CÂMARA MUNICIPAL DE OLIVEIRA DO BAIRRO 2ª REVISÃO DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL DE OLIVEIRA DO BAIRRO - RELATÓRIO AMBIENTAL - MAIO 2015 VOLUME II.7.

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1 CÂMARA MUNICIPAL DE OLIVEIRA DO BAIRRO 2ª REVISÃO DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL DE OLIVEIRA DO BAIRRO - RELATÓRIO AMBIENTAL - MAIO 2015 VOLUME II.7.1

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3 AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA DA PROPOSTA DE REVISÃO DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL DE OLIVEIRA DO BAIRRO RELATÓRIO AMBIENTAL Maio de 2015

4 ÍNDICE 1. Introdução Metodologia da Avaliação Ambiental Objeto de Avaliação e Enquadramento da proposta de revisão do Plano Objeto de Avaliação Alternativas à proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro Enquadramento para a Avaliação Ambiental Estratégica da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro Consulta às Entidades com Responsabilidades Ambientais Específicas Análise e Avaliação Estratégica por Fator Crítico para a Decisão Quadro de Referência Estratégico Relação entre o Quadro de Referência Estratégico e as Opções Estratégicas da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro Contribuição dos Fatores Ambientais para a Determinação dos Fatores Críticos para a Decisão FATOR CRÍTICO PARA A DECISÃO - ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO, DESENVOLVIMENTO REGIONAL E COMPETITIVIDADE Descrição do Fator Crítico para a Decisão e seus objetivos Situação Existente e Análise de Tendências Efeitos esperados da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro Oportunidades e Ameaças da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro Diretrizes para Seguimento FATOR CRÍTICO PARA A DECISÃO BIODIVERSIDADE E CONSERVAÇÃO DA NATUREZA Descrição do Fator Crítico para a Decisão e seus objetivos Situação Existente e Análise de Tendências Efeitos esperados da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro Oportunidades e Ameaças da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro Diretrizes para Seguimento FATOR CRÍTICO PARA A DECISÃO - QUALIDADE AMBIENTAL Descrição do Fator Crítico para a Decisão e seus Objetivos Situação Existente e Análise de Tendências Efeitos Esperados da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro Oportunidades e Ameaças da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro Diretrizes para Seguimento FATOR CRÍTICO PARA A DECISÃO PATRIMÓNIO CULTURAL E DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO Descrição do Fator Crítico para a Decisão e seus objetivos Situação Existente e Análise de Tendências Efeitos esperados da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro

5 Oportunidades e Ameaças da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro Diretrizes para Seguimento FATOR CRÍTICO PARA A DECISÃO - RISCOS AMBIENTAIS Descrição do Fator Crítico para a Decisão e seus objetivos Situação Existente e Análise de Tendências Efeitos esperados da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro Oportunidades e Ameaças da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro Diretrizes para Seguimento FATOR CRÍTICO PARA A DECISÃO GOVERNANÇA Descrição do Fator Crítico para a Decisão e seus objetivos Situação Existente e Análise de Tendências Efeitos Esperados da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro Oportunidades e Ameaças da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro Diretrizes para Seguimento Quadro de Governança para a Ação Orientações para a implementação de um Plano de Controlo Considerações Finais Referências Bibliográficas Anexos

6 LISTA DE ACRÓNIMOS AAE AHV Avaliação Ambiental Estratégica Aproveitamento Hidroagrícola do Vouga ENCNB Estratégia Nacional de Conservação da Natureza e da Biodiversidade ENDS Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável ENE Estratégia Nacional para a Energia ENEAPAI Estratégia Nacional para os Efluentes Agro-Pecuários e Agro-Industriais FA Fatores Ambientais FCD Fatores Críticos de Decisão IGT Instrumentos de Gestão Territorial PGBHVML Plano de Gestão da Bacia Hidrográfica dos Rios Vouga, Mondego e Lis PDM Plano Diretor Municipal PEAASAR II Plano Estratégico de Abastecimento de Água e de Saneamento de Águas Residuais II PENDR Plano Estratégico Nacional de Desenvolvimento Rural PENT Plano Estratégico Nacional do Turismo PEPS Proposta para a Estratégia de Proteção dos Solos PERSU II Plano Estratégico para os Resíduos Sólidos Urbanos PMDFCI Oliveira do Bairro Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndio de Oliveira do Bairro PMOT Planos Municipais de Ordenamento do Território PNA Plano Nacional da Água PNAAS Plano Nacional de Ação Ambiente e Saúde PNAC Plano Nacional de Alterações Climáticas PNPOT Programa Nacional de Política de Ordenamento do Território PNUEA Programa Nacional para o Uso Eficiente da Água PRN 2000 Plano Rodoviário Nacional PROF - CL Plano Regional de Ordenamento Florestal do Centro Litoral PROT - C Plano Regional de Ordenamento do Território do Centro PSRN 2000 Plano Setorial da Rede Natura 2000 QE Questões Estratégicas QRE Quadro de Referência Estratégico RA RFC Relatório dos Fatores Críticos 3

7 1. Introdução A Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) de planos e programas é um procedimento obrigatório em Portugal e um instrumento da política de ambiente cuja obrigatoriedade de aplicação decorre da publicação do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho (com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 58/2011, de 4 de Maio), o qual consagra no ordenamento jurídico nacional os requisitos legais europeus estabelecidos pela Diretiva 2001/42/CE, de 25 de Junho. A adaptação do regime de avaliação ambiental aos Instrumentos de Gestão Territorial surge no quadro legislativo nacional com a publicação do Decreto-Lei n.º 316/2007, de 19 de Setembro, que altera e republica o Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, por sua vez alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 46/2009, de 20 de Fevereiro, incorporando a análise sistemática dos efeitos ambientais nos procedimentos de elaboração, alteração, revisão, assim como no acompanhamento, participação pública e aprovação dos Planos Municipais de Ordenamento do Território (PMOT). O procedimento de AAE, de acordo com o disposto no artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho (com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 58/2011, de 4 de Maio), consiste na identificação, descrição e avaliação dos eventuais impactes significativos no ambiente resultantes de um plano ou programa, realizada durante um procedimento de preparação e elaboração de um plano ou programa e antes do mesmo ser aprovado ou submetido ao procedimento legislativo, concretizada na elaboração de um relatório ambiental e na realização de consultas, e a ponderação dos resultados obtidos na ponderação da decisão final sobre o plano ou programa e a divulgação pública de informação respeitante à decisão final. A Avaliação Ambiental Estratégica visa estabelecer um nível elevado de proteção do ambiente e promover a integração das questões ambientais e de sustentabilidade nas diversas fases de preparação e desenvolvimento de políticas, planos e programas, designadamente instrumentos de gestão territorial, que assegurem uma visão estratégica e contribuam para processos de decisão ambientalmente sustentáveis. A Avaliação Ambiental Estratégica tem como objetivos globais (APA, 2007): Assegurar a integração de considerações ambientais, sociais e económicas nos processos de planeamento, de programação e de elaboração de políticas; Detetar oportunidades e riscos, avaliar e comparar opções alternativas de desenvolvimento enquanto estas ainda se encontram em discussão; Contribuir para o estabelecimento de contextos de desenvolvimento mais adequados a futuras propostas de desenvolvimento. 4

8 O presente relatório ambiental constitui um importante contributo do processo de AAE para a proposta de revisão do Plano Diretor Municipal (PDM) de Oliveira do Bairro, concretizando a recomendação exposta no Artigo 5.º da Diretiva 2001/42/CE (com transposição no n.º 1 do artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 58/2011, de 4 de Maio) sempre que seja necessário proceder a uma avaliação ambiental, deve ser elaborado um relatório ambiental no qual serão identificados, descritos e avaliados os eventuais efeitos significativos no ambiente resultantes da aplicação do plano ou programa e as suas alternativas razoáveis que tenham em conta os objetivos e o âmbito de aplicação territorial respetivos. O relatório ambiental deve incluir as informações que razoavelmente possam ser necessárias, tendo em conta os conhecimentos e métodos de avaliação disponíveis, o conteúdo e o nível de pormenor do plano ou do programa e a sua posição no processo de tomada de decisões. No presente caso, a integração de aspetos que visam garantir a sustentabilidade ambiental da proposta de revisão do presente PDM efetua-se essencialmente numa fase de análise dos efeitos esperados sobre a concretização das opções do Plano, através da indicação de diretrizes de seguimento e da especificação de medidas e ações que integram as orientações para a implementação de um Plano de Controlo no. Em termos estruturais, após uma introdução geral ao enquadramento e objetivos da Avaliação Ambiental Estratégica, o presente relatório apresenta no Capítulo 2 os aspetos metodológicos associados ao processo de Avaliação Ambiental Estratégica. O Capítulo 3 destaca o objeto de avaliação do presente estudo, identifica as opções estratégicas e respetivos objetivos estratégicos inerentes à proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro, descreve as alternativas que estiveram na base da tomada de decisão pelo modelo de gestão territorial agora proposto e ainda apresenta o enquadramento para a AAE da presente proposta de revisão. O resultado dos pareceres emitidos pelas entidades com responsabilidades ambientais específicas, relativos ao Relatório de Fatores Críticos (RFC), é enunciado no Capítulo 4 Consulta às Entidades com Responsabilidades Ambientais Específicas. No Capítulo 5 apresenta-se o Quadro de Referência Estratégico (QRE) definido para a presente proposta de revisão, a relação entre o QRE e as Opções Estratégicas da proposta de revisão do PDM e a contribuição dos Fatores Ambientais para a determinação dos Fatores Críticos de Decisão (FCD). Este capítulo apresenta ainda uma avaliação dos Fatores Críticos de Decisão, tendo em consideração a situação existente e a análise das principais tendências sem considerar a revisão do Plano, sendo posteriormente analisados os efeitos esperados com a concretização das opções da proposta do Plano, de acordo com um conjunto de indicadores previamente definidos, com o intuito de verificar de que forma as opções do Plano contribuem para atingir os objetivos de sustentabilidade ambiental. Para cada FCD foram identificadas oportunidades e ameaças decorrentes da execução do plano em 5

9 análise, assim como foram definidas diretrizes de seguimento, que serão concretizadas mais adiante nas medidas propostas no âmbito das orientações para a implementação de um Plano de Controlo. O Capítulo 6 apresenta o Quadro de Governança para a Ação com indicação das principais entidades/agentes intervenientes com responsabilidade em todo o processo de acompanhamento do Plano. O Capítulo 7 contempla as orientações para a implementação de um Plano de Controlo, a ter em consideração pela autarquia na execução do PDM em análise. Por fim, o Capítulo 8 apresenta uma síntese dos aspetos mais importantes identificados no âmbito da presente Avaliação Ambiental Estratégica. 6

10 2. Metodologia da Avaliação Ambiental AAE da Proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro A Avaliação Ambiental Estratégica da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro desenvolve-se em diversos momentos, com recurso a metodologias próprias, e articulados entre si, conforme se evidencia na figura seguinte. Definição do Âmbito e do Alcance da Avaliação Ambiental Estratégica Integra o Relatório de Fatores Críticos Consulta às Entidades com Responsabilidades Ambientais Específicas De acordo com o disposto no n.º 3, do artigo 5.º, do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho Análise e Avaliação Ambiental das Opções Estratégicas da Proposta de Revisão do PDM de Oliveira do Bairro Integra o e respetivo Resumo Não Técnico Consulta Pública De acordo com o disposto no artigo 7.º, do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho Elaboração da Declaração Ambiental De acordo com o disposto no artigo 10.º, do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho Acompanhamento da Execução do Plano e Monitorização da AAE De acordo com o disposto no artigo 11.º, do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho Figura 2.1 Metodologia da Avaliação Ambiental Estratégica A Avaliação Ambiental Estratégica segue, metodologicamente, as linhas de orientação presentes no Guia de Boas Práticas para Avaliação Ambiental Estratégica (APA, 2007) e no documento de Orientação elaborado pela Direção- Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano intitulado Guia da Avaliação Ambiental Estratégica 7

11 dos Planos Municipais de Ordenamento do Território (DGOTDU, 2008), assumindo as devidas alterações impostas pela maturidade do Plano em análise. DEFINIÇÃO DO ÂMBITO E DO ALCANCE DA AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA O processo de AAE da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro iniciou-se com a determinação dos Fatores Críticos de Decisão. Em termos metodológicos, a fase de delimitação do âmbito e do alcance promoveu as seguintes iniciativas: Reconhecimento das opções estratégicas de desenvolvimento e respetivos objetivos estratégicos; Reconhecimento de base territorial das referidas opções estratégicas e respetivas implicações ambientais; Reconhecimento dos problemas, ameaças e oportunidades em função do enquadramento territorial existente e dos objetivos estratégicos do Plano; Definição do Quadro de Referência Estratégico para o PDM de Oliveira do Bairro; Identificação e caraterização das questões ambientais relevantes para o PDM de Oliveira do Bairro promovendo a seleção dos fatores ambientais relevantes, com base nos elementos de diagnóstico que suportam a elaboração do Plano, na legislação e na informação de base aplicável; Identificação e caraterização das questões ou domínios que devam ser avaliados, em matéria de sustentabilidade ambiental, recorrendo a indicadores; Definição dos objetivos de sustentabilidade tendo em consideração a avaliação de impactes de todas as intervenções que se pretendem concretizar na área do Plano. Nesta AAE, o momento de definição do âmbito, expresso pelo Relatório de Fatores Críticos, implicou: A determinação do âmbito da avaliação ambiental a realizar, através do processo de análise que permitiu identificar os Fatores Críticos de Decisão e respetivos domínios de análise; A determinação do alcance e nível de pormenorização da informação a incluir no, através do estabelecimento de indicadores que permitam caracterizar a situação de referência e realizar um diagnóstico relativo a potenciais riscos ou oportunidades decorrentes dos efeitos associados às opções estratégicas da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro. O estabelecimento dos Fatores Críticos de Decisão pressupôs a análise integrada dos seguintes elementos: 8

12 Quadro de Referência Estratégico (QRE), contexto macro-político nacional em matéria de ambiente e sustentabilidade; Questões Estratégicas Fundamentais, também designadas por Opções Estratégicas (QE), identificadas na proposta de plano com potenciais implicações ambientais; Fatores Ambientais (FA), pertinentes para a avaliação. A determinação dos FCD resulta, numa primeira fase, da interação entre os objetivos do Quadro de Referência Estratégico preconizado e as Opções Estratégicas definidas na proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro. A análise de interação entre os objetivos dos instrumentos do Quadro de Referência Estratégico e as Opções Estratégicas determina o grau de convergência das opções estratégicas da proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro, com os objetivos de ambiente e sustentabilidade preconizados nos instrumentos do QRE: Relação forte (evidencia que os objetivos do QRE se encontram contemplados nas opções estratégicas da proposta de revisão do PDM); Relação média (evidencia que os objetivos do QRE se encontram apenas parcialmente contemplados nas opções estratégicas da proposta do PDM); Relação fraca (evidencia a existência de objetivos do QRE que não se encontram devidamente contemplados nas opções estratégicas da proposta de revisão do PDM); Não aplicável - n.a. (evidencia que os objetivos do QRE não se aplicam às opções estratégicas da proposta de revisão do PDM). Esta análise permitiu evidenciar as questões de sustentabilidade ambiental que se prefiguram como determinantes para integrarem os FCD que devem ser avaliados, por forma a contribuir para o processo de tomada de decisão e promover o alcance do(s) objetivo(s) de sustentabilidade ambiental pretendidos na execução do PDM de Oliveira do Bairro. Da análise das relações existentes entre as duas componentes referidas e da integração dos Fatores Ambientais (FA), definidos no quadro legislativo 1, considerados importantes nesta avaliação, resultaram os Fatores Críticos de Decisão, que reúnem os aspetos de ambiente e sustentabilidade relevantes que servirão de base para a tomada de decisão (Figura 2.2). 1 Fatores ambientais definidos na alínea e) do n.º 1, do artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho 9

13 QRE QE FCD FA Figura 2.2. Representação esquemática em Diagrama de Venn da definição dos FCD (adaptado de Partidário, 2007) Os Fatores Críticos de Decisão constituem os temas mais importantes a serem abordados no âmbito da AAE e identificam os aspetos que deverão ser considerados na tomada de decisão. O objetivo da definição dos FCD é assegurar a focagem da AAE, estabelecendo o alcance da avaliação de forma a perceber o enquadramento em que esta se realiza. Definidos os FCD, identificaram-se os domínios de avaliação, que refletem o âmbito das questões pertinentes associadas a cada fator crítico e estruturam uma abordagem temática. Para cada domínio de avaliação foram indicados os objetivos de sustentabilidade que convergem para os objetivos preconizados nos instrumentos que constituem o Quadro de Referência Estratégico para a proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro. Foram ainda apresentados os critérios de sustentabilidade para a avaliação dos diversos indicadores definidos, que permitem suportar a análise prevista para o presente e contribuir para avaliar a sustentabilidade da estratégia preconizada nos objetivos estratégicos da proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro, facilitando a avaliação e possibilitando uma tomada de decisão consciente e adequada. CONSULTA ÀS ENTIDADES COM RESPONSABILIDADES AMBIENTAIS ESPECÍFICAS, DE ACORDO COM O DISPOSTO NO N.º 3, DO ARTIGO 5.º, DO DECRETO-LEI N.º 232/2007, DE 15 DE JUNHO (COM AS ALTERAÇÕES INTRODUZIDAS PELO DECRETO-LEI N.º 58/2011, DE 4 DE MAIO) A Câmara Municipal promove a consulta sobre o âmbito da AAE (Relatório de Fatores Críticos) às entidades com responsabilidades ambientais específicas (no mínimo), às quais possam interessar os efeitos ambientais resultantes da aplicação do plano (de acordo com o n.º 2, do artigo 75.º-A do Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 46/2009, de 20 de Fevereiro, conjugado com o n.º 3, do artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 58/2011, de 4 de Maio). 10

14 As entidades a consultar são, nos termos do n.º 3, do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho (com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 58/2011, de 4 de Maio), a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), o Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB), o Instituto da Água (INAG), as Administrações de Região Hidrográfica (ARH), as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR), a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), as Autoridades Regionais de Saúde (ARS) ou os municípios da área abrangida pelo objeto em estudo. No entanto, não obstante o referido anteriormente, importa salientar que a seleção das entidades a consultar varia de acordo com o IGT em estudo, sendo determinada em função do âmbito e dos objetivos da avaliação, assim como das atribuições e competências legais de cada instituição. Desta forma, nem todas as entidades referidas no diploma têm necessariamente de ser consultadas e, por outro lado, podem ser consultadas outras entidades não referidas no respetivo diploma. Cabe à Câmara Municipal ponderar e decidir que entidades devem ser consultadas, em cada caso concreto (DGOTDU, 2008). ANÁLISE E AVALIAÇÃO DAS OPÇÕES ESTRATÉGICAS DA PROPOSTA DE REVISÃO DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL DE OLIVEIRA DO BAIRRO O presente serve de base à segunda fase do processo de AAE da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro. A metodologia de AAE adotada para a caraterização e análise de cada um dos FCD definidos envolveu a integração dos seguintes elementos: Caraterização da situação existente e análise das principais tendências na ausência da execução do Plano; Análise dos efeitos esperados com a implementação do Plano; Avaliação estratégica de oportunidades e riscos; Proposta de diretrizes de seguimento; Estabelecimento de um quadro de governança para a ação; Estabelecimento de orientações para a implementação de um plano de controlo para acompanhamento do processo. Na análise da situação existente e das principais tendências, associada a cada um dos FCD, recorre-se a uma análise do tipo SWOT 2, pretendendo-se efetuar um diagnóstico de referência, sem considerar a implementação da proposta de revisão do Plano, identificando, para isso, um conjunto de pontos fortes e fracos e as relações entre 2 O termo SWOT é um acrónimo de Forças (Strengths), Fraquezas (Weaknesses), Oportunidades (Opportunities) e Ameaças (Threats). 11

15 estes ao nível das principais áreas de desenvolvimento local, e determinar na envolvente económica, social, patrimonial e ambiental do município, aspetos potenciadores e opositores ao desenvolvimento sustentável. No que se relaciona com a análise dos efeitos esperados, com o intuito de aferir de que forma a implementação do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro em avaliação contribui para a concretização de metas e objetivos ambientais definidos nos diferentes instrumentos de referência considerados relevantes, realiza-se uma análise pormenorizada do Quadro de Referência Estratégico definido, tendo em vista avaliar em que medida o Plano contribui ou conflitua com os objetivos delineados nos diferentes instrumentos estratégicos. São ainda identificadas as relações de contribuição das opções estratégicas inerentes à proposta de revisão do Plano, para a promoção de cada um dos indicadores definidos para os FCD. A avaliação estratégica das principais ameaças e oportunidades é desenvolvida com o intuito de evidenciar os eventuais constrangimentos e potencialidades expectáveis com a implementação do PDM de Oliveira do Bairro em avaliação. Com base nos indicadores definidos e nos efeitos previsíveis que a implementação do Plano pode ter sobre estes, são identificadas diretrizes de seguimento, que correspondem a orientações ou recomendações a implementar na fase de execução da proposta, visando reforçar os princípios e objetivos de sustentabilidade, refletindo-se nas orientações para a implementação de um plano de controlo. No estabelecimento das orientações para a implementação de um plano de controlo, identificaram-se indicadores de sustentabilidade, medidas de gestão ambiental a adotar e o posicionamento do município de Oliveira do Bairro face a metas estabelecidas em documentos estratégicos. A execução deste plano é crucial para acompanhar o ciclo de planeamento e programação, servindo para monitorizar as diferentes fases da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro. Há ainda lugar à definição de um quadro de governança para o PDM de Oliveira do Bairro em avaliação, que permite identificar as entidades e os agentes que se considera terem um papel primordial na operacionalização, monitorização e gestão das ações previstas no Plano, garantindo o cumprimento dos objetivos relativos aos FCD e das diretrizes propostas. CONSULTA PÚBLICA, DE ACORDO COM O DISPOSTO NO ARTIGO 7.º, DO DECRETO-LEI N.º 232/2007, DE 15 DE JUNHO (COM AS ALTERAÇÕES INTRODUZIDAS PELO DECRETO-LEI N.º 58/2011, DE 4 DE MAIO) Antes da aprovação do Plano e do respetivo, a Câmara Municipal promove novamente a consulta às entidades com responsabilidades ambientais específicas, para emissão de parecer (de acordo com o n.º 2, do artigo 75.º-A do Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei 12

16 n.º 46/2009, de 20 de Fevereiro, conjugado com o n.º 3, do artigo 7.º, do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 58/2011, de 4 de Maio). Concluído o período de acompanhamento, a Câmara Municipal procede à abertura de um período de discussão pública, através de Aviso a publicar no Diário da República, tendo como objetivo recolher sugestões formuladas por associações, organizações ou grupos não governamentais, ou outras pessoas interessadas. A consulta pública e o prazo de duração são publicitados através de meios eletrónicos (página da internet da Câmara Municipal), e divulgados através da comunicação social. Durante o período de discussão pública, o projeto de Plano e respetivo, assim como os pareceres da Comissão de Acompanhamento ou da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional, e os demais pareceres eventualmente emitidos, estão disponíveis ao público na Câmara Municipal, e noutros locais indicados pela autarquia (n.º 3, do artigo 77.º, do Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 46/2009, de 20 de Fevereiro, articulado com os n.º 6, 7 e 8, do artigo 7.º, do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 58/2011, de 4 de Maio). ELABORAÇÃO DA DECLARAÇÃO AMBIENTAL Do processo de AAE resulta uma declaração ambiental, elaborada pela entidade responsável pela elaboração do Plano (no presente caso a Câmara Municipal de Oliveira do Bairro) que reflete a forma como as considerações ambientais foram tidas em consideração durante a preparação e elaboração do Plano, incorporando orientações para a implementação do Plano de Controlo e as medidas de controlo. Esta declaração deverá conter: Uma síntese relativa às considerações ambientais do relatório ambiental que foram integradas no plano; As observações apresentadas pelas entidades consultadas na discussão pública e o resultado da respetiva ponderação; As razões que fundaram a aprovação do PMOT à luz de outras alternativas razoáveis, abordadas aquando da respetiva elaboração (se aplicável); As medidas de controlo previstas. Após a aprovação da Proposta de Revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro, a Declaração Ambiental deverá ser enviada à Agência Portuguesa do Ambiente, acompanhada do respetivo Plano (no caso deste ainda não ter sido objeto de publicação em Diário da República) e às Entidades com Responsabilidades Ambientais Específicas (ERAE). Posteriormente, esta informação será disponibilizada ao público pela Câmara Municipal de 13

17 Oliveira do Bairro (entidade responsável pela elaboração do plano), através da respetiva página da Internet, podendo ser igualmente disponibilizada na página da Internet da Agência Portuguesa do Ambiente. ACOMPANHAMENTO DA EXECUÇÃO DO PLANO E MONITORIZAÇÃO DA AAE Numa fase posterior, a Câmara Municipal de Oliveira do Bairro deverá avaliar e controlar os efeitos significativos no ambiente decorrentes da aplicação / execução do plano, verificando se estão a ser cumpridas as medidas constantes da Declaração Ambiental, utilizando os indicadores de execução do plano. Para isso, deverá ser desenvolvido um conjunto de ações (DGOTDU, 2008), nomeadamente: Implementar um esquema ou programa para controlo da execução do plano, verificação das medidas previstas na declaração ambiental, e monitorização dos seus efeitos no ambiente; Monitorizar os efeitos da execução do plano no ambiente através de indicadores previamente selecionados; Elaborar estudos em função do que foi estabelecido durante a elaboração do Plano ou de acordo com as necessidades que se venham a definir. Os resultados do controlo devem ser divulgados pela Câmara Municipal através de meios eletrónicos, atualizados com uma periodicidade mínima anual, e remetidos anualmente à Agência Portuguesa do Ambiente (artigo 11.º do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 58/2011, de 4 de Maio). 14

18 3. Objeto de Avaliação e Enquadramento da proposta de revisão do Plano 3.1. Objeto de Avaliação O objeto de avaliação do presente corresponde à Proposta de Revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro. O Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro é um instrumento de gestão do território de âmbito municipal, integrado nos planos municipais de ordenamento do território, também designados por PMOT. De acordo com o regime jurídico dos instrumentos de gestão territorial (RJIGT) os PMOT concretizam, para uma determinada área do território municipal, a política de ordenamento do território e de urbanismo, fornecendo o quadro de referência para a aplicação das políticas urbanas e definindo a estrutura urbana, o regime de uso do solo e os critérios de transformação do território. O Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro, ratificado pela portaria n.º 134/86, de 5 de Abril, sofreu uma primeira Revisão, tendo sido aprovado pela Assembleia Municipal de Oliveira do Bairro, através da Resolução de Conselho de Ministros n.º 80/99, de 29 de Setembro. Entretanto, o PDM sofreu ainda duas alterações e uma suspensão parcial: Alteração sujeita ao regime simplificado, aprovada em Assembleia Municipal e publicada em Diário da República, de 24 de Junho de 2004 (Declaração n.º 177/2004) Alteração ao Regulamento do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro (1.ª Revisão), aprovada em Assembleia Municipal e publicada em Diário da República, de 10 de Dezembro de 2007 (Deliberação n.º 2377/2007) Suspensão parcial do PDM e estabelecimento de Medidas Preventivas, aprovada em Assembleia Municipal, e publicada em Diário da República, de 17 de Outubro de 2008 (Resolução de Conselho de Ministros n.º 158/2008) Estas alterações evidenciam já uma dinâmica real, e alterações significativas das perspetivas de desenvolvimento económico e social, incompatíveis, algumas delas, com as opções contidas no atual PDM. 15

19 NECESSIDADE DE REVISÃO DO PDM De acordo com informação constante no relatório do Plano decorridos dez anos de vigência da primeira Revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro constata-se que existem de facto incompatibilidades formais com a realidade, i.e., verificam-se dificuldades de enquadramento regulamentar de casos pontuais devido à sobreposição de usos incompatíveis e a necessidade de corrigir os limites das diferentes classificações de solo. De salientar ainda que, ao fim de dez anos, ocorreram igualmente significativas alterações em matéria de ordenamento do território e de ambiente, nomeadamente: Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial Decreto-Lei n.º 316/2007 de 19 de Setembro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 46/2009, de 20 de Fevereiro; Avaliação Ambiental Estratégica Decreto-Lei n.º 232/2007 de 15 de Junho; Novo Regime Jurídico da REN - Decreto-Lei n.º 166/2008 de 22 de Agosto; Novo Regime Jurídico para o Ruído - Decreto-Lei n.º 9/2007 de 17 de Janeiro; Novo Regime Jurídico da RAN Decreto-Lei n.º 73/2009, de 31 de Março. Por outro lado, tornou-se necessário proceder à revisão do PDM não apenas devido ao estipulado nas normas regulamentares, mas também devido à crescente desatualização das orientações base do PDM face à realidade. De facto, a cartografia digital e os instrumentos de SIG constituem ferramentas capazes de responder às crescentes exigências e desenvolvimento do concelho, ao nível urbanístico, económico, social e ambiental, constituindo uma base de trabalho perfeitamente adaptada à realidade. Neste contexto, a revisão do PDM de Oliveira do Bairro torna-se num processo urgente e necessário, no sentido de assegurar a colmatação das lacunas anteriormente identificadas, quer ao nível da Cartografia, quer ao nível do Regulamento, quer ao nível das delimitações dos diferentes Usos de Solo. Neste contexto, de forma a fazer face aos constrangimentos referidos, a segunda Revisão do PDM de Oliveira do Bairro apresenta como principais objetivos (Relatório de Avaliação do PDM de Oliveira do Bairro): Dotar o concelho de instrumentos técnicos que suporte, de uma forma eficaz e adequada, o crescimento económico e urbano, no sentido de possibilitar um crescimento e desenvolvimento sustentado e equilibrado; Articular os vários elementos desenhados e escritos que integram o conteúdo documental do Plano Diretor Municipal, por forma a credibilizar e fundamentar qualquer ação inserida no contexto de ordenamento e planeamento do território; 16

20 A disponibilização da cartografia em formato digital tornará todo o processo de revisão do Plano Diretor Municipal eficaz, racional e coerente com a realidade, constituindo elementos / documentos fiáveis e eficazes na gestão futura do território municipal; Tornar todo o processo de planeamento e gestão do território municipal eficaz, coerente, racional, transparente e capaz de conferir uma resposta adequada aos problemas e potencialidades que vão surgindo. A um nível mais específico o relatório aponta, ainda, um conjunto de ajustamentos necessários à operacionalidade futura do PDM: Correção dos erros de base cartográfica, designadamente através da utilização de cartografia atual em formato digital, com a subsequente realização de uma análise pormenorizada das situações de conflito / sobreposição de usos de solo incompatíveis; Perfeita definição dos aglomerados urbanos, com a realização de acertos pontuais de áreas, tendo em atenção a avaliação do crescimento populacional bem como da construção (com base nos Censos de 2001), no sentido de aferir e sustentar uma justificação técnica do redimensionamento dos perímetros urbanos e cuja urbanização é possível programar; Redefinição dos limites da Reserva Ecológica Nacional e da Reserva Agrícola Nacional, em suporte digital, com introdução das alterações decorrentes de alguns processos de declaração de interesse público e de acerto de áreas, uma vez que existem áreas merecedoras de integração nestes regimes e outras que se encontram classificadas com REN e/ou RAN mas que observam já a presença de edificações que se encontram licenciadas; Atualização da Planta de Ordenamento, em suporte digital, com as alterações já efetuadas e a efetuar ao nível dos diferentes usos de solo, bem como a definição clara e coerente de diferentes classes de zonas urbanas ou urbanização é possível programar, consoante as caraterísticas inerentes a estes espaços concelhios; Alterações pontuais ao regulamento do Plano Diretor Municipal, ao nível da classificação do uso do solo nomeadamente, a reclassificação de solo florestal em solo de REN, bem como as desafetações de RAN e REN associadas ao Estudo Definitivo de alguns Plano Pormenor que se encontram em elaboração; Introdução de regras claras e racionais de gestão do território, quer no que se refere às diferentes classes de solo, quer relativamente aos parâmetros (qualitativos e quantitativos) a atribuir a cada uma dessas classes e a adaptação do Plano à nova legislação urbanística; 17

21 Inserção de alguns estudos de índole ambiental que se têm demonstrado importantes para o equilíbrio ambiental do concelho, como seja o Plano Intermunicipal de Ordenamento da Ria de Aveiro, o Plano Setorial da Rede Natura 2000 e o Plano Geral de Ordenamento dos Barreiros de Bustos / Palhaça; Integração de um Sistema de Informação Geográfica no sentido de possibilitar o tratamento cartográfico necessário do Plano Diretor Municipal, em suporte digital, por forma a ser possível aceder a informação credibilizada e eficaz, quer para o desenvolvimento do processo de planeamento propriamente dito, quer para a gestão futura do território na sua globalidade. A presente proposta de revisão pretende conferir uma maior operacionalidade ao Plano Diretor Municipal, no sentido de tornar possível o enquadramento das novas dinâmicas subjacentes à atual realidade urbanística do concelho e aos seus principais agentes e intervenientes. PROPOSTAS DE LINHAS DE AÇÃO E DESENVOLVIMENTO Os objetivos de desenvolvimento devem ser consubstanciados e assentes numa estrutura organizativa cujas características clarificam e identificam os vetores estratégicos de desenvolvimento territorial a seguir representados por cinco linhas de ação (Relatório de Fundamentação das Opções do Plano, 2014): Linha de Ação 1 - Aglomerados e lugares atrativos e socialmente coesos. Linha de Ação 2 - Industrialização qualificada, como fator de atração e motor do desenvolvimento. Linha de Ação 3 - Agricultura complementar e inovadora. Da produção ao lazer ativo. Linha de Ação 4 - Valorizar a identidade e o património natural. Linha de Ação 5 - Comunidade e gestão aberta. As diferentes Linhas de Ação propostas revelam e refletem o conjunto de problemas e de potencialidades que se identifica no território e no modelo de gestão territorial. Definidas e assumidas as linhas orientadoras, o concelho de Oliveira do Bairro deverá delinear uma estratégia de desenvolvimento, elegendo e definindo para o efeito projetos estratégicos. Não é tarefa fácil selecionar os projetos estratégicos, encontrar os parceiros adequados e estabelecer os tempos e os custos associados à sua execução. A definição destes projetos deve no entanto observar e considerar um conjunto de preocupações essenciais nos contextos atuais, e que se apresentam sumarizadas na figura seguinte (Relatório de Fundamentação das Opções do Plano, 2014). 18

22 Figura Esboço do Modelo Estratégico de Desenvolvimento (adaptado do Relatório de Fundamentação das Opções do Plano, 2014) Conforme referido no Relatório de Fundamentação das Opções do Plano, sintetizando, a definição do modelo estratégico de desenvolvimento deve sustentar-se, tendo em consideração: Um conjunto de desafios que marcam o discurso de desenvolvimento actual. Desde a sustentabilidade à capacidade de diferenciação. É evidente que atualmente, tal como as empresas, os territórios competem entre si, na atracção e fixação de gente e de investimento. Torna-se assim, cada vez mais, fundamental encontrar novas formas de gestão territorial capazes de construir territórios mais atractivos e mais apetecidos. O marketing territorial é hoje uma ferramenta essencial aos municípios que desejam ganhar o seu espaço em territórios competitivos; Um conjunto de capacidades / competências mínimas. Pensar e integrar redes é fundamental. Desde acontecimentos, actividades, a percursos e eixos. Oliveira do Bairro integra a Região Centro e o Baixo Vouga e as dinâmicas regionais são fortes. Mas, é nas exigências mais simples da sensibilidade e do bom senso que residem as bases para o sucesso da aposta estratégica; Ambição no desenho da estratégia. E esta deve ser balizada pelo equilíbrio entre a utopia, a integrar na definição, e desenho de uma aposta estratégica para um horizonte temporal de anos e a capacidade de realização, conscienciosa, em função dos meios e das capacidades disponíveis. Pensar em grande, mas realizar de forma objetiva, projeto a projeto; Estratégias de risco calculado. A estratégia deve por isso integrar sempre soluções e caminhos alternativos. Não deve ser uma estratégia de resultado único. Tem de integrar capacidade de se ir autoredefinindo em função das apostas concretizadas e em função das mudanças dos contextos e das dinâmicas metropolitanas; 19

23 Liderança é fundamental. A aposta tem de ter um rosto, uma liderança forte que incuta confiança e integra criatividade. Apenas desta forma é possível captar o interesse e o envolvimento de parceiros estratégicos, sejam eles institucionais ou privados. Figura Bases para o Modelo Estratégico de Desenvolvimento (adaptado do Relatório de Fundamentação das Opções do Plano, 2014) Opções Estratégicas e Objetivos Estratégicos da Proposta de Revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro As opções estratégicas definidas foram adaptadas da perceção do modelo de desenvolvimento estratégico sugerido, bem como do reconhecimento dos elementos de força do território concelhio, suportado pela análise dos elementos que acompanham a proposta de revisão do PDM, designadamente os Estudos Setoriais de Caraterização: PROMOÇÃO DA COESÃO SOCIAL / QUALIFICAÇÃO URBANA DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO, CRESCIMENTO E EMPREGO PRESERVAÇÃO DO SISTEMA BIOFÍSICO E PROMOÇÃO DA SUSTENTABILIDADE ENVOLVIMENTO DA COMUNIDADE 20

24 A definição das opções estratégicas da proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro resultaram, conforme descrito no Capítulo 4, da perceção do modelo de desenvolvimento estratégico sugerido, bem como do reconhecimento dos elementos de força do território concelhio suportado pela análise dos estudos de caraterização elaborados neste âmbito. O Quadro estabelece a relação entre as opções estratégicas definidas para o PDM de Oliveira do Bairro e os respetivos objetivos estratégicos. Quadro Opções Estratégicas e Objetivos Estratégicos da proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro (Fonte: adaptação dos estudos setoriais que suportam a proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro) Opções Estratégicas Promoção da Coesão Social / Qualificação Urbana Desenvolvimento Económico, Crescimento e Emprego Objetivos Estratégicos - Construir espaços urbanos, estruturados, infra-estruturados, atrativos e agradáveis; - Promover o desenvolvimento de aglomerados e lugares atrativos e socialmente coesos; - Qualificar os centros urbanos, como forma de afirmação de uma imagem e de uma estrutura urbana sustentável; - Melhorar a qualidade do ambiente urbano; - Criação de espaços vocacionados para o recreio e para o lazer; - Implementação do Programa passeios arborizados para todos os aglomerados urbanos; - Melhorar a Rede Social de Apoio; - Investir na melhoria da infra-estruturação básica e ambiental de todo o tecido urbano; - Definir um desenho urbano para as zonas urbanas mais dispersas procurando introduzir os conceitos de centro e de centralidade e qualificação da imagem do edificado e da sua relação com o espaço não edificado; - Incentivar processos de qualificação de espaços públicos e da instalação de equipamento de utilização coletiva; - Apostar na mobilidade para todos; - Estruturar o tecido urbano com escala humana e em harmonia com o legado da memória, da história e dos valores culturais e tradicionais. - Promover a industrialização qualificada, como fator de atração e motor do desenvolvimento; - Lançar e motivar o desenvolvimento de projetos que envolvem parceiros económicos (preferencialmente locais) e Instituições de Investigação e Desenvolvimento, assim como promover a conceção e desenvolvimento de projetos em Parceria; - Integrar os principais agentes e atores nos projetos territoriais; - Atrair investidores e investimento e criação de emprego numa perspetiva de autonomia sustentável face ao quadro competitivo regional; - Apostar em setores tradicionais encontrando perspetivas de valorização, diferenciadoras e inovadoras; - Integrar o Território de influência da ABAP (Associação Beira Atlântico Parque, onde se destaca o BIOCANT, em Cantanhede) e nas dinâmicas emergentes na Região Tecnológica definida pelo triângulo Aveiro Coimbra Leiria; - Centrar a atenção na dimensão da dinâmica empresarial e do emprego, com necessidade de favorecer a localização industrial em zonas infra-estruturadas e dotadas de boas acessibilidades aos principais nós viários, tendo nesta implantação ou relocalização industrial uma preocupação de enquadramento com a envolvente urbana; - Qualificar o emprego e manter níveis de oferta de emprego atrativos e fixadores da sua população; - Executar as Zonas Industriais considerando como elementos essenciais: Infra-estruturação Estrutura Imagem e orientação para a Gestão e Estratégia de ocupação da Zona; - Promover o desenvolvimento de uma estratégia de Marketing Territorial; - Apostar na agricultura como atividade tradicional, em regime de pluriatividade e de 21

25 Opções Estratégicas Preservação do Sistema Biofísico e Promoção da Sustentabilidade Envolvimento da Comunidade Objetivos Estratégicos complementaridade, com funções de auto consumo e de lazer; - Promover o desenvolvimento da base económica local amiga e respeitadora do ambiente. - Valorizar a identidade e o património natural; - Consideração da necessidade de estabelecer equilíbrios com o sistema biofísico e os respetivos valores ambientais e paisagísticos em todo o desenvolvimento da qualificação urbana bem como do desenvolvimento económico; - Conjugar a gestão dos recursos hídricos com as políticas setoriais e com as políticas de desenvolvimento regional e de ordenamento do território; - Promover a melhoria das faixas ribeirinhas; - Integrar a redes de acontecimentos e atividades com interesse para o Turismo Sustentável; - Aposta no desenvolvimento do Turismo de Natureza; - Implementação do Projeto Rede Ciclo Pedonal de Oliveira do Bairro enquadrando os elementos históricos, da identidade e do poder das tradições e da cultura; - Implementação do Projeto Portas da cidade ; - Implementação do Parque Verde da Cidade e do Parque dos Pinheiros Mansos; - Estabelecimento de um programa de divulgação e de valorização do património natural e paisagístico enquadrado em rotas, percursos e redes de atividades e de acontecimentos; - Reduzir as disfunções ambientais localizadas, designadamente solos contaminados, fontes de poluição e águas poluídas, e outras formas de contaminação que surjam; - Valorizar a perceção de que os valores ambientais podem ser a chave de um processo de desenvolvimento competitivo e diferenciador na região. - Envolver a Comunidade nos processos de gestão do seu território promovendo a sua participação; - Implementar a Agenda 21Local; - Continuar o desenvolvimento do site municipal no sentido de potenciar cada vez mais uma maior interatividade com a Comunidade Alternativas à proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro A revisão do PDM de Oliveira do Bairro encontra-se suportada por um vasto conjunto de estudos de suporte dos quais se destacam os Relatórios Setoriais que caracterizam e analisam o território, demonstrando as evoluções das diferentes dinâmicas e perspetivando o desenvolvimento futuro das mesmas. A construção do Modelo Territorial e da Estrutura de Ordenamento teve por base a própria essência do processo de planeamento e que se pode traduzir na procura incessante do equilíbrio entre o modelo de ocupação humana presente no território e o sistema biofísico que lhe serve de suporte. Estas análises foram ainda suportadas pelo envolvimento e participação dos atores locais com o intuito de perceber e conhecer a evolução pretendida para o território. Pela análise exaustiva, argumentação e justificações apresentadas nos diferentes documentos que suportam a revisão do PDM de Oliveira do Bairro, não foram consideradas alternativas à estratégia proposta considerando-se que a mesma responde às melhores opções a serem tomadas para o desenvolvimento do território concelhio. 22

