Durante o ano de 2009 foram submetidos à consideração da Corte doze novos casos contenciosos:

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1 76 IDH; Direitos dos Membros dos Povos Indígenas, expositor: Oswaldo Ruiz, Advogado da Corte IDH; e Reparações, expositor: Jorge Calderón, Advogado da Corte IDH. Da mesma maneira, em 15 de julho de 2009 foi realizado o Seminário Desafios Presentes e Futuros do Sistema Interamericano de Proteção dos Direitos Humanos, o qual foi ministrado por Juízes da Corte Interamericana. Esse Seminário esteve composto por dois painéis, a saber: Painel 1 Interação entre o Direito Nacional e Internacional. Perspectivas e Casos Comparados, cujos expositores foram Diego García-Sayán, Vice-Presidente da Corte IDH e Leonardo A. Franco, Juiz da Corte IDH; e Painel 2 Desafios do Sistema Interamericano e Reflexões em quanto à Discriminação. 5. Atividades protocolares: Durante esse período de sessões a Corte teve reuniões de trabalho com importantes autoridades bolivianas, a saber: o Presidente do Estado Plurinacional da Bolívia; os Ministros da Presidência, das Relações Exteriores, da Justiça, de Economia e Finanças Públicas e da Defesa Legal do Estado; a Presidenta do Tribunal Supremo de Justiça; o Vice-Ministro e o Diretor Geral do Ministério das Relações Exteriores e Culto, e o Promotor Geral da República. No dia 13 de julho foi realizado, no Palácio do Governo, o ato de inauguração do XL Período Extraordinário de Sessões, o qual contou com as palavras do Vice-Ministro das Relações Exteriores e Culto e do Vice-Presidente da Corte. Esse mesmo dia foi realizado, na Prefeitura Municipal da Cidade de La Paz, a declaração de Hóspedes Ilustres da Cidade La Paz ao pleno da Corte Interamericana. III. APRESENTAÇÃO DE NOVOS CASOS CONTENCIOSOS Durante o ano de 2009 foram submetidos à consideração da Corte doze novos casos contenciosos: 1. Caso Gomes Lund contra Brasil Em 26 de março de 2009, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, de Humanos, apresentou uma demanda contra o Estado do Brasil, em relação ao caso Gomes Lund. A demanda está relacionada à suposta detenção arbitrária, tortura e desaparecimento forçado de 70 pessoas, entre membros do Partido Comunista do Brasil e camponeses da região, como resultado de operações do Exército brasileiro empreendidas entre 1972 e 1975 com o objetivo de erradicar a Guerrilha do Araguaia, no contexto da ditadura militar do Brasil. Do mesmo modo, a Comissão afirmou que submete o caso ao conhecimento da Corte porque, relaciona-se com a Lei de Anistia, e em virtude da qual o Estado não levou a cabo uma investigação penal com o objetivo de julgar e sancionar as pessoas responsáveis pelo desaparecimento forçado das 70 supostas vítimas e pela execução extrajudicial de María Lucia Petit da Silva; porque os recursos judiciais de natureza civil com vistas a obter informação sobre os fatos não foram efetivos; porque as medidas legislativas e administrativas adotadas pelo Estado restringiram indevidamente o direito de acesso à informação dos familiares; e porque o desaparecimento das supostas vítimas, a execução de María Lucia Petit da Silva, a impunidade dos responsáveis e a falta de acesso à justiça, à verdade e à informação, afetaram prejudicialmente a integridade pessoal dos familiares dos desaparecidos e da pessoa executada.

