva do patrimônio, enquanto que as obrigações formam a parte negativa. A diferença entre estes deriva no conceito de patrimônio líquido, resultando na diferença tanto para negativa quanto para positiva do patrimônio. Os principais usuários da contabilidade conforme Basso (2005, p.26) são [...] administradores, diretores executivos, sócios ou acionistas, bancos, fornecedores e governos (federal, estaduais e municipais). Com relação ao campo de atuação, a contabilidade abrange inúmeras formas de negócio, desde micro empresas até entidades que não possuem fins lucrativos. Com relação aos ramos da contabilidade temos a seguinte conceituação: Segundo os principais campos de aplicação da Contabilidade, podemos classifica-la nos seguintes ramos: Contabilidade Comercial, Contabilidade Industrial, Contabilidade Pública, Contabilidade Bancária, Contabilidade Rural (Agrícola ou Agropecuária), Contabilidade de Cooperativas, Contabilidade de Seguradoras, Contabilidade de Fundações, Contabilidade de Construtoras, Contabilidade Hospitalar e Contabilidade de Condomínios, entre outros. (BASSO, 2005, p.27). A contabilidade está presente, nos mais diversos campos de atuação, e portanto, ela é indispensável em qualquer tipo de negócio. A mesma é utilizada por vários grupos sociais que compõe a estrutura organizacional da instituição em que estão inseridos. 2.2 CONTABILIDADE DE CUSTOS A Contabilidade de Custos apresenta um papel muito importante no meio organizacional, pois é responsável pela coleta de informações de cunho gerencial, além de ser responsável pelo processamento e fornecimento destas informações, para as partes solicitantes. Dessa forma, Vieira (1998, p.14) expõe em seu artigo:

19 19 Dentro deste contexto, um sistema de custos assume um papel fundamental como ferramenta de gestão. O ambiente competitivo em que estamos inseridos, com a globalização da economia e dos mercados, torna cada vez mais evidente a necessidade de um bom gerenciamento dos custos das empresas, em todos os níveis. Nesta mesma linha de pensamento, Leone (2008) enfatiza, Fundamentalmente, a Contabilidade de Custos refere-se hoje às atividades de coleta e fornecimento de informações para as necessidades de tomada de decisão de todos os tipos [...]. Logo, esta contabilidade está em constante aperfeiçoamento, pois cada vez mais suas responsabilidades estão aumentando, mas isto nem sempre foi assim. A Contabilidade de Custos no passado não teve a devida importância como obtêm na atualidade, pois, esta não foi criada com a intenção de gerenciamento empresarial, mas como um meio de mensuração dos valores dos estoques. Conforme relatado: A preocupação primeira dos Contadores, Auditores e Fiscais foi a de fazer da Contabilidade de Custos uma forma de resolver seus problemas de mensuração monetária dos estoques e do resultado, não a de fazer dela um instrumento de administração. Por essa não utilização de todo seu potencial no campo gerencial, deixou a Contabilidade de Custos de ter uma evolução mais acentuada por um longo tempo. (MARTINS, 2001, p.21). Nesse mesmo pensamento, Bruni; Famá (2004, p. 24) contribuem: O nascimento da contabilidade de custos decorreu da necessidade de maiores e mais precisas informações, que permitissem uma tomada de decisão correta após o advento da revolução industrial. Anteriormente a Revolução Industrial, a contabilidade de custos praticamente não existia, já que as operações resumiam-se basicamente em comercialização de mercadorias [...]. Assim, percebe-se que inicialmente a Contabilidade de Custos não foi criada com o intuito gerencial, mas como uma forma de controle patrimonial de estoques, o que acabou deixando-a estagnada por um período. No entanto, com o passar do tempo e do avanço das empresas, passou-se a ter uma necessidade de um mecanismo capaz de desempenhar o papel gerencial. Consequentemente, a Contabilidade de Custos, começou a ser vista com outros olhos, e a se desenvolver novamente. A Contabilidade de Custos, de acordo com Bruni; Famá (2004, p.24, 25), podem ser definidas como [...] o processo ordenado de usar os princípios da contabilidade geral para registrar os custos de operação de um negócio [...], os autores ainda complementam Custos: representam os gastos relativos a bens ou serviços utilizados na produção de outros bens ou serviços [...]. Pode-se dizer que os custos são todos aqueles meios utilizados para a

20 20 fabricação de produtos e ou serviços, além de ser indispensável na tomada de decisão no meio organizacional. A Contabilidade de custos é fundamental para um bom gerenciamento organizacional, seja do ramo industrial, comercial ou até mesmo rural. Embora muitos produtores rurais não apresentem uma contabilidade de cunho gerencial em suas propriedades, e alguns não consideram a necessidade da sua implantação, a contabilidade gerencial é indispensável para o melhoramento do desempenho financeiro. Como se pode ver no trecho a seguir: Neste contexto, a contabilidade pode desempenhar um importante papel como ferramenta gerencial, por meio de informações que permitam o planejamento, o controle e a tomada de decisão, transformando as propriedades rurais em empresas com capacidade para acompanhar a evolução do setor, principalmente no que tange os objetivos e atribuições financeira, controle de custos, diversificação de culturas e comparação de resultados. (CREPALDI, 2011, p.39). Qualquer organização, mesmo sendo ela rural, necessita de um sistema contábil completo, pois esta última, apresenta movimentações contábeis, assim como qualquer outra empresa do meio urbano. A contabilidade de custos no meio rural tem algumas particularidades com relação a outros setores, pois destaca-se uma variação do seu espaço entre a produção e a venda, o que exige técnicas especiais para o levantamento de seus custos. Os autores Santos; Marion; Segatti (2002, p.44) indicam três objetivos fundamentais de custos agropecuários: a) Custos para avaliação dos estoques (Custeio por Absorção) São os levantados pela Contabilidade de Custos tradicional, a fim de mensurar monetariamente os estoques de produtos acabados ou ainda em exploração e, ao fim de um exercício ou intervalo de tempo, apurar o resultado contábil da empresa. b) Custos para avaliação dos estoques (Custeio Direto ou Variável) este método considera somente os custos variáveis para determinação dos custos de produção, ou seja, mão-de-obra direta, máquinas diretas e insumos agrícolas. Os custos fixos neste caso serão considerados como despesas correntes e debitados diretamente no resultado, por este motivo não é aceito pela legislação fiscal, é utilizado apenas para fins gerenciais. c) Custos Standart ou padrão Destina-se a confrontar a realidade com os padrões de custos e outros tipos de previsões e metas contidos no planejamento empresarial. Evidentemente, muitos dos padrões estabelecidos vêm do controle. Estes custos agropecuários apresentam a importância de mensuração, de levantamento além de confrontação de informações, o que é importante, pois trazem indicativos e valores que podem ser destinados para seus devidos lugares. Além de ser possível a partir destes indicativos, aperfeiçoar a propriedade rural.

21 Classificação dos custos Os custos possuem algumas classificações específicas, no entanto, serão apresentados somente alguns, como os custos diretos e indiretos, podendo ser fixos ou variáveis. Esse tipo de classificação varia de acordo com cada tipo de gestão de custos. Conforme Leone (2008, p.55) explica em seu livro, Existem vários tipos de custos, tantos quantas forem às necessidades gerenciais [...]. Dessa forma, os custos devem ser alocados de acordo com cada característica da produção, tendo em vista que cada custo, mesmo sendo direto ou indireto, possui a sua própria terminologia. Uma boa análise de custos no meio rural é de grande importância para o cunho gerencial, pois permite ao produtor saber se o seu produto vendido está dando lucro, ou seja, se ele está cobrindo os custos e a sua possível margem esperada. Para isso, deve-se ater em identificar se estes custos são diretos ou indiretos. De acordo com Crepaldi (2011, p.100) temse o seguinte conceito com relação a custos diretos na atividade rural: Custos diretos são aqueles que podem ser diretamente (sem rateio) apropriados aos produtos agrícolas, bastando existir uma medida de consumo (quilos, horas de mão de obra ou de máquina, quantidade de força consumida, etc.). De modo geral, identificam-se aos produtos agrícolas e variam proporcionalmente a quantidade produzida. Podem ser apropriados diretamente aos produtos agrícolas porque há uma medida objetiva do seu consumo nesta produção. explicação: Já em relação aos custos indiretos, Crepaldi (2011, p.101) acrescenta a seguinte Os custos indiretos dependem de cálculos, rateios ou estimativas para serem apropriados em diferentes produtos agrícolas; portanto são s custos que só são apropriados indiretamente aos produtos agrícolas. O parâmetro utilizado para as estimativas é chamado de base ou critério de rateio. Assim pode-se dizer que os custos diretos são aqueles custos que não necessitam de qualquer forma de rateio, pois não possuem uma medida exata, são custos objetivos e podem ser apropriados aos produtos agrícolas. Já os custos indiretos, necessitam de rateios e estimativas, por apresentarem algumas dificuldades de medição, para isso faz-se a necessidade de adoção de um critério de rateio. Além dos custos serem diretos ou indiretos, conforme se apresentou anteriormente, os custos agrícolas podem ser representados também em fixos ou variáveis. No que se refere a

22 esses conceitos, os autores Santos; Marion; Segatti (2002, p.43) apresentam as seguintes definições: 22 a) Custos variáveis. São aqueles que variam em proporção direta com o volume de produção ou área de plantio. Ex.: mão-de-obra direta, materiais diretos (fertilizantes, sementes, rações), horas máquina. b) Custos fixos. São os que permanecem inalterados em termos físicos e de valor, independentemente do volume de produção e dentro de um intervalo de tempo relevante. Geralmente são oriundos da posse de ativos e de capacidade ou estado de prontidão para produzir. Por isso, também são conhecidos como custos de capacidade. Ex.: depreciação de instalações, benfeitorias e máquinas agrícolas; seguro de bens; salários de técnicos rurais e chefias. Portanto, os custos variáveis, são aqueles que acompanham a produção, se produzir para mais, os custos irão aumentar de acordo com a proporção desse aumento. Já os custos fixos, não se alteram conforme a produção, por exemplo, caso a produção aumente no mês estes custos se manterão constante, sem qualquer alteração. Assim os custos fixos apresentam um diferencial, pois quanto mais se produzir no período, menor se tornará estes custos, pois serão divididos conforme a produção Custos patrimoniais Os custos patrimoniais são representados basicamente por três conceitos: a depreciação, a exaustão e a amortização, sendo que estes também são atribuíveis na atividade rural. Crepaldi (2011, p.127-8) apresenta algumas definições para tais conceitos: Depreciação- aplica-se somente aos bens tangíveis, exemplos: máquinas, equipamentos, etc. Exaustão- aplica-se somente aos recursos naturais exauríveis, exemplos: reservas florestais, petrolíferas etc. Amortização- aplica-se somente aos bens intangíveis, exemplos: marcas e patentes. A depreciação é a maneira pelo qual os bens vão perdendo seu valor de mercado devido ao desgaste com o passar do tempo. Este desgaste é calculado para cada tipo de bens tangíveis, e o resultado somado aos custos da empresa. Já a exaustão, é aquele recurso natural em que se é extraído o produto por completo na sua total exploração. A amortização é aquela oriunda de bens intangíveis, ou seja, direitos adquiridos sobre um determinado bem. A depreciação na atividade rural é dividida de acordo com a finalidade de produção, como por exemplo, culturas permanentes, máquinas e equipamentos agrícolas e a pecuária.