26 3.3. Enquadramento para a Avaliação Ambiental Estratégica da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro A proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro constitui um Instrumento de Gestão do Território de âmbito municipal, integrado nos Planos Municipais de Ordenamento do Território (PMOT), para os quais o quadro legislativo nacional prevê a aplicação de Avaliação Ambiental Estratégica. Devem ser aplicados à revisão do PDM os mesmos critérios utilizados para a sujeição de um PDM em elaboração a AAE, uma vez que, de acordo com o n.º 7 do Artigo 96.º do Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro (com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 46/2009, de 20 de Fevereiro), a revisão dos instrumentos de gestão territorial deve seguir (com as devidas adaptações) os procedimentos estabelecidos para a sua elaboração, aprovação, ratificação e publicação. De acordo com a alínea c, do n.º 2 do artigo 86.º, o, produto da Avaliação Ambiental Estratégica, deve integrar o conteúdo documental que acompanha o Plano Diretor Municipal. Pelo exposto, a revisão do PDM de Oliveira do Bairro encontra-se abrangida pelo regime de Avaliação Ambiental Estratégica de acordo com o disposto no Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 46/2009, de 20 de Fevereiro, conjugado ainda com o disposto na alínea a, do n.º 1, do artigo 3.º, do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho (com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 58/2011, de 4 de Maio). 23

27 4. Consulta às Entidades com Responsabilidades Ambientais Específicas Conforme disposto no n.º 3, do artigo 5.º, do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho (com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 58/2011, de 4 de Maio), conjugado com o disposto no n. o 2, do Artigo 75.º-A, do Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, com a nova redação, a entidade responsável pela elaboração do Plano, neste caso a Câmara Municipal de Oliveira do Bairro, [...] solicita parecer sobre o âmbito da avaliação ambiental e sobre o alcance da informação a incluir no relatório ambiental às entidades às quais, em virtude das suas responsabilidades ambientais específicas, seja susceptível de interessar os efeitos ambientais resultantes da sua aplicação o qual deverá ser emitido no prazo de 20 dias tratando-se de um Plano Diretor Municipal, e ser considerado para efeitos da elaboração do. Neste âmbito, a consulta efetuada teve por base o Relatório de Fatores Críticos, o qual correspondeu ao resultado do primeiro momento da presente AAE, com o objetivo de determinar o âmbito e o alcance da informação ambiental a tratar no, através da identificação do conjunto de Fatores Críticos de Decisão, dos respetivos critérios de sustentabilidade e dos indicadores que suportam a caraterização da situação de referência e a análise de efeitos esperados com a aplicação do Plano. As entidades consultadas e que emitiram parecer, no âmbito do RFC, encontram-se listadas no Quadro 4.1. Quadro 4.1. Entidades Consultadas pela Câmara Municipal de Oliveira do Bairro no âmbito da determinação do âmbito e do alcance da informação ambiental a tratar no relativo à AAE da proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro Entidade Consultada (ERAE) Resposta (S/N) Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro S S Instituto da Água, I.P.* S S Administração da Região Hidrográfica do Centro S S Administração Regional de Saúde do Centro, I.P. S S Autoridade Florestal Nacional S S Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade S S Autoridade Nacional de Proteção Civil S S Direção Regional da Agricultura e Pescas do Centro S S Instituto de Gestão do Património Arquitetónico e Arqueológico S S Câmara Municipal de Vagos S S Câmara Municipal de Anadia S S * O Instituto da Água, I.P. encaminhou o processo para a ARH respetiva. Comentário (S/N) No Quadro 4.2 apresenta-se o sumário das sugestões, comentários e/ou assuntos abordados nos pareceres emitidos pelas entidades consultadas (os pareceres podem ser consultados no Anexo I). Todas as sugestões mereceram especial atenção, tendo sido na sua maioria consideradas na elaboração do presente relatório. 24

28 Quadro Sumário das sugestões, comentários e/ou assuntos abordados nos pareceres apresentados pelas entidades consultadas Sugestões, Comentários e/ou Assunto (s) Abordado (s) Observações pela ERAE Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) A entidade sugere que sejam inseridos no QRE: O Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), o Programa Operacional Regional do Centro (PORC), o Plano Municipal de Emergência e o Plano Estratégico Nacional para o Desenvolvimento Rural (PENDR). No que se refere aos fatores ambientais, considera a entidade que não ficou evidenciada a metodologia ou os critérios que foram adotados na sua seleção. Os indicadores definidos devem ser adequados à informação disponível e adaptados à possibilidade da sua mensuração se traduzir em unidade de medida. A entidade sugere o ajustamento entre objetivos de sustentabilidade e indicadores, nomeadamente no que se refere aos seguintes domínios: Ordenamento do Território, Qualidade de Vida, Solo, Água e Erosão. No que respeita ao FCD Ordenamento do Território, Desenvolvimento Regional e Competitividade devem ser incluídos indicadores relacionados com a requalificação dos recursos humanos e com a capacidade de autofinanciamento empresarial. No domínio Ar não é claro o referente ao objetivo Reduzir a vulnerabilidade e os efeitos de alterações climáticas (constrangimentos no tráfego devido a condições climatéricas extremas, etc), bem como articulação entre este objetivo e os indicadores apresentados. O Ruído deve ser avaliado associando os indicadores dos mapas de ruído e os relatórios sobre a recolha de dados acústicos, de forma a permitir aferir evolução/alteração do ambiente sonoro. Em relação ao domínio da Energia, deverão ser evidenciados indicadores mais ambiciosos que considerem a energia solar e geotérmica. No domínio das Cheias sugere a entidade que seja introduzido um indicador relativo à Área impermeabilizada. No FCD Governança, dada a especificidade deste concelho na atividade agro-industrial e produção vitivinícola, recomenda a entidade que seja feita a análise da gestão administrativa e a sua interligação com o enoturismo. Não foram incluídos o QREN e o PORC no QRE uma vez que são ambos instrumentos de referência para os anos No entanto foi incluído o PENDR e o PME. Todos os Fatores Ambientais definidos no Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho, foram considerados na AAE da proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro uma vez que todos eles se relacionam, direta ou indiretamente, com as Opções/Objetivos Estratégicos definidos na proposta de revisão do Plano. Os indicadores foram revistos e reformulados de forma a serem robustos e mensuráveis. Foram revistos todos os objetivos dos domínios referidos e ajustados os indicadores aos mesmos. Os indicadores propostos pela entidade foram acrescentados no FCD Ordenamento do Território, Desenvolvimento Regional e Competitividade. Foi alterado o objetivo e foram reformulados os respetivos indicadores. Foram acrescentados e analisados novos indicadores ao domínio do Ruído conforme sugerido pela entidade. Foi tida em consideração a sugestão da entidade. A sugestão foi considerada e foi incluído o indicador sugerido, no domínio das Cheias. Sobre este aspeto, importa referir que foi efetuada uma caraterização dos setores de atividade agro-pecuária e agroindustrial no concelho de Oliveira do Bairro, no FCD Qualidade Ambiental, constatando-se dessa análise que não existe nenhum setor de atividade definido como Núcleo de Ação Prioritária, no concelho de Oliveira do Bairro. Ainda assim, sobre este aspeto, foram identificadas, no FCD Governança, as entidades que atualmente dinamizam o setor no concelho, nomeadamente na vertente do enoturismo. Administração da Região Hidrográfica do Centro (atual Agência Portuguesa do Ambiente - APA) A entidade considera que deve ser contemplada a Estratégia Nacional dos Efluentes Agro-Pecuários e Agro- Industriais (ENEAPAI). Instrumento integrado no QRE. 25

29 Sugestões, Comentários e/ou Assunto (s) Abordado (s) Observações pela ERAE Considera a entidade que os indicadores apresentados não determinam objetivamente o alcance e o nível de pormenorização da informação a incluir no relatório ambiental, relativamente às questões associadas à água. Administração Regional de Saúde do Centro, I.P. Os objetivos de sustentabilidade, domínios e indicadores foram revistos e reformulados no presente. A consideração feita pela entidade foi atendida e analisada no FCD Riscos Ambientais. Foi introduzido no domínio A entidade considera que seria uma mais valia no FCD Acidentes Industriais o critério de avaliação Transporte de Riscos Ambientais ter em conta os perigos inerentes ao matérias perigosas e neste foram definidos os indicadores transporte ferroviário e rodoviário de produtos químicos e Ocorrências de acidentes com transportes de matérias combustíveis perigosos. perigosas e Medidas de prevenção face à ocorrência de acidentes com transportes de matérias perigosas. Autoridade Florestal Nacional (AFN) (atual Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas ICNF) Os domínios do solo e da floresta não devem ser descurados do FCD Qualidade Ambiental. Os indicadores apresentados para o objetivo de sustentabilidade promover um correto ordenamento biofísico e paisagístico tendo em conta as condicionantes existentes, são insuficientes e devem articular-se também com as normas do PROF-CL e do PMDFCI, neste último no que respeita às redes secundárias de faixas de gestão de combustíveis. A entidade sugere uma análise para alguns dos domínios dos FCD Riscos Ambientais e Qualidade Ambiental. A entidade sugere que seja acrescentado o Plano Municipal de Emergência no QRE. Do ponto de vista da ótica florestal, estes dois domínios foram analisados no FCD Riscos Ambientais. Foi tida em consideração a sugestão da entidade e acrescentado o indicador Faixas de Gestão de Combustível no FCD Ordenamento do Território, Desenvolvimento Regional e Competitividade As considerações feitas pela entidade foram atendidas no presente, no âmbito dos FCD Qualidade Ambiental e Riscos Ambientais, nomeadamente no ponto de análise relativo às Oportunidades e Ameaças. Autoridade Nacional de Proteção Civil O Instrumento referido foi incluído no QRE. No que se refere ao FCD Riscos Ambientais, todas as considerações foram atendidas tendo sido introduzidos os indicadores como sugerido. Exceptua-se, no entanto, a sugestão de introdução do indicador Fixação das distâncias de segurança adequadas entre os estabelecimentos A entidade analisou o RFC e entendeu pronunciar-se sobre abrangidos pelo Decreto-Lei n.º 254/2007 de 12 de Julho dois FCD: o FCD Ordenamento do Território, (Diretiva SEVESO II acidentes industriais graves) e zonas Desenvolvimento Regional e Competitividade e o FCD Riscos Ambientais. residenciais, vias de comunicação, locais frequentados pelo público e zonas ambientalmente sensíveis uma vez que, segundo informação constante do site da APA, não se verifica no concelho a presença de estabelecimentos abrangidos pela referida legislação (Lista de estabelecimentos abrangidos pelo Decreto-Lei n.º 254/2007, de 12 de Julho última atualização 31/12/2013). Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB) (atual Instituto da Conservação da Natureza e das Ponto 6.2 Integração dos Factores Ambientais nos Fatores Críticos de Decisão. Os indicadores selecionados para este ponto, frequentemente traduzidos por ações a desenvolver, quantificam ou identificam as ações a desenvolver, mas não permitem a avaliação dos efeitos/resultados esperados; * É fundamental Conectividade, continuidade e heterogeneidade das áreas de conexão de Florestas - ICNF) A avaliação dos efeitos/resultados esperados resultantes da execução da atual proposta de revisão do PDM é efetuada no capítulo relativo aos Efeitos Esperados, no Fator Crítico para a Decisão (FCD) Conservação da natureza e da Biodiversidade, sendo suportada pela pelos indicadores definidos para este FCD. Assegurado pela Estrutura ecológica municipal que integra as áreas delimitadas pela Rede Natura 2000, as, áreas afetas ao 26

30 Sugestões, Comentários e/ou Assunto (s) Abordado (s) pela ERAE assegurar: áreas classificadas (corredores ecológicos); Manutenção e restauração da zona húmida e do seu mosaico de habitats Manutenção num estado de conservação favorável dos habitats naturais da Directiva Habitats presentes * Para os aspectos constantes no Quadro 9 sugerem-se os seguintes indicadores: Protecção de Espécies da Flora e da Fauna constantes nos Anexos A-I, B-II, B- IV e B-V Índices de biodiversidade, riqueza específica; Grau de conservação e grau de desenvolvimento das áreas de conexão e das áreas classificadas; Grau de afetação e área em que é restaurada/recuperada de habitats húmidos; Grau de afetação/perturbação das espécies da flora e da fauna; Indicadores que permitam avaliar efeitos ambientais cumulativos/sinergéticos das acções que implementam a proposta de revisão dopdm Análise da convergência/compatibilidade das orientações de gestão propostas no PSRN2000. * No fator crítico Biodiversidade e Conservação da Natureza, efectuar uma ponderação diferenciada entre os diferentes critérios, sendo que a escolha dos critérios deverá permitir hierarquizar a afetação dos valores naturais. * Para a 2.ª Fase (Avaliação Estratégica de Impactes), deverá: Ser desenvolvida cartografia clara e legível da situação de referência e das linhas estratégicas da proposta de revisão do PDM - Ser efectuada a sobreposição das linhas referidas anteriormente com a relevância da Conservação da Natureza, de acordo com os diferentes critérios de avaliação A entidade considera relevante que o contemple, no FCD Ordenamento do Território, AAE da Proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro Observações regime da Reserva Agrícola Nacional, da Reserva Ecológica Nacional e do Domínio Hídrico, estando nestes sistemas biofísicos integradoss os principais elementos com valor para a conservação da natureza e da biodiversidade. O município de Oliveira do Bairro detém apenas 1% do território classificado como ZPE para Aves da Ria de Aveiro. Neste contexto, os processos de restauração da zona húmida, a verificar-se deverão ser objeto de um plano de gestão elaborado e coordenado por uma entidade com competências na conservação da biodiversidade o qual abranja a totalidade do território da ZPE em questão., no qual poderão ser efetivamente desenvolvidos estudos de base e de acompanhamento que visem dar resposta aos indicadores sugeridos. Sendo indicadores que implicam a existência de informação de base de natureza bastante específica, e atualmente indisponível, sugere-se que sejam contemplados ao nível da elaboração e implementação do plano de gestão para a área classificada. Esta análise é assegurada quer ao nível do Relatório de Conformidade com a Rede Natura, quer no capítulo do relativo à avaliação dos efeitos esperados pela aplicação do Plano. No são evidenciados os critérios de avaliação indexados aos domínios de avaliação propostos, sendo especificamente relacionados com grupos de indicadores, sobre os quais se efetuará a análise de pormenor com vista à avaliação de questões significativas para os valores naturais em causa (tendo contudo a limitação associada à disponibilidade de informação adequada). Assegurado pelo relatório dos valores naturais; conciliado com o relatório de conformidade com a Rede Natura. Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro (DRAPC) Foi tida em consideração a sugestão da entidade no FCD Ordenamento do Território, Desenvolvimento Regional e 27

31 Sugestões, Comentários e/ou Assunto (s) Abordado (s) Observações pela ERAE Desenvolvimento Regional e Competitividade, as Competitividade implicações da atividade agro-pecuária na gestão social e territorial do concelho. Instituto de Gestão do Património Arquitetónico e Arqueológico (IGESPAR) A entidade entende que no domínio Património Histórico e O objetivo foi alterado para Preservar e valorizar edifícios Cultural, os objetivos de sustentabilidade relativos ao históricos, locais arqueológicos e outras caraterísticas culturais Património Arqueológico deveriam ser entendidos não só importantes. enquanto elemento a preservar, mas também a valorizar. Câmara Municipal de Vagos Sobre este assunto importa referir que a proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro prevê, para a área do concelho contígua ao Parque Empresarial de Soza, a UOPG 1 (Zona Industrial da Palhaça), sendo que um dos objetivos desta Unidade Operativa é, de acordo com a proposta de A autarquia chama a atenção para o facto de que, junto ao regulamento, o Estabelecimento de relações de nó do Fontão e no sentido Norte, contíguo à A17 e ao complementaridade e sinergias com a estrutura funcional município de Oliveira do Bairro, se encontra previsto o prevista nos modelos de ordenamento definidos para os Parque Empresarial de Soza (UOPG n.º 9 do PDM de concelhos vizinhos de Vagos e Aveiro, no sentido de potenciar Vagos), onde as questões ambientais devem ser a criação de uma área industrial / empresarial de expressão acauteladas numa lógica de continuidade. territorial significativa e que seja capaz de reforçar a atratividade destes concelhos em termos de captação de novas unidades empresariais. Neste sentido considera-se que existe uma lógica intermunicipal que potencia a massa crítica e as externalidades delas resultantes. Câmara Municipal de Anadia A autarquia considera que nada há a acrescentar relativamente ao alcance da informação a incluir no. De acrescentar que, reflexo da evolução dos trabalhos de pesquisa efetuada, surgiram novos elementos cuja integração no relatório ambiental se considerou pertinente. Pelo exposto, o relatório ambiental incorporou algumas questões não identificadas no RFC, designadamente: Critérios de avaliação, associados a cada um dos indicadores; Novos objetivos de sustentabilidade. Concluída a elaboração do Plano, a Câmara Municipal promove a consulta do e restantes elementos do Plano às ERAE para emissão de parecer, de acordo com o n.º 3, do artigo 7.º, do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho. No quadro seguinte apresenta-se o sumário das sugestões, comentários e/ou assuntos abordados nos pareceres emitidos pelas Entidades consultadas, relativamente ao inicialmente entregue (os pareceres constam da Ata da 7ª Reunião da Comissão Mista de Coordenação (CMC) para emissão e aprovação do parecer final e da Reunião da Conferência de Serviços com as entidades não representadas na CMC, que integram os elementos da proposta de revisão do Plano, realizadas ambas as reuniões nas instalações da CCDRC, no dia 30 de 28

32 Julho de 2014). Todas as sugestões mereceram especial atenção, tendo sido na sua maioria consideradas na revisão do presente relatório. As questões que não sofreram alteração, de acordo com as sugestões das ERAE, são alvo de justificação. Quadro Sumário das sugestões, comentários e/ou assuntos abordados nos pareceres apresentados pelas entidades consultadas, relativos ao e Resumo Não Técnico da Proposta de Revisão do PDM de Oliveira do Bairro. Sugestões, Comentários e/ou Assunto (s) Abordado (s) pela Considerações do RA ERAE Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) A entidade verifica que a análise ao nível da AAE incorporou algumas correções e recomendações anteriormente sugeridas pela CCDRC na fase de definição do âmbito. Sobre esta consulta, ao, considera que teria sido útil a identificação da ponderação que recaiu sobre cada um dos aspetos identificados nos pareceres das diversas entidades, nomeadamente através de tabela. A entidade sugere que, no subcapítulo relativo ao âmbito do objeto da AAE, sejam incluídos elementos gráficos que suportem a descrição efetuada, nomeadamente das propostas de ordenamento e das condicionantes, assim como uma breve descrição do modelo de ordenamento proposto, o que permitirá facilitar a compreensão da dimensão material do objeto de avaliação. A CCDRC sugere que a fundamentação relativa às Alternativas à proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro seja mais desenvolvida. A entidade alerta para a necessidade de completar o quadro 7.1 com a indicação das unidades de medida dos indicadores e com a identificação das respetivas metas. A análise sugerida pela CCDRC, relativa a incorporar, através de tabela, a ponderação que recaiu sobre cada um dos aspetos identificados nos pareceres das diversas entidades, já se encontrava efetuada e incorporada no objeto de análise, mais precisamente no Quadro 4.2. que consta no Capítulo 4. A sugestão da entidade foi atendida no presente. A proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro, corresponde ao culminar de um longo processo de planeamento, coadjuvado por elementos de diagnóstico setoriais, que traduz as opções estratégicas que melhor se adequam ao território concelhio e ao modelo de desenvolvimento pretendido, não tendo sido equacionadas alternativas à proposta em avaliação. Neste contexto, a alternativa considerada no âmbito da AAE corresponde a uma alternativa zero, ou seja, a não revisão do PDM. Importa referir que este aspeto foi trabalhado ao longo do, aquando da Análise de Tendências (efetuada para cada um dos FCD), onde foi tomada em consideração a evolução provável do estado do ambiente considerando a não revisão do PDM de Oliveira do Bairro. Salienta-se igualmente, que no decurso da AAE desta proposta de Plano, foram aproveitadas as janelas de oportunidades que o processo de Avaliação Ambiental proporciona, tendo sido incorporados / ajustados objetivos estratégicos do Plano, de forma a tornar a proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro mais sustentável do ponto de vista ambiental. A versão do objeto do parecer contemplava já no quadro 7.2, relativo ao plano de controlo, as metas definidas para a maior parte dos indicadores, estando também identificadas as respetivas unidades de medida (as mesmas usadas para a caracterização da situação de referência, apresentadas 29

33 Sugestões, Comentários e/ou Assunto (s) Abordado (s) pela ERAE A entidade considera que o Resumo Não Técnico deve ser apresentado em volume destacado. Cheias/Inundação A entidade considera que deverá ser melhorada a caracterização do risco de cheia/inundações na área do Plano, incluindo eventuais registos históricos de cheias/inundações para além dos dados de ocorrências disponibilizados pela ANPC (só são registadas intervenções dos Bombeiros) e caracterizadas e identificadas as áreas correspondentes aos leitos de cheia (em especial em áreas urbanas de extensa ocupação e com impermeabilização do solo), apresentando estimativas das potenciais consequências para as populações, bens e ambiente. A entidade sugere que seja efetuado o inventário do n.º de habitantes, estruturas e edifícios considerados sensíveis (estabelecimentos escolares, hospitais e centros de saúde, lares de idosos, estabelecimentos que armazenem ou manipulem substâncias perigosas, infraestruturas de tratamento de efluentes e edifícios afetos à segurança e à proteção civil) nas zonas inundáveis. A entidade solicita ainda a obtenção de dados hidrológicos de suporte adicional. Incêndios Florestais Sendo um dos riscos naturais mais significativos do município, importa referir que o identifica algumas situações de conflito entre a perigosidade de risco de incêndio cartografada e as propostas de urbanização previstas, designadamente nas UOPG 1 e 4. Adicionalmente verifica-se ainda conflito entre a cartografia de risco de incêndio e as propostas de solo urbanizável em vários locais do município, bem assim como em relação ao desenvolvimento programado das UOPG s 1 e 4 e a necessidade de cumprimento das restrições à edificação em áreas percorridas por incêndios. Todas estas situações deverão ser objeto do parecer do ICNF, entidade competente na matéria. Fenómenos meteorológicos adversos A entidade solicita uma breve caracterização destes fenómenos e a referência a eventuais registos históricos e zonas de maior vulnerabilidade. Risco sísmico A entidade solicita uma análise mais detalhada com o intuito de verificar a ocorrência de danos em edifícios e em algumas AAE da Proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro Considerações do RA na terceira coluna). Excetuam-se as situações assinaladas com *, correspondendo a Indicadores importantes para efeitos de monitorização na Fase de Acompanhamento/Seguimento do Plano, para os quais ainda não existe informação de base que suporte a sua definição. O Resumo Não Técnico é apresentado em volume destacado do. Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) A análise realizada no objeto de parecer já contemplava uma avaliação dos conflitos entre os ecossistemas da REN, e as áreas sujeitas a inundação em espaço urbano, com a proposta de solo urbanizável da revisão do PDM, tendo sido trabalhada com base na informação disponível. Relativamente ao solicitado, considera-se que o grau de detalhe e respetiva análise não se coadunam com o âmbito da AAE, existindo outros instrumentos de gestão municipal que se dedicam especificamente a estas matérias, nomeadamente o Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil (PMEPC). Apesar da AAE ter identificado eventuais situações de conflito entre a perigosidade de risco de incêndio cartografada e as propostas de urbanização previstas, considera-se que a execução do proposta de PDM terá em consideração os impedimentos legalmente impostos. Considerando a fase final em que se encontra o plano, a caracterização de fenómenos meteorológicos extremos, apesar de pertinente na prefiguração das alterações climáticas, deverá ser enquadrada por instrumentos de gestão municipal de natureza mais específica e operacional. Considera-se que a análise solicitada é de natureza muito específica e pormenorizada, não se enquadrando 30

34 Sugestões, Comentários e/ou Assunto (s) Abordado (s) pela ERAE infraestruturas de água, gás, eletricidade e redes de saneamento. A entidade refere que deve ser corrigido o título da página 196 do RA ( Sismicidade e ações de informação/sensibilização ). Acidentes/incêndios industriais A entidade sugere a caracterização mais detalhada das zonas industriais com a apresentação de tipologias dos estabelecimentos presentes bem como a inventariação das substâncias perigosas armazenadas/manipuladas. Deverão também ser implementadas medidas mitigadoras e observado o cumprimento do disposto no Decreto-Lei n.º 220/2008, de 12 de Novembro e legislação complementar. Transporte de matérias perigosas A entidade considera que deverá ser referido/caracterizado o risco de acidente em infraestruturas fixas de transporte de matérias perigosas na área do Plano, atualmente omisso. Caso aplicável, deverão ser apresentadas estimativas do impacto deste risco na população, bens e ambiente, bem como as desejáveis medidas mitigadoras. Na área do Plano, deverá ser também melhorada a caracterização do risco associado ao transporte terrestre, rodoviário e ferroviário, de mercadorias perigosas. Caso aplicável, deverão ser apresentadas estimativas dos impactos deste risco em populações, bens e ambiente, bem como as correspondentes medidas mitigadoras. A entidade solicita a alteração da legislação mencionada (DL 41-A/2010 de 29 de abril foi alterada pelos DL 206-A/2012, de 31 de agosto e DL 19-A/2014 de 7 de fevereiro). Incêndios urbanos A entidade considera que deverá ser caracterizado o risco de incêndio urbano, nomeadamente através do inventário dos edifícios classificados, no âmbito do Decreto-Lei n.º 220/2008, de 12 de Novembro, como sendo de 3.ª e 4.ª categorias. No RA (página 184) são apenas referenciados dois edifícios, mas os registos deste CDOS indicam a existência de outros. Adicionalmente deverão ser identificados locais/edifícios que apresentem vulnerabilidade acrescida em matéria de risco de incêndio: escolas, lares de idosos e centros de dia, edifícios hospitalares, edifícios de elevada concentração populacional (hipermercados, centros comerciais, cineteatros, pavilhões desportivos, etc ) ou feita remissão para caracterização equivalente existente no PMEPC. Deverão também ser propostas medidas mitigadoras para este risco. A entidade considera que deverá ser também identificado/caracterizado a existência, na área do Plano, de Considerações do RA no âmbito reconhecido para a AAE. A correção apontada pela entidade foi concretizada no presente. Não existe à data informação disponível que permita responder à sugestão da entidade. Foi, no entanto, realizada no ponto da Situação Existente no FCD Riscos Ambientais, a identificação da suscetibilidade de incêndios urbanos e industriais, tendo por base a avaliação preconizada no âmbito do PMEPC. Considera-se que a matéria reportada não cai no âmbito da AAE, existindo instrumentos de gestão municipal, de natureza mais específica, que poderão dar resposta ao sugerido. Importa contudo salientar que as matérias legalmente instituídas são naturalmente atendidas. Foi efetuada a identificação da infraestrutura fixa no FCD Riscos Ambientais. Consequentemente, foi introduzida no ponto da Situação Existente no FCD Riscos Ambientais a identificação da suscetibilidade de acidentes de transporte com matérias perigosas tendo por base a avaliação preconizada no âmbito do PMEPC. Como resultado desta identificação, avaliou-se a evolução prevista na proposta de revisão do PDM para as áreas classificadas com suscetibilidade, expressandose de forma sumária no ponto das Oportunidades e Ameaças do FCD Riscos esta avaliação. Considerase, no entanto, que uma análise mais detalhada não se coaduna com o âmbito da AAE, nem com a fase em que a proposta de plano se encontra. A alteração sugerida foi efetuada no presente Relatório Ambiental, no FCD Riscos Ambientais. De forma a dar resposta ao parecer da entidade, foi realizada no ponto da Situação Existente no FCD Riscos Ambientais, a identificação da suscetibilidade de incêndios urbanos e industriais tendo por base a avaliação preconizada no âmbito do PMEPC. No que respeita aos edifícios classificados com 3ª e 4ª categorias no âmbito do SCIE, no inventário disponível na CMOB apenas constam os dois edifícios mencionados no anteriormente entregue. Relativamente ao solicitado, considera-se que o grau de detalhe e respetiva análise não se coadunam com o âmbito da AAE, existindo outros instrumentos de gestão municipal que tratam especificamente estas matérias, nomeadamente o Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil (PMEPC). Considera-se que o grau de detalhe e a análise solicitados não se coadunam com o âmbito da AAE, 31

35 Sugestões, Comentários e/ou Assunto (s) Abordado (s) pela ERAE Centros Urbanos Antigos (CUA) e caracterizados os riscos aí presentes, nomeadamente o risco de incêndio, de sismos, de cheias/inundações, de deslizamentos ou de iminente ruína ou mau estado de conservação dos edifícios, propondo medidas a aplicar para a minimização destes riscos, caso aplicável. A entidade solicita a identificação dos Recursos, Equipamentos e Sistemas de Protecção Civil na área do Plano, designadamente as infra-estruturas consideradas sensíveis e/ou indispensáveis às operações de Protecção Civil. Solicita ainda a identificação das áreas necessárias à concretização dos Planos de Emergência de Protecção Civil, nomeadamente zonas para concentração de meios ou de apoio à sustentação operacional, conforme disposto no artigo 85º do Decreto-Lei n.º 46/2009, de 20 de Fevereiro, em articulação com o previsto no PMEPC e caso possível. Para os domínios Incêndio e Sismicidade, a entidade sugere a introdução de alguns indicadores. O deverá ser reformulado atendendo a que o enquadramento com o PENT deverá contemplar a versão revista deste plano estratégico (RCM n.º 24/2013, de 16 de Abril). O indicador equipamentos de turismo, recreio e lazer (incluído no FCD Património Cultural e Desenvolvimento Turístico ) deverá corresponder a empreendimentos turísticos, equipamentos de animação turística e equipamentos de recreio e lazer. Estradas de Portugal, SA A entidade sugere a inserção do PRN2000 no Quadro de Referência Estratégico. A entidade sugere, para o FCD Ordenamento do Território, Desenvolvimento Regional e Competitividade a introdução de alguns indicadores relacionados com a conectividade modal e com a rede de infraestruturas rodoviárias, pelo que aponta a reanálise dos indicadores utilizados para o critério de avaliação Acessibilidades Rodoviárias. AAE da Proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro Considerações do RA existindo outros instrumentos de gestão territorial que tratam especificamente estas matérias. Considera-se que esta matéria não cai no âmbito da AAE. Existem outros instrumentos de gestão municipal os quais tratam especificamente estas matérias, nomeadamente o PMEPC. Os indicadores sugeridos não foram introduzidos uma vez que se considera que o grau de detalhe solicitado não se coaduna com o âmbito e natureza estratégica da AAE. Excetua-se, no entanto, o indicador relativo a Ações de sensibilização, que foi inserido não como indicador mas como medida no Plano de Controlo (Quadro 7.1.), em todos os domínios. Turismo de Portugal Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro (DRAPC) A entidade refere que na lista de acrónimos a designação PDA- BVL Projeto de Desenvolvimento Agrícola do Baixo Vouga Lagunar não está correta devendo ser substituída por AHV Aproveitamento Hidroagrícola do Vouga. Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas A entidade considera que deverá ser efetuada uma revisão dos documentos (nomeadamente no Relatório de Fundamentação das Opções do Plano e no Relatótio de conformidade com a Rede Natura 2000) face à recente inclusão do Sítio Ria de Aveiro (Sítio PTCON0061) na Lista Nacional de Sítios (RCM n.º A sugestão da entidade foi tida em consideração no presente. A sugestão da entidade foi tida em consideração no presente. A sugestão da entidade foi tida em consideração no presente. A sugestão da entidade foi tida em consideração no presente, tendo sido inseridos novos indicadores para o critério de avaliação Acessibilidades Rodoviárias. A sugestão da entidade foi tida em consideração no presente. Na sequência da recente publicação da Resolução de Conselho de Ministros n.º 45/2014, de 8 de julho de 2014, que designa o Sítio Ria de Aveiro (Código: PTCON0061), a caracterização da situação de referência foi objeto de atualização neste RA. Em concordância 32

36 Sugestões, Comentários e/ou Assunto (s) Abordado (s) pela Considerações do RA ERAE 45/2014, de 8 de Julho). com o exposto, os domínios de avaliação analisados estabilizam-se em Áreas integradas no Sistema Nacional de Áreas Classificadas e Outras áreas com interesse para a conservação da natureza, tendo sido incorporada a Estrutura Ecológica Municipal e Gestão sustentável e conservação da floresta como subdomínios de avaliação do domínio Outras áreas com interesse para a conservação da natureza. Associados ao domínio Áreas integradas no Sistema Nacional de Áreas Classificadas foram introduzidos os indicadores: Habitats, Espécies de peixes dulçiaquicolas com interesse para a conservação da natureza, com ocorrência no Concelho e Espécies de peixes migradores anádromos com interesse para a conservação da natureza, com ocorrência Concelho. Associados ao domínio Outras áreas com interesse para a conservação da natureza foram introduzidos os indicadores: Árvores notáveis classificadas, Zona de Intervenção Florestal (ZIF). 33

37 5. Análise e Avaliação Estratégica por Fator Crítico para a Decisão Conforme exposto no Relatório de Fatores Críticos, e abordado detalhadamente no capítulo referente à metodologia do presente, a determinação dos FCD resultou numa primeira fase, da interação entre os objetivos do Quadro de Referência Estratégico preconizado e as Opções Estratégicas definidas na proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro. Da integração das relações existentes entre os objetivos referidos anteriormente e os Fatores Ambientais considerados mais relevantes no âmbito da presente AAE, resultaram os Fatores Críticos de Decisão que, neste âmbito, reúnem os aspetos de ambiente e sustentabilidade mais significativos e que servirão de base para a tomada de decisão Quadro de Referência Estratégico O Quadro de Referência Estratégico estabelece as orientações da política ambiental e de sustentabilidade, definidas a nível regional, nacional, europeu e internacional, relevantes para a AAE. A seleção dos instrumentos de referência que definem o Quadro de Referência Estratégico, para o plano em avaliação, foi efetuada no âmbito do Relatório de Fatores Críticos e permitiu identificar os objetivos de sustentabilidade que devem ser considerados no desenvolvimento das opções do Plano. Os instrumentos identificados e analisados como precursores de orientações estratégicas para a proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro encontram-se identificados no Quadro Quadro Quadro de Referência Estratégica para a AAE da proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro Instrumento Acrónimo Âmbito Nacional Programa Nacional de Política de Ordenamento do Território PNPOT O PNPOT constitui o guia orientador do sistema de gestão territorial e da política de ordenamento do território, sendo também um instrumento chave de articulação desta política com a política de desenvolvimento económico e social, em coerência com a Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável (ENDS) e com as diversas intervenções com incidência territorial. Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável ENDS A Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável para o período 2005/15 consiste num conjunto coordenado de atuações que, partindo da situação atual de Portugal, com as suas fragilidades e potencialidades, permitam num horizonte de 12 anos assegurar um crescimento económico célere e vigoroso, uma maior coesão social, e um elevado e crescente nível de proteção e valorização do ambiente Estratégia Nacional de Conservação da Natureza e Biodiversidade ENCNB 34

38 Instrumento Acrónimo A Estratégia Nacional de Conservação da Natureza e da Biodiversidade foi acolhida na ordem jurídica portuguesa através da resolução do Conselho de Ministros nº 152/2001, de 11 de Outubro, vigorando até A existência de uma ENCNB é, reconhecidamente, um instrumento fundamental para a prossecução de uma política integrada num domínio cada vez mais importante da política de ambiente e nuclear para a própria estratégia de desenvolvimento sustentável. Plano Setorial da Rede Natura 2000 PSRN 2000 O Plano Setorial da Rede Natura 2000 constitui um instrumento de gestão territorial na concretização da política nacional de conservação da diversidade biológica, visando a salvaguarda e valorização das ZPE e dos Sítios, do território continental, bem como a manutenção das espécies e habitats num estado de conservação favorável nestas áreas. Estratégia Nacional para a Energia ENE A estratégia para o setor energético constitui um fator importante de crescimento da economia portuguesa e da sua competitividade, para além de ser uma peça vital ao desenvolvimento sustentável do País. Plano Nacional de Alterações Climáticas PNAC O Programa Nacional para as Alterações Climáticas configura o instrumento de política do Governo que suporta o cumprimento do Protocolo de Quioto pelo Estado Português. Plano Nacional de Ação Ambiente e Saúde PNAAS O Plano Nacional de Ação Ambiente e Saúde tem como desígnio melhorar a eficácia das políticas de prevenção, controlo e redução de riscos para a saúde com origem em fatores ambientais, promovendo a integração do conhecimento e a inovação, contribuindo também, desta forma, para o desenvolvimento económico e social do país. Plano Estratégico Nacional do Turismo PENT O Plano Estratégico Nacional do Turismo serve de base à concretização de ações definidas para o crescimento sustentado do Turismo nacional. Plano Nacional da Água PNA O Plano Nacional da Água define as orientações de âmbito nacional para a gestão integrada das águas, fundamentadas em diagnóstico da situação atual e na definição de objetivos a alcançar através de medidas e ações, de acordo com o Decreto- Lei nº 45/94 de 22 de Fevereiro. Programa Nacional para o Uso Eficiente da Água PNUEA O Programa Nacional para o Uso Eficiente da Água tem como principal finalidade a promoção do uso eficiente da água em Portugal, especialmente nos setores urbano, agrícola e industrial, contribuindo para minimizar os riscos de escassez hídrica e para melhorar as condições ambientais nos meios hídricos PGBH Rio Vouga, Plano de Gestão da Bacia Hidrográfica dos Rios Vouga, Mondego e Lis Mondego e Lis O Plano de Gestão da Bacia Hidrográfica dos Rios Vouga, Mondego e Lis é um plano setorial que assenta numa abordagem conjunta e interligada de aspetos técnicos, económicos, ambientais e institucionais, envolve os agentes económicos e as populações diretamente interessadas, tem em vista estabelecer de forma estruturada e programática uma estratégia racional de gestão e utilização dos recursos hídricos, em articulação com o ordenamento do território e a conservação do ambiente. Plano Estratégico de Abastecimento de Água e de Saneamento de Águas Residuais II PEAASAR II O Plano Estratégico de Abastecimento de Água e de Saneamento de Águas Residuais II estabelece as orientações e fixa os objetivos de gestão e proteção dos valores ambientais associados aos recursos hídricos no horizonte Estratégia Nacional para os Efluentes Agro-Pecuários e Agro-Industriais (1) ENEAPAI A Estratégia Nacional para os Efluentes Agro-Pecuários e Agro-Industriais assenta em novas abordagens de intervenção, integradas territorial e multisetorialmente, para a definição de soluções sustentáveis do ponto de vista ambiental que garantam a eliminação das inúmeras situações de poluição causadas pela descarga de efluentes não tratados nas linhas de águas e no solo. Plano Estratégico para os Resíduos Sólidos Urbanos PERSU II O PERSU II constitui um instrumento estratégico diretor da gestão de resíduos sólidos urbanos (RSU) para o período de 2007 a 2016, fundamental para que o setor possa dispor de orientações e objetivos claros, bem como de uma estratégia de investimento que confira coerência, equilíbrio e sustentabilidade à intervenção dos vários agentes diretamente envolvidos. Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Industriais 2001 PESGRI Constituiu um importante instrumento de planeamento destinado a fornecer aos responsáveis políticos e da Administração Pública e a todos os agentes da indústria nacional um conjunto fundamentado de orientações e recomendações tendentes a apoiar decisões em matéria de recolha e tratamento de resíduos industriais. Plano Regional de Ordenamento Florestal do Centro Litoral PROF Centro Litoral Os Planos Regionais de Ordenamento Florestal são instrumentos de gestão da política setorial que incidem sobre os espaços florestais e visam enquadrar e estabelecer normas específicas de uso, ocupação, utilização e ordenamento 35

39 Instrumento Acrónimo florestal, por forma a promover e garantir a produção de bens e serviços e o desenvolvimento sustentado destes espaços. Proposta para a Estratégia de Proteção dos Solos PEPS A Proposta para Estratégia de Proteção dos Solos configurará o instrumento de política do Governo que suporta o cumprimento dos objetivos de proteção e prevenção da degradação dos solos bem como da sua utilização sustentável. Plano Estratégico Nacional de Desenvolvimento Rural (1) PENDR O Plano Estratégico Nacional de Desenvolvimento Rural define a Estratégia Nacional para a Agricultura e o Desenvolvimento Rural. Plano Rodoviário Nacional PRN 2000 O actual Plano Rodoviário Nacional (Decreto-Lei nº 222/98 com as alterações introduzidas pela Lei nº 98/99 de 26 de Julho, Decreto-Lei nº 222/98 com as alterações introduzidas pela Lei nº 98/99 de 26 de Julho, pela Declaração de rectificação nº 19-D/98 e pelo Decreto-Lei nº 182/2003 de 16 de Agosto) define uma rede nacional, que desempenha funções de interesse nacional e internacional. Âmbito Regional Plano Regional de Ordenamento do Território do Centro PROT - C O Plano Regional de Ordenamento do Território do Centro é o instrumento de gestão territorial que estabelece a definição para o uso, ocupação e transformação do solo, a integração das políticas setoriais no ordenamento do território e na coordenação das intervenções e as orientações para a elaboração dos PMOT Outros Planos Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndio PMDFCI Os PMDFCI desenvolvem as orientações de planeamento Nacional e Regional segundo as normas da Portaria nº 1139/2006 de 25 de Outubro e as orientações técnicas estabelecidas pela DGRF. Plano Municipal de Emergência de Oliveira do Bairro (1) PME de Oliveira do Bairro Os planos de emergência de proteção civil são documentos formais nos quais as autoridades de proteção civil, nos seus diferentes níveis, definem as orientações relativamente ao modo de atuação dos vários organismos, serviços e estruturas a empenhar em operações de proteção civil. A reposição da normalidade das áreas afetadas constitui outro dos seus objetivos, de forma a minimizar os efeitos de um acidente grave ou catástrofe sobre as pessoas, bens e o ambiente. Polis Litoral da Ria de Aveiro Plano Estratégico de Requalificação e Valorização da Polis Ria de Aveiro ria de Aveiro (1) O Polis Litoral da Ria de Aveiro surge pelas caraterísticas físicas únicas da ria de Aveiro, de grande sensibilidade, que requerem que o seu desenvolvimento se submeta a uma estratégia que articule eficazmente as múltiplas vertentes do território. A área de intervenção do Polis Litoral da Ria de Aveiro tem cerca de ha, abrangendo os concelhos de Águeda, Albergaria-a-Velha, Aveiro, Estarreja, Espinho, Ílhavo, Mira, Murtosa, Oliveira do Bairro, Ovar, Sever do Vouga e Vagos. (1) Instrumentos acrescentados ao QRE, determinados na fase de Relatório de Fatores Críticos e inseridos no âmbito da elaboração do presente. Relativamente ao QRE anteriormente definido no RFC, importa salientar que, para efeitos da presente avaliação ambiental, o Plano Intermunicipal UNIR@RIA foi substituído pelo Plano Estratégico de Requalificação e Valorização da Ria de Aveiro - Polis da Ria de Aveiro, uma vez que o Plano de Intervenção que incorpora este Plano Estratégico, publicado recentemente (em Junho de 2010), foi elaborado tendo por base ( ) os projetos indicados para a área de intervenção prioritária no Plano Intermunicipal UNIR@RIA, sendo que se considera redundante a análise dos dois instrumentos na presente AAE. Os quadros que sintetizam os objetivos de sustentabilidade dos instrumentos de referência que constituem o QRE, para a proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro, são apresentados no Anexo II. 36