2 77 pela violação dos artigos 3 (Direito ao Reconhecimento da Personalidade Jurídica), 4 (Direito à Vida), 5 (Direito à Integridade Pessoal), 7 (Direito à Liberdade Pessoal), 8 (Garantias Judiciais), 13 (Liberdade de Pensamento e de Expressão) e 25 (Proteção Judicial) da Convenção Americana sobre Direitos Humanos, em relação às obrigações previstas nos artigos 1.1 (Obrigação de Respeitar os Direitos) e 2 (Dever de Adotar Disposições de Direito Interno) da Convenção. 2. Caso Chitay Nech e outros contra Guatemala Em 17 de abril de 2009 pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos, em Humanos, apresentou uma demanda contra o Estado da Guatemala, em relação ao caso Chitay Nech e outros. A demanda está relacionada ao suposto desaparecimento forçado do dirigente político indígena maia kaqchikel Florencio Chitay Nech, ocorrido a partir de 1º de abril de 1981 na Cidade da Guatemala, e à suposta posterior falta de devida diligência na investigação dos fatos, assim como à suposta denegação de justiça em prejuízo dos familiares da suposta vítima. pela violação dos artigos 3 (Direito ao Reconhecimento da Personalidade Jurídica), 4 (Direito à Vida), 5 (Direito à Integridade Pessoal), 7 (Direito à Liberdade Pessoal) e 23 (Direitos Políticos) da Convenção Americana sobre Direitos Humanos, em relação à obrigação estabelecida no artigo 1.1 (Obrigação de Respeitar os Direitos) do mesmo instrumento, bem como em relação aos artigos I e II da Convenção Interamericana sobre Desaparecimento Forçado de Pessoas, em prejuízo de Florencio Chitay Nech; os artigos 8 (Garantias Judiciais) e 25 (Proteção Judicial) da Convenção Americana, em relação com as obrigações estabelecidas nos artigos 1.1 (Obrigação de Respeitar os Direitos) e 2 (Dever de Adotar Disposições de Direito Interno) da mesma, em prejuízo de Florencio Chitay Nech e seus familiares, a saber, seus filhos Encarnação, Pedro, Eliseo e Essermerio, bem como de sua filha María Rosaura, todos de sobrenomes Chitay Rodríguez. Da mesma maneira, a Comissão alegou que o Estado é responsável pela violação dos artigos 5 (Direito à Integridade Pessoal) e 17 (Proteção da Família) da Convenção Americana, em relação ao artigo 1.1 (Obrigação de Respeitar os Direitos) do mesmo instrumento, em prejuízo dos familiares do senhor Florencio Chitay Nech, a saber, seus filhos Encarnação, Pedro, Eliseo e Essermerio, bem como de sua filha María Rosaura, todos de sobrenome Chitay Rodríguez, e do artigo 19 (Direitos da Criança) da Convenção Americana, em relação ao artigo 1.1 (Obrigação de Respeitar os Direitos) da mesma, em prejuízo da então criança Essermerio Chitay Rodríguez.

3 78 3. Caso Fernández Ortega e outros contra México Em 7 de maio de 2009, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, em Humanos, apresentou uma demanda contra o Estado do México, em relação ao caso Inés Fernández Ortega. A demanda está relaciona com a alegada violação e tortura em prejuízo da indígena Me phaa Inés Fernández Ortega. pela violação dos artigos 5 (Direito à Integridade Pessoal), 8 (Garantias Judiciais), 11 (Proteção da Honra e da Dignidade) e 25 (Proteção Judicial) da Convenção, em relação ao artigo 1.1 (Obrigação de Respeitar os Direitos) do mesmo instrumento, em prejuízo da Senhora Inés Fernández Ortega; pela violação dos artigos 5 (Direito à Integridade Pessoal), 8 (Garantias Judiciais) e 25 (Proteção Judicial) da Convenção, em relação ao artigo 1.1 (Obrigação de Respeitar os Direitos) do tratado, em prejuízo dos seguintes familiares da Senhora Inés Fernández Ortega: Fortunato Prisciliano Sierra (esposo), Noemí, Ana Luz, Colosio, Nelida e Neptalí Prisciliano Fernández (filhos), María Lídia Ortega (mãe), Lorenzo e Ocotlan Fernández Ortega (irmãos); e a violação do artigo 7 da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher, em prejuízo da Senhora Inés Fernández Ortega. Da mesma maneira, a Comissão solicitou ao Tribunal que declare que o Estado descumpriu suas obrigações estabelecidas nos artigos 1, 6 e 8 da Convenção Interamericana para Prevenir e Sancionar a Tortura. 