23 Com relação a culturas permanentes, conforme o Parecer Normativo CST n 18, de 9/4/1979 (apud SANTOS; MARION; SEGATTI, 2002, p.84), diz que: 23 No que tange às culturas permanentes, às florestas ou árvores e a todos os vegetais de menor porte, em caso de empreendimento próprio da empresa do qual são extraídos somente os frutos o custo de aquisição ou formação da cultura é depreciado em quantos anos a planta ou árvore der frutos. Por exemplo: café, laranja, figo, goiaba etc. O prazo para este tipo de depreciação vai ser calculado de acordo com o tempo, que estas culturas levarão para produzir seus frutos. Já quando a depreciação é calculada sobre máquinas e equipamentos agrícolas, de acordo com Santos; Marion; Segatti (2002, p.85) ocorre da seguinte forma: Sabemos que todas as taxas de depreciação, principalmente as estabelecidas pelo Imposto de Renda, são estimadas, quando, por exemplo, a taxa de máquinas é fixada em 10%, nota-se que pode haver desvios significativos: há maquinas cuja vida útil não chega a três anos, enquanto outras ultrapassam a 10 anos. Na pecuária, a depreciação ocorre com qualquer tipo de gado, podendo ser reprodutores e matrizes, ou até mesmo animais de corte. Conforme Santos; Marion; Segatti, (2002, p.86): O método mais utilizado para depreciar é o da linha reta, tendo em vista a dificuldade de se estabelecer uma curva de eficiência do gado reprodutor, considerando-se que o declínio de potencialidade de reprodução é acelerado no final de sua vida útil. Entretanto, pela variabilidade de raças, do clima, da região, das condições de vida e outros fatores, torna-se impossível estabelecer um número padrão. Dessa forma, pode-se perceber que o cálculo da depreciação no meio rural não é tão simples, uma vez que este leva em consideração muitos fatores que são importantes para a correta avaliação da vida útil dos bens. Esse tipo de estimativa varia de acordo com cada atividade que a propriedade contempla no seu meio organizacional Custos com pessoal Este tipo de custo também pode ser chamado de custo com mão de obra, e existe em qualquer meio de produção seja agrícola, industrial ou comercial. Pois é um custo necessário mesmo com a utilização de máquinas na produção. Os custos com pessoal se apresentam em

24 mão de obra direta e indireta. Com relação à mão de obra direta, Basso e Didoné (2005, p.67) esclarecem que: 24 Custos com mão-de-obra direta correspondem aos relacionados aos recursos humanos utilizados diretamente na elaboração de um produto, desde que se possa identificar quem executou determinada tarefa, sem que haja a necessidade de rateios na apropriação deste custo. No meio agropecuário, Santos; Marion; Segatti, (2002, p.53) contribuem com a seguinte afirmação: Considera-se mão-de-obra direta na agropecuária as pessoas que prestam serviços de forma mensurável, e com gastos relevantes, nas operações agrícolas e no manejo de animais. É possível, portanto, identificar quem executou o trabalho, as quantidades de horas trabalhadas e/ou volumes de tarefas executadas. Então, o custo com mão de obra direta é todo aquele trabalho desenvolvido pelo colaborador identificado naquela operação, e que somente a executa, podendo assim ocorrer uma mensuração de tempo e apuração do custo sobre este. Já na mão de obra indireta, Santos; Marion; Segatti, (2002, p.54) explanam que [...] se tiver que recorrer a qualquer critério de rateio ou estimativa, transforma-se em mão-de-obra indireta, qualquer que seja o objetivo do sistema de levantamento de custos. Seguindo esse pensamento, tem-se a seguinte diferenciação entre mão de obra direta e indireta: O operário que movimenta um torno, por exemplo, trabalhando um produto ou componente de cada vez, tem seu gasto classificado como Mão-de-obra Direta. Porém, se outro operário trabalha supervisionando quatro máquinas, cada uma executando uma operação num produto diferente, inexistindo possibilidade de se verificar quanto cada um desses produtos consome do tempo total daquela pessoa, temos aí um tipo de Mão-de-obra Indireta (MARTINS, 2001, p.143). Nesse contexto, Basso; Didoné (2005, p.68) constatam em seu artigo, Os custos indiretos têm como característica o fato de não serem alocados diretamente aos produtos elaborados [...]. Portanto, a mão de obra indireta é aquela que só é possível calcular seu custo se utilizar alguma forma de rateio ou até mesmo uma estimativa, uma vez que, não é possível mensurar quanto tempo foi empregado para a realização de determinada tarefa pelo colaborador. Ocorrendo a apuração deste custo de mão de obra, não é acrescido seu valor diretamente ao custo do produto final. Um exemplo de mão de obra indireta na atividade

25 agrícola é um colaborador que acompanha o trabalho de colheita, de outros colaboradores na propriedade SISTEMAS DE CUSTEIO POR PROCESSO No decorrer de um processo produtivo de uma organização, existem diversos fatores a serem observados, e um deles são os custos necessários para a elaboração de qualquer produto. Estes custos de fabricação, entretanto, vão se acumulando, e conforme o produto vai sendo concluído devem ser apropriados ao seu valor final, pois, conforme for o processo de produção de cada empresa, diferente deverá ser o sistema de acumulação de custos. Para tanto, existem dois sistemas de acumulação: o sistema de custeio por processo; e o sistema de custos por ordem específica ou ordem de produção ou serviço. O sistema de custeio por processo é utilizado quando a empresa não apresenta grandes variações no seu processo produtivo. Nesse sistema, os custos são primeiramente qualificados quanto ao tipo de gasto representado, ou seja, sua natureza contábil. Posterior a isso, é relacionada aos processos específicos, responsável pela distribuição dos custos aos respectivos produtos. De acordo com Bruni; Famá (2004, p.150): No controle de custos por processo, uma tarefa rotineira consiste na avaliação dos estoques de produtos que continuam em processo, já tendo sido parcialmente manufaturada e recebida parte dos gastos associados a materiais diretos, mão-deobra direta ou custos indiretos de fabricação. Na atividade agrícola pode-se aplicar o sistema de custeio por processo, no entanto, deve-se estar atento a cada atividade desempenhada no processo produtivo, nas diferentes culturas. Para isso, Santos; Marion; Segatti, (2002, p.23), abordam quanto às operações agrícolas: São fases necessárias do processo produtivo, de acordo com o tipo de cultura. Essa separação traz diversos benefícios à administração, por exemplo: na propagação e distribuição de tarefas para o pessoal; possibilita medir o desempenho e comparar com outras áreas; identificar os custos de cada operação ou sub operação de acordo com sua relevância em termos de valor etc. Dessa forma, nas operações agrícolas é possível ocorrer à identificação dos custos de cada operação, para assim estes serem alocados ao produto final no sistema de custeio por processo.

26 26 No processo produtivo existem várias operações agrícolas a serem desempenhas até a colheita do produto final que são responsáveis por parte dos custos de produção, classificando-se em: reparo do solo, plantio e adubação, tratamento fitossanitário, cultivo químico e colheita. A partir destas fases, podem-se mensurar os custos de cada um e assim posteriormente alocar ao produto final. 2.4 MÉTODOS DE CUSTEIO Os métodos de custeio são aqueles responsáveis por calcular o custo unitário dos produtos que estão em elaboração. Os métodos de custeio são representados pelo método de custeio por absorção e o método de custeio variável Método de custeio absorção Este método é amplamente utilizado no controle e gerenciamento e custos, pois levam em consideração todas as despesas e os custos alocados ao processo de produção, tendo como principal objetivo atingir o custo unitário de cada produto. De acordo com Leone (2008, p.242): O custeio absorção é aquele que faz debitar ao custo dos produtos todos os custos da área da fabricação, sejam esses custos definidos como custos diretos indiretos, fixos ou variáveis, de estrutura ou operacionais. O próprio nome do critério é revelador dessa particularidade, ou seja, o procedimento é fazer com que cada produto ou produção (ou serviço) absorva parcela dos custos diretos e indiretos, relacionados à fabricação. O custeio por absorção se caracteriza por utilizar todos os custos sejam eles diretos ou indiretos, fixos ou variáveis, e além de todas as despesas incorridas. Conforme Basso; Didoné (2005, p.69) citam O método de custeio por absorção trabalha com todos os tipos de custos de produção, tanto fixos quanto variáveis, e se destaca por ser uma metodologia que busca encontrar o custo total de cada objeto de custeio, além de ser aceito pela legislação. Como se pode perceber, este método por ser o mais confiável é o único método aceito pela contabilidade no que se refere às demonstrações contábeis. Como este é um método que encontra o valor total dos custos, na agricultura pode-se ter como um exemplo, o consumo de óleo e lubrificantes que podem ser somado juntamente às despesas do plantio à colheita.