40 5.2. Relação entre o Quadro de Referência Estratégico e as Opções Estratégicas da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro A análise de interação entre os objetivos dos instrumentos do Quadro de Referência Estratégico (apresentados no Anexo II) e as Opções Estratégicas da proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro (identificadas no Capítulo 3), expressa-se em tabelas de dupla entrada, elaboradas no âmbito do Relatório de Fatores Críticos, as quais podem ser consultadas no Anexo III do presente. Conforme exposto detalhadamente no capítulo relativo à metodologia, esta análise permitiu evidenciar as questões de sustentabilidade ambiental que se prefiguram como determinantes para integrarem os FCD a serem avaliados, por forma a contribuir para o processo de tomada de decisão e promover o alcance do(s) objetivo(s) de sustentabilidade ambiental pretendidos na execução da proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro. Neste contexto, a identificação de relações fracas a médias determinará a introdução de medidas que promovam o alcance do(s) objetivo(s) de sustentabilidade ambiental pretendidos, as quais serão monitorizadas numa fase de seguimento Contribuição dos Fatores Ambientais para a Determinação dos Fatores Críticos para a Decisão. A determinação dos fatores ambientais relevantes para a proposta do Plano é orientada pelos fatores ambientais indicados no quadro legislativo da AAE, sendo a sua escolha condicionada pelo reconhecimento prévio das especificidades do território abrangido, ou implicado, pelo Plano, conjugada com o conhecimento das opções e objetivos estratégicos definidos pelo Plano. Da análise das relações de convergência expressas nas tabelas anteriormente referidas, e apresentadas no Anexo III, e da integração dos Fatores Ambientais relevantes para a área de incidência da proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro, resultou a determinação dos Fatores Críticos de Decisão. Para a proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro foram definidos os seguintes Fatores Críticos para a Decisão: Ordenamento do Território, Desenvolvimento Regional e Competitividade Biodiversidade e Conservação da Natureza Qualidade Ambiental 37

41 Património Cultural e Desenvolvimento Turístico Riscos Ambientais Governança O Quadro apresenta uma breve descrição de cada um dos fatores críticos de decisão definidos. Quadro Descrição dos Fatores Críticos de Decisão definidos Fatores Críticos para a Decisão Ordenamento do Território, Desenvolvimento Regional e Competitividade Biodiversidade e Conservação da Natureza Qualidade Ambiental Património Cultural e Desenvolvimento Turístico Riscos Ambientais Governança Descrição Refere-se à organização espacial do território e à forma como esta é capaz de estabelecer equilíbrios, integradores e respeitadores, entre o modelo de ocupação urbana e os sistemas biofísico, ambiental e paisagístico. Pretende ainda contribuir para o fortalecimento económico e social do município, com vista a fomentar aglomerados e lugares atrativos e socialmente coesos, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida dos habitantes do concelho. Atende aos aspetos relacionados com a integridade da conservação dos ecossistemas e restantes valores naturais associados, e à forma como os recursos naturais são chamados a contribuir para a valorização do território. Atende à análise dos aspetos relacionados com a integridade da qualidade física do ambiente, tendo em conta a salvaguarda da saúde humana das populações. Identifica os elementos e conjuntos construídos que representam testemunhos da história da ocupação e do uso do território, atende à forma como os valores culturais contribuem para a valorização do território e como podem potenciar o desenvolvimento do setor do turismo. Atende à análise e avaliação da possibilidade de ocorrência de situações de risco, quer estas tenham origem em processos naturais quer sejam decorrentes das diferentes atividades desenvolvidas. Atende à relação da autarquia com os cidadãos, instituições e agentes de desenvolvimento em geral, com vista a promover um desenvolvimento alicerçado num planeamento participativo que aborde aspetos determinantes para garantir padrões de qualidade de vida, qualidade ambiental e de competitividade. O Quadro permite verificar a relação estabelecida entre os Fatores Ambientais considerados mais relevantes e os FCD definidos. Quadro Relação entre os FA estabelecidos na alínea e) do n.º 1 do Artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho (com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 58/2011, de 4 de Maio) e os FCD definidos Ordenamento do Património FCD Território, Biodiversidade e Qualidade Cultural e Riscos Desenvolvimento Conservação da Ambiental Desenvolvimento Ambientais FA Regional e Natureza Turístico Competitividade Governança Biodiversidade X Fauna X Flora X Património X X 38

42 FA FCD Ordenamento do Território, Desenvolvimento Regional e Competitividade Biodiversidade e Conservação da Natureza Qualidade Ambiental Património Cultural e Desenvolvimento Turístico Riscos Ambientais Cultural Atmosfera X Água X X X X Solo X X X Fatores X Governança Climáticos Paisagem X X X Bens Materiais X X X X População X X X X Saúde Humana X X X O Quadro revela a relação de associação dos FA aos FCD determinados na AAE da proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro, refletindo o âmbito da sua análise. Desta forma, as questões relacionadas com o Património Cultural, a Água, o Solo, a Paisagem, os Bens Materiais, a População e a Saúde Humana serão consideradas na análise do FCD Ordenamento do Território, Desenvolvimento Regional e Competitividade. No FCD Biodiversidade e Conservação da Natureza serão considerados os fatores ambientais Biodiversidade, Fauna, Flora e Água. Por outro lado, os FA Atmosfera, Água, Solo, População e Saúde Humana serão considerados na abordagem ao FCD Qualidade Ambiental. A acrescentar a estes, serão ainda analisados os fatores ambientais Património Cultural, Paisagem e Bens Materiais aquando da avaliação do FCD Património Cultural e Desenvolvimento Turístico. No FCD Riscos Ambientais, serão tidos em consideração os FA referentes à Água, Solo, Fatores Climáticos, Paisagem, Bens Materiais, População e Saúde Humana e no FCD Governança serão tidos em consideração os fatores ambientais Bens Materiais e População. 39

43 5.4. FATOR CRÍTICO PARA A DECISÃO - ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO, DESENVOLVIMENTO REGIONAL E COMPETITIVIDADE Descrição do Fator Crítico para a Decisão e seus objetivos A proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro apresenta um conjunto de vetores estratégicos de desenvolvimento territorial que pretendem identificar e refletir sobre o conjunto de problemas e potencialidades existentes no município. Estes vetores estratégicos, ao determinarem aglomerados e lugares atrativos e socialmente coesos, uma indústria qualificada, como fator de atração e motor de desenvolvimento, uma agricultura complementar e inovadora, uma valorização da identidade e do património natural e, por último, uma comunidade e gestão aberta, deverão constituir o suporte para a definição e implementação de políticas e de projetos estruturantes no território. Sendo o PDM o principal instrumento de gestão territorial a nível municipal, no processo da sua revisão e no âmbito da Avaliação Ambiental Estratégica é essencial a análise de um Fator Crítico para a Decisão dedicado ao Ordenamento do Território, Desenvolvimento Regional e Competitividade. A análise deste FCD pretende identificar as potencialidades e/ou constrangimentos que a proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro terá ao nível da organização territorial do concelho, tendo em conta os objetivos estratégicos definidos para esta revisão, sendo a análise balizada pelos objetivos de sustentabilidade definidos nesta AAE para a revisão do PMOT. Estes objetivos de sustentabilidade pretendem contribuir para um melhor e mais equilibrado ordenamento e estruturação do território, para um posicionamento estratégico e uma capacidade competitiva mais forte do município face ao enquadramento regional onde se insere e, finalmente, para a melhoria da qualidade de vida da população. Neste contexto e no âmbito da análise deste FCD, definiram-se três grandes domínios de avaliação, de forma a permitir um enquadramento da análise suportada nos objetivos de sustentabilidade definidos, que se ilustram no quadro que se segue. 40

44 Quadro Domínios de Avaliação e Objetivos de Sustentabilidade do FCD Ordenamento do Território, Desenvolvimento Regional e Competitividade Domínio de Avaliação Objetivos de Sustentabilidade Ordenamento do Território Competitividade e Desenvolvimento Regional Qualidade de Vida Fomentar o desenvolvimento sustentável, através da organização espacial do território Promover um correto ordenamento biofísico e paisagístico, tendo em conta as condicionantes existentes Incentivar processos de regeneração e requalificação urbana Promover a criação de centralidades urbanas Melhorar e potenciar o quadro das acessibilidades intraconcelhias Garantir um nível de infraestruturação adequado às novas exigências ambientais Modificar a vulnerabilidade das zonas sujeitas a inundação Aumentar a competitividade e atratividade do município no contexto regional Criar condições para a atração e fixação de novas empresas, inovadoras e competitivas no contexto regional Criar novos postos de emprego, diminuindo a taxa de desemprego Fomentar o desenvolvimento sustentável, racionalizando e qualificando os espaços para a implantação e desenvolvimento de atividades económicas Melhorar a qualidade de vida dos habitantes do concelho Conservar e valorizar a biodiversidade e o património natural do concelho Promover a qualificação do Espaço Público Qualificar a rede de Equipamentos de Utilização Coletiva De forma a auxiliar o nível de pormenorização da análise que se pretende efetuar, definiram-se os seguintes critérios de avaliação e respetivos indicadores para este FCD (Quadro ), através dos quais, numa primeira abordagem, se irá proceder à caraterização da situação de referência e análise de tendências num cenário de não implementação da atual proposta de revisão do PDM. 41

45 Ordenamento do Território, Desenvolvimento Regional e Competitividade AAE da Proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro Quadro Domínios de avaliação, critérios de avaliação, principais indicadores associados ao FCD Ordenamento do Território, Desenvolvimento Regional e Competitividade FCD Domínio Critérios de Avaliação Indicadores Unidade Fonte População Residente N.º INE Ordenamento do Território Dinâmica Populacional Uso do Solo Organização espacial do território Ordenamento biofísico e paisagístico (Classes de espaços e Condicionantes existentes no território) Solo Urbano e Solo afeto à Estrutura Ecológica Municipal Acessibilidades rodoviárias População residente por grupos etários N.º INE Densidade Populacional Hab/km 2 INE Solo Rural ha Município Solo Urbano ha Município Taxa de execução do solo programado 1 % Município Percentagem de reclassificação do solo rural em solo urbano 1 % Município Planos Municipais de Ordenamento do Território N.º Município/DGOTDU Espaços naturais ha Município Estrutura Ecológica Municipal 1 Reserva Ecológica Nacional ha ha Município Município Percentagem de Reserva Ecológica Nacional com ocupações compatíveis 2 % Município Reserva Agrícola Nacional ha Município Percentagem de Reserva Agrícola Nacional utilizada para fins não agrícolas 2 % Município Rede Natura ha Município Espaço Florestal ha Município Faixas de gestão de combustíveis m Município Espaço Agrícola ha Município Solos urbanizados ha Município Solo urbanizável (solo cujo urbanização é possível programar) ha Município UOPG s N.º e ha Município Solo afeto à estrutura ecológica municipal 1 ha Município Rede Viária km Município/EP Projetos de melhoria de acessibilidades 1 N.º Município/EP Evolução do volume de tráfego 2 N.º veículos/estrada Município/EP 42

46 FCD Domínio Critérios de Avaliação Indicadores Unidade Fonte Evolução do n.º de acidentes rodoviários registados 2 N.º Município/EP N.º de vias intervencionadas N.º Município/EP Taxa de execução de novas vias propostas 1 % Município/EP Transportes coletivos N.º Município Evolução do número de utilizadores da rede de Transportes Coletivos 2 N.º/ano Município/EP N.º de estacionamentos em zonas intermodais 2 N.º Município/EP Competitividade e Desenvolvimento Regional Qualidade de Vida Atractividade empresarial Dinâmica Empresarial e Económica Nível de empregabilidade e formação profissional Lazer/Valorização paisagística e ambiental Espaços de atividades económicas N.º Município Taxa de ocupação dos espaços de atividades económicas infraestruturados com soluções ambientalmente sustentáveis 2 Serviços instalados nos espaços de atividades económicas infraestruturados com soluções ambientalmente sustentáveis 2 % Município N.º Município Atividades económicas instaladas no concelho N.º INE N.º de empresas instaladas em Espaços de Atividades Económicas 2 N.º Município Explorações agropecuárias existentes N.º INE População residente, segundo a qualificação académica % INE Poder de compra per capita 2 % INE Evolução da população ativa por sector de atividade % INE Taxa de Atividade % INE Taxa de Desemprego % INE Estruturas de apoio à formação profissional N.º Município Espaços Verdes 1 ha Município Percursos Pedestres 2 Km Município Pistas Cicláveis 2 Km Município 43

47 FCD Domínio Critérios de Avaliação Indicadores Unidade Fonte Lista de intervenções de valorização paisagística/ambiental N.º Município Espaço Público Lista de projetos/intervenções de qualificação no espaço público N.º Município Equipamentos de utilização coletiva Equipamentos de Utilização Coletiva N.º Município 1 - Indicador decorrente da proposta de revisão do PDM, sendo analisado na avaliação da implementação da proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro 2 - Indicador a ser analisado na fase de execução do Plano, usado para seguimento no Plano de Controlo 44

48 Situação Existente e Análise de Tendências Neste capítulo será efetuada a caraterização da situação existente no município de Oliveira do Bairro, tendo em conta os diversos indicadores definidos para cada domínio do Fator Crítico para a Decisão Ordenamento do Território, Desenvolvimento Regional e Competitividade. Será utilizada para esta análise a informação contida em diversos documentos estratégicos referentes ao município de Oliveira do Bairro, bem como os estudos já efetuados para a revisão do PDM. Além disso, será também utilizada a informação estatística disponibilizada pelo INE. Posteriormente será efetuada uma breve análise de tendências que tem como objetivo apresentar a evolução previsível do município de Oliveira do Bairro, sem no entanto considerar a execução da proposta de revisão do PDM. SITUAÇÃO EXISTENTE Domínio: Ordenamento do Território População Residente Tendo como objetivo verificar a atratividade de um concelho para a fixação da população, é necessário analisar a evolução da população residente. Desta forma, verifica-se pelo quadro que se segue, que no município de Oliveira do Bairro foi registado um crescimento positivo da população residente, tal como acontece quer na sub-região Baixo Vouga, quer na região Centro e mesmo em Portugal. No entanto, este crescimento foi mais acentuado entre os anos 1991 e 2001, com um aumento de 12.6%. Já entre 2001 e 2011, este crescimento baixou para cerca de 8,7%. É no entanto visível a forte atratividade que o município apresenta, continuando a fixar muita população. Quadro Variação da População Residente entre 1991 e 2011 (Fonte: Área Geográfica Variação População ( ) População Residente % Portugal ,7 3,0 Centro (NUT 2002) ,0 1,8 Baixo Vouga ,2 4,3 Oliveira do Bairro

49 População Residente por grupos etários No que diz respeito à população residente por grupos etários, verifica-se que têm existido algumas alterações, nomeadamente pelo crescimento relativamente acentuado das faixas etárias entre os 30 e os 49 anos. Naturalmente, verifica-se também um crescimento da população mais envelhecida, mas que não é tão nítido como os grupos etários referidos anteriormente. Ao contrário do que se passa na generalidade da sub-região Baixo Vouga, os grupos etários de menor idade (entre os 0 e os 25 anos) mantém-se mais ou menos constantes. Estas pirâmides evidenciam assim a atratividade do concelho que tem vindo a aumentar a sua população nomeadamente das faixas etárias em idade ativa. Figura Pirâmides Etárias da População residente em Oliveira do Bairro (2001 e 2011) (Fonte: Densidade Populacional De acordo com os indicadores estatísticos, a densidade populacional de Oliveira do Bairro tem vindo a aumentar desde o ano de 2000, tendo-se registado o valor mais alto em 2012, com cerca de 267,5 hab/km 2. Pelo quadro apresentado, verifica-se que o município de Oliveira do Bairro apresenta uma densidade populacional muito elevada, quando comparada com a sub-região Baixo Vouga, ou mesmo com a região Centre e com Portugal. Quadro Densidade populacional, entre 2000 e 2012 (Fonte: Densidade Populacional (hab/km2) Local de Residência Portugal Centro Baixo Vouga Oliveira do Bairro

50 Solo Urbano/ Solo Rural O Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro foi revisto e publicado em Diário da República através da Resolução de Conselho de Ministros n.º 80/99, de 29 de Julho. Na data da publicação do PDM em vigor, o regime jurídico em vigor não estabelecia a diferenciação entre Solo Urbano e Solo Rural, tal como o faz, atualmente, o Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial (RJIGT). Assim, a classificação do solo dividia-se nas seguintes classes de espaço, tendo em conta a função do uso dominante ou potencial do solo e sem prejuízo das condicionantes, servidões e restrições de utilidade pública (artigo 16º do capítulo III da RCM n.º 80/99, de 29 de Julho): Espaços urbanos Espaços urbanos centrais Espaços urbanizáveis Espaços agrícolas Espaços florestais Espaços das indústrias extrativas Espaços das indústrias transformadoras Espaços canais Planos Municipais de Ordenamento do Território Além do Plano Diretor Municipal, atualmente em revisão, existem, no território de Oliveira do Bairro, os seguintes planos municipais de ordenamento do território em vigor: Plano de Pormenor do Centro da Vila de Oliveira do Bairro (1ª alteração Declaração , do DR n.º 151, 2ª Série, de 2 de Julho de 1996); Plano de Pormenor da Zona Envolvente aos Novos Paços do Concelho de Oliveira do Bairro (1ª alteração Aviso n,º 10564/2011, do DR n.º 91, 2ª série, de 11 de Maio de 2011); e Plano de Pormenor para a Área Envolvente (Sul) à Zona Industrial de Vila Verde (1ª publicação Aviso 14570/2010, do DR n.º 141, 2ª série, de 22 de Julho de 2010). Espaços Naturais No PDM de Oliveira do Bairro em vigor não existe a classe de espaço natural, sendo apenas identificadas as áreas pertencentes à Reserva Agrícola Nacional, Reserva Ecológica Nacional e Domínio Público Hídrico. 47

51 Reserva Ecológica Nacional A Reserva Ecológica Nacional foi criada pelo Decreto-Lei n.º 321/83, de 5 de Junho, e instituída pelo Decreto-Lei n.º 93/90, de 19 de Março, com a nova redacção dada pelo Decreto-Lei n.º 213/92, de 12 de Outubro. Recentemente procedeu-se a uma revisão do Regime Jurídico da REN, através do Decreto-Lei n.º 166/2008, de 22 de Agosto. De acordo com este diploma legal, A REN é uma restrição de utilidade pública, à qual se aplica um regime territorial especial que estabelece um conjunto de condicionamentos à ocupação, uso e transformação do solo, identificando os usos e as acções compatíveis com os objectivos desse regime nos vários tipos de áreas. O PDM de Oliveira do Bairro em vigor refere que se aplica a legislação em vigor para as áreas de REN, apresentando, no entanto, como um dos seus principais objetivos a Defesa e protecção dos recursos hídricos, propondo a implementação de uma política de economia da água, a utilização coerente dos espaços da Reserva Ecológica Nacional com a ocupação florestal de espécies de vegetação climática e com a utilização de áreas especiais como áreas de verde público (alínea e) do n.º 2 do artigo 11º da RCM n.º 80/99, de 29 de Julho). A Reserva Ecológica do Município de Oliveira do Bairro representava cerca de 1605 ha, correspondente a cerca de 18,4% da área do município facto que revela a importância do sistema biofísico na organização e no ordenamento do modelo de ocupação deste território. Mais uma vez os leitos de cursos de água e as áreas de máxima infiltração constituem os elementos determinantes para a valorização e preservação do equilíbrio ecológico. Reserva Agrícola Nacional A Reserva Agrícola Nacional foi instituída através do Decreto-Lei n.º 196/89, de 14 de Junho, com a nova redação que lhe foi dada pelo Decreto-Lei n.º 274/92 de 12 de Dezembro, visando proteger áreas com maior aptidão agrícola. O PDM de Oliveira do Bairro em vigor refere que se aplica a legislação em vigor para as áreas de RAN, apresentando, no entanto, como um dos seus principais objetivos a protecção da agricultura, preservando as áreas expressivas da Reserva Agrícola Nacional, defendendo a agricultura familiar pluriactiva, tendo em conta a manutenção de aglomerados em extensão, facilitando o aproveitamento das pequenas parcelas agrícolas, repondo a identidade da ocupação bairradina (alínea d) do n.º 2 do artigo 11º da RCM n.º 80/99, de 29 de Julho). A Reserva Agrícola do Município de Oliveira do Bairro representava cerca de 2808ha, correspondente a cerca de 32,2% da área do município facto que revela a importância de significativa área do território do município no apoio e no suporte do desenvolvimento de actividades agrícolas. 48

52 Rede Natura O Município de Oliveira do Bairro apresenta cerca de 731,3 ha da sua área classificada ao abrigo do Plano Sectorial da Rede Natura, pertencente à Zona de Proteção Especial Ria de Aveiro (PTZPE0004), sendo esta classificação devida à grande importância desta ZPE para a conservação de avifauna. No entanto, esta área corresponde apenas a 1% do total da ZPE, que abrange, além do município de Oliveira do Bairro, outros 9 municípios. Também recentemente foi designado o Sítio de Importância Comunitária da Ria de Aveiro (SIC) - PTCON61, o qual no concelho de Oliveira do Bairro assume uma delimitação territorial coincidente com a da ZPE acrescida de uma área correspondente à do desenvolvimento dos rios Cértima e Levira e ecotonos associados aos seus sistemas ripícolas, totalizando no concelho 787ha. Espaço Florestal O Espaço Florestal do município de Oliveira do Bairro destina-se à utilização dominantemente florestal, sendo no entanto possível Nas áreas não incluídas na Reserva Ecológica Nacional é possível a execução de construções de apoio à actividade silvícola e silvo-pastoril e indústrias conexas, indústrias em edifícios existentes ou ampliações de indústrias existentes, de acordo com o n.º 2 do artigo 17.o, a habitação, equipamentos turísticos agro-turismo, turismo de habitação, turismo rural e hotéis rurais, equipamentos colectivos, comércio e serviços. Pode também admitir-se a instalação de pedreiras e indústrias conexas, desde que se cumpram os requisitos da legislação em vigor como: zonas de defesa, recuperação paisagística e reposição da aptidão dominante do solo antes da exploração (artigo 45.º da Resolução de Conselho de Ministros n.º 80, de 29 de Julho de 1999). O Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios de Oliveira do Bairro refere que a a floresta é a ocupação dominante no concelho ( ), representando cerca de 41% da superfície territorial do concelho (3541 ha), sendo a ocupação florestal constituída principalmente por eucalipto e pinheiro bravo (PMDFCI, 2014). Faixas de Gestão de Combustível Sendo um Instrumento de Gestão Territorial, a execução das suas propostas deve regular-se pelas respetivas disposições regulamentares e considerar o enquadramento e a articulação com as preocupações, em matéria de defesa e prevenção de incêndios, constantes do Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios e demais legislação geral. É assim referido no PMDFCI que a a rede municipal de defesa da floresta contra incêndios concretiza territorialmente a infraestruturação dos espaços rurais decorrente da estratégia do planeamento municipal de DFCI e é constituída pela rede secundária e terciária de faixas de gestão de combustível e mosaico de parcelas de gestão de combustíveis (para permitir um eficaz combate aos incêndios e reduzir os impactos negativos dos 49

53 mesmos), a rede viária florestal (que permite uma rápida intervenção dos meios de combate nas zonas afetadas) e a rede de pontos de água (que facilitam o reabastecimento de meios de combate a incêndios florestais). (PMDFCI, 2014). Desta forma, o PMDFCI efetuou a delimitação das faixas de gestão de combustível nos espaços rurais, tendo sido localizadas em áreas estratégicas com o objetivo de combater mais eficazmente os incêndios. Estas faixas foram delimitadas tendo em conta as disposições estabelecidas no artigo 15º do Decreto-Lei n.º 17/2009, de 14 de Janeiro, tal como se apresenta no quadro seguinte. Quadro Descrição das faixas e mosaicos de parcelas de gestão de combustível (Fonte: PMDFCI, 2014) FAIXAS E MOSAICOS DE PARCELAS DE GESTÃO DE COMBUSTÍVEIS CÓDIGO DESCRIÇÃO LARGURA DA FAIXA (m) 002 Aglomerados populacionais inseridos ou confinantes com espaços florestais (10 ou mais edifícios de habitação distanciados entre si menos de 50 m) Equipamentos florestais de recreio e parques e polígonos industriais inseridos ou confinantes com espaços florestais Rede viária florestal 10 Rede viária rodovia de comunicação relevante (em espaços florestais) Rede ferroviária (em espaços florestais) Rede de transporte de gás Rede elétrica em muito alta tensão (em espaços florestais) Rede elétrica em média tensão (em espaços florestais) Mosaicos de parcelas de gestão de combustíveis (áreas ardidas em 2012) Pontos de água (em espaços florestais) Rede elétrica de alta tensão 10 Espaço Agrícola O Espaço Agrícola do município de Oliveira do Bairro representa cerca de 3075 ha, perfazendo um total de 35% da área total do município (PMDFCI, 2014) que suporta o desenvolvimento de práticas agrícolas e agropecuárias, assumindo um papel importante na formação dos rendimentos familiares, quer como atividade principal, quer como atividade complementar. Estes espaços dividem-se em espaços agrícolas de conservação e espaços agrícolas de produção. Solos Urbanizados e Solos Urbanizáveis No PDM em vigor, estes solos correspondem aos Espaços Urbanos, Espaços urbanos centrais, Espaços Urbanizáveis. Os espaços urbanos correspondem à ocupação ao longo das vias existentes que apresentam elevado grau de infra-estruturação (alínea 1 do artigo 17º da Resolução de Conselho de Ministros n.º80, de 29 de Julho de 1999) e os espaços urbanos centrais correspondem a áreas com maior densificação de construção e maior diversificação de funções (alínea 1 do artigo 22º da Resolução de Conselho de Ministros n.º80, de 29 de Julho de 1999). Estes espaços destinam-se principalmente a habitação, podendo nelas admitir-se a existência de estabelecimentos comerciais e de serviços compatíveis com a malha urbana, actividades artesanais e sócio- 50

54 culturais (alínea 3 do artigo 17º e alínea 3 do artigo 22º da Resolução de Conselho de Ministros n.º80, de 29 de Julho de 1999). Relativamente aos espaços urbanizáveis, estes correspondem a espaços ainda não estruturados e com reduzida ocupação (alínea 1 do artigo 27º da Resolução de Conselho de Ministros n.º80, de 29 de Julho de 1999), com o mesmo fim dos espaços urbanos e urbanos centrais. Do solo classificado como urbano no PDM em vigor, 1539,1 ha correspondem à classe de espaço urbano, 546 ha pertencem à classe de espaço urbanizável e 95,1 ha à classe de espaços urbanos centrais. UOPG s As Unidades Operativas de Planeamento e Gestão do município de Oliveira do Bairro são definidas como áreas que deverão ser objeto de estudos urbanísticos, planos de pormenor ou loteamentos. No PDM em vigor estavam definidas 29 UOPG s para espaços urbanos centrais e espaços urbanizáveis e 8 UOPG s para espaços das indústrias transformadoras. Rede Viária A mobilidade e as vias de comunicação constituem importantes fatores de localização e de atração de investimentos. O município de Oliveira do Bairro apresenta uma localização privilegiada no que diz respeito à rede viária existente, destacando-se três principais eixos de comunicação: a autoestrada A1, pela existência de um nó de acesso e atravessamento do município; e as estradas nacionais EN235 e EN333 que permitem um fácil acesso quer ao IC2, quer à A17. Este conjunto de vias permite assim concluir a existência de fortes acessibilidades aos principais centros urbanos de Aveiro, Porto e Coimbra. Além destas vias de âmbito nacional, o município é atravessado por um conjunto de vias de âmbito municipal, de grande importância para o fluxo de tráfego de nível local e regional. O quadro que se segue identifica a hierarquização da rede viária de Oliveira do Bairro. Quadro Hierarquização da rede viária de Oliveira do Bairro Fonte: Estudo de caraterização da rede viária (Revisão do PDM, 2009) Hierarquização viária Identificação da Via Rede Nacional Fundamental Rede Nacional Complementar Rede Municipal Regional IP1 (Autoestrada 1) Eixo Nacional que assegura a ligação Norte-Sul do país e que apresenta um nó de acesso no limite norte do município EN 235 Eixo nacional que estabelece a ligação entre Aveiro e Anadia Variante à EN235 (que teve como objetivo a deslocalização dos fluxos de tráfego rodoviário existentes no interior de Oliveira do Bairro) EN 333 eixo nacional que estabelece a ligação entre Oiã e Águeda ER 333 antigo troço da EN 333 que assegura a ligação entre o concelho de Vagos e a freguesia de Oiã e que serve de acesso à A17. Eixo fundamental da distribuição transversal do município. 51

55 Hierarquização viária Rede Municipal Local Identificação da Via Formada por todas as estradas municipais, nacionais e regionais desclassificadas no âmbito do PRN2000. Destacam-se as seguintes: EM 596, ER atual EM 333-1, EM 335, EM 596-3, EM 597, EM Transportes Relativamente aos transportes rodoviários coletivos de nível municipal, a Câmara Municipal de Oliveira do Bairro assegura este serviço através do transporte inter-urbano (TOB), sistema criado em 2007 (Revisão do PDM, 2009), com funcionamento de segunda a sexta-feira, das 7h25 às 19h10. Existem três circuitos de ligação entre as várias freguesias e a cidade de Oliveira do Bairro (Linha laranja, linha verde e linha azul), com diversas paragens que geralmente se localizam próximo de equipamentos de utilização coletiva. N.º de vias intervencionadas O município de Oliveira do Bairro tem vindo a proceder ao melhoramento das vias, executando para isso, um conjunto de obras de grande e pequena intervenção. Até ao momento e segundo informação do município, cerca de 214 km de vias foram intervencionadas, num totla de 105 intervenções. Domínio de Avaliação - Competitividade e Desenvolvimento Regional Espaços de Atividades Económicas No PDM em vigor, estes espaços correspondiam aos Espaços para Indústrias Transformadoras, dividindo-se em espaços já ordenados e espaços a ordenar. No município de Oliveira do Bairro, caracterizado pela sua forte vocação industrial, existem diversos espaços de atividades económicas, distribuídas pelas várias freguesias do concelho, que perfazem atualmente um total de 375 ha de área afeta a espaços de atividades económicas. Existem ainda Espaços para Indústrias Extrativas, que são destinados à exploração de recursos minerais do subsolo. 52

56 Atividades económicas instaladas no concelho No que diz respeito ao número e tipo de empresas existentes com sede no município de Oliveira do Bairro, e de acordo com os dados do INE, verifica-se que entre 2009 e 2012 houve um decréscimo de cerca de 13,3% de empresas no município, tal como se verifica no quadro que se segue. Pela análise do quadro seguinte, verifica-se uma forte predominância para as empresas de comércio por grosso e a retalhos; reparação de veículos automóveis e motociclos (27,01%), de construção (12,52%) e de atividades administrativas e dos serviços de apoio (11,8%). Apesar de ser um município com uma forte tradição agrícola, verifica-se que em termos empresarias, apenas existem 95 empresas ligadas ao sector da agricultura, prodição animal, cala, floresta e pesca, correspondendo a 4% do total de empresas existentes no município. Quadro Empresas, por município de sede, segundo a Classificação das Actividades Económicas, Rev. 3 (Fonte: Atividade económica (Divisão - CAE Rev. 3) Empresas (N.º) N.º % N.º % Total Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca Indústrias extrativas Indústrias transformadoras Eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio Captação, tratamento e distribuição de água; saneamento, gestão de resíduos e despoluição Construção Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis e motociclos Transportes e armazenagem Alojamento, restauração e similares Atividades de informação e de comunicação Atividades imobiliárias Atividades de consultoria, científicas, técnicas e similares Atividades administrativas e dos serviços de apoio Educação Atividades de saúde humana e apoio social Atividades artísticas, de espetáculos, desportivas e recreativas Outras atividades de serviços Explorações agropecuárias existentes O número de explorações agrícolas tem vindo a diminuir ao longo dos anos em Oliveira do Bairro, facto comum a todo o território nacional. Pela análise da tabela seguinte, verifica-se que entre 1989 e 1999 houve uma diminuição de 39,5% do número de explorações agrícolas, por forma de exploração agrícola e entre 1999 e 2009 voltou a existir uma diminuição superior a 44% das explorações agrícolas. 53

57 Quadro Explorações agrícolas, segundo a forma de exploração (superfície agrícola utilizada (SAU)) (Fonte: INE) Forma de Exploração Variação (%) Variação (%) Total da SAU Conta Própria Arrendamento Outras formas O mesmo se passa relativamente às explorações agrícolas com efetivos animais. Entre 1999 e 2009, o número total de explorações agrícolas com efetivos animais decresceu mais de 50% (Quadro ), o que evidencia o enorme abandono que as atividades agropecuárias têm vindo a sentir, mesmo em áreas onde existia uma forte vocação agrícola. Quadro Explorações agrícolas com efetivo animal, por espécie de animal (Fonte: INE) Espécie animal Variação (%) Variação (%) Bovinos Suínos Ovinos Caprinos Equídeos Aves Coelhos Colmeias e cortiços povoados Total Tal como já foi referido anteriormente, estas atividades agrícolas assumem atualmente um carácter de atividade complementar às atividades principais das famílias do município de Oliveira do Bairro. Este facto constata-se pela análise do quadro seguinte. Quadro Explorações agrícolas, segundo a fonte de rendimento do agregado doméstico (Fonte: INE) Fonte de rendimento N.º % N.º % N.º % Exclusivamente da actividade da exploração Principalmente da actividade da exploração Principalmente de origem exterior à exploração Total

58 Como se verifica, em 2009 apenas 42 explorações agrícolas eram utilizadas como fonte exclusiva do rendimento do agregado familiar, correspondente a cerca de 5% do total das explorações agrícolas. Cerca de 85% das explorações agrícolas eram utilizadas apenas como atividade complementar, já que a fonte de rendimento do agregado familiar é principalmente de origem exterior à exploração. População residente, segundo a qualificação académica Cada vez mais é reconhecida a importância da qualificação da população no desenvolvimento do local onde estão inseridas. Assim, é importante perceber como se distribui a população residente do município, segundo a qualificação académica que possui. Os valores apresentados referem-se à população residente com mais de 15 anos. Pelo gráfico que se apresenta, verifica-se que o nível de qualificação académica ou nível de instrução da população de Oliveira do Bairro é ainda bastante baixo, sendo que 59% da população com mais de 15 anos possui apenas o ensino básico. É ainda de destacar a elevada percentagem de população que não tem qualquer nível de escolaridade completo, atingindo os 6% de população com mais de 15 anos. Figura População residente, segundo a qualificação académica Evolução da População Ativa por Sector de Atividade No que diz respeito à evolução da população ativa por sector de atividade, nos períodos censitários 2001 e 2011 verificou-se a existência de algumas alterações nos quantitativos de população em cada sector. Estas alterações 55

59 foram mais visíveis no sector primário que viu a sua população ativa decrescer dos 7.9% para os 2.5%, facto comum em quase todo o país. Este facto é explicado pela tendência progressiva para perda de importância do sector primário, tal como já foi verificado pela análise do número de explorações agropecuárias, essencialmente resultado do abandono das práticas agrícolas tradicionais, pelo que os quantitativos da população neste sector são já bastante diminutos e na sua maior parte idosos. Apesar do concelho de Oliveira do Bairro ser apresentar um grande número de indústrias, verificou-se também uma diminuição em termos percentuais de população ativa neste sector. Em 2001 cerca de 35% da população ativa trabalhava no sector secundário, sendo que em 2001 este valor decresceu para os 26.5%. atualmente é o setor terciário que engloba maiores quantitativos de população ativa, com mais de 70% do total da população ativa a trabalhar neste sector. Quadro População ativa por sector de atividade Unidade Geográfica Sector Primário Sector Secundário Sector Terciário Portugal Continente Centro Baixo Vouga Oliveira do Bairro Taxa de Atividade e Taxa de Desemprego Relativamente aos indicadores taxa de atividade e taxa de desemprego, verifica-se que houve um aumento destes dois indicadores, facto similar ao que aconteceu em toda a sub-região e região em que Oliveira do Bairro se insere. O indicador, taxa de atividade permite definir a relação entre a população ativa e a população total, num determinado território. Verifica-se pela análise do quadro seguinte que a taxa de atividade se tem mantido contante entre 2001 e 2011, sendo que Oliveira do Bairro apresenta cerca de 48% da sua população ativa a exercer uma atividade. O valor da taxa de desemprego rondava, em 2001, os 5%, tendo passado para mais de 10% em Mesmo assim, este valor ainda se mantém abaixo dos valores registados, quer para o Baixo Vouga, quer para a região Centro e mesmo para o valor médio de Portugal (Quadro ). 56

60 Quadro Taxa de atividade e Taxa de desemprego Unidade Geográfica AAE da Proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro Taxa de atividade (%) Taxa de desemprego (%) País Continente Centro Baixo Vouga Oliveira do Bairro Estruturas de apoio à formação profissional As estruturas de apoio à formação profissional são, hoje, essenciais a qualquer processo de desenvolvimento municipal. No município de Oliveira do Bairro existem 3 estruturas de apoio à formação profissional, designadamente as seguintes: Escola Secundária de Oliveira do Bairro Centro de formação À Medida ACIB Associação Comercial e Industrial da Bairrada Está ainda previsto a criação do futuro Instituto Industrial da Bairrada. Domínio: Qualidade de Vida Lista de intervenções de valorização paisagística/ambiental Relativamente às intervenções de valorização paisagística e ambiental, destaca-se a Requalificação do parque Ribeirinho do Carreiro Velho, na margem sul/poente da Pateira de Fermentelos, que foi realizada no âmbito do programa Polis Litoral Ria de Aveiro. Lista de projetos/intervenções de qualificação no Espaço Público O município de Oliveira do Bairro tem vindo a promover a qualificação de diversos espaços públicos, nomeadamente através da pavimentação de arruamentos e da requalificação de ruas, largos e passeios. De acordo com informação do município, destacam-se como principais intervenções de qualificação do espaço público a Alameda da Cidade, a requalificação da Junta de Freguesia de Oiã, o Quartel das Artes e as requalificações das Escolas Básicas do Município. 57

61 Equipamentos de Utilização Coletiva O município de Oliveira do Bairro apresenta atualmente um conjunto de equipamentos que se pode considerar satisfatório para as necessidades do concelho. No quadro seguinte apresenta-se uma síntese dos equipamentos desportivos, de ensino, sociais, de saúde e Culturais, de Lazer e Recreativos. Quadro Equipamento de Utilização Colectiva (CMOB, 2014) Equipamentos de Utilização Coletiva N.º Observações Equipamentos Desportivos Equipamentos de Ensino Equipamentos Sociais Equipamentos de Saúde Grandes campos de Jogos 10 Em todas as freguesias e pertencem a associações Pequenos campos de jogos 13 Em todas as freguesias Piscinas ao ar livre 7 Piscinas Recreativas Piscinas Cobertas 3 Na sede do concelho Estádio 1 Na sede do concelho Pavilhões Polivalentes 2 Oliveira do Bairro e Palhaça Pista de Corta Mato 1 Oliveira do Bairro (pertence a uma associação) Pista de Atletismo 1 Pertence a associação (pista de atletismo reduzida) Escolas Básicas Integradas 16 Jardim de Infância + 1º Ciclo Escolas Básicas 1º Ciclo 9 Existem em todas as freguesias Escolas Básicas de 2º e 3º ciclo 2 Oliveira do Bairro e Oiã Escola Secundária 1 Oliveira do Bairro IPSB 1 Bustos Pólo Escolar 1 Oiã Sóbustos 1 Associação de Melhoramentos, Arte, Desporto, Cultura, Recreio e Solidariedade Social (Bustos) Centro Social de Oiã 1 SOLSIL 1 Associação de Solidariedade Social do Silveiro (Oiã) AMPER 1 Associação dos Amigos de Perrães (Oiã) Unidade de Cuidados Continuados 1 Oliveira do Bairro Santa Casa da Misericórdia 1 Oliveira do Bairro Centro Paroquial 2 Oliveira do Bairro, Palhaça e Troviscal Recanto da Natureza 1 Palhaça Centro Ambiente para Todos 1 Troviscal Centro de Saúde 1 Oliveira do Bairro Extensões de saúde 5 Bustos, Mamarrosa, Oiã, Palhaça e Troviscal Equipamentos Culturais, de Lazer e Recreativos Instituto da Educação e Cidadania 1 Mamarrosa Sede do Rancho Folclórico 1 Mamarrosa Centro Cultural Prof. Élio Martins 1 Oiã Biblioteca Municipal 1 Oliveira do Bairro Sede Filarmónica União de 1 Oliveira do Bairro 58

62 Equipamentos de Utilização Coletiva N.º Observações Oliveira do Bairro Escola de Artes + Centro Cultural Parque de Feiras e Exposições 1 Troviscal 1 Troviscal Parque de Merendas 5 Mamarrosa, Oiã, Atómicos (Oliveira do Bairro), Troviscal (2) Parque Verde 11 Em todas as Freguesias Análise SWOT A análise SWOT pretende traçar o diagnóstico geral e o resumo das caraterísticas ambientais e das tendências existentes ao nível do concelho de Oliveira do Bairro reunindo, para isso, um conjunto de elementos positivos e negativos, os quais, por sua vez, ocasionam um conjunto de ameaças e oportunidades associadas ao FCD em análise. Quadro Análise SWOT no âmbito do FCD Ordenamento do Território, Desenvolvimento Regional e Competitividade, para o concelho de Oliveira do Bairro, sem a implementação da proposta de revisão do PDM Forças Fraquezas Localização geográfica Aumento da população, nomeadamente em idade ativa Manutenção da taxa de atividade Aumento da taxa de desemprego Existência de eixos rodoviários de importância e relevo Nível de qualificação académica da população ainda regional e nacional, nomeadamente o nó da A1 relativamente baixo Existência de eixos ferroviários de importância nacional Tendência para a diminuição do número de empresas no como a Linha do Norte concelho Tradição industrial e empresarial do concelho Melhoria dos espaços públicos e consequente melhoria da qualidade de vida Oportunidades Ameaças Proximidade da A1, com ligações aos principais centros urbanos nacionais Proximidade a centros de investigação e desenvolvimento (Universidade de Aveiro e Coimbra) Aproveitamento dos espaços de interesse natural para o desenvolvimento de percursos que promovem a sustentabilidade ambiental e uma melhoria da qualidade de vida das populações Potencial crescimento de novos processos de urbanização, com reflexos no aumento dos fluxos e volumes de tráfego, Impactes ambientais e consumo de Solo com uso Florestal causados pela implantação de novas unidades económicas e de novos processos de urbanização Abandono de áreas agrícolas 59

63 Ordenamento do Território, Desenvolvimento Regional e Competitividade AAE da Proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro ANÁLISE DE TENDÊNCIAS No que se refere ao FCD em análise, verifica-se que, na ausência de implementação da proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro, não se preveem alterações significativas relativamente à tendência caracterizada na situação de referência. Existem três indicadores que poderão evoluir de forma negativa, nomeadamente as atividades económicas instaladas no município, as explorações agropecuárias e a taxa de desemprego. Verifica-se no entanto que os indicadores relacionados com a qualidade de vida, e que se encontram associados à execução de políticas municipais que incidem em projetos concretos, poderão também ter uma evolução positiva, uma vez que o município pretende melhorar a qualidade de vida das suas populações, através da aposta no desenvolvimento de novos/recuperação de equipamentos e na valorização ambiental e paisagística do município. Quadro Avaliação da tendência de evolução de cada indicador, na ausência de implementação da proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro FCD Domínio Tendência de Critérios de Indicadores Evolução sem Avaliação PDM População Residente Dinâmica Populacional População residente por grupos etários Densidade Populacional Ordenamento do Território Competitividade e Desenvolvimento Regional Uso do Solo Organização espacial do território Ordenamento biofísico e paisagístico (Classes de espaços e Condicionantes existentes no território) Solo Urbano e Solo afeto à Estrutura Ecológica Municipal Acessibilidades rodoviárias Atratividade empresarial Dinâmica Empresarial e Económica Solo Rural Solo Urbano Planos Municipais de Ordenamento do Território Espaços naturais REN RAN Rede Natura Espaço Florestal Faixas de Gestão de Combustível Espaço Agrícola Solos urbanizados Solo urbanizável (solo cuja urbanização é possível programar) Rede Viária N.º de vias intervencionadas Transportes Coletivos Espaços de Atividades Económicas Atividades económicas instaladas no concelho Explorações agropecuárias 60

