A EXCEPCIONALIDADE DA ADOÇÃO INTERNACIONAL E O MELHOR INTERESSE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "A EXCEPCIONALIDADE DA ADOÇÃO INTERNACIONAL E O MELHOR INTERESSE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE"

Transcrição

1 Pró-Reitoria de Graduação Curso de Direito Trabalho de Conclusão de Curso A EXCEPCIONALIDADE DA ADOÇÃO INTERNACIONAL E O MELHOR INTERESSE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Autora: Claudia Michele de Medeiros Esteves Orientadora: Profª.MSC Adriana Andrade Miranda Brasília DF 2010

2 CLAUDIA MICHELE DE MEDEIROS ESTEVES A EXCEPCIONALIDADE DA ADOÇÃO INTERNACIONAL E O MELHOR INTERESSE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Monografia apresentada ao curso de graduação em Direito da Universidade Católica de Brasília, como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel em Direito. Orientadora: Prof. MSC Adriana Andrade Miranda Brasília 2010

3 Esteves, Claudia Michele de Medeiros A excepcionalidade da adoção internacional e o melhor Interesse da criança e do adolescente / Claudia - Michele de Medeiros Esteves. Novembro de Trabalho de Conclusão de Curso da Universidade Católica de Brasília, novembro de Orientação: Professora Mestre Adriana Andrade Miranda 1. Adoção, 2. Adoção internacional, 3. Princípio do melhor Interesse. I. Miranda, Adriana Andrade. A excepcionalidade da adoção internacional e o melhor Interesse da criança e do adolescente. CDU Classificação

4 Monografia de autoria de Claudia Michele de Medeiros Esteves, intitulada A EXCEPCIONALIDADE DA ADOÇÃO INTERNACIONAL E O MELHOR INTERESSE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE, apresentada como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Direito da Universidade Católica de Brasília, em / /, defendida e aprovada pela banca examinadora abaixo assinada: Profª.MSC Adriana Andrade Miranda UCB Integrante Prof. UCB Integrante Prof. UCB Brasília 2010

5 RESUMO ESTEVES, Claudia Michele de Medeiros. A excepcionalidade da adoção internacional e o melhor interesse da criança e do adolescente nº f.--- Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação). Curso de Direito. Universidade Católica de Brasília, Taguatinga, A presente monografia tratará sobre adoção internacional em face do melhor interesse da criança e do adolescente, ou seja, questiona se a excepcionalidade do instituto significa o melhor interesse. Para isso serão analisados os princípios que regem a proteção integral, aspectos gerais da adoção, o Estatuto da Criança e do Adolescente, a Convenção de Haia de 1993, a Constituição Federal de 1988 e a Convenção Internacional sobre os Direitos das Crianças de Palavras-chave: adoção; adoção internacional; princípio do melhor interesse; excepcionalidade; Estatuto da Criança e do Adolescente; Convenção de Haia.

6 ABSTRACT ESTEVES, Claudia Michelle de Medeiros. The uniqueness of international adoption and best interests of children and adolescents No f --- End of Course Work (Graduate). Law Course. Catholic University of Brasilia, Wansbeck, This monograph will address on international adoption in the face of the best interests of children and adolescents, ie, questions whether the uniqueness of the institute means the best interest. We shall analyze the principles that govern the overall protection, general aspects of adoption, the Children and Adolescents, the Hague Convention of 1993, the 1988 Federal Constitution and the International Convention on the Rights of the Child Keywords: adoption; international adoption; principle of best interests; exceptionality; Status of Children and Adolescents; Hague Convention.

7 LISTA DE QUADROS Quadro 1 Adoções realizadas por pretendentes brasileiros Quadro 2 Adoção realizada por pretendentes estrangeiros

8 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ADOÇÃO Conceito Características da Adoção Espécies de Adoção Evolução Histórica do Instituto da Adoção A Importância da Família A Importância da Adoção Justificativa Requisitos para Adoção PRINCÍPIOS Princípio da Proteção Integral Princípio da Prioridade Absoluta Princípio do Melhor Interesse Princípio da Co-responsabilidade Princípio da Condição Peculiar de Pessoas em Desenvolvimento Princípio da Dignidade da Pessoa Humana Direito Fundamental à Convivência Familiar A ADOÇÃO INTERNACIONAL A Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança (1989) A Convenção de Haia (1993) Requisitos Pessoais dos Adotantes Estrangeiros Requisitos Pessoais do Adotando Procedimentos da Adoção Internacional no Brasil As Comissões A Excepcionalidade da Adoção Internacional e o Melhor Interesse da Criança CONCLUSÃO REFERÊNCIAS... 71

9 8 INTRODUÇÃO A presente monografia tem como objetivo o estudo da adoção internacional e o princípio do melhor interesse da criança e do adolescente, uma vez que tal modalidade de adoção ainda é pouco tratada no Brasil e a ausência de doutrinadores dispostos a discutir o tema é sentida com poucas obras específicas sobre o assunto. Por esses aspectos será necessário um estudo mais aprofundado sobre o tema em tela a partir de uma análise sobre a doutrina da proteção integral, uma retrospectiva histórica abordando a evolução do instituto da adoção, e por fim a questão da possibilidade da adoção internacional em face do melhor interesse da criança e do adolescente. O capítulo inicial tratará da adoção no Brasil, bem como suas espécies e características, apontando sua origem e demarcando sua evolução histórica. Abordará, ainda, a importância da família para o desenvolvimento da criança e também como base da sociedade, e da importância da adoção e seus requisitos. O capítulo tratará com especial enfoque a evolução legislativa do país desde o Código de Menores de 1979 até o implemento do Estatuto da Criança e do Adolescente em 1990, apontando a relevância dessa evolução para o instituto da adoção internacional no Brasil. O segundo capítulo abordará sobre a doutrina da proteção integral presente no artigo 227 da Constituição Federal de 1988, e dos seus princípios norteadores que são: o princípio da prioridade absoluta, que de forma sucinta, significa dizer que é dever da família, do poder público e da sociedade em geral garantir com absoluta prioridade a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária das crianças e dos adolescentes; o princípio do melhor interesse, a sua origem, a forma com que o sistema jurídico brasileiro acatou tal princípio; o princípio da co-responsabilidade, que trata-se de uma cláusula geral de responsabilidade onde serão apresentadas de forma clara as consequências desse princípio presente no Estatuto da Criança e do Adolescente e de que forma prática essa co-responsabilidade atua na vida dos menores abandonados; o princípio da condição peculiar de pessoas em desenvolvimento, mostrando como esse princípio é de suma importância para a

10 9 interpretação do Estatuto da Criança e do Adolescente; princípio da dignidade da pessoa humana com o fim de demonstrar a relevância desse princípio no que diz respeito aos direitos da criança. O terceiro e último capítulo analisará a origem da adoção internacional, quando ocorre a possibilidade de tal instituto no Brasil, a Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança e sua importância em criar normas genéricas a todos os países que a ratificaram, assim como as modificações trazidas pela Convenção de Haia e a sua importância no instituto da adoção juntamente com o Estatuto da Criança e do Adolescente. E, por fim, tratará da excepcionalidade que cerca a adoção internacional e os aspectos que ligam essa excepcionalidade ao melhor interesse da criança e do adolescente. Pretende-se com esse estudo um esclarecimento maior relacionado ao modo com que os menores estão sendo tratados pelo Estado e pela sociedade, mostrar a devida importância que se deve dar ao futuro dessas crianças que não puderam permanecer com suas famílias naturais, a possibilidade de serem adotadas por estrangeiros e o dever do Estado de proteger integralmente essa criança, visando sempre o melhor interesse dela, pois representa um bem maior para toda a sociedade.

11 10 1. ADOÇÃO 1.1 Conceito O termo adoção, segundo Kátia Maciel 1 : Se origina do latim, de adoptio, tem como significado em nossa língua, na expressão corrente, tomar alguém como filho. Carvalho 2 conceitua adoção da seguinte forma: Adoção é um ato jurídico solene e bilateral que gera laços de paternidade e filiação entre pessoas naturalmente estranhas umas às outras. Estabelece um vínculo fictício de filiação, trazendo para sua família, na condição de filho, pessoa que geralmente lhe é estranha. É uma ficção legal que possibilita que se constitua entre o adotante e o adotado um laço de parentesco de 1º grau na linha reta, estendendo-se para toda a família do adotante i. É um ato complexo que depende de intervenção judicial, de caráter irrevogável e personalíssimo. A adoção é um meio artificial de filiação que procura imitar a filiação natural, este ato civil nada mais é do que aceitar uma pessoa estranha na qualidade de filho, pois não resulta de uma relação biológica, mas de manifestação de vontade ou de sentença judicial. A filiação natural repousa sobre o vínculo de sangue enquanto a adoção é uma filiação exclusivamente jurídica que se baseia sobre uma relação afetiva. A adoção é, portanto, um ato jurídico que cria relações de paternidade e filiação entre duas pessoas e este ato faz com que o adotado passe a gozar do estado de filho do adotante. 3 Em um sentido mais natural, significa conceber um lar a crianças necessitadas e abandonadas em face de várias circunstâncias, como a orfandade, a pobreza, o desinteresse dos pais biológicos e os desajustes sociais que desencadeiam no mundo atual. A adoção tem como objetivo dar às crianças e adolescentes sem uma família um ambiente de convivência mais humana, onde outras pessoas irão satisfazer ou atender aos pedidos afetivos, materiais e sociais que um ser humano necessita para desenvolver dentro da normalidade comum, 1 MACIEL, Kátia. Curso de Direito da Criança e do Adolescente: Aspectos Teóricos e Práticos. 4 ed. Revista e Atualizada Conforme a Lei n /09, Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010.p DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro Direito de Família. 22 ed. São Paulo: Saraiva, 2007, p apud CARVALHO, Dimas Messias de, Adoção e Guarda, Belo Horizonte: Del Rey, p. 1 3 VICENTE, José Carlos, Adoção O que é adoção, seus efeitos e formas para se adotar. Disponível em: < Acesso em 20 de ago

12 11 sendo de grande interesse do Estado que coloque essa pessoa em estado de abandono ou carente de um ambiente familiar homogêneo e afetivo. A adoção, vista como um fenômeno de amor e afeto deve ser incentivado pela lei. 4 Segundo Diniz, a adoção é: Um instituto de caráter humanitário, que tem por escopo, de um lado, dar filhos àqueles a quem a natureza negou e por outro lado uma finalidade assistencial, constituindo um meio de melhorar a condição moral e material do adotado. 5 No que se refere aos sentimentos, a adoção é antes de tudo uma ato de vontade, combinado com um ato de amor, regado de afeto e carinho, onde o adotante passa a ser pai do adotado, como se o tivesse concebido Características da Adoção As características da adoção são: ato personalíssimo, excepcional, irrevogável, incaducável, plena, constituída por sentença judicial. 7 É constituída por ato personalíssimo, pois o 2º do artigo 39 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), veda a adoção por procuração. 8 No 1º do artigo 39 do ECA, preceitua que a adoção é medida excepcional e irrevogável, devendo ser utilizada somente quando esgotados os recursos de manutenção da criança ou adolescente na família natural. Então, eventual retirada da pessoa em desenvolvimento de sua família biológica poderá ocorrer somente em casos excepcionais. Apesar de a lei ter com principal finalidade a manutenção da convivência na família natural, se não for possível, competirá ao Estado-Juiz, em 4 DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro Direito de Família. 22.ed. São Paulo: Saraiva, P apud CARVALHO, Dimas Messias de, Adoção e Guarda, Belo Horizonte: Del Rey, p.1. 5 DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil. 14 ed.rev. São Paulo: Saraiva, 1999, vol. V, p BELTRAME, Martha Silva. Os caminhos trilhados pelos sujeitos da adoção: o perfil, os problemas enfrentados e sua motivação. Disponível em: < Acesso em: 20 ago ROSSATO, Luciano Alves. Estatuto da Criança e do Adolescente comentado/luciano Alves Rossato, Paulo Eduardo Lépore, Rogério Sanches Cunha. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2010.p ROSSATO, Luciano Alves. Op.cit. p.189.

