6 MODELO PROPOSTO PARA AVALIAÇÃO DA SUSTENTABILIDADE DE

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "6 MODELO PROPOSTO PARA AVALIAÇÃO DA SUSTENTABILIDADE DE"

Transcrição

1 6 MODELO PROPOSTO PARA AVALIAÇÃO DA SUSTENTABILIDADE DE EDIFÍCIOS DE ESCRITÓRIOS ASILEIROS 6.1 INTRODUÇÃO A discussão quanto a que foco dar às avaliações de edifícios (avaliação ambiental ou avaliação de sustentabilidade) é vigorosa e com bons argumentos de ambos os lados (COLE; 1999; KÖHLER, 1999; COOPER, 1999). O principal argumento para a inexistência de avaliação de sustentabilidade de edifícios é a dificuldade em relacionar o progresso quanto a sustentabilidade do setor ou da nação com a escala do edifício, onde faria mais sentido se falar em avaliação ambiental (COLE; 1999). No entanto, este é um argumento frágil, pois é igualmente difícil relacionar o desempenho ambiental do edifício ao progresso em relação à sustentabilidade ambiental. A argumentação feita neste trabalho considera que a avaliação do desempenho ambiental do edifício é uma parte de um problema complexo, que pode ser mais ou menos significativa de acordo com o contexto específico da avaliação. A produção de edifícios tem desdobramentos sociais e econômicos claramente importantes, particularmente em países em desenvolvimento, que devem ser consideradas. O modelo de avaliação parte da premissa que construção sustentável significa atingir o desempenho requerido para edifício com o menor prejuízo ecológico possível, enquanto se promove melhoria social, cultural e econômica em nível local, regional e global. Propõe-se, então, avaliar não só o desempenho ambiental do edifício, mas, na extensão possível, a sua contribuição para um ambiente construído mais sustentável, através de incorporação de aspectos sócio-econômicos que possam ser relacionados à escala da produção e uso do edifício. 6.2 SOE A INCLUSÃO DA AVALIAÇÃO DE GESTÃO DO PROCESSO E DOS AGENTES ENVOLVIDOS Na agenda setorial discutida no Capítulo 5, a dimensão institucional relaciona-se à existência e ao nível de implementação de estratégias de sustentabilidade. Propõe-se aqui incluir a avaliação dos agentes envolvidos no processo para criar a cultura e o movimento consistente das práticas de mercado em direção a um patamar mais sustentável; e para

2 Capítulo 6 Modelo proposto para avaliação de sustentabilidade de edifícios de escritórios brasileiros 161 fazer a ligação, na escala do empreendimento, à dimensão institucional da agenda setorial, através de indicadores de comprometimento que informem: (1) se há estratégia para aumentar a sustentabilidade do empreendimento; (2) se ela esta implementada; e (3) o grau de efetividade. A adoção de práticas mais sustentáveis ao longo do ciclo de vida de edifícios é, antes de tudo, uma questão de cultura e educação dos agentes envolvidos, incluindo usuários finais, para que a consideração da sustentabilidade - e de seus benefícios torne-se um dos objetivos do empreendimento. Os clientes controlam a localização do empreendimento e o que será construído. Clientes e empreendedores sensibilizados por preocupações ambientais são a peça mais importante em termos de direcionamento físico do desenvolvimento e alteração urbana e de conservação de biodiversidade e ecologia local; e podem ser uma influência positiva na proteção, mitigação e melhoria de biodiversidade em sítios com algum valor ecológico. Mais ainda: clientes e empreendedores criam a demanda e definem as características dos novos empreendimentos, o desempenho esperado e quanto estão dispostos a investir neles. Como mencionado no Capítulo 1, as maiores barreiras para se fazer mais pela sustentabilidade dos edifícios são provavelmente de ordem comercial: se o cliente não incluir sustentabilidade como prioridade, as possibilidades de ação pró-ativa de projetistas e construtores quanto a sustentabilidade tornam-se limitadas e pouco prováveis. As margens de lucro são limitadas na construção civil, e existe um receio generalizado do mercado de envolver-se em ações que possam reduzi-las ainda mais. Os projetistas influenciam a sustentabilidade do empreendimento ao tomar decisões quanto à forma e a implantação do edifício, influenciando o grau em que o sítio original será afetado ou que novos habitats possam ser criados. As decisões arquitetônicas têm ainda grande impacto econômico e social, pela qualidade dos espaços criados e seu efeito na saúde, conforto, satisfação e produtividade dos usuários. Os projetistas brasileiros ainda não estão atentos aos aspectos ambientais da construção, ou às possibilidades de prover boa qualidade do ambiente interno com baixo emprego de capital natural e financeiro. Como os clientes, os projetistas tendem a pensar e atuar com base em empreendimentos individuais, isto é: em um determinado projeto, em que aspectos ambientais se mostrem importantes, eles tentam considerá-los adequadamente, desde que não haja implicações comerciais onerosas nem objeções do cliente.

3 Capítulo 6 Modelo proposto para avaliação de sustentabilidade de edifícios de escritórios brasileiros 162 Os construtores são os agentes mais visíveis no processo e, conseqüentemente, aqueles normalmente culpados por prejuízo ou destruição ambiental. Na realidade, porém, salvo se forem também os empreendedores, os construtores cumprem obrigações contratuais definidas previamente por clientes e projetistas. Assim, quando o contrato de construção é feito, já é normalmente tarde demais para se fazer alterações significativas do processo que possam torná-lo mais sustentável. Por outro lado, como os construtores efetivamente constroem o projeto, eles têm (diferentemente dos processos de planejamento, projeto e gestão da operação do edifício) o poder de influenciar a maneira como o processo de construção afeta não só o sitio original, mas a comunidade local, em termos ambientais, econômicos e sociais. Adicionalmente, a etapa de construção encerra parte considerável do impacto sociais e econômicos de todo o ciclo do empreendimento. A implementação de políticas para sustentabilidade e de instrumentos de informação tem, portanto, no grupo de construtores um dos maiores potenciais de benefício dentre os agentes envolvidos em todo o ciclo, que provavelmente só encontra paralelo entre os projetistas 1. Finalmente, o desempenho do edifício em uso resulta da combinação do desempenho potencial, esperado a partir das decisões de projeto e construção, e de padrões de comportamento dos usuários, que podem diferir positiva ou negativamente - das expectativas assumidas nos defaults de projeto. O longo período de uso potencializa a interferência dos usuários e gestores do edifício, mas em um momento em que há pouco o que se fazer para obter melhoria significativa; na verdade, normalmente espera-se mais que o usuário e o planejamento da gestão contribuam para manutenção do desempenho esperado em projeto do que possam realmente vir a melhorá-lo. 6.3 DESCRIÇÃO SUCINTA DA PROPOSTA INICIAL DE AVALIAÇÃO Como um primeiro passo, optou-se por iniciar a avaliação dos agentes pela avaliação da empresa construtora. Esforços semelhantes para envolver os demais agentes envolvidos na produção do empreendimento, principalmente os projetistas, seriam desenvolvidos oportunamente. Parte dos itens avaliados refere-se à responsabilidade social corporativa, mas a maioria deles relaciona-se à competitividade e permanência no mercado, num mecanismo que tende a criar pressões para a busca de metas cada vez mais avançadas. 1 Ver SILVA et al. (2000 b).

4 Capítulo 6 Modelo proposto para avaliação de sustentabilidade de edifícios de escritórios brasileiros 163 No modelo inicialmente idealizado, os indicadores foram organizados segundo uma estrutura temática (Figura 12), considerada como pragmática e capaz de evidenciar a efetividade e necessidade de melhoria de políticas e estratégias, aumentando o potencial de planejamento, intervenção e gestão. Procurou-se manter como pano de fundo a reflexão quanto a (1) prioridades destacadas na agenda setorial apresentada no Capítulo 5; (2) síntese da discussão internacional em indicadores de sustentabilidade de edifícios, de empresas e do setor de construção; e (3) as estruturas de métodos existentes para avaliação ambiental de edifícios. Em cada dimensão avaliada, os indicadores foram estruturados segundo a hierarquia: temas>categorias>indicadores. Os indicadores ambientais foram agrupados numa combinação de abordagem por meios 2, LCA e, implicitamente, pressão-resposta (DSR 3 ), em que o uso de recursos e cargas ambientais são organizados segundo os componentes ambientais principais. Os indicadores sociais foram relacionados às partes interessadas afetadas: operários (durante a execução), usuários (durante o uso), clientes, e sociedade em geral (durante todo o ciclo) 4. Os indicadores econômicos destacavam as informações relativas aos custos previstos para o empreendimento ao longo de seu ciclo de vida; aos investimentos feitos para aumentar a sustentabilidade; e aos benefícios deles resultantes. Esta estrutura analítica era flexível o suficiente para ser amplamente utilizada e interpretada ao longo do espectro de empresas e empreendimentos de construção, reconhecendo a sua diversidade e, ao mesmo tempo, fornecendo uma base comum de definições, princípios e indicadores. A pontuação dos itens seria atribuída dentro da escala linear de desempenho mostrada na Figura A abordagem por meios organiza os temas ambientais a partir da perspectiva dos componentes ambientais principais (ar, solo, água...). A abordagem pressão-resposta concentra-se nos impactos das atividades humanas no ambiente e sua transformação subseqüente. DSR - Estrutura de organização de indicadores segundo força indutora-estado-resposta (Driving force-state-response) Divergindo, portanto, da organização sugerida pela ISO AWI (ISO TC59/SC3/N469) c - Sustainability indicators, que não considera a etapa de construção (os indicadores sociais são organizados em termos de saúde e produtividade (do usuário), segurança (do usuário), acessibilidade (do usuário) e herança cultural (sociedade).

5 Capítulo 6 Modelo proposto para avaliação de sustentabilidade de edifícios de escritórios brasileiros 164 Indicadores edifício Temas DSR DF DF R Categorias Uso de recursos Energia, água, solo (e ecologia local), materiais (e resíduos) Cargas ambientais Proatividade egestão ambiental/qualidade ambientais sociais econômicos quantitativos e qualitativos S/R S/R S/R S S S Impactos sobre os operários (execução) Saúde, segurança, treinamento e ambiente de trabalho Impacto sobre os usuários Qualidade ambiente interno Qualidade dos serviços (amenidades e acessibilidade) Impacto sobre a sociedade Relacionamento com a comunidade Análise de custos no ciclo de vida (LCC*) Investimento em sustentabilidade Benefício financeiro (sustentabilidade) Aumento de produtividade usuários Velocidade de venda e valorização do imóvel Imagem corporativa etc *LCC life-cycle cost analysis Indicadores empresa comprometimento ambientais R R R R DF Sustentabilidade como prioridade corporativa Adoção de práticas de liderança Construção/operação sustentável do portfolio Monitoramento e relato do progresso Eco-eficiência da empresa Uso de recursos Cargas ambientais sociais econômicos quantitativos e qualitativos S S R R DF Impactos sobre os funcionários/operários Saúde, segurança, treinamento e ambiente de trabalho Impacto sobre a sociedade Relacionamento com a comunidade Aumento de produtividade (empresa) Investimentos e benefícios sustentabilidade Melhoria do produto oferecido Figura 1 - Estrutura temática com blocos de avaliação do edifício e da empresa construtora.