64 FCD Domínio Qualidade de Vida Critérios de Avaliação Nível de Empregabilidade e formação profissional Lazer/Valorização paisagística e ambiental Espaço Público Indicadores População residente, segundo a qualificação académica Evolução da População Ativa por Atividades Económicas Taxa de Atividade Taxa de Desemprego Equipamentos de utilização coletiva - Indicador evolui de forma positiva (relativamente à situação de referência) - Indicador não apresenta alteração (relativamente à situação de referência) - Indicador evolui de forma negativa (relativamente à situação de referência) Estruturas de apoio à formação profissional Lista de intervenções de valorização paisagística/ambiental Lista de projetos/intervenções de qualificação no espaço público Equipamentos de utilização coletiva Tendência de Evolução sem PDM Efeitos esperados da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro Análise da relação entre as opções estratégicas da proposta de revisão do Plano e os indicadores definidos para o Fator Crítico para a Decisão Ordenamento do Território, Desenvolvimento Regional e Competitividade Os objetivos estratégicos assumidos na proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro consubstanciam efeitos positivos e negativos ao nível dos indicadores selecionados para a análise do FCD Ordenamento do Território, Desenvolvimento Regional e Competitividade. O próximo quadro sistematiza essa mesma análise dos efeitos esperados, com a aplicação da proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro sobre os indicadores estabelecidos para o FCD Ordenamento do Território, Desenvolvimento Regional e Competitividade. 61

65 Quadro Avaliação dos efeitos dos objetivos estratégicos da proposta da revisão do PDM de Oliveira do Bairro, nos indicadores estabelecidos para o FCD Ordenamento do Território, Desenvolvimento Regional e Competitividade Domínio Indicadores Efeitos Esperados Positivos Efeitos Esperados Negativos Ordenamento do Território População Residente População residente por grupos etários Densidade Populacional Solo Rural Solo Urbano Taxa de execução do solo programado Percentagem de reclassificação do solo rural em solo urbano Planos Municipais de Ordenamento do Território Espaços naturais (área) Estrutura Ecológica Municipal (área) A concretização do modelo de ordenamento e estratégico da revisão do PDM de Oliveira do Bairro irá aumentar o nível de qualidade de vida, o que suscitará a oportunidade de aumentar a população residente concelhia, bem como atrair população mais jovem, pelo que é esperado um efeito significativo. A proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro permite estruturar e consolidar quer o solo rural, quer o solo urbano, promovendo a qualificação das principais centralidades urbanísticas. Uma vez que a taxa de execução do solo programado se encontra acima dos 80%, é essencial promover-se a sua redefinição, de forma a permitir a existência de espaços disponíveis para os processos de estruturação e de expansão dos aglomerados existentes., ainda mais num município em que se observa um crescimento em termos demográfico. A própria revisão do PDM de Oliveira do Bairro assume-se como o principal plano municipal de ordenamento municipal do território pois é o único instrumento de gestão territorial de escala municipal que abrange todo o território do município. A linha de ação 4, identificada para o PDM de Oliveira do Bairro refere a necessidade de Valorizar a identidade e o património natural, através da valorização dos seus espaços naturais, nomeadamente a proximidade à pateira de Fermentelos, o Rio Cértima e outros locais de interesse paisagístico do município, pelo que a proposta apresenta um efeito positivo significativo. A definição desta estrutura permite enquadrar no PDM e no processo de gestão municipal as atuais preocupações e orientações de política nacional e local em matéria de valorização do sistema biofísico. Efeito positivo significativo. - A nova proposta de Perímetro Urbano implica a reclassificação de Solo Rural em Solo Urbano pelo que é inevitável o consumo de solo Rural devido a processos de urbanização, sejam urbanos sejam empresariais. No entanto, apenas existe uma expansão de 30,44ha relativamente ao atual perímetro, o que perfaz um aumento de 1,36%. - O desenvolvimento de projetos de valorização e de qualificação dos valores naturais e paisagísticos do município pode atrair visitantes em escala e em número que podem sobrecarregar a capacidade de suporte do meio. Por isso, as preocupações com o equilíbrio entre o uso e a capacidade de suporte do meio natural devem merecer avaliação permanente e constante. - 62

66 Domínio Indicadores Efeitos Esperados Positivos Efeitos Esperados Negativos A proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro impõe O processo de reclassificação do solo REN (área) existente/proposta um quadro de ordenamento mais regulador e mais necessário à redefinição dos perímetros equilibrado, do quadro de usos e ocupações do solo. Assim, urbanos implicou o consumo de solos é esperado deste processo de revisão um maior grau de anteriormente integrados quer em REN quer em RAN (área) existente/proposta preocupação com a defesa e preservação das áreas mais RAN. sensíveis do ponto de vista ambiental e paisagístico. Efeito significativo. Rede Natura (área) Os objetivos estratégicos da revisão do PDM incorporam a preocupação da proteção e defesa da zona lagunar e revitalização de áreas naturais estruturantes degradadas - Espaço Florestal (área) Faixas de Gestão de Combustível Espaço Agrícola (área) Solos urbanizados (área) Solo cuja urbanização é possível programar (área) UOPG Solo afeto à estrutura ecológica municipal (área) Rede Viária Evolução do volume de tráfego Evolução do n.º de acidentes rodoviários pertencentes à ZPE da Ria de Aveiro. A proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro classifica e qualifica o Solo Rural ajustando essa classificação aos usos e vocações dominantes do solo. O espaço agrícola é defendido e preservado com especial relevo e o espaço florestal é ordenado de acordo com as orientações do PROF_CL e as áreas classificadas encontram-se identificadas e servem de base ao desenvolvimento de propostas de qualificação ambiental e paisagística. Os objetivos estratégicos do plano referem a necessidade de revitalizar o tecido urbano concelhio e a promoção de um desenvolvimento urbano mais compacto, pelo que se espera um efeito significativo. É esperado do processo de implementação da revisão do PDM de Oliveira do Bairro o desenvolvimento dos estudos de diversas UOPG s e assim, contribuir-se para um quadro de ordenamento do território mais qualificado. Efeito significativo. A definição desta estrutura permite enquadrar no PDM e no processo de gestão municipal as atuais preocupações e orientações de política nacional e local em matéria de valorização do sistema biofísico. Efeito significativo. A revisão do PDM permitirá sistematizar, hierarquizar e estabelecer prioridades na execução de uma rede viária estruturada e coerente que favoreça a estrutura e o ordenamento do território, garantindo a qualidade de vida O processo de reclassificação do solo necessário à redefinição dos perímetros urbanos implicou a destruição e o consumo de solos que anteriormente apresentavam um uso e uma ocupação florestal e agrícola

67 Domínio Indicadores Efeitos Esperados Positivos Efeitos Esperados Negativos Projecto de melhoria de da população mas também a atração e fixação de novos Acessibilidades investimentos. N.º de vias intervencionadas Taxa de execução de Novas vias propostas Competitividade de Desenvolvimento Regional Qualidade de Vida Transportes Coletivos Evolução do número de utilizadores da rede de transportes coletivos N.º de estacionamentos em zonas intermodais Espaços de Atividades Económicas Taxa de ocupação dos espaços de atividades económicas Serviços instalados nos espaços de atividades económicas Atividades económicas instaladas no concelho N.º de empresas instaladas em Espaços de Atividades Económicas População residente, segundo a qualificação académica Poder de compra per capita Evolução da População Ativa por Atividades Económicas Taxa de Atividade Taxa de Desemprego Estruturas de apoio à formação profissional Espaços Verdes Percursos Pedestres Pistas Cicláveis A revisão do PDM permitirá sistematizar, hierarquizar e estabelecer prioridades na disponibilização de uma rede de transportes coletivos estruturada e coerente que favoreça a estrutura e o ordenamento do território, garantindo a melhoria da qualidade de vida da população A execução das propostas da revisão do PDM de Oliveira do Bairro permitirão a implementação de políticas de estruturação, infraestruturação e qualificação dos espaços de atividades económicas que, por sua vez, motivarão a atração e fixação de mais unidades empresariais e de mais investimento e gerarão maior capacidade de emprego. Estes indicadores apresentam alguma independência relativamente ao processo de elaboração do PDM. No entanto é expectável que a implementação do PDM der Oliveira do Bairro induza sobre eles dinâmicas positivas. A dinâmica empresarial esperada com a capacidade de atração e fixação de novos investimentos no município irá produzir efeitos positivos na criação de emprego e na atração e fixação de novas populações. Serão assim esperados efeitos positivos no aumento da população ativa e empregada, diminuição da taxa de desemprego e no aumento de oportunidades de realização de ações de formação profissional, ou mesmo, na criação de estruturas vocacionadas exclusivamente para esse fim. A proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro integra preocupações ambientais e paisagísticas, identificadas essencialmente através da linha de ação 4 (Valorizar a identidade e o Património Natural) que dão especial ênfase

68 Domínio Indicadores Efeitos Esperados Positivos Efeitos Esperados Negativos Lista de intervenções de valorização paisagística/ambiental Lista de projetos/intervenções de qualificação no espaço público às áreas integradas naturais existentes no município. Nesse sentido espera-se que a revisão do PDM possa contribuir para a dinamização de projetos de valorização paisagística e ambiental e para a execução prevista de uma rede de percursos temáticos e de ciclovias que proporcionem condições e qualidade no processo de fruição da paisagem e dos valores naturais. Efeito significativo. A aposta na qualificação urbana e na coesão social e territorial já assumida pelo município conduzirá à manutenção e ampliação da rede de equipamentos de Equipamentos de utilização coletiva utilização coletiva que no caso de Oliveira do Bairro é caracterizada por ser diversifica, territorialmente distribuída e de qualidade significativa. (-) Não são esperados efeitos negativos resultantes do processo de revisão do PDM de Oliveira do Bairro sobre os indicadores 65

69 Pela análise do quadro anterior, verifica-se que os objetivos do plano terão um efeito positivo sobre a maioria dos indicadores definidos para este FCD Análise da relação entre as opções estratégicas da proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro e os objetivos de sustentabilidade do Quadro de Referência Estratégico Neste Fator Crítico para a Decisão promove-se a análise dos efeitos esperados do planeamento e execução da Proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro, o qual visa, essencialmente, desenvolver e criar espaços estruturados e infra-estruturados, com capacidade para potenciar e dinamizar a economia local, melhorando a qualidade de vida das suas populações e fomentando a organização espacial do território. A execução da revisão do PDM de Oliveira do Bairro integra princípios de sustentabilidade que se articulam, perfeitamente, com os instrumentos de política regional e nacional, nomeadamente no Plano Regional de Ordenamento do Território do Centro. A integração destas preocupações no processo de revisão do PDM de Oliveira do Bairro e o consequente processo de execução e de implementação produzirá efeitos nas dinâmicas de desenvolvimento, quer a nível urbanístico, como ambiental e socioeconómico. Com o intuito de verificar como a proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro contribui para a concretização de metas e objetivos de sustentabilidade definidos nos diferentes instrumentos de referência estratégicos considerados relevantes para este FCD, foi realizada a análise que se concretiza no quadro que se segue. Os resultados reportam-se apenas aos objetivos sobre os quais se verifica um efeito positivo (+) ou negativo (-), permitindo reconhecer potenciais conflitos para os quais se deverá avaliar a possibilidade de introduzir medidas de mitigação. 66

70 Estratégica Nacional de Desenvolvimento Sustentável Programa Nacional de Política de Ordenamento do Território AAE da Proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro Quadro Contribuição da proposta da revisão do PDM de Oliveira do Bairro para o alcance dos objetivos de sustentabilidade do QRE, no âmbito do FCD Ordenamento do Território, Desenvolvimento Regional e Competitividade QRE Objetivos de Sustentabilidade Efeito FCD Ordenamento do Território, Desenvolvimento Regional e Competitividade Promover o desenvolvimento policêntrico dos territórios e reforçar as infraestruturas de suporte à integração e à coesão territoriais Assegurar a equidade territorial no provimento de infraestruturas e de equipamentos coletivos e a universalidade no acesso aos serviços de interesse geral, promovendo a coesão social Expandir as redes e infraestruturas avançadas de informação e comunicação e incentivar a sua crescente utilização pelos cidadãos, empresas e administração pública Reforçar a qualidade e a eficiência da gestão territorial, promovendo a participação informada, ativa e responsável dos cidadãos e das instituições Economia sustentável, competitiva e orientada para atividades de futuro Organização equilibrada do território que valorize Portugal no espaço Europeu e que proporcione qualidade de vida Dinâmica de coesão social e responsabilidade individual Garantir a coesão social atuando, nos objetivos: aumento de emprego, reforço da empregabilidade e empreendedorismo; melhoria da qualificação escolar e profissional; estímulo às dinâmicas culturais, e assegurando a inclusão social, nomeadamente desenvolvendo o carácter inclusivo do mercado de trabalho, promovendo a igualdade de oportunidades para todos e a igualdade de A proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro ambiciona implementar uma estratégia de desenvolvimento municipal que promova o desenvolvimento policêntrico, com a identificação e criação de novas centralidades associados aos principais espaços urbanos. A revisão do PDM de Oliveira do Bairro procura garantir um nível de qualificação dos aglomerados urbanos onde o acesso às principais infraestruturas equipamentos de utilização coletiva é, praticamente, total. A proposta de revisão alerta para a necessidade de se equacionar o desenvolvimento de uma estratégia de eficiência ao nível de todas as redes de infraestruturas. A realização da Agenda 21 Local de Oliveira do Bairro é um dos exemplos de como o município procura envolver, informar e desafiar a uma participação cívica mais ativa de todos os cidadãos. A proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro procura promover a fixação e atração da população ativa, nomeadamente a jovem, pretendendo criar condições para a diversificação e qualificação da base económica local, ao promover o desenvolvimento de infraestruturas e de serviços de apoio a diversas atividades empresariais. Pretende ainda maximizar as vantagens do potencial de recursos humanos e científicos/tecnológicos e incentivar o empreendedorismo e a inovação. A proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro irá permitir uma organização mais equilibrada de todo o seu território, ao promover o ordenamento e qualificação dos espaços naturais, nomeadamente das frentes lagunares, bem como a requalificação do espaço público e ordenamento dos espaços urbanos e industriais. A proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro tem em conta a necessidade de atenuar, combater e erradicar situações de exclusão, marginalização, debilidade social e pobreza. A implementação da Carta Educativa, o nível de cobertura, qualidade, a diversidade e a distribuição por todo o território de equipamentos de utilização coletiva, a dinâmica cultural do município e a tradição industrial do município e da região favorecem a criação de um ambiente propício à qualificação e formação profissional. Estas circunstâncias são reforçadas pela proximidade e facilidade de relação do município com as Cidades de Aveiro e Coimbra e dos respetivos polos de investigação, formação e conhecimento (Universidades). 67

71 Plano Rodoviário Nacional Plano Estratégico Nacional do Turismo AAE da Proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro QRE Objetivos de Sustentabilidade Efeito FCD Ordenamento do Território, Desenvolvimento Regional e Competitividade género, bem como práticas de cidadania, reabilitação e reinserção social; conciliação entre a vida profissional, familiar e pessoal; valorização da saúde como factor de produtividade e medida de inclusão social. Assegurar a qualificação do território e das cidades traduzida nos objetivos: assegurar ganhos ambientais; promover um melhor ordenamento do território; estimular a descentralização regional da atividade científica e tecnológica; prevenir riscos naturais e tecnológicos; e melhorar a conectividade do território e consolidar o reforço do sistema urbano tendo presente a redução das assimetrias regionais de desenvolvimento. Estratégia de Produtos - estruturar a oferta de circuitos turísticos religiosos e culturais, de turismo de saúde e de turismo de natureza para promoção internacional. Sustentabilidade do ambiente, apostando na utilização racional dos recursos naturais e na valorização do património natural. Sustentabilidade das paisagens naturais e culturais, focando na relação entre o turista e o espaço, região e comunidades da envolvência, contribuindo para a experiência global da visita. Introdução de significativas inovações relativamente ao PRN85, potenciando o correcto e articulado funcionamento do sistema de transportes rodoviários, o desenvolvimento de potencialidades regionais, a redução do custo global dos transportes rodoviários, o aumento da segurança da circulação, a satisfação do tráfego internacional e a adequação da gestão da rede Preocupação assumida em matéria de melhoria qualitativa da rede rodoviária, com especial relevo para a defesa ambiental em meio urbano, para os dispositivos de combate à sinistralidade nos mais A proposta de revisão do PDM evidencia a necessidade de valorizar quer o património natural, quer o património cultural existente. O trabalho desenvolvido pelo município expresso no documento Rede Integrada de Vias Cicláveis e Parques Ribeirinhos do Concelho de Oliveira do Bairro é um exemplo da dinâmica que se pretende criar no desenvolvimento de espaços que possam ser integrados em rotas de turismo na região. A proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro evidencia a necessidade de qualificação das vias rodoviárias que são da sua responsabilidade, bem como a promoção de variantes e vias estruturantes e a sua articulação com a acessibilidade interurbana. 68

72 Plano Sectorial da Rede Natura 2000 Proposta para a Estratégia de Protecção dos Solos AAE da Proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro QRE Objetivos de Sustentabilidade Efeito FCD Ordenamento do Território, Desenvolvimento Regional e Competitividade diversos planos e para os instrumentos de informação necessários à boa gestão e utilização das infraestruturas em causa. Prevenir uma maior degradação do solo e preservar as suas funções nas situações em que o solo é utilizado e as suas funções são exploradas, sendo, portanto, necessário tomar medidas relativas aos modelos de utilização e gestão de solos + Prevenir uma maior degradação do solo e preservar as suas funções nas situações em que o solo funciona como sumidouro/recetor dos efeitos de atividades humanas ou fenómenos ambientais, sendo necessário tomar medidas na fonte Estabelecer um conjunto de orientações estratégicas para a gestão do território das ZPE e Sítios considerando os valores naturais que nele ocorrem, com vista a garantir a sua conservação a médio e longo prazo Estabelecer o regime de salvaguarda dos recursos e valores naturais das ZPE e Sítios, orientando a uma macroescala a fixação dos usos e o regime de gestão compatíveis com a utilização sustentável do território a efetuar, posteriormente, através da inserção das normas e orientações nos instrumentos de gestão territorial que vinculam diretamente os particulares (planos municipais e planos especiais de ordenamento do território); Representar cartograficamente, em função dos dados disponíveis, a distribuição dos habitats naturais e seminaturais e das espécies de flora e fauna, presentes nos Sítios e ZPE Estabelecer diretrizes para o zonamento das áreas em função das respetivas caraterísticas e prioridades de conservação, a definir nos planos de ordenamento que vinculam as entidades privadas, nos quais deverão ser fixados e zonados os usos A proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro evidencia a necessidade de prevenir uma maior degradação do solo, ao ter em consideração a necessidade de implementação de um modelo de ocupação do território que traduza o respeito e o equilíbrio com o suporte biofísico, concentrando um número significativo de espaços edificáveis em vazios urbanos já existentes. + As diretrizes apontadas pelo PSRN2000 estão incorporadas no regulamento do PDM. 69

73 Plano Regional de Ordenamento do Território do Centro Plano Regional de Ordenamento Florestal do Centro Litoral Plano de Gestão das Bacias Hidrográficas dos rios Vouga, Mondego e Lis AAE da Proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro QRE Objetivos de Sustentabilidade Efeito FCD Ordenamento do Território, Desenvolvimento Regional e Competitividade do território e os regimes de gestão, com vista à utilização sustentável do território Definição de soluções específicas para o planeamento e gestão de recursos hídricos, de acordo com as diferentes condições e necessidades de cada território + A delimitação da Reserva Ecológica Nacional e o nível de ocupação humana e urbana do município de Oliveira do Bairro garantem o equilíbrio e o respeito nas orientações dos planos de bacia. Promover e garantir um desenvolvimento sustentável dos espaços florestais Promover e garantir o acesso à utilização social da floresta, promovendo a harmonização das múltiplas funções que ela desempenha e salvaguardando os seus aspetos paisagísticos, recreativos, científicos e culturais Estabelecer a interligação com outros instrumentos de gestão territorial, bem como com planos e programas de relevante interesse, nomeadamente os relativos à manutenção da paisagem rural, à luta contra a desertificação, à conservação dos recursos hídricos e à estratégia nacional de conservação da natureza e da biodiversidade A concretização das opções constantes dos instrumentos de gestão territorial de âmbito nacional, no respeito pelos princípios gerais da coesão, da equidade, da competitividade, da sustentabilidade dos recursos naturais e da qualificação ambiental, urbanística e paisagística do território. A proteção, valorização e gestão sustentável dos recursos hídricos e florestais. O aproveitamento do potencial turístico, dando projeção internacional ao património natural, cultural e paisagístico A proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro procura integrar as preocupações, em matéria da prevenção contra incêndios, procurando o enquadramento no PMDFCI e na demais legislação em vigor, nomeadamente o Decreto-Lei n.º 17/2009, de 14 de Janeiro, incorporando tais normativos no Regulamento. A revisão do PDM de Oliveira do Bairro permite ao município dispor de um instrumento de gestão territorial de âmbito municipal abrangente de todo o território. O PDM estabelece o modelo de ordenamento e o modelo estratégico de desenvolvimento, articulando-se e definindo as bases orientadoras do processo de ordenamento do território. O sector do turismo embora não seja um sector estruturante da base económica municipal tem vindo a ganhar espaço no processo de desenvolvimento municipal, visível na definição de uma Rede Integrada de Vias Cicláveis e Parques Ribeirinhos do Concelho de Oliveira do Bairro e de um conjunto de rotas naturais e culturais. 70

74 QRE Objetivos de Sustentabilidade Efeito FCD Ordenamento do Território, Desenvolvimento Regional e Competitividade A mobilização do potencial agropecuário e a valorização dos grandes empreendimentos hidroagrícolas. Valorizar a natureza multipolar da rede urbana para o desenvolvimento de um sistema urbano verdadeiramente policêntrico, reforçando a integração entre sistemas urbanos sub-regionais Densificar as interações intrarregionais, nomeadamente estruturando as redes regionais de equipamentos e serviços, e melhorando as redes estruturantes de transportes internas à região Reforçar o potencial de desenvolvimento dos grandes corredores de transporte nacionais e transeuropeus que atravessam a região, modernizando infraestruturas, estimulando complementaridades entre centros urbanos e melhorando as articulações com as redes intrarregionais Reforçar a rede regional de instituições de ensino superior, de I & D e centros tecnológicos, em articulação com os espaços de localização de atividades intensivas em conhecimento e conteúdo tecnológico Identificar a estrutura de proteção e valorização ambiental, integrando áreas ou corredores ecológicos relevantes do ponto de vista dos recursos, valores e riscos naturais e da estruturação do território; Proteger e valorizar o património arquitetónico e arqueológico, condicionando o uso dos espaços inventariados e das suas envolventes Desenvolver novas formas de relação urbano- rural, com base na diversificação de funções dos espaços rurais e na organização de uma rede de centros de excelência em espaço rural Uma das linhas de ação do PDM sugere a necessidade de se olhar para o potencial agropecuário do município de forma inovadora, potenciando a prática agrícola em regime de pluriatividade e complementaridade e ainda potenciando o lazer ativo, preocupações estas que induzem a necessidade de reaproveitamento dos diversos espaços agrícolas. A aposta no reforço do papel centralizador da cidade de Oliveira do Bairro permite que o município assuma uma posição estruturante a nível regional. A posição estratégica do município de Oliveira do Bairro permite a densificação das interações intrarregionais bem como a ligação aos centros de conhecimento e de tecnologia, em especial, na ligação e aproximação do tecido empresarial às principais universidades, contribuindo para o reforço e valorização das atividades empresariais intensivas em conhecimento e tecnologia. A proteção dos recursos e dos valores patrimoniais, incluindo o quadro de recursos do património é preocupação prioritária do PDM de Oliveira do Bairro 71

75 Polis - Ria de Aveiro AAE da Proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro QRE Objetivos de Sustentabilidade Efeito FCD Ordenamento do Território, Desenvolvimento Regional e Competitividade Definir orientações e propor medidas para o uso, ocupação e transformação do solo adequadas às especificidades dos modelos e padrões de povoamento, às caraterísticas das estruturas urbanas e às exigências dos novos fatores de localização de atividades, em particular para contrariar os fenómenos de urbanização e edificação difusa para fins habitacionais ou instalação de atividades não rurais Definir orientações e propor medidas para um adequado ordenamento agrícola e florestal do território, bem como de salvaguarda e valorização da paisagem, das áreas protegidas ou classificadas e de outras áreas ou corredores ecológicos relevantes Identificar e hierarquizar os principais projetos estruturantes do modelo territorial proposto, bem como os que concorram para o desenvolvimento dos sectores a valorizar, e definir orientações para a racionalização e coerência dos investimentos públicos Proteção e requalificação da zona costeira e Lagunar visando a prevenção de riscos Proteção e valorização do património natural e paisagístico Valorização dos recursos como factor de competitividade económica e social Promoção e dinamização da vivência da ria O modelo de ordenamento prossegue um conjunto de objetivos baseados no princípio do equilíbrio entre o sistema urbano e o sistema biofísico. Os aglomerados foram definidos de uma forma equilibrada e contrariando a dispersão, mas respeitando, sempre, as formas de vida e de ocupação do território tradicionais. Os espaços vocacionados para a instalação de atividades económicas foram definidos de acordo com as dinâmicas de procura e desenvolvidas atendendo a duas questões: as áreas tradicionalmente já instaladas e relevantes em termos económicos e as áreas de novo desenvolvimento. A proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro procura integrar as preocupações, em matéria da prevenção contra incêndios, procurando o enquadramento no PMDFCI e na demais legislação em vigor, nomeadamente o Decreto-Lei n.º 17/2009, de 14 de Janeiro. Os eixos estratégicos assumidos definem as áreas de investimento prioritário. A aposta na infraestruturação e no nível de equipamentos de utilização coletiva, a aposta no desenvolvimento e execução de espaços de atividades económicas e a aposta nas caraterísticas e especificidades do sistema biofísico orientam as opções de investimento público prioritárias. O programa Polis Ria de Aveiro procura intervir de uma forma integrada na área envolvente e sob a influência da Ria de Aveiro. A perspetiva de preservação e valorização ambiental é assumidamente reconhecida. Oliveira do Bairro enquadra-se nessa estratégia e nesses princípios orientadores tendo mesmo já concretizado o projeto de Requalificação do Parque do Carreiro Velho. 72

76 A elaboração e execução da revisão do PDM de Oliveira do Bairro permite uma melhor e mais adequada organização territorial ao estabelecer e desenhar uma estrutura de desenho urbano coerente e integrada e permite, ainda, definir um conjunto de regras urbanísticas que orientarão as condições de uso e ocupação do território, bem como a programação faseada das redes de infraestruturas gerais, garantindo, assim, a racionalização ótima do espaço e dos meios disponíveis de investimento público. O processo de revisão do PDM de Oliveira do Bairro contribui positivamente para o processo de desenvolvimento sustentado do município: a) Ao desenhar um cenário de desenvolvimento e um modelo de ordenamento associado permite perspetivar efeitos positivos sobre a dinâmica de atração de gente e de investimento à escala regional, assumindo o papel de um dos principais centros económicos da região centro. Ao apostar na definição e na qualificação de espaços vocacionados, estruturados e infraestruturados para a instalação de atividades económicas, permite perspetivar cenários mais otimistas para a atração e fixação de novos investimentos e para a criação de mais e melhor emprego. b) A aposta referida associada ao crescimento da oferta de emprego e a uma dinâmica demográfica positiva permite perspetivar tendências de crescimento urbanístico e de fixação de novas populações, facto que reforçará o papel da cidade de Oliveira do Bairro enquanto centralidade urbana regional. Ao definir um modelo de ocupação urbana que contraria a dispersão e se baseia no reforço da lógica da rede de aglomerados, permite perspetivar a compreensão do modelo de ocupação tradicional, respeitando a identidade e as formas de vida associadas aos territórios. c) O modelo de ordenamento evidencia a importância do suporte físico de base, com especial incidência na importância dos espaços florestais e agrícolas, considerando essencial a dinamização de atividades agrícolas em regime de complementaridade; d) A aposta na valorização dos seus recursos, patrimoniais e naturais, revela a importância concedida no quadro de recursos e permite perspetivar o desenvolvimento da aposta no sector do turismo, com especial destaque para o desenvolvimento da aposta na preservação, valorização e qualificação dos valores naturais presentes no território do município; e) Finalmente, a aposta na infraestruturação e na rede de equipamentos de utilização coletiva, a todos os níveis, revela a preocupação com a coesão e equilíbrio social. Espera-se, assim, do processo de implementação da revisão do PDM de Oliveira do Bairro, uma contribuição positiva no alcance das metas estratégicas do QRE, no que diz respeito ao fator crítico Ordenamento do Território, Desenvolvimento Regional e Competitividade. O PDM terá, ainda, como principais contributos: 73

77 a) uma maior organização espacial, definindo o regime do uso do solo e garantindo a racionalização e potencialização, dos espaços, dos recursos e das oportunidades presentes no contexto regional. b) uma distribuição mais equilibrada e mais qualificada, das diversas funções de um território Oportunidades e Ameaças da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro A análise de oportunidades e ameaças previstas com a execução da proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro (suportada pela análise anterior dos efeitos esperados) é apresentada de forma sumária no Quadro 24, evidenciando as questões que decorrem dos principais impactes significativos, positivos e negativos, produzidos pela referida proposta. Quadro Oportunidades e Ameaças da proposta de revisão do Plano Director Municipal de Oliveira do Bairro no que respeita ao FCD Ordenamento do Território, Desenvolvimento Regional e Competitividade Oportunidades Ameaças Melhoria do estado de ordenamento do território contribuindo para um maior equilíbrio entre os diversos usos e funções e o sistema biofísico Consolidação, qualificação e reforço da aposta na industrialização e na dinamização do tecido empresarial à escala municipal e regional Criação e requalificação de espaços vocacionados para a instalação de atividades económicas Tendência para o declínio e o abandono das práticas estruturados e infraestruturados, atrativos e agrícolas tradicionais em regime de potenciadores dos excelentes níveis de acessibilidade, da tradição industrial, da localização geográfica e do complementaridade e progressiva florestação de terrenos com atual uso agrícola relacionamento com os principais pólos de Inutilização de Solo classificado como Rural, que conhecimento e tecnologia regionais (Universidades de Aveiro e Coimbra) mantinha uma ocupação agrícola ou florestal Impactes paisagísticos na área envolvente Possibilidade de executar um desenho urbano Aumento dos níveis de impermeabilização do solo estruturado, coerente e atrativo Possibilidade de incentivar e fortalecer o desenvolvimento das práticas agrícolas de complementaridade, associadas aos aglomerados tradicionais de cariz mais rural Promoção de uma capacidade atrativa do município no que respeita aos seus valores naturais. No que diz respeito a este fator crítico são poucas as ameaças diretas sobre o território que se podem identificar. Apenas se destaca a necessidade de se inutilizar algum solo classificado como rural, pela 74

78 necessidade de criar novas áreas urbanizadas o que, por sua vez, irá aumentar os níveis de impermeabilização do solo. No entanto os potenciais efeitos positivos significativos resultantes do processo de revisão do PDM de Oliveira do Bairro (analisados anteriormente neste FCD) permitem criar oportunidades para o concelho ao nível do ordenamento, desenvolvimento territorial e competitividade. Do ponto de vista do ordenamento territorial, o balanço entre as ameaças e as oportunidades é favorável à proposta de elaboração de revisão do PDM de Oliveira do Bairro uma vez que potencia a organização espacial do território e contribui para uma afirmação da competitividade da base económica local, indo de encontro às metas e orientações estratégicas propostas pelos diferentes programas e políticas de âmbito nacional, regional e local Diretrizes para Seguimento As diretrizes de seguimento constituem orientações ou recomendações que podem contribuir para o acompanhamento dos efeitos da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro, no que respeita ao ordenamento do território, e que melhor integram os princípios e objetivos da sustentabilidade. É desejável que o processo de avaliação e monitorização da execução e implantação da proposta deva constituir um processo contínuo e continuado ao longo do tempo. Neste contexto, com base nos indicadores identificados e nos efeitos previsíveis que a implementação da proposta de revisão do plano pode ter sobre estes, sugerem-se algumas recomendações para que a proposta possa contribuir de forma positiva para o alcance dos objetivos de sustentabilidade definidos para o FCD Ordenamento do Território Desenvolvimento Regional e Competitividade : Garantir e incentivar a afirmação de uma imagem urbana agradável e atrativa onde a qualidade dos espaços públicos, a linguagem arquitetónica e as caraterísticas tipomorfológicas do edificado, o acesso aos principais equipamentos de utilização coletiva e acesso a todas as infraestruturas, constituam elementos marcantes da qualidade do espaço. Assegurar a execução, qualificação e tratamento das áreas verdes e dos espaços públicos; Controlar a edificabilidade no Solo Rural e a instalação de funções que possam revelar incompatibilidades com a promoção e valorização do espaço agrícola; Criar condições que promovam a fixação da população jovem no concelho, nomeadamente em termos de emprego; 75

79 Criar condições para a fixação de empresas no concelho, disponibilizando todas as infraestruturas e, em especial, as ambientais e as tecnológicas; Garantir boas condições de acessibilidade para todos em todos os edifícios que instalem serviços direcionados para o público; Fomentar a organização de ações de formação profissional bem como a sua frequência, nas áreas de maior necessidade e em articulação com as necessidades sentidas pelo tecido empresarial local; Promover políticas de qualificação progressiva da população ativa desempregada; Desenvolver ações de sensibilização para a proteção da floresta; Promover a conservação e valorização da biodiversidade e do património natural, nomeadamente o território integrado na Rede Natura Definir orientações para um adequado ordenamento agrícola e florestal do território, bem como de salvaguarda e valorização da paisagem, das áreas protegidas ou classificadas e de outras áreas ou corredores ecológicos relevantes. Estabelecer um correto ordenamento, utilização e gestão do território do município criando espaços urbanos e urbanizáveis devidamente estruturados e infraestruturados, que reflitam um equilíbrio e o respeito pelo sistema biofísico. Concluindo, espera-se que a proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro contribua para promover níveis de dinâmica e de desenvolvimento económico municipal desejáveis, potenciando os fatores e as oportunidades de desenvolvimento que decorrem da localização geográfica do município, do quadro de acessibilidades existente e programadas, da tradição e da dinâmica industrial e empresarial e da recente aposta na qualificação e valorização dos seus valores paisagísticos e ambientais. Espera-se, ainda, que a execução da revisão do PDM de Oliveira do Bairro se assuma como exemplo de referência de um espaço planeado e ordenado, integrando as preocupações e os princípios que caracterizam os recentes modelos de urbanismo e de planeamento e de ordenamento do território. Estas orientações devem ser objeto de análise e de avaliação, no Relatório sobre o estado do ordenamento a nível local, a submeter a apreciação da Assembleia Municipal, tal como determina o n.º 3 do artigo 146º do Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro (com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 46/2009, de 20 de Fevereiro). 76

80 Conservação e Valorização do Património Natural AAE da Proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro 5.5. FATOR CRÍTICO PARA A DECISÃO BIODIVERSIDADE E CONSERVAÇÃO DA NATUREZA Descrição do Fator Crítico para a Decisão e seus objetivos A execução de um Plano Municipal de Ordenamento do Território assenta em opções de natureza estratégica, que deverão ser suportadas pelas orientações de instrumentos de referência estratégica (QRE), que refletem as indicações de um conjunto de políticas sectoriais de âmbito nacional, regional e municipal, e cuja implementação local deve constituir um desígnio de sustentabilidade municipal. Neste contexto, para a conservação e valorização da biodiversidade, e do património natural no geral, interessa focar estrategicamente a avaliação num conjunto de matérias consideradas significativas para a prossecução das políticas de natureza ambiental, com particular incidência nas de conservação da biodiversidade, tomando em consideração os valores naturais mais significativos presentes no território municipal e o seu enquadramento no contexto mais regional. Neste contexto definiram-se vários domínios de avaliação para o Fator Crítico de Decisão em análise Biodiversidade e Conservação da Natureza, integrados num tema aglutinador Conservação e Valorização do Património Natural (Quadro ), para os quais se apresentam os respetivos objetivos de sustentabilidade que surgem enquadrados nas orientações e objetivos estratégicos definidos nos diversos instrumentos que constituem o Quadro de Referência Estratégico definido no Capítulo 5.1. Quadro Domínios de avaliação definidos para o FCD Biodiversidade e Conservação da Natureza e respetivos objetivos de sustentabilidade Domínio Objetivos de sustentabilidade Áreas integradas Assegurar a conservação do património natural em áreas do SNAC no Sistema Nacional de Áreas Promover a valorização do património natural em áreas do SNAC Classificadas (SNAC) Evitar prejuízos em áreas classificadas, e espécies protegidas Estrutura Promoção do contínuo natural através da correta delimitação da Estrutura Ecológica Ecológica Municipal Municipal Promover a gestão sustentável e a conservação da floresta Outras áreas com interesse para a conservação da natureza Assegurar a conservação de valores naturais fora do contexto do Sistema Nacional de Áreas Classificadas No âmbito do FCD Conservação da Natureza e Biodiversidade é efetuada uma análise, que tem em consideração os domínios de avaliação: Áreas integradas no Sistema Nacional de Áreas Classificadas e Outras áreas com interesse para a conservação da natureza, cuja pertinência se desenvolve. 77

81 Os sistemas lagunares da Ria de Aveiro e da Pateira de Fermentelos em associação com os sistemas fluviais seus afluentes, que se desenvolvem na bacia hidrográfica do Rio Vouga, constituem ecossistemas aquáticos de elevado valor para a conservação da natureza e da biodiversidade, que se manifestam em parte do território do concelho de Oliveira do Bairro. Também algumas áreas semiartificializadas por práticas e ocupação humana, harmoniosas com a natureza ao longo dos tempos, permitiram o estabelecimento e manutenção de valores naturais reconhecidos a nível nacional e internacional. Deste reconhecimento surge a sua classificação ao abrigo de diversas convenções e da aplicação de diretivas comunitárias de política ambiental. Neste contexto, interessa identificar e caracterizar, e sempre que possível localizar, os valores naturais em questão de forma a promover uma avaliação que incida sobre a análise da compatibilização das opções estratégicas da proposta de Revisão do PDM de Oliveira do Bairro com os interesses e salvaguarda do património natural presente nas Áreas Classificadas, de acordo com o inscrito no Plano Setorial da Rede Natura 2000 (PSRN2000, 2006). Este plano Sectorial é um instrumento da política de ambiente que deve ser considerado na elaboração ou revisão de instrumentos de gestão territorial, designadamente dos Planos Municipais de Ordenamento do Território de forma a promover a manutenção dos valores naturais em estado de conservação favorável. Também considerada como um referencial estratégico para a revisão do PDM, a Estratégia Nacional de Conservação da Natureza e da Biodiversidade, aponta como eixo estratégico a valorização das Áreas Classificadas como fator promotor da conservação do seu património natural, cultural e social, pelo que se promoverá uma avaliação conducente à análise da forma como a proposta de Revisão do PDM enquadra estas questões. Reconhecendo ainda que podem ocorrer no território outras áreas com interesse para a conservação da natureza, importa revelar a sua expressão territorial, avaliando de que forma a proposta de revisão do plano se propõe considerá-las. Interessa a este nível considerar a Estrutura Ecológica Municipal (EEM), uma figura recente do Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial, a qual integra, para além do conjunto de áreas classificadas, valores e sistemas fundamentais para a proteção ambiental. Pretende-se avaliar se a EEM proposta para o concelho de Oliveira do Bairro assegura as funções para as quais foi traçada designadamente ao nível da defesa e da valorização dos elementos patrimoniais e paisagísticos relevantes, da proteção das zonas de maior sensibilidade biofísica e da promoção dos sistemas de lazer e recreio. Com base no exposto, e considerando a informação disponível, para cada domínio de avaliação são definidos um conjunto de indicadores que expressam o nível de pormenorização da análise estratégica a efetuar (Quadro ). 78

82 Biodiversidade e Conservação da Natureza Conservação e Valorização do Património Natural AAE da Proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro Quadro Domínios de avaliação definidos para o FCD Biodiversidade e Conservação da Natureza e respetivos critérios de avaliação, indicadores e âmbito territorial FCD Domínio de Avaliação Critério de Avaliação Indicadores Unidade Fonte Área do município integrada no Sistema Nacional de Áreas Classificadas Tipo, ha e % Áreas integradas no Sistema Nacional de Áreas Classificadas (SNAC) Outras áreas com interesse para a conservação Estrutura Ecológica Municipal (EEM) Conservação do património natural em áreas do SNAC Valorização do património natural em áreas do SNAC Promoção do contínuo natural através da delimitação da Estrutura Ecológica Municipal Espécies de aves prioritárias e espécies alvo de orientações de gestão com ocorrência no Município Habitats Espécies de peixes dulciaquícolas com interesse para a conservação da natureza, com ocorrência no Concelho Espécies de peixes migradores anádromos com interesse para a conservação da natureza, com ocorrência no Concelho Integração em plano de gestão para as áreas classificadas Ações de fiscalização / monitorização de fatores de ameaça N.º e espécie Tipo Espécies Espécies Tipo e ha N.º e tipo RCM n.º115-a/2008 RCM n.º115-a/2008 e Relatório Rede Natura da Revisão PDM /2013 RCM n.º 45/2014, de 8 de julho, e RCM n.º115-a/2008 RCM n.º 45/2014, de 8 de julho, e RCM n.º115-a/2008 RCM n.º 45/2014, de 8 de julho, e RCM n.º115-a/2008 Relatório Rede Natura da Revisão PDM /2013 e RCM n.º115-a/2008 Relatório da Rede Natura e RCM n.º115- A/2008 Equipamentos de apoio à interpretação / divulgação valores naturais N.º e tipo CMOB Promoção de ações de divulgação e de sensibilização ecológica N.º e tipo CMOB Ações de educação ambiental N.º CMOB Integração em rotas ou programas de visitação N.º e tipo CMOB Trilhos de interpretação devidamente equipados e sinalizados. N.º e tipo CMOB Área do Concelho Integrada na EEM* ha CMOB Áreas/sistemas ecológicos em espaços de EEM* Tipo e ha CMOB Gestão Conservação de valores Área de floresta de conservação/produção Tipo e ha CMOB 79

83 FCD Domínio de Avaliação Critério de Avaliação Indicadores Unidade Fonte da natureza sustentável naturais fora do contexto do e Sistema Nacional de Áreas Árvores notáveis conservação Classificadas da floresta Zona de Intervenção Florestal (ZIF) Tipo e ha CMOB Ações de fiscalização / monitorização de fatores de ameaça *- Indicador a ser analisado na fase de execução do Plano, usado para seguimento no Plano de Controlo (RCM Resolução de Conselho de Ministro; CMOB Câmara Municipal de Oliveira do Bairro) 80