13 12 procedimento judicial, determinar a destituição definitiva do poder familiar, e direcionar a criança ou adolescente para a adoção. 9 A lei prioriza a adoção para os membros da família extensa (parentes próximos, como avós e tios, que tenham afetividade e afinidade com a pessoa); se não houver possibilidade de estes assumirem a função ou estes não existirem, a terceiros nacionais e residentes/ domiciliados no Brasil; e na impossibilidade desses, a adoção internacional será deferida, inserindo-se, no ECA, as disposições da Convenção de Haia sobre Cooperação em Matéria de Adoção Internacional. 10 A adoção é irrevogável, pois impossibilita a retomada do poder familiar pela família natural, assim como diz o artigo 39, 1º do ECA 11, in verbis: Art. 39. A adoção da criança e do adolescente reger-se-á segundo o disposto nesta lei. 1º. A adoção é medida excepcional e irrevogável, à qual se deve recorrer apenas quando esgotados os recursos de manutenção da criança ou adolescente na família natural ou extensa, na forma do parágrafo único do art. 25 desta Lei. 12 A incaducabilidade também é uma característica da adoção, pois a morte dos adotantes não possibilita o restabelecimento do poder familiar dos pais biológicos, porque a adoção tem caráter de definitivo. 13 Outra característica da adoção é a plenitude, uma vez que a lei determina que o adotado e os filhos biológicos tenham os mesmos direitos e deveres, inclusive sucessórios. 14 A última característica da adoção é a exigência de que seja constituída por sentença judicial, não sendo admitida por escritura pública. A sentença judicial que determinar a adoção deverá ser inscrita no registro civil por meio de mandado ROSSATO, Luciano Alves. Estatuto da Criança e do Adolescente comentado/luciano Alves Rossato, Paulo Eduardo Lépore, Rogério Sanches Cunha. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2010.p ROSSATO, Luciano Alves. Op.cit.p ROSSATO, Luciano Alves. Op.cit.p ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. Disponível em:< Acesso em: 2.set ROSSATO, Luciano Alves. Op.cit.p ROSSATO, Luciano Alves. Op.cit.p ROSSATO, Luciano Alves. Op.cit.p.191.

14 Espécies de Adoção Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, há duas espécies de adoção: unilateral e bilateral. Na adoção unilateral, existe o vínculo de filiação com um dos pais biológicos enquanto que a bilateral, há o rompimento total do vínculo de filiação 16 e os genitores deixarão de exercer o poder familiar e não possuirão mais a prerrogativa de pais da criança ou adolescente adotada por outra família Evolução Histórica do Instituto da Adoção A adoção pode ser observada nos sistemas jurídicos das comunidades mais antigas, tendo claramente expressa sua evolução desde os primórdios, no Direito Ancião, até os dias atuais Período pré-romano Entre todos os povos antigos, a adoção tinha como objetivo principal, a perpetuação dos deuses e do culto familiar. O primeiro registro em adoção internacional que se tem conhecimento encontra-se no Livro Sagrado onde Termulos, filha de um faraó egípcio, adotou Moisés, que havia sido encontrado às margens do rio Nilo. 19 A adoção surgiu no período da antiguidade de acordo com os primeiros textos legais. O código de Hammurabi, do período de 1728 a 1686 ac, já mencionava regras que diziam respeito à adoção na Babilônia. A adoção era tratada no parágrafo 185 a 195 do código e estabelecia quais as possibilidades, ao adotado, de retornar à casa do pai biológico. 20 De acordo com Chaves 21, ao concluir o 185 do Código de Hammurabi que: 16 ROSSATO, Luciano Alves. Op.cit.p ROSSATO, Luciano Alves. Op.cit.p MACIEL, Kátia. Curso de Direito da Criança e do Adolescente: Aspectos Teóricos e Práticos. 4 ed. Revista e Atualizada Conforme a Lei n /09, Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010.p FIGUEIRÊDO, Luiz Carlos de Barros. Adoção Internacional: doutrina e prática. Curitiba: Juruá, 2002, p ALVIM, Eduardo Freitas. A evolução histórica do instituto da adoção. Disponível em: Aceso em: 19 de ago CHAVES, Antônio. Adoção, adoção simples e adoção plena. 3 ed. revista e ampliada, São Paulo: 1983, p.40.

15 14 Enquanto o pai adotivo não criou o adotado, este pode retornar à casa paterna; mas uma vez educado, tendo o adotante despedido dinheiro e zelo, o filho adotivo não pode sem mais deixá-lo e voltar tranquilamente à casa do pai de sangue. Estaria lesando aquele princípio da justiça elementar que estabelece que as prestações recíprocas entre os contratantes devem ser iguais, correspondentes, princípios que constitui um dos fulcros do direito babilonense e assírio. Pode-se concluir, ao verificar a maneira como a adoção era tratada pelo referido código, que, uma vez adotado de forma irrevogável, o filho adotivo possuía os mesmos direitos hereditários do filho natural. Observa-se o enorme senso de justiça que o Código de Hammurabi possuía. 22 A sociedade hindu, como a sociedade babilônica, previa em suas leis, o instituto da adoção. Segundo as Leis de Manú, IX, 10, Aquele a quem a natureza não deu filhos, pode adotar um para que as cerimônias fúnebres não cessem. 23 Em Esparta, existem alguns relatos da prática da adoção, porém era diferente da maneira pela qual conhecemos. O modelo de família na sociedade espartana determinava que os filhos somente ficassem com a mãe até os sete anos de idade, depois eram entregues ao treinamento militar. O rei que atestava a adoção. 24 Em Atenas, apenas os cidadãos podiam adotar e tanto homens como mulheres podiam ser adotados desde que também fossem cidadão ou cidadã. Os estrangeiros e os escravos estavam proibidos de adotar ou ser adotados. E para o filho adotivo voltar à sua família biológica, teria que deixar filho substituto na adotiva Período romano A estrutura social e religiosa da civilização romana influenciou o desenvolvimento e a plenitude dos efeitos da adoção. 22 ALVIM, Eduardo Freitas. A evolução histórica do instituto da adoção. Disponível em: Aceso em: 19 de ago ALVIM, Eduardo Freitas. Op. cit. 24 ALVIM, Eduardo Freitas. Op. cit. 25 ALVIM, Eduardo Freitas Op. cit.

16 15 O Instituto da Adoção teve seu desenvolvimento mais acentuado em Roma que primeiramente teve como objetivo proporcionar filhos aos que não tinham biologicamente. 26 Sobre o tema, Paiva acentua: Era uma instituição de direito privado, simétrica à da naturalização no direito público: assim como a naturalização incorporava um estrangeiro no Estado outorgando-lhe a cidadania, também a adoção agregava um estranho na família romana, concedendo-lhe os direitos e deveres de filho-família. 27 Em Roma, à época de Justiano, havia duas espécies de adoptio: a plena e a minus plena. A plena tinha o objetivo de conceder pátrio poder a quem não possuía, mas somente entre membros da mesma família natural ou de sangue. A minus plena, ao contrário, se caracterizava por continuar os laços de parentesco do adotivo com sua família natural, ficando sob o pátrio poder de seu pai biológico. Então se o adotante falecesse sem testamento, o filho adotivo concorria à sucessão. Esse tipo de adoção, para ser concretizada, exigia a presença do juiz. 28 Quando a adoção era efetivada, em Roma, o pater famílias ensinava ao adotado o culto doméstico de sua nova família, e ele tinha que deixar o que havia aprendido no culto da antiga (in sacra transiti), rompendo-se o vínculo de parentesco natural. A única forma por meio da qual o filho adotivo poderia retornar à sua antiga família era deixando, à família adotante, um outro filho em seu lugar, rompendo-se todos os laços de parentesco com este, ao partir. 29 No direito francês, a adoção atravessa um processo de renascimento no o início da Idade Moderna, com o Código Civil francês de 1792, o Código de Napoleão. Este código possuía fortes intenções políticas ao instituir a adoção, pois Napoleão Bonaparte precisava de um sucessor Evolução histórica no Brasil. Do código de menores de 1979 ao Estatuto da Criança e do Adolescente Lei n. 8069/ VICENTE, José Carlos. Op.cit. 27 CHAVES, Antônio. Adoção, adoção simples e adoção plena. 3 ed. revista e ampliada, São Paulo: 1983, p ALVIM, Eduardo Freitas Disponível em: Aceso em: 19 de ago ALVIM, Eduardo Freitas. A evolução histórica do instituto da adoção. Disponível em: < Aceso em: 19 de ago.2010.

17 16 Com o Código Civil de 1916, foi disciplinado o instituto da adoção pela primeira vez no Brasil, mas percebe-se nesta legislação que havia diferenças enormes, principalmente no campo dos direitos sucessórios, entre os filhos biológicos e os filhos adotivos. Na época, era muito comum que as pessoas possuíssem filhos de criação, mas estes tinham um tratamento inferior, diferenciado perante os filhos biológicos, pois estavam inseridos naquela família de favor. 30 Nos artigos 368 a 378 da lei, a adoção era autorizada somente aos maiores de cinquenta anos e desde que fossem dezoito anos mais velhos que o adotado e que não possuíssem prole legítima ou legitimada. Com isso as dificuldades eram muito grandes para àqueles que tinham a intenção de adotar. Com esse requisito de o adotante não possuir filhos, pode-se observar que a adoção possuía, à época, a função prioritária de oferecer oportunidade àquele que não pôde ou não quis ter filho, de adotar uma criança. 31 Em 8 de maio de 1957, com a promulgação da Lei n /57 32, o Código Civil de 1916 sofreu algumas alterações, a fim de atualizar o instituto e fazer com que este tivesse maior aplicabilidade, 33 como a diminuição da idade de cinquenta para trinta anos, a diferença de idade entre o adotante e o adotado de dezoito para dezesseis anos, e a exigência de que o casal não possuísse filhos, deixou de ser necessária, precisando demonstrar estabilidade conjugal de um período mínimo de cinco anos. Houve, então, uma pequena evolução para o instituto da adoção. 34 Ainda conforme a Lei n.3.133/57, o parentesco resultante da adoção, produzia efeitos apenas entre adotante e o adotado, o pátrio poder era transferido, no entanto, os demais direitos e deveres em relação à família natural não se extinguiam, e em relação à sucessão, os direitos do filho adotivo resumiam-se somente à metade do quinhão a que tinham direito os filhos biológicos. 35 Mas esse 30 BELTRAME, Martha Silva. Os caminhos trilhados pelos sujeitos da adoção: o perfil, os problemas enfrentados e sua motivação. Disponível em: < 31 ALVIM, Eduardo Freitas. 32 BELTRAME, Martha Silva. Op.cit. 33 MACIEL, Kátia. Curso de Direito da Criança e do Adolescente: Aspectos Teóricos e Práticos. 4 ed. Revista e Atualizada Conforme a Lei n /09, Rio de Janeiro: Lumen Juris, ALVIM, Eduardo Freitas. A evolução histórica do instituto da adoção. Disponível em: < Aceso em: 19 de ago Ibidem.