27 Método custeio variável O método de custeio variável, também denominado como custeio direto, se caracteriza por considerar em seus custos, somente os custos variáveis, ao considerar os custos fixos como despesas do período. Conforme Bruni e Famá (2003, p.216), No sistema de custeio variável, apenas os custos variáveis e as despesas variáveis, serão subtraídos da receita, gerando um valor que é denominado margem de contribuição. Os custos e despesas fixas serão abatidos da margem de contribuição do período. Este método está direcionado principalmente para fins de gerenciamento, pois não engloba todos os custos incorridos no produto. Para Vieira; Rossi; Pocai (2003, p.40) O custeio variável fornece informações muito úteis para a tomada de decisões, porque pressupõe uma apropriação de caráter gerencial, uma vez que os custos fixos ficam separados e são considerados como despesas do período [...]. Embora este método seja bastante útil para fins gerenciais, ele não é aceito pelos princípios contábeis, ferindo estes princípios. Como aborda Martins (2001, p.220): Mas os Princípios Contábeis hoje aceitos não admitem o uso de Demonstrações de Resultado e de Balanços avaliados a base do Custeio Variável; por isso, esse critério de avaliar estoque e resultado não é reconhecido pelos Contadores, pelos Auditores Independentes e tampouco pelo Fisco. Logo, este método só apresenta a finalidade de cunho gerencial pela sua praticidade, pois acaba ficando impedido de ser utilizado como critério nas demonstrações contábeis. 2.5 ANÁLISE DO CUSTO, VOLUME E RESULTADO Para que seja possível realizar uma boa análise do custo de uma produção o contador devem-se utilizar algumas ferramentas que são de extrema importância: a Margem de Contribuição, o Ponto de Equilíbrio, a Margem de Segurança Operacional e a Demonstração do Resultado do Exercício. Elas propiciam informações confiáveis e precisas, tornando-se imprescindíveis no momento em que as informações forem passadas aos gestores independentemente da organização. Para melhores esclarecimentos, será abordado cada um destes indicadores.

28 Margem de contribuição A margem de contribuição é toda aquela calculada sobre o preço de venda do produto, levando em consideração a dedução dos custos e despesas variáveis incorridos sobre o produto. Conforme Mello et al (2012, p.8), [...] Um conceito muito importante é o da margem de contribuição, que é a diferença entre as receitas e os custos e despesas variáveis, significando a sobra gerada pelas vendas suficiente para cobrir os custos e despesas fixas e formar o resultado da empresa. Dessa forma, a empresa terá bons resultados, se a margem de contribuição dos produtos vendidos for superior aos custos e despesas variáveis. Para que seja possível elaborar o cálculo desta margem, pode-se utilizar a seguinte fórmula: Margem de Contribuição Unitária= Preço de Venda (Custos + Despesas Variáveis Unitários) Como se pode perceber, a margem de contribuição apresenta o resultado do valor restante de cada produto para a empresa. No entanto, vale ressaltar que junto com este valor apresentado pela margem de contribuição, devem-se deduzir os custos fixos para assim totalizar o lucro que está sendo obtido neste produto Ponto de equilíbrio O ponto de equilíbrio é o responsável por informar qual é a capacidade mínima em que a empresa deve operar para não começar a ter prejuízo, ou seja, seu ponto mínimo é zero o que significa que em indo abaixo deste a empresa esta operando em saldo negativo. Conforme Martins (2001, p.273), O Ponto de Equilíbrio (também denominado Ponto de Ruptura- Break-even Point) nasce da conjugação dos Custos Totais com as Receitas Totais [...]. Basso; Didoné (2005, p.72) reconhecem que o ponto de equilíbrio: [...] Evidencia em termos quantitativos, qual é o volume que a empresa precisa produzir ou vender para que consiga pagar todos os seus custos e despesas variáveis que ela tem, necessariamente, para fabricar e/ou para vender o produto. No ponto de equilíbrio não há lucro ou prejuízo. A partir de volumes adicionais de produção ou de venda a empresa passa a ter lucros. Para que o ponto de equilíbrio seja calculado, se faz necessário à utilização de formulas como menciona Dalmacio et al (2013, p.6) em seu artigo:

29 29 RM = CF + LO RM = resultado meta; CF = custos fixos; LO = lucro operacional; MCU MCU = margem de contribuição unitária; PE = CF PE = ponto de equilíbrio em unidades; CF = custos fixos; MCUm MCUm = margem de contribuição média. O ponto de equilíbrio apresenta três formulações diferentes como apresentam Bruni; Famá (2004): ponto de equilíbrio contábil, econômico e financeiro. O ponto de equilíbrio contábil possui representação do volume de venda necessária para cobrir os custos, e no qual o lucro é nulo; o ponto de equilíbrio econômico apresenta o faturamento que a empresa precisaria atingir para poder cobrir o capital de investimento; e o ponto de equilíbrio financeiro é aquele que corresponde à quantidade que iguala a receita total da empresa somando os gastos oriundos de desembolsos financeiros. O ponto de equilíbrio é de grande valia para fins gerenciais, uma vez que este indicador facilita a tomada de decisão, além de ser um método que se adapta a qualquer meio organizacional Margem de segurança operacional A Margem de Segurança Operacional, pode-se dizer que é a diferença entre as unidades que foram vendidas, versus a quantidade que se encontra no seu ponto de equilíbrio. Essa diferença indica o quanto às vendas de produtos podem baixar sem que a empresa possa apresentar um prejuízo. Vieira; Rossi; Pocai (2003, p.45) sustentam que [...] o cálculo da margem de segurança resulta da quantidade efetivamente vendida e a quantidade no ponto de equilíbrio. MSO= Quantidade Vendida- Quantidade no Ponto de Equilíbrio. Esta margem de segurança operacional pode ser calculada tanto em valores monetários, em unidades de produto, ou até mesmo em porcentual. Os autores ainda complementam (2003, p.46) Na margem de segurança operacional percebe-se a quantidade de unidades que a empresa tem de vender além do ponto de equilíbrio, ou seja, após cobrir todas as despesas fixas e o custo de aquisição da mercadoria [...]. Dessa forma, a margem de contribuição é um grande indicativo financeiro, pois através dela é possível manter-se informado se a empresa está operando de forma segura, com indicadores positivos, ou apresentando resultados insatisfatórios. Vale destacar que esta margem leva em consideração suas vendas e o ponto de equilíbrio.

30 CUSTOS AGRÍCOLAS Os produtores rurais, por vezes, não tem grandes conhecimentos dos custos agrícolas, e acabam calculando-os de forma equivocada. Para isso, é de grande valia que o produtor possa ter um suporte na contabilidade gerencial, mais precisamente a área de custos voltados ao setor agrícola, a fim de que possa obter resultados mais precisos, tanto de operações agrícolas quanto no que se refere à produção. Nachiluk; Oliveira propõem que: [...] a utilização de estimativas de custos de produção na administração de empresas agrícolas assume importância crescente, quer na análise da eficiência da produção de determinada atividade, quer na análise de processos específicos de produção, os quais indicam o sucesso de determinada empresa no esforço de produzir. Ao mesmo tempo, à medida que a agricultura vem se tornando mais competitiva e com a redução da intervenção governamental no setor, o custo de produção transforma-se em um importante instrumento do processo de decisão. Assim, se por um lado os custos de produção vêm aumentando a sua importância na administração rural, na determinação de eficiência na produção e no planejamento de empresas, por outro as dificuldades de estimá-los só recentemente começaram a ser reduzidas, à medida que aumentou a adoção da informática na gestão das empresas agropecuárias (2012, p.2). Dessa forma, a (CONAB, 2010, p.9) contribui: A produção na atividade agrícola, pelas suas particularidades, exige escolhas racionais e utilização eficiente dos fatores produtivos. Esse processo de tomada de decisão reflete no seu custo total, que, por sua vez, impacta os resultados ótimos da atividade. O custo da produção agrícola é parte essencial para a gestão do empreendimento rural e o seu acompanhamento pelo Estado é importante para a formulação, implementação e avaliação de políticas públicas. A agricultura vem se desenvolvendo cada vez mais, e para isso os produtores devem buscar meios de maximizar a sua produção e minimizar os seus custos. Da mesma forma como a adoção da informática, que tem facilitado na autonomia de estimar os custos de produção, visando cada vez mais atingir bons indicadores econômicos. Os custos na agricultura são bastante amplos, pois abordam muitos fatores que podem ser levados em consideração. O levantamento destes custos implica em alguns cuidados, pois é possível na agricultura trabalhar fortemente em cima de aumento ou diminuição dos custos agrícolas. No entanto, isso traz alguns efeitos que refletem tanto positiva como negativamente na produtividade. Concordo com Nachiluk; Oliveira (2012) quando relatam que:

31 31 A implementação do custo de produção na propriedade possibilitará quantificar seu dispêndio, avaliar se está realizando operações desnecessárias na lavoura e o desembolso realizado ao comprar insumos (adubo, defensivos, inseticidas, nematicidas, controle biológico, etc.). Este detalhamento permitirá uma visão global da situação e possibilitará uma intervenção nos custos por meio da avaliação do impacto do item no custo de produção pela sua participação percentual. No ramo agrícola podem-se somar diversos custos de produção, pois para se produzir determinada cultura exige-se várias etapas para que de fato, se consiga uma boa produção. Junto com essas etapas vão se incluindo os custos, sejam eles com máquinas, mão-de-obra, ou outros que normalmente os produtores não levam em consideração, como o seguro, depreciação de máquinas, e que influenciam diretamente nos custos. Os custos de produção são representados por alguns grupos encontrados em qualquer meio de produção agrícola, como as máquinas e implementos agrícolas, as benfeitorias, os agrotóxicos, os fertilizantes, as mudas e sementes, a mão de obra e os encargos sociais e trabalhistas, dentre outros. A (CONAB, 2010, p.29) reconhece que: As máquinas e os implementos agrícolas são projetados para realizar a execução de operações em diversas fases do cultivo (correção e preparo do solo, plantio, trato cultural, colheita e pós-colheita) e devem ser utilizadas de acordo com as suas características e com as necessidades do plantio. O levantamento dos coeficientes técnicos, que são observados a partir do seu uso, se traduzem em impactos importantes nos custos de produção agrícola. Já com relação às benfeitorias, (CONAB, 2010, p.32) sublinha: As benfeitorias são obras ou serviços realizados num bem com o intuito de aproveitá-lo e conservá-lo e que não podem ser retirados sem destruição ou dano. Podem ser necessárias, úteis ou recreativas e são assim classificadas: a) nãoreprodutivas: são aquelas que por se acharem aderidas ao chão, não são negociáveis e nem rentáveis separadamente das terras; b) reprodutivas: podem ser definidas como as culturas comerciais ou domesticas que, embora não negociáveis separadamente do solo, poderão ter colocação em separado, para base de negócios de propriedades rurais [...]. Os agrotóxicos variam conforme cada cultura, pois [...] são classificados de acordo com a praga que combatem e são denominados de acaricidas, bactericidas, fungicidas, herbicidas, inseticidas, nematicidas, rodenticidas e moluscicidas (CONAB, 2010, p.34). O fertilizante [...] é substância mineral ou orgânica, natural ou sintética, fornecedora de um ou mais nutrientes vegetais. Aplicados ao solo ou diretamente nas plantas, concorre para o aumento da produtividade [...] (CONAB, 2010, p.34). Com relação à mão de obra, a (CONAB, 2010, p.40) diz que [...] de acordo com as legislações em vigor, o trabalhador rural é a pessoa física que presta serviço a outra pessoa

32 32 física ou jurídica que explore atividades agro econômicas, independente da exploração ser permanente ou temporária [...]. Estes são exemplos de alguns dos principais custos de produção encontrados em uma propriedade rural, e responsáveis por todos os processos de cultivos sendo indispensáveis para qualquer produtor, apesar de apresentarem custos a serem agregados à produção final. Assim os custos agrícolas devem estar muito bem claros para o proprietário, uma vez que, podem comprometer a lucratividade desta atividade.