84 Situação Existente e Análise de Tendências AAE da Proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro Neste capítulo, no âmbito do presente FCD Biodiversidade e Conservação da Natureza, tendo por base os indicadores definidos em fase de Relatório de Fatores Críticos bem como as considerações/sugestões apresentadas pelas ERAE, em sede de consulta pública, promove-se uma caraterização da situação atual do território do município de Oliveira do Bairro, efetuando-se igualmente uma análise de tendências relativa a cada um dos domínios de análise propostos e expressos no quadro anterior, sem no entanto considerar a atual proposta de revisão do PDM conforme metodologia recomendada pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA, 2007). Salienta-se, que na sequência da recente publicação da Resolução de Conselho de Ministros n.º 45/2014, de 8 de julho de 2014, que designa o Sítio Ria de Aveiro (Código: PTCON0061), a caracterização da situação de referência é objeto de atualização neste RA. Em concordância com o exposto, os domínios de avaliação analisados estabilizam-se em Áreas integradas no Sistema Nacional de Áreas Classificadas e Outras áreas com interesse para a conservação da natureza, tendo sido incorporada a Estrutura Ecológica Municipal e Gestão sustentável e conservação da floresta como sub-domínios de avaliação do domínio Outras áreas com interesse para a conservação da natureza. Associados ao domínio Áreas integradas no Sistema Nacional de Áreas Classificadas foram introduzidos os indicadores: Habitats, Espécies de peixes dulciaquícolas com interesse para a conservação da natureza, com ocorrência no Concelho e Espécies de peixes migradores anádromos com interesse para a conservação da natureza, com ocorrência Concelho. Associados ao domínio Outras áreas com interesse para a conservação da natureza foram introduzidos os indicadores: Árvores notáveis classificadas, Zona de Intervenção Florestal (ZIF). SITUAÇÃO EXISTENTE Domínio de Avaliação: Áreas integradas no Sistema Nacional de Áreas Classificadas (SNAC) Área do município integrada no Sistema Nacional de Áreas Classificadas O Sistema Nacional de Áreas Classificadas (instituído pelo Decreto-Lei n.º 142/2008, de 24 de Junho, diploma que estabelece o regime jurídico da conservação da natureza e da biodiversidade) é juridicamente constituído pelas Áreas Protegidas, integradas na Rede Nacional de Áreas Protegidas, pelas áreas classificadas que integram a Rede Natura 2000, e ainda por outras áreas classificadas ao abrigo de compromissos internacionais assumidos pelo Estado Português (como por exemplo Biótopos 81

85 Corine 3, Importante Bird Areas 4, ou Sítios Ramsar 5 ). O Sistema Nacional de Áreas Classificadas integra assim áreas consideradas nucleares para a conservação da natureza e da biodiversidade. No concelho de Oliveira do Bairro, o património natural, de reconhecido valor para a conservação da natureza e da biodiversidade, presente no município de Oliveira do Bairro integra-se essencialmente nos ecossistemas que se desenvolvem em associação com o sistema biofísico da Ria de Aveiro. A Ria de Aveiro corresponde a uma extensa zona húmida, que apresenta uma complexidade de sistemas aquáticos, que variam entre a zona lagunar, sistemas de canais e zona de abertura ao mar. Na interface do sistema aquático com o sistema terrestre desenvolvem-se habitats de com relevância significativa para a conservação da biodiversidade, como os sapais, caniçais e áreas de bocage associadas à compartimentação dos terrenos com exploração agrícola. É uma importante área para a conservação da avifauna, enquanto habitat de alimentação e de reprodução, com particular destaque para o grupo das aves limícolas essencialmente nas zonas costeiras, de sapal e lagunares mais litorais, no entanto têm também expressão o grupo dos passeriformes migradores de caniçais e galerias ripícolas assim como bosques, e dos passeriformes migradores de matos e bosques. Reconhecida a sua importância a nível nacional e internacional, foi-lhe atribuída a Classificação de Zona de Protecção Especial da Ria de Aveiro - PTZPE0004 (ZPE da Ria de Aveiro). Tendo sido classificada pelo Decreto-Lei n.º 384-B/99, de 23 de Setembro, ao abrigo da Diretiva n.º79/409/ce E, do Conselho, de 2 de Abril, relativa à conservação das aves selvagens (diretiva aves) (Figura ). Ilustrativo do reconhecido valor desta área para a conservação da natureza e da biodiversidade encontramos estatutos e classificações anteriormente atribuídas a esta extensa zona húmida, dos quais destacamos a designação como Biótopo Corine, (código C ) e o estatuto de IBA (Important Bird Area) da Ria de Aveiro (PT007). Em 2012 também a Pateira de Fermentelos e vale dos rios Águeda e Cértima foi classificada como Sítio Ramsar, revelando a importância a zona húmida assim designada. Recentemente, em Julho de 2014, a proposta de classificação do Sítio de Interesse Comunitário da Ria de Aveiro foi efetivada através da publicação pela Resolução de Conselhos de Ministros n.º 45/2014, de 8 de Julho de 2014 e desta forma passou a incorporar a Rede Natura Biótopo Corine - designado ao abrigo do Programa Corine (Coordination Information Environment) instituído em 1985 ao nível da Comunidade Económica Europeia (CEE), pela decisão do Conselho n.º 85/338/CEE de 27 de Junho. A designação do Biótopo Corine teve por objectivo primordial a compilação, em base informática, das caraterísticas biofísicas das áreas de maior relevância para a conservação da natureza ao nível comunitário. 4 Important Bird Area- estatuto concedido pela Birdlife International e pela SPEA (Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves). 5 Sítio Ramsar Classificação atribuída com base no Tratado Intergovernamental adotado em 2 de fevereiro de 1971 na cidade iraniana de Ramsar, relativo à Convenção sobre Zonas Húmidas. 82

86 Figura Enquadramento regional e âmbito territorial das Áreas Classificadas no Concelho de Oliveira do Bairro (ZPE- Ria de Aveiro e Sítio Ramsar-Pateira de Fermentelos e vale dos rios Águeda e Cértima e SIC Ria de Aveiro). Zona de proteção especial para Aves (ZPE) Ria de Aveiro A ZPE Ria de Aveiro, cujos limites são coincidentes com os já delimitados pela IBA, expressa-se numa área de 51406,6 ha, dos quais 30669,7ha correspondem a área terrestre e 20736,9ha a área marinha. Estes 51406,6 ha de área classificada desenvolvem-se nos concelhos de Aveiro (ocupando 9574,3ha), Murtosa (ocupando 5839,1ha), Ovar (ocupando 3031,3ha), Estarreja (ocupando 2749,2ha), Ílhavo (ocupando ha), Águeda (ocupando 2115,5ha), Albergaria-a-Velha (ocupando 1831,8ha), Vagos (ocupando 1512,9ha), Oliveira do Bairro (ocupando 731,3ha) e Mira (ocupando 359,1ha), (Figura ). No concelho de Oliveira do Bairro, os 731,3ha da ZPE da Ria de Aveiro, correspondem a 8% da totalidade da área do concelho. Contudo, essa área apenas corresponde a 1% da área total da ZPE da Ria de Aveiro (Quadro ). Neste território concelhio merecem destaque as espécies de aves incluídas no Anexo I da Diretiva 79/409/CEE (transposta para o direito interno pelo Decreto-Lei n.º 140/99, de 24 de Abril, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 49/2005, de 24 de Fevereiro, recentemente alterado pelo Decreto-Lei n.º156-a/2013, de 8 de Novembro)), designadamente a Garça-Vermelha (Ardea purpurea), o Garçote (Ixobrychus minutus), o Milhafre-preto (Milvus migrans), o grupo dos passeriformes migradores de caniçais e galerias ripícolas, e o grupo dos passeriformes migradores de matos e bosques. A presença destas espécies de Avifauna determina a designação de Zona Especial de Proteção para Aves (ZPE). 83

87 Quadro Área de ocupação da Zona de Proteção Especial (ZPE) da Ria de Aveiro (PTZEP0004) nos concelhos integrados na Área Classificada (Fonte: Adaptado de PSRN2000, 2008). Concelho Área (ha) % do Concelho % do Sítio no Classificado Concelho Águeda 2115,476 6% 4% Albergaria-a-Velha 1831,804 12% 4% Aveiro 9574,323 49% 19% Estarreja 2749,201 26% 5% Ílhavo 2298,560 31% 4% Mira 359,092 3% 1% Murtosa 5839,115 81% 11% Oliveira do Barro 731,323 8% 1% Ovar 3031,323 21% 6% Vagos 1512,910 9% 3% Sítio Ramsar Pateira de Fermentelos e vale dos rios Águeda e Cértima A área abrangida pela Zona de Proteção Especial da Ria de Aveiro, no município de Oliveira do Bairro corresponde às zonas húmidas que se desenvolvem em Oiã e na zona onde o rio Cértima adquire caraterísticas lênticas, e se expande na designada Pateira e Fermentelos No ano de 2012 a Pateira de Fermentelos, em associação com o vale do rio Águeda e do rio Cértima, recebeu a classificação de Sítio Ramsar, PT 3PT029 Pateira de Fermentelos e vale dos rios Águeda e Cértima. No concelho de Oliveira do Bairro, a expressão territorial da área classificada como Sítio Ramsar integra-se totalmente na área já classificada como ZPE da Ria de Aveiro (Figura ). Sítio de Importância Comunitária (SIC) Ria de Aveiro A área classificada como Sítio de Importância Comunitária da Ria de Aveiro (SIC) - PTCON61 (Figura ) assume, no concelho de Oliveira do Bairro, uma delimitação territorial coincidente com a já abrangida pela ZPE acrescida de uma área correspondente à do desenvolvimento dos rios Cértima e Levira e ecotonos associados aos seus sistemas ripícolas, totalizando no concelho 787ha (Quadro ). Quadro Área de ocupação do Sítio de Importância Comunitária da Ria de Aveiro (SIC) - PTCON61 nos concelhos integrados na Área Classificada (Fonte: Adaptado de PSRN2000, 2008). Concelho Área (ha) % do Concelho % do Sítio no Classificado Concelho Águeda ha 7 % 7% Albergaria-a-Velha ha 14% 7% Anadia 47 ha 0,2% 0,2% Aveiro ha 48% 31% Estarreja ha 25% 9% Ílhavo ha 27% 6% Mira 408 ha 3% 1% Murtosa ha 80% 19% Oliveira do Bairro 787 ha 9% 3% 84

88 Concelho Área (ha) % do Concelho % do Sítio no Classificado Concelho Ovar ha 22% 11% Vagos ha 11% 6% Com importância significativa para a conservação da natureza, e em particular dos valores naturais considerados na classificação SIC, encontramos estabelecidos no concelho de Oliveira do Bairro o habitat natural de água doce Cursos de água mediterrânicos permanentes da Paspalo-Agrostidion com cortinas arbóreas ribeirinhas de Salix e Populus alba (código 3280) e o habitat Florestas aluviais de Alnus glutinosa e Fraxinus excelsior (Alno-Padion, Alnion incanae, Salicion albae (subtipo 91E0pt1 e subtipo 91E0pt3), habitats que integram o anexo B-I do Decreto-Lei nº 49/2005, de 24 de Fevereiro (recentemente alterado pelo Decreto-Lei n.º156-a/2013, de 8 de Novembro) sendo este último um habitat designado como habitat prioritário. O sistema aquático abrangido pela área classificada constitui importante habitat para as espécies de ictiofauna migradoras diádromas, tais como clupeídeos, lampreia e enguia. A ria de Aveiro é uma área fundamental para estas espécies já que lhes assegura condições ecológicas essenciais ao sucesso das suas migrações reprodutoras, garantindo a conectividade entre o mar e os cursos de água doce, que constituem os locais de desova de Lampreia-marinha (Petromyzon marinus), Sável (Alosa alosa) e Savelha (Alosa fallax). Sendo residente, também a Lampreia-de-riacho (Lampetra planeri) depende destes cursos de água completando todo o seu ciclo de vida em meio dulciaquícola. (Ficha de caracterização do SIC, 2014). Estas espécies de ictiofauna têm distribuição no território concelhio de Oliveira do Bairro. Neste território é também reconhecida a presença de outras espécies de peixes, nomeadamente da Enguia (Anguilla anguilla), do Barbo (Barbus bocagei), do Ruivaco (Achondrostoma oligolepis 6 ), da Boga (Pseudochondrostoma duriense 7 ), e do Verdemã (Cobitis palúdica) (espécies incluídas nos anexos da Diretiva Habitats). Outras espécies como o Escalo (Squalius carolitertii), o Esgana-gata (Gasterosteus gymnurus) e o Peixe-Rei (Atherina boyeri) também ocorrem nestes sistemas dulciaquícolas (Relatório de Fundamentação da proposta de Classificação do SIC Ria de Aveiro, 2013). De acordo com o expresso no relatório de conformidade com a Rede Natura, ocorrem ainda diversas espécies de outros grupos de fauna, com valor em termos de conservação da biodiversidade (identificadas na Diretiva Habitats), cuja presença na área territorial do concelho de Oliveira do Bairro merece igualmente referência. Refira-se o Tritão-marmorado (Triturus marmoratus), da Rã-verde (Rana perezi), o Lagarto-de-água (Lacerta schreiberi) e a Lagartixa-ibérica (Podarcis hispânica). Pelas características do sistema aquático, será igualmente de assumir a presença de Lontra (Lutra lutra). 6 Achondrostoma oligolepis - atual classificação da espécie anteriormente designada por Rutilus macrolepidotus 7 Pseudochondrostoma duriense- atual classificação da espécie anteriormente designada por Chondrostoma polylepis 85

89 Espécies de aves prioritárias e espécies alvo de orientações de gestão com ocorrência no Município Em toda a ZPE da Ria de Aveiro, e neste caso em particular a Área Classificada integrada no território da Oliveira do Bairro, a expressão do património natural, com importância para a conservação da natureza e da biodiversidade, encontra-se maioritariamente associada ao ecossistema aquático e ecótonos de transição para o ecossistema terrestre, estes muitas vezes modulados pela ação humana ao longo dos tempos. A zona húmida da Pateira de Fermentelos, as suas margens apaludadas, assim como as galerias ripícolas e bosquetes das margens dos cursos de água que lhe são afluentes, constituem habitats para um elevado número de espécies de aves aquáticas. De entre as espécies de avifauna presentes na área da ZPE em Oliveira do Bairro, destacam-se, a Garça-Vermelha (Ardea purpurea), o Garçote (Ixobrychus minutus), o Milhafre-preto (Milvus migrans), bem como o grupo dos passeriformes migradores de caniçais e galerias ripícolas, e ainda o grupo dos passeriformes migradores de matos e bosques, igualmente consideradas no conjunto das espécies mais representativas da ZPE. Estas espécies e grupos de aves assinaladas não são reconhecidas na Diretiva 79/409/CEE como espécies prioritárias a nível comunitário. Contudo, são espécies de interesse comunitário, cuja conservação requer a designação de Zonas de Proteção Especial (ZPE) e como tal incluídos no Anexo I da Diretiva 79/409/CEE (transposta para o direito interno pelo Decreto-Lei n.º 140/99, de 24 de Abril, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 49/2005, de 24 de Fevereiro, recentemente alterado pelo Decreto-Lei n.º156-a/2013, de 8 de Novembro)), constituindo-se portanto como espécies protegidas. Para estas espécies, e grupos de aves, (Garça-Vermelha (Ardea purpurea), o Garçote (Ixobrychus minutus), o Milhafre-preto (Milvus migrans), grupo dos passeriformes migradores de caniçais e galerias ripícolas, e grupo dos passeriformes migradores de matos e bosques), sendo reconhecidos os fatores de ameaça que sobre eles recaem no território da ZPE Ria de Aveiro, passaram a ser definidas pelo Plano Setorial da Rede Natura 8 um conjunto de orientações de gestão, que visam a manutenção das espécies num estado favorável de conservação, as quais se sintetizam no quadro que se segue. 8 Plano Setorial da Rede Natura publicado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 115-A/2008, de 21 de Julho de

90 Quadro Orientações de gestão do PSRN2000 para a conservação das espécies, com distribuição reconhecida no Concelho de Oliveira do Bairro Orientações de Gestão (PSRN2000) afetas a espécies e grupos de espécies de distribuição reconhecida em Oliveira do Bairro Espécies alvo de Orientações de Gestão com distribuição no concelho de Oliveira do Bairro Agricultura e Pastorícia 51a 52 Outros condicionantes específicos a práticas agrícolas Condicionar uso de agro-químicos/ adoptar técnicas alternativas Ardea purpurea Ardea purpurea; Ixobrychus minutus; Milvus migrans; Passeriformes migradores de caniçais e galerias ripícolas; Passeriformes migradores de matos e bosques 55 Promover cerealicultura extensiva Milvus migrans; Passeriformes migradores de caniçais e galerias ripícolas 58a Adoptar práticas de pastoreio específicas Milvus migrans 100 Condicionar expansão do uso agrícola Ixobrychus minutus; Passeriformes migradores de caniçais e galerias ripícolas; 115 Assegurar manutenção de usos agrícolas extensivos Ardea purpurea; Ixobrychus minutus; Milvus migrans; Passeriformes migradores de caniçais e galerias ripícolas 124 Condicionar intensificação agrícola Ardea purpurea; Ixobrychus minutus; Passeriformes migradores de matos e bosques 128 Conservar/ promover sebes, bosquetes e arbustos Milvus migrans; Passeriformes migradores de caniçais e galerias ripícolas; Passeriformes migradores de matos e bosques 146 Condicionar queimadas Ardea purpurea; Ixobrychus minutos Silvicultura Conservar/ recuperar povoamentos florestais autóctones Conservar/ recuperar vegetação dos estratos herbáceo e arbustivo Milvus migrans Ardea purpurea; Passeriformes migradores de matos e bosques 48 Promover regeneração natural Passeriformes migradores de matos e bosques 127 Manter árvores mortas ou árvores velhas com cavidades Milvus migrans 34 Assegurar caudal ecológico Ardea purpurea 134 Condicionar construção de infra-estruturas 140 Apoiar tecnicamente o alargamento de estradas e a limpeza de taludes Ardea purpurea; Ixobrychus minutus; Milvus migrans; Passeriformes migradores de caniçais e galerias ripícolas; Passeriformes migradores de matos e bosques Passeriformes migradores de caniçais e galerias ripícolas Outros usos e atividades 4 Reduzir mortalidade acidental Milvus migrans 30 Condicionar intervenções nas margens e leito de linhas de água 32 Condicionar drenagem Ixobrychus minutos Ardea purpurea; Ixobrychus minutus 35 Monitorizar, manter/ melhorar qualidade da água Ardea purpurea; Ixobrychus minutus; Milvus migrans Conservar/ recuperar vegetação ribeirinha autóctone Incrementar sustentabilidade económica de actividades com interesse para a conservação Implementar gestão cinegética compatível com conservação de espécie Ixobrychus minutus; Milvus migrans; Passeriformes migradores de caniçais e galerias ripícolas Ardea purpurea; Ixobrychus minutos;milvus migrans;passeriformes migradores de caniçais e galerias ripícolas; Passeriformes migradores de matos e bosques Ardea purpurea;; Ixobrychus minutus; Milvus migrans 87

91 Orientações de Gestão (PSRN2000) afetas a espécies e grupos de espécies de distribuição reconhecida em Oliveira do Bairro Espécies alvo de Orientações de Gestão com distribuição no concelho de Oliveira do Bairro 73 Interditar uso de chumbo na actividade cinegética Milvus migrans 77 Ordenar atividades de recreio e lazer Passeriformes migradores de caniçais e galerias ripícolas 78 Ordenar prática de desporto da natureza Ardea purpurea; Ixobrychus minutus; Milvus migrans 83 Ordenar acessibilidades Ardea purpurea; Ixobrychus minutus; Milvus migrans Interditar circulação de viaturas fora dos caminhos estabelecidos Ordenar/regular actividades de observação de espécies da fauna Ixobrychus minutus; Milvus migrans Ardea purpurea; Ixobrychus minutus Orientações específicas 24 Recuperar zonas húmidas 42 Conservar/ recuperar vegetação palustre Ardea purpurea; Ixobrychus minutus; Milvus migrans; Passeriformes migradores de caniçais e galerias ripícolas Ardea purpurea; Ixobrychus minutus; Passeriformes migradores de caniçais e galerias ripícolas 46 Manter/ recuperar habitats contíguos Milvus migrans; Passeriformes migradores de matos e bosques 64 Efectuar gestão por fogo controlado Passeriformes migradores de matos e bosques Implementar medidas de prevenção de envenenamentos Controlar níveis de água nas zonas de nidificação Ardea purpurea; Milvus migrans Ardea purpurea 137 Definir zonas de protecção para espécies/habitat Ardea purpurea; Ixobrychus minutus Orientações gerais 1 Adquirir conhecimento e prospectar a espécie/ habitat Ardea purpurea; Ixobrychus minutus 3 Monitorizar espécimes mortos Milvus migrans 6 Estabelecer colaboração em programas internacionais de conservação da espécie 88 Informar e sensibilizar Ardea purpurea Ardea purpurea; Ixobrychus minutus; Passeriformes migradores de caniçais e galerias ripícolas;passeriformes migradores de matos e bosques 89 Legislar/ rever legislação Ardea purpurea; Ixobrychus minutus;milvus migrans Fiscalizar acessos e circulação de veículos motorizados Melhorar eficácia da fiscalização sobre a emissão de poluentes Melhorar eficácia da fiscalização na actividade cinegética Elaborar/ implementar Plano de Acção para a espécie Reforçar fiscalização sobre deposição ilegal de lixos e entulhos 150 Reforçar vigilância sobre perturbação humana Ardea purpurea; Ixobrychus minutus; Milvus migrans Ardea purpurea;ixobrychus minutus Ardea purpurea; Ixobrychus minutus; Milvus migrans Ardea purpurea Ardea purpurea Ardea purpurea; Ixobrychus minutos;milvus migrans; Passeriformes migradores de caniçais e galerias Ripícolas; Passeriformes migradores de matos e Bosques 88

92 Importa ainda salientar o estatuto de conservação que estas espécies detêm em Portugal. O Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal, na sua edição de 2006, fez a revisão dos estatutos de conservação dos vertebrados de Portugal. Consultado relativamente às espécies supra-referidas denotase que quanto à Garça-Vermelha (Ardea purpurea) o seu estatuto de conservação é reconhecido como espécie em Em Perigo de Extinção (EN), o Garçote (Ixobrychus minutus) é desigando como uma espécie Vulnerável à Extinção (VU), enquanto o Milhafre-preto (Milvus migrans) se encontra num estado Pouco Preocupante (LC) quanto ao estatuto de ameaça. Para além da Garça-Vermelha (Ardea purpurea), do Garçote (Ixobrychus minutus), do Milhafre-preto (Milvus migrans), do grupo de passeriformes migradores de caniçais e galerias ripícolas, e de passeriformes migradores de matos e bosques, consideradas no conjunto das espécies mais representativas da ZPE e para as quais são indicadas orientações de gestão pelo PSRN2000, ocorrem no concelho muitas outras espécies de aves, as quais foram identificadas no relatório de conformidade com a Rede Natura 2000, que acompanha a proposta de revisão do plano, como de ocorrência provável no concelho. Habitats O Habitat ripícola, Florestas aluviais de Alnus glutinosa e Fraxinus excelsior - habitat 91E0, designado como habitat prioritário de interesse comunitário, bem como o habitat Cursos de água mediterrânicos permanentes da Paspalo-Agrostidion com cortinas arbóreas ribeirinhas de Salix e Populus alba habitat 3280, constam do Anexo B-I do Decreto-Lei n.º 140/99, de 24 de Abril, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 49/2005, de 24 de Fevereiro, e alterado pelo Decreto-Lei n.º156-a/2013, de 8 de Novembro), pelo que a sua conservação exige a designação de Zonas Especiais de Conservação. Este processo inicia-se com a classificação da área de ocorrência como Sítio de Importância Comunitária - SIC Relativamente ao habitat ripícola, Florestas aluviais de Alnus glutinosa e Fraxinus excelsior - habitat 91E0, cuja proposta de designação portuguesa é de Bosques ripícolas ou paludosos de amieiros, salgueiros ou bidoeiros, encontram-se representados no Concelho de Oliveira do Bairro os subtipos Amial ripícola (91E0pt1) e o subtipo Amiais e salgueirais paludosos (91E0pt3) (Relatório de Conformidade com a Rede Natura- CMOB, 2014 ). O habitat Cursos de água mediterrânicos permanentes da Paspalo-Agrostidion com cortinas arbóreas ribeirinhas de Salix e Populus alba habitat 3280, assume em Portugal a designação de Cursos de água mediterrânicos permanentes com arrelvados higronitrófilos da Paspalo-Agrostion verticillati ladeados por cortinas arbóreas ribeirinhas de Salix e Populos alba. 89

93 Com o objetivo de diminuir a pressão e ameaças que se manifestam sobre estes habitats, e visando a manutenção do estado de conservação favorável destes habitats, encontram-se definidas um conjunto de orientações de gestão (PSRN2000, 2008) que importa salientar (Quadro ). Quadro Orientações de gestão do PSRN2000 para a conservação dos habitats, com distribuição reconhecida para o Concelho de Oliveira do Bairro (adaptado de Relatório de Conformidade com a Rede Natura- CMOB, 2014) Habitat / subtipo alvo de Orientações de Gestão com Orientações de Gestão (PSRN2000) afetas a habitats com distribuição reconhecida em Oliveira do Bairro distribuição no concelho de Oliveira do Bairro Condicionamento das práticas de limpeza das margens dos cursos de água em áreas ocupadas pelo habitat. Contratualização orientada para a gestão ativa dos amiais antropizados, reduzidos a uma estreita linha de árvores, com a remoção cíclica, por talhadia, das árvores com sintomas de podridão ou vergadas pelo peso da copa. Utilização de estacas colhidas em árvores locais, para a restauração ativa de amiais degradados. 91E0pt1 91E0pt1 91E0pt1 Restabelecimento das catenas florestais. 91E0pt1 Manutenção da dinâmica natural do amiais, se não existirem interesses económicos na sua vizinhança. 91E0pt1 Manutenção de habitats associados (lameiros, juncais, prados). 91E0pt1 Condicionamento à construção de aproveitamentos hidráulicos. 91E0pt1 Interdição ao corte de material lenhoso. 91E0pt3 Condicionamento a obras de hidráulica que provoquem alterações ao nível das toalhas Freáticas. 91E0pt3 Interdição ao pastoreio na área de ocupação do habitat. 91E0pt3 Eventualmente contratualização do uso na área de ocupação atual do habitat. 91E0pt3 Condicionamento ao corte de árvores Interdição à limpeza mecânica das linhas de água com máquinas pesadas, na área de ocupação do habitat Se julgado conveniente, limpeza manual dos silvados e extração de árvores mortas, evitando a resistência do canal à circulação de água e os consequentes efeitos erosivos em áreas vizinhas. Redução da carga poluente das linhas de água interiores, sobretudo através do reforço do tratamento de efluentes domésticos e agropecuários e da adoção de boas práticas agrícolas, designadamente quanto á utilização de fertilizantes Condicionar as intervenções de correção torrencial Manutenção de práticas agrícolas e pastoris extensivas Controlo da sucessão ecológica Bloco Temático Orientações de gestão complementares (RCM 115-A/2008) Agricultura e Pastorícia 52 Condicionar uso de agro -químicos/adotar técnicas alternativas em áreas contíguas ao habitat Manter práticas de pastoreio extensivo

94 Orientações de Gestão (PSRN2000) afetas a habitats com distribuição reconhecida em Oliveira do Bairro Habitat / subtipo alvo de Orientações de Gestão com distribuição no concelho de Oliveira do Bairro 59 Salvaguarda de pastoreio. 91E0pt1; 91E0pt3 Silvicultura 48 Adotar práticas silvícolas específicas. 91E0pt1; 91E0pt3 51b Promover a regeneração natural. 91E0pt1; 91E0pt3 63 Reduzir o risco de incêndio. 91E0pt1; 91E0pt3 Construção e Infraestruturas 26 Condicionar a construção de barragens em zonas sensíveis. 91E0pt1; 91E0pt3; Condicionar a construção de açudes em zonas sensíveis. 91E0pt1; 91E0pt3 Outros usos e atividades 30 Condicionar intervenções nas margens e leito de linhas de água. 91E0pt1; 91E0pt3; Condicionar a drenagem. 91E0pt1; 91E0pt3 35 Monitorizar, manter / melhorar qualidade da água Ordenar atividades de recreio e lazer Orientações específicas 46 Manter / recuperar habitats contíguos. 91E0pt1; 91E0pt3 47 Impedir a introdução de espécies não autóctones / controlar existentes. 91E0pt1; 91E0pt3; 3280 Espécies de peixes dulciaquícolas com interesse para a conservação da natureza, com ocorrência no Concelho De acordo com o Relatório de Conformidade com a Rede Natura (CMOB, 2014) ocorrem no território de Oliveira do Bairro algumas espécies de peixes de água doce, também designados de dulciaquícolas, designadamente o Barbo (Barbus bocagei), o Ruivaco (Achondrostoma oligolepis), a Boga (Pseudochondrostoma duriense), o Escalo (Squalius carolitertii), o Verdemã (Cobitis paludica), o Esganagata (Gasterosteus gymnurus) e o Peixe-rei (Atherina boyeri) cuja importância para a conservação em estado favorável deverá ser garantida pela implementação de um conjunto de medidas que visam diminuir as ameaças que se manifestam sobre as referidas espécies (aplicação das de orientações de gestão definidas no Plano Sectorial da Rede Natura 2000 (2008) as quais se apresentam no Quadro

95 Por consulta ao Livro Vermelho de Vertebrados de Portugal (ICNB, 2008) verifica-se que de entre estas espécies, o Gasterosteus gymnurus (Esgana-gata) apresenta como estatuto de ameaça uma Classificação de Em Perigo de Extinção (EN). Quadro Orientações de gestão do PSRN2000 para a conservação de espécies de peixes dulciaquícolas, com distribuição reconhecida para o Concelho de Oliveira do Bairro (adaptado de Relatório de Conformidade com a Rede Natura- CMOB, 2014) Orientações de Gestão (PSRN2000) afetas a espécies de peixes dulciaquícolas com distribuição reconhecida em Oliveira do Bairro - Redução da poluição através do controlo das descargas efluentes e tratamento dos mesmos. Espécie alvo de Orientações de Gestão com distribuição no concelho de Oliveira do Bairro Barbus bocagei, Pseudochondrostoma duriense - Impedir a artificialização dos cursos de água. Pseudochondrostoma duriense - Condicionar a captação de água, através de medidas legais e de fiscalização, nas zonas de reprodução, alimentação e abrigo de juvenis da espécie e durante os meses de menor escoamento. - Assegurar o caudal dos cursos de água adequado às necessidades ecológicas da espécie e que respeite as variações naturais dos regimes hidrológicos. Pseudochondrostoma duriense Pseudochondrostoma duriense - Construção de passagem para peixes adequadas às espécies. Barbus bocagei - Controlar as espécies exóticas. Barbus bocagei, Pseudochondrostoma duriense Squalius carolitertii, Cobitis paludica, Gasterosteus gymnurus, Atherina boyeri - Proteção dos habitats prioritários para esta espécie. Achondrostoma oligolepis - Monitorizar a qualidade da água. Achondrostoma oligolepis - Criação de uma época de defeso. Achondrostoma oligolepis - Promover estudos das populações. - Educação ambiental de forma a valorizar esta espécie. Pseudochondrostoma duriense, Achondrostoma oligolepis Pseudochondrostoma duriense, Achondrostoma oligolepis - Controlo e tratamento de efluentes de forma a reduzir a poluição. Pseudochondrostoma duriense - Corrigir os impactos decorrentes das obras hidráulicas. Pseudochondrostoma duriense Gasterosteus gymnurus Atherina boyeri - Não licenciar concessões de rega quando o nível das águas for muito baixo. Pseudochondrostoma duriense - Sugestão para o aumento do tamanho mínimo de captura para 21.5 cm. Pseudochondrostoma duriense - Corrigir os impactos derivados das obras hidráulicas, nomeadamente a construção de passagens para peixes. - Não dar concessões de rega quando o nível das águas for muito baixo. - Reduzir a poluição através do tratamento dos efluentes urbanos e agrícolas. - Corrigir o impacto das extrações de inertes. - Controlar a evolução das populações das espécies exóticas. Squalius carolitertii Squalius carolitertii Gasterosteus gymnurus Squalius carolitertii Gasterosteus gymnurus Pseudochondrostoma duriense, Squalius carolitertii Gasterosteus gymnurus Pseudochondrostoma duriense, Squalius carolitertii 92

96 Orientações de Gestão (PSRN2000) afetas a espécies de peixes dulciaquícolas com distribuição reconhecida em Oliveira do Bairro Espécie alvo de Orientações de Gestão com distribuição no concelho de Oliveira do Bairro - Criação ou extensão das reservas naturais. Cobitis paludica - Produção de legislação específica. Cobitis paludica - Reabilitação de habitats degradados Cobitis paludica - Proibição da espécie para ser usada para isco vivo. Cobitis paludica - Minimização dos impactos das obras hidráulicas. Cobitis paludica - Manutenção de um caudal mínimo. Cobitis paludica - Produção de espécimens em cativeiro para realizar programa de transferências e repovoamentos levando à reconeção de populações fragmentadas. - Proteger as zonas húmidas e ribeirinhas. Cobitis paludica Pseudochondrostoma duriense, Gasterosteus gymnurus Espécies de peixes migradores anádromos com interesse para a conservação da natureza, com ocorrência Concelho De acordo com o anteriormente referido, nos principais cursos de água existentes no concelho de Oliveira do Bairro, designadamente nos rios Cértima e Levira, e ainda a Ribeira da Palha / Rio Largo, ocorrem espécies de ictiofauna de reconhecido interesse comunitário, considerados pela Comissão Europeia como insuficientemente representados nos Sítios da Rede Natura 2000 designados por Portugal. Para o processo de classificação do SIC foram determinantes a ocorrência de quatro espécies de peixes. Designadamente os peixes migradores anádromos que se reproduzem nos sistemas de água doce, Lampreia-marinha (Petromyzon marinus), Savelha (Alosa fallax) e Sável (Alosa alosa) e ainda a presença de lampreia-de-riacho (Lampetra planeri), essencialmente residente, espécie determinante para a classificação deste SIC. Segundo o relatório de fundamentação da proposta de classificação do SIC os peixes migradores anádromos supra referidos ocorrem em toda a área lagunar da ria, bem como nos seus principais tributários, nomeadamente nos rios Vouga, Águeda e Levira. A proposta de classificação do SIC é de especial importância para a proteção destas espécies que apresentam as seguintes categorias de ameaça: Petromyzon marinus -Vulnerável, Alosa fallax Vulnerável; e Alosa alosa - Em Perigo. No concelho de Oliveira do Bairro, especialmente o rio Levira, apresenta também condições favoráveis para a reprodução da espécie a lampreia-de-riacho (Lampetra planeri), para a qual, a nível de Portugal continental, é reconhecido a categoria de ameaça de Criticamente em Perigo. Com o objetivo de diminuir a pressão e ameaças que se manifestam sobre as espécies, e visando a manutenção ou favorecimento do seu estado de conservação, torna-se imperioso reconhecer e 93

97 implementar um conjunto de orientações de gestão (PSRN2000, 2008) as quais se apresentam no Quadro Quadro Orientações de gestão do PSRN2000 para a conservação das espécies de peixes migradores anádromos com distribuição reconhecida para o Concelho de Oliveira do Bairro (adaptado de Relatório de Conformidade com a Rede Natura - CMOB, 2014) Orientações de Gestão (PSRN2000) afetas a espécies de peixes migradores anádromos com distribuição reconhecida em Oliveira do Bairro - Interditar a extração de inertes em qualquer época do ano nos locais conhecidos e/ou com grande probabilidade de coincidirem com áreas de reprodução. Nos locais em que se venha a autorizar a extração, esta deverá ser efetuada fora das épocas de migração e desova (março a julho), na medida em que esta atividade alterará as condições a jusante. - Não destruir a vegetação marginal nem o equilíbrio hidrológico do curso de água aquando das intervenções. - Evitar a afetação de troços com uma vegetação ripícola bem desenvolvida e das duas margens em simultâneo. - Prever a recuperação das áreas intervencionadas logo após desativação da exploração e/ou paralelamente à evolução destas orientações. - Manter ou melhorar (consoante as áreas em causa) a qualidade da água a um nível favorável à conservação da espécie (não existindo informação específica relativa aos limites dos vários parâmetros físico-químicos da água tolerados pela espécie, poderão considerar-se como valores de referência os limites previstos nas Normas de qualidade aplicáveis às águas piscícolas, mais concretamente às águas de ciprinídeos, de acordo com o disposto no Decreto-Lei nº 236/98, de 1 de agosto). - Restringir o uso de agroquímicos, adotando técnicas alternativas, como a proteção integrada e outros métodos biológicos, em áreas contíguas ao habitat da espécie. - Melhorar a eficácia de fiscalização sobre a emissão de efluentes, garantindo o cumprimento da legislação. - Monitorizar a qualidade da água, articulando com outras monitorizações já existentes. - Condicionar a regularização dos sistemas hídricos em áreas de ocorrência da espécie, promovendo a renaturalização das margens nas zonas mais sensíveis para a conservação da espécie. - Assegurar o caudal dos cursos de água adequado às necessidades ecológicas da espécie e que respeite as variações naturais dos regimes hidrológicos. - Condicionar a captação de água, através de medidas legais e de fiscalização, nas zonas de reprodução, alimentação e abrigo de larvas e juvenis da espécie e durante os meses de menor escoamento (variável de ano para ano, de acordo com as condições hidrológicas). - Condicionar operações de transvase das bacias hidrográficas onde a espécie ocorra. - Proteger as margens das linhas de água, promovendo a conservação e/ou recuperação da vegetação ribeirinha autóctone, sem prejuízo das limpezas necessárias ao adequado escoamento. Remover espécies vegetais exóticas. - Orientar os trabalhos de consolidação das margens, limpeza do leito e corte de vegetação marginal na perspetiva da manutenção das condições ecológicas, da promoção da infiltração e da prevenção de incêndios, devendo estas últimas preocupações estender-se a toda a área de drenagem. - Melhorar a eficiência de transposição de barragens e açudes já construídos, através da colocação de passagens adequadas para peixes (ou aumento da eficácia das já existentes). Em situações pontuais, localizadas em zonas de importância vital para a conservação da espécie, poderá mesmo justificar-se a eliminação de alguns açudes ou barragens, de modo a assegurar a migração. - Condicionar a construção de novas barragens e açudes, recorrendo a outras alternativas tais como a exploração de aquíferos. Nos casos em que a sua construção seja imprescindível, deverá optar-se por soluções que induzam uma menor alteração dos habitats naturais nomeadamente através da redução das dimensões dos diques e respetivas albufeiras, da implementação de sistemas de passagem para a fauna diminuindo, assim, a possibilidade de ocorrência de isolamentos populacionais. - Ter em atenção as áreas de distribuição da espécie quando da elaboração dos estudos de impacto ambiental. - Fiscalizar o cumprimento das medidas de minimização e compensação previstas nas avaliações de EIA. - Melhorar a eficácia de fiscalização da pesca. Reforçar os meios humanos, nomeadamente através do estabelecimento de parcerias entre DGPA, DGRF, GNR e ICNF, em especial no interior de Áreas Classificadas. - Condicionar a pesca em determinados locais e épocas do ano. Rever a legislação, de forma a adaptá-la às necessidades da espécie, nomeadamente no que respeita a quantitativos máximos e dimensões mínimas de captura, métodos de pesca e períodos de defeso Espécie alvo de Orientações de Gestão com distribuição no concelho de Oliveira do Bairro Lampetra planeri Petromizon marinus Alosa fallax Alosa alosa Lampetra planeri Petromizon marinus Alosa fallax Alosa alosa Lampetra planeri Petromizon marinus Alosa fallax Alosa alosa Lampetra planeri Alosa fallax Alosa alosa Lampetra planeri Petromizon marinus Alosa fallax Alosa alosa Lampetra planeri Petromizon marinus Alosa fallax Alosa alosa Lampetra planeri Petromizon marinus Alosa fallax Alosa alosa Lampetra planeri Petromizon marinus Alosa fallax Alosa alosa Lampetra planeri Petromizon marinus Alosa fallax Alosa alosa Lampetra planeri Petromizon marinus Alosa fallax Alosa alosa Alosa alosa Lampetra planeri Petromizon marinus Alosa fallax Alosa alosa 94

98 Orientações de Gestão (PSRN2000) afetas a espécies de peixes migradores anádromos com distribuição reconhecida em Oliveira do Bairro - Promover estudos sobre a espécie: efetivo populacional; biologia e ecologia, com a determinação dos locais essenciais para a conservação da espécie, como por exemplo as áreas de reprodução, estado do habitat, ameaças, medidas de conservação. Monitorização da tendência populacional e avaliação do sucesso das intervenções efetuadas para recuperação da espécie - Informar e sensibilizar o público para a importância da espécie bem como da conservação do seu habitat. - Desenvolver campanhas de sensibilização e educação ambiental para diferentes grupos-alvo, nomeadamente pescadores profissionais, desportivos e público em geral. Espécie alvo de Orientações de Gestão com distribuição no concelho de Oliveira do Bairro Lampetra planeri Petromizon marinus Alosa fallax Alosa alosa Lampetra planeri Petromizon marinus Alosa fallax Alosa alosa Ações de fiscalização / monitorização de fatores de ameaça No município de Oliveira do Bairro, o Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) promove a fiscalização de ações que possam colidir com a salvaguarda de valores naturais, não sendo contudo especificamente vocacionado para fiscalização em território das Áreas Classificadas. Na missão definida para este organismo da Guarda Nacional Republicana reconhece-se, entre outros aspetos igualmente importantes, a sua atuação no cumprimento das disposições legais e regulamentares referentes a conservação e proteção da natureza e do ambiente previstas na legislação ambiental e do ordenamento do território, bem como na investigação e repressão dos respetivos ilícitos. Integração em plano de gestão para as áreas classificadas O Decreto -Lei n.º 140/99, de 24 de Abril, com a redação dada pelo Decreto -Lei n.º 49/2005, de 24 de Fevereiro (recentemente alterado pelo Decreto-Lei n.º156-a/2013, de 8 de Novembro), estabeleceu os mecanismos necessários à gestão dos sítios e das ZPE. Nos termos daquele diploma, os instrumentos de gestão territorial aplicáveis devem conter as medidas necessárias para garantir a conservação dos habitats e das populações das espécies que fundamentaram a classificação dos sítios e das ZPE. Nesta sentido, e de acordo com o estipulado no ponto 2 do Plano Setorial da Rede Natura (PSRN 2000, 2006), a aplicação das orientações de gestão e das outras normas programáticas estabelecidas no PS RN2000 são da responsabilidade da administração central e local, e assumindo as seguintes formas:( ) Revisão ou alteração de outros instrumentos de gestão territorial, nomeadamente planos municipais, planos especiais de ordenamento do território e planos de génese sectorial ou regional; Elaboração de Planos de Gestão territoriais; Elaboração de Planos de Ação orientados para espécies ou habitats ( ). Atualmente não se encontra elaborado nenhum plano de gestão para a ZPE - Ria de Aveiro, nem para o SIC Ria de Aveiro. Considera-se contudo que a necessidade de manter os valores naturais que estão na origem da designação daquelas áreas classificadas num estado de conservação favorável, implica a necessidade de elaboração e de implementação de um Plano de Gestão para a - Ria de Aveiro, integrando as orientações de gestão referidas no Plano Sectorial da Rede Natura bem como orientações específicas para espécies e habitats reconhecidos no território. 95