6 Capítulo 6 Modelo proposto para avaliação de sustentabilidade de edifícios de escritórios brasileiros 165 Escala de desempenho Desempenho máximo +5 pontuação item -2 Desempenho de referência Desempenho insuficiente 0 (benchmark) item avaliado Valor do indicador -2 Figura 2 Escala linear de avaliação de desempenho. Os valores extremos da escala foram fixados em -2 e +5 para assegurar consistência com a escala do GBC, de onde propunha-se adaptar parte do módulo de avaliação ambiental do edifício. Os intervalos da escala representavam: -2 desempenho inferior ao desempenho de referência (benchmark). O valor negativo poderia ocorrer por exemplo, quando, diante da ausência de normas, o benchmark fosse definido a partir de práticas típicas. Zero desempenho de referência (benchmark), com descrição clara do critério para seleção do valor do benchmark. +1 a +4 níveis intermediários de desempenho, em que a nota +1 representava uma pequena melhora em relação ao benchmark definido; e a nota +3 representava uma melhora significativa em relação ao benchmark; +5 meta de desempenho consideravelmente avançada em relação à prática atual, definida de forma que possa ser potencialmente alcançada através das tecnologias e práticas existentes, desconsiderando, porém, a magnitude do investimento necessário. As informações qualitativas que não pudessem ser diretamente quantificadas seriam avaliadas através de descrições verbais associadas aos intervalos da escala de desempenho (Figura 3).

7 Capítulo 6 Modelo proposto para avaliação de sustentabilidade de edifícios de escritórios brasileiros 166 Pró-atividade empresa - Auditoria ambiental de projetos +5 Sistema de auditoria da companhia em conformidade com ISO 14001, com revisões regulares e auditoria independente, vinculados a revisão do plano de ação +4 Todos os projetos são auditados e relatados. Resultados retro-alimentam clientes e cadeia de fornecedores +3 Principais projetos auditados para avaliar desempenho com base em metas definidas com clientes. Resultados relatados à alta administração da empresa Auditorias ocasionais de projetos quanto a aspectos ambientais e regulatórios, sem quantificação de custos e impactos e sem acompanhamento subseqüente 0 Não há auditorias de desempenho -1-2 Figura 3 - Exemplo de definição de escala de desempenho para aspecto qualitativo. A pontuação obtida no nível hierárquico mais baixo seria agregada sucessivamente até se obter uma nota para o edifício e outra para a construtora. A declaração explícita do critério de ponderação e dos intervalos da escala de desempenho alinhava-se à exigência da ISO CD de possibilitar rastreamento de resultados em relação aos dados que alimentaram a avaliação. A avaliação seria complementada por um sistema de classificação de desempenho (Figura 4). De um lado, as faixas correspondentes aos níveis de classificação de desempenho eram desenhadas para enfatizar a pontuação obtida pelo edifício. Por outro lado, os dois níveis mais altos de classificação de desempenho (níveis A e B) seriam atingidos apenas se a empresa de construção pudesse demonstrar os níveis mínimos de comprometimento com a sustentabilidade por eles exigidos. Esta estratégia visava estimular a conscientização para a sustentabilidade em nível estratégico - em vez da pulverização isolada de edifícios certificados sem, com isso, impedir o reconhecimento das práticas de sustentabilidade empregadas em um determinado projeto.

8 Capítulo 6 Modelo proposto para avaliação de sustentabilidade de edifícios de escritórios brasileiros 167 ambiental Avalia edifício social econômico Atende pontuação mínima? não Não classifica sim comprometimento Avalia empresa ambiental social Classifica (A,B,C ou D) econômico Figura 4 - Fluxograma do processo de avaliação e classificação de desempenho quanto a sustentabilidade. Os resultados dos itens dentro das categorias seriam então agregados por ponderação, para se obter a pontuação da categoria. Por sua vez, as pontuações das categorias seriam agregadas para formar um índice de desempenho. Nos dois casos,os pesos seriam determinados por consulta a um painel de especialistas e partes interessadas da construção civil, utilizando auxiliados por uma ferramenta de processo de análise hierárquica (AHP) semelhante à desenvolvida para o estudo exploratório, descrito no Capítulo 4. Reconhecendo-se a vantagem de comunicação e comparação direta oferecida pelos índices únicos, mas lembrando que um mesmo número pode descrever um amplo espectro de desempenho de edifícios, os resultados seriam apresentados tanto na forma de um perfil de desempenho, quanto dos índices obtidos pelo edifício e pela empresa avaliados. A Figura 5 ilustra um formato possível de saída de resultados, incluindo os perfis de desempenho nos níveis hierárquicos mais altos e a classificação do desempenho de um caso hipotético. Gráficos de colunas ou radar fariam o detalhamento da pontuação nos níveis hierárquicos inferiores.

9 Capítulo 6 Modelo proposto para avaliação de sustentabilidade de edifícios de escritórios brasileiros 168 Empresa 0 +5 Comprometimento Dimensão ambiental Dimensão econômica Dimensão social 2,7 Edifício 0 +5 Dimensão ambiental Dimensão econômica Dimensão social 2,1 Classificação de desempenho 5 B A Prática típica C Edifício D Caso hipotético Desempenho mínimo (> 40% edifício) 0 5 Empresa Figura 5 - Comunicação gráfica de resultados da avaliação, congregando perfis de desempenho e desempenho global do edifício e da empresa construtora, posicionados em relação às classes de desempenho previstas e práticas típicas hipotéticas (como ilustração). Este conceito geral e uma lista preliminar de indicadores foram submetidos a consulta às partes interessadas na construção civil do estado de São Paulo. Por ser um momento de grande sensibilidade das construtoras em relação a questões de certificação, em reunião de

10 Capítulo 6 Modelo proposto para avaliação de sustentabilidade de edifícios de escritórios brasileiros 169 preparação para o workshop optou-se estrategicamente por manter o foco no empreendimento e mesclar as avaliações da construtora e do edifício (Figura 12). A lista de indicadores apresentada no Apêndice 7 já incorpora esta modificação. As próximas sessões tratam da realização desta consulta e das modificações que resultaram no modelo simplificado e na estratégia proposta para implementação. 6.4 REALIZAÇÃO DE CONSULTA ÀS PARTES INTERESSADAS Uma consulta às partes interessadas na construção civil no Estado de São Paulo ocorreu no dia 17 de junho de 2003, na forma do II Workshop Construção Sustentável, promovido conjuntamente pelo DAC/UNICAMP; pelo PCC.USP e pelo Sinduscon-SP. Os participantes foram selecionados de forma a constituir um grupo representativo das partes interessadas na construção civil, incluindo a administração municipal e agência ambiental estadual, o segmento imobiliário, fabricantes e fornecedores, construtores, projetistas, agências de financiamento, entidades profissionais, instituições certificadoras, e academia e institutos de pesquisa. Trinta e sete pessoas efetivamente participaram da etapa de julgamento e análise DINÂMICA UTILIZADA NA CONSULTA Com base na estrutura de avaliação apresentada anteriormente neste Capítulo, foram fornecidos aos participantes (1) uma lista exaustiva de indicadores (Apêndice 7), (2) um conjunto de matrizes de comparação para derivação de pesos para os temas e categorias através de AHP (Apêndice 8); e (3) uma planilha de percepção de relevância, onde os votantes indicaram os itens essenciais, relevantes ou pouco importantes dentro do módulo de avaliação ambiental do edifício (Apêndice 9). Após palestras de nivelamento no tema, os trabalhos foram iniciados pelo preenchimento da matriz de percepção de relevância, que seguia um padrão utilizado em outros países, para permitir comparação das prioridades percebidas em diferentes contextos. A seguir, os participantes da consulta foram divididos em três grupos de trabalho: materiais e desperdício; qualidade do ambiente interno e uso de água e de energia; e gestão. A cada GT foram designadas duas tarefas: (1) análise da viabilidade de emprego dos indicadores propostos e, quando oportuno, sugestão de outras métricas com base em indicadores já implementados nas empresas; (2) realização dos julgamentos de importância relativa com base nas matrizes de comparação fornecidas.

11 Capítulo 6 Modelo proposto para avaliação de sustentabilidade de edifícios de escritórios brasileiros 170 Não foi possível que nenhum dos grupos de trabalho chegasse à discussão de metas de desempenho, e um novo workshop será realizado em agosto de As contribuições concentraram-se, então, em ajustes de terminologia e, principalmente, na manifestação das partes interessadas quanto à viabilidade de realizar as medidas sugeridas e de serem avaliadas através delas RESULTADOS OBTIDOS QUANTO À LISTA PRELIMINAR DE INDICADORES A consulta às partes interessadas não demandou alterações da estrutura de avaliação, que foi considerada abrangente e correta, mas do status de pontuação de determinados indicadores. Em linhas gerais, as principais contribuições em relação à lista preliminar de indicadores podem ser sumarizadas como: Grupo de materiais e desperdício Consenso quanto à impossibilidade de emprego de dados de LCA, incluindo energia incorporada par avaliar o uso de materiais. Foram mantidos os itens de avaliação do uso responsável dos materiais, como uso de materiais locais, recicláveis, renováveis e com incorporação de resíduos; A mensuração de perdas foi considerada difícil e cara. Nesta tipologia de edifício, as perdas não são significativas e este item foi considerado complexo, e sem solução para implementação no momento. O mais fácil seria medir a massa de resíduos gerados, mas não necessariamente seria o melhor indicador, pois os resíduos referem-se a soma das perdas e desperdício 5. Com a segregação do material perdido, existe dificuldade para estabelecer uma unidade única para mensuração de perdas, que é agravada pelo fato de alguns sub-empreiteiros venderem serviços (sistemas fechados) e serem responsáveis pelos próprios resíduos e perdas; Incluir banimento do uso de determinados produtos, como: asbestos, isolantes (e componentes contendo isolantes) que liberem CFC durante a produção; madeiras na lista de espécies ameaçadas descritas na Portaria IBAMA 37N (IBAMA,1992); e Medir resíduos em massa. Grupo de uso de água e energia, e conforto ambiental O grupo concentrou-se no preenchimento das matrizes de julgamento, de forma que os indicadores foram analisados apenas até a sessão de qualidade do ambiente interno (não analisada). De modo geral, foram feitas alterações de terminologia e 5 Perda física é a diferença entre a quantidade (massa ou volume) de material prevista no projeto idealizado e a efetivamente consumida; inclui perdas diretas, que saem da obra na forma de entulho, e indiretas, entendidas como aqueles desnecessariamente incorporados aos serviços. Desperdício físico é a parcela das perdas totais que poderia ser evitada de maneira economicamente viável (AGOPYAN et al., 1998)