33 33 3 METODOLOGIA DA PESQUISA Este estudo aborda o levantamento de custos de produção, quantidade produzida e o resultado alcançado individualmente por cultura em uma propriedade rural. Logo, são aplicadas as formas de gestão de custos cabíveis para este tipo de atividade. Dessa forma, foi classificado de acordo com sua natureza, seus objetivos, da abordagem do problema e seus procedimentos técnicos. 3.1 CLASIFICAÇÃO DA PESQUISA A seguir as devidas formas de classificações da pesquisa com seus respectivos conceitos utilizadas no estudo em questão Quanto à sua natureza Existem duas formas de natureza de pesquisa, podendo ser básica ou aplicada. Assim, Ander-Egg (1978 apud LAKATOS; MARCONI, 1990, p.19) menciona: Pesquisa básica, pura ou fundamental. É aquela que procura o progresso científico, a ampliação de conhecimentos teóricos, sem a preocupação de utilizá-los na prática [...]. b) Pesquisa aplicada. Como o próprio nome indica, caracteriza-se por seu interesse prático, isto é, que os resultados sejam aplicados ou utilizados, imediatamente, na solução de problemas que ocorrem na realidade. O método de pesquisa utilizado neste estudo é a pesquisa aplicada, pois é aquela em que origina informações que são analisadas e aplicadas como forma de solução de possíveis problemas encontrados na organização Quanto aos objetivos Quanto aos objetivos, este estudo se classifica como uma pesquisa descritiva. Gil (1999) descreve, [...] como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis [...] e uma de suas características mais significativas está na utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados (p.44).

34 34 Dessa forma, este estudo pretende contemplar em seus objetivos, a pesquisa, descritiva, que detalha a propriedade e suas movimentações entorno da produção de grãos, como forma de melhorar e aprofundar os conhecimentos no gerenciamento rural Quanto à forma de abordagem do problema De acordo com a forma de abordagem do problema, este pode ser classificado em dois aspectos, podendo ser qualitativamente ou, quantitativamente. Minayo; Gomes postulam que (2008, p.21) [...] ela se ocupa, nas Ciências Sociais, com um nível de realidade que não pode ou não deveria ser quantificado. Ou seja, ela trabalha com o universo dos significados, dos motivos, das aspirações, das crenças, dos valores e atitudes [...]. Esta pesquisa caracteriza-se como qualitativa, levando-se em consideração que as informações são disponibilizados diretamente pelo proprietário, dispensando o uso da forma quantitativa que leva em consideração o uso de ferramentas estatísticas Quanto aos procedimentos técnicos Para o embasamento teórico, o estudo se utilizou inicialmente da pesquisa bibliográfica, que de acordo com Gil (1999, p.65), A pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Nesse mesmo contexto, tem-se o estudo de caso, com a seguinte afirmação mencionada por Gil (1999, p.72/73) O estudo de caso é caracterizado pelo estudo profundo e exaustivo de um ou de poucos objetivos, de maneira a permitir o seu conhecimento amplo e detalhado, tarefa praticamente impossível mediante os outros tipos de delineamentos. Também contou com a utilização de pesquisa documental. Nesse sentido, A pesquisa documental assemelha-se muito à pesquisa bibliográfica. A única diferença entre ambas está na natureza das fontes. Enquanto a pesquisa bibliográfica se utiliza fundamentalmente das contribuições dos diversos autores sobre determinado assunto, a pesquisa documental vale-se de materiais que não receberam ainda um tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os objetivos da pesquisa. (GIL, 1999, p.66). Este estudo utilizou como base de informação os procedimentos técnicos citados anteriormente, que foram: pesquisa bibliográfica, estudo de caso e pesquisa documental, além de ter sido embasado em artigos publicados online.

35 COLETA DE DADOS Na coleta de dados são obtidas todas as bases informativas, que deram consistência ao presente estudo. A coleta de dados foi realizada por meio de uma entrevista com o dono da propriedade rural, na qual pode-se obter dados essenciais para o estudo. Nesta coleta de dados, foram consultados e levantados junto com o proprietário, os custos de formação da lavoura, de acordo com cada cultura, além dos custos referentes também a comercialização da produção. A partir do levantamento detalhado dos custos que incorrem sobre a produção de grãos na propriedade em estudo, efetuou-se uma análise mais detalhada e específica da contabilidade Instrumentos de coleta de dados No estudo em questão, contemplaram-se basicamente duas formas de instrumentos de coleta de dados: a observação não estruturada e a entrevista. Na observação não estruturada o observador monitora todos os aspectos do fenômeno que se mostram importantes para o problema em foco por exemplo, observar crianças brincando com novos brinquedos. Esta forma de observação é adequada quando o problema ainda precisa ser formulado com precisão, tornando-se necessária flexibilidade para identificar os componentes-chave do problema e para formular hipóteses (ZAMBERLAN et al., 2014, p. 119). Com relação à entrevista, utilizou-se da entrevista em profundidade, que é conceituada por Zamberlan et al. (2014, p. 121): As entrevistas em profundidade caracterizam outra técnica para você obter dados qualitativos. Ela é uma entrevista não estruturada, direta, pessoal, em que um único respondente é entrevistado de cada vez por um entrevistador altamente treinado, para descobrir motivações, crenças, atitudes e sensações com relação a algum assunto. Dessa forma, tanto a observação não estruturada e a entrevista em profundidade, foram de extrema importância no decorrer deste trabalho, porque trouxeram informações e dados necessários para a pesquisa do tema em questão.

36 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS Com relação à análise e interpretação de dados, estão estruturados em planilhas contendo todas as informações necessárias para a elaboração completa e detalhada do estudo. Estas informações foram consultadas diretamente com o dono da propriedade rural, e baseada nas informações elaborou-se os devidos cálculos em planilha e a devida interpretação e analise dos mesmos.

37 37 4 ANÁLISE DOS RESULTADOS Este estudo foi efetuado visando apresentar de forma clara e consistente o detalhamento das informações. Além de, respectivamente, levantar as informações necessárias para que fosse possível realizar a avaliação dos custos e a representatividade do resultado na propriedade em estudo. 4.1 DESCRIÇÃO DOS PROCESSOS DE PRODUÇÃO Apresentam-se as etapas e processos utilizados para a produção de grãos, das culturas de soja, trigo, aveia branca e aveia preta. Por sua vez, os processos de cultivos possuem algumas diferenças, por se tratarem de culturas diferentes, além da redução de custos devido o valor de venda no mercado. Esta produção compreendeu uma propriedade localizada na região noroeste do estado do Rio Grande do Sul, no município de Jóia. Quando efetuado o estudo, a propriedade estava cultivando naquele período (2011/2012) com 332 hectares, sendo que no verão, apenas a soja. No inverno 180 hectares de trigo, 70 hectares de aveia preta, 30 hectares de aveia branca, e o restante cerca de 52 hectares, não estavam sendo cultivadas nenhuma cultura, pois eram compostas por áreas improprias pra cultivo de inverno e áreas em descanso para o início de plantio da soja mais no cedo. As culturas apresentaram uma média de cerca de 20 sacas de soja por hectare, 45 sacas de trigo por hectare, 60 sacas de aveia branca por hectare e cerca de 32 sacas de aveia preta por hectare Soja Esta cultura é cultivada no período de outubro até abril, e pode variar o ciclo de dias que a cultura leva até a sua colheita de acordo com as condições climáticas, como dias de luminosidade, calor e umidade, bem como o próprio ciclo que cada variedade que a soja possui, além do dia em que foi plantada. Na propriedade o plantio da soja iniciou no fim da segunda quinzena do mês de outubro e terminou na primeira quinzena do mês de novembro. Já a colheita ocorreu durante o mês de abril.

38 38 Figura 01- Fluxograma ciclo da produção da soja Preparo do solo, aplicação dos herbicidas Preparo sementes, adubo e implementos Plantio das sementes com adubo 2ª Aplicação de tratamento com adubação foliar e inseticida 1ª Aplicação de tratamento e inseticidas Aplicação de herbicidas 3ª Aplicação de tratamento e inseticidas Colheita, transporte e armazenagem Venda do produto Fonte: Dados conforme pesquisa Na figura 1, está representado o fluxograma de todo o ciclo de produção da cultura da soja na propriedade. Em um primeiro momento, são realizados os reparos no solo para o plantio, como emparelhamento de valetas resultantes de erosão das chuvas, dentre outros. Nesta mesma etapa é realizada a aplicação dos herbicidas como forma de controle das ervas invasoras com um pulverizador e um caminhão tanque. Já na etapa seguinte é feito o preparo das sementes necessárias para o plantio, a maior parte semente própria, e a outra parte é comprada em empresas, que são devidamente tratadas com inseticidas, fungicidas e micronutrientes, deixando-a pronta para o plantio. Juntamente com esta, vem o preparo da adubação que será distribuído junto no plantio através de duas plantadeiras e dois tratores, que nesta mesma etapa são devidamente reguladas para plantar a quantidade devida de grãos por metro linear de acordo com cada variedade da soja, ocorrendo assim o plantio das sementes e a adubação. A germinação da soja ocorre por volta de cinco a sete dias dependendo das condições de umidade no solo. Quando ela atinge aproximadamente, vinte a vinte e cinco dias do seu estágio vegetativo, novamente é aplicado os herbicidas para o controle de ervas daninhas, que estão prejudicando o seu desenvolvimento. Quando esta começa o fechamento das linhas é efetuado o primeiro tratamento de fungicida via aérea juntamente com os inseticidas, após o vencimento deste, é aplicado à segunda aplicação de fungicida e