99 Salienta-se que para a Ardea purpurea (Garça-vermelha), cujo habitat depende sobretudo de zonas húmidas com áreas de vegetação densa de caniçais, e que é identificada, como referido anteriormente, a nível nacional com um estatuto de conservação EN (Em Perigo), se encontra em elaboração o Plano de Ação para a Conservação da Garça-Vermelha, que define as ações prioritárias para a conservação desta espécie. Apesar de ainda não ser aplicável, considera-se pertinente que venha a ser considerado e implementado na gestão da ZPE da Ria de Aveiro, onde a Garça-vermelha nidifica e tem forte presença. Equipamentos de apoio à interpretação/divulgação de valores naturais O Município de Oliveira do Bairro tem vindo a criar condições para prática de atividades de interpretação /divulgação de valores naturais, designadamente ao nível da infraestruturação e da implementação de equipamentos em locais chave para a sua dinamização tais como o equipamento de apoio a atividades no Parque Ribeirinho do Carreiro Velho e estruturas de Birdwatching e passadiços sobre-elevados de madeira para apoiar percursos pedestres, realizada no âmbito do programa Polis Litoral Ria de Aveiro. Promoção de ações de divulgação e de sensibilização ecológica Melhorar todas as relações ecológicas, incluindo a relação da humanidade com a natureza, deve constituir um desígnio a alcançar. A educação para a sustentabilidade ambiental, passa pela valorização do património natural, condição que só é alcançada quando os cidadãos reconhecem a dependência que a humanidade tem relativamente aos bens e serviços garantidos pela biodiversidade, importância da sua manutenção dos processos ecológicos para a para integridade dos ecossistemas e para o bem estar da espécie humana. Apesar do Município de Oliveira do Bairro ter criado algumas condições para apoio a prática de atividades de reconhecimento da biodiversidade não estão documentadas ações de divulgação e de sensibilização ecológica efetuadas durante este ano. Ações de educação ambiental De acordo com os referenciais estratégicos da Educação Ambiental pretende-se Desenvolver uma população mundial que esteja consciente e preocupada com o meio ambiente e com os problemas que lhe são associados, e que tenha conhecimento, habilidade, atitude, motivação e compromisso para trabalhar individual e coletivamente na busca de soluções para os problemas existentes e para a prevenção de novos (Carta de Belgrado, 1975). Neste sentido, o envolvimento da população para com questões de sustentabilidade ambiental deve constituir um elemento chave da aplicação do lema pensar global, agir local. 96

100 No Município de Oliveira do Bairro realizam-se anualmente várias ações de educação ambiental. De entre as ocorridas no ano de 2013, e que se encontram documentadas na autarquia, identificam-se as seguintes ações: Casa do Ambiente Ação realizada com a ERSUC nas escolas do 2º ciclo Participação na Semana Europeia da Mobilidade Participação na Semana da Prevenção dos Resíduos Participação no Projeto Limpar Portugal Recolha de pilhas nas escolas e concelho, inserido no projeto da Eco pilhas, a reverter para o Instituto Português de Oncologia Integração em rotas ou programas de visitação Encontra-se elaborado, apesar de ainda não estar implementado, o projeto da Rede Integrada de Vias Cicláveis e Parques Ribeirinhos do concelho de Oliveira do Bairro o qual tem como objetivo principal o reforço da mobilidade ciclável e simultaneamente a promoção do património natural e dos valores paisagísticos do concelho. Interligando, através do seu traçado de aproximadamente 39 km, um conjunto de parques ribeirinhos. Trilhos de interpretação devidamente equipados e sinalizados Apesar do potencial natural existente, e da intenção de promoção e desenvolvimento do ecoturismo, ainda não se implementaram Trilhos de interpretação devidamente equipados e sinalizados no concelho de Oliveira do Bairro. Domínio de Avaliação: Outras áreas com Interesse para a Conservação da Natureza Sub-domínio: Estrutura Ecológica Municipal (EEM) Área do concelho integrada na EEM Para as áreas naturais de interesse para a conservação da natureza e da biodiversidade, que não estão integradas no Sistema Nacional de Áreas Classificadas, a salvaguarda dos valores presentes é aconselhada pela Estratégia Nacional da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ENCNB) 9. A ENCNB prevê a constituição da Rede Fundamental de Conservação da Natureza a qual se configura através da agregação de um conjunto de áreas já sujeitas a um estatuto jurídico especial, (como as áreas 9 Estratégia Nacional da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ENCNB) - Publicada pela Resolução do Conselho de Ministros n.º151/2001, de 11 de Outubro e regulamentada pelo Decreto-Lei n.º 136/2008, de 24 de Julho e regulamentada pelo Decreto-Lei n.º 136/2008, de 24 de Julho 97

101 protegidas de âmbito nacional, regional ou local, com a tipologia prevista na lei; os sítios da lista nacional de sítios e as zonas de proteção especial integrados no processo de constituição da Rede Natura 2000; outras áreas classificadas ao abrigo de compromissos internacionais e ainda a Reserva Ecológica Nacional; o Domínio Público Hídrico e a Reserva Agrícola Nacional). A Rede Fundamental de Conservação da Natureza (RFCN), de acordo com o publicado pela ENCNB, (e regulamentado pelo diploma legal que estabelece o novo Regime Jurídico da Conservação da Natureza) é, assim, um conceito abrangente que promove a visão integrada do património e dos recursos naturais sujeitos por lei ou compromisso internacional a um especial estatuto jurídico de proteção e gestão, sem implicar, portanto, a atribuição de um regime complementar ao já existente. O conceito da RFCN foi também trabalhado pelo Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial 10, através do estabelecimento da figura da Estrutura Ecológica Municipal (EEM). A Estrutura Ecológica Municipal vem permitir a salvaguarda de valores e sistemas fundamentais para a proteção e valorização ambiental dos espaços rurais e até urbanos. Por norma a EEM integra as áreas delimitadas pela Rede Natura 2000, as áreas integradas na Rede Nacional de Áreas Protegidas, áreas afetas ao regime da Reserva Agrícola Nacional, da Reserva Ecológica Nacional, do Regime Florestal e do Domínio Público Hídrico. Desta forma, contemplando áreas que expressam condicionantes, traduz-se num espaço que contribui para a preservação das funções e serviços ecológicos vitais para o equilíbrio ambiental do município. A EEM deverá desempenhar um papel fundamental ao nível da manutenção dos serviços ecológicos, tais como o suporte de espécies e habitats protegidos, e de processos biofísicos contribuindo para a qualidade do ar e da água, para a proteção contra a erosão, contra as cheias e para a recarga de aquíferos, promovendo a manutenção do equilíbrio ecológico, proteção e valorização ambiental do concelho, além de proporcionar bem-estar e qualidade de vida às populações humanas. Pelo exposto, a estrutura ecológica municipal permitirá a criação de corredores verdes, e se funcionais, também de corredores ecológicos para determinadas espécies. O Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro foi revisto e publicado em Diário da República através da Resolução de Conselho de Ministros n.º 80/99, de 29 de Julho, sendo que a esta data, o regime jurídico em vigor não estabelecia a figura de EEM. Áreas/sistemas ecológicos e valores integrados em espaços de EEM No Decreto-Lei n.º 316/2007, de 19 de Setembro (com as alterações e redação dada pelo Decreto-Lei n.º 46/2009 de 20 de Fevereiro) que define o regime jurídico dos instrumentos de gestão territorial (RJIGT), a 10 Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial- publicado pelo Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 46/2009 de 20 de Fevereiro 98

102 estrutura ecológica é reconhecida como fundamental na proteção e valorização ambiental dos espaços rurais e urbanos, devendo por isso os instrumentos de gestão territorial identificar as áreas, valores e sistemas fundamentais que a compõem. Assim, aquando da aprovação do PDM atualmente em vigor a Estrutura Ecológica Municipal não constava como figura do ordenamento do território, pelo que não integra o conteúdo material ou documental do PDM de Oliveira do Bairro vigente. Sub-domínio: Gestão sustentável e conservação da floresta Área de floresta de conservação/produção Segundo a caraterização presente no caderno de diagnóstico do Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios de Oliveira do Bairro (2014), no concelho predominam as áreas agrícolas, meios seminaturais e florestas. A classe espaços florestais é a que predomina no concelho, ocupando 41,0% da área do concelho. Nesta área significativa do concelho ocupada predominam os povoamentos de pinheiro bravo e eucalipto, representando respetivamente cerca de 23% (2 042 ha) e 10% (875 ha) da área total do concelho (PMDFCI, 2014), havendo também a presença de espécies arbóreas de folhosas. De acordo com a mesma fonte, de entre as folhosas, o choupo apresenta a expressão mais significativa (304 ha), encontrando-se disperso por todo o concelho, sobretudo nas zonas mais baixas e húmidas. No PDM em vigor estas áreas integram-se na classe de espaço florestal. O Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios de Oliveira do Bairro apresenta cartografia detalhada da distribuição dos diversos povoamentos florestais, revelando a presença de algumas áreas com ocupação por Carvalhais e ainda de outras folhosas não descriminadas (PMDFCI, 2014). Árvores Notáveis Classificadas No concelho de Oliveira do Bairro existe uma Árvore Notável Classificada. Corresponde a uma árvore monumental Sobreiro (Quercus suber L.), localizada a sul da freguesia de Oiã", que se encontra classificada como Árvore de Interesse Público. Zonas de Intervenção Florestal A gestão do património florestal é essencial para o ordenamento do território e para a conservação dos valores naturais associados à floresta, na medida em que contribui para a redução do risco de incêndio, potencia o rendimento florestal e promove a preservação quer de áreas naturais quer da sua biodiversidade. 99

103 É neste contexto que as Zonas de Intervenção Florestal (ZIF), correspondendo em génese a áreas territoriais contínuas maioritariamente constituídas por espaços florestais, submetidas a um plano de gestão florestal e a um plano de defesa da floresta e geridas por uma única entidade, constituem um importantíssimo instrumento de defesa e conservação da floresta. No concelho de Oliveira do Bairro, apesar do forte desenvolvimento do setor florestal não existe nenhuma Zona de Intervenção Florestal proposta. Ações de fiscalização / monitorização de fatores de ameaça Conforme descriminado no mesmo indicador associado a territórios afetos à Área Classificada da Ria de Aveiro, no município de Oliveira do Bairro, por atuação direta do SEPNA, ocorre fiscalização de ações que possam colidir com a salvaguarda de valores naturais, não sendo contudo especificamente vocacionado para fiscalização na área afeta à Área Classificada da ZPE-Ria de Aveiro. Relativamente ao ano de 2013, foram efetuadas 98 saídas para fiscalização de legislação florestal e de arvoredo, 34 saídas para fiscalização de pesca, 26 saídas para fiscalização de caça. Foram ainda efetuadas duas (2) saídas para recolha de amostras de prova em de água superficial, e uma (1) participação numa operação CITES (Comércio e Detenção de Espécies da Fauna e da Flora Selvagem Ameaçadas de Extinção). Por norma, por cada dia de patrulhamento de 6 horas, encontram-se afetos a cada saída um conjunto de três elementos das forças de segurança. Análise SWOT A análise SWOT, apresentada no quadro seguinte, pretende traçar o diagnóstico geral e tendências de evolução provável no cenário de não implementação desta proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro. Quadro Análise SWOT no âmbito do FCD - Biodiversidade e Conservação da Natureza Forças Fraquezas Património Natural de reconhecido valor Integração numa área natural com elevada riqueza específica de avifauna bem como de outros valores naturais Ausência de Trilhos de interpretação devidamente equipados e sinalizados Ausência de promoção de ações de divulgação e de sensibilização ecológica Início da implementação de equipamentos e Fracas dinâmicas de valorização do património infraestruturas de apoio a dinâmicas de exploração da natureza Sistema Biofísico com interesse paisagístico natural Extensa mancha de floresta com espécies não autóctones Oportunidades Ameaças Dinâmica regionais com vista ao desenvolvimento sustentável Inexistência de um Plano de Gestão para as áreas da Ria de Aveiro integradas no Sistema Nacional de 100

104 Biodiversidade e Conservação da Natureza AAE da Proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro Integração na vasta extensão da ZPE Proposta de classificação do SIC Ria de Aveiro Enquadramento normativo legal de proteção da Natureza Dinâmica emergente de fruição do espaço natural associado ao Vale do Cértima e à relação com a Ria de Aveiro para aproveitamento das zonas ribeirinhas para atividades de recreio e lazer Aposta no sector do turismo de natureza Implementação do projeto Rede Ciclo Pedonal Municipal Áreas Classificadas Inexistência de Zonas de Intervenção Florestal ANÁLISE DE TENDÊNCIAS A presente análise de tendências (decorrente de uma obrigação legal, conforme alínea b, n.º 1 do artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 58/2011, de 4 de Maio) tem em consideração a evolução provável do estado do ambiente na ausência da proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro. O quadro que se segue apresenta um resumo da tendência de evolução de cada indicador, na ausência de implementação da proposta de revisão do PDM. Quadro Avaliação da tendência de evolução de cada indicador, na ausência de implementação da proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro FCD Domínio de Avaliação Critério de Avaliação Indicadores Áreas integradas no Sistema Nacional de Áreas Classificadas (SNAC) Conservação do património natural em áreas do SNAC Valorização do património natural em áreas do SNAC Área do município integrada no Sistema Nacional de Áreas Classificadas Espécies de aves prioritárias e espécies alvo de orientações de gestão com ocorrência no Município Habitats Espécies de peixes dulciaquícolas com interesse para a conservação da natureza, com ocorrência no Concelho Espécies de peixes migradores anádromos com interesse para a conservação da natureza, com ocorrência no Concelho Integração em plano de gestão para as áreas classificadas Ações de fiscalização / monitorização de fatores de ameaça Equipamentos de apoio à interpretação / divulgação de valores naturais Promoção de ações de divulgação e de sensibilização ecológica Ações de educação ambiental Integração em rotas ou programas de visitação Tendência de evolução sem PDM 101

105 Outras áreas com interesse para a conservação da natureza AAE da Proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro FCD Domínio de Avaliação Critério de Avaliação Indicadores Estrutura Ecológica Municipal Promoção do contínuo natural através delimitação da Estrutura Ecológica Municipal Trilhos de interpretação devidamente equipados e sinalizados. Área do Concelho Integrada na EEM Áreas/sistemas ecológicos em espaços de EEM Tendência de evolução sem PDM n.a. n.a. Área de floresta de conservação n.a. Gestão sustentável e conservação da floresta Conservação de valores naturais fora do contexto do Sistema Nacional de Áreas Classificadas Árvores notáveis Zona de Intervenção Florestal (ZIF) Ações de fiscalização / monitorização de fatores de ameaça - Indicador evolui de forma positiva (relativamente à situação de referência) - Indicador mão apresenta alteração (relativamente à situação de referência) - Indicador evolui de forma negativa (relativamente à situação de referência) A evolução provável do estado do ambiente, na ausência da implementação da proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro e tomando em consideração os indicadores definidos, não será expectável de ter alteração significativa relativamente ao descrito na situação de referência Efeitos esperados da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro Análise da relação entre as opções estratégicas da proposta de revisão do PDM e os indicadores definidos para o Fator Crítico para a Decisão Biodiversidade e Conservação da Natureza A análise dos efeitos esperados pela proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro será efetuada tendo por base os efeitos significativos das opções estratégicas (e objetivos estratégicos correspondentes) assumidas pela proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro que poderão ser observados ao nível dos indicadores definidos. Assim, as opções estratégicas e respetivos objetivos da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro podem consubstanciar diferentes contributos ou conflitos ao nível dos elementos caracterizados por alguns indicadores selecionados para a análise do FCD Biodiversidade e Conservação da Natureza, sistematizados no Quadro

106 Quadro Efeitos esperados negativos e positivos identificados para os indicadores definidos no âmbito do FCD - Biodiversidade e Conservação da Natureza Domínios Indicadores Efeitos esperados positivos Efeitos esperados negativos Área do município integrada no Sistema Nacional de Áreas - Classificadas Áreas integradas no Sistema Nacional de Áreas Classificadas (SNAC) Espécies de aves prioritárias e espécies alvo de orientações de gestão com ocorrência no Município A revisão do PDM cria condições para a integração das áreas classificadas na planta de condicionantes, facilitando assim a aplicação de um conjunto de ações convergentes com as orientações de gestão previstas pelo PSRN2000. Através do articulado do regulamento da proposta de revisão do PDM, relativo à Rede Natura, são determinadas ações, atividades e usos do solo, que garantem a manutenção e/ ou promoção do estado de conservação favorável dos valores naturais de interesse comunitário, nas áreas do concelho integradas na Rede Natura A proposta de revisão do PDM propõe reajustes na delimitação do perímetro urbano, em áreas coincidentes com a ZPE, sendo possível observar diversas áreas de proposta de retração e de expansão do Perímetro Urbano (relatório de conflitos da Rede Natura). No caso das expansões propostas na ZPE, verifica-se que as mesmas colidem pontualmente com a área de distribuição de Milvus migrans e com a área de distribuição Passeriformes migradores de matos e bosques (Figura e Figura ). De forma a facilitar a análise dos efeitos esperados, elaboraram-se umas imagens (Figuras , , e ) onde se pode observar a projeção das áreas de conflito com a distribuição reconhecida para as espécies alvo de orientações de gestão sobre o ortofotomapa (ver análise das imagens fora deste quadro). Conclui-se, tomando em consideração o estado das áreas com proposta de expansão, muito alterado do coberto vegetal relativamente ao seu potencial natural, conjugado com o facto de não se observar quebra de contínuo natural, já inexistente, considera-se que, embora o efeito desta medida seja negativo (por colidir com normas previstas de ocupação de solo rural em Rede Natura), não é um efeito consideravelmente 103

107 Domínios Indicadores Efeitos esperados positivos Efeitos esperados negativos significativo na dimensão da preservação das condições para a conservação dos valores naturais em causa. Habitats Espécies de peixes dulciaquícolas com interesse para a conservação da natureza, com ocorrência no Concelho Espécies de peixes migradores anádromos com interesse para a conservação da natureza, com ocorrência no Concelho Integração em plano de gestão para as áreas classificadas Ações de fiscalização / monitorização de fatores de ameaça Equipamentos de apoio à interpretação / divulgação de valores naturais Promoção de ações de divulgação e de sensibilização ecológica A revisão do PDM cria condições para a integração das áreas classificadas na planta de condicionantes, facilitando assim a aplicação de um conjunto de ações convergentes com as orientações de gestão previstas pelo PSRN2000. Através do articulado do regulamento da proposta de revisão do PDM, relativo à Rede Natura, são determinadas ações, atividades e usos do solo, que garantem a manutenção e/ ou promoção do estado de conservação favorável dos valores naturais de interesse comunitário, nas áreas do concelho integradas na Rede Natura A necessidade de manter os valores naturais que estão na origem da designação da ZPE Ria de Aveiro e do SIC- Ria de Aveiro num estado de conservação favorável, implica a necessidade de elaboração e de implementação de um Plano de Gestão, integrando as orientações de gestão referidas no Plano Sectorial da Rede Natura bem como orientações específicas para espécies e habitats presentes. Este plano de gestão deverá ser elaborado para toda a Área Classificada da Ria de Aveiro, incluindo na sua gestão a participação de todos os municípios abrangidos pela área classificada. A revisão do PDM por si só não constitui um fator decisivo para que a elaboração do plano de gestão se concretize. Se implementadas as recomendações indicadas nas diretrizes de seguimento deste relatório ambiental, poderão ser alcançados os efeitos desejáveis no controlo dos fatores de ameaça. No âmbito da valorização dos espaços ribeirinhos, está prevista a implementação do projeto da rede integrada de vias cicláveis e parques ribeirinhos Rede Ciclo Pedonal Municipal, sendo que a partir das infraestruturas criadas se estabelecem condições para dinâmicas de turismo de natureza, com trilhos de interpretação devidamente equipados e sinalizados, permitindo atividades de sensibilização para a conservação da natureza e de educação ambiental. Ações de educação ambiental - Integração em rotas ou programas de visitação

108 Outras áreas com interesse para a conservação da natureza Gestão sustentável e conservação da floresta Estrutura Ecológica Municipal AAE da Proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro Domínios Indicadores Efeitos esperados positivos Efeitos esperados negativos Trilhos de interpretação devidamente equipados e - sinalizados. Área do Concelho Integrada na EEM - Áreas/sistemas ecológicos em espaços de EEM Área de floresta de conservação/produção Árvores notáveis Zona de Intervenção Florestal (ZIF) A proposta de revisão do PDM prevê a definição da estrutura ecológica, reconhecida como fundamental na proteção e valorização ambiental dos espaços rurais e urbanos, através da integração de áreas, valores e sistemas fundamentais que a compõem, permitindo a criação de um contínuo natural que possa funcionar como corredor ecológico para determinadas espécies. De forma a facilitar a análise dos efeitos esperados, elaborou-se uma imagem (Figura ) onde se pode observar a projeção da área abrangida pela Estrutura Ecológica Municipal (EEM) no concelho de Oliveira do Bairro com a delimitação das áreas classificadas ZPE e SIC da Ria de Aveiro no concelho de Oliveira do Bairro. A EEM ocupa efetivamente um área expressiva no município, permitindo, através das restrições que detém por via da aplicação de legislação específica da REN, do DH e até mesmo da RAN, para além da do PSRN2000, que os valores que encerra possam ser conservados. Considera-se um bom exemplo a classificação de árvores notáveis quando se lhes associa a proteção adequada, e a sua identificação na planta de património A floresta de conservação (FC), pelas espécies que incorpora e habitats naturais que pode potenciar, constitui na perspetiva da conservação da natureza, uma área de maior interesse relativamente à floresta de produção (FP). No caso concreto de Oliveira do Bairro assiste-se a uma diminuta ocupação de FC comparativamente à área ocupada por FP, respetivamente 111,23ha de FC para 2417,04 ha de FP. As Zonas de Intervenção Florestal (ZIF), correspondendo em génese a áreas territoriais contínuas maioritariamente constituídas por espaços florestais, submetidas a um plano de gestão florestal e a um plano de defesa da floresta e geridas por uma única entidade, constituiriam um importantíssimo - 105

109 Domínios Indicadores Efeitos esperados positivos Efeitos esperados negativos instrumento de defesa e conservação da floresta no concelho de Oliveira do Bairro. A sua não constituição, apesar de não depender diretamente da política do município, diminui a capacidade de intervenção no sentido de garantir a sustentabilidade da floresta e proporciona maior risco de degradação. Ações de fiscalização / monitorização de fatores de ameaça Com a classificação do SIC Ria de Aveiro, e o respeito pela aplicação de um conjunto de medidas previstas para a salvaguarda e conservação dos valores naturais presentes, espera-se que sejam especificamente planeadas ações de fiscalização / monitorização dos fatores de ameaça. Considera-se no entanto que esta situação não advém diretamente da execução da proposta de revisão do PDM

110 Figura Projeção das áreas de expansão urbana propostas na ZPE e no SIC com sobreposição com a área de distribuição de Milvus migrans. 107

111 Figura Projeção das áreas de expansão urbana propostas na ZPE e no SIC com sobreposição com a área de distribuição de Passeriformes migradores de matos e bosques. 108

112 AAE da Proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro Figura Projeção sobre ortofotomapa da sobreposição da área de distribuição de Milvus migrans e da distribuição de Passeriformes migradores de matos e bosques com a área de expansão urbana na ZPE e SIC. Figura Projeção sobre ortofotomapa da sobreposição da área de distribuição de Milvus migrans e com a área de expansão urbana na ZPE e SIC. 109

113 AAE da Proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro Figura Projeção sobre ortofotomapa da sobreposição da área de distribuição de Milvus migrans e com a área de expansão urbana na ZPE e SIC. Figura Projeção sobre ortofotomapa da sobreposição da área de distribuição de Milvus migrans e com a área de expansão urbana na ZPE e SIC. 110

114 Figura Projeção da área abrangida pela Estrutura Ecológica Municipal no concelho de Oliveira do Bairro com a delimitação das áreas classificadas ZPE e SIC da Ria de Aveiro no concelho de Oliveira do Bairro Análise da relação entre as opções estratégicas da proposta de revisão do PDM e os objetivos de sustentabilidade do Quadro de Referência Estratégico No presente capítulo será promovida uma análise que visa evidenciar a forma como o modelo de desenvolvimento proposto pela proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro, que se traduz nas suas opções e objetivos estratégicos e mais concretamente no seu Regulamento, contribui para o cumprimento dos objetivos de sustentabilidade estabelecidos no Quadro de Referência Estratégico. Esta análise permitirá avaliar em que medida o objeto de estudo contribui (+) (criando oportunidades) ou conflitua (-) (criando ameaças) com os objetivos delineados pelos instrumentos do QRE definido para a presente proposta de revisão do Plano (Quadro ). 111

115 Programa Nacional de Política de Ordenamento do Território AAE da Proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro Quadro Contribuição da proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro para o alcance dos objetivos de sustentabilidade do QRE, no âmbito do FCD Biodiversidade e Conservação da Natureza QRE Objetivos Estratégicos Efeito FCD Biodiversidade e Conservação da Natureza Conservar e valorizar a biodiversidade e o património natural, paisagístico e cultural, utilizar de modo sustentável os recursos energéticos e geológicos, e prevenir e minimizar os riscos. + A proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro reconhece a importância da conservação e valorização da biodiversidade e do património natural no modelo estratégico de desenvolvimento proposto na revisão do PDM. No Relatório de Conformidade com a Rede Natura são evidentes as preocupações para com a salvaguarda da ZPE e do SIC, bem como da manutenção dos seus valores naturais num estado de conservação favorável, designadamente através da indicação da necessidade de se aplicarem as medidas previstas pelo PSRN2000 enquanto orientações de gestão. Por seu lado, na proposta de regulamento também se encontram definidas ações, atividades e usos do solo combatíveis com a manutenção e promoção do estado de conservação dos valores naturais do concelho (artigo relativo aos usos e condicionantes à ocupação em áreas inseridas em Rede Natura). 112

116 Estratégia Nacional de Conservação da Natureza e Biodiversidade AAE da Proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro QRE Objetivos Estratégicos Efeito FCD Biodiversidade e Conservação da Natureza Como referido anteriormente, a proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro é acompanhada por um Relatório de Conformidade com a Rede Natura 2000 que identifica espécies habitats relevantes da ZPE e SIC no concelho, bem como orientações para a sua gestão. Por outro lado, a proposta de regulamento desta revisão de PDM, no domínio relativo à Rede Natura 2000, destaca a necessidade de manter e/ou promover o estado de conservação favorável dos valores naturais de interesse comunitário, designadamente através: Da aplicação das orientações de gestão definidas para esta Zona de Proteção Especial, prioritariamente dirigidas para a conservação das aves aquáticas e passeriformes migradores, sendo reconhecido como fundamental a restauração da área húmida e do mosaico de habitats, promovendo a coexistência de habitats de alimentação, habitats de nidificação e repouso e corredores de migração e assegurar a sua qualidade ambiental a prazo; da interdição, nas áreas do concelho integradas na Rede Natura 2000, de diversas ações, atividades e usos do solo (por exemplo Introdução de espécies arbóreas e arbustivas não autóctones; Utilização de arame farpado na vedação das propriedades; Pavimentar / alcatroar os caminhos rurais; Atividades relacionadas com a caça, independentemente da época do ano; O desenvolvimento de ações de florestação e/ou reflorestação que impliquem a introdução de espécies de crescimento rápido; Alterações aos usos atuais dos solos nas zonas Promover a investigação científica e o húmidas e à sua configuração e topografia, salvo se estas decorrerem de ações que se encontrem subjacentes conhecimento sobre o património à recuperação destes solos; A realização de quaisquer descarga de poluentes nas águas superficiais e/ou + natural, bem como a monitorização de subterrâneas; A drenagem das zonas húmidas e das áreas que delas se apresentam contíguas; A deposição espécies, habitats e ecossistemas. de quaisquer tipos de resíduos.); do condicionamento, dependente de autorização do ICNF de diversas ações, atividades e usos do solo (por exemplo a realização de obras de construção civil fora dos perímetros urbanos, com exceção das obras de reconstrução, demolição, conservação de edifícios e ampliação, desde que esta não resulte num aumento da área de implantação superior a 50 % da área inicial e a área total de ampliação seja inferior a 100 m 2 ; A alteração do uso atual do solo que envolva áreas contínuas superiores a 5 ha; As modificações de coberto vegetal resultantes da alteração entre tipos de uso agrícola e florestal, em áreas contínuas superiores a 5 ha, considerando-se continuidade as ocupações similares que distem entre si menos de 500 m; As alterações à morfologia do solo, com exceção das decorrentes das normais atividades agrícolas e florestais; A alteração do uso atual dos terrenos das zonas húmidas, bem como as alterações à sua configuração e topografia; A deposição de sucatas e de resíduos sólidos e líquidos; A abertura de novas infraestruturas viárias, assim como o alargamento das vias já existentes; A instalação de infraestruturas de eletricidade e telefónicas, aéreas ou subterrâneas, de telecomunicações, de transporte de gás natural ou de outros combustíveis, de saneamento básico e de aproveitamento de energias renováveis ou similares fora dos perímetros urbanos; A prática de atividades motorizadas organizadas e competições desportivas fora dos perímetros urbanos; A reintrodução de espécies indígenas da fauna e da flora selvagens; do favorecimento de determinadas ações, atividades e usos do solo (por exemplo a Controlar as espécies 113

117 QRE Objetivos Estratégicos Efeito FCD Biodiversidade e Conservação da Natureza Constituir a Rede Fundamental de Conservação da Natureza e o Sistema Nacional de Áreas Classificadas, + integrando a Rede Nacional de Áreas Protegidas. Promover a valorização das áreas protegidas e assegurar a conservação do seu património natural, cultural e social. Assegurar a conservação e a valorização do património natural dos sítios e das zonas de protecção integrados no processo da Rede Natura 2000 Desenvolver em todo o território nacional acções específicas de conservação e gestão de espécies e habitats, bem como de salvaguarda e valorização do património paisagístico e dos elementos notáveis do património geológico, geomorfológico e paleontológico. Promover a integração da política de conservação da natureza e do princípio da utilização sustentável dos recursos biológicos na política de ordenamento do território e nas diferentes políticas sectoriais Promover a educação e a formação em matéria de conservação da natureza e da biodiversidade Assegurar a informação, sensibilização e participação do público, bem como mobilizar e incentivar a sociedade civil arbóreas e arbustivas existentes; Controlar a introdução furtiva de espécies animais e vegetais não autóctones; Erradicar as espécies animais / vegetais não autóctones, com especial incidência sobre as espécies invasoras; Condicionar a construção de infraestruturas; Estabelecimento de medidas de minimização relativas a construção manutenção e/ou ampliação de infraestruturas; Instalar passagens para fauna; Correção e instalação de dissuasores nos traçados e apoios da rede de distribuição de eletricidade com elevada perigosidade para as aves, de forma a diminuir o risco de colisão e eletrocussão; Manter a qualidade da água a um nível favorável à conservação de habitats, de espécies ou das suas presas; Melhorar a qualidade da água através do tratamento dos efluentes domésticos, agrícolas, pecuários e industriais; Controlar o despejo de efluentes não tratados e focos de poluição difusa, nomeadamente os decorrentes da atividade agrícola e/ou pecuária; Valorizar e promover produtos associados a uma exploração sustentável (agricultura, pastorícia, floresta, explorados em regime extensivo, salinas ou arrozais), compatível com a conservação dos valores a proteger; Promover o ecoturismo através da criação de percursos pedonais e cicláveis devidamente identificados e sinalizados devidamente integrados e enquadrados no meio natural envolvente; Definir os locais, a frequência e duração das visitas, bem como os períodos em que podem ocorrer as atividades relacionadas com a observação de espécies de fauna; Na área do Aproveitamento Hidroagrícola do Vouga, para além das orientações de gestão identificadas, deverão ver-se cumpridas as exigências das boas práticas agrícolas em vigor, complementadas pela monitorização da qualidade da água e a preservação das galerias ripícolas. Ainda relativamente à poluição das águas causada ou induzida por nitratos de origem agrícola, bem como à sua propagação, deve ser dado cumprimento ao programa de ação para a zona vulnerável nº 3, de proteção ao aquífero quaternário de Aveiro Pelo exposto, considera-se que a proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro garante a prossecução dos objetivos da ENCNB. + No âmbito da valorização dos espaços ribeirinhos, está prevista a implementação do projeto da rede integrada de vias cicláveis e parques ribeirinhos - Rede Ciclo Pedonal Municipal, sendo que a partir das infraestruturas criadas se estabelecem condições para dinâmicas de turismo de natureza, com trilhos de interpretação devidamente equipados e + sinalizados, permitindo atividades de sensibilização para a conservação da natureza e de educação ambiental. 114

118 Plano Sectorial da Rede Natura 2000 Plano Nacional da Água Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável AAE da Proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro QRE Objetivos Estratégicos Efeito FCD Biodiversidade e Conservação da Natureza Melhor ambiente e Valorização do Património - Conservação da natureza e da biodiversidade articulada com as políticas sectoriais e de combate à desertificação + Como indicado anteriormente, a proposta de regulamento da revisão do PDM de Oliveira do Bairro, no articulado do seu regulamento relativo às áreas inseridas em Rede Natura define um conjunto de ações, atividades e usos do solo que garantam a conservação da natureza e biodiversidade do Concelho, preconizando este objetivo da ENDS. Proteção, conservação e requalificação dos meios hídricos e dos ecossistemas associados Estabelecer um conjunto de orientações estratégicas para a gestão do território das ZPE e Sítios considerando os valores naturais que nele ocorrem, com vista a garantir a sua conservação a médio e longo prazo Estabelecer o regime de salvaguarda dos recursos e valores naturais das ZPE e Sítios, orientando a uma macroescala a fixação dos usos e o regime de gestão compatíveis com a utilização sustentável do território a efetuar, posteriormente, através da inserção das normas e orientações nos instrumentos de gestão territorial que vinculam diretamente os particulares (planos municipais e planos especiais de ordenamento do território) A proposta de regulamento da revisão do PDM de Oliveira do Bairro determina diversas ações, atividades e usos do solo, de forma a garantir a proteção, conservação e requalificação dos meios hídricos associados, nomeadamente interditando a realização de quaisquer descarga de poluentes nas águas superficiais e/ou subterrâneas bem como a drenagem das zonas húmidas e das áreas que delas se apresentam contíguas. São também promovidas as ações que permitam manter a qualidade da água a um nível favorável à conservação de habitats, de espécies ou das suas presas, recomendado o tratamento dos efluentes domésticos, agrícolas, pecuários e industriais e o controlo de despejo de efluentes não tratados e focos de poluição difusa, nomeadamente os decorrentes da atividade agrícola e/ou pecuária. Como referido nos objetivos relativos à ENCNB, proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro é acompanhada por um Relatório de Conformidade com a Rede Natura 2000 que identifica espécies e habitats relevantes da ZPE e do SIC no concelho, bem como orientações para a sua gestão. Por outro lado, a proposta de regulamento desta revisão de PDM, no domínio relativo à Rede Natura 2000, determina um conjunto vasto de ações a implementar através da execução do Plano (em cumprimento do estabelecido pelo Plano Setorial da Rede Natura 2000 (Resolução do Conselho de Ministros n.º 115-A/2008, de 21 de julho), destacando a necessidade de manter e/ou promover o estado de conservação favorável dos valores naturais de interesse comunitário. 115

119 PGBHVML AAE da Proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro QRE Objetivos Estratégicos Efeito FCD Biodiversidade e Conservação da Natureza Representar cartograficamente, em função dos dados disponíveis, a distribuição dos habitats naturais e semi-naturais e das espécies de flora e fauna, presentes nos Sítios e ZPE Estabelecer diretrizes para o zonamento das áreas em função das respetivas caraterísticas e prioridades de conservação, a definir nos planos de ordenamento que vinculam as entidades privadas, nos quais deverão ser fixados e zonados os usos do território e os regimes de gestão, com vista à utilização sustentável do território Definir as medidas que garantam a valorização e a manutenção num estado de conservação favorável dos habitats e espécies, bem como fornecer a tipologia das restrições do uso do solo, tendo em conta a distribuição dos habitats a proteger Definir, para cada Sítio e ZPE, os projetos a sujeitar a avaliação de impacte ambiental ou a análise de incidências ambientais O Relatório de Conformidade com a Rede Natura, que acompanha o plano, identifica e representa cartograficamente cada uma das espécies e habitats relevantes da ZPE e do SIC do Concelho. O estabelecimento de diretrizes para o zonamento das áreas em função das respetivas caraterísticas e prioridades de conservação deverá ser efetuado no plano de gestão a elaborar o para a ZPE e SIC da Ria de Aveiro, em conjunto com os municípios que partilham o território dessas áreas classificadas. A prossecução deste objetivo do PSRN2000 é garantida pela proposta de regulamento da revisão deste PDM, que define, nos seus artigos 8º e 9º - Rede Natura 2000, ações, atividades e usos do solo combatíveis com a manutenção e promoção do estado de conservação dos valores naturais do Concelho. O n.º4 do artigo 9º - Rede Natura 2000, da proposta de regulamento, determina Nas áreas do concelho integradas na Rede Natura 2000, a Câmara Municipal, ou outra entidade competente, previamente à aprovação e/ou licenciamento de ações planos ou projetos objeto de análise de incidências ambientais, deve promover a realização de uma análise de incidências ambientais pela entidade da tutela com atribuições legais em matéria de Rede Natura A análise de incidências ambientais é concretizada no parecer da referida entidade, devendo para o efeito ser-lhe facultados os elementos e informações exigíveis no âmbito da legislação setorial aplicável Integração dos aspetos ecológicos na definição de critérios de avaliação da qualidade das águas + A proposta de regulamento da revisão do PDM de Oliveira do Bairro, no n.º 2 artigo 9.º - Rede Natura 2000, determina Manter a qualidade da água a um nível favorável à conservação de habitats, de espécies ou das suas presas. 116

120 Polis Litoral da Ria de Aveiro Plano Regional de Ordenamento do Território do Centro AAE da Proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro QRE Objetivos Estratégicos Efeito FCD Biodiversidade e Conservação da Natureza A concretização das opções constantes dos instrumentos de gestão territorial de âmbito nacional, no respeito pelos princípios gerais da coesão, da equidade, da competitividade, da + sustentabilidade dos recursos naturais e da qualificação ambiental, urbanística e paisagística do território. A proteção, valorização e gestão sustentável dos recursos hídricos e florestais O aproveitamento do potencial turístico, dando projeção internacional ao património natural, cultural e paisagístico Identificar a estrutura de proteção e valorização ambiental, integrando as áreas classificadas (incluindo os imperativos decorrentes da Rede Natura 2000) e outras áreas ou corredores ecológicos relevantes do ponto de vista dos recursos, valores e riscos naturais e da estruturação do território. Definir orientações e propor medidas para um adequado ordenamento agrícola e florestal do território, bem como de salvaguarda e valorização da paisagem, das áreas protegidas ou classificadas e de outras áreas ou corredores ecológicos relevantes Proteção e valorização do património natural e paisagístico Estes objetivos do PROT-C podem ser reconhecidos no modelo estratégico de desenvolvimento proposto na revisão do PDM de Oliveira do Bairro. Como referido anteriormente, o município de Oliveira do Bairro a é detentor de um património natural de destaque, sendo objetivo desta proposta de revisão do PDM a dinamização do turismo de natureza, através da valorização e divulgação dos valores naturais. Como referido no relatório de avaliação do PDM em vigor, há potencial natural e oportunidade da sua valorização por via de implementação de projetos estruturantes como a Rede Ciclo Pedonal Municipal. O Relatório refere O Rio Cértima, o Rio Levira, os arrozais nas margens dos cursos de água, a proximidade à Pateira de Fermentelos e alguns sítios com potencialidades paisagísticas, nos quais se podem observar espécies da avifauna protegidas e integradas na Zona de Protecção Especial da Ria de Aveiro (PSRN 2000), associados às condições topográficas favoráveis, possibilitam que Oliveira do Bairro integre redes de acontecimentos e de atividades com interesse para o Turismo Sustentável e forte vertente natural Também no relatório setorial- sistema biofísico é reconhecida a possibilidade de considerar um segmento de aposta no Sector do Turismo de natureza.o Turismo de forte associação com a Natureza. Valorizar sítios, integrar redes de atividades e acontecimentos sob a imagem dos Rios Cértima e Levira e da Pateira de Fermentelos. A Rede Ciclo pedonal pode ser o primeiro projeto de referência. Enquadram-se também aqui questões como o significado da história, da identidade e do poder das tradições e da cultura. Mais uma vez gastronomia e enologia podem e devem assumir um papel relevante O cumprimento deste objetivo será alcançado com a concretização da Estrutura Ecológica Municipal (EEM) proposta nesta revisão do PDM de Oliveira do Bairro, a qual integra um conjunto de áreas, valores e sistemas fundamentais para a proteção ambiental tais como áreas delimitadas pela Rede Natura 2000, áreas afetas ao regime da Reserva Agrícola Nacional, da Reserva Ecológica Nacional e do Regime Florestal e do Domínio Público Hídrico A proposta de regulamento da revisão do PDM de Oliveira do Bairro define diferentes categorias de uso do solo, para as quais determina orientações para um adequado ordenamento. A fundamentação apresentada para salientar a convergência dos instrumentos do quadro de referência estratégico neste quadro analisados, para com a proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro, evidenciam o cuidado que assistiu na elaboração da proposta de plano de forma a garantir a proteção e valorização do património natural e paisagístico presente no concelho. 117

121 A análise do quadro anterior permite verificar que os objetivos estratégicos inerentes à proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro terão uma contribuição positiva para o alcance dos objetivos estratégicos dos instrumentos definidos no QRE, no que diz respeito ao FCD Biodiversidade e Conservação da Natureza. De fato, ao nível dos objetivos estratégicos da proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro constata-se uma relação de convergência com os objetivos propostos nos diversos instrumentos de cariz ambiental definidos no QRE, facto reforçado através do regulamento da proposta do Plano Oportunidades e Ameaças da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro As oportunidades e as ameaças constituem a avaliação da forma como a biodiversidade e conservação da natureza será afetada com a implementação da proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro. Neste contexto, procede-se à identificação das oportunidades e ameaças resultantes dos principais impactes estratégicos, positivos e negativos, relacionados com as ações inerentes à proposta de revisão do referido PDM. Quadro Oportunidades e Ameaças resultantes da execução da proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro no que respeita ao FCD Biodiversidade e Conservação da Natureza Oportunidades Ameaças Manutenção das espécies da avifauna e de outros valores naturais presentes na ZPE Ria de Aveiro em estado favorável de conservação, através da correta aplicação das orientações de gestão definidas pelo PSRN2000 Programa de divulgação e de valorização do património natural e paisagístico enquadrado em Risco de não implementação de um Plano de gestão rotas, percursos e redes de atividades e de para a ZPE e para o SIC Ria de Aveiro acontecimentos Dinâmicas de turismo com forte associação com a exploração da Natureza Valorizar sítios, integrar Degradação do espaço florestal por ausência de planos de gestão da floresta ou da sua integração em Zonas de Intervenção Florestal redes de atividades e acontecimentos sob a imagem dos Rios Cértima e Levira e da Pateira de Fermentelos Integração de Oliveira do Bairro em redes de acontecimentos e de atividades com interesse para o Turismo Sustentável de forte vertente natural 118