12 Capítulo 6 Modelo proposto para avaliação de sustentabilidade de edifícios de escritórios brasileiros 171 remanejamento de itens difíceis de se obter para esta tipologia, mas incluídos para bônus para estimular a consideração/adoção, particularmente os referentes à reutilização de água (cinza e da chuva); e Substituição do emprego do termo energia primária (que inclui as perdas de transmissão e impactos correspondentes) por energia secundária (na ponta de consumo, prontamente disponível por leitura do medidor). Grupo de gestão Sugestão de alterações no status de itens a avaliar, com eliminação de poucos itens e, principalmente, encaminhamento de itens para pontuação extra (bônus), com base em critérios de viabilidade de mensuração; disponibilidade (atual ou no curto prazo) dos dados necessários; e valor da informação que seria agregada para a empresa avaliada; Sugestão de separação de itens a avaliar segundo (1) as etapas pertinentes do empreendimento e (2) níveis evolutivos, conforme o grau de dificuldade em atender aos requisitos avaliados QUANTO AOS PESOS OBTIDOS E AO EMPREGO DE AHP NO PROCESSO As matrizes de julgamento de todos os votantes foram tabuladas e realizados testes de consistência utilizando o software ExpertChoice. Julgamentos incompletos ou com inconsistência superior a 0,1 6 foram descartados do cálculo das médias da amostra. Não houve diferença significativa entre os resultados obtidos na consulta pública para os temas no nível hierárquico mais elevado (Figura 6). Um dos resultados mais interessantes da análise dos julgamentos realizados foi o reconhecimento da importância dos aspectos sociais (17%) e do comprometimento e pró-atividade da empresa construtora (18%). O desempenho ambiental (21%) foi equilibradamente valorizado com o desempenho econômico (22%) e, as práticas de gestão adotadas durante o processo (23%). O detalhamento dos pesos resultantes dos julgamentos dos participantes da consulta é mostrado na Tabela 1. Estes valores demonstram que todos os itens propostos para avaliação foram considerados relevantes O critério de corte adotado foi inconsistência (CR) >0,1, como definido no Capítulo 5. A situação contrária seria indicada pela proliferação de pesos inferiores a 10%, em julgamentos envolvendo poucas comparações. Na amostra coletada, pesos menores ou próximos de 10% ocorreram apenas nos julgamentos envolvendo muitas comparações (8 e 10 pares).

13 Capítulo 6 Modelo proposto para avaliação de sustentabilidade de edifícios de escritórios brasileiros % 20% 15% 10% 23% 21% 17% 22% 18% 5% 0% G. Gestão do processo A. Desempenho ambiental S. Desempenho social E. Desempenho econômico B. Comprometimento e proatividade Figura 6 Pesos obtidos em consulta pública consulta pública realizada em 17 de junho de 2003 (nível hierárquico mais elevado). Tabela 1 Pesos obtidos em consulta pública realizada em 17 de junho de Temas e categorias Pesos G. Gestão do processo 23% G.1 Integração de gestão ambiental ao planejamento do processo 56% G1.1. Implantação de práticas de controle de qualidade e melhoria ambiental do projeto 26% G1.2. Implantação de práticas de gestão ambiental no canteiro 17% G1.3. Implantação de práticas de gestão resíduos de uso 18% G1.4. Sistema de gestão de uso de água implantado 21% G1.5. Sistema de gestão de uso de energia implantado 18% G.2 Integração de práticas de controle de qualidade ao processo 44% G2.1 Controle de qualidade do projeto 33% G2.2. Controle de qualidade no canteiro 22% G2.3. Planejamento da operação e manutenção do edifício 25% G2.4. Ajuste de desempenho pré-entrega 20% A. Desempenho ambiental 21% A1 Consumo de recursos ao longo do ciclo de vida do edifício 52% A1.1. Uso do solo e alteração da ecologia e biodiversidade locais 20% A1.2. Uso de energia ao longo do ciclo de vida 15% A1.3. Consumo de água e gestão efluentes ao longo do ciclo de vida 21% A1.4. Consumo de materiais de construção 14% A1.5. Responsabilidade no uso de materiais de construção 15% A1.6. Perdas registradas nos serviços principais 14% A 2 Cargas ambientais geradas ao longo do ciclo de vida do edifício, por ano do ciclo de vida 48% A2.1. Emissão de substâncias causadoras de Efeito Estufa (GHGs) 13% A2.2. Emissão de substâncias que provocam Dano à Camada de Ozônio (ODS) 13%

14 Capítulo 6 Modelo proposto para avaliação de sustentabilidade de edifícios de escritórios brasileiros 173 Temas e categorias Pesos A2.3. Emissão causadora de acidificação 10% A2.4. Emissão formadora de foto-oxidantes (formação de ozônio fotoquímico) 11% A2.5. Emissão com potencial de eutroficação 11% A2.6. Emissão de substâncias carcinogênicas (dano à saúde humana) 18% A2.7. Resíduos sólidos 12% A2.8. Efluentes 12% S. Desempenho social 17% S1. Impactos sobre os operários 30% S1.1. Situação empregatícia 28% S1.2. Satisfação dos funcionários 33% S1.3. Saúde ocupacional, segurança e local de trabalho 39% S2. Impactos sobre os usuários do edifício 33% S2.1. Qualidade do ambiente interno 41% S2.2. Qualidade do ambiente externo 26% S2.3. Qualidade dos serviços 32% S3. Impactos sobre a sociedade 35% S3.1. Relacionamento com a comunidade local 33% S3.2.Relacionamento com clientes e usuários finais 40% S3.3. Relacionamento com fornecedores 26% E. Desempenho econômico 22% E1. Produtividade 31% E2. Melhoria no produto oferecido 35% E2.1. Processo de projeto/construção 50% E2.2. Aumento da satisfação, bem -estar e valor para usuários finais e vizinhança 50% E3. Investimento, agregação de valor e benefícios recebidos 34% E3.1. Valor agregado e retorno de capital 38% E3.2. Investimentos diretos e indiretos 28% E 3.3. Benefícios resultantes de investimento em sustentabilidade 34% B. Comprometimento e proatividade 18% BC1. Sustentabilidade como prioridade corporativa 23% BC1.1. A empresa possui um sistema de gestão ambiental implantado? 43% BC1.7. A empresa publica um relatório anual de sustentabilidade verificado por parte independente? 26% BC1.8. A empresa identificou indicadores próprios de desempenho em relação a sustentabilidade? 31% BC2. Proatividade em sustentabilidade 20% BC2.1. A empresa investe na melhoria do seu desempenho em relação a sustentabilidade? 10% BC2.2. Aplicação de conceitos de construção e operação sustentável no portfolio da empresa 9% BC2.3. A empresa conduz sistematicamente o acompanhamento ambiental do ciclo de vida 10% BC2.4. A empresa definiu uma política sustentável de compras e de uso responsável de materiais de construção 10% BC2.5. A empresa desenvolveu e implementou um Plano de Gestão de Resíduos 11% BC2.6. A empresa implementa sistemas para compartilhar boas práticas entre departamentos, fornecedores, projetistas, canteiros de obras e projetos? 10% BC2.7. A empresa implementa um programa interno de educação e treinamento 11%

15 Capítulo 6 Modelo proposto para avaliação de sustentabilidade de edifícios de escritórios brasileiros 174 Temas e categorias de empregados para sustentabilidade? Pesos BC2.8. A empresa definiu e implementa um sistema de gestão da sustentabilidade da cadeia de fornecedores? 9% BC2.9. Proatividade no preenchimento de lacunas identificadas para a implementação de medidas sustentáveis 9% BC2.10. Proatividade em proteção de biodiversidade e em medidas para evitar poluição 11% BS1. Valorização e investimento em recursos humanos 21% BS1.1. Treinamento técnico/profissional de pessoal (projeto, construção e operação) 30% BS1.2. Treinamento ambiental de pessoal (projeto, construção e operação) 25% BS1.3. A empresa estabeleceu e mantém procedimentos para a identificação das necessidades de treinamento 26% BS1.4. A empresa possui programa para reduzir a rotatividade de operários? 20% BS2. Contribuição para a construção de comunidades estáveis 19% BS2.1 A empresa definiu e publicou padrões de responsabilidade social 15% BS2.2 A empresa está ativamente envolvida em projetos locais de regeneração da comunidade? 17% BS2.3 A empresa busca localmente seus suprimentos e serviços sempre que possível 17% BS2.4. A empresa é participante de programa de recrutamento de mão-de-obra? 16% BS2.5. A empresa adota esquema estruturado de capacitação e treinamento permanentes de RH? 19% BS2.6. A empresa possui programa para melhorar a empregabilidade de (ex)funcionários 15% BS3. Relacionamento com a sociedade 17% BS3.1. Benefício indireto à comunidade 31% BS3.2. Estabelecimento de parcerias para exercício de cidadania corporativa 35% BS3.3 Estabelecimento de parcerias com a comunidade no entorno imediato 34% Os participantes do processo de julgamento tiveram dificuldades para a realização dos julgamentos. Isto era esperado diante da grande multi-disciplinaridade e conhecimento pouco profundo dos temas, e, principalmente, da complexidade intrínseca de fazer distinções dentro de um conjunto de temas relevantes. Convém ressaltar que o papel do AHP na derivação dos pesos não é tornar a decisão mais fácil, mas sim esclarecer o problema de decisão e documentar o processo através do qual se chegou aos valores obtidos. Do ponto de vista metodológico, o uso do AHP é, portanto, apropriado e reprodutível, pois o processo de consulta pode ser repetido para que ponderações sejam derivadas para diferentes contextos e situações no setor de construção.

16 Capítulo 6 Modelo proposto para avaliação de sustentabilidade de edifícios de escritórios brasileiros QUANTO À PERCEPÇÃO DE RELEVÂNCIA DOS ITENS NO MÓDULO AMBIENTAL DE AVALIAÇÃO A Tabela 2 mostra os resultados da pesquisa de percepção de relevância dos itens padronizados apresentados aos participantes da consulta. Conforme o número de votos essenciais, em relação ao total de votantes, os itens foram separados em faixas delimitadas por 25%, 50% e 75% dos votos totais. De forma geral, a votação foi equilibrada: não houve itens no quartil acima de 75%, e apenas os itens utilização da água da chuva e desconstrução/desmontagem situaram-se no quartil abaixo de 25%., um resultado que sinaliza que eles poderiam constar como bônus ou, eventualmente, ser eliminados do módulo de avaliação ambiental de edifícios de escritórios brasileiros. Tabela 2 - Itens apresentados em planilha padronizadas para classificação da relevância na composição do módulo de avaliação ambiental do edifício. Os itens estão aqui ordenados de acordo com a porcentagem de votos na categoria essencial. 50% 25% Percepção de relevância Item essencial relevante dispensável sem opinião Dispositivos/sistemas economizadores de água 70,9% 29,1% 0,0% 0,0% Impacto dos materiais de construção na saúde humana 65,5% 30,9% 1,8% 1,8% Controle de ruído 63,6% 36,4% 0,0% 0,0% Gestão /disposição de resíduos 63,6% 34,5% 0,0% 1,8% Custos das medidas ambientalmente responsáveis 56,4% 38,2% 1,8% 3,6% Manutenção e simplicidade de reparo 56,4% 41,8% 0,0% 1,8% Estrutura/orientação do edifício 50,9% 45,5% 1,8% 1,8% Pavimentação do solo/infiltração 49,1% 43,6% 3,6% 3,6% Uso de energia renovável 43,6% 49,1% 1,8% 5,5% Isolamento térmico 41,8% 41,8% 16,4% 0,0% Qualidade ambiental dos materiais de construção 41,8% 56,4% 1,8% 0,0% Sistema de condicionamento artificial 38,2% 49,1% 9,1% 3,6% Reutilização de materiais e componentes 36,4% 49,1% 14,5% 0,0% Integração urbana 36,4% 52,7% 9,1% 1,8% Previsão de vida útil 34,5% 60,0% 3,6% 1,8% Composição dos materiais de construção 34,5% 54,5% 3,6% 7,3% Adaptabilidade do layout/flexibilidade de uso 34,5% 49,1% 10,9% 5,5% Custo fabril de materiais de construção 30,9% 50,9% 5,5% 12,7% Uso de materiais reciclados 30,9% 58,2% 9,1% 1,8% Vegetação no edifício e arredores 30,9% 56,4% 7,3% 5,5% Informação para desconstrução/desmontagem 16,4% 43,6% 29,1% 10,9% Utilização de água da chuva 12,7% 65,5% 16,4% 5,5%