39 39 inseticida juntamente com adubação foliar para um melhor florescimento e enchimento de grãos. Após o período de carência do tratamento anterior, ocorre uma terceira aplicação de fungicida e inseticida. Logo, a maturação da soja vem à colheita com o auxílio de duas colheitadeiras e o transporte com dois caminhões, seguido da armazenagem dos grãos que quando atingirem os preços pretendidos pelo produtor serão vendidos Trigo O trigo é uma cultura típica de clima com predominância de temperaturas baixas, cultivada no período do inverno, pois é quando a temperatura encontra-se propicia para este, pois não necessita de grandes volumes de umidade no solo para seu desenvolvimento e sim bastante frio para que não ocorra grande incidência de fungos prejudiciais aos trigais muito comuns em climas quentes e úmidos. O trigo possui uma janela de plantio bastante ampla, compreendendo da segunda quinzena de maio até a primeira quinzena de julho, ficando a critério do produtor qual a melhor época de cultiva-lo, pois a produção pode ser comprometida caso ocorra à formação de geada durante o espigamento. Na propriedade esta cultura foi plantada durante o mês de junho, sendo que a sua colheita ocorreu durante a segunda quinzena de outubro e a primeira quinzena de novembro. Esta safra apresentou resultados medianos, pois parte da área de cultivo foi afetada com a formação de geada o que reduziu a media total da lavoura. Figura 02- Fluxograma do ciclo de produção do trigo Preparo do solo, das sementes e adubo Aplicação dos herbicidas Plantio das sementes Aplicação de adubo a lanço 3º tratamento e inseticida 2º tratamento e inseticida 1º tratamento Aplicação de uréia a lanço e 2ª aplicação de herbicida Colheita Transporte e armazenagem Venda do produto Fonte: Dados conforme pesquisa

40 40 A figura 2 expõe o fluxograma de produção da cultura do trigo. Primeiramente fazse o preparo do solo, juntamente com o preparo das sementes do produtor, que são tratadas com fungicidas e inseticidas no qual irão compor o plantio, juntamente com o preparo do adubo que é distribuído após o plantio. Posteriormente é feito a aplicação dos herbicidas para o controle das plantas daninhas existentes na área. Após um período de carência dos herbicidas, em torno de 12 dias para que não afete a germinação e o vigor da cultura, é feito o plantio das sementes de trigo com um trator e uma plantadeira. Passados cerca de sete a dez dias do plantio o trigo acaba a sua germinação. Depois de vinte e cinco dias do plantio é feito uma cobertura a lanço de adubo, sendo que, passados trinta e cinco dias do plantio é feito uma aplicação de ureia a lanço, que é uma adubação com grande porcentual de nitrogênio necessária para o trigo, o que resulta em melhoria no seu PH, (peso hectolítrico), esse número serve para saber qual deve ser a finalidade do trigo: pão, biscoito, macarrão. A segunda aplicação de herbicidas para aquelas plantas invasoras que nasceram após o plantio e estão prejudicando o desenvolvimento do trigo. Quando a planta do trigo começa a fase de espigamento, é realizada a primeira aplicação de fungicida para o combate a ferrugem, oídio e manchas foliares. Após decorrido vinte dias da primeira aplicação de fungicida, é realizada a segunda aplicação de fungicida sendo incluso o inseticida responsável pelo combate aos pulgões, praga comum neste tipo de cultura. Passado novamente vinte dias da segunda aplicação é realizado a terceira aplicação de fungicida e a segunda aplicação de inseticida, o qual será o suficiente para que o trigo termine o seu período reprodutivo. Após isto, é realizada a colheita dos grãos seguido do transporte e armazenamento destes, e logo quando o mercado de compra de trigo estiver operando o produtor terá a liberdade para vede-lo Aveia preta Esta cultura acontece da mesma forma que como o trigo e a aveia branca, é propicia para regiões em que apresentam temperaturas baixas no período do inverno, por se tratar de uma cultura típica de inverno é muito indicada à região sul do país. A aveia preta é uma espécie de forrageira, no qual sua produção de grãos é altamente indicada para pastagens para animais como, bovinos, equinos e ovinos entre outros. Na propriedade a aveia preta é cultivada entre os meses de maio e novembro.

41 41 Figura 03- Fluxograma do ciclo de produção da aveia preta Preparo do solo, das sementes Aplicação dos herbicidas Plantio das sementes Dessecação 2º tratamento e inseticida 1º tratamento e 2ª aplicação de herbicida Colheita Transporte e armazenagem Venda do produto Fonte: Dados conforme pesquisa A aveia preta, por se tratar de um produto que apresenta uma variação de preço no mercado muito instável, dessa forma existe certa dificuldade de vender este produto, assim o proprietário procura não investir muito nesta cultura. Inicialmente assim como as demais é realizado o preparo do solo onde ira ser plantado esta cultura e posteriormente das sementes, após ocorre à aplicação dos herbicidas como forma de dessecação das ervas daninhas. Logo com o auxilio de uma plantadeira e um trator é realizado o plantio das sementes. A partir do momento em que a cultura começa a apresentar os primeiros cachos, é realizado o primeiro tratamento de fungicida e a segunda aplicação de herbicida para culturas de folhas largas. Após cerca de trinta dias, é feita a segunda aplicação de fungicida juntamente com o inseticida para o combate a ferrugem da folha, manchas folhares e para o controle de pulgões incidentes na aveia preta. Quando a aveia preta começa a sua maturação o produtor opta por dessecar a mesma, uma vez que não é direcionada para alimentação humana, para que a lavoura apresente uma maturação mais uniforme o que facilita a colheita. Em a cultura estando madura, é realizada a colheita com duas colheitadeiras, logo ocorre o transporte e a armazenagem da produção, após isto o produtor aguarda o momento em que conseguirá vender sua produção.

42 Aveia branca A aveia branca é uma cultura que necessita de temperaturas baixas assim como o trigo, dessa forma é cultivada basicamente no período do inverno, que é quando mais se adapta. Na propriedade esta é plantada entre os meses de maio e junho, sendo que sua colheita ocorre no mês de outubro. Figura 04- Fluxograma do ciclo de produção da aveia branca Preparo do solo, das sementes e adubo Aplicação dos herbicidas Plantio das sementes 2º tratamento e inseticida 1º tratamento Aplicação de adubo a lanço Colheita Transporte e armazenagem Venda do produto Fonte: Dados conforme pesquisa Para a produção de aveia branca, primeiramente é realizado o preparo do solo das sementes e da adubação que será utilizada para a produção desta cultura. Logo após é realizado a aplicação do herbicidas para combate as plantas invasoras, após cerca de dez dias começa o plantio das sementes no solo. Quando a cultura atinge um período chamado de perfilhamento, que é por volta do vigésimo quinto dia é realizado, é realizado uma aplicação de adubação a lanço com um trator e um distribuidor de sólidos. No período de floração dos cachos da aveia, é aplicado a primeira aplicação de fungicidas para o controle da ferrugem, o oídio da folha e manchas foliares. Após vinte e cinco dias da primeira apresentação ocorre a segunda aplicação de fungicida e a primeira aplicação de inseticidas para o controle de pulgões. Logo esta começa a maturação e quando está pronta e colhida e transportada e armazenada, quando atinge bons preços esta é vendida.

43 APURAÇÃO DOS CUSTOS DIRETOS DE PRODUÇÃO O levantamento e apuração dos custos diretos de produção foi efetuado de acordo com cada tipo de cultura em estudo, para isso, primeiramente foram coletadas as devidas informações com o proprietário que se fez disponível para sanar qualquer questionamento e possível dúvida que ocorresse no decorrer do estudo. Disponibilizou-se as notas fiscais referente ao que foi utilizado para a produção das quatro culturas. Também foram coletadas informações no que se referem aos valores e depreciações das máquinas, equipamentos, benfeitorias e veículos utilizados no processo de produção de grãos na propriedade Custos diretos Estes custos são aqueles ligados diretamente a produção, nesse caso a produção de grãos, que se refere ao somatório dos insumos que foram utilizados no cultivo das plantas, juntamente com a mão de obra, sendo diretamente acrescido ao custo do produto final. Para isso, se fez necessário o acesso às notas fiscais disponibilizadas pelo proprietário, sendo divididos em classes cada produto com sua especificidade, como em semente, inseticida, herbicida, adubos, entre outros Custos diretos da soja da soja. No quadro a seguir apresentam-se todos os insumos utilizados no cultivo da cultura

44 44 Quadro 01- Custos diretos e insumos da soja Fonte: Dados conforme pesquisa Insumos utilizados na soja 2011/2012 Soja 332 hectares Função Quant. Unid. Custo Unit. (R$) Custo Total Custo por Hectare NS 7100 RR Semente 600,00 Kg 2, ,00 3,84 SYN 1059 Semente 800,00 Kg 4, ,00 10,75 NA 5909 RG Semente 2.000,00 Kg 1, ,00 11,14 Monasca Semente 3.100,00 Kg 1, ,00 10,08 NA 5909 RG própria Semente 8.100,00 Kg 1, ,00 26,35 Dimilin Inseticida 500,00 Kg 55, ,00 82,83 Turbo 50 CE Inseticida 24,00 Lt 54, ,56 3,97 Inset. Aquila Inseticida 60,00 Kg 22, ,00 3,98 Vitavax Thiram Fungicida 30,00 Lt 24,23 726,90 2,19 Deorosal Fungicida 28,00 Lt 15,00 420,00 1,27 Priori Fungicida 95,00 Lt 71, ,60 20,40 Alto 100 Fungicida 95,00 Lt 36, ,40 10,51 Batle Fungicida 95,00 Lt 32, ,00 16,89 Finale SL 200 (GL) Herbicida 60,00 Lt 24, ,80 4,41 Glifosato Atanor Herbicida 1.500,00 Lt 5, ,00 22,59 Tocha Herbicida 100,00 Lt 10, ,00 3,16 Paradox Herbicida 420,00 Lt 10, ,00 13,28 Gli-up 480 Herbicida 2.380,00 Lt 5, ,00 41, Adubo ,00 Kg 1, ,00 215, mistura Adubo ,00 Kg 1, ,40 90,41 Cloreto de potasio Adubo ,00 Kg 1, ,00 95,47 Stimulate (GL) Fertilizante 4,00 Lt 500, ,00 6,02 Foliar COMO-Stoller (GL) Fertilizante 1,00 Lt 500,00 500,00 1,51 Masterfix L Soja (DS) Fertilizante 210,00 Doses 3,00 630,00 1,90 Orobor N 1 Adesivo foliar 50,00 Lt 59, ,00 8,89 Aureo (GL) Adesivo foliar 25,00 Lt 7,50 187,50 0,56 NPK Fertilizante 500,00 Kg 6, ,00 9,79 Foliar P 51 Fertilizante 30,00 Lt 9,00 270,00 0,81 Foliar starter Fertilizante 30,00 Lt 7,00 210,00 0,63 Quimiorgem P 30 Fertilizante 30,00 Lt 4,67 140,10 0,42 Absoluts Fertilizante 100,00 Lt 12, ,00 3,61 TOTAL ,16 725,08 No que se referem aos custos diretos da cultura da soja, foram identificados a partir das notas fiscais fornecidas pelo produtor, todos os insumos utilizados na plantação da soja e assim divididos de acordo com cada função que desempenha no cultivo, sendo estes representados por: semente, fungicida, inseticida, herbicida, adubo, fertilizante e adesivo foliar. Logo, foram indicadas as quantidades utilizadas de cada produto conforme suas