4. Caso Ibsen Cárdenas e outros contra Bolívia Em 12 de maio de 2009, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, em Humanos, apresentou uma demanda contra o Estado da Bolívia, em relação ao caso Rainer Ibsen Cárdenas e José Luis Ibsen Peña. A demanda está relaciona ao suposto desaparecimento forçado dos senhores Rainer Ibsen Cárdenas e José Luis Ibsen Peña, a partir de outubro de 1971 e fevereiro de 1973 respectivamente, no âmbito da ditadura militar liderada por Hugo Banzer Suárez, seguida da suposta impunidade em que se encontram tais fatos, bem como à suposta falta de reparação a seus familiares pelos danos causados e à incerteza sobre o paradeiro de uma das vítimas. Na demanda, a Comissão solicita à Corte que declare que o Estado responsável pela violação dos artigos 3 (Direito ao Reconhecimento da Personalidade Jurídica), 4 (Direito à Vida), 5 (Direito à Integridade Pessoal), 7 (Direito à Liberdade Pessoal), 8 (Garantias Judiciais) e 25 (Proteção Judicial) da Convenção Americana, em relação à obrigação estabelecida no artigo 1.1 (Obrigação de Respeitar os Direitos) do mesmo instrumento, em relação aos artigos I e XI da Convenção Interamericana sobre Desaparecimento Forçado de Pessoas, em prejuízo de Rainer Ibsen Cárdenas e José Luis Ibsen Peña; bem como os artigos 5 (Direito à Integridade Pessoal), 8 (Garantias Judiciais) e 25 (Proteção Judicial) da Convenção Americana, em relação ao artigo 1.1 (Obrigação de Respeitar os Direitos) da mesma, em prejuízo dos familiares das supostas vítimas, a saber, Tito Ibsen Castro, Rebeca Ibsen Castro, Raquel Ibsen Castro e Martha Castro Mendoza. Da mesma maneira, a Comissão solicitou que declare que o Estado descumpriu a obrigação estabelecida nos artigos III e IV da

4 79 Convenção Interamericana sobre Desaparecimento Forçado de Pessoas ao não tipificar o desaparecimento forçado até o ano de Caso Cabrera García e Montiel Flores contra México Em 24 de junho de 2009, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, em Humanos, apresentou uma demanda contra o Estado do México, em relação ao caso Teodoro Cabrera García e Rodolfo Montiel Flores. A demanda está relacionada com que os senhores Teodoro Cabrera García e Rodolfo Montiel Flores supostamente foram submetidos a tratamentos cruéis, desumanos e degradantes, enquanto se encontravam detidos e sob custódia de membros do Exército mexicano; não foram apresentados sem demora perante um juiz ou outro funcionário autorizado para exercer funções judiciais que controlara a legalidade da detenção; e se teriam realizado várias irregularidades no curso do procedimento penal adiantado em contra sua. Ademais, a demanda está relacionada à suposta falta de devida diligência na investigação e sanção dos responsáveis dos fatos e em particular a falta de investigação adequada das alegações de tortura e à utilização do foro militar para a investigação e julgamento de violações aos direitos humanos. pela violação dos artigos 5 (Direito à Integridade Pessoal), 7 (Direito à Liberdade Pessoal), 8 (Garantias Judiciais) e 25 (Proteção Judicial) da Convenção; pelo descumprimento das obrigações gerais estabelecidas nos artigos 1.1 (Obrigação de Respeitar os Direitos) e 2 (Dever de Adotar Disposições de Direito Interno) do mesmo instrumento; e pelo descumprimento de suas obrigações estabelecidas nos artigos 1, 6, 8 e 10 da Convenção Interamericana para Prevenir e Punir a Tortura, em prejuízo dos senhores Teodoro Cabrera García e Rodolfo Montiel Flores. 6. Caso da Comunidade Indígena Xákmok Kásek, aldeia Enxet-Lengua, e seus Membros contra Paraguai No dia 3 de julho de 2009, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, em Humanos, apresentou uma demanda contra o Estado do Paraguai, em relação ao caso Comunidade Indígena Xákmok Kásek. A demanda está relacionada com que supostamente o Estado não tem garantido o direito de propriedade ancestral da Comunidade Indígena Xákmok Kásek, aldeia Enxet-Lengua, e seus membros, encontrando-se em tramitação desde 1990 a pedido de reivindicação territorial da Comunidade, sem que até agora se tenha resolvido satisfatoriamente. O anterior supostamente tem significado não só a impossibilidade da Comunidade de aceder à propriedade e posição de seu território, mas que, pelas próprias características da mesma, tem implicado mantê-la em um estado de vulnerabilidade alimentícia, médica e sanitária, que ameaçam de maneira continua a supervivência dos membros da Comunidade e a integridade da mesma.