17 Capítulo 6 Modelo proposto para avaliação de sustentabilidade de edifícios de escritórios brasileiros 176 Estes dados são apresentados graficamente na (Figura 7) para facilitar a comparação com resultados obtidos em pesquisa equivalente na Alemanha (Figura 8). Ressalta-se que, de um país a outro, muda o ordenamento dos itens segundo sua relevância, num reflexo dos problemas encontrados e prioridades determinadas para cada contexto específico. No Brasil, particularmente em São Paulo, a conservação de água, redução de resíduos e o controle de ruído são primordiais. O peso do custo das soluções foi naturalmente muito mais enfatizado, e atribuiu-se importância elevada quanto aos efeitos dos materiais de construção na saúde humana. No julgamento feito na Alemanha, prevaleceram os itens impostos pelo clima frio (isolamento e condicionamento artificial), pela ação governamental para melhoria da matriz energética e pelos efeitos dos materiais de construção no ambiente externo, além da saúde humana. A Figura 9 ilustra como as agendas ambientais variam entre os dois países, seja por razões essencialmente climáticas, pela existência de legislação mais restritiva ou pela conscientização do setor e dos usuários de edifícios. Os círculos na Figura 9 indicam a diferença na percepção de relevância para cada item comparado (para diferenças acima de 10%). As maiores diferenças de percepção referem-se a itens relacionados ao clima (isolamento térmico (~40%), e sistema de condicionamento artificial (~50%)); a utilização de água da chuva (~50%), a qualidade ambiental dos materiais de construção (~40%); ao uso de energia renovável (~20%) e à previsão de vida útil (20%). Os demais itens podem ser considerados como igualmente relevantes nos dois países.

18 Capítulo 6 Modelo proposto para avaliação de sustentabilidade de edifícios de escritórios brasileiros 177 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Dispositivos/sistemas economizadores de água Impacto dos materiais de construção na saúde humana Controle de ruído Gestão /disposição de resíduos Custos das medidas ambientalmente responsáveis Manutenção e simplicidade de reparo Estrutura/orientação do edifício Pavimentação do solo/infiltração Uso de energia renovável >50% Isolamento térmico Qualidade ambiental dos materiais de construção Sistema de condicionamento artificial Reutilização de materiais e componentes Integração urbana Previsão de vida útil essencial relevante dispensável sem opinião Composição dos materiais de construção Adaptabilidade do layout/flexibilidade de uso Custo fabril de materiais de construção Uso de materiais reciclados Vegetação no edifício e arredores Informação para descontrução/desmontagem >25% Utilização de água da chuva Figura 7 Resultados de consulta de percepção de relevância de itens a compor o módulo de avaliação ambiental de edifícios no Brasil. Os itens aparecem em ordem do número de votantes que os considerou essenciais. A coluna de números à esquerda indicam a ordem de relevância obtida em pesquisa equivalente na Alemanha.

19 Capítulo 6 Modelo proposto para avaliação de sustentabilidade de edifícios de escritórios brasileiros 178 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Isolamento térmico Sistema de condicionamento artificial Qualidade ambiental dos materiais de construção Impacto dos materiais de construção na saúde humana Uso de energia renovável Dispositivos/sistemas economizadores de água Estrutura/orientação do edifício Utilização de água da chuva Custos das medidas ambientalmente responsáveis Controle de ruído Manutenção e simplicidade de reparo Previsão de vida útil Composição dos materiais de construção Gestão /disposição de resíduos Pavimentação do solo/infiltração Adaptabilidade do layout/flexibilidade de uso Custo fabril de materiais de construção Uso de materiais reciclados Reutilização de materiais e componentes Vegetação no edifício e arredores Integração urbana Informação para descontrução/desmontagem essencial relevante dispensável sem opinião Figura 8 Percepção de relevância de itens a compor um sistema de avaliação ambiental de edifícios, segundo pesquisa equivalente realizada na Alemanha (dados de BLUM et al. apud OECD (2003).

20 Capítulo 6 Modelo proposto para avaliação de sustentabilidade de edifícios de escritórios brasileiros 179 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Isolamento térmico - AL Sistema de condicionamento artificial - AL Qualidade ambiental dos materiais de construção - AL Impacto dos materiais de construção na saúde humana - AL Uso de energia renovável - AL Dispositivos/sistemas economizadores de água - AL Estrutura/orientação do edifício - AL Utilização de água da chuva - AL Custos das medidas ambientalmente responsáveis - AL Controle de ruído - AL Manutenção e simplicidade de reparo - AL Previsão de vida útil - AL Composição dos materiais de construção - AL Gestão /disposição de resíduos - AL Pavimentação do solo/infiltração - AL Adaptabilidade do layout/flexibilidade de uso - AL Custo fabril de materiais de construção - AL Uso de materiais reciclados - AL Reutilização de materiais e componentes - AL Vegetação no edifício e arredores - AL Integração urbana - AL Informação para descontrução/desmontagem - AL essencial relevante dispensável sem opinião Figura 9 Comparação de pesquisas de percepção de relevância realizadas na Alemanha (dados de BLUM et al. apud OECD (2003) e no

21 Capítulo 6 Modelo proposto para avaliação de sustentabilidade de edifícios de escritórios brasileiros 180 Brasil. Os círculos indicam a diferença porcentual (leitura no eixo horizontal), quando estas forem superiores a 10%.

22 Capítulo 6 Modelo proposto para avaliação de sustentabilidade de edifícios de escritórios brasileiros MODELO MODIFICADO APÓS A CONSULTA (SIMPLIFICADO) O modelo de avaliação proposto com base nas diretrizes apresentadas neste trabalho e na consulta às partes interessadas está sumarizado na Tabela 3. A coluna pontos críticos identifica barreiras a serem superadas para atingir condições ideais de implementação. O modelo proposto é pautado por dez princípios básicos: 1. Adesão voluntária: entra no processo quem deseja fazer melhor, estimulado por vantagens potenciais como: acesso facilitado a financiamentos; melhoria da imagem/reconhecimento pelo mercado; acessos a novos mercados ou fortalecimento do nicho atual; perspectiva de negócios no médio e longo prazo; 2. Reconhecimento das melhores práticas, com premiação de quem faz melhor; 3. Foco no empreendimento, compreendendo a avaliação tanto do edifício (produto) quanto dos agentes envolvidos (processo); 4. Auto-avaliação, para incentivar o uso do método e internalização dos conceitos na prática cotidiana. No caso de desejo de classificação, a auto-avaliação deverá ser acrescida de evidência de desempenho, a ser revisada por avaliadores credenciados; 5. Avaliação por etapas do ciclo do empreendimento, com identificação de pontos críticos com desempenho a ser melhorado. O critério de elegibilidade para classificação de desempenho é a obtenção de ao menos 50% dos pontos possíveis em cada fase; 6. Aplicação de ponderação apenas no nível hierárquico mais alto (desempenho ambiental x social x econômico x gestão); 7. Mescla de pontos por desempenho e pontos prescritivos, utilizados onde a avaliação de desempenho não é possível neste momento; 8. Pontuação evolutiva e estratégia de implementação gradual: diante da dificuldade de implementação imediata de um sistema de avaliação detalhado, optouse por uma implementação gradual, com base no cenário imediato e em projeção futura. Desta forma, prevê-se a (1) migração de um método híbrido para um método totalmente orientado a desempenho e que utilize a análise de ciclo de vida na avaliação do uso de recursos e cargas ambientais envolvidos; e (2) evolução do nível de exigência (bônus tornam-se créditos, que se tornam pré-requisitos) para o refinamento e melhoria contínuos do sistema de avaliação, enquanto se mantém a aderência com a realidade de mercado. 9. Utilização de níveis de classificação de desempenho: o modelo de avaliação idealizado é complementado por um sistema de classificação de desempenho composto por três níveis: A, B e C. 10. Revisão periódica do sistema de avaliação, anualmente nos primeiros 5 anos; depois, a cada 2 anos; e revisão anual da classificação do edifício, com base na revisão do da avaliação da etapa de operação (módulo específico a ser desenvolvido).

23 Capítulo 6 Modelo proposto para avaliação de sustentabilidade de edifícios de escritórios brasileiros 182 Tabela 3 - Modelo de avaliação proposto para edifícios brasileiros. Diretrizes O que avaliar? Quanto atingir? Como avaliar? Como comunicar o resultado obtido? Aspectos metodológicos Escopo da avaliação Aplicação Limites do sistema Estrutura de avaliação Sistema de pontuação Uso de LCA Ponderação Escala de desempenho Pontuação mínima Comunicação de resultados Cenário imediato Implementação Cenário futuro (projeção 5 anos) Sustentabilidade (aspectos ambientais, sociais e econômicos) Classificação de desempenho Foco no empreendimento (produto e processo) Edifício e agentes (principalmente construtora), considerando as etapas de planejamento, projeto, construção e gestão Aspectos ambientais Aspectos sociais Aspectos econômicos Limites do sistema envolvendo todos os atores e etapas do ciclo do empreendimento Gestão e comprometimento com sustentabilidade Híbrido: critérios orientados a dispositivos + orientação a desempenho onde possível Pontuação evolutiva (Preq+Créditos+Bônus) Não. Metas empíricas para uso de materiais, água e energia. Explícita, com pesos declarados apenas no nível hierárquico mais alto (ambiental x social x econômico x gestão). Orientado a desempenho (ideal) Sim, onde aplicável em vários níveis hierárquicos Metas empíricas, a serem posteriormente validadas e periodicamente revistas, definem escala de desempenho a partir de referências da prática típica e da prática de excelência Critério a ser revisado periodicamente Critério de elegibilidade: >50% dos pontos em cada etapa Classifica a partir de 50% do total de pontos ponderados Comunicação numérica: 3 classes de desempenho e índices de sustentabilidade (1 a 5), em função da pontuação 1 a 5 as, em função dos bônus Comunicação gráfica: Discos de sustentabilidade (perfis de desempenho) Pontos críticos Sensibilização dos agentes envolvidos no ciclo do empreendimento Abordagem adotada: Itens a avaliar e respectivos indicadores definidos com base em agenda setorial, diretrizes da UN CSD, da GRI e da CIRIA; análise dos métodos de avaliação existentes e consulta às partes interessadas Falta de dados, de normas e de cultura de avaliar por desempenho Necessidade de sensibilização (o método tem papel educativo importante) Inventário de ciclo de vida de materiais principais, fornecimento de água e energia Necessita pesquisa adicional. Definição do critério de ponderação Abordagem adotada: emprego de processo de análise hierárquica (AHP) Necessita coleta de dados para caracterização do desempenho de referência e definição de metas. Abordagem proposta: estudo piloto, com um ano de duração A revisão das metas necessita coleta de dados Abordagem proposta: estudo piloto, com um ano de duração A linha de pensamento que orientou a discussão dos sistemas existentes (Capítulo 3) e a proposição de diretrizes (Capítulo 5) foi mantida na descrição do método a seguir,