45 45 especificidades e as suas unidades de medida sendo em litros, quilos e doses, seguido assim do seu custo unitário em reais. Para calcular o custo total de cada produto, foi utilizada a quantidade de cada produto multiplicado pelo seu preço unitário, representando ao final um somatório do custo total um valor de R$ ,16, para o total da área que representava 332 hectares de soja. Logo, com estes dois resultados representam um custo de R$ 725,08 para cada hectare cultivado com a soja. No gráfico 01 pode-se perceber qual a representatividade porcentual de participação de cada insumo e sua respectiva função nos custos diretos da cultura da soja. Gráfico 01 Custos direto da soja Custos Diretos da Soja Semente Inseticida Fungicida Herbicida Adubo Fertilizante Adesivo Foliar 3% 1% 9% 13% 7% 55% 12% Fonte: Dados do quadro 01 O maior custo direto incidente na soja é com relação à adubação ficando na casa dos 55% do total, devido ao seu valor elevado e, por ser usado em grande quantidade, além dos inseticidas com 13% e herbicidas com 12% de representatividade sobre o total. Os fertilizantes e adesivos foliares são os que apresentam os menores índices sendo 3% para o primeiro e apenas 1% para o segundo, pois sua utilização é baixa utilização.

46 Custos diretos do trigo Para a apuração dos custos diretos do trigo foram aplicados os mesmos quesitos assim como na soja, sendo representado por semente, inseticida, adubo, fungicida, herbicida, adesivo foliar e fertilizante, bem como com suas devidas quantidades em unidades de medida e seus custos unitários, totais e por hectare. Quadro 02 - Custos diretos e insumos do trigo TBIO Pioneiro Semente 4.000,00 Kg 1, ,00 32,22 Semente própria Semente ,00 Kg 0, ,00 93,33 Decis 25 CE Inseticida 1,00 Lt 62,00 62,00 0,34 Imidacloprid Inseticida 25,00 Kg 114, ,50 15, Adubo 4.100,00 Kg 1, ,10 23, Adubo ,00 Kg 1, ,00 267,22 Carbomax 500SC Fungicida 10,00 Lt 13,70 137,00 0,76 Vitavax Thiram Fungicida 10,00 Lt 24,23 242,30 1,35 Tino Fungicida 15,00 Lt 42,91 643,65 3,58 Priori Fungicida 50,00 Lt 83, ,50 23,23 Alto 100 Fungicida 50,00 Lt 43, ,00 11,97 Finale Herbicida 40,00 Lt 25, ,00 5,56 Hussar Herbicida ,00 Gr 0, ,95 46,19 Tocha Herbicida 160,00 Lt 16, ,60 14,85 Super N Adubo ,00 Kg 1, ,00 121,00 Orobor N1 Adesivo foliar 20,00 Lt 58, ,00 6,44 Sucesso BR Herbicida 20,00 Lt 7,00 140,00 0,78 Óleo aureo Adesivo foliar 20,00 Lt 7,50 150,00 0,83 Gli-Up 480 Herbicida 720,00 Lt 5, ,00 23,20 Foliar Quimiorgen P-30 Fertilizante 30,00 Lt 4,67 140,10 0,78 Fortune Fertilizante 160,00 Lt 13, ,00 12,09 Formaiz SEED Fertilizante 10,00 Lt 113, ,30 6,28 Aller Biw Fertilizante 20,00 Lt 67, ,00 7,44 TOTAL ,00 718,56 Fonte: Dados conforme pesquisa Para o cultivo do trigo o proprietário atribui alguns cuidados, por se tratar de uma cultura que seu custo se eleva facilmente e seu valor de mercado não é muito satisfatório. Portanto o proprietário busca manter sempre sua lavoura em condições satisfatórias para não acarretar em saldos negativos. Insumos utilizados no trigo 2012 Trigo 180 hectares Função Quant. Unid. Custo Unit. (R$) Custo Total Custo por Hectare

47 47 Os custos totais diretos do trigo atingiram a importância de R$ ,00 nas 180 hectares cultivados, sendo que os seus custos diretos por hectare foi de R$ 718,56, se apresentando um custo pouco inferior se comparado à soja que possui um valor de mercado superior a do trigo. Pode-se ter uma analise mais ampla sobre a incidência de cada insumo sobre o total dos custos diretos do trigo no gráfico 02 a seguir: Gráfico 02 - Custos diretos do trigo Custos Diretos do Trigo Semente Inseticida Fungicida Herbicida Adubo Adesivo Foliar Fertilizante 1% 4% 17% 2% 6% 57% 13% Fonte: Dados do quadro 02 Apresentando a maior representatividade é o adubo com 57% do total dos custos do trigo, como pode ser visualizado no gráfico 02, pois o valor do adubo é bem representativo não só nesta cultura, mas em outras também. Por sua vez, esta cultura necessita de uma boa adubação para que apresente bons índices de produtividade e qualidade de grãos, o que influencia diretamente no seu valor de mercado por se tratar de uma cultura específica para alimentação humana. Logo, as sementes são o segundo maior indicador com cerca de 17% dos custos, porque é utilizado uma grande quantidade de quilos por hectares, elevando o seu custo Custos diretos da aveia preta Os custos diretos incidentes na cultura da aveia preta são as sementes, fungicida, herbicida e inseticida, sendo dispensado o uso de adubação e outros insumos como forma de

48 diminuição do custo desta cultura, sendo apresentados os custos diretos da aveia preta no quadro 03, que segue: 48 Quadro 03- Insumos utilizados na aveia preta Insumos utilizados na aveia preta 2012 Custo Unit. Aveia preta 70 Função Quant. Unid. (R$) Semente própria Semente 5.600,00 Kg 1, ,00 80,00 Riza 200 Fungicida 50,00 Lt 25, ,00 17,86 2,4-D nortox Herbicida 140,00 Lt 12, ,00 25,00 Glifosato Herbicida 400,00 Lt 5, ,00 33,14 Paradox Herbicida 160,00 Lt 12, ,00 11,11 imidacloprid Inseticida 7,00 Kg 114,18 799,26 11,42 Óleo mineral Aureo Inseticida 10,00 Lt 7,50 75,00 1,07 TOTAL ,26 179,60 Fonte: Dados conforme pesquisa Custo Total Custo por Hectare Esta cultura não é cultivada pelo produtor visando grande lucratividade, pois é principalmente cultivada pelo produtor como cobertura de solo gerando boa palhada. Para isso o produtor opta por não investir muito nessa cultura, mas sempre espera que esta cubra seus custos e possa gerar alguma lucratividade mesmo assim. Dessa forma, a multiplicação entre custo unitário versus a quantidade de cada tipo de insumo com sua respectiva função, resulta no custo total que nesta cultura representou um montante de R$ ,26, com um custo direto por hectare de R$ 179,60. No gráfico 03, pode-se visualizar melhor a representatividade do custo direto de cada insumo sobre o seu montante total. Gráfico 03- Custos diretos da aveia preta Custos Diretos da Aveia Preta Semente Inseticida Herbicida Fungicida Adesivo Foliar 1% 10% 44% 39% 6% Fonte: Dados do quadro 03

49 49 No gráfico 03 é possível visualizar a representatividade do custo direto dos cinco insumos incidentes na aveia preta. O insumo que apresenta maior custo é com a semente, que mesmo sendo de origem da propriedade, apresenta 44% dos custos da cultura, logo o segundo maior é com os herbicidas com 39%, sendo utilizados para o controle de plantas invasoras. O insumo que menos se destaca é o adesivo foliar com apenas 1% de custo direto sobre a aveia preta Custos diretos da aveia branca Os custos diretos incidentes no cultivo da aveia branca são a semente, inseticida, fungicida, herbicida, adesivo foliar e adubo. A seguir apresenta-se o detalhamento dos itens no quadro 04, da apuração dos custos diretos nessa cultura. Quadro 04- Insumos utilizados na aveia branca Insumos utilizados na aveia branca 2012 Custo Unit. Aveia branca 30 Há Função Quant. Unid. (R$) Semente Própria Semente 3.000,00 Kg 0, ,00 45,00 Vitavax Thiram Fungicida 6,00 Lt 24,26 145,56 4,85 Carbomax 500 SC Fungicida 2,00 Lt 13,70 27,40 0,91 2,4-D nortox Herbicida 60,00 Lt 12,50 750,00 25,00 Glifosato Herbicida 150,00 Lt 5,80 870,00 29, Adubo 4.500,00 Kg 1, ,00 157,50 Priori Fungicida 15,00 Lt 83, ,45 41,82 Alto 100 Fungicida 15,00 Lt 43,08 646,20 21,54 Imidacloprid Inseticida 3,00 Kg 114,18 342,54 11,42 Óleo mineral Aureo Adesivo Foliar 10,00 Lt 7,50 75,00 2,50 TOTAL ,15 339,54 Fonte: Dados conforme pesquisa Custo Total Custo por Hectare Assim como na aveia preta, a aveia branca não possui grandes volumes de insumos, pois não é uma das principais culturas pretendidas pelo produtor, no entanto, o cultivo de aveia branca serve como uma forma de rotação de cultura, e junto com isso produção de grãos tanto para alimentação humana como para alimentação animal. No cultivo de aveia branca foi apurado um custo total de R$ ,15, sendo que esta cultura apresentou um custo por hectare de R$ 339,54, sendo superior ao da aveia preta por exemplo. No gráfico 04 apresenta a representação de cada insumo sobre o total dos custos diretos da aveia branca.

50 50 Gráfico 04- Custos diretos aveia branca Custos Diretos Cultura da Aveia Branca Semente Inseticida Herbicida Adubo Fungicida Adesivo Foliar 1% 13% 20% 3% 16% 47% Fonte: Dados do quadro 04 O maior custo com insumo direto encontrado na aveia branca é o adubo com 47% sobre o total dos custos, pois diferentemente da aveia preta, a aveia branca necessita de adubação para que ela resulte em uma boa formação de grãos. Logo o custo que também se destaca é o com fungicidas com 20%, porque a aveia branca é bastante suscetível a doenças fúngicas assim como no trigo, e assim necessita de uma maior demanda de aplicação de fungicidas. E mais uma vez o insumo que menos se destaca é o adesivo foliar com apenas 1% dos custos diretos, pois apresenta um valor baixo em cada aplicação Custo com mão de obra O quadro de mão de obra da propriedade é composto pelo proprietário e dois colaboradores, os quais apresentam as exigências previdenciárias, como insalubridade, 13º salário, férias remuneradas, entre outros. No quadro 05, podem-se visualizar melhor os custos com mão de obra da propriedade.