18 17 artigo (1605) foi revogado pela Constituição Federal de 1988, em seu artigo 227, 6º proíbe qualquer diferença entre filhos adotivos e biológicos. 36 Nota-se que a adoção tinha uma finalidade de resolver os problemas daqueles que não podiam ter filhos, ou seja, dar filhos aos que não os tiveram de maneira natural. Contudo, na atualidade, o instituto da adoção volta-se para o interesse da criança e adolescente, onde suas necessidades devem ser respeitadas. Em 2 de junho de 1965, foi promulgada a Lei n.4.655, que instituiu nova feição à adoção, onde os adotados tinham uma integração maior com a família. As regras da legitimação só eram aplicadas para crianças, a não ser que já estivessem na companhia dos adotantes, pois se baseava na ideia de que não houvesse nenhuma relação com a família biológica, pois buscava-se uma aproximação mais eficiente da criança com a família adotiva. A adoção era irrevogável, e uma nova certidão de nascimento era emitida e os filhos adotivos eram equiparados aos naturais que o casal viesse a conceber, salvo o direito sucessório. 37 No século XX, a justiça uniu a assistência à infância e a consequência dessa associação foi o desenvolvimento da criação de uma legislação especial para a infância, denominado Código de Menores de 1979, que trouxe grandes avanços no instituto da adoção, que tinha como finalidade da adoção a proteção integral do menor, onde o artigo 50 determinava que Na aplicação desta lei, a proteção aos interesses do menor sobrelevará qualquer outro bem ou interesse juridicamente tutelado. Previa, também, duas formas de adoção: a simples e a plena. Revogou o Código de Menores de 1926 (Decreto nº 5.083/26) bem como a Consolidação das Leis da Assistência e Proteção a Menores (Decreto nº17943-a/27), a Lei nº 4.655/65 e as outras legislações vigentes à época no que diz respeito à adoção. 38 Com o advento do Código de Menores em 10 de outubro de 1979 (Lei nº 6.697/79), a adoção ficou dividida em dois tipos, a simples e a plena. A simples direcionava-se aos menores de dezoito anos, em situação irregular, realizada por 36 BRASIL, Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Disponível em:< em 20 de set MACIEL, Kátia. Curso de Direito da Criança e do Adolescente: Aspectos Teóricos e Práticos. 4 ed. Revista e Atualizada Conforme a Lei n /09, Rio de Janeiro: Lumen Juris, BELTRAME, Martha Silva. Os caminhos trilhados pelos sujeitos da adoção: o perfil, os problemas enfrentados e sua motivação. Disponível em: <

19 18 meio de escritura pública, utilizando o Código Civil no que fosse pertinente. A plena aplicava-se aos menores de sete anos, mediante procedimento judicial. Esse tipo de adoção atribuía ao adotando situação de filho, quebrando qualquer tipo de relação com a família biológica e seu registro civil original era cancelado. 39 Deveria haver o estágio de convivência de no mínimo um ano, salvo se o adotado fosse recémnascido. 40 O Código de Menores não aceitava a adoção por estrangeiros, solteiros, viúvos e separados. Nos casos de viúvos e separados, se o estágio de convivência de três anos antes da morte ou separação tivesse sido iniciado, a adoção seria permitida. Os vínculos do adotado com a família natural eram extintos, salvo os impedimentos matrimoniais. 41 A adoção simples, de acordo com o Código de Menores, assemelhava-se à adoção prevista no Código Civil, salvo algumas diferenças, como o uso dos apelidos da família substituta, havia a possibilidade de mudança do prenome, igualdade na sucessão hereditária e destituição do pátrio poder. 42 Foi no Código de Menores, que pela primeira vez, houve a preocupação em proteger as crianças e os adolescentes antes da proteção dos adotantes, ou seja, a preocupação direcionou-se para os adotados, suas necessidades mostravam-se acima das necessidades dos adotantes. Observa-se no artigo 5º do Código de Menores: Na aplicação desta Lei, a proteção aos interesses do menor sobrelevará qualquer outro bem ou interesse juridicamente tutelado. 43 O instituto da adoção sofreu alterações em 1990 pelo Estatuto da Criança e do Adolescente Lei nº 8.069/90 que entrou em vigor com a principal função de proteger e sobrepor os interesses da criança e do adolescente, tendo em vista, sempre o bem-estar destes e com o objetivo de proporcionar menos empecilhos à adoção, como exemplo, a redução da idade máxima do adotando de sete para dezoito anos de idade, salvo se antes de 39 MACIEL, Kátia. Curso de Direito da Criança e do Adolescente: Aspectos Teóricos e Práticos. 4 ed. Revista e Atualizada Conforme a Lei n /09, Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010.p ALVIM, Eduardo Freitas. A evolução histórica do instituto da adoção. Disponível em: < Aceso em: 19 de ago Ibidem. 42 ALVIM, Eduardo Freitas. A evolução histórica do instituto da adoção. Disponível em: 43 CÓDIGO DE MENORES. Disponível em:< Acesso em 19 de ago de 2010.

20 anos. 44 A Lei nº /09, promulgada em 03 de agosto de 2009, alterou o 19 completar tal idade o adotando já estivesse em companhia dos adotantes, a idade mínima dos adotantes diminuiu de trinta para vinte e um anos, sendo mantida a diferença entre adotante e adotado em pelo menos dezesseis disposto no artigo 42 do Estatuto da Criança e do Adolescente, e diminuiu a idade mínima de vinte e um para dezoito anos para quem queira adotar, independente do estado civil. 45 Com todo o exposto, pode-se observar diversas modificações sofridas no instituto da adoção no decorrer dos anos. Em um primeiro momento com o Código Civil de 1916, a finalidade da adoção era dar filhos aos casais que não podiam, por vários motivos, ter filhos. Em um segundo momento, percebeu-se a adoção para proteger a criança e o adolescente, com a promulgação da Lei nº 3.133/57, 4.655/65, 6.697/79. E por fim, até os dias atuais, a promulgação da Constituição Federal de 1988, que em seu 6º do artigo 227, extinguiu por vez a diferença entre filhos naturais e adotivos. Com o Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990, a adoção deixa de privilegiar somente o adotante para proteger a criança e o adolescente A Importância da Família A família, entre os romanos, teve uma função religiosa e, com o passar dos anos, uma função política, procriativa e por fim, uma função afetiva. Cícero já definia como seminarium reipublicae expressão que tem como significado a semente da república ALVIM, Eduardo Freitas. A evolução histórica do instituto da adoção. Disponível em: < Acesso em: 20 set LEI Nº /09. Disponível em< Acesso em 20 set ALVIM, Eduardo Freitas. A evolução histórica do instituto da adoção. Disponível em: 47 SZNICK, Valdir. Adoção. 3.ed. Revista atualizada. São Paulo: Universitária de Direito, 1999, p.205

21 20 A família é o principal agente socializador da pessoa. A ausência de afeto e de amor da família marcará para sempre seu futuro. 48 O direito à convivência familiar sadia deve ser entendido como a garantia à coletividade de crianças institucionalizadas de ter proteção materno-familiar, necessárias a sua formação e desenvolvimento, desde o nascimento até a idade adulta. 49 A importância da família está inserida na Declaração Universal dos Direitos Humanos de 10 de outubro de 1948, onde diz no artigo 16, que a família é o núcleo natural e fundamental da sociedade, e tem direito à proteção da sociedade e do Estado. Na Constituição de 1988, no artigo 226, também preceitua esse conceito onde dispõe que a família é a base da sociedade e que terá proteção do Estado. 50 Um dos direitos assegurados na Constituição é a convivência familiar para que a criança e o adolescente possuam vínculos de afeto necessários para o desenvolvimento da pessoa humana, físico, mental e social. 51 O Estatuto da Criança e do Adolescente determina que toda criança ou adolescente tenha direito de ser criado no seio familiar e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária. 52 Segundo Tavares: A instituição da família substituta é uma das mais belas passagens da marcha evolutiva do Direito da Infância de da Juventude, [...] que salva frágeis criaturas das agruras do desprezo e da solidão aniquiladora LIBERATI, Wilson Donizei, Comentários ao Estatuto da Criança e do Adolescente, 11 ed. revista e ampliada, de acordo com a Lei nº /09, São Paulo, Malheiros, 2010.p COSTA, Tarcisio Jose Martins. Adoção Transnacional: um estudo sociojurídico e comparativo da legislação atual. Belo Horizonte: Del Rey,1998.p SZNICK, Valdir. Adoção. 3 ed.revista atualizada. São Paulo: Universitária de Direito, 1999, p CARVALHO, Dimas Messias de, Adoção e Guarda, Belo Horizonte: Del Rey, 2010.p ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. Disponível em: Acesso em: 2.set TAVARES, José de Farias. Direito da Infância e da Juventude. Belo Horizonte: Del Rey, 2002, p.139.

22 21 O 6º princípio da Declaração Universal dos Direitos da Criança preceitua que: 54 Para o desenvolvimento completo e harmonioso de sua personalidade, a criança precisa de amor e compreensão. Criar-se-á, sempre que possível, aos cuidados e sob a responsabilidade dos pais, e em qualquer hipótese, num ambiente de afeto e de segurança moral e material; salvo circunstâncias excepcionais, a criança de tenra idade não será apartada da mãe. A função de extrema importância que a família representa no processo de adaptação das crianças para a vida em sociedade, a participação na educação e no desenvolvimento da criança e do adolescente cria uma base mais sólida e segura para que eles possam enfrentar as dificuldades da vida. A falta de uma família provoca inúmeras consequências na formação desses menores. 55 Em uma entrevista feita com crianças que não possuem vínculo familiar há mais de um ano, observou-se que ausência da convivência familiar provoca prejuízos para a formação de sua identidade e desenvolvimento, tais como: dificuldade de planejar e refletir sobre o seu futuro; pessimismo quando se trata de relacionamentos afetivos; visão negativa em relação aos pais biológicos. Afirmam ainda, que preferem morar em orfanatos ao invés da família biológica, e demonstram uma enorme vontade de serem adotadas, e consequentemente, em morar com uma família substituta. 56 Em uma palestra realizada na cidade de Warm Springs, Califórnia, EUA, Costa destacou que: A experiência ensina que crianças institucionalizadas são crianças tristes, deprimidas, angustiadas, de futuro incerto, sempre à procura de migalhas de amor e ternura. É induvidoso que a criança, desde os primeiros anos de sua vida precisa do contato físico e do carinho de uma mãe biológica ou substituta, fator decisivo para sua saúde física e mental. 57 Sznick assinala que: [...] A família é o núcleo inicial e base de toda a sociedade, é a viga mestra na formação do ser humano, não só no seu nascimento, 54 Declaração Universal dos Direitos da Criança apud LIBERATI, Wilson Donizei, Comentários ao Estatuto da Criança e do Adolescente, 11 ed. revista e ampliada, de acordo com a Lei nº /09, São Paulo, Malheiros, 2010.p Disponível em:< 56 WEBER, Lidia Natalia Dobrianskyi. Da institucionalização à adoção: um caminho possível?. Revista Igualdade. 57 COSTA, Tarcisio Jose Martins. Adoção Transnacional: um estudo sociojurídico e comparativo da legislação atual. Belo Horizonte: Del Rey, 1998.p.36.