24 Capítulo 6 Modelo proposto para avaliação de sustentabilidade de edifícios de escritórios brasileiros 183 estruturada de forma a responder às questões metodológicas o que avaliar?, como avaliar?, quanto atingir? O QUE AVALIAR? USO PREVISTO Este modelo de avaliação destina-se a avaliar e classificar o desempenho potencial de edifícios de escritórios, ao longo de seu ciclo de vida, em relação a metas de sustentabilidade (trecho sombreado da Figura 10), com base em informações de gestão do processo, do projeto, e do monitoramento do processo de construção e de um período determinado da etapa de uso. Não é objetivo deste trabalho desenhar uma ferramenta para orientar desenvolvimento de projeto ou gestão da operação segundo princípios de sustentabilidade. A estrutura de itens a avaliar é, no entanto, suficientemente abrangente para ser conservada no desenvolvimento posterior de ferramentas específicas para aplicação nestas etapas, como previsto para a continuidade da pesquisa (Capítulo 7). Neste ínterim, tanto projetistas quanto gestores poderem utilizar os itens avaliados e as metas propostas como apoio para tomada de decisões. Grupos de usuários e beneficiários Clientes/Proprietários Empreendedores/Investidores Projetistas Fornecedores Construtores Clientes/Proprietários Empreendedores/Investidores Projetistas Fornecedores Construtores Agentes imobiliários Clientes/Proprietários Agentes imobiliários Gerentes de operação (facilidades) Ocupantes Estágio do ciclo de vida do edifício Planejamento Projeto detalhado Estudo preliminar Construção Orientação de projeto para sustentabilidade Comparação de alternativas de projeto Avaliação em relação às metas estabelecidas Comunicação entre clientes e projetistas Uso, operação e manutenção Classificação do desempenho (quanto a sustentabilidade) de um edifício construído Comunicação entre as partes interessadas em investir no edifício Orientação de uso/gestão operação para sustentabilidade Comunicação entre as partes interessadas na operação do edifício Figura 10 -Posicionamento do modelo proposto (trecho sombreado) em relação aos usuários potenciais e aplicações de métodos de avaliação (modificado de ISO, 2003 b ). Uso previsto para o método de avaliação

25 Capítulo 6 Modelo proposto para avaliação de sustentabilidade de edifícios de escritórios brasileiros 184 A avaliação de edifícios não concluídos poderá ser realizada em fases, na medida em que as informações necessárias tornarem-se disponíveis. Neste caso, uma primeira avaliação será feita com base nas informações referentes ao planejamento inicial do empreendimento; que serão oportunamente complementadas por informações do projeto executivo - incluindo especificações, memoriais e cadernos técnicos, e, se for o caso, resultados de simulações de consumo de água e de energia; pelo monitoramento das atividades de construção; e pela ratificação (ou não) dos dados simulados quando confrontados a dados reais do edifício em uso ESCOPO DA AVALIAÇÃO E LIMITES DO SISTEMA Por premissa do escopo desta pesquisa de doutoramento, o modelo proposto refere-se a edifícios de escritórios. A limitação do tempo de uso de edifício (entre 1 e 3 anos, com ocupação acima de 80%) é feita para assumir que o desempenho estimado na avaliação não tenha sido afetado por eventual perda de eficiência ao longo do tempo, e permitir o uso de dados do consumo de água e energia coletados das contas emitidas pelas concessionárias de fornecimento de água e energia. Propõe-se avaliar não só o desempenho ambiental do edifício, mas a sua contribuição para um ambiente construído mais sustentável, através da consideração de aspectos sócioeconômicos que possam ser relacionados à escala do edifício, e sua produção e operação. Os limites do sistema (Figura 11) foram definidos para manter o foco no empreendimento, de modo a avaliar produto e processo, e (1) enfatizar as etapas de construção e uso inicial de edifícios de escritórios; alguns aspectos de planejamento e projeto são também considerados, porém não no mesmo nível de detalhamento; e (2) incluir a avaliação dos agentes envolvidos no ciclo do empreendimento, iniciando pela empresa construtora.

26 Capítulo 6 Modelo proposto para avaliação de sustentabilidade de edifícios de escritórios brasileiros 185 Ciclo do empreendimento Investidor/Incorporador Fornecedores Construtora Gestor Planejamento Projeto Construção Uso/Operação Fim da vida Edifício de escritórios Limites do sistema Figura 11 -Limite do sistema no modelo de avaliação proposto ESTRUTURA DA AVALIAÇÃO A análise dos métodos existentes apontou as categorias essenciais do módulo de avaliação de desempenho ambiental. O módulo de avaliação de desempenho social foi organizado conforme os impactos sobre as partes interessadas: clientes/investidores/empreendedores, fornecedores, operários, usuários do edifício e a sociedade em geral. O módulo de avaliação de desempenho econômico, por sua vez, procura identificar os fluxos monetários relacionados a custos de produção, de operação e de implementação de medidas para aumentar a sustentabilidade do empreendimento, assim como os benefícios financeiros a elas associados. Um módulo de Gestão do Processo permeia os três módulos anteriores.

Copyright Proibida Reprodução. Prof. Éder Clementino dos Santos

Copyright Proibida Reprodução. Prof. Éder Clementino dos Santos ISO 9001:2008 GESTÃO DE QUALIDADE O que é ISO? ISO = palavra grega que significa Igualdade O Comitê - ISO A Organização Internacional de Normalização (ISO) tem sede em Genebra na Suíça, com o propósito

Leia mais

ISO 9000 e ISO 14.000

ISO 9000 e ISO 14.000 DISCIPLINA: QUALIDADE NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PROFESSORA: ALEXSANDRA GOMES PERÍODO: 3º PERÍODO CARGA HORÁRIA: 60 HORAS ISO 9000 e ISO 14.000 ISO 9000 A expressão ISO 9000 designa um grupo de normas técnicas

Leia mais

POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL DO BANCO DA AMAZÔNIA

POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL DO BANCO DA AMAZÔNIA POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL DO BANCO DA AMAZÔNIA A Socioambiental (PRSA) substitui a Política Corporativa pela Sustentabilidade (2011), e incorpora a contribuição das partes interessadas

Leia mais

Segurança da Informação ISO/IEC ISO/IEC 27002

Segurança da Informação ISO/IEC ISO/IEC 27002 Segurança da Informação ISO/IEC 27001 ISO/IEC 27002 ISO/IEC 27001 Prover um modelo para estabelecer, implantar, operar, monitorar, rever, manter e melhorar um Sistema de Gestão da Segurança da Informação.

Leia mais

Módulo Contexto da organização 5. Liderança 6. Planejamento do sistema de gestão da qualidade 7. Suporte

Módulo Contexto da organização 5. Liderança 6. Planejamento do sistema de gestão da qualidade 7. Suporte Módulo 3 4. Contexto da organização 5. Liderança 6. Planejamento do sistema de gestão da qualidade 7. Suporte Sistemas de gestão da qualidade Requisitos 4 Contexto da organização 4.1 Entendendo a organização

Leia mais

Gestão da Tecnologia da Informação

Gestão da Tecnologia da Informação TLCne-051027-P0 Gestão da Tecnologia da Informação Disciplina: Governança de TI São Paulo, Novembro de 2012 0 Sumário TLCne-051027-P1 Conteúdo desta Aula Finalizar o conteúdo da Disciplina Governança de

Leia mais

POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCOS E CONTROLES INTERNOS

POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCOS E CONTROLES INTERNOS POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCOS E CONTROLES INTERNOS ÍNDICE 1. Objetivo... 3 2. Metodologias Adotadas... 4 2.1. Metodologia para Estruturar o Processo... 4 2.2. Metodologia para Definir como Identificar os

Leia mais

Implementação da Política de Responsabilidade Socioambiental (PRSA)

Implementação da Política de Responsabilidade Socioambiental (PRSA) Implementação da Política de Responsabilidade Socioambiental (PRSA) 20 de julho de 2015 Ref: Resolução BC nº 4327/14 1. ABRANGÊNCIA Esta política orienta o comportamento da Tática S/A D.T.V.M., que pautado

Leia mais

Política de Responsabilidade Socioambiental da PREVI

Política de Responsabilidade Socioambiental da PREVI 1.1. A PREVI, para o cumprimento adequado de sua missão administrar planos de benefícios, com gerenciamento eficaz dos recursos aportados, buscando melhores soluções para assegurar os benefícios previdenciários,

Leia mais

Indicadores e o ciclo de políticas públicas

Indicadores e o ciclo de políticas públicas Indicadores e o ciclo de políticas públicas A literatura clássica sobre Administração Pública e políticas governamentais dá grande importância ao conceito de ciclo de políticas públicas como marco de referência

Leia mais

CHECK-LIST ISO 14001:

CHECK-LIST ISO 14001: Data da Auditoria: Nome da empresa Auditada: Auditores: Auditados: Como usar este documento: Não é obrigatório o uso de um check-list para o Sistema de Gestão. O Check-list é um guia que pode ser usado

Leia mais

Programa de Excelência em Gestão para Empresas Parceiras

Programa de Excelência em Gestão para Empresas Parceiras Programa de Excelência em Gestão para Empresas Parceiras Edição 2012 3 Caros Fornecedores, O Programa de Excelência em Gestão para Empresas Parceiras, Edição 2012, permanece conservando e mantendo o seu

Leia mais

Por Carolina de Moura 1

Por Carolina de Moura 1 O desenvolvimento sistemático para a gestão de risco na empresa envolve um processo evolutivo. Nos últimos anos tenho testemunhado um forte interesse entre organizações, e as suas partes interessadas,

Leia mais

Estratégias para as Compras Públicas Sustentáveis. Paula Trindade LNEG

Estratégias para as Compras Públicas Sustentáveis. Paula Trindade LNEG Estratégias para as Compras Públicas Sustentáveis Paula Trindade LNEG Conferência Compras Públicas Sustentáveis LNEG, 25 Março 2010 Muitas organizações têm experiências em compras sustentáveis! Mas sem

Leia mais

Ministério das Cidades

Ministério das Cidades Ministério das Cidades Secretaria Nacional de Habitação Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat - PBQP-H ANEXO III Sistema de Avaliação da Conformidade de Empresas de Serviços e Obras