5 80 pela violação dos artigos 21 (Direito à Propriedade Privada), 4 (Direito à Vida), 8 (Garantias Judiciais) e 25 (Proteção Judicial), em relação aos artigos 1.1 (Obrigação de Respeitar os Direitos) e 2 (Dever de Adotar Disposições de Direito Interno), em prejuízo da Comunidade Indígena Xákmok Kásek, aldeia Enxet-Lengua, e seus membros, bem como a violação do artigo 3 (Direito ao Reconhecimento da Personalidade Jurídica) e 19 (Direitos da Criança), em relação aos artigos 1.1 (Obrigação de Respeitar os Direitos) e 2 (Dever de Adotar Disposições de Direito Interno) da Convenção Americana, em prejuízo de alguns membros da Comunidade Indígena Xákmok Kásek. 7. Caso Rosendo Cantú e outra contra México Em 2 de agosto de 2009, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, em Humanos, apresentou uma demanda contra o estado do México, em relação ao caso Rosendo Cantú e outra. A demanda está relacionada com a suposta violação e tortura da indígena Me phaa Valentina Rosendo Cantú em 16 de fevereiro de 2002 no Estado de Guerrero, México, bem como à suposta falta de devida diligência na investigação e sanção dos responsáveis dos fatos; às alegadas conseqüências dos fatos do caso na filha da suposta vítima; à suposta falta de reparação adequada em favor da suposta vítima e seus familiares; à utilização do foro militar para a investigação e julgamento de violações aos direitos humanos, e às supostas dificuldades que enfrentam as pessoas indígenas, em particular as mulheres, para aceder à justiça e os serviços de saúde no México. pela violação dos direitos reconhecidos nos artigos 5.1 (Direito à Integridade Pessoal), 8.1 (Garantias Judiciais), 11 (Proteção da Honra e da Dignidade), 19 (Direitos da Criança) e 25 (Proteção Judicial) da Convenção Americana sobre Direitos Humanos, em relação ao artigo 1.1 (Obrigação de Respeitar os Direitos) do mesmo instrumento, bem como no artigo 7 da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher e nos artigos 1, 6 e 8 da Convenção Interamericana para Prevenir e Sancionar a Tortura, todo o anterior em prejuízo da senhora Valentina Rosendo Cantú. Da mesma maneira, solicitou que a Corte declare a responsabilidade internacional do Estado pela violação do direito reconhecido no artigo 5.1 (Direito à Integridade Pessoal) da Convenção Americana, em relação ao artigo 1.1 (Obrigação de Respeitar os Direitos) da mesma, em prejuízo de Yenys Bernardino Rosendo, filha da senhora Valentina Rosendo Cantú. 8. Caso Lysias Fleury e sua família contra Haiti Em 5 de agosto 2009, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, em

6 81 Humanos, apresentou uma demanda contra o Estado do Haiti, em relação ao caso Lysias Fleury. A demanda está relacionada à suposta detenção ilegal e perpetração de tratamentos cruéis, desumanos e degradantes contra o senhor Lysias Fleury ocorridos em 24 de junho de 2002 na cidade de Porto Príncipe, a suposta posterior falta de devida diligência na investigação dos acontecimentos e a denegação de justiça em prejuízo dele e seus familiares, bem como suposta violação à integridade pessoal de seus familiares. pela violação dos artigos 5.1 e 5.2 (Direito à Integridade Pessoal) da Convenção Americana, em relação ao artigo 1.1 (Obrigação de Respeitar os Direitos) do mesmo instrumento, a causa das alegadas agressões realizadas em contra de Lysias Fleury por agentes estatais e por seus efeitos em sua integridade física, moral e mental; bem como pela violação dos artigos 7.2, 7.3, 7.4 e 7.5 (Direito à Liberdade Pessoal) da Convenção Americana, em relação ao artigo 1.1 (Obrigação de Respeitar os Direitos) deste instrumento, pela suposta detenção e arresto ilegais sem formulação de cargos contra o senhor Fleury. Da mesma maneira, a Comissão solicitou à Corte que declare a violação, em prejuízo dos familiares próximos do senhor Fleury, do artigo 5 (Direito à Integridade Pessoal) da Convenção Americana, em