23 22 mas, em especial, na sua educação, permitindo que, adulto, venha a integrar plenamente a sociedade 58 Veronese ressalta: Tivéssemos um país no qual todos vivessem bem os seus papéis: famílias responsáveis, amorosas, saudáveis e estruturadas; uma sociedade cuja existência não fosse meramente abstrata, mas identificadora de um conjunto de pessoas engajadas, co-responsáveis, solidárias, e um Estado que não tivesse sido espoliado desde o seu processo de colonização sempre servil às metrópoles mundiais - certamente teríamos condições de resolver aos poucos, quem sabe raros, casos de crianças em situação de abandono, e muito menos ainda precisaríamos nos valer da adoção internacional, apesar de muitos senões que apresenta e devem continuamente ser apresentados, coloca-se como um mecanismo cuja utilidade não podemos levianamente desconsiderar ou mesmo descartar. 59 A Constituição Federal assegura como direito fundamental, uma família para crianças e ao adolescente, e mesmo que não exista a família biológica, abre a oportunidade de que uma família de outro país adote uma criança ou adolescente para que o direito tutelado seja alcançado. 60 Com todo o exposto, fica claro que a família é o centro natural da afeição, do cuidado, do conforto e da segurança que a criança necessita para que possa crescer e se desenvolver de forma integral, e formar um vínculo familiar estável e necessário para seu pleno desenvolvimento. 61 A defesa de Costa em relação à adoção Tanto a adoção nacional, quanto à estrangeira, cumprem no papel de família substituta todas as funções que desempenha a família biológica, com exceção da gestação A Importância da Adoção A palavra adoção deriva do latim adoptio e quer dizer Por um nome em ou dar seu próprio nome, ou seja, também pode significar acolher alguém. Contudo, esse acolhimento não deve, em hipótese alguma, ser realizado observando somente 58 SZNICK, Valdir. Adoção. 3.ed. Revista Atualizada. São Paulo: Universitária de Direito, 1999, p VERONESE, Josiane Rose Petry, Adoção internacional: um assunto complexo, in CD-ROM Acervo Operacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, 2003 (disponível em: acesso em ) apud LIBERATI, Wilson Donizeti, Manual de Adoção Internacional. São Paulo: Malheiros, 2009, p LIBERATI, Wilson Donizeti, Manual de Adoção Internacional. São Paulo: Malheiros, 2009, p COSTA, Tarcisio Jose Martins. Adoção Internacional: aspectos jurídicos, políticos e socioculturais. Disponível em: Acesso em 20 de ago.2010, p Ibidem, p.38.

24 23 os interesses de quem quer adotar, mas, sobretudo o interesse, as necessidades das crianças, que por algum motivo foram privadas da convivência segura com a família biológica. 63 Freire assinala que: A adoção é a resposta encontrada para aquelas crianças que não tiveram a oportunidade de ter uma família natural; é a solução para que elas possam suprir a falta de um ambiente familiar necessário ao seu desenvolvimento. A adoção não consiste em um fator eminentemente jurídico, vai além, é um instrumento de profundas modificações éticas e sociais. Assim, de todas as possibilidades de colocar a criança em uma família substituta, esse intuito é o único que cumpre com todas as funções que caracterizam uma família. Além disso, dá lugar à internalização da auto-estima, sentimento necessário para que possa firmar uma personalidade sadia e construtiva, permitindo que cresça e torne-se um adulto com responsabilidades diante da sociedade e da sua família. 64 A fundamentação correta para o ato de adotar é colocar o interesse e o bem estar do adotado como finalidade principal, uma vez que a adoção foi apontada como um ato de amor, para que o instituto obtenha bons resultados, é necessário que seja embasado no amor e também na busca do bem estar do adotado. 65 Os indivíduos envolvidos no processo de adoção devem estar preparados para não encarar a adoção como um substituto no processo biológico de gestação, concepção. É necessário ter em mente, que a adoção é uma possibilidade de se proteger integralmente a criança, e que é muito mais que um ato assistencial humanitário. 66 Nesse processo, o que se busca é adequar para a criança um ambiente familiar seguro e favorável para o seu desenvolvimento tanto físico quanto psicológico. 67 Da mesma maneira que os pais biológicos devem construir uma relação de filiação com seus filhos, os adotantes devem, da mesma forma, construir uma relação de filiação com os filhos adotados, pois filiar significa amar, desejar e conhecer um filho como próprio, aceitá-lo e criá-lo independente de sua origem biológica LIBERATI, Wilson Donizeti. Adoção Internacional. 2ª ed. São Paulo: Malheiros, p FREIRE, Fernando apud LIBERATI, Wilson Donizeti. Adoção Internacional. 2 ed. São Paulo: Malheiros, p BELTRAME, Martha Silva. Os caminhos trilhados pelos sujeitos da adoção: o perfil, os problemas enfrentados e sua motivação. Disponível em: < Acesso em: 12 de ago Ibidem. 67 LIBERATI, Wilson Donizeti. Op. cit. 68 BELTRAME, Martha Silva. Op.cit.

25 24 Beltrame considera que Não se deve falar em pais verdadeiros e pais falsos, pois verdadeiros são os pais que sabem que uma família serve para gerar amor, promover a esperança, conter a tristeza e pensar. 69 A autora supracitada observa ainda que todos somos adotados (ou não) pelo desejo de nossos pais. 70 Logo, percebe-se que atualmente, o que prevalece no instituto da adoção é o melhor interesse da criança e do adolescente, e que não só o ordenamento jurídico, mas também toda sociedade deve respeitar tal princípio que se tornou base para todo o conceito de adoção. 1.7 Justificativa A questão da adoção internacional ainda é pouco tratada no Brasil, a ausência de doutrinadores dispostos a discutir o tema é sentida com falta de obras específicas sobre o assunto. Por esses aspectos, que será necessário um estudo mais aprofundado sobre o assunto em tela a partir de uma retrospectiva histórica, abordando a evolução do instituto da adoção, dos direitos humanos fundamentais e do melhor interesse da criança e do adolescente. É de se notar a importância que se deve dar à adoção, visto o crescente número de crianças abandonadas e o dever do Estado e da sociedade em proporcionar um ambiente familiar adequado para as crianças e adolescentes abandonados, priorizando sempre, a permanência na família natural, porém, se não houver possibilidade, aí sim, encaminhá-las para famílias substitutas que deverão cumprir um importante papel no desenvolvimento desses menores. O Estado percebeu a necessidade de proteger melhor essas crianças, criouse a noção de que não são meros objetos e sim pessoas com personalidade, que merecem respeito e, que por não serem totalmente capazes, por estarem ainda em fase de desenvolvimento, devem ter uma atenção especial, e isto inclui direitos especiais e específicos, proteção integral e um ambiente familiar adequado. O estudo desse tema iniciar-se-á com um breve esclarecimento sobre a evolução histórica do processo de adoção, quando começou, as mudanças sofridas 69 BELTRAME, Martha Silva. Os caminhos trilhados pelos sujeitos da adoção: o perfil, os problemas enfrentados e sua motivação. Disponível em: < Acesso em: 12 de ago BELTRAME, Martha Silva. Op.cit.

26 25 com a ratificação da Convenção de Haia, o Estatuto da Criança e do Adolescente, que entrou em vigor somente em 1990 e um paralelo com o Código Civil de Pretende-se com esse estudo, um esclarecimento maior relacionado ao modo com que os menores estão sendo tratados pelo Estado e pela sociedade, mostrar a devida importância que se deve dar ao futuro dessas crianças, que não possuem o privilégio de permanecer com suas famílias naturais, a possibilidade de serem adotadas por estrangeiros e o dever do Estado em proteger integralmente essa criança, visando sempre o melhor interesse dela, pois representa um bem maior para toda a sociedade. Hoje, com o mundo muito mais globalizado, faz com que a adoção internacional se torne um fato cada vez mais comum em nosso país, pois existem milhares de crianças sem família e muitos pais nacionais e inclusive estrangeiros interessados em proporcionar um lar a essas crianças. 1.8 Requisitos para Adoção Requisitos subjetivos para adoção Segundo Rossato, os requisitos subjetivos para adoção são: a) Idoneidade do adotando; b) Motivos legítimos/desejos de filiação; c) Reais vantagens para o adotando. 71 A adoção, como medida excepcional, é precedida de preparação gradativa, acompanhada por equipe especializada a serviço da Justiça da Infância e da Juventude, e acompanhamento posterior (art. 28, 5º, do ECA), depois de esgotadas as possibilidades de reintegração da criança e do adolescente na família natural ou extensa. 72 Os menores em situação de risco devem ter prioridade na inclusão em programas de acolhimento familiar. É necessário que o acolhimento de crianças ou adolescentes seja feito preferencialmente para pessoa ou casal cadastrado e habilitado à adoção ROSSATO, Luciano Alves. Estatuto da Criança e do Adolescente comentado/luciano Alves Rossato, Paulo Eduardo Lépore, Rogério Sanches Cunha. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2010.p CARVALHO, Dimas Messias de, Adoção e guarda, Belo Horizonte: Del Rey, 2010, p CARVALHO, Dimas Messias de, Op. cit, p.18.

27 26 A adoção deve apresentar reais benefícios para o adotando, pois com a verificação dessas vantagens, pose-se aplicar o princípio do melhor interesse. A criança precisa de uma família que a ame, independentemente da situação financeira, não que ela não deva ser avaliada pelo juiz, mas que a questão patrimonial não esteja em plano principal. 74 O acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco, proferido em ação rescisória, traz um exemplo de prevalência do princípio do melhor interesse da criança: AÇÃO RESCISÓRIA. ADOÇÃO. VÍCIOS NO PROCEDIMENTO. GUARDA, SUSTENTO E RESPONSABILIDADE COM ADOTANTE CONSOLIDADA PELO DECURSO DO TEMPO. AFEIÇÃO COMPROVADA. CONVALIDAÇÃO DA PRESTAÇÃO JURISDICIONAL NA SEDE RESCIDÓRIA. USO RACIONAL, INSTRUMENTAL E EFETIVO DO DIREITO. PEDIDO JULGADO IMPROCEDENTE. MAIORIA. 1. Ação de adoção tem natureza especialíssima, pois envolve direito fundamental relacionado às crianças e adolescentes em situação irregular para que possam ter um lar e uma convivência familiar dignos. 2. A adoção é um ato de solidariedade, é uma construção necessária da cultura a respeito do destino dos que nela nascem. 3. O interesse da criança deve sempre prevalecer sobre qualquer outro, quando seu destino estiver em discussão, já que a adoção deve ser deferida quando apresentar reais vantagens ao adotando (art. 43 do ECA) e sua finalidade mais importante é a ampla proteção à criança e ao adolescente. 4. Embora reconhecidamente viciado se encontra o feito primário de adoção, toda matéria atinente à controvérsia em revisão resta debatida nos autos. 5. A guarda, o sustento e a responsabilidade da menor cuja maternidade se disputa, estão consolidados como a adotante legal, pois já perdura o convívio por mais de sete anos. 6. Declaração de amor feita pela criança adotada à mãe legal em juízo e na presença do Ministério Público, quando da instrução da rescisória. 7. Comprovado afeto e plena responsabilidade da mãe adotante na criação e educação satisfatória da criança adotada. 8. Desapego da forma para que o interesse fundamental maior da criança seja tutelado, pois o uso racional do Direito reclama a prevalência do seio afetivo sobre o seio formal. 9. Homenagem, ainda, aos princípios da instrumentalidade e da efetividade plena da prestação jurisdicional. 10. Ação rescisória que se julga improcedente, convalida a adoção questionada. 11. Decisão por maioria (TJPE Ação rescisória nº ª Câmara Cível Rel. desg. Des. Ricardo de Oliveira Paes Barreto j. em ) Requisitos objetivos para adoção Também, de acordo com Rossato, os requisitos objetivos para adoção são: a) Requisitos de idade; b) Consentimento dos pais e do adolescente; c) Precedência de estágio de convivência; 74 MACIEL, Kátia. Curso de Direito da Criança e do Adolescente: Aspectos Teóricos e Práticos. 4 ed. Revista e Atualizada Conforme a Lei n /09, Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010.p MACIEL, Kátia. Op. cit. p