Leia mais

Título do Case: Categoria: Temática: Resumo: Introdução:

Título do Case: Categoria: Temática: Resumo: Introdução: Título do Case: Diagnóstico Empresarial - Vendendo e Satisfazendo Mais Categoria: Prática Interna. Temática: Mercado Resumo: Na busca por uma ferramenta capaz de auxiliar na venda de mais consultorias

Leia mais

ALC- AMÉRICA LATINA CERTIFICAÇÕES. Procedimento de Gestão da Imparcialidade

ALC- AMÉRICA LATINA CERTIFICAÇÕES. Procedimento de Gestão da Imparcialidade Página 1 de 6 Elaboração / Revisão Análise Crítica e Aprovação Data Gerente de Certificações Executivo Sênior / RD 20/02/2017 1 OBJETIVO E ESCOPO DE APLICAÇÃO Estabelecer as diretrizes para a assegurar

Leia mais

PSP: Personal Software Process. PSP- Personal Software Process. PSP: Personal Software Process. PSP: Personal Software Process

PSP: Personal Software Process. PSP- Personal Software Process. PSP: Personal Software Process. PSP: Personal Software Process PSP- Personal Software Process Maria Cláudia F. P. Emer PSP: Personal Software Process z Já foram vistas ISO/IEC 9126 foco no produto ISO 9001 e CMM foco no processo de desenvolvimento z Critica a essas

Leia mais

POLÍTICA CONGLOMERADO FINANCEIRO OURINVEST

POLÍTICA CONGLOMERADO FINANCEIRO OURINVEST I. OBJETIVO Estabelecer as diretrizes que devem ser observadas no estabelecimento e na implantação da Política de Responsabilidade Socioambiental pelas instituições financeiras autorizadas a funcionar

Leia mais

ANEXO E: Análise de Risco e Providências Pertinentes - Conferência inicial

ANEXO E: Análise de Risco e Providências Pertinentes - Conferência inicial ANEXO E: Análise de Risco e Providências Pertinentes - Conferência inicial Credenciais dos patrocinadores Análise de risco do país Credibilidade do estudo de viabilidade e plano de negócios (incluindo

Leia mais

POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL - PRSA

POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL - PRSA POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL - PRSA A presente política foi elaborada pela PLANNER e é documento complementar ao procedimento interno, sendo proibida sua reprodução total ou parcial, de

Leia mais

Perfil Caliper de Vendas. The Inner Seller Report

Perfil Caliper de Vendas. The Inner Seller Report Perfil Caliper de Vendas The Inner Seller Report Avaliação de: Sr. João Vendedor Preparada por: Consultor Caliper exemplo@caliper.com.br Data: Perfil Caliper de Vendas The Inner Seller Report Página 1

Leia mais

Afirmação de Princípios e Ações para Promover a Igualdade e a Condição das Mulheres na Pesquisa

Afirmação de Princípios e Ações para Promover a Igualdade e a Condição das Mulheres na Pesquisa Afirmação de Princípios e Ações para Promover a Igualdade e a Condição das Mulheres na Pesquisa Princípios Para fazer avançar a diversidade global para a excelência em pesquisa exige-se que todos os cidadãos

Leia mais

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Mintzberg Define planejamento estratégico como sendo processo gerencial que possibilita ao executivo estabelecer o rumo a ser seguido pela empresa, com vistas a obter um nível

Leia mais

Treinamento e-learning. Interpretação e implantação da ISO 9001:2015

Treinamento e-learning. Interpretação e implantação da ISO 9001:2015 Treinamento e-learning Interpretação e implantação da ISO 9001:2015 Todos os direitos de cópia reservados. Não é permitida a distribuição física ou eletrônica deste material sem a permissão expressa da

Leia mais

Módulo 7. NBR ISO Interpretação dos requisitos: 4.3.3, 4.4, 4.4.1, 4.4.2, 4.4.3, 4.4.4, Exercícios

Módulo 7. NBR ISO Interpretação dos requisitos: 4.3.3, 4.4, 4.4.1, 4.4.2, 4.4.3, 4.4.4, Exercícios Módulo 7 NBR ISO 14001 - Interpretação dos requisitos: 4.3.3, 4.4, 4.4.1, 4.4.2, 4.4.3, 4.4.4, 4.4.5 Exercícios 4.3 Planejamento 4.3.3 Objetivos e metas e programa de gestão ambiental A organização deve

Leia mais

CLASSE 12: PLANOS DE SEGUROS DAS CONCESSIONÁRIAS DO STFC

CLASSE 12: PLANOS DE SEGUROS DAS CONCESSIONÁRIAS DO STFC TÍTULO DO DOCUMENTO Nº DO DOCUMENTO METODOLOGIA PARA ACOMPANHAMENTO E CONTROLE DAS OBRIGAÇÕES DAS SRF.MT. 012 PRESTADORAS DO SERVIÇO TELEFÔNICO VERSÃO VIGÊNCIA FIXO COMUTADO - STFC 1 17/04/2006 CLASSE

Leia mais

Gerenciamento do Escopo do Projeto (PMBoK 5ª ed.)

Gerenciamento do Escopo do Projeto (PMBoK 5ª ed.) Gerenciamento do Escopo do Projeto (PMBoK 5ª ed.) De acordo com o PMBok 5ª ed., o escopo é a soma dos produtos, serviços e resultados a serem fornecidos na forma de projeto. Sendo ele referindo-se a: Escopo

Leia mais

A Implantação do Sistema do Sistema da Qualidade e os requisitos da Norma ISO NBR 9001:2000

A Implantação do Sistema do Sistema da Qualidade e os requisitos da Norma ISO NBR 9001:2000 1. A Norma NBR ISO 9001:2000 A Implantação do Sistema do Sistema da Qualidade e os requisitos da Norma ISO NBR 9001:2000 A ISO International Organization for Standardization, entidade internacional responsável

Leia mais

POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL CREDITÁ S.A. Crédito, Financiamento e Investimento

POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL CREDITÁ S.A. Crédito, Financiamento e Investimento POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL CREDITÁ S.A. Crédito, Financiamento e Investimento SUMÁRIO 1. Propósito 2. Abrangência 3. Política 3.1 Princípios Fundamentais 3.2 Diretrizes Socioambientais

Leia mais

APÊNDICE 7 ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS DO TCC NO FORMATO DE RELATÓRIO TÉCNICO GERENCIAL

APÊNDICE 7 ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS DO TCC NO FORMATO DE RELATÓRIO TÉCNICO GERENCIAL APÊNDICE 7 ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS DO TCC NO FORMATO DE RELATÓRIO TÉCNICO GERENCIAL 1 INTRODUÇÃO Explicar o formato de análise de diagnóstico/relatório técnico do trabalho. Contextualizar o leitor, descrevendo

Leia mais

POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL Normativo Interno Nº Páginas 12 (Doze) Caráter Data da Aprovação Promotor: Aprovado por: Política de Responsabilidade Socioambiental 30/09/2.015 Departamento

Leia mais

Auditoria de Meio Ambiente da SAE/DS sobre CCSA

Auditoria de Meio Ambiente da SAE/DS sobre CCSA 1 / 8 1 OBJETIVO: Este procedimento visa sistematizar a realização de auditorias de Meio Ambiente por parte da SANTO ANTÔNIO ENERGIA SAE / Diretoria de Sustentabilidade DS, sobre as obras executadas no

Leia mais

A força para transformar riscos em resultados

A força para transformar riscos em resultados A força para transformar riscos em resultados A empresa A Motrice é uma empresa de consultoria em engenharia voltada para a gestão de empreendimentos e tem como missão alavancar resultados desejados por

Leia mais

Anexo 4. Termo de Referência do Plano de Negócios

Anexo 4. Termo de Referência do Plano de Negócios Anexo 4 Termo de Referência do Plano de Negócios I. Introdução 1.1. Este Termo de Referência tem por objetivo orientar as Proponentes na elaboração de seu Plano de Negócios, conforme definido no Edital,

Leia mais

POLÍTICA ENGAJAMENTO DE STAKEHOLDERS ÍNDICE. 1. Objetivo...2. 2. Abrangência...2. 3. Definições...2. 4. Diretrizes...3. 5. Materialidade...

POLÍTICA ENGAJAMENTO DE STAKEHOLDERS ÍNDICE. 1. Objetivo...2. 2. Abrangência...2. 3. Definições...2. 4. Diretrizes...3. 5. Materialidade... ENGAJAMENTO DE STAKEHOLDERS Folha 1/8 ÍNDICE 1. Objetivo...2 2. Abrangência...2 3. Definições...2 4. Diretrizes...3 5. Materialidade...7 Folha 2/8 1. Objetivos 1. Estabelecer as diretrizes que devem orientar

Leia mais

Portaria n.º 106, de 25 de fevereiro de 2015. CONSULTA PÚBLICA

Portaria n.º 106, de 25 de fevereiro de 2015. CONSULTA PÚBLICA Serviço Público Federal MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA-INMETRO Portaria n.º 106, de 25 de fevereiro de 2015. CONSULTA

Leia mais

POR DENTRO DO PROGRAMA RAMA

POR DENTRO DO PROGRAMA RAMA 2016 POR DENTRO DO PROG O QUE É O PROG? O Programa de Rastreabilidade e Monitoramento de Alimentos, o, é um programa de rastreamento e monitoramento de frutas, legumes e verduras idealizado pela ABRAS

Leia mais

A empresa quantifica aspectos socioambientais nas projeções financeiras de:

A empresa quantifica aspectos socioambientais nas projeções financeiras de: Os trechos em destaque encontram-se no Glossário. Dimensão Econômica Critério I - Estratégia Indicador 1 - Planejamento Estratégico 1. Assinale os objetivos que estão formalmente contemplados no planejamento

Leia mais

Lucratividade: Crescer, Sobreviver ou Morrer

Lucratividade: Crescer, Sobreviver ou Morrer Lucratividade: Crescer, Sobreviver ou Morrer Foco da Palestra Orientar e esclarecer os conceitos de Lucratividade e a importância para existência e sucesso das empresas. Proporcionar aos participantes

Leia mais

Correlações: Artigo 4 e Anexo II alterados pela Resolução CONAMA nº 381/06

Correlações: Artigo 4 e Anexo II alterados pela Resolução CONAMA nº 381/06 RESOLUÇÃO CONAMA nº 306, de 5 de julho de 2002 Publicada no DOU n o 138, de 19 de julho de 2002, Seção 1, páginas 75-76 Correlações: Artigo 4 e Anexo II alterados pela Resolução CONAMA nº 381/06 Estabelece

Leia mais

Gerenciamento dos Riscos do Projeto (PMBoK 5ª ed.)