relação ao artigo 1.1 (Obrigação de Respeitar os Direitos) do mesmo instrumento a causa das supostas violações de sua integridade pessoal. Ademais, a Comissão solicitou à Corte que declare a violação dos artigos 8 (Garantias Judiciais) e 25 (Proteção Judicial) da Convenção Americana, em relação ao artigo 1.1 (Obrigação de Respeitar os Direitos) da Convenção, em prejuízo do senhor Fleury e seus familiares, por não ter iniciado uma investigação sem demora, efetiva, imparcial e independente das violações aos direitos humanos realizadas contra o senhor Fleury nem ter julgado e sancionado os responsáveis. 9. Caso Jesús Tranquilino Vélez Loor contra Panamá Em 8 de outubro de 2009, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, em Humanos, apresentou uma demanda contra o Estado do Panamá, em relação ao caso Jesús Tranquilino Vélez Loor. A demanda está relacionada à suposta detenção e posterior processamento do senhor Jesús Tranquilino Vélez Loor, de nacionalidade equatoriana, por delitos relacionados com sua situação migratória, sem as devidas garantias e sem a possibilidade ser ouvido e de exercer seu direito de defesa; a alegada falta de investigação das denuncias de tortura apresentadas pelo senhor Vélez Loor perante autoridades panamenhas, bem como com as supostas condições de detenção inumanas às quais esteve submetido em diferentes centros penitenciários panamenhos desde o momento de sua privação de liberdade em 11 de novembro de 2002, até sua deportação à República do Equador, em 10 de setembro de pela violação dos artigos 5 (Direito à Integridade Pessoal), 7 (Direito à Liberdade Pessoal), 8 (Garantias Judiciais) e 25 (Proteção Judicial) da Convenção Americana sobre Direitos Humanos, em relação com as obrigações estabelecidas nos artigos 1.1 (Obrigação de Respeitar os Direitos) e 2 (Dever de Adotar Disposições de Direito

7 82 Interno) da mesma, bem como dos artigos 1, 6 e 8 da Convenção Interamericana para Prevenir e Sancionar a Tortura, todos em prejuízo do senhor Jesús Tranquilino Vélez Loor. 10. Caso Mejía Idrovo contra Equador Em 19 de novembro de 2009, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, em Humanos, apresentou uma demanda contra o Estado do Equador, em relação ao caso Mejía Idrovo. A demanda está relacionada com o suposto descumprimento por parte do Estado de uma decisão ditada pelo Tribunal Constitucional que declarou a inconstitucionalidade de dois decretos executivos mediante os que se decretou a disponibilidade e baixa do Exército ao senhor José Alfredo Mejía Idrovo e dispôs a reparação dos danos causados. da suposta violação dos direitos consagrados nos artigos 8.1 (Garantias Judiciais) e 25 (Proteção Judicial) da Convenção Americana sobre Direitos Humanos, em relação com as obrigações estabelecidas nos artigos 1.1 (Obrigação de Respeitar os Direitos Humanos) deste tratado, em prejuízo do senhor José Alfredo Mejía Idrovo. 11. Caso Chocrón Chocrón contra Venezuela Em 25 de novembro de 2009, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, em Humanos, apresentou uma demanda contra o estado da Venezuela, em relação ao caso Mercedes Chocrón Chocrón. A demanda está relacionada à suposta destituição arbitrária da vítima do cargo de Juíza de Primeira Instância no Penal da Circunscrição Judicial da Área Metropolitana de Caracas, em ausência de garantias mínimas do devido processo, sem uma adequada motivação, sem a possibilidade de ser ouvida e de exercer seu direito de defesa, e sem ter contado com um recurso judicial efetivo frente a essas violações, todo como conseqüência da falta de garantias no procedimento de transição do Poder Judiciário. pela violação dos artigos 8 (Garantias Judiciais) e 25 (Proteção Judicial), em relação com as obrigações estabelecidas nos artigos 1.1 (Obrigação de Respeitar os Direitos) e 2 (Dever de Adotar Disposições de Direito Interno) da Convenção Americana sobre Direitos Humanos.