28 27 d) Prévio cadastramento. 76 Em relação ao primeiro requisito, no que diz respeito à idade, o Estatuto autoriza a adoção para os maiores de dezoito anos, sendo que a diferença de idade entre adotante e adotado seja de dezesseis anos, no entanto, se for o caso de adoção bilateral, esse requisito pode ser preenchido por apenas um dos adotantes. 77 Para a realização da adoção, deve haver, de acordo com o Estatuto, o consentimento dos pais biológicos ou dos representantes legais, não sendo exigido, portanto, nos casos em que já estiverem destituídos do poder familiar ou os pais forem desconhecidos. No caso de adotando maior de doze anos, é necessária a concordância deste. 78 De acordo com Carvalho: Evidentemente que ninguém é melhor que pais conscientes para escolherem aqueles que consideram ideal para tornarem-se os pais afetivos de seus filhos biológicos, pois o consentimento para adoção, na maioria das vezes, é um ato de amor extremo, buscando o melhor para os filhos que não podem cuidar. 79 O estágio de convivência é de suma importância porque tem como objetivo observar se houve adaptação entre adotante e adotando. Deve ser feito estudo psicossocial acompanhado por uma equipe interprofissional, para verificar os requisitos subjetivos para a adoção. 80 É o que reza o artigo 46, 4º do Estatuto da Criança e do Adolescente: Art. A adoção será precedida de estágio de convivência com a criança ou adolescente, pelo prazo que a autoridade judiciária fixar, observadas as peculiaridades do caso. 4º. O estágio de convivência será acompanhado pela equipe interprofissional a serviço da Justiça da Infância e da Juventude, preferencialmente como apoio dos técnicos responsáveis pela execução da política de garantia do direito à convivência familiar, que apresentarão relatório minucioso acerca da convivência do deferimento da medida ROSSATO, Luciano Alves. Estatuto da Criança e do Adolescente comentado/luciano Alves Rossato, Paulo Eduardo Lépore, Rogério Sanches Cunha. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2010.p ROSSATO, Luciano Alves. Op. cit. p ROSSATO, Luciano Alves. Op. cit. p CARVALHO, Dimas Messias de. Adoção e guarda, Belo Horizonte: Del Rey, 2010, p ROSSATO, Luciano Alves. Op.cit. p ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. Disponível em: Acesso em: 2.de set.de 2010.

I Mostra de pesquisa em Direito Civil Constitucionalizado UNISC 2014

I Mostra de pesquisa em Direito Civil Constitucionalizado UNISC 2014 ANDRESSA PETRY * JÚLIA BAGATINI ** O PRINCÍPIO DO MELHOR INTERESSE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E O RESGUARDO AOS DIREITOS DOS ADOTADOS POR FAMÍLIAS RESIDENTES NO EXTERIOR A adoção visa proporcionar a criança

Leia mais

Continuação Direito à Convivência Familiar e Comunitária. Adoção- art.39 a Direito da Infância e da Adolescência

Continuação Direito à Convivência Familiar e Comunitária. Adoção- art.39 a Direito da Infância e da Adolescência Continuação Direito à Convivência Familiar e Comunitária. Adoção- art.39 a 50 1 2 Conceito: medida protetiva de colocação em família substituta que estabelece o parentesco civil entre adotantes e adotados.

Leia mais

Pressupostos teóricos norteadores do trabalho do psicólogo na Comissão Distrital Judiciária de Adoção

Pressupostos teóricos norteadores do trabalho do psicólogo na Comissão Distrital Judiciária de Adoção Pressupostos teóricos norteadores do trabalho do psicólogo na Comissão Distrital Judiciária de Adoção Janaina Simas Souza 1, 2 No trabalho de preparação das crianças para adoção internacional, bem como

Leia mais

Estatuto da Criança e do Adolescente

Estatuto da Criança e do Adolescente DIREITO À CONVIVÊNCIA FAMILIAR O ECA define três modalidades de família. São elas: NATURAL (art. 25, Caput) EXTENSA OU AMPLIADA (art. 25, único) SUBSTITUTA (art. 28) NATURAL Entende-se por família natural

Leia mais

ADOÇÃO. 1 Introdução: 1 Evolução legislativa: 12/10/2014. Filiação natural vs. Filiação adotiva. Infertilidade: Interesse dos casais

ADOÇÃO. 1 Introdução: 1 Evolução legislativa: 12/10/2014. Filiação natural vs. Filiação adotiva. Infertilidade: Interesse dos casais ADOÇÃO Prof.a Dra Cíntia Rosa Pereira de Lima 1 Introdução: Filiação natural vs. Filiação adotiva Infertilidade: Interesse dos casais Melhor interesse da criança e do adolescente 1 Evolução legislativa:

Leia mais

FIDΣS. Patrícia Kellis Gomes Borges *

FIDΣS. Patrícia Kellis Gomes Borges * Recebido 17 out. 2014 Aceito 29 out. 2014 O RECONHECIMENTO DA FAMÍLIA ANAPARENTAL COMO ENTIDADE FAMILIAR ESTÁVEL E SUA CONSEQUENTE LEGITIMIDADE PARA PLEITEAR ADOÇÃO, À LUZ DA JURISPRUDÊNCIA DO STF Patrícia

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DOS AVÓS NAS AÇÕES DE GUARDA: UMA ANÁLISE EM CASOS CONCRETOS FRENTE À ATUAÇÃO DO NEDDIJ

A IMPORTÂNCIA DOS AVÓS NAS AÇÕES DE GUARDA: UMA ANÁLISE EM CASOS CONCRETOS FRENTE À ATUAÇÃO DO NEDDIJ 14. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido - ISSN 2238-9113 1 ISSN 2238-9113 ÁREA TEMÁTICA: ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( X) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( ) SAÚDE ( ) TRABALHO

Leia mais

DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Direitos Fundamentais Poder Familiar e Direito à Convivência Familiar e Comunitária Parte 1 Profª. Liz Rodrigues - Art. 19, ECA: É direito da criança e do adolescente

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE DIREITO SÃO PAULO/ JUNHO 2015

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE DIREITO SÃO PAULO/ JUNHO 2015 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE DIREITO SÃO PAULO/ JUNHO 2015 Antes de ser um fato jurídico, a adoção é um fato social, praticado desde o início da humanidade; Provimento de herdeiro x permanência

Leia mais

CIDADANIA Direitos políticos e sufrágio

CIDADANIA Direitos políticos e sufrágio CIDADANIA Direitos políticos e sufrágio Introdução Direitos políticos são os direitos do cidadão que permitem sua participação e influência nas atividades de governo. Para Pimenta Bueno, citado por Silva

Leia mais

PARECER Nº, DE 2015. Relatora: Senadora ANGELA PORTELA

PARECER Nº, DE 2015. Relatora: Senadora ANGELA PORTELA PARECER Nº, DE 2015 Da COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E CIDADANIA, sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 67, de 2015, primeiro signatário o Senador Donizeti Nogueira, que altera o Art.

Leia mais

Famílias - Abrigos: direito ao convívio familiar e social

Famílias - Abrigos: direito ao convívio familiar e social Famílias - Abrigos: direito ao convívio familiar e social INTRODUÇÃO A família é o principal grupo social para o desenvolvimento afetivo-emocional da criança e adolescente. O trabalho a ser desenvolvido

Leia mais

ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA SEXUAL INFANTO-JUVENIL

ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA SEXUAL INFANTO-JUVENIL ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA SEXUAL INFANTO-JUVENIL MATOS, Jatene da Costa¹ DAL BOSCO, Maria Goretti 2 1 Bacharel em Direito pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Unidade Universitária de Dourados

Leia mais

Curso de. Direito. Núcleo de Prática Jurídica. Direito de Família. www.faesa.br

Curso de. Direito. Núcleo de Prática Jurídica. Direito de Família. www.faesa.br Curso de Direito Núcleo de Prática Jurídica Direito de Família www.faesa.br mportante: Contatos de Cartórios em Vitória Cartório Sarlo: Av. Nossa Senhora da Penha, 549, Ed. Wilma, Santa Lúcia, Vitória-ES.

Leia mais

DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - Parte 3 Profª. Liz Rodrigues - Estágio de convivência: - Período de adaptação, que antecede a decisão sobre a adoção e que é utilizado para se verificar a compatibilidade

Leia mais

OS DESAFIOS DA ADOÇÃO NO BRASIL Profª Karina Alem

OS DESAFIOS DA ADOÇÃO NO BRASIL Profª Karina Alem OS DESAFIOS DA ADOÇÃO NO BRASIL Profª Karina Alem Palavras-chave Desafio: obstáculo, problema, superação, conquista Adoção: filho, família, dignidade Brasil: desigualdade, legislação,burocracia preconceitos

Leia mais

O IMPACTO DA LEI MARIA DA PENHA NO DIREITO DE FAMÍLIA

O IMPACTO DA LEI MARIA DA PENHA NO DIREITO DE FAMÍLIA O IMPACTO DA LEI MARIA DA PENHA NO DIREITO DE FAMÍLIA 1. INTRODUÇÃO A luta e garra da mulher brasileira, Maria, Maria, cantada por Ellis Regina, foi traduzida em lei com a força e persistência da também

Leia mais

52, 1º). REQUISITOS (ECA, 52, 3º

52, 1º). REQUISITOS (ECA, 52, 3º 5.9 - ORGANISMOS CREDENCIADOS Fazem a intermediação nos pedidos de habilitação à adoção internacional, desde que a lei do país de acolhida o autorize (ECA, 52, 1º). REQUISITOS (ECA, 52, 3º e 4º) - fins

Leia mais

GUARDA COMPARTILHADA GERALDO, M. L.

GUARDA COMPARTILHADA GERALDO, M. L. GUARDA COMPARTILHADA GERALDO, M. L. GERALDO, Maria Luisa Guarda Compartilhada. Trabalho de Curso de Graduação em Direito da Faculdade de Apucarana. Apucarana-Pr. 2012. RESUMO Esse trabalho estuda a guarda

Leia mais

QUADRO COMPARATIVO ENTRE O NOVO CÓDIGO CIVIL, O CÓDIGO CIVIL DE 1916 E O ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE QUANTO A ADOÇÃO.

QUADRO COMPARATIVO ENTRE O NOVO CÓDIGO CIVIL, O CÓDIGO CIVIL DE 1916 E O ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE QUANTO A ADOÇÃO. 1 QUADRO COMPARATIVO ENTRE O NOVO CÓDIGO CIVIL, O CÓDIGO CIVIL DE E O ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE QUANTO A ADOÇÃO. Artigo 1618 Só a pessoa maior de 18 (dezoito) anos pode adotar. Artigo 368 -

Leia mais

BRUNA FERNANDES COÊLHO ADOÇÃO À LUZ DO CÓDIGO CIVIL DE 1916

BRUNA FERNANDES COÊLHO ADOÇÃO À LUZ DO CÓDIGO CIVIL DE 1916 BRUNA FERNANDES COÊLHO ADOÇÃO À LUZ DO CÓDIGO CIVIL DE 1916 RECIFE 2011 ADOÇÃO À LUZ DO CÓDIGO CIVIL DE 1916 Bruna Fernandes Coêlho * A adoção foi elencada na legislação pátria no ano de 1916, com a instituição

Leia mais

A APLICABILIDADE DO PRINCÍPIO DO MELHOR INTERESSE DA CRIANÇA NO PROCESSO DE ADOÇÃO

A APLICABILIDADE DO PRINCÍPIO DO MELHOR INTERESSE DA CRIANÇA NO PROCESSO DE ADOÇÃO A APLICABILIDADE DO PRINCÍPIO DO MELHOR INTERESSE DA CRIANÇA NO PROCESSO DE ADOÇÃO Graduanda em direto pela faculdade do litoral paranaense. CELI GARDENYA DAS NEVES SILVA Advogado especalista em direito

Leia mais

Direitos políticos. Conceitos fundamentais. Direitos políticos positivos. Direitos políticos positivos e direitos políticos negativos.