122 Diretrizes para Seguimento AAE da Proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro As diretrizes de seguimento constituem orientações ou recomendações que pretendem contribuir para o acompanhamento dos efeitos da proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro, no que respeita à Biodiversidade e Conservação da Natureza. De acordo com o definido no Plano Setorial da Rede Natura 2000 (em conformidade com o estabelecido no âmbito da Resolução do Conselho de Ministros n.º 115-A/2008, de 21 de Julho), considera-se imperioso a adoção das orientações de gestão, consideradas por aquele instrumento de política de conservação da natureza e da biodiversidade, a todas as espécies, grupos de espécies e habitats alvo da sua aplicação na área da sua distribuição/ocorrência (identificada na planta de valores naturais do Relatório de Conformidade com a Rede Natura 2000). Deverão assim ser implementados esforços conjugados, por todas as entidades com competências na gestão territorial em causa e/ou nas matérias específicas em causa, de forma a tornar viável e eficaz a aplicação das diretrizes de seguimento específicas para a área territorial abrangida pela Zona de Proteção Especial para Aves da Ria de Aveiro e do SIC Ria de Aveiro, relativas à distribuição das seguintes espécies, grupos de espécies e habitats: Garça-Vermelha (Ardea purpurea): Condicionar uso de agroquímicos/ adotar técnicas alternativas; Assegurar manutenção de usos agrícolas extensivos; Condicionar intensificação agrícola; Condicionar queimadas; Conservar/ recuperar vegetação dos estratos herbáceo e arbustivo; Assegurar caudal ecológico; Condicionar construção de infraestruturas; Condicionar drenagem; Monitorizar, manter/ melhorar qualidade da água; Monitorizar, manter/ melhorar qualidade da água; Implementar gestão cinegética compatível com conservação de espécie; Ordenar prática de desporto da natureza; Ordenar acessibilidades; Ordenar/regular atividades de observação de espécies da fauna; Recuperar zonas húmidas; Conservar/ recuperar vegetação palustre; Implementar medidas de prevenção de envenenamentos; Controlar níveis de água nas zonas de nidificação; Definir zonas de proteção para espécies/habitat; Informar e sensibilizar; Fiscalizar acessos e circulação de veículos motorizados; Melhorar eficácia da fiscalização sobre a emissão de poluentes; Melhorar eficácia da fiscalização na atividade cinegética; Elaborar/ implementar Plano de Ação para a espécie; Reforçar fiscalização sobre deposição ilegal de lixos e entulhos; Reforçar vigilância sobre perturbação humana; Adotar outras orientações de gestão indicadas no relatório de conformidade com a Rede Natura Garçote (Ixobrychus minutus): Condicionar uso de agroquímicos/ adotar técnicas alternativas; Condicionar expansão do uso agrícola; Assegurar manutenção de usos agrícolas extensivos; Condicionar intensificação agrícola; Condicionar 119

123 queimadas; Condicionar construção de infraestruturas; Condicionar intervenções nas margens e leito de linhas de água; Condicionar drenagem; Monitorizar, manter/ melhorar qualidade da água; Monitorizar, manter/ melhorar qualidade da água; Implementar gestão cinegética compatível com conservação de espécie; Ordenar prática de desporto da natureza; Ordenar acessibilidades; Interditar circulação de viaturas fora dos caminhos estabelecidos; Ordenar/regular atividades de observação de espécies da fauna; Recuperar zonas húmidas; Conservar/ recuperar vegetação ribeirinha autóctone; Conservar/ recuperar vegetação palustre; Definir zonas de proteção para espécies/habitat; Informar e sensibilizar; Fiscalizar acessos e circulação de veículos motorizados; Melhorar eficácia da fiscalização sobre a emissão de poluentes; Melhorar eficácia da fiscalização na atividade cinegética; Reforçar vigilância sobre perturbação humana; Adotar outras orientações de gestão indicadas no relatório de conformidade com a Rede Natura Milhafre-preto (Milvus migrans) Condicionar uso de agroquímicos/ adotar técnicas alternativas; Promover cerealicultura extensiva; Adotar práticas de pastoreio específicas; Assegurar manutenção de usos agrícolas extensivos; Conservar/ promover sebes, bosquetes e arbustos; Conservar/ recuperar povoamentos florestais autóctones; Conservar/ recuperar vegetação ribeirinha autóctone; Manter árvores mortas ou árvores velhas com cavidades; Condicionar construção de infraestruturas; Monitorizar, manter/ melhorar qualidade da água; Monitorizar, manter/ melhorar qualidade da água; Implementar gestão cinegética compatível com conservação de espécie; Ordenar prática de desporto da natureza; Ordenar acessibilidades; Interditar circulação de viaturas fora dos caminhos estabelecidos; Recuperar zonas húmidas; Conservar/ recuperar vegetação palustre; Manter/ recuperar habitats contíguos; Implementar medidas de prevenção de envenenamentos; Informar e sensibilizar; Fiscalizar acessos e circulação de veículos motorizados; Melhorar eficácia da fiscalização na atividade cinegética; Reforçar vigilância sobre perturbação humana; Adotar outras orientações de gestão indicadas no relatório de conformidade com a Rede Natura Grupo de passeriformes migradores de caniçais e galerias ripícolas: Condicionar uso de agroquímicos/ adotar técnicas alternativas; Promover cerealicultura extensiva; Condicionar expansão do uso agrícola; Assegurar manutenção de usos agrícolas extensivos; Conservar/ promover sebes, bosquetes e arbustos; Conservar/ recuperar vegetação ribeirinha autóctone; Condicionar construção de infraestruturas; Apoiar tecnicamente o alargamento de estradas e a limpeza de taludes; Recuperar zonas húmidas; Conservar/ recuperar vegetação palustre; Informar e sensibilizar; Reforçar vigilância sobre perturbação humana; Adotar outras orientações de gestão indicadas no relatório de conformidade com a Rede Natura

124 Grupo de passeriformes migradores de matos e bosques: Condicionar uso de agroquímicos/ adotar técnicas alternativas; Condicionar intensificação agrícola; Conservar/ promover sebes, bosquetes e arbustos; Conservar/ recuperar vegetação dos estratos herbáceo e arbustivo; Promover regeneração natural; Condicionar construção de infraestruturas; Manter/ recuperar habitats contíguos; Informar e sensibilizar; Reforçar vigilância sobre perturbação humana; Adotar outras orientações de gestão indicadas no relatório de conformidade com a Rede Natura Habitat Florestas aluviais de Alnus glutinosa e Fraxinus excelsior (Alno-Padion, Alnion incanae, Salicion albae : Condicionamento das práticas de limpeza das margens dos cursos de água em áreas ocupadas pelo habitat; Contratualização orientada para a gestão ativa dos amiais antropizados, reduzidos a uma estreita linha de árvores, com a remoção cíclica, por talhadia, das árvores com sintomas de podridão ou vergadas pelo peso da copa; utilização de estacas colhidas em árvores locais, para a restauração ativa de amiais degradados; Restabelecimento das catenas florestais; Manutenção da dinâmica natural dos amiais, se não existirem interesses económicos na sua vizinhança; Manutenção de habitats associados (lameiros, juncais, prados); Condicionamento à construção de aproveitamentos hidráulicos; Adotar outras orientações de gestão para o habitat 91E0 indicadas no relatório de conformidade com a Rede Natura Habitat natural: Cursos de água mediterrânicos permanentes da Paspalo-Agrostidion com cortinas arbóreas ribeirinhas de Salix e Populus alba : Redução da carga poluente de linhas de água interiores, sobretudo através do reforço de tratamento de efluentes domésticos e agropecuários e da adoção de boas práticas agrícolas, designadamente quanto à utilização de fertilizantes; Manutenção de práticas agrícolas e pastoris extensivas; Condicionar as intervenções de correção torrencial; Adotar outras orientações de gestão para o habitat 3280 indicadas no relatório de conformidade com a Rede Natura Espécies de peixes dulciaquícolas com interesse para a conservação da natureza, com ocorrência no Concelho Barbo (Barbus bocagei) Redução da poluição através do controlo das descargas efluentes e tratamento dos mesmos; Construção de passagem para peixes adequadas às espécies; Controlar as espécies exóticas. 121

125 Ruivaco (Achondrostoma oligolepis) Proteção dos habitats prioritários para esta espécie; Monitorizar a qualidade da água; Criação de uma época de defeso; Promover estudos das populações; Educação ambiental de forma a valorizar esta espécie. Boga (Pseudochondrostoma duriense) Redução da poluição através do controlo das descargas efluentes e tratamento dos mesmos; Impedir a artificialização dos cursos de água; Condicionar a captação de água, através de medidas legais e de fiscalização, nas zonas de reprodução, alimentação e abrigo de juvenis da espécie e durante os meses de menor escoamento; Assegurar o caudal dos cursos de água adequado às necessidades ecológicas da espécie e que respeite as variações naturais dos regimes hidrológicos; Controlar as espécies exóticas; Promover estudos das populações; Educação ambiental de forma a valorizar esta espécie; Controlo e tratamento de efluentes de forma a reduzir a poluição; Corrigir os impactos decorrentes das obras hidráulicas; Não licenciar concessões de rega quando o nível das águas for muito baixo; Sugestão para o aumento do tamanho mínimo de captura para 21.5 cm; Corrigir o impacto das extrações de inertes; Controlar a evolução das populações das espécies exóticas; Proteger as zonas húmidas e ribeirinhas. Escalo (Squalius carolitertii) Controlar as espécies exóticas; Corrigir os impactos derivados das obras hidráulicas, nomeadamente a construção de passagens para peixes; Não dar concessões de rega quando o nível das águas for muito baixo; Reduzir a poluição através do tratamento dos efluentes urbanos e agrícolas; Corrigir o impacto das extrações de inertes; Controlar a evolução das populações das espécies exóticas. Verdemã (Cobitis paludica) Controlar as espécies exóticas; Criação ou extensão das reservas naturais; Produção de legislação específica; Reabilitação de habitats degradados; Proibição da espécie para ser usada para isco vivo; Minimização dos impactos das obras hidráulicas; Manutenção de um caudal mínimo; Produção de espécimens em cativeiro para realizar programa de transferências e repovoamentos levando à reconeção de populações fragmentadas. Esgana-gata (Gasterosteus gymnurus) Controlar as espécies exóticas; Corrigir os impactos decorrentes das obras hidráulicas; Não dar concessões de rega quando o nível das águas for muito baixo; - Reduzir a poluição através do tratamento dos efluentes urbanos e agrícolas; Corrigir o impacto das extrações de inertes; Proteger as zonas húmidas e ribeirinhas. Peixe-rei (Atherina boyeri) Controlar as espécies exóticas; Corrigir os impactos decorrentes das obras hidráulicas. 122

126 Espécies de peixes migradores anádromos com interesse para a conservação da natureza, com ocorrência Concelho Lampreia-marinha (Petromyzon marinus) - Interditar a extração de inertes em qualquer época do ano nos locais conhecidos e/ou com grande probabilidade de coincidirem com áreas de reprodução. Nos locais em que se venha a autorizar a extração, esta deverá ser efetuada fora das épocas de migração e desova (março a julho), na medida em que esta atividade alterará as condições a jusante. - Não destruir a vegetação marginal nem o equilíbrio hidrológico do curso de água aquando das intervenções. - Evitar a afetação de troços com uma vegetação ripícola bem desenvolvida e das duas margens em simultâneo. - Prever a recuperação das áreas intervencionadas logo após desativação da exploração e/ou paralelamente à evolução destas orientações. - Manter ou melhorar (consoante as áreas em causa) a qualidade da água a um nível favorável à conservação da espécie (não existindo informação específica relativa aos limites dos vários parâmetros físico-químicos da água tolerados pela espécie, poderão considerar-se como valores de referência os limites previstos nas Normas de qualidade aplicáveis às águas piscícolas, mais concretamente às águas de ciprinídeos, de acordo com o disposto no Decreto-Lei nº 236/98, de 1 de agosto). - Restringir o uso de agroquímicos, adotando técnicas alternativas, como a proteção integrada e outros métodos biológicos, em áreas contíguas ao habitat da espécie. - Melhorar a eficácia de fiscalização sobre a emissão de efluentes, garantindo o cumprimento da legislação. - Monitorizar a qualidade da água, articulando com outras monitorizações já existentes. - Condicionar a regularização dos sistemas hídricos em áreas de ocorrência da espécie, promovendo a renaturalização das margens nas zonas mais sensíveis para a conservação da espécie. - Condicionar a captação de água, através de medidas legais e de fiscalização, nas zonas de reprodução, alimentação e abrigo de larvas e juvenis da espécie e durante os meses de menor escoamento (variável de ano para ano, de acordo com as condições hidrológicas). - Condicionar operações de transvase das bacias hidrográficas onde a espécie ocorra. - Proteger as margens das linhas de água, promovendo a conservação e/ou recuperação da vegetação ribeirinha autóctone, sem prejuízo das limpezas necessárias ao adequado escoamento. Remover espécies vegetais exóticas. 123

127 - Orientar os trabalhos de consolidação das margens, limpeza do leito e corte de vegetação marginal na perspetiva da manutenção das condições ecológicas, da promoção da infiltração e da prevenção de incêndios, devendo estas últimas preocupações estender-se a toda a área de drenagem. - Melhorar a eficiência de transposição de barragens e açudes já construídos, através da colocação de passagens adequadas para peixes (ou aumento da eficácia das já existentes). Em situações pontuais, localizadas em zonas de importância vital para a conservação da espécie, poderá mesmo justificar-se a eliminação de alguns açudes ou barragens, de modo a assegurar a migração. - Condicionar a construção de novas barragens e açudes, recorrendo a outras alternativas tais como a exploração de aquíferos. Nos casos em que a sua construção seja imprescindível, deverá optar-se por soluções que induzam uma menor alteração dos habitats naturais nomeadamente através da redução das dimensões dos diques e respetivas albufeiras, da implementação de sistemas de passagem para a fauna diminuindo, assim, a possibilidade de ocorrência de isolamentos populacionais. - Ter em atenção as áreas de distribuição da espécie quando da elaboração dos estudos de impacto ambiental. - Fiscalizar o cumprimento das medidas de minimização e compensação previstas nas avaliações de EIA. - Condicionar a pesca em determinados locais e épocas do ano. Rever a legislação, de forma a adaptá-la às necessidades da espécie, nomeadamente no que respeita a quantitativos máximos e dimensões mínimas de captura, métodos de pesca e períodos de defeso. - Promover estudos sobre a espécie: efetivo populacional; biologia e ecologia, com a determinação dos locais essenciais para a conservação da espécie, como por exemplo as áreas de reprodução, estado do habitat, ameaças, medidas de conservação. Monitorização da tendência populacional e avaliação do sucesso das intervenções efetuadas para recuperação da espécie. - Informar e sensibilizar o público para a importância da espécie bem como da conservação do seu habitat. - Desenvolver campanhas de sensibilização e educação ambiental para diferentes grupos-alvo, nomeadamente pescadores profissionais, desportivos e público em geral. Savelha (Alosa fallax) - Interditar a extração de inertes em qualquer época do ano nos locais conhecidos e/ou com grande probabilidade de coincidirem com áreas de reprodução. Nos locais em que se venha a autorizar a extração, esta deverá ser efetuada fora das épocas de migração e desova (março a julho), na medida em que esta atividade alterará as condições a jusante. - Não destruir a vegetação marginal nem o equilíbrio hidrológico do curso de água aquando das intervenções. 124

128 - Evitar a afetação de troços com uma vegetação ripícola bem desenvolvida e das duas margens em simultâneo. - Prever a recuperação das áreas intervencionadas logo após desativação da exploração e/ou paralelamente à evolução destas orientações. - Manter ou melhorar (consoante as áreas em causa) a qualidade da água a um nível favorável à conservação da espécie (não existindo informação específica relativa aos limites dos vários parâmetros físico-químicos da água tolerados pela espécie, poderão considerar-se como valores de referência os limites previstos nas Normas de qualidade aplicáveis às águas piscícolas, mais concretamente às águas de ciprinídeos, de acordo com o disposto no Decreto-Lei nº 236/98, de 1 de agosto). - Restringir o uso de agroquímicos, adotando técnicas alternativas, como a proteção integrada e outros métodos biológicos, em áreas contíguas ao habitat da espécie. - Melhorar a eficácia de fiscalização sobre a emissão de efluentes, garantindo o cumprimento da legislação. - Monitorizar a qualidade da água, articulando com outras monitorizações já existentes. - Condicionar a regularização dos sistemas hídricos em áreas de ocorrência da espécie, promovendo a renaturalização das margens nas zonas mais sensíveis para a conservação da espécie. - Assegurar o caudal dos cursos de água adequado às necessidades ecológicas da espécie e que respeite as variações naturais dos regimes hidrológicos. - Condicionar a captação de água, através de medidas legais e de fiscalização, nas zonas de reprodução, alimentação e abrigo de larvas e juvenis da espécie e durante os meses de menor escoamento (variável de ano para ano, de acordo com as condições hidrológicas). - Condicionar operações de transvase das bacias hidrográficas onde a espécie ocorra. - Proteger as margens das linhas de água, promovendo a conservação e/ou recuperação da vegetação ribeirinha autóctone, sem prejuízo das limpezas necessárias ao adequado escoamento. Remover espécies vegetais exóticas. - Orientar os trabalhos de consolidação das margens, limpeza do leito e corte de vegetação marginal na perspetiva da manutenção das condições ecológicas, da promoção da infiltração e da prevenção de incêndios, devendo estas últimas preocupações estender-se a toda a área de drenagem. - Melhorar a eficiência de transposição de barragens e açudes já construídos, através da colocação de passagens adequadas para peixes (ou aumento da eficácia das já existentes). Em situações pontuais, localizadas em zonas de importância vital para a conservação da espécie, poderá mesmo justificar-se a eliminação de alguns açudes ou barragens, de modo a assegurar a migração. 125

129 - Condicionar a construção de novas barragens e açudes, recorrendo a outras alternativas tais como a exploração de aquíferos. Nos casos em que a sua construção seja imprescindível, deverá optar-se por soluções que induzam uma menor alteração dos habitats naturais nomeadamente através da redução das dimensões dos diques e respetivas albufeiras, da implementação de sistemas de passagem para a fauna diminuindo, assim, a possibilidade de ocorrência de isolamentos populacionais. - Ter em atenção as áreas de distribuição da espécie quando da elaboração dos estudos de impacto ambiental. - Fiscalizar o cumprimento das medidas de minimização e compensação previstas nas avaliações de EIA. - Condicionar a pesca em determinados locais e épocas do ano. Rever a legislação, de forma a adaptá-la às necessidades da espécie, nomeadamente no que respeita a quantitativos máximos e dimensões mínimas de captura, métodos de pesca e períodos de defeso. - Promover estudos sobre a espécie: efetivo populacional; biologia e ecologia, com a determinação dos locais essenciais para a conservação da espécie, como por exemplo as áreas de reprodução, estado do habitat, ameaças, medidas de conservação. Monitorização da tendência populacional e avaliação do sucesso das intervenções efetuadas para recuperação da espécie. - Informar e sensibilizar o público para a importância da espécie bem como da conservação do seu habitat. - Desenvolver campanhas de sensibilização e educação ambiental para diferentes grupos-alvo, nomeadamente pescadores profissionais, desportivos e público em geral. Sável (Alosa alosa) - Interditar a extração de inertes em qualquer época do ano nos locais conhecidos e/ou com grande probabilidade de coincidirem com áreas de reprodução. Nos locais em que se venha a autorizar a extração, esta deverá ser efetuada fora das épocas de migração e desova (março a julho), na medida em que esta atividade alterará as condições a jusante. - Não destruir a vegetação marginal nem o equilíbrio hidrológico do curso de água aquando das intervenções. - Evitar a afetação de troços com uma vegetação ripícola bem desenvolvida e das duas margens em simultâneo. - Prever a recuperação das áreas intervencionadas logo após desativação da exploração e/ou paralelamente à evolução destas orientações. - Manter ou melhorar (consoante as áreas em causa) a qualidade da água a um nível favorável à conservação da espécie (não existindo informação específica relativa aos limites dos vários parâmetros físico-químicos da água tolerados pela espécie, poderão considerar-se como valores de referência os 126

130 limites previstos nas Normas de qualidade aplicáveis às águas piscícolas, mais concretamente às águas de ciprinídeos, de acordo com o disposto no Decreto-Lei nº 236/98, de 1 de agosto). - Restringir o uso de agroquímicos, adotando técnicas alternativas, como a proteção integrada e outros métodos biológicos, em áreas contíguas ao habitat da espécie. - Melhorar a eficácia de fiscalização sobre a emissão de efluentes, garantindo o cumprimento da legislação. - Monitorizar a qualidade da água, articulando com outras monitorizações já existentes. - Condicionar a regularização dos sistemas hídricos em áreas de ocorrência da espécie, promovendo a renaturalização das margens nas zonas mais sensíveis para a conservação da espécie. - Assegurar o caudal dos cursos de água adequado às necessidades ecológicas da espécie e que respeite as variações naturais dos regimes hidrológicos. - Condicionar a captação de água, através de medidas legais e de fiscalização, nas zonas de reprodução, alimentação e abrigo de larvas e juvenis da espécie e durante os meses de menor escoamento (variável de ano para ano, de acordo com as condições hidrológicas). - Condicionar operações de transvase das bacias hidrográficas onde a espécie ocorra. - Proteger as margens das linhas de água, promovendo a conservação e/ou recuperação da vegetação ribeirinha autóctone, sem prejuízo das limpezas necessárias ao adequado escoamento. Remover espécies vegetais exóticas. - Orientar os trabalhos de consolidação das margens, limpeza do leito e corte de vegetação marginal na perspetiva da manutenção das condições ecológicas, da promoção da infiltração e da prevenção de incêndios, devendo estas últimas preocupações estender-se a toda a área de drenagem. - Melhorar a eficiência de transposição de barragens e açudes já construídos, através da colocação de passagens adequadas para peixes (ou aumento da eficácia das já existentes). Em situações pontuais, localizadas em zonas de importância vital para a conservação da espécie, poderá mesmo justificar-se a eliminação de alguns açudes ou barragens, de modo a assegurar a migração. - Condicionar a construção de novas barragens e açudes, recorrendo a outras alternativas tais como a exploração de aquíferos. Nos casos em que a sua construção seja imprescindível, deverá optar-se por soluções que induzam uma menor alteração dos habitats naturais nomeadamente através da redução das dimensões dos diques e respetivas albufeiras, da implementação de sistemas de passagem para a fauna diminuindo, assim, a possibilidade de ocorrência de isolamentos populacionais. - Ter em atenção as áreas de distribuição da espécie quando da elaboração dos estudos de impacto ambiental. - Fiscalizar o cumprimento das medidas de minimização e compensação previstas nas avaliações de EIA. 127

131 - Melhorar a eficácia de fiscalização da pesca. Reforçar os meios humanos, nomeadamente através do estabelecimento de parcerias entre DGPA, DGRF, GNR e ICNF, em especial no interior de Áreas Classificadas. - Condicionar a pesca em determinados locais e épocas do ano. Rever a legislação, de forma a adaptá-la às necessidades da espécie, nomeadamente no que respeita a quantitativos máximos e dimensões mínimas de captura, métodos de pesca e períodos de defeso. - Promover estudos sobre a espécie: efetivo populacional; biologia e ecologia, com a determinação dos locais essenciais para a conservação da espécie, como por exemplo as áreas de reprodução, estado do habitat, ameaças, medidas de conservação. Monitorização da tendência populacional e avaliação do sucesso das intervenções efetuadas para recuperação da espécie. - Informar e sensibilizar o público para a importância da espécie bem como da conservação do seu habitat. - Desenvolver campanhas de sensibilização e educação ambiental para diferentes grupos-alvo, nomeadamente pescadores profissionais, desportivos e público em geral. lampreia-de-riacho (Lampetra planeri) - Interditar a extração de inertes em qualquer época do ano nos locais conhecidos e/ou com grande probabilidade de coincidirem com áreas de reprodução. Nos locais em que se venha a autorizar a extração, esta deverá ser efetuada fora das épocas de migração e desova (março a julho), na medida em que esta atividade alterará as condições a jusante. - Não destruir a vegetação marginal nem o equilíbrio hidrológico do curso de água aquando das intervenções. - Evitar a afetação de troços com uma vegetação ripícola bem desenvolvida e das duas margens em simultâneo. - Prever a recuperação das áreas intervencionadas logo após desativação da exploração e/ou paralelamente à evolução destas orientações. - Manter ou melhorar (consoante as áreas em causa) a qualidade da água a um nível favorável à conservação da espécie (não existindo informação específica relativa aos limites dos vários parâmetros físico-químicos da água tolerados pela espécie, poderão considerar-se como valores de referência os limites previstos nas Normas de qualidade aplicáveis às águas piscícolas, mais concretamente às águas de ciprinídeos, de acordo com o disposto no Decreto-Lei nº 236/98, de 1 de agosto). - Restringir o uso de agroquímicos, adotando técnicas alternativas, como a proteção integrada e outros métodos biológicos, em áreas contíguas ao habitat da espécie. 128

132 - Melhorar a eficácia de fiscalização sobre a emissão de efluentes, garantindo o cumprimento da legislação. - Monitorizar a qualidade da água, articulando com outras monitorizações já existentes. - Condicionar a regularização dos sistemas hídricos em áreas de ocorrência da espécie, promovendo a renaturalização das margens nas zonas mais sensíveis para a conservação da espécie. - Assegurar o caudal dos cursos de água adequado às necessidades ecológicas da espécie e que respeite as variações naturais dos regimes hidrológicos. - Condicionar a captação de água, através de medidas legais e de fiscalização, nas zonas de reprodução, alimentação e abrigo de larvas e juvenis da espécie e durante os meses de menor escoamento (variável de ano para ano, de acordo com as condições hidrológicas). - Condicionar operações de transvase das bacias hidrográficas onde a espécie ocorra. - Proteger as margens das linhas de água, promovendo a conservação e/ou recuperação da vegetação ribeirinha autóctone, sem prejuízo das limpezas necessárias ao adequado escoamento. Remover espécies vegetais exóticas. - Orientar os trabalhos de consolidação das margens, limpeza do leito e corte de vegetação marginal na perspetiva da manutenção das condições ecológicas, da promoção da infiltração e da prevenção de incêndios, devendo estas últimas preocupações estender-se a toda a área de drenagem. - Melhorar a eficiência de transposição de barragens e açudes já construídos, através da colocação de passagens adequadas para peixes (ou aumento da eficácia das já existentes). Em situações pontuais, localizadas em zonas de importância vital para a conservação da espécie, poderá mesmo justificar-se a eliminação de alguns açudes ou barragens, de modo a assegurar a migração. - Condicionar a construção de novas barragens e açudes, recorrendo a outras alternativas tais como a exploração de aquíferos. Nos casos em que a sua construção seja imprescindível, deverá optar-se por soluções que induzam uma menor alteração dos habitats naturais nomeadamente através da redução das dimensões dos diques e respetivas albufeiras, da implementação de sistemas de passagem para a fauna diminuindo, assim, a possibilidade de ocorrência de isolamentos populacionais. - Ter em atenção as áreas de distribuição da espécie quando da elaboração dos estudos de impacto ambiental. - Fiscalizar o cumprimento das medidas de minimização e compensação previstas nas avaliações de EIA. - Condicionar a pesca em determinados locais e épocas do ano. Rever a legislação, de forma a adaptá-la às necessidades da espécie, nomeadamente no que respeita a quantitativos máximos e dimensões mínimas de captura, métodos de pesca e períodos de defeso. 129

133 - Promover estudos sobre a espécie: efetivo populacional; biologia e ecologia, com a determinação dos locais essenciais para a conservação da espécie, como por exemplo as áreas de reprodução, estado do habitat, ameaças, medidas de conservação. Monitorização da tendência populacional e avaliação do sucesso das intervenções efetuadas para recuperação da espécie. - Informar e sensibilizar o público para a importância da espécie bem como da conservação do seu habitat. - Desenvolver campanhas de sensibilização e educação ambiental para diferentes grupos-alvo, nomeadamente pescadores profissionais, desportivos e público em geral. Importa ainda salientar a importância de: Implementar um Plano de gestão para a ZPE e para o SIC Ria de Aveiro Promover a valorização e a divulgação do património natural e paisagístico de Oliveira do Bairro Potenciar Dinâmicas de Turismo da Natureza Integrar Oliveira do Bairro em redes de acontecimentos e de atividades com interesse para o Turismo Sustentável de forte vertente natural FATOR CRÍTICO PARA A DECISÃO - QUALIDADE AMBIENTAL Descrição do Fator Crítico para a Decisão e seus Objetivos A qualidade ambiental contribui decisivamente para a valorização territorial e através desta para o crescimento económico e competitividade (Resolução do Conselho de Ministros n.º 109/2007, de 20 de Agosto 11 ), constituindo um fator importante para a saúde pública, qualidade de vida da população humana e para o equilíbrio dos ecossistemas. Quando os critérios de qualidade ambiental são desde cedo introduzidos como desígnios a garantir através dos Instrumentos de Ordenamento do Território contribuise para o desenvolvimento sustentável e o alcance de elevados níveis de competitividade. Reconhecendo-se que a proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro preconiza ações que envolvem direta e indiretamente questões determinantes para a qualidade ambiental, procedese no âmbito da avaliação do presente FCD à sua análise, contextualizada por uma caraterização da situação atual da área sob influência do Plano, de forma a que, antecipadamente, e se necessário, 11 Aprova a Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável 130

134 possam ser projetadas intervenções mitigadoras ou planeadas medidas corretivas para as ações que eventualmente congreguem potenciais impactes ambientais negativos. Neste âmbito, as questões que se anteveem como relevantes, ao nível deste FCD, são a gestão de resíduos, a salvaguarda da qualidade dos recursos hídricos e da qualidade do ar, a prevenção da poluição sonora e o uso eficiente de energia. A necessidade de assegurar uma gestão adequada de resíduos e minimizar a sua produção contribuiu para a definição do domínio Resíduos. Atendendo à necessidade de ter em conta as recomendações inscritas em documentos referenciais de política ambiental, foi considerado como objetivo de sustentabilidade a promoção de uma política adequada de gestão de resíduos. A análise de um domínio relacionado com a Água surge pela necessidade de salvaguardar o bom estado dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos. Por outro lado, a água, enquanto recurso indispensável à maioria das atividades económicas, apresenta uma influência direta na saúde humana e na qualidade de vida das populações, nomeadamente ao nível dos sistemas de abastecimento de água, de drenagem e tratamento de águas residuais. De forma a tornar mais sustentável o setor, deverá ainda ser garantida uma elevada eficiência do seu uso. Neste sentido, consideraram-se como principais objetivos de sustentabilidade a proteção e conservação dos recursos hídricos, a promoção de um consumo eficiente e racional do recurso água e a satisfação das necessidades das populações ao nível das infra-estruturas básicas, assegurando os serviços de abastecimento de água e de drenagem e de tratamento de águas residuais com elevado nível de qualidade. Os municípios detêm responsabilidades ao nível da prevenção do ruído e controlo da poluição sonora, com vista à salvaguarda da saúde humana e bem-estar das populações. Neste âmbito, o domínio de avaliação relacionado com o Ruído foi considerado relevante para a presente análise tendo sido para tal definido como objetivo de sustentabilidade Assegurar a emissão de níveis de ruído que não perturbem a saúde humana e o bem-estar das populações. A Qualidade do Ar é o termo que se usa, normalmente, para traduzir o grau de poluição no ar que respiramos ( A poluição atmosférica origina um conjunto de impactes ao nível da degradação da qualidade do ar, danos ao nível da saúde humana (ao nível do sistema respiratório e cardiovascular) e do equilíbrio dos ecossistemas, entre outros. Neste contexto, pela sua importância na salvaguarda da melhoria da qualidade de vida das populações foi considerado o domínio de avaliação Ar. Por forma a avaliar e reduzir os efeitos neste domínio serão definidos como objetivos de sustentabilidade a gestão adequada da qualidade do ar bem como a redução dos seus níveis de poluição e ainda, quando for aplicável, a redução dos gases com efeito de estufa e o aumento na oferta de modos de transporte sustentáveis e alternativos. 131

135 A crescente perceção do problema das alterações climáticas e de outras exigências ambientais permitiram evidenciar a necessidade de Portugal tornar o seu consumo energético mais eficiente e racional, principalmente no que diz respeito ao consumo direto de fontes de energia não renovável (petróleo). Neste contexto foi considerado importante incorporar o domínio de avaliação Energia, considerando-se relevante o estabelecimento de objetivos de sustentabilidade que pretendam promover o aumento da eficiência energética bem como a racionalização na utilização da energia, salientando-se a importância da utilização de fontes renováveis na produção de energia como fator a contribuir para a redução da dependência energética. O Quadro apresenta os domínios de avaliação definidos para o FCD Qualidade Ambiental, e associa-lhes os objetivos de sustentabilidade que se pretendem atingir. Quadro Domínios de avaliação e respetivos objetivos de sustentabilidade definidos para o FCD Qualidade Ambiental Domínio Objetivos de Sustentabilidade Resíduos - Promover uma política adequada de gestão de resíduos Água - Garantir a proteção e conservação dos recursos hídricos - Garantir serviços adequados de abastecimento de água para consumo humano* - Promover um consumo eficiente e racional do recurso água - Garantir serviços adequados de drenagem e de tratamento de águas residuais* - Promover uma gestão eficiente das águas pluviais e residuais* Ruído - Assegurar a emissão de níveis de ruído que não perturbem a saúde humana e o bem-estar das populações Ar Energia - Assegurar uma gestão adequada da qualidade do ar que salvaguarde a saúde pública - Contribuir para a redução da poluição atmosférica - Contribuir para a diminuição das emissões de gases com efeito de estufa - Aumentar a oferta de modos de transporte sustentáveis e alternativos - Promover o aumento da eficiência energética - Utilização racional de energia - Promover a utilização de fontes de energia renovável (nomeadamente energias solar e térmica) * Todas as questões relacionadas com os sistemas de abastecimento de água para consumo humano, drenagem e tratamento de águas residuais são, atualmente (e nos próximos 50 anos), da responsabilidade maioritária da AdRA Águas da Região de Aveiro SA, sendo que a CM detém competência de atuação em algumas matérias. De forma a auxiliar o nível de pormenorização da análise que se pretende efetuar sobre o FCD - Qualidade Ambiental, identificaram-se para os domínios de avaliação, os respetivos critérios de avaliação e indicadores (Quadro ). 132

136 Qualidade Ambiental AAE da Proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro Quadro Domínios de avaliação, critérios de avaliação, principais indicadores associados ao FCD - Qualidade Ambiental e âmbito territorial definido FCD Domínio Critérios de Avaliação Indicadores Unidade Fonte Resíduos Água Ruído Destino final dos resíduos produzidos Poluição da água/contaminação dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos Infra-estruturação ao nível do abastecimento de água Cumprimento dos padrões de qualidade da água para abastecimento público Infra-estruturação ao nível da drenagem e tratamento de águas residuais Gestão eficiente das águas residuais Uso eficiente da água Poluição sonora Produção de resíduos sólidos urbanos Ton/hab Município Valorização de resíduos sólidos urbanos % INE Sistemas de recolha seletiva N.º Município Ações de educação/sensibilização na área dos resíduos N.º Município Investimento municipal ao nível da gestão de resíduos Qualidade da água superficial Qualidade da água subterrânea Investimento municipal ao nível da preservação dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos N.º de análises com valores superiores aos máximos admitidos para rega INE / Município APA APA INE/ Município Consumo de água m 3 INE AdRA População servida por sistemas de abastecimento de água para consumo % INE / AdRA Análises realizadas à água tratada cujos resultados estejam de acordo com a legislação População servida por sistema de drenagem e tratamento de águas residuais % AdRA % INE / AdRA Investimento municipal ao nível da gestão das águas residuais INE / AdRA Águas pluviais afluentes aos sistemas de drenagem de águas residuais % AdRA Percentagem de água (residual tratada, bruta e de consumo humano) usada na rega 1 % AdRA Perdas no sistema de abastecimento % AdRA Intervenções qualitativas de promoção do uso eficiente da água N.º Município População exposta a níveis sonoros superiores aos limites legais N.º Município Reclamações por incomodidade sonora 1 N.º Município Planos de redução de ruído 1 N.º Município 133

137 FCD Domínio Critérios de Avaliação Indicadores Unidade Fonte Investimento ao nível da proteção do ruído INE/ Município Qualidade do ar Classe CCDRC Ar Poluição atmosférica / Contaminação do ar e cumprimento dos requisitos legais Dias com parâmetros de qualidade do ar acima dos limites. N.º CCDRC Número de empresas sujeitas ao Comércio Europeu de Licenças de Emissão Investimento ao nível da proteção da qualidade do ar N.º APA INE/ Município Projetos com adoção de soluções que tenham em vista a mobilidade Mobilidade sustentável N.º Município sustentável Matriz energética Consumo de energia (energia elétrica e gás natural) tep DGEG Eficiência energética Projetos com adoção de soluções de eco-eficiência energética N.º Município Energia Adesão à produção de energia através Produção de energia, a nível local, através de recursos renováveis tep Município de fontes renováveis (nomeadamente energias solar e geotérmica) 1 (INE Instituto Nacional de Estatística; AdRA Águas da Região de Aveiro, DRAPC Direção Regional da Agricultura e Pescas do Centro; CCDRC Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro; APA Agência Portuguesa do Ambiente; DGEG Direção-geral de Energia e Geologia) 1 - Indicador com lacuna de informação analisado na fase de seguimento da implementação da proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro NOTA - Todas as questões relacionadas com os sistemas de abastecimento de água para consumo humano, drenagem e tratamento de águas residuais são, atualmente (e nos próximos 50 anos), da responsabilidade maioritária da AdRA Águas da Região de Aveiro SA, sendo que a CM detém competência de atuação em algumas matérias. 134

138 Situação Existente e Análise de Tendências Neste capítulo pretende-se caracterizar a atual situação ambiental no concelho de Oliveira do Bairro, desenvolvendo-se posteriormente uma análise de tendências relativa a cada um dos indicadores de análise propostos, sem contudo considerar a implementação da proposta de revisão do Plano. SITUAÇÃO EXISTENTE Serão abordados, separadamente, os domínios de avaliação relativos a: Resíduos, Água, Ruído, Ar e Energia, tendo sido desenvolvida uma abordagem assente em cada um dos indicadores considerados ou, em algumas situações, na conjugação de alguns indicadores. Domínio: Resíduos Produção de resíduos sólidos urbanos A produção de resíduos sólidos urbanos (RSU) assume níveis particularmente preocupantes nos países desenvolvidos, onde a melhoria das condições de vida promoveu o aumento do consumo, surgindo a necessidade de promover a valorização dos RSU, em detrimento da sua deposição em aterro. Com base em informação disponível no Sistema de Indicadores de Desenvolvimento Sustentável (SIDS), o principal destino dos resíduos sólidos urbanos, em 2007, foi o aterro, seguindo-se a incineração com recuperação de energia, a valorização orgânica (compostagem e digestão anaeróbia) e a recolha seletiva multimaterial com vista à reciclagem. A responsabilidade pela recolha e transporte de resíduos sólidos urbanos indiferenciados, manutenção, limpeza e desinfeção de contentores no concelho de Oliveira do Bairro é assegurada pela SUMA - Serviços Urbanos e Meio Ambiente, sendo estes resíduos indiferenciados encaminhados para o aterro sanitário de Aveiro (propriedade da ERSUC). A figura seguinte permite constatar o incremento da produção de RSU, de ton para ton, de 2002 para 2010 respetivamente, no entanto, verifica-se uma ligeira diminuição, entre 2010 e 2011, tendo este último ano registado 8840 ton de RSU produzidos no concelho. 135

139 Figura Resíduos sólidos urbanos indiferenciados produzidos no concelho de Oliveira do Bairro, entre 2002 e 2011 (INE, 2013) Valorização de resíduos sólidos urbanos Relativamente à recolha seletiva de resíduos, esta é da responsabilidade da ERSUC Resíduos Sólidos do Centro, SA. Dos resíduos produzidos em 2011 (8.840 ton), cerca de 798 ton (aproximadamente 9%) foram recolhidas de forma seletiva. O quadro seguinte apresenta a quantidade de resíduos sólidos urbanos encaminhados para aterro e para reciclagem, no ano de Quadro Destino e quantidade dos resíduos produzidos no concelho de Oliveira do Bairro, em 2011 (INE, 2013) Destino dos resíduos Quantidade (Toneladas) Aterro 8042 Reciclagem 798 Total 8840 No Quadro apresenta-se a quantidade de resíduos recolhida de forma seletiva, por fileira, no concelho de Oliveira do Bairro, entre 2010 e Quadro Quantidade de resíduos recolhida de forma seletiva no concelho de Oliveira do Bairro, por fileira, entre 2010 e 2011 (INE, 2013) Resíduos recolhidos de forma seletiva Quantidade recolhida (Toneladas) Embalagens de vidro 879, ,800 Embalagens de papel/cartão 208, ,720 Embalagens de plástico e metal 130, ,960 Total 1218, ,

140 De acordo com os dados apresentados anteriormente constata-se uma diminuição ao nível da recolha seletiva do vidro, entre 2010 e Sistemas de recolha seletiva O sistema de recolha seletiva do concelho de Oliveira do Bairro integra 54 ecopontos, os quais se encontram distribuídos por diferentes pontos das freguesias do concelho, verificando-se a existência de 16 ecopontos em Oiã, 17 em Oliveira do Bairro, 6 em Bustos, na Palhaça e no Troviscal e 3 na Mamarrosa. Ao nível da recolha seletiva, o município tem vindo a promover melhoria na recolha de resíduos, com reforço do número de ecopontos e introdução de novos equipamentos. Todas as medidas implementadas relacionadas com os resíduos têm sido acompanhadas por campanhas de sensibilização à população. De facto, o sucesso de uma gestão eficiente dos RSU passa pelo envolvimento e responsabilização dos cidadãos em geral, pelo que as ações de sensibilização e educação ambiental apresentam neste fator um papel indispensável. O concelho de Oliveira do Bairro possui um ecoponto por cada 432 habitantes, valor este satisfatório quando comparado com a meta definida no PERSU, de um ecoponto para cada 500 habitantes. Ações de educação/sensibilização na área dos resíduos O município de Oliveira do Bairro tem vindo a desenvolver ações de educação e sensibilização ambiental, nomeadamente na área dos resíduos, designadamente: A Casa do Ambiente campanha realizada todos os anos, em parceria com a ERSUC, nas escolas do 2º ciclo; Participação na Semana da Prevenção dos Resíduos; Participação no Limpar Portugal; Recolha de pilhas nas escolas e no concelho (no âmbito do projeto EcoPilhas). Por outro lado, em parceria com a SUMA (Serviços Urbanos e Meio Ambiente), a autarquia desenvolve, desde 2001, várias campanhas de sensibilização ambiental, conforme se pode verificar no quadro que se segue. 137

141 Quadro Campanhas de sensibilização ambiental realizadas pela autarquia em parceria com a SUMA Ano Campanhas Alvo Público abrangido Direta Indireta Monstros à solta População em geral /2002 Feira Limpa Feiras e Mercados Este Prato Restaurantes 75 - Mão Cheia População geral /2003 Má Vizinhança População geral Rua bem tratada Mercearias 42 - Caixa Mágica 1º CEB /2004 Kilos a mais 2º e 3º CEB Linha População geral Peixarias Peixarias /2005 Caixa Mágica Todas as escolas do concelho Ecocódigos População geral Lixoteca 3 - "Odisseia na Lixolândia" 2005/2006 Operação STOP Família 1º CEB Caixa Mágica 1º CEB Lixoteca1 - "O Glorioso Percurso da Lixoteca" 1º CEB Operação STOP Cidadania 2006/2007 Caixa Mágica 1ºCEB Eco-Códigos População em geral Lixoteca 2 - "As Maravilhosas viagens à Lixolândia" 1ºCEB (3º e 4º) Caixa Mágica Escolas do 1º Ciclo QI População em geral /2008 Reduzir é ter mais Nada se perde O Lixo tem valor Cidadómetro População geral População em geral Q de Inteligência /2009 Lixoteca 4 - "Viagens Futuristas à Lixolândia" 1º CEB A Rua onde mora População geral /2010 SABIENTAR 1º CEB ECOSCÓPIO 2º CEB SABIENTAR 1ºCEB /2011 Cidadómetro População geral Compras Light Secundário Não compre lixo, evite o desperdício! PG - FIACOBA - - Nada se perde 1ºCEB /2012 Suminhos Pré-escolar REUTILÂNDIA FIACOBA Flor da Sabedoria 1ºCEB /2013 Resultados à vista 2º CEB Medidas de Cidadania Pré-escolar Na Alameda, alargámos horizontes (concepção) População geral - - Respeitar os sinais 1ºCEB /2014 SUMINHOS Pré-escolar Da loja ao lixo Séniores 30 - Totais