8 Caso Leopoldo López Mendoza contra Venezuela Em 14 de dezembro de 2009, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, em Humanos, apresentou uma demanda contra a República Bolivariana da Venezuela, em relação ao caso López Mendoza. A demanda está relacionada à suposta responsabilidade internacional em ter inabilitado o senhor López Mendoza do exercício da função pública por via administrativa em contravenção com os padrões convencionais e ter proibido sua participação nas eleições regionais do ano de 2008, assim como não ter outorgado as garantias judiciais e de proteção judicial adequadas nem ter outorgado uma reparação adequada a esse senhor. Na demanda, a Comissão solicita à Corte que estabeleça a responsabilidade internacional do Estado venezuelano porque descumpriu com suas obrigações internacionais ao incorrer na violação dos artigos 23, 8.1 e 25 da Convenção Americana, em relação com os artigo[s] 1.1 e 2 de dito instrumento, em prejuízo do senhor López Mendoza. conformidade com o artigo 63.1 (Obrigação de Reparar) da Convenção, ordenar ao IV. NOVAS MEDIDAS PROVISÓRIAS Durante o ano de 2010 foram submetidos à consideração da Corte dez novos pedidos de medidas provisórias: 1. Medidas provisórias no caso Fernández Ortega e outros (México) Em 8 de abril de 2009, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, em conformidade com os artigos 63.2 da Convenção Americana sobre Direitos Humanos, 26 do Regulamento da Corte e 74 do Regulamento da Comissão, apresentou à Corte um pedido de medidas provisórias para proteger a vida e a integridade pessoal de Obtilia Eugenio Manuel e sua família; quarenta e um membros da Organização do Povo Indígena Tlapaneco; Inés Fernández Ortega e sua família; vinte e nove membros da Organização da Montanha Tlanichollan, bem como os familiares dos senhores Raúl Lucas Lucía e Manuel Ponce Rosas. O anterior em razão de que a senhora Obtilia Eugenio teria sido supostamente objeto de ameaças, vigilância e atos de fustigação em razão de seu trabalho na Defesa dos direitos indígenas no estado de Guerrero, México. Em 9 de abril de 2009, a Presidenta da Corte emitiu uma Resolução sobre esse pedido de medidas provisórias, na qual resolveu, entre outros, ordenar ao Estado que adote as medidas provisórias necessárias para proteger a vida e a integridade das pessoas indicadas no parágrafo anterior. Em 30 de abril de 2009, a Corte emitiu uma Resolução com o propósito de que os Estados Unidos Mexicanos protejam a vida e integridade pessoal das pessoas já indicadas. Nesta Resolução, a Corte resolveu, entre outros, ratificar em todos seus termos a Resolução da Presidenta da Corte de 9 de abril de 2009 e, por conseguinte, requerer ao Estado que mantenha as medidas que está implementando, assim como também adote, de forma imediata, as medidas complementares necessárias para