Gerenciamento dos Riscos do Projeto (PMBoK 5ª ed.) Gerenciamento dos Riscos do Projeto (PMBoK 5ª ed.) Esta é uma área essencial para aumentar as taxas de sucesso dos projetos, pois todos eles possuem riscos e precisam ser gerenciados, ou seja, saber o

Leia mais

Nome da Empresa: Check-List preenchido por: Data: Check-List de Madeira Controlada Política da Empresa Comentários Conformidade Uma política de comprometimento público foi elaborada declarando que a empre-

Leia mais

Comunicação dos Aspectos e Impactos Ambientais e Desempenho Ambiental do SGA

Comunicação dos Aspectos e Impactos Ambientais e Desempenho Ambiental do SGA Comunicação dos Aspectos e Impactos Ambientais e Desempenho Ambiental do SGA A Toctao Engenharia, empresa do Grupo Toctao, é especialista em vencer desafios, tem a sustentabilidade como premissa e o compromisso

Leia mais

REQUISITOS PARA A CRIAÇÃO DE CURSOS NOVOS 2016

REQUISITOS PARA A CRIAÇÃO DE CURSOS NOVOS 2016 REQUISITOS PARA A CRIAÇÃO DE CURSOS NOVOS 2016 IDENTIFICAÇÃO ÁREA DE AVALIAÇÃO: Biotecnologia PERÍODO DE AVALIAÇÃO: 2016 ANO DE PUBLICAÇÃO DESTE DOCUMENTO: 2016 COORDENADOR: Odir Antônio Dellagostin COORDENADORA

Leia mais

Manual de Segurança e Saúde do Trabalho SUMÁRIO APRESENTAÇÃO...2

Manual de Segurança e Saúde do Trabalho SUMÁRIO APRESENTAÇÃO...2 00 Folha: 1de1 SUMÁRIO SUMÁRIO...1 1. APRESENTAÇÃO...2 2. RESPONSABILIDADE DA DIREÇÃO...3 2.1 POLÍTICA DE SEGURANÇA....3 2.2 OBJETIVOS DA SEGURANÇA...4 2.3 ORGANIZAÇÃO DA EMPRESA PARA A SEGURANÇA...5 2.3.1

Leia mais

POLÍTICA CORPORATIVA Responsabilidade Socioambiental

POLÍTICA CORPORATIVA Responsabilidade Socioambiental POLÍTICA - Versão: 1.0 POLÍTICA CORPORATIVA Área Reponsável: DIRETORIA DE CONTROLADORIA E COMPLIANCE 1. OBJETIVO A Política Corporativa de ( Política ) define um conjunto de princípios, diretrizes e responsabilidades

Leia mais

ISO 9001: Abordagem de processo

ISO 9001: Abordagem de processo ISO 9001:2008 0.2. Abordagem de processo Apesar dos requisitos da ISO 9001 propriamente ditos só começarem no item 4 da norma, o item 0.2 Abordagem de processo, é uma exigência básica para a aplicação

Leia mais

RELATÓRIO PROJETO COMPETITIVIDADE E MEIO AMBIENTE FASE DE ORIENTAÇÃO (fevereiro 2002 a 2004) MMA/SQA/GTZ/MERCOSUL

RELATÓRIO PROJETO COMPETITIVIDADE E MEIO AMBIENTE FASE DE ORIENTAÇÃO (fevereiro 2002 a 2004) MMA/SQA/GTZ/MERCOSUL RELATÓRIO PROJETO COMPETITIVIDADE E MEIO AMBIENTE FASE DE ORIENTAÇÃO (fevereiro 2002 a 2004) MMA/SQA/GTZ/MERCOSUL Atividades desenvolvidas em 2002 O Brasil no 2º semestre do ano 2002, exercendo a Presidência

Leia mais

Profa. Dra. Suelí Fischer Beckert

Profa. Dra. Suelí Fischer Beckert Profa. Dra. Suelí Fischer Beckert Apresentar as principais variáveis a serem observadas na gestão da metrologia industrial, transformando barreiras técnicas em requisitos de competitividade. ABNT NBR ISO

Leia mais

Gerenciamento da Integração de Projetos. Parte 03. Gerenciamento de Projetos Espaciais CSE-301. Docente: Petrônio Noronha de Souza

Gerenciamento da Integração de Projetos. Parte 03. Gerenciamento de Projetos Espaciais CSE-301. Docente: Petrônio Noronha de Souza Gerenciamento da Integração de Projetos Parte 03 Gerenciamento de Projetos Espaciais CSE-301 Docente: Petrônio Noronha de Souza Curso: Engenharia e Tecnologia Espaciais Concentração: Engenharia e Gerenciamento

Leia mais

GLOSSÁRIO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

GLOSSÁRIO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO GLOSSÁRIO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO AÇÕES ESTRATÉGICAS Ações que objetivam, basicamente, o aproveitamento das oportunidades, e potencialidades, bem como a minimização do impacto das ameaças e fragilidades.

Leia mais

Política Institucional de Responsabilidade Socioambiental Mercantil do Brasil

Política Institucional de Responsabilidade Socioambiental Mercantil do Brasil Política Institucional de Responsabilidade Socioambiental Mercantil do Brasil versão 1.0 Belo Horizonte Julho - 2015 ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO... 2 2. ABRANGÊNCIA... 3 3. ESTRUTURA DE GOVERNANÇA CORPORATIVA...

Leia mais

Gestão de Segurança da Informação. Interpretação da norma NBR ISO/IEC 27001:2006. Curso e- Learning Sistema de

Gestão de Segurança da Informação. Interpretação da norma NBR ISO/IEC 27001:2006. Curso e- Learning Sistema de Curso e- Learning Sistema de Gestão de Segurança da Informação Interpretação da norma NBR ISO/IEC 27001:2006 Todos os direitos de cópia reservados. Não é permitida a distribuição física ou eletrônica deste

Leia mais

REQUISITOS PARA PRODUTOS ELETROELETRÔNICOS AMBIENTALMENTE CORRETOS

REQUISITOS PARA PRODUTOS ELETROELETRÔNICOS AMBIENTALMENTE CORRETOS REQUISITOS PARA PRODUTOS ELETROELETRÔNICOS AMBIENTALMENTE CORRETOS Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação MCTI Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer CTI Campinas SP - Brasil Modelo industrial

Leia mais

POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL RJI CORRETORA DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS LTDA. RJI GESTÃO & INVESTIMENTOS LTDA. Número da Política: PRSA Data da Publicação: 2 de janeiro de 2019 Página

Leia mais

Business Case (Caso de Negócio)

Business Case (Caso de Negócio) Terceiro Módulo: Parte 5 Business Case (Caso de Negócio) AN V 3.0 [54] Rildo F Santos (@rildosan) rildo.santos@etecnologia.com.br www.etecnologia.com.br http://etecnologia.ning.com 1 Business Case: Duas

Leia mais

CERTIFICAÇÃO. Sistema de Gestão

CERTIFICAÇÃO. Sistema de Gestão CERTIFICAÇÃO Sistema de Gestão A Sociedade Central de Cervejas e Bebidas (SCC) tem implementados e certificados os Sistemas de Gestão da Qualidade, Segurança Alimentar e Ambiente, em alinhamento com as

Leia mais

Exercícios 2ª Avaliação

Exercícios 2ª Avaliação Exercícios 2ª Avaliação Resposta dos exercícios realizados em sala 1 O gerenciamento moderno da qualidade e o gerenciamento moderno de projetos estão alinhados em relação a: A. Satisfação do cliente B.

Leia mais

POLÍTICA DE MONITORAMENTO DE PROJETOS

POLÍTICA DE MONITORAMENTO DE PROJETOS POLÍTICA DE MONITORAMENTO DE PROJETOS P-36 /2018 Área Responsável: PMO OBJETIVO: Descrever a política do FUNBIO para o Monitoramento de Projetos do Funbio. ÂMBITO ORGANIZACIONAL: Esta política se aplica

Leia mais

Gestão de Processos Introdução Aula 1. Professor: Osmar A. Machado

Gestão de Processos Introdução Aula 1. Professor: Osmar A. Machado Gestão de Processos Introdução Aula 1 Professor: Osmar A. Machado Algumas definições de processos Todo trabalho importante realizado nas empresas faz parte de algum processo. Não existe um produto ou serviço

Leia mais

POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCOS

POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCOS POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCOS SUMÁRIO 1. OBJETIVO... 2 2. ABRANGÊNCIA... 2 3. DEFINIÇÕES... 2 4. TIPOLOGIAS DE RISCO... 2 5. RESPONSABILIDADES... 3 5.1 CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO... 3 5.2 COMITÊ DE RISCOS

Leia mais

PROAMA Programa de Aceleração da Maturidade de Gestão da Saúde

PROAMA Programa de Aceleração da Maturidade de Gestão da Saúde PROAMA Programa de Aceleração da Maturidade de Gestão da Saúde O que Maturidade de Gestão? A maturidade de gestão é a capacidade da instituição (hospital) alcançar resultados com os recursos disponíveis.

Leia mais

Normas ISO:

Normas ISO: Universidade Católica de Pelotas Tecnólogo em Análise e Desenvolvimento de Sistemas Disciplina de Qualidade de Software Normas ISO: 12207 15504 Prof. Luthiano Venecian 1 ISO 12207 Conceito Processos Fundamentais

Leia mais

CHECKLIST DE AUDITORIA INTERNA ISO 9001:2008

CHECKLIST DE AUDITORIA INTERNA ISO 9001:2008 4 Sistema de gestão da qualidade 4.1 Requisitos gerais A CICON CONSTRUTORA E INCORPORADORA: Determina, documenta, implementa e mantêm um sistema de gestão da qualidade para melhorar continuamente a sua

Leia mais

LISTA DE VERIFICAÇÃO

LISTA DE VERIFICAÇÃO LISTA DE VERIFICAÇÃO Tipo de Auditoria: AUDITORIA DO SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE Auditados Data Realização: Responsável: Norma de Referência: NBR ISO 9001:2008 Auditores: 4 SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE

Leia mais

Definição / Abordagem de Processos

Definição / Abordagem de Processos Definição / Abordagem de Processos Ao longo da história dos processos produtivos e administrativos, as organizações têm crescido em tamanho, complexidade e requisitos. Para assegurar a qualidade, a eficácia

Leia mais

Módulo 5 Requisito 8 Validação, verificação e melhoria do Sistema de Gestão da Segurança de Alimentos Etapas para implementação do APPCC e da ISO

Módulo 5 Requisito 8 Validação, verificação e melhoria do Sistema de Gestão da Segurança de Alimentos Etapas para implementação do APPCC e da ISO Módulo 5 Requisito 8 Validação, verificação e melhoria do Sistema de Gestão da Segurança de Alimentos Etapas para implementação do APPCC e da ISO 22000 Processo de Certificação 8 Validação, verificação

Leia mais

Minuta Circular Normativa

Minuta Circular Normativa Minuta Circular Normativa 1. INTRODUÇÃO 1.1. Objetivo a) Estabelecer princípios e diretrizes para orientar as ações de natureza socioambiental nos negócios da Desenbahia e no seu relacionamento com clientes

Leia mais

Sistema de Gestão da Qualidade

Sistema de Gestão da Qualidade LV -001 0 Página 1 de 20 RESUMO DA AUDITORIA Data da auditoria: / / Auditor(es): Pessoas contatadas: Pontos positivos detectados: Pontos que precisam de melhoria: Não Conformidades Encontradas: Assinatura

Leia mais

PROGRAMA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA VOLUNTÁRIO PIC DIREITO/UniCEUB EDITAL DE 2016