51 51 Quadro 05- Custos com mão de obra Cálculo/hora mão-de-obra Colaborador Colaborador Total / Mês Total / Ano Salário Bruto 1.000,00 800, , ,00 Insalubridade 142,40 142,40 284, ,60 Sub Total 1.142,40 942, , ,60 Obrigações Trabalhistas 13º salário 95,16 78,50 173, ,97 Férias 95,16 78,50 173, ,97 1/3 Férias 31,72 26,20 57,92 695,03 Sub Total 1.364, , , ,56 Previsões 7% 95,51 78,79 174, ,64 Obrigações Sociais Previdência Social 31,38 30,39 61,77 741,28 FGTS 109,16 90,05 199, ,45 Total por Colaborador 1.600, , , ,93 Fonte: Dados conforme pesquisa Como visto anteriormente no quadro 05, a propriedade conta com um custo com pessoal de R$ 2.925,33 mensalmente, nestes valores estão inclusos os 20% da insalubridade sobre o salário dos colaboradores, e também 7% para as de despesas com a folha de pagamento. Este custo total mensal da folha multiplicado pelos doze meses encontra-se o custo anual, que na propriedade resulta em R$ ,93. Dessa forma no quadro 06 apresentam-se os custos com mão de obra por hectare, de acordo com cada cultura como segue: Quadro 06- Custo com mão de obra de acordo com as culturas Cultura Hectares plantados Custo por Área/ano Custo por Hectare Soja ,31 57,36 Trigo ,69 57,36 Aveia preta ,16 57,36 Aveia branca ,78 57,36 Total ,93 Fonte: Dados conforme pesquisa

52 52 No quadro 06, tem-se o rateio dos custos com mão de obra rateada de acordo com cada cultura e sua respectiva área de cultivo. Assim como nos custos indiretos, a forma de rateio é a mesma, na qual se divide o total do custo com mão de obra, pelo total de área cultivada, e multiplica-se pelos hectares de cada cultura. Gráfico 05- Custo com mão de obra , , , ,00 Custo com mão de obra , , , ,78 Fonte: Dados conforme quadro 06 - Soja Trigo Aveia preta Aveia branca No gráfico 05, a cultura que apresentou o maior custo com mão de obra foi a da soja com R$ ,31, sendo o trigo um total de R$ ,69, a aveia preta R$ 4.015,16 e o menor valor foi o da aveia branca com R$ 1.720,78. Essa diferença entre as culturas ocorre pela diferença da área de cultivo, uma vez que, a mão de obra tem uma função direta na quantidade de hectares de cultivo. 4.3 APURAÇÃO DOS CUSTOS INDIRETOS DE PRODUÇÃO Os custos indiretos podem ser representados em fixos ou variáveis, sendo que os fixos não variam de acordo com a produção, já os custos variáveis se alteram tanto para mais como para menos, conforme a produção varia Custo com depreciação Na produção de grãos na propriedade, são utilizadas algumas máquinas e equipamentos, bem como se faz o uso de algumas benfeitorias que são indispensáveis para o

53 53 produtor. No entanto, com o passar do tempo e com a utilização destes bens, se acarretam a perda de vida útil do bem, ocorrendo a depreciação deste. Para calcular a depreciação destes bens foi necessário junto ao proprietário apurar os devidos valores das máquinas, equipamentos e benfeitorias que são utilizados pelo proprietário para a produção de grãos das quatro culturas em estudo, para assim apropriar os custos desta depreciação para cada cultura Depreciação de máquinas e equipamentos No quadro 07, apresenta a depreciação das máquinas e equipamentos usados na produção da soja, trigo, aveia preta e aveia branca, desde o pré-plantio até a comercialização dos grãos. Neste quadro, também estão representados os devidos valores dos custos com depreciações tanto mensal como quanto anual. Quadro 07- Custos com depreciação de bens de todas as culturas Depreciação de bens usados em todas as culturas Máquinas e Valor Valor a ser Nº de Valor Valor Valor Equipamentos Residual depreciado meses Depre./mensal Depre./anual Colheitadeira John Deere 1470 ano , , , , ,00 Trator MF 299 ANO , , , , ,00 Trator MF 299, ano , , , , ,00 Pulverizador Maxistem, ano , , , , ,00 Espalhador de fertilizantes Stara, ano , , , , ,00 Caminhão Mercedes Benz 1513, ano , , , , ,00 Colheitadeira Newholland 8040, ano , , , , ,00 Trator MF 95x ano , , , , ,00 TOTAL , , ,00 Fonte: Dados conforme pesquisa No quadro 07, está contemplada grande parte das máquinas e equipamentos que são utilizados na produção das culturas em questão, bem como cada característica e os devidos valores de cada uma destas que ao final somaram R$ ,00. Em deduzindo o valor residual de 10%, se tem o valor depreciável, sendo considerado uma taxa de depreciação de

54 54 10% e 20% dependendo do bem, assim se encontra o valor da depreciação mensal, ou se dividido pelo número de anos se tem o valor da depreciação anual. Nesse caso o valor depreciável mensal é de R$ 8.166,67, logo se tem R$ ,00 de depreciação ao ano, o que é um valor bastante expressivo que deve ser levado em consideração pelo proprietário. O quadro 08 apresenta a depreciação das máquinas e equipamentos específicos de cada cultura, mais precisamente compõem esse quadro as plantadeiras, pois algumas são específicas para cada cultura, já outra apresenta um plantio de múltiplas culturas. Quadro 08: Custos com depreciação específica por culturas Máquinas e Equipamentos Depreciação especifica para as culturas Valor a Valor ser Valor Residual depreciad o Nº de meses Vlr. Depre. mensal Vlr. Depre. Anual Plantadeira da soja ssm 27, ano e , , , , ,00 Plantadeira soja/ trigo/ aveia br. ssm 23, ano , , , , ,00 Plantadeira da aveia preta Fankauser , , , ,33 400,00 TOTAL Fonte: Dados conforme pesquisa , , ,00 O valor das plantadeiras é de R$ ,00, sendo que cada uma possui uma especificidade, sendo necessárias para o quadro de plantio na propriedade. Aplicando os cálculos de depreciação estas apresentam R$ 1.033,33 de depreciação mensalmente, acarretando R$ ,00 de depreciação por ano Depreciação das benfeitorias A depreciação das benfeitorias insere-se sobre as benfeitorias que são usadas direta ou indiretamente no cultivo das culturas da soja, trigo, aveia preta e aveia branca, como segue no quadro 09 a seguir.

55 55 Quadro 09- Custo de depreciação das benfeitorias Benfeitorias Valor dos Bens Depreciação das Benfeitorias Valor Residual Valor a ser depreciado Número de meses Valor Depreciação mensal Valor Depreciação Ano Armazém de Material , , ,00 300,00 53,33 640,00 Galpão máquinas , , ,00 300,00 350, ,00 TOTAL ,00 403, ,00 Fonte: Dados conforme pesquisa O valor total das benfeitorias é de R$ ,00, sendo composto por dois galpões, sendo um galpão de máquinas e um para guardar materiais. Estes apresentam uma depreciação mensal de R$ 403,33 por mês, sendo R$ 4.840,00 de depreciação anualmente, sendo que a depreciação destas benfeitorias em vinte e cinco anos, pois não apresentam um desgaste expressivo assim como o das maquinas e alguns equipamentos, pois é um bem imóvel. A seguir no quadro 10 estão representados todos os custos indiretos ocorridos na produção de grãos da propriedade em estudo. Quadro 10- Custos indiretos de produção de grãos Custos Indiretos DESCRIÇÃO FIXOS VARIÁVEIS Combustível ,00 Lubrificante 2.989,66 Manutenção de Máq. e Equipamentos 5.333,15 Pneu 3.607,00 Manutenção de Veículos 1.590,00 Energia Elétrica/água/telefone 1.143,96 Baterias 2.310,00 ITR 680,00 Contribuição Sindical/Mensal 91,50 Ferramentas perecíveis 660,00 Depreciação Máquinas e Equipamentos ,00 Depreciação de benfeitorias 4.840,00 TOTAL , ,81 TOTAL DE CUSTOS INDIRETOS ,27 Fonte: Dados conforme pesquisa

56 56 Os custos indiretos apresentados no quadro 10 são os custos indiretos resultante do cultivo das quatro culturas produzidas pelo proprietário entre o ano de 2011 e 2012, sendo estas culturas soja, trigo, aveia preta e aveia branca. Custos estes sendo representados em fixos e variáveis, sendo que os fixos totalizaram R$ ,46, apresentando maior valor a depreciação das máquinas e equipamentos com R$ ,00, na qual este valor foi encontrado após a adoção de alguns critérios de rateio que será abordado no decorrer do estudo. Os custos indiretos variáveis, aqueles que variam de acordo com os hectares em que são cultivadas todas as culturas, apresentou um montante de R$71.324,81, sendo que deste o maior custo indireto é com combustível R$ ,00. Dessa forma os custos indiretos, tanto os fixos como os variáveis, totalizaram um montante de R$ ,27, para a produção das culturas em estudo. Para que fosse possível alocar todos os custos indiretos, foi-se necessário utilizar uma forma de rateio para cada cultura, para assim determinar os custos indiretos por hectares de área plantada, como segue no quadro 11: Quadro 11- Custos indiretos por hectare Custos Indiretos por hectare Hectares plantados CIF CIV Soja , ,54 Trigo , ,89 Aveia preta , ,07 Aveia branca , ,31 TOTAL , ,81 Fonte: Dados conforme pesquisa De acordo com o quadro 11, os custos indiretos foram devidamente alocados por uma forma de rateio, permitindo atribuir estes custos por cultura e área cultivada. Para isso considera-se o total dos custos indiretos divididos pelo total dos hectares cultivados, logo o resultante é multiplicado pelos hectares plantados de cada cultura. Nesse caso utilizaram-se os valores totais do custo indireto fixo R$ ,96, e o valor do custo indireto variável R$ ,81, logo estes valores foram divididos pelo total de hectares plantados no período das quatro culturas, um total de 612 hectares. Assim o resultante deste, é multiplicado pelos hectares cultivadas de cada cultura, como a soja com uma área de 332 hectares por exemplo.