142 Investimento municipal ao nível da gestão de resíduos AAE da Proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro Relativamente ao investimento municipal ao nível da gestão de resíduos, a Câmara Municipal de Oliveira do Bairro apresentou um investimento na ordem dos , relativo ao ano O Quadro seguinte mostra a evolução do investimento camarário nesta área, entre 2000 e Quadro Investimento Municipal ao nível da gestão de resíduos, entre 2000 e 2006 (INE, 2013). Ano Investimento Municipal ( ) Domínio: Água No que respeita aos recursos hídricos superficiais o concelho de Oliveira do Bairro insere-se, na sua totalidade, na bacia hidrográfica do rio Vouga. Ao nível da rede hidrográfica, o concelho de Oliveira do Bairro caracteriza-se essencialmente pela presença do Rio Cértima, do Rio Levira e pela Pateira de Fermentelos, elementos estes que fazem parte integrante da Bacia Hidrográfica do rio Vouga. A figura seguinte apresenta a rede hidrográfica do concelho. Figura Rede hidrográfica do concelho de Oliveira do Bairro (Fonte: Relatório do Sistema Biofísico da proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro) 139

143 Qualidade da água superficial de acordo com os fins a que se destina De acordo com informação incluída no SNIRH-INAG, no concelho de Oliveira do Bairro existe uma estação de monitorização, inserida na Rede de Qualidade da Água Superficial, denominada Perrães, localizada no rio Cértima (ou ribeira de Santa Cristina), no concelho de Oliveira do Bairro, na freguesia de Oiã que permite caracterizar qualitativamente os recursos hídricos superficiais. O quadro seguinte apresenta as caraterísticas gerais da estação de monitorização da qualidade da água de Oliveira do Bairro. Quadro Estação de monitorização do Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos, de Oliveira do Bairro (SNIRH, 2013) Código Coordenadas Coordenadas y Bacia Meio Aquático Designação SNIRH x (m) (m) Vouga/Ribeiras Rio Cértima 10G/07 Perrães Costeiras A classificação da qualidade da água foi efetuada com base nos critérios da Classificação dos Cursos de Água Superficiais de Acordo com as suas Caraterísticas de Qualidade para Usos Múltiplos, propostos pela APA. Esta classificação permite a consideração de cinco classes, conforme o quadro seguinte. Quadro Classificação da Qualidade das Águas (SNIRH, 2013) Classe A - Excelente B Boa C Razoável D Má E Muito Má Descrição da qualidade das águas Águas com qualidade equivalente às condições naturais aptas para satisfazer potencialmente as utilizações mais exigentes em termos de qualidade Águas com qualidade ligeiramente inferior à Classe A, mas podendo também satisfazer potencialmente todas as utilizações Águas com qualidade aceitável, suficiente para irrigação, usos industriais e produção de água potável após tratamento rigoroso. Permite a existência de vida piscícola (espécies menos exigentes), mas com reprodução aleatória, apta para recreio sem contacto direto Águas com qualidade medíocre, apenas potencialmente aptas para irrigação, arrefecimento e navegação. A vida piscícola pode subsistir de forma aleatória Águas extremamente poluídas e inadequadas para a maioria dos usos A figura seguinte apresenta o resultado da classificação da qualidade da água na estação de monitorização de Perrães, entre 2005 e 2011 (não existindo dados entre 1995 e 2004), utilizando para o efeito a base de dados do SNIRH. 140

144 Figura Classificação disponível para a estação de monitorização de Oliveira do Bairro, entre 2005 e 2011 (SNIRH, 2013) A análise da figura anterior permite constatar que os últimos dados disponíveis, referentes a 2011, para a estação de monitorização de Perrães, apresentam uma classificação da qualidade da água de Má (Classe E). Esta classe aplica-se a Águas com qualidade medíocre, apenas potencialmente aptas para irrigação, arrefecimento e navegação. A vida piscícola pode subsistir de forma aleatória. A análise da figura anterior permite constatar que a situação é muito semelhante para o ano de 2008, sendo que apenas em 2006 a qualidade da água da estação apresentou uma classificação de Razoável. Importa salientar que em 2008 o parâmetro responsável pela qualidade da água foi o Manganês e em 2011 o parâmetro responsável foi o Azoto Kjeldahl. O quadro seguinte apresenta os parâmetros responsáveis pela qualidade da água superficial, na estação de Perrães, no período compreendido entre 2005 e Quadro Parâmetros responsáveis pela Qualidade da Água, na estação de Perrães, entre 2005 e 2011 (SNIRH, 2013) Ano Parâmetro Responsável 2005 Azoto amoniacal 2006 Azoto amoniacal 2007 Azoto amoniacal 2008 Manganês 2009 Carência química de oxigénio, Manganês, Fósforo P e Oxigénio dissolvido (sat) Azoto Kjeldahl Importa ainda ter em consideração, no concelho de Oliveira do Bairro, os setores de atividade agropecuária e agro-industrial, pelo que se optou por desenvolver uma breve caraterização relativamente a esta matéria. Para isso, foi considerada a informação constante na Estratégia Nacional dos Efluentes Agro-Pecuários e Agro-Industriais (ENEAPAI, 2007). 141

145 O quadro seguinte apresenta uma caraterização geral do concelho de Oliveira do Bairro relativamente a estes dois setores. Quadro Caraterização do concelho de Oliveira do Bairro relativamente aos setores de atividade agropecuária e agro-industrial (Fonte: ENEAPAI, 2007) Setor de Atividade Valor Distribuição do efetivo de bovinos em regime intensivo (n.º) < 2500 animais Distribuição do efetivo de suínos 2000 a 5000 animais Distribuição do efetivo avícola (LGP 12 ) 100 a 500 Matadouros 0 Distribuição da capacidade de produção de azeitona triturada < 100 Distribuição do número de pequenas queijarias < 5 unidades Distribuição da produção total de vinho 1000 a Com base na informação do quadro anterior é possível constatar que, no concelho de Oliveira do Bairro, não existe nenhum setor de atividade agro-pecuária significativo comparado com os restantes concelhos, a nível nacional, não estando definido nenhum Núcleo de Ação Prioritária (NAP) para este concelho. Qualidade da água subterrânea No que respeita aos recursos hídricos subterrâneos, estes apresentam uma elevada importância no abastecimento de água para uso industrial, doméstico e agrícola. Por outro lado estes são fundamentais ao nível do abastecimento de água às populações, da agricultura e da indústria. De acordo com informação presente nos estudos setoriais da proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro, a água para abastecimento dos sistemas do concelho é na sua totalidade de origem subterrânea, sendo o seu sistema de abastecimento constituído por nove zonas de abastecimento (Olho d Água, Seara, Oiã, ZIO, Palhaça, Bustos (2), Serena, Troviscal), as quais correspondem às diferentes captações existentes (oito furos, designadamente Oliveira do Bairro, Serena, Troviscal (2), Bustos, Palhaça; ZIO, Oiã, e dois poços). O concelho de Oliveira do Bairro insere-se na sua totalidade na Unidade Hidrogeológica da Orla Mesocenozóica Ocidental (abreviadamente designada por Orla Ocidental). Ao nível dos sistemas aquíferos, este encontra-se maioritariamente abrangido pelo sistema aquífero Cretácico de Aveiro, sendo que uma franja do lado nascente encontra-se inserida no sistema aquífero Quaternário de Aveiro, e uma franja do lado SE do concelho encontra-se ainda inserido no sistema aquífero Cársico da Bairrada (Figura ). 12 LGP Lugar de Galinha Poedeira 142

146 Figura Sistemas aquíferos no concelho de Oliveira do Bairro (Fonte: Relatório do Sistema Biofísico da proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro). O concelho de Oliveira do Bairro, situado em zona de transição, tem captações em várias formações geológicas. As captações mais profundas captam no Jurássico e no Cretácico, sendo no entanto de produtividades baixas. As mais superficiais captam nos sedimentos associados aos rios, os quais dependem dos caudais fluviais. O furo com maior produtividade apresenta um caudal de ensaio de 36 L/s e os restantes furos existentes não ultrapassam os 10 L/s (PMA, 2006). Tendo como base informação do SNIRH, foram identificadas as captações de água subterrânea que pertencem à Rede de Vigilância da Qualidade das Águas Subterrâneas (Quadro ), existentes no concelho de Oliveira do Bairro. O quadro seguinte apresenta ainda a classificação da qualidade da água subterrânea 13 e o parâmetro responsável por essa mesma classificação. Quadro Captações de água subterrânea existentes no concelho de Oliveira do Bairro, pertencentes à Rede de Vigilância da Qualidade das Águas Subterrâneas (Fonte: SNIRH, 2013) Captação de água Classificação da N.º do Unidade Sistema Aquífero qualidade da água SNIRH Hidrogeológica (2012) Furo Vertical (Oiã) 196/217 Orla Ocidental Cretácico de Aveiro A2 (fenóis e ph) (Ano: 2012) Furo Vertical (Bustos) 196/235 Orla Ocidental Cretácico de Aveiro A2 Oxigénio 13 A Classificação da Qualidade da Água Subterrânea é efetuada de acordo com o Anexo I do Decreto-Lei n.º 236/98 de 1 de Agosto e baseia-se nos parâmetros analíticos determinados pelo programa de monitorização de vigilância operada pela CCDR. A cada categoria corresponde um sistema de tratamento distinto, de forma a tornar as águas aptas para consumo humano (A1 Tratamento físico e desinfecção, A2 Tratamento físico e químico e desinfecção, A3 Tratamento físico, químico, de afinação e desinfecção). 143

147 Captação de água Furo Vertical (Quinta da Morte) N.º do SNIRH Unidade Hidrogeológica Sistema Aquífero 197/1 Orla Ocidental Cársico da Bairrada Classificação da qualidade da água (2012) Dissolvido (Ano: 2009) A3 Oxigénio Dissolvido (Ano: 2012) A análise do quadro anterior permite constatar que o concelho de Oliveira do Bairro apresentou nos últimos anos, uma contaminação das águas subterrâneas por Oxigénio Dissolvido. Tendo como base informação do SNIRH, foram identificadas as captações de água subterrânea que pertencem à Rede de Vigilância de Quantidade das Águas Subterrâneas (Quadro ), existentes no concelho de Oliveira do Bairro. Quadro Captações de água subterrânea existentes no concelho de Oliveira do Bairro, pertencentes à Rede de Quantidade das Águas Subterrâneas (Fonte: SNIRH, 2013) Captação de água N.º do Unidade SNIRH Hidrogeológica Sistema Aquífero Poço 196/100 Orla Ocidental Cretácico de Aveiro Furo vertical 196/213 Orla Ocidental Cretácico de Aveiro Poço 196/105 Orla Ocidental Cretácico de Aveiro Furo vertical 196/136 Orla Ocidental Cretácico de Aveiro Ainda relativamente às águas subterrâneas importa referir que o concelho de Oliveira do Bairro integra uma área muito reduzida localizada a norte do concelho, a Zona Vulnerável 3 Litoral Centro, de acordo com o estipulado na Portaria n.º 164/2010, de 16 de Março. As zonas vulneráveis são entendidas como áreas que drenam para águas poluídas ou susceptíveis de o virem a ser por nitratos de origem agrícola, caso não sejam tomadas medidas tendentes a contrariar esta evolução. Investimento municipal ao nível da preservação dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos De acordo com dados do INE, em 1998 o concelho apresentou uma despesa na ordem dos para proteção e recuperação dos solos, de águas subterrâneas e superficiais e em 1999 apresentou uma despesa de cerca de para o mesmo fim. Consumo de água Relativamente ao consumo de água, verifica-se que este registou um ligeiro aumento ao nível concelhio, de 2006 para 2009, de 42 m 3 /hab para 47 m 3 /hab (INE, 2013), podendo este incremento ser reflexo do 144

148 aumento da densidade populacional que o concelho sofreu, durante esse período temporal (de 255,5 hab/km 2 para 261,9 hab/km 2 ). População servida por sistemas de abastecimento de água para consumo De acordo com o Estudo Setorial Infraestruturas, da proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro, a água para abastecimento dos sistemas do concelho é na sua totalidade de origem subterrânea, sendo o seu sistema de abastecimento constituído por nove zonas de abastecimento (ZA s), as quais correspondem às diferentes captações existentes (sete furos e dois poços), como se pode de resto constatar através da informação constante do quadro que se apresenta. Cada uma destas zonas de abastecimento é constituída por um sistema e respetiva captação, onde algumas delas podem ser completadas por outros sistemas. Figura Sistema de Abastecimento de Água no Concelho (2008) (Fonte: Câmara Municipal de Oliveira do Bairro) As captações de água subterrânea para abastecimento público encontram-se abrangidas pelo Decreto- Lei n.º 382/99 de 22 de Setembro, diploma que estabelece as normas e os critérios para a delimitação de perímetros de proteção das respetivas captações. Tendo por base a realidade concelhia, a autarquia procedeu recentemente à elaboração de propostas de delimitação dos perímetros de proteção e respetivos condicionalismos a observar em torno das oito captações de água que se encontram atualmente presentes no seu território. A identificação destas captações, assim como dos respetivas portarias onde se encontram publicadas as servidões legalmente constituídas, observa conformidade com o constante do quadro que se apresenta de seguida. 145

149 Quadro Captações de água no concelho de Oliveira do Bairro AAE da Proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro Local Captação Diploma legal Palhaça (furo) FPC - SPC Portaria n.º 72/2012, de 23 de Março Oiã (furo) FO(D) - SOBOC Portaria n.º 78/2012, de 26 de Março Seara (furo vinhas) FPS1 - STC Portaria n.º 57/2012, de 9 de Março Seara (furo parque) FPS2 - SOBSC Portaria n.º 57/2012, de 9 de Março Olho de Água (furo) FJK1 - SOBC1 Portaria n.º 404/2012, de 7 de Setembro Olho de Água (poço e drenos) PQM - SOBC4 Portaria n.º 404/2012, de 7 de Setembro Bustos (furo) FCBD - SBC Portaria n.º 404/2012, de 7 de Setembro Mamarrosa (furo) PM - SMC Portaria n.º 404/2012, de 7 de Setembro No que respeita ao abastecimento de água para consumo humano, desde 1 de Maio de 2010 que a entidade gestora pelo sistema público de abastecimento de água é a empresa AdRA Águas da Região de Aveiro, SA, tendo esta entidade a responsabilidade de controlar a qualidade da água que é fornecida aos consumidores com vista à manutenção permanente da sua qualidade em conformidade com as normas legalmente estabelecidas, garantindo a salubridade e a potabilidade da água de abastecimento usada no consumo direto. De acordo com dados do INE o município de Oliveira do Bairro apresenta a totalidade da população servida pelo sistema de abastecimento de água para consumo (INE, 2013). Análises realizadas à água tratada cujos resultados estejam de acordo com a legislação A rede de abastecimento de água que serve o concelho de Oliveira do Bairro apresenta qualidade controlada. Até Maio de 2010, a Câmara Municipal era responsável pelo controlo da qualidade da água e, trimestralmente, apresentava os resultados obtidos na página da autarquia. Uma vez que a partir de Maio de 2010 a entidade gestora por este sistema passou a ser a AdRA, cabe agora a esta entidade realizar um programa de controlo da qualidade da água, assim como disponibilizar essa informação ao público. O quadro seguinte apresenta a qualidade (n.º de análises) das águas para consumo humano, no concelho de Oliveira do Bairro, de acordo com os dados disponíveis no INE. Quadro Qualidade (n.º de análises) da qualidade das águas para consumo humano (INE, 2011) Análises regulamentares obrigatórias Análises realizadas obrigatórias Análises em falta Análises realizadas com valor paramétrico Análises em cumprimento do valor paramétrico Análises em incumprimento do valor paramétrico

150 Pela análise do quadro anterior é possível inferir que cerca de 99,23% das análises realizadas à água tratada estão de acordo com a legislação. População servida por sistemas de drenagem e tratamento de águas residuais De acordo com informação disponível no INE, a taxa de cobertura da rede de drenagem de águas residuais, no concelho de Oliveira do Bairro encontrava-se, em 2009, nos 95%. No que se refere à rede de tratamento de águas residuais, a taxa de cobertura do território concelhio, no final do ano de 2009, era de 96%. Desde 2005 que o concelho de Oliveira do Bairro encaminha as águas residuais produzidas para o Sistema Multimunicipal de Saneamento da Ria de Aveiro (SIMRIA). De referir ainda que o município de Oliveira do Bairro encontra-se atualmente a implementar as ações previstas durante o decorrer do processo da Agenda 21 Local, pretendendo desta forma criar uma estratégia integrada, que promova o bem-estar social, crie condições para o envolvimento da comunidade e melhore a qualidade do ambiente do território concelhio. Investimento municipal ao nível da gestão das águas residuais Tendo em conta a informação disponibilizada no INE (2013), o concelho de Oliveira do Bairro tem vindo a investir, desde 1998, na área da gestão das águas residuais. Quadro Investimento do município na área da gestão de águas residuais (INE, 2013) Gestão de Águas Residuais (milhares de euros) Águas pluviais afluentes aos sistemas de drenagem de águas residuais A descarga de águas pluviais nos sistemas de águas residuais constitui atualmente um problema ambiental (e também económico) uma vez que pode originar a perda de eficiência das respetivas ETAR. Salienta-se neste contexto que, de acordo com informação disponível no INSAAR (relativa a 2009), toda a rede de drenagem de águas residuais 14 existente no concelho de Oliveira do Bairro é do tipo separativa, pelo que não se prevê a afluência de águas pluviais aos sistemas de águas residuais. 14 Rede separativa de drenagem de águas residuais - constituída por dois coletores distintos, um destinado às águas residuais domésticas e/ou industriais e outro à drenagem de águas pluviais ou similares. 147

151 Perdas no sistema de abastecimento AAE da Proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro As perdas de água que ocorrem nos sistemas de abastecimento têm muitas vezes origem em roturas resultantes da falta de estratégias municipais ao nível da reabilitação, ou da rega de espaços públicos e jardins cuja água utilizada é proveniente da rede de abastecimento (e portanto de boa qualidade), não sendo este volume contabilizado. De acordo com o Plano Municipal da Água (2006), as perdas no sistema de abastecimento de água do concelho de Oliveira do Bairro foram, em 2005, de cerca de 35%, valor este significativo, comparado com a meta prevista no PEAASAR II de 15 % (até 2020), constituindo-se atualmente uma enorme pressão sobre o recurso hídrico. Intervenções qualitativas de promoção do uso eficiente da água No que respeita à promoção do uso eficiente da água, importa referir que o município dispõe do Projeto da Eficiência Hídrica para os edifícios e espaços públicos O caminho para a gestão sustentável da água, destinado a edifícios municipais e piscinas municipais. Domínio: Ruído Os Planos Municipais de Ordenamento do Território asseguram a qualidade do ambiente sonoro, promovendo a distribuição adequada dos usos do território, tendo em consideração as fontes de ruído existentes e previstas (n.º 1 do artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 9/2007, de 17 de Janeiro). Tal como referido no Relatório de Fatores Críticos, os municípios detêm competências ao nível da elaboração dos Mapas de Ruído e na prevenção da poluição sonora, tendo em vista a salvaguarda da saúde e o bem-estar das populações. De facto, de acordo com o artigo 7.º do Decreto-Lei n.º 9/2007, de 17 de Janeiro (que aprova o Regulamento Geral do Ruído) as câmaras municipais elaboram mapas de ruído para apoiar a elaboração, alteração e revisão dos planos diretores municipais. O diploma referido anteriormente estabelece que em função da classificação de uma zona como mista ou sensível, devem ser respeitados os seguintes valores limite de exposição: a) As zonas mistas não devem ficar expostas a ruído ambiente exterior superior a 65 db(a), expresso pelo indicador L den e superior a 55 db(a), expresso pelo indicador L n b) As zonas sensíveis não devem ficar expostas a ruído ambiente exterior superior a 55 db(a), expresso pelo indicador L den e superior a 45 db(a), expresso pelo indicador L n 148

152 Relativamente à rede viária, de acordo com informação constante no Mapa de Ruído (2015), o concelho de Oliveira do Bairro é atravessado pela A1, pela EN235, pela EN333/ER333, pela EM335 e EM596 que ligam o município aos concelhos vizinhos. No que respeita à rede ferroviária, o concelho é atravessado pela linha ferroviária do Norte (entre Lisboa e Porto). Em relação ao tecido empresarial, a maioria das empresas sedeadas no concelho inserem-se nos ramos da construção e do comércio por grosso e a retalho e reparação de veículos (57,73%), seguido das empresas de indústria transformadora (14,15%). População exposta a níveis sonoros superiores aos limites legais Um Mapa de Ruído deve, para além de permitir uma visão qualitativa da distribuição geográfica dos níveis sonoros de uma determinada área, fornecer indicadores quantitativos da população exposta ao ruído. Conforme referido no Mapa de Ruído, a partir de dados sobre densidades populacionais do concelho e das suas freguesias, distribuiu-se a população residente pelos recetores sensíveis proporcionalmente ao volume de cada edifício. Da associação dos níveis sonoros da fachada mais exposta e da população residente em cada edifício estimaram-se as percentagens de exposição da população às diferentes classes de níveis de ruído (RNT Atualização do Mapa de Ruído de Oliveira do Bairro, 2015), cujos valores são apresentados no quadro que se segue. Quadro Estimativas (em %) de população exposta a diferentes intervalos de níveis sonoros, para os indicadores de ruído Lden e Ln (RNT Atualização do Mapa de Ruído de Oliveira do Bairro, 2015) CLASSES DE NÍVEIS SONOROS DO INDICADOR LAEQ, DB(A) LDEN ANO 2013 ANO 2023 VARIAÇÃO ( ) LN ANO 2013 ANO 2023 VARIAÇÃO ( ) < > Do quadro anterior a coloração da tabela pretende confrontar os valores obtidos com os limites estabelecidos no RGR para zonas sensíveis (sombreado verde) e zonas mistas (sombreado amarelo). A área de sombreado vermelho marca níveis sonoros que excedem ambos os critérios. Da sua análise depreende-se que a população do Concelho é, maioritariamente, exposta a níveis de ruído ambiente compatíveis com zonas sensíveis, dentro das normas estipuladas pelo Decreto-Lei n.º 9/2007, de 17 de Janeiro, uma vez que 71% da população, para o indicador Lden, é sujeita a valores até aos 55dB(A) e, para o indicador Ln, 72% da população é exposta a valores inferiores a 45dB(A). Cerca de 95% e 91% da população está exposta a níveis de ruído ambiente compatíveis com zonas mistas para os indicadores Lden (<65dB(A)) e Ln (<55dB(A)), respetivamente. 149

153 Apenas 5% e 9% da população estão em locais com níveis sonoros incompatíveis com zonas mistas, para os indicadores Lden e Ln, respetivamente. Investimentos ao nível da proteção do ruído De acordo com dados do INE (2013), não foram efetuados nos últimos anos investimentos ao nível da proteção do ruído por parte do município. Domínio: Ar Qualidade do ar A qualidade do ar é um elemento relevante do ambiente, determinante para a saúde pública e para o equilíbrio dos ecossistemas. Os efeitos negativos resultantes da deterioração da qualidade do ar repercutem-se negativamente na saúde pública e no bem-estar das populações. De acordo com informação disponível na CCDRC, relativa às Zonas e Aglomerações definidas para a região Centro, o concelho de Oliveira do Bairro pertence à Zona Centro Litoral, sendo a Estação de Monitorização de Montemor-o-Velho, do tipo Rural, a representativa deste município (Figura ). Figura Delimitação das Zonas e Aglomerações definidas para a Região Centro e respetivas estações de monitorização (Qualar/APA, 2013) 150

154 Esta estação de monitorização entrou em funcionamento em 2007, localiza-se no concelho de Montemoro-Velho e apresenta as caraterísticas indicadas no Quadro Quadro Caraterização da estação de monitorização da Rede de Monitorização da Qualidade do Ar da Estação de Montemor-o-Velho (Qualar/APA, 2013) Tipo de Tipo de Data Zona Concelho Estação NOx O3 PM10 SO2 Ambiente influência início Centro Montemoro-Velho Velho de cidade Montemor-o- Rural perto Fundo Sim Sim Sim Sim Litoral (NOx Óxidos de Azoto; O3 Ozono; PM10 Partículas em Suspensão <10 µm; SO2 Dióxido de Enxofre) O índice de qualidade do ar de uma determinada área resulta da média aritmética calculada para cada um dos poluentes medidos em todas as estações da rede dessa área. Os valores assim determinados são comparados com as gamas de concentrações associadas a uma escala de cores, sendo os piores poluentes responsáveis pelo índice. A Figura apresenta o número de dias associado ao índice de qualidade do ar da Zona Centro Litoral, registado na Estação de Montemor-o-Velho, em muito bom bom médio fraco mau Figura Número de dias associado aos índices de qualidade do ar da Zona Centro Litoral, registado na estação de Montemor-o-Velho (2011) (Qualar/APA, 2013) 151

155 Da análise do Quadro anterior verifica-se que o índice registado em maior número de dias, na Zona Centro Litoral, no ano de 2011, foi o índice Bom. Todas as estações de medição encontram-se equipadas com analisadores automáticos que permitem a monitorização em contínuo de vários poluentes. O Quadro apresenta os valores médios registados dos parâmetros chave para avaliação da qualidade do ar. Quadro Valores médios anuais (base horária) de poluentes registados em 2011 (Qualar/APA, 2013). Parâmetro Símbolo Unidades Média Anual 2011 Dióxido de Azoto NO2 μg/m 3 9,2 Ozono O3 μg/m 3 72,1 Dióxido de Enxofre SO2 μg/m 3 1,0 Partículas < 10 µm PM10 μg/m 3 25,5 Dias com parâmetros de qualidade do ar acima dos limites O Decreto-Lei n.º 102/2010, de 23 de Fevereiro, define Valores Limite 15, Valores Alvo 16 e Valores Limiar de Alerta 17 para os diversos poluentes. De acordo com CCDRC (2010) A ultrapassagem dos Valores Limite (definidos como parâmetros estatísticos anuais), obrigará à execução de Planos e Programas integrados, com vista à redução dos valores em causa, de modo que lhes seja dado cumprimento nas Zonas e Aglomerações. No que toca à ultrapassagem dos Valores Limiar de Alerta, obriga a legislação a que, nos casos em que se verifique risco da sua ocorrência, sejam elaborados Planos de Ação de Curto Prazo, com o objetivo de reduzir as ultrapassagens e/ou limitar a sua duração. No que respeita aos dias com parâmetros de qualidade do ar acima dos limites, a estação de Montemor-o-Velho (em 2011) apresentou um reduzido número de excedências aos parâmetros de qualidade do ar registados (Quadro ). Quadro Número de excedências para os parâmetros de qualidade do ar, na estação de Montemor-o- Velho em 2011 (Qualar/APA, 2013). Valor Ref. N.º de Excedências Designação (µg/m 3 ) 2011 Ozono - Limiar de Alerta à população Valor Limite representa um nível de poluentes na atmosfera, fixado com base em conhecimentos científicos, cujo valor não pode ser excedido, durante períodos previamente determinados, com o objetivo de evitar, prevenir ou reduzir os efeitos nocivos na saúde humana e ou no meio ambiente. 16 Valor Alvo representa um nível fixado com o objetivo de evitar a longo prazo efeitos nocivos para a saúde humana e ou meio ambiente, a ser alcançado, na medida do possível, num período determinado. 17 Limiar de Alerta representa um nível de poluentes na atmosfera acima do qual uma exposição de curta duração apresenta riscos para a saúde humana a partir do qual devem ser adoptadas medidas imediatas. 152

156 Designação AAE da Proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro Valor Ref. (µg/m 3 ) N.º de Excedências 2011 Ozono - Limiar de Informação à população Dióxido de Enxofre Limiar de Alerta Dióxido de Azoto Limiar de Alerta Partículas <10μm Ozono: Limiar de Informação e Limiar de Alerta (três horas consecutivas) Dióxido de Enxofre: Limiar de Alerta (Decreto-Lei n.º 102/2010, de 23 de Fevereiro) Dióxido de Azoto: Limiar de Alerta (Decreto-Lei n.º 102/2010, de 23 de Fevereiro) Partículas <10μm: Proteção da Saúde Humana Base Diária (Decreto-Lei n.º 102/2010, de 23 de Fevereiro) Da análise dos dados constata-se que foi ultrapassado o Valor Limite para a Proteção da Saúde Humana, estabelecido em termos de número de casos das médias diárias superiores a 50 μg/m 3. Relativamente às ultrapassagens registadas para o poluente Partículas, para o ano de 2011, de acordo com CCDRC (2011) irá ser efetuada a identificação dos casos de excedências registados, com o objetivo de avaliar os episódios ocorridos com uma origem não antropogénica, isto é, identificar os casos de ultrapassagem ao VL de PM10 que resultaram da ocorrência de fenómenos naturais, nomeadamente o transporte de partículas provenientes dos desertos do Norte de Africa, incêndios florestais, entre outros, para que estes casos devidamente comprovados e aceites pela União Europeia, não sejam contabilizados para efeitos da verificação do cumprimento dos Valores Limite. Só posteriormente se poderá concluir da necessidade da elaboração de Planos e Programas de Redução, tendo em vista a diminuição das concentrações de PM10. Número de empresas sujeitas ao Comércio Europeu de Licenças de Emissão Como forma de garantir o cumprimento eficaz dos objetivos estabelecidos no Protocolo de Quioto, relativos às emissões de Gases com Efeito de Estufa (GEE), a União Europeia aprovou o mecanismo de Comércio Europeu de Licenças de Emissão (CELE), que constitui o primeiro instrumento de mercado intracomunitário de regulação das emissões de Gases com Efeito de Estufa. A consulta da informação disponibilizada pela Agência Portuguesa do Ambiente, relativa aos Títulos de Emissão de Gases com Efeito de Estufa emitidos no período permitiu verificar que existem no concelho de Oliveira do Bairro duas instalações sujeitas ao CELE (APA, 2013): Sociedade Cerâmica do Alto, Lda, com Título de Emissão de Gases com Efeito de Estufa número II. CERPOL Empresa Cerâmica Portugal, SA, com Título de Emissão de Gases com Efeito de Estufa número II. 153

157 Investimento ao nível da proteção da qualidade do ar AAE da Proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro De acordo com informação disponibilizada no INE (2013), o município não apresentou nos últimos anos, investimentos ao nível da proteção da qualidade do ar. Projetos com adoção de soluções que tenham em vista a mobilidade sustentável De acordo com estudo setorial relativo à Rede viária e Transportes da revisão do PDM, o Município de Oliveira do Bairro no âmbito da Semana Europeia da Mobilidade tem, para além das medidas pontuais que marcam o dia europeu sem carros, ao qual tem aderido desde 2006, implementado algumas medidas permanentes que têm vindo a contribuir para uma alteração e uma melhoria da mobilidade concelhia, conforme se apresenta no quadro seguinte. Quadro Medidas permanentes implementadas pelo município no âmbito da mobilidade sustentável Ano Medidas permanentes implementadas - Projeto da Alameda da Cidade (requalificação da antiga EN 235 em Oliveira do Bairro), com implementação de passeios adequados, medidas de redução de velocidade e criação de ligações entre escolas através de pistas cicláveis (Este projeto foi executado e recentemente inaugurado); - Desenvolvimento de estudo e de alguns projetos para construção / implementação de uma rede de pistas cicláveis que liguem o centro da cidade às zonas ribeirinhas do rio Cértima e Levira; - Aquisição de terrenos para a construção do Parque Verde da Cidade adjacente ao Rio Levira na freguesia de Oliveira do Bairro. - Início de construção da Nova Alameda da Cidade (requalificação da antiga EN 235 em Oliveira do Bairro); - Início de construção / implementação da rede de pistas cicláveis; - Implementação dos TOB (Transportes de Oliveira do Bairro), circuito de transportes públicos em todo o concelho - Continuação da requalificação da antiga EN 235 em Oliveira do Bairro; - Continuação de construção / implementação da uma rede de pistas cicláveis; - Execução de rampas de acesso às escolas do concelho para pessoas com mobilidade reduzida; - Melhoria dos transportes públicos de Oliveira do Bairro (TOB). Por outro lado, o concelho de Oliveira do Bairro participou, enquanto parceiro, no Plano Intermunicipal de Transportes e Mobilidade da Região de Aveiro (PIMTRA). Este plano corresponde a um documento estratégico e operacional e teve como principais objetivos fomentar a articulação entre os diversos modos de transporte, visando a implementação de um sistema integrado de mobilidade com o mínimo custo de investimento e de exploração, contribuir para reduzir a utilização do transporte individual e, simultaneamente, garantir a adequada mobilidade das populações, promovendo a inclusão social, a qualidade de vida urbana e a preservação do património histórico, edificado e ambiental. 154

158 Domínio: Energia Consumo de energia De acordo com a Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG), o consumo de energia elétrica no concelho de Oliveira do Bairro registou, em 2011, um valor de kwh (equivalente a ,61 tep 18 ), tendo ocorrido uma ligeira diminuição relativamente ao ano de 2010, que apresentou um registo de consumo na ordem dos kwh (equivalente a ,36 tep). Ao nível do consumo de energia elétrica, por setor de atividade, importa referir que, tendo como base informação disponível na DGEG, o setor que apresentou maior expressão no consumo de energia elétrica, no concelho de Oliveira do Bairro, no ano de 2011, foi o da Fabricação de outros produtos minerais não metálicos, responsável pelo consumo de 41% do total de energia elétrica consumida no concelho. Relativamente ao consumo de gás natural, o concelho de Oliveira do Bairro registou um consumo na ordem dos Nm 3 (equivalente a ,32 tep 19 ), em 2010, tendo ocorrido um ligeiro aumento, em 2011, para Nm 3 (equivalente a ,74 tep). Projetos com adoção de soluções de eco-eficiência energética A autarquia dispõe atualmente de um projeto da Agência para a sustentabilidade e competitividade e eficiência energética (que envolve 11 municípios da Comunidade Intermunicipal da Região da Aveiro). Análise SWOT A análise SWOT, apresentada no quadro seguinte, pretende traçar o diagnóstico geral e o resumo das caraterísticas ambientais e das tendências existentes ao nível do concelho de Oliveira do Bairro. A análise SWOT toma como referência todo o território municipal e identifica as tendências de evolução provável no cenário de não implementação da proposta de revisão do PDM (Quadro ). 18 Coeficiente de conversão de energia, de acordo com o estipulado no Diário da República n.º 98, 2ª série, de : 1 MWh de energia elétrica equivale a 0,290 tep. 19 Coeficiente de conversão de energia, de acordo com o estipulado no Diário da República n.º 98, 2ª série, de : 10 3 m 3 de Gás Natural equivale a 0,82 tep. 155

159 Quadro Análise SWOT no âmbito do FCD - Qualidade Ambiental. Forças Fraquezas Totalidade da população servida por sistemas de abastecimento de água para consumo humano Monitorização da qualidade da água para consumo humano Elevada taxa de população servida por sistemas de drenagem e tratamento de águas residuais Totalidade da rede de drenagem de águas residuais é do tipo separativa Valor elevado de perdas no sistema de abastecimento Diminuição da produção de resíduos sólidos Diminuição da recolha seletiva de vidro, entre 2010 e 2011 urbanos indiferenciados Baixo nível de preocupações de sensibilização e proteção Rede de ecopontos distribuída por todo o ambiental concelho Aumento da recolha diferenciada de papel/cartão e embalagens, entre 2010 e 2011 Introdução do gás natural, quer no abastecimento doméstico, como no setor industrial Medidas permanentes implementadas no concelho com vista à mobilidade sustentável Oportunidades Ameaças Crescente apetência para as temáticas e questões relacionadas com o ambiente Plano Estratégico de Intervenção para a requalificação e valorização da ria de Aveiro Rede ferroviária e vias cicláveis como alternativas para a mobilidade da população concelhia Aumento do tráfego rodoviário resultante da expansão da malha viária Baixa sensibilização ecológica e ambiental ANÁLISE DE TENDÊNCIAS A presente análise de tendências (decorrente de uma obrigação legal, conforme alínea b, n.º 1 do artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 58/2011, de 4 de Maio) tem em consideração a evolução provável do estado do ambiente na ausência da proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro. De uma forma geral, na ausência da implementação da proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro, não se preveem alterações significativas relativamente à tendência caracterizada na situação de referência ao nível dos diversos domínios de avaliação analisados. O quadro que se segue apresenta um resumo da tendência de evolução de cada indicador, na ausência de implementação da proposta de revisão do PDM. 156

160 Qualidade Ambiental AAE da Proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro Quadro Avaliação da tendência de evolução de cada indicador, na ausência de implementação da proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro Tendência de FCD Domínio Critérios de Avaliação Indicadores evolução sem PDM Produção de resíduos sólidos urbanos Valorização de resíduos sólidos urbanos Resíduos Ações de Destino final dos educação/sensibilização na área resíduos produzidos dos resíduos Poluição da água/contaminação dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos Infra-estruturação ao nível do abastecimento de água Sistemas de recolha seletiva Investimento municipal ao nível da gestão de resíduos Qualidade da água superficial Qualidade da água subterrânea Investimento municipal ao nível da preservação dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos Consumo de água População servida por sistemas de abastecimento de água para consumo Água Ruído Ar Cumprimento dos padrões de qualidade da água para abastecimento público Infra-estruturação ao nível da drenagem e tratamento de águas residuais Gestão eficiente das águas residuais Uso eficiente da água Poluição sonora Poluição atmosférica / Contaminação do ar e Análises realizadas à água tratada cujos resultados estejam de acordo com a legislação População servida por sistema de drenagem e tratamento de águas residuais Investimento municipal ao nível da gestão das águas residuais Águas pluviais afluentes aos sistemas de drenagem de águas residuais Percentagem de água (residual tratada, bruta e de consumo humano) usada na rega Perdas no sistema de abastecimento Intervenções qualitativas de promoção do uso eficiente da água Reclamações por incomodidade sonora Investimento ao nível da proteção do ruído Qualidade do ar 157

161 FCD Domínio Critérios de Avaliação Indicadores Energia cumprimento requisitos legais Mobilidade sustentável Matriz energética Eficiência energética dos Adesão à produção de energia através de fontes renováveis Dias com parâmetros de qualidade do ar acima dos limites. Número de empresas sujeitas ao Comércio Europeu de Licenças de Emissão Investimento ao nível da proteção da qualidade do ar Projetos com adoção de soluções que tenham em vista a mobilidade sustentável Consumo de energia (energia elétrica e gás natural) Projetos com adoção de soluções de eco-eficiência energética Produção de energia, a nível local, através de recursos renováveis - Indicador evolui de forma positiva (relativamente a situação de referência) - Indicador não apresenta alteração (relativamente à situação de referência) - Indicador evolui de forma negativa (relativamente à situação de referência) Tendência de evolução sem PDM Efeitos Esperados da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro Análise da relação entre as opções estratégicas da proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro e os indicadores definidos para o Fator Crítico para a Decisão Qualidade Ambiental A análise dos efeitos esperados pela proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro será efetuada tendo por base os efeitos significativos das opções estratégicas (e objetivos estratégicos correspondentes) assumidas pela proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro que poderão ser observados ao nível dos indicadores definidos. Assim, as opções estratégicas e respetivos objetivos da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro podem consubstanciar diferentes contributos ou conflitos ao nível dos elementos caracterizados por alguns indicadores selecionados para a análise do FCD Qualidade Ambiental, que são sistematizados no Quadro

162 Quadro Efeitos esperados negativos e positivos identificados para os indicadores definidos no âmbito do FCD - Qualidade Ambiental Domínios Indicadores Efeitos esperados negativos Efeitos esperados positivos Produção de resíduos sólidos urbanos - A proposta de revisão do PDM prevê uma melhoria ao nível Resíduos Água Valorização de resíduos sólidos urbanos - Ações de educação/sensibilização na área dos resíduos - Sistemas de recolha seletiva - Investimento municipal ao nível da gestão de resíduos Qualidade da água superficial Qualidade da água subterrânea Investimento municipal ao nível da preservação dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos - Possível degradação da qualidade da água superficial e subterrânea devido à falta de ligação da totalidade da população aos sistemas de drenagem e tratamento de águas residuais, o que constitui um efeito considerado como negativo, no entanto, pouco significativo, uma vez que esta situação tenderá a inverter-se com a ligação dos aglomerados populacionais à rede de drenagem e tratamento de águas residuais, a ser desenvolvida sob a responsabilidade da AdRA (em articulação com a Câmara Municipal). Consumo de água* - - do sistema de gestão de Resíduos Sólidos Urbanos, acompanhado de um consequente aumento dos níveis de separação seletiva de resíduos sólidos urbanos, sendo que, para isso, a autarquia pretende continuar a apostar nas ações de sensibilização ambiental. Assim considera-se este efeito significativo. A proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro prevê o desenvolvimento de ações que visem a preservação dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos, nomeadamente a reabilitação da rede hidrográfica dentro dos perímetros urbanos e ainda a promoção de ações de educação e sensibilização ambiental. Considera-se este efeito como positivo e significativo, uma vez que o concelho apresenta uma rede hidrográfica que precisa de ser preservada. Com a proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro prevê-se uma redução do consumo de água, uma vez que estão previstos projetos relacionados com a gestão eficiente da água em edifícios e espaços públicos (nomeadamente piscinas municipais). Por este motivo considera-se este efeito como significativo. 159

163 Domínios Indicadores Efeitos esperados negativos Efeitos esperados positivos População servida por sistemas de abastecimento de água para consumo* Análises realizadas à água tratada cujos resultados estejam de acordo com a legislação* População servida por sistema de drenagem e tratamento de águas residuais* Investimento municipal ao nível da gestão das águas residuais* Águas pluviais afluentes aos sistemas de drenagem* Percentagem de água (residual tratada, bruta e de consumo humano) usada na rega Perdas no sistema de abastecimento* - Intervenções qualitativas de promoção do uso eficiente da água Atualmente a totalidade da população do concelho de Oliveira do Bairro é servida por sistemas de abastecimento de água, sendo previsível que, com a presente proposta de revisão, a Câmara Municipal pretenda manter esta situação através da execução de um conjunto de obras de requalificação na rede de águas, assim como diversas obras de reparação nos reservatórios. A proposta de revisão do Plano prevê a continuidade do programa de controlo da qualidade da água para consumo humano existente no concelho. Perspetiva-se um efeito esperado positivo uma vez que se prevê um aumento da população servida por sistemas de drenagem e tratamento de águas residuais, com a concretização de vários projetos que permitirão colmatar as insuficiências ainda existentes neste setor. - A proposta de revisão prevê a concretização de um conjunto de medidas relacionadas com o uso eficiente da água. - Apesar de ser previsível um incremento da área industrial do concelho, e ainda o aumento da população residente