Direitos políticos. Conceitos fundamentais. Direitos políticos positivos. Direitos políticos positivos e direitos políticos negativos. Direitos políticos Conceitos fundamentais Cidadania É qualificação daquele que participa da vida do Estado, participando do governo e sendo ouvido por este. Assim, é cidadão aquele que possui a capacidade

Leia mais

MULTIPARENTALIDADE E PARENTALIDADE SOCIOAFETIVA

MULTIPARENTALIDADE E PARENTALIDADE SOCIOAFETIVA MULTIPARENTALIDADE E PARENTALIDADE SOCIOAFETIVA EFEITOS JURíDICOS SEGUNDA EDiÇÃO Atualizada até dezembro de 2014 SÃO PAULO EDITORA ATLAS S.A. - 2015 2013 by Editora Atlas S.A. 1.ed.2014;2.ed.2015 Capa:

Leia mais

REGULAMENTO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

REGULAMENTO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS REGULAMENTO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 1º. Este regulamento disciplina o Trabalho de Conclusão de Curso - TCC dos Cursos das Faculdades Integradas Hélio Alonso,

Leia mais

PROVIMENTO CONJUNTO Nº 02/2016

PROVIMENTO CONJUNTO Nº 02/2016 PROVIMENTO CONJUNTO Nº 02/2016 Dispõe sobre o Projeto Padrinhos e dá outras providências. A Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Acre, Desembargadora Cezarinete Angelim, e a Corregedora-Geral

Leia mais

Regulamento Interno do Voluntariado do Centro Social Paroquial de Pinhal Novo

Regulamento Interno do Voluntariado do Centro Social Paroquial de Pinhal Novo Regulamento Interno do Voluntariado do Centro Social Paroquial de Pinhal Novo Preâmbulo O Centro Social Paroquial de Pinhal Novo é uma Instituição Particular de Solidariedade Social que tem por objetivos

Leia mais

UMA REFLEXÃO SOBRE A RESOLUÇÃO 1010

UMA REFLEXÃO SOBRE A RESOLUÇÃO 1010 Anais do XXXIV COBENGE. Passo Fundo: Ed. Universidade de Passo Fundo, Setembro de 2006. ISBN 85-7515-371-4 UMA REFLEXÃO SOBRE A RESOLUÇÃO 1010 Christiane Brisolara de Freitas christiane@net.crea-rs.org.br

Leia mais

PARÂMETROS DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS DECORRENTES DO ABANDONO AFETIVO

PARÂMETROS DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS DECORRENTES DO ABANDONO AFETIVO PARÂMETROS DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS DECORRENTES DO ABANDONO AFETIVO GT III Efetividade do Sistema de Proteção às Crianças e aos Adolescentes na América Latina. Tamires Cristina Feijó de Freitas

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br As Espécies De Famílias E Ampliação Do Conceito De Entidade Familiar Com A Constituição Federal De 1988 E O Código Civil De 2002. Mariana Brasil Nogueira * A disciplina legal da

Leia mais

Núcleo de Pesquisa e Extensão do Curso de Direito NUPEDIR VII MOSTRA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA (MIC) 25 de novembro de 2014

Núcleo de Pesquisa e Extensão do Curso de Direito NUPEDIR VII MOSTRA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA (MIC) 25 de novembro de 2014 ADOÇÃO INTERNACIONAL: UMA ANÁLISE A PARTIR DO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Andressa Petry 1 Júlia Bagatini 2 SUMÁRIO: 1 INTRODUÇÃO. 2 ADOÇÃO INTERNACIONAL: HISTÓRIA E LEGISLAÇÃO VIGENTE. 3 SUJEITOS

Leia mais

MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO

MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO Secretaria de Gestão Pública Departamento de Normas e Procedimentos Judiciais de Pessoal Coordenação-Geral de Elaboração, Orientação e Consolidação das Normas

Leia mais

1 Introdução: 1 Introdução: FAMÍLIA, ENTIDADES FAMILIARES E PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO DIREITO DE FAMÍLIA 17/08/2014

1 Introdução: 1 Introdução: FAMÍLIA, ENTIDADES FAMILIARES E PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO DIREITO DE FAMÍLIA 17/08/2014 FAMÍLIA, ENTIDADES FAMILIARES E PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO DIREITO DE FAMÍLIA Prof.a Dra Cíntia Rosa Pereira de Lima 1 Introdução: Funções da família: religiosa, econômica, social e procracional. Hoje:

Leia mais

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA GABINETE DO MINISTRO. PORTARIA n, de 08 de fevereiro de 2007

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA GABINETE DO MINISTRO. PORTARIA n, de 08 de fevereiro de 2007 MINISTÉRIO DA JUSTIÇA GABINETE DO MINISTRO PORTARIA n, de 08 de fevereiro de 2007 Regulamenta as disposições da Lei n 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA), da Lei

Leia mais

Declaração Universal dos Direitos Humanos

Declaração Universal dos Direitos Humanos Declaração Universal dos Direitos Humanos Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e de seus direitos iguais e inalienáveis é o fundamento da liberdade,

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITOS POLÍTICOS E SISTEMAS ELEITORAIS (ARTS 14 AO 17)

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITOS POLÍTICOS E SISTEMAS ELEITORAIS (ARTS 14 AO 17) DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITOS POLÍTICOS E SISTEMAS ELEITORAIS (ARTS 14 AO 17) Atualizado em 02/12/2015 DIREITOS POLÍTICOS E SISTEMAS ELEITORAIS (ARTIGOS 14 a 17) GENERALIDADES Os direitos políticos estão

Leia mais

P A N Ó P T I C A CARACTERÍSTICAS, REQUISITOS E PROCEDIMENTOS LEGAIS PARA A ADOÇÃO À LUZ DA LEI 12.010/2010

P A N Ó P T I C A CARACTERÍSTICAS, REQUISITOS E PROCEDIMENTOS LEGAIS PARA A ADOÇÃO À LUZ DA LEI 12.010/2010 P A N Ó P T I C A CARACTERÍSTICAS, REQUISITOS E PROCEDIMENTOS LEGAIS PARA A ADOÇÃO À LUZ DA LEI 12.010/2010 Marilia Pedroso Xavier Universidade de São Paulo - USP Mariana Assumpção Olesko Centro Universitário

Leia mais

DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE GUARDA, TUTELA ou ADOÇÃO. Art. 28. A colocação em família substituta far-se-á mediante guarda, tutela ou adoção, independentemente da situação jurídica da criança ou

Leia mais

Comarca de Goiânia 1ª Vara da Fazenda Pública Estadual

Comarca de Goiânia 1ª Vara da Fazenda Pública Estadual ª Vara da Fazenda Pública Estadual Protocolo n. 20504475377 DECISÃO Trata-se o caso vertente de ação de reintegração de posse aforada pelo ESTADO DE GOIÁS em face dos ATUAIS OCUPANTES DE ESCOLAS PÚBLICAS

Leia mais

SEPARAÇÃO DE IRMÃOS NA ADOÇÃO: CONCRETIZAÇÃO DO DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE PARA A BUSCA DE UMA NOVA FAMILIA?

SEPARAÇÃO DE IRMÃOS NA ADOÇÃO: CONCRETIZAÇÃO DO DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE PARA A BUSCA DE UMA NOVA FAMILIA? SEPARAÇÃO DE IRMÃOS NA ADOÇÃO: CONCRETIZAÇÃO DO DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE PARA A BUSCA DE UMA NOVA FAMILIA? Camila Almeida Pereira (UEPG) (camila_ap94@homail.com) Camila Alves (UEPG) (camilaalves442@gmail.com)

Leia mais

APLICABILIDADE DA GUARDA COMPARTILHADA NA DISSOLUÇÃO DO CASAMENTO OU DA UNIÃO ESTÁVEL NO DIREITO PÁTRIO

APLICABILIDADE DA GUARDA COMPARTILHADA NA DISSOLUÇÃO DO CASAMENTO OU DA UNIÃO ESTÁVEL NO DIREITO PÁTRIO UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ UNIVALI CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS, POLÍTICAS E SOCIAIS - CEJURPS CURSO DE DIREITO APLICABILIDADE DA GUARDA COMPARTILHADA NA DISSOLUÇÃO DO CASAMENTO OU DA UNIÃO ESTÁVEL

Leia mais

PRINCIPIO DO MELHOR INTERESSE DA CRIANÇA NA GUARDA COMPARTILHADA Autores: Gagstetter, G.

PRINCIPIO DO MELHOR INTERESSE DA CRIANÇA NA GUARDA COMPARTILHADA Autores: Gagstetter, G. PRINCIPIO DO MELHOR INTERESSE DA CRIANÇA NA GUARDA COMPARTILHADA Autores: Gagstetter, G. Resumo: Em caso de separação, a regra até pouco tempo atrás prevalecia a guarda unilateral em que um dos pais obtinha

Leia mais

Curso: Direito Carga Horária: 32 PLANO DE ENSINO

Curso: Direito Carga Horária: 32 PLANO DE ENSINO Faculdade de Direito Milton Campos Disciplina: Direito da Criança e do Adolescente Curso: Direito Carga Horária: 32 Departamento: Direito Público Área: Direito Penal e Processo Penal PLANO DE ENSINO EMENTA

Leia mais

O DIREITO À EDUCAÇÃO INFANTIL NA LEGISLAÇÃO ATUAL. Palavras-chave: direito à educação. Educação infantil. Previsão legal. Período integral.

O DIREITO À EDUCAÇÃO INFANTIL NA LEGISLAÇÃO ATUAL. Palavras-chave: direito à educação. Educação infantil. Previsão legal. Período integral. O DIREITO À EDUCAÇÃO INFANTIL NA LEGISLAÇÃO ATUAL Palavras-chave: direito à educação. Educação infantil. Previsão legal. Período integral. Resumo: este artigo tem por objetivo compreender a extensão do

Leia mais

DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Conceito de Criança e Adolescente e Doutrina da Proteção Integral Parte 1 Profª. Liz Rodrigues - Art. 227, CF/88: É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar

Leia mais

PALAVRAS-CHAVE Direitos da criança e do adolescente. Estatuto da criança e do adolescente. Violação. Medidas de Proteção.