PROGRAMA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA VOLUNTÁRIO PIC DIREITO/UniCEUB EDITAL DE 2016 PROGRAMA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA VOLUNTÁRIO PIC DIREITO/UniCEUB EDITAL DE 2016 O reitor do Centro Universitário de Brasília UniCEUB, no uso de suas atribuições legais e estatutárias, torna público que

Leia mais

II.9.4 - Projeto de Educação Ambiental dos Trabalhadores

II.9.4 - Projeto de Educação Ambiental dos Trabalhadores Atividade de Perfuração Marítima no Projeto de Educação Ambiental dos Trabalhadores II.9.4 Pág. 1 / 10 II.9.4 - Projeto de Educação Ambiental dos Trabalhadores II.9.4.1 - Introdução e Justificativa A atividade

Leia mais

TEMAS MATERIAIS RS 2016 Governança e Transparência Fevereiro 2017 Julho 2018

TEMAS MATERIAIS RS 2016 Governança e Transparência Fevereiro 2017 Julho 2018 Missão Prover energia e serviços com excelência e de forma sustentável, contribuindo para o bem-estar e o desenvolvimento da sociedade. TEMAS MATERIAIS RS 2016 Governança e Transparência Fevereiro 2017

Leia mais

MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, DESENVOLVIMENTO E GESTÃO SECRETARIA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO DEPARTAMENTO DE GOVERNANÇA, SISTEMAS E INOVAÇÃO

MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, DESENVOLVIMENTO E GESTÃO SECRETARIA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO DEPARTAMENTO DE GOVERNANÇA, SISTEMAS E INOVAÇÃO MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, DESENVOLVIMENTO E GESTÃO SECRETARIA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO DEPARTAMENTO DE GOVERNANÇA, SISTEMAS E INOVAÇÃO MODELO DE GESTÃO Estratégia de Governança Digital 1. OBJETIVO

Leia mais

Profa. Margarita María Dueñas Orozco

Profa. Margarita María Dueñas Orozco Profa. Margarita María Dueñas Orozco SGA: a parte do sistema de gestão global que inclui estrutura organizacional, atividades de planejamento, responsabilidades, práticas, procedimentos, processos e recursos

Leia mais

Convênio de Cooperação Geral entre o SEBRAE e o CBEC - Conselho Brasileiro de Executivos de Compras. Encontro Regional com Associados

Convênio de Cooperação Geral entre o SEBRAE e o CBEC - Conselho Brasileiro de Executivos de Compras. Encontro Regional com Associados Convênio de Cooperação Geral entre o e o - Conselho Brasileiro de Executivos de Compras Encontro Regional com Associados São Paulo, 24 de Abril de 2012 Agenda Motivações. Por que estamos aqui? Objetivos

Leia mais

AUDITORIAS AUDITORIAS

AUDITORIAS AUDITORIAS OBJETIVO DA AUDITORIA PROCEDIMENTOS VERIFICAR, ATESTAR SE AS ATIVIDADES E OS RESULTADOS A ELA RELACIONADOS, DE UM SISTEMA DE GESTÃO FORMAL, ESTÃO IMPLEMENTADOS EFICAZMENTE. DEFINIÇÕES: AUDITORIA: UM EXAME,

Leia mais

GERENCIAMENTO DA QUALIDADE DO PROJETO

GERENCIAMENTO DA QUALIDADE DO PROJETO GERENCIAMENTO DA QUALIDADE DO PROJETO Planejar a Qualidade O gerenciamento da qualidade do projeto inclui os processos e as atividades da organização executora que determinam as políticas de qualidade,

Leia mais

POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCOS DO GRUPO MRV

POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCOS DO GRUPO MRV POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCOS DO GRUPO MRV SUMÁRIO 1 Objetivo... 2 2 Abrangência... 2 3 Conceitos... 2 4 Tipologias de Risco... 3 5 Responsabilidades... 4 5.1 Conselho de Administração... 4 5.2 Comitê de

Leia mais

Desafio das organizações a busca da excelência na gestão

Desafio das organizações a busca da excelência na gestão LUCIANA MATOS SANTOS LIMA llima@excelenciasc.org.br GESTÃO Desafio das organizações a busca da excelência na gestão LUCIANA M. S. LIMA A O mundo vive em constante mudança. Enquanto você lê este texto,

Leia mais

Definição. Sistema de Gestão Ambiental (SGA):

Definição. Sistema de Gestão Ambiental (SGA): Definição Sistema de Gestão Ambiental (SGA): A parte de um sistema da gestão de uma organização utilizada para desenvolver e implementar sua política ambiental e gerenciar seus aspectos ambientais. Item

Leia mais

TERMO DE REFERÊNCIA PARA ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO AMBIENTAL PRÉVIO RAP

TERMO DE REFERÊNCIA PARA ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO AMBIENTAL PRÉVIO RAP TERMO DE REFERÊNCIA PARA ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO AMBIENTAL PRÉVIO RAP 1 - INTRODUÇÃO O objetivo deste TERMO DE REFERÊNCIA é orientar a elaboração mais eficiente do RELATÓRIO AMBIENTAL PRÉVIO - RAP definido

Leia mais

Planejamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

Planejamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais Planejamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais Primeira reunião com os Grupos Temáticos 24 de maio de 2006 Centro de Gestão e Estudos Estratégicos Depto. Política Científica e Tecnológica da

Leia mais

Investimento Social no Entorno do Cenpes. Edson Cunha - Geólogo (UERJ) Msc. em Sensoriamento Remoto (INPE)

Investimento Social no Entorno do Cenpes. Edson Cunha - Geólogo (UERJ) Msc. em Sensoriamento Remoto (INPE) Investimento Social no Entorno do Cenpes Edson Cunha - Geólogo (UERJ) Msc. em Sensoriamento Remoto (INPE) MBA em Desenvolvimento Sustentável (Universidade Petrobras) Abril / 2010 PETR ROBRAS RESPONSABILIDADE

Leia mais

"Agenda ambiental positiva da indústria com a comunidade"

Agenda ambiental positiva da indústria com a comunidade "Agenda ambiental positiva da indústria com a comunidade" Marcelo Kós Silveira Campos Diretor Técnico de Assuntos Industriais e Regulatórios da Abiquim XII Semana Fiesp-Ciesp de Meio Ambiente - 2010 São

Leia mais

APRESENTAÇÃO... 2 1. ESTUDO DE COMPETITIVIDADE... 4 2. RESULTADOS... 6. 2.1 Total geral... 6. 2.2 Infraestrutura geral... 7. 2.3 Acesso...

APRESENTAÇÃO... 2 1. ESTUDO DE COMPETITIVIDADE... 4 2. RESULTADOS... 6. 2.1 Total geral... 6. 2.2 Infraestrutura geral... 7. 2.3 Acesso... CURITIBA APRESENTAÇÃO Qualquer forma de desenvolvimento econômico requer um trabalho de planejamento consistente para atingir o objetivo proposto. O turismo é apresentado hoje como um setor capaz de promover

Leia mais

Gestão de Riscos no Banco Central do Brasil

Gestão de Riscos no Banco Central do Brasil Gestão de Riscos no Banco Central do Brasil Isabela Ribeiro Damaso Maia Departamento de Riscos Corporativos e Referências Operacionais Agosto/2017 BANCO CENTRAL DO BRASIL Agenda 1.Introdução 2.Dualidade

Leia mais

10) Implementação de um Sistema de Gestão Alimentar

10) Implementação de um Sistema de Gestão Alimentar Módulo 5 11 2 2 5 5 APPCC 3 3 4 4 10) Implementação de um Sistema de Gestão Alimentar 1. Escopo 2.Responsabilidade da direção 3.Requisitos de documentação 4.Gestão de recursos 5.Realização do produto 6.Medição,

Leia mais

A diretriz básica do xxxx é a de um trabalho eminentemente educativo que permeia direta ou indiretamente todas as atividades e serviços

A diretriz básica do xxxx é a de um trabalho eminentemente educativo que permeia direta ou indiretamente todas as atividades e serviços A diretriz básica do xxxx é a de um trabalho eminentemente educativo que permeia direta ou indiretamente todas as atividades e serviços desenvolvidos, fazendo com que os mesmos ultrapassem seus objetivos

Leia mais

Sérgio Luisir Díscola Junior

Sérgio Luisir Díscola Junior Capítulo-3: Estoque Livro: The Data Warehouse Toolkit - Guia completo para modelagem dimensional Autor: Ralph Kimball / Margy Ross Sérgio Luisir Díscola Junior Introdução Cadeia de valores Modelo de DW

Leia mais

Especificar os requisitos de um Sistema de Gestão Ambiental, permitindo à organização desenvolver e implementar :

Especificar os requisitos de um Sistema de Gestão Ambiental, permitindo à organização desenvolver e implementar : Origem da norma 1-Objetivos Especificar os requisitos de um Sistema de Gestão Ambiental, permitindo à organização desenvolver e implementar : Política e objetivos alinhados com os requisitos legais e outros

Leia mais

CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DO TRABALHO. Recomendação 193. Genebra, 20 de junho de 2002. Tradução do Texto Oficial

CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DO TRABALHO. Recomendação 193. Genebra, 20 de junho de 2002. Tradução do Texto Oficial CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DO TRABALHO Recomendação 193 Recomendação sobre a Promoção de Cooperativas adotada pela Conferência em sua 90 ª Reunião Genebra, 20 de junho de 2002 Tradução do Texto Oficial

Leia mais

FORMAÇÃO DE AUDITORES INTERNOS DA QUALIDADE ISO 19011:2012 PROF. NELSON CANABARRO

FORMAÇÃO DE AUDITORES INTERNOS DA QUALIDADE ISO 19011:2012 PROF. NELSON CANABARRO FORMAÇÃO DE AUDITORES INTERNOS DA QUALIDADE ISO 19011:2012 PROF. NELSON CANABARRO PRINCÍPIOS ISO 9001:2015 1. Foco no cliente 2. Liderança 3. Engajamento das pessoas 4. Abordagem de processo 5. Melhoria

Leia mais

GERENCIAMENTO E VALIDAÇÃO DE PROJETO

GERENCIAMENTO E VALIDAÇÃO DE PROJETO GERENCIAMENTO E VALIDAÇÃO DE PROJETO O QUE É PRECISO SABER? UMA DISCUSSÃO CONCEITUAL SOBRE O GERENCIAMENTO E A VALIDAÇÃO DE PROJETOS E SUA IMPORTÂNCIA PARA AS EMPRESAS ABRIL/2018 Equipe Técnica SGS Função

Leia mais

POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL (PRSA)

POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL (PRSA) POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL (PRSA) Página 1 de 12 1 ASPECTOS GERAIS DA POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL 1.1 - Princípios da Relevância e da Proporcionalidade Para o estabelecimento

Leia mais

Lista de Verificação de Auditorias Internas do SGI - MA - SST

Lista de Verificação de Auditorias Internas do SGI - MA - SST 4.1 Requisitos Gerais 4.2 Política: Ambiental e de SST A empresa possui uma Política Ambiental e de SST? A Política é apropriada a natureza, escala, impactos ambientais e perigos e riscos das suas atividades,

Leia mais