57 APURAÇÃO DO CUSTO TOTAL POR CULTURA A apuração do custo total por cultura decorre de duas formas de levantamento de custos, sendo o custeio por absorção ou pelo custeio variável, sendo que o custeio por absorção leva-se em consideração os custos fixos que são alocados diretamente ao custo total do produto. Já o custeio variável leva em consideração somente os custos variáveis. No levantamento dos custos na propriedade aplicaram-se os dois métodos como segue Método de custeio por absorção Este método agrega todos os custos incidentes na produção, sendo os custos fixos ou variáveis, a depreciação específica por cultura conforme cada critério de rateio, e também os demais custos como os insumos e pessoal. Vale ressaltar que este método é aderido pela contabilidade no que se refere à parte fiscal, pois é o método mais completo de apuração dos custos, demonstrando o verdadeiro lucro ou prejuízo que a empresa apresenta, e assim os impostos incidentes. Quadro 12- Custo por absorção Custo total Absorção PRODUTO Soja Trigo Aveia preta Aveia branca Insumos , , , ,15 Pessoal , , , ,78 CIF , , , ,31 CIV , , , ,31 Deprec. Específicas 9.549, ,35 400,00 350,06 Custo Total , , , ,61 Fonte: Dados conforme pesquisa No quadro 12, cada cultura apresenta a os seus devidos custos totais que foram necessários para a produção naquele período, sendo que o que apresentou o maior custo em todas as culturas foram os insumos, logo foram os custos indiretos fixos. O menor custo foi com as depreciações específicas, toda via, para esta foi efetuado um rateio no que se refere a uma plantadeira que é múltipla e planta tanto a soja como as demais culturas, e assim para cada cultura foi realizado a sua depreciação especifica da cultura em análise.

58 58 O custo total mais elevado foi para a soja, devido à área de plantio ser maior do que as demais culturas, com R$ ,87, já o trigo apresentou R$ ,76, a aveia preta R$ ,53 e a aveia branca R$ ,61. A seguir no quadro 13 são explanados os custos por saca produzida conforme cada cultura no método de custeio por absorção. Quadro 13- Custo absorção por saca produzida Custo por saca produzida PRODUTO Soja Trigo Aveia preta Aveia branca Área Plantada Custo Há 980, ,08 551,62 700,05 Média sacas por há Custo Saca 49,04 23,98 17,24 11,67 Sacas Produzidas Fonte: Dados conforme pesquisa Neste quadro 13, para encontrar o custo para cada saca produzida, primeiramente dividiu-se o total dos custos pelo total da área plantada com a determinada cultura, encontrando assim o custo para cada hectare, assim dividiu-se novamente o custo total por hectare pela média de sacas produzidas da cultura no período encontrando assim o custo para cada saca produzida. Percebe-se que no caso da soja, em função de que a média de sacas por hectare é baixa, pelo fato de naquele período ter ocorrido um período de estiagem diminuindo a produção por hectare, os custos se ratearam normalmente a essa quantidade baixa, o que elevou significativamente o custo por saca nesta cultura para R$ 49,04 sobre o total de sacas, o trigo apresentou um custo por saca de R$ 23,98 sobre sacas produzidas, a aveia preta R$ 17,24 em sacas produzidas, e a aveia branca R$ 11,67 para sacas produzidas no período em estudo.

59 59 Gráfico 06 - Custo total da soja 18% 6% 12% Custo Total da Soja 3% 61% Insumos Pessoal CIF CIV Deprec. Específicas Fonte: Dados conforme quadro 12 O gráfico 06, percebe-se que o maior custo na soja é os insumos com 61% sobre o total dos custos, logo os custos indiretos fixos com 18% sobre o total é também muito significativo se comparado com os demais custos como pessoal, custo indireto variável e as depreciações específicas. Gráfico 07 - Custo total do trigo 11% Custo Total do Trigo 1% 16% 5% 67% Insumos Pessoal CIF CIV Deprec. Específicas Fonte: Dados conforme quadro 12 Assim como na soja, o maior custo incidente no trigo é os insumos com um porcentual expressivo de 67% do custo total, e de 16% de custo indireto fixo. Percebe-se que tanto a soja quanto o trigo, ambos os seus custos com insumos superam a soma de todos os demais custos, ultrapassando a casa dos 60%. Isso se deve pelo fato de que estas duas culturas

60 serem as mais importantes para o produtor, este acaba aplicando um maior investimento em adubação e demais insumos para atingir maior potencial de produção. 60 Gráfico 08 - Custo total da aveia preta Custo Total da Aveia preta 21% 1% 36% Insumos Pessoal CIF CIV 32% 10% Deprec. Específicas Fonte: Dados conforme quadro 12 Na aveia preta como se pode perceber no gráfico 08, os insumos também apresenta o maior custo, com 36% do total dos custos, por segundo os custos indiretos fixos apresentam uma expressiva participação com 32% do total, bem como os custos indiretos variáveis com 21%, logo custos com pessoal com 10%, e as depreciações especificas com apenas 1% sobre os custos totais. Gráfico 09 - Custo total da aveia branca Custo Total da Aveia Branca 2% 17% 48% 25% Insumos Pessoal CIF CIV Deprec. Específicas 8% Fonte: Dados conforme quadro 12

61 61 No gráfico 09, apresenta-se os custos da aveia branca, sendo o custo mais elevado novamente os insumos, assim como na soja, trigo e aveia preta, com uma representatividade de 48% sobre os custos totais. Logo os custos indiretos fixos também é significativo nesta cultura com 25% do total. Com isso, pode-se perceber que estas culturas tem um custo com insumos bastante elevados, além dos seus custos indiretos fixos, sendo necessário que o proprietário esteja atento para a identificação destes indicativos quando for projetar a formação da próxima safra destas culturas Método de custeio variável Este método de custeio, diferentemente do método de custeio por absorção, não leva em consideração os custos fixos, dessa forma é aplicado somente com a finalidade interna da empresa, voltado para a parte de gerenciamento. Não é aceito para fins fiscais, uma vez que, não são inclusos todos os custos incidentes na produção. No quadro 14, apresentam-se os custos totais por cultura pelo método de custeio variável: Quadro 14- Custeio variável ou direto Insumos Pessoal CIV Custo total Variável Produto Soja Trigo Aveia preta Aveia branca , , , , , , , , , , , ,31 Depreciações espec , ,35 400,00 350,06 CT , , , ,30 Fonte: Dados conforme pesquisa Conforme o quadro 14, a soja apresentou um custo superior das demais, com R$ ,60, já a cultura do trigo apresentou um custo total de R$ ,92, seguido da aveia preta com R$ ,48, e a aveia branca com R$ ,30 de custos totais. Como se percebe, neste método de custeio os custos totais são menores se comparado ao método de custeio absorção, pois no custeio variável não inclui os custos fixos,

62 62 o que acaba reduzindo expressivamente a totalidade dos custos por produto, sendo considerado um método somente para fins gerenciais. O quadro 15 a seguir, demonstra o custo por cada saca produzida das diferentes culturas, no custeio variável ou direto. Quadro 15- Custo variável por saca produzida Custo por saca produzida PRODUTO Soja Trigo Aveia preta Aveia branca Área Plantada Custo Há 805,93 904,13 376,68 525,11 Média sacas /há Custo Saca 40,30 20,09 11,77 8,75 Sacas Produzidas Fonte: Dados conforme pesquisa Os custos apurados no quadro anterior são aqueles com base nos custos totais, embora não conte com os custos fixos. A soja apresentou um custo por saca de R$ 40,30, já o trigo R$ 20,09, logo a aveia preta R$ 11,77, e a aveia branca R$ 8,75, de acordo com o método variável. Percebe-se que a soja é a que possui maior custo por saca produzida, sendo uma grande diferença das demais culturas, como se pode perceber no gráfico 10 a seguir. Gráfico 10 - Custeio variável da soja 14% Custeio Variável da Soja 4% 7% Insumos Pessoal CIV Deprecições especificas 75% Fonte: Dados conforme quadro 14

63 63 No gráfico 10, nota-se que os insumos ainda são os que possuem maior representatividade dos custos mesmo no custeio variável, com 75% do custo total. Os custos indiretos variáveis são o segundo maior custo da soja com 14%, logo os custos com pessoal com 7%, e as depreciações especificas com 4% dos custos totais. Percebe-se que os custos aumentaram neste método de custeio, uma vez que, os custos fixos não compõem estes custos totais. A seguir no gráfico 11, tem-se o custeio variável do trigo, bem como a representatividade porcentual de cada custo sobre o montante total. Gráfico 11 - Custeio variável do trigo 13% Custeio Variável do Trigo 1% 6% Insumos Pessoal CIV Deprecições especificas 80% Fonte: Dados conforme quadro 14 Contata-se que, os insumos continuam sendo o maior custo nesta cultura, com um montante expressivo de 80% dos custos sobre o total, logo o segundo maior custo é com relação aos custos indiretos variáveis com 13%, e em terceiro os custos com pessoal, e as depreciações especificas apenas 1%. Os custos tanto da soja quanto do trigo com relação aos insumos tem-se mostrado muito significativa se comparados aos demais custos, indicando assim que o proprietário deve apurar cuidadosamente os custos relacionados aos insumos, pois é neles que se emprega a maior parte dos recursos. O gráfico 12 demostra os custos totais da aveia preta bem o porcentual de cada custo que compõe esta cultura.

64 64 Gráfico 12- Custeio variável da aveia preta Custeio Variável da Aveia preta 2% 31% 15% 52% Insumos Pessoal CIV Deprecições especificas Fonte: Dados conforme quadro 14 No gráfico 12, os custos com insumos utilizados na aveia preta são de 52%, logo os custos indiretos variáveis indicam 31% do total, seguido de 15% dos custos com pessoal. nota-se que os custos com insumos na aveia preta baixou significativamente se comparado a outras culturas como o soja e o trigo, isso se deve pelo fato de esta cultura não receber grandes investimentos por parte do produtor, e assim não são utilizados muitos insumos nesta cultura, no entanto esta ainda ultrapassa a metade dos custos totais. A seguir apresenta-se os custos totais no método de custeio variável para a aveia branca, no gráfico 13. Gráfico 13 - Custeio variável da aveia branca Custeio Variável da Aveia Branca 2% 11% 22% 65% Insumos Pessoal CIV Deprecições especificas Fonte: Dados conforme quadro 14

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