PALAVRAS-CHAVE Direitos da criança e do adolescente. Estatuto da criança e do adolescente. Violação. Medidas de Proteção. 13. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1 ISSN 2238-9113 ÁREA TEMÁTICA: ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( X ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( ) SAÚDE ( ) TRABALHO ( ) TECNOLOGIA

Leia mais

FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DA PARAÍBA FESP CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO DANUZA AZEVEDO DE QUEIROZ

FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DA PARAÍBA FESP CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO DANUZA AZEVEDO DE QUEIROZ FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DA PARAÍBA FESP CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO DANUZA AZEVEDO DE QUEIROZ (IN) EFICIÊNCIA DA NOVA LEI DA ADOÇÃO LEI N.º 12.010/2009 JOÃO PESSOA 2013 DANUZA AZEVEDO DE QUEIROZ

Leia mais

I CONGRESSO BRASILEIRO DE ENFERMAGEM NEONATAL Bioética e Biodireito na Atenção Neonatal FILIAÇÃO UNISSEXUAL. Profª Drª Luciana Moas

I CONGRESSO BRASILEIRO DE ENFERMAGEM NEONATAL Bioética e Biodireito na Atenção Neonatal FILIAÇÃO UNISSEXUAL. Profª Drª Luciana Moas I CONGRESSO BRASILEIRO DE ENFERMAGEM NEONATAL Bioética e Biodireito na Atenção Neonatal FILIAÇÃO UNISSEXUAL O IMPACTO DAS INOVAÇÕES BIOTECNOLÓGICAS NO PARENTESCO: A DISTINÇÃO ENTRE PAI E GENITOR Meu Deus

Leia mais

CONTRATOS DE PLANOS DE SAÚDE E A ATUAÇÃO DO BALCÃO DO CONSUMIDOR 1

CONTRATOS DE PLANOS DE SAÚDE E A ATUAÇÃO DO BALCÃO DO CONSUMIDOR 1 CONTRATOS DE PLANOS DE SAÚDE E A ATUAÇÃO DO BALCÃO DO CONSUMIDOR 1 Jonatan Da Silva Dinat 2, Fabiana Fachinetto Padoin 3, Tobias Damião Corrêa 4. 1 Projeto de extensão universitária Balcão do Consumidor,

Leia mais

Direito da Criança e do Adolescente

Direito da Criança e do Adolescente CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER Direito da Criança e do Adolescente CERT 7ª Fase Promotor de Justiça Artigos 81 ao 130, ECA Período 2006-2016 1) Com. Exam. (MPE SP) - PJ - 2015 Direito da Criança e do

Leia mais

Instituições de Direito Profª Mestre Ideli Raimundo Di Tizio p 31

Instituições de Direito Profª Mestre Ideli Raimundo Di Tizio p 31 Instituições de Direito Profª Mestre Ideli Raimundo Di Tizio p 31 DIREITO DE FAMÍLIA Conceito é o conjunto de normas jurídicas que disciplina a entidade familiar, ou seja, a comunidade formada por qualquer

Leia mais

ESTADO DO AMAZONAS PREFEITURA MUNICIPAL DE MANAUS CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO. INTERESSADO: Secretaria Municipal de Educação SEMED

ESTADO DO AMAZONAS PREFEITURA MUNICIPAL DE MANAUS CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO. INTERESSADO: Secretaria Municipal de Educação SEMED INTERESSADO: Secretaria Municipal de Educação SEMED ASSUNTO: Atualização da Resolução 002/CME/2008 que estabelece normas para a admissão dos docentes da disciplina Ensino Religioso no Sistema Municipal

Leia mais

PREFEITURA DO MUNICIPIO DE PORTO VELHO

PREFEITURA DO MUNICIPIO DE PORTO VELHO DECRETO Nº 11.887, DE 03 DE DEZEMBRO DE 2010. Dispõe sobre o Estágio Remunerado de estudantes matriculados em Instituições Públicas ou Privadas de Ensino Superior e Médio Profissionalizante e dá outras

Leia mais

Direitos da Personalidade. Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda

Direitos da Personalidade. Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda Direitos da Personalidade Direitos da Personalidade São direitos subjetivos da pessoa de defender o que lhe é próprio, ou seja, a vida, a integridade, a liberdade, a sociabilidade, a reputação ou honra,

Leia mais

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA EXECUTIVA SUBSECRETARIA DE ASSUNTOS ADMINISTRATIVOS. Interessado: Coordenação Geral de Recursos Logísticos

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA EXECUTIVA SUBSECRETARIA DE ASSUNTOS ADMINISTRATIVOS. Interessado: Coordenação Geral de Recursos Logísticos MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA EXECUTIVA SUBSECRETARIA DE ASSUNTOS ADMINISTRATIVOS Processo n.º 23000.014684/2010-11 Interessado: Coordenação Geral de Recursos Logísticos Assunto: Impugnação ao Edital

Leia mais

A família. contemporânea. à luz do DIREITO

A família. contemporânea. à luz do DIREITO A família contemporânea à luz do DIREITO A FAMÍLIA CONTEMPORÂNEA À LUZ DO DIREITO A Família é a primeira forma de relação vivenciada pelo indivíduo, é o seu primeiro contato com o mundo, no qual ele vai

Leia mais

: MIN. LUIZ FUX : RODRIGO FERNANDES PEREIRA E OUTRO(A/S) : EDUARDO DE MELLO E SOUZA E OUTRO(A/S) Em revisão :ASSOCIACAO DE DIREITO DE FAMILIA E DAS

: MIN. LUIZ FUX : RODRIGO FERNANDES PEREIRA E OUTRO(A/S) : EDUARDO DE MELLO E SOUZA E OUTRO(A/S) Em revisão :ASSOCIACAO DE DIREITO DE FAMILIA E DAS RECURSO EXTRAORDINÁRIO 898.060 SANTA CATARINA RELATOR : MIN. LUIZ FUX RECTE.(S) :A N : RODRIGO FERNANDES PEREIRA E OUTRO(A/S) RECDO.(A/S) :F G : EDUARDO DE MELLO E SOUZA E OUTRO(A/S) AM. CURIAE. :ASSOCIACAO

Leia mais

DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Parte 1 Profª. Liz Rodrigues - : - Modalidade artificial de filiação, que busca imitar a filiação natural, bem por isso conhecida como filiação civil, porquanto decorre

Leia mais

A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA EM RELAÇÃO À CRIANÇA, AO ADOLESCENTE E AO IDOSO ¹

A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA EM RELAÇÃO À CRIANÇA, AO ADOLESCENTE E AO IDOSO ¹ Artigo Original Original Article 1 A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA EM RELAÇÃO À CRIANÇA, AO ADOLESCENTE E AO IDOSO ¹ The Brazilian legislation in relation to children, adolescents and the elderly Ezequiel Emiliano

Leia mais

O PLURALISMO FAMILIAR E A LIBERDADE DE CONSTITUIÇÃO DE UMA COMUNHÃO DA VIDA FAMILIAR

O PLURALISMO FAMILIAR E A LIBERDADE DE CONSTITUIÇÃO DE UMA COMUNHÃO DA VIDA FAMILIAR O PLURALISMO FAMILIAR E A LIBERDADE DE CONSTITUIÇÃO DE UMA COMUNHÃO DA VIDA FAMILIAR 104 Ana Paula de Araujo Carina Ana de Oliveira Elieser Leal Germano Tatiane Alves Salles dos Santos. INTRODUÇÃO O presente

Leia mais

A INCONSTITUCIONALIDADE DA DEMISSÃO POR JUSTA CAUSA NO CASO DE EMBRIAGUEZ HABITUAL

A INCONSTITUCIONALIDADE DA DEMISSÃO POR JUSTA CAUSA NO CASO DE EMBRIAGUEZ HABITUAL A INCONSTITUCIONALIDADE DA DEMISSÃO POR JUSTA CAUSA NO CASO DE EMBRIAGUEZ HABITUAL Renata Gonçalves Olgado 1 RESUMO O presente estudo tem por finalidade demonstrar que o alcoolismo, reconhecido como doença

Leia mais

12º FÓRUM DE EXTENSÃO E CULTURA DA UEM A PSICOLOGIA APLICADA NO NÚCLEO DE ESTUDOS E DEFESA DE DIREITOS DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE (NEDDIJ)

12º FÓRUM DE EXTENSÃO E CULTURA DA UEM A PSICOLOGIA APLICADA NO NÚCLEO DE ESTUDOS E DEFESA DE DIREITOS DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE (NEDDIJ) 12º FÓRUM DE EXTENSÃO E CULTURA DA UEM A PSICOLOGIA APLICADA NO NÚCLEO DE ESTUDOS E DEFESA DE DIREITOS DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE (NEDDIJ) Fernanda Quaglia Franzini (apresentador) 1 Maiara Tatiane Dias

Leia mais

A globalização, na medida em que pressupõe uma evolução dos meios de

A globalização, na medida em que pressupõe uma evolução dos meios de 1 INTRODUÇÃO A responsabilidade social se apresenta como um tema cada vez mais importante no comportamento das organizações e exerce impactos nos objetivos, nas estratégias e no próprio significado de

Leia mais

A toda a Sociedade Brasileira e Seus Poderes Constituídos,

A toda a Sociedade Brasileira e Seus Poderes Constituídos, Ofício Nº.091/2013 - ANGAAD Recife, 22 de outubro de 2013. Assunto: Manifestação da Associação Nacional dos Grupos de Apoio à Adoção sobre a decisão que determinou o retorno da criança Maria Eduarda para

Leia mais

---------------------------------------------------------------------------------------------- O ESTADO DE DIREITO DEMOCRÁTICO E OS ADVOGADOS

---------------------------------------------------------------------------------------------- O ESTADO DE DIREITO DEMOCRÁTICO E OS ADVOGADOS ORDEM DOS ADVOGADOS DELEGAÇÃO DE BARCELOS DIA DO ADVOGADO 19 DE MAIO DE 2010 ---------------------------------------------------------------------------------------------- O ESTADO DE DIREITO DEMOCRÁTICO

Leia mais

Direito à Convivência Familiar e Comunitária. Art. 19 a 38 do Estatuto da Criança e Adolescente. 1 Direito da Infância e da Adolescência

Direito à Convivência Familiar e Comunitária. Art. 19 a 38 do Estatuto da Criança e Adolescente. 1 Direito da Infância e da Adolescência Direito à Convivência Familiar e Comunitária. Art. 19 a 38 do Estatuto da Criança e Adolescente 1 Direito à Convivência Familiar e Comunitária Previsão: Arts. 227 da CF e 19 e seguintes do ECA Afeto, cuidado

Leia mais

TEXTO DOCUMENTO PROJETO DE LEI TÍTULO I. Das Disposições Preliminares

TEXTO DOCUMENTO PROJETO DE LEI TÍTULO I. Das Disposições Preliminares Plano de Carreira TEXTO DOCUMENTO PROJETO DE LEI Consolida o Plano de Carreira e Cargo de Professor Federal e dispõe sobre a reestruturação e unificação das carreiras e cargos do magistério da União, incluídas

Leia mais

RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA

RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA RESPONSABILIDADE RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA ESTADO FAMÍLIA SOCIEDADE CRIANÇA E ADOLESCENTE CRIANÇA de 0 até 12 anos incompletos ADOLESCENTE de 12 ANOS COMPLETOS até 18 anos incompletos Sabe por que

Leia mais

A Orientação Educacional no novo milênio

A Orientação Educacional no novo milênio 15 1 A Orientação Educacional no novo milênio O presente estudo consiste na descrição e análise da experiência do Curso de Especialização em Orientação Educacional e Supervisão Escolar, realizado na Faculdade

Leia mais

REGIMENTO INTERNO DO COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA EM SERES HUMANOS DA FACULDADE CATÓLICA DO TOCANTINS CEPh/FACTO

REGIMENTO INTERNO DO COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA EM SERES HUMANOS DA FACULDADE CATÓLICA DO TOCANTINS CEPh/FACTO REGIMENTO INTERNO DO COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA EM SERES HUMANOS DA FACULDADE CATÓLICA DO TOCANTINS CEPh/FACTO A FACTO, em cumprimento a Resolução nº. 196, do Conselho Nacional de Saúde (CNS/MS), expedida

Leia mais

Art. 5º - São direitos dos membros efetivos:

Art. 5º - São direitos dos membros efetivos: ANTE-PROJETO DO ESTATUTO DA EMPRESA JÚNIOR DA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE AMERICANA - 06/04/ Capítulo I - Denominação, Sede, Finalidade e Duração Art. 1º - A empresa Júnior da Faculdade de Tecnologia de

Leia mais

10 Anos do Estatuto do Idoso e os entraves à sua consolidação

10 Anos do Estatuto do Idoso e os entraves à sua consolidação 10 Anos do Estatuto do Idoso e os entraves à sua consolidação Estatuto do Idoso uma década de... D I G N I D A D E F E L I C I D A D E AT I V I D A D E V I TA L I D A D E Q U A L I D A D E R E S P E I

Leia mais

R E S O L V E, editar o seguinte:

R E S O L V E, editar o seguinte: PROVIMENTO Nº 150/2007-CGJ Dispõe sobre o Regimento Interno da Comissão Estadual Judiciária de Adoção do Estado do Amapá CEJA. O Desembargador RAIMUNDO VALES, Corregedor-Geral da Justiça do Estado do Amapá,

Leia mais

TRABALHO PRECOCE AO ÓCIO CRIATIVO. André Viana Custódio

TRABALHO PRECOCE AO ÓCIO CRIATIVO. André Viana Custódio A DOUTRINA DA PROTEÇÃO INTEGRAL: TRABALHO PRECOCE AO ÓCIO CRIATIVO André Viana Custódio DA EXPLORAÇÃO DO A DOUTRINA DA PROTEÇÃO INTEGRAL: DA EXPLORAÇÃO DO TRABALHO PRECOCE AO ÓCIO CRIATIVO André Viana

Leia mais

Série Estudo Esquematizado Direito Empresarial André Luis Santa Cruz Ramos 4ª para 5ª edição

Série Estudo Esquematizado Direito Empresarial André Luis Santa Cruz Ramos 4ª para 5ª edição p. 82. Substituir o terceiro parágrafo pelo que segue: Assim como todos nós, pessoas físicas, possuímos um nome civil, o qual nos identifica nas relações jurídicas de que participamos cotidianamente, os

Leia mais

ADOÇÃO INTERNACIONAL: SEUS ASPECTOS JURÍDICOS, ECONÔMICOS E PSICOSSOCIAIS INTERNACIONAL ADOPTION: ITS LEGAL, ECONOMIC AND PSYCHOSOCIAL ASPECTS

ADOÇÃO INTERNACIONAL: SEUS ASPECTOS JURÍDICOS, ECONÔMICOS E PSICOSSOCIAIS INTERNACIONAL ADOPTION: ITS LEGAL, ECONOMIC AND PSYCHOSOCIAL ASPECTS ADOÇÃO INTERNACIONAL: SEUS ASPECTOS JURÍDICOS, ECONÔMICOS E PSICOSSOCIAIS INTERNACIONAL ADOPTION: ITS LEGAL, ECONOMIC AND PSYCHOSOCIAL ASPECTS Fernanda Chagas Bodziak Acadêmica do Curso de Direito do UNICURITIBA

Leia mais

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS DOS PROJETOS DE LEI QUE CUIDAM DA ADOÇÃO DE MENORES E ADOLESCENTES

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS DOS PROJETOS DE LEI QUE CUIDAM DA ADOÇÃO DE MENORES E ADOLESCENTES ASPECTOS TRIBUTÁRIOS DOS PROJETOS DE LEI QUE CUIDAM DA ADOÇÃO DE MENORES E ADOLESCENTES RONALDO MARTON Consultor Legislativo da Área III Tributação, Direito Tributário NOVEMBRO/2005 Ronaldo Marton 2 2005

Leia mais

CÉLULAS-TRONCO EMBRIONÁRIAS HUMANAS: NASCITURO OU APENAS UMA CÉLULA?

CÉLULAS-TRONCO EMBRIONÁRIAS HUMANAS: NASCITURO OU APENAS UMA CÉLULA? CÉLULAS-TRONCO EMBRIONÁRIAS HUMANAS: NASCITURO OU APENAS UMA CÉLULA? Daniel Martins Alves 1 RESUMO: Trata-se da discussão acadêmica sobre células-tronco e se o embrião produzido in vitro tem os mesmos

Leia mais

REGIMENTO INTERNO DA COMISSÃO ESTADUAL JUDICIÁRIA DE ADOÇÃO DE PERNAMBUCO CEJA/PE DISPOSIÇÃO PRELIMINAR

REGIMENTO INTERNO DA COMISSÃO ESTADUAL JUDICIÁRIA DE ADOÇÃO DE PERNAMBUCO CEJA/PE DISPOSIÇÃO PRELIMINAR REGIMENTO INTERNO DA COMISSÃO ESTADUAL JUDICIÁRIA DE ADOÇÃO DE PERNAMBUCO CEJA/PE DISPOSIÇÃO PRELIMINAR Art. 1º - A Comissão Estadual Judiciária de Adoção prevista no Código de Organização Judiciária (Lei

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO SECRETARIA GERAL DOS CONSELHOS DA ADMINISTRAÇÃO SUPERIOR CONSELHO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO SECRETARIA GERAL DOS CONSELHOS DA ADMINISTRAÇÃO SUPERIOR CONSELHO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO RESOLUÇÃO Nº 15/98 EMENTA: Revoga a Resolução Nº 71/89 deste Conselho e estabelece normas sobre afastamento para Pós-Graduação no Brasil e no Exterior dos servidores da UFRPE. O Presidente do Conselho

Leia mais

RECOMENDAÇÃO ADMINISTRATIVA nº 005/2013

RECOMENDAÇÃO ADMINISTRATIVA nº 005/2013 RECOMENDAÇÃO ADMINISTRATIVA nº 005/2013 O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ, por meio de seu órgão de execução, no exercício de suas atribuições na Promotoria de Justiça da Comarca de Grandes Rios,

Leia mais

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 198, DE 20 DE JULHO DE 2015

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 198, DE 20 DE JULHO DE 2015 Publicada no Boletim de Serviço, n. 8, p. 17-22 em 7/8/2015. INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 198, DE 20 DE JULHO DE 2015 Regulamenta a licença para tratamento de saúde e a licença por motivo de doença em pessoa

Leia mais

A opinião do autor não reflete, necessariamente, o entendimento da Comissão de Valores Mobiliários.

A opinião do autor não reflete, necessariamente, o entendimento da Comissão de Valores Mobiliários. Tópicos sobre a subsidiária integral Fabricio Tanure Procurador Federal na CVM Especialista em regulação em mercado de capitais pela UFRJ Professor de Direito Empresarial da UniverCidade A opinião do autor

Leia mais

FGV - Cargo: Analista Judiciário- TJ-RJ

FGV - Cargo: Analista Judiciário- TJ-RJ 1- Ao passar pela rua e observar que um adolescente furtou a bolsa de uma senhora, o Comissário corre e o apreende. Em seguida, deverá o Comissário: a) encaminhar o infrator diretamente ao fórum local,

Leia mais

Resposta ao Ofício Bovespa e a CVM (Portuguese only)

Resposta ao Ofício Bovespa e a CVM (Portuguese only) Resposta ao Ofício Bovespa e a CVM (Portuguese only) À BM&FBOVESPA S.A. Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros Rua XV de Novembro, 275 01013-001 São Paulo, SP At.: Gerência de Acompanhamento de Emissores

Leia mais

Direito Civil Internacional:

Direito Civil Internacional: Direito Civil Internacional: : Pátrio Poder, Adoção, Alimentos, Tutela e Curatela Parte I Professora Raquel Perrota 1. Pátrio Poder - A compreensão da expressão pátrio poder permeia a sua evolução ao longo

Leia mais

PROGRAMA DE BOLSAS DE FORMAÇÃO ACADÊMICA MODALIDADE: MESTRADO E DOUTORADO EDITAL Nº. 11/2015

PROGRAMA DE BOLSAS DE FORMAÇÃO ACADÊMICA MODALIDADE: MESTRADO E DOUTORADO EDITAL Nº. 11/2015 PROGRAMA DE BOLSAS DE FORMAÇÃO ACADÊMICA MODALIDADE: MESTRADO E DOUTORADO EDITAL Nº. 11/2015 O Presidente da Funcap, Prof. Francisco César de Sá Barreto, no uso de suas atribuições estatutárias e regimentais,

Leia mais

GUARDA COMPARTILHADA: UMA RELAÇÃO EQUILIBRADA PARA A SAÚDE PSICOLÓGICA E SOCIAL DOS FILHOS

GUARDA COMPARTILHADA: UMA RELAÇÃO EQUILIBRADA PARA A SAÚDE PSICOLÓGICA E SOCIAL DOS FILHOS GUARDA COMPARTILHADA: UMA RELAÇÃO EQUILIBRADA PARA A SAÚDE PSICOLÓGICA E SOCIAL DOS FILHOS Laura Maria Costa Corrêa 1 ; Natália Tiemi Hanaoka Prado 2 ; Rômulo Almeida Carneiro 3 RESUMO: Este trabalho tem

Leia mais

INSTRUÇÃO NORMATIVA 02/08 CAÇADOR, Maio de 2008. O Conselho Municipal de Assistência Social, no uso de suas atribuições legais e regimentais,

INSTRUÇÃO NORMATIVA 02/08 CAÇADOR, Maio de 2008. O Conselho Municipal de Assistência Social, no uso de suas atribuições legais e regimentais, INSTRUÇÃO NORMATIVA 02/08 CAÇADOR, Maio de 2008 Estabelece critérios para Inscrição e Funcionamento de Entidades e Organizações de Assistência Social. Registro de Ações, Serviços, Programas, Projetos de

Leia mais

Adoção: Os desafios de quem ganha. mais... Gagliasso, Titi, Giovanna Ewbank. Professor Roberson

Adoção: Os desafios de quem ganha. mais... Gagliasso, Titi, Giovanna Ewbank. Professor Roberson Adoção: Os desafios de quem ganha Professor Roberson Bruno Calegaro Gagliasso, Titi, Giovanna Ewbank mais... Garantir um direito? Resolver um problema? Adoção: Para a língua portuguesa, adotar de acordo

Leia mais

A CONSTRUÇÃO DOS DIREITOS DAS CRIANÇAS E DOS ADOLESCENTES NO BRASIL

A CONSTRUÇÃO DOS DIREITOS DAS CRIANÇAS E DOS ADOLESCENTES NO BRASIL A CONSTRUÇÃO DOS DIREITOS DAS CRIANÇAS E DOS ADOLESCENTES NO BRASIL ISSN 2359-1277 Autora: Daiane Souza da Silva, day-sborges@hotmail.com Professora Orientadora: Nayara Cristina Bueno, nayara_cbo@hotmail.com

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº 059/E/2017, DE 22 DE SETEMBRO DE 2017.

PROJETO DE LEI Nº 059/E/2017, DE 22 DE SETEMBRO DE 2017. PROJETO DE LEI Nº 059/E/2017, DE 22 DE SETEMBRO DE 2017. Dispõe sobre o Programa de Guarda Temporária Subsidiada de Crianças e Adolescentes - Família Acolhedora. Art. 1º Fica instituído o Programa de Guarda

Leia mais

A FUNÇÃO SOCIAL DO CONTRATO

A FUNÇÃO SOCIAL DO CONTRATO A FUNÇÃO SOCIAL DO CONTRATO Natália Pereira SILVA RESUMO: O contrato é um instrumento jurídico de grande importância social na modernidade, desde a criação do Código Civil de 2002 por Miguel Reale, tal

Leia mais

Nota Técnica SGE nº 01/2015 Rio de Janeiro, 11 de Agosto de 2015.

Nota Técnica SGE nº 01/2015 Rio de Janeiro, 11 de Agosto de 2015. TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Secretaria Geral de Controle Externo (SGE) Coordenadoria de Auditorias Temáticas e Operacionais (CTO) Nota Técnica SGE nº 01/2015 Rio de Janeiro, 11 de Agosto

Leia mais

Escrita Didática Títulos Entrevista

Escrita Didática Títulos Entrevista MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA PRÓ-REITORIA DE RECURSOS HUMANOS EDITAL Nº 019/2009-PRORH CONCURSO PÚBLICO PARA PROVIMENTO DE CARGOS DE PROFESSOR DA CARREIRA DE MAGISTÉRIO DE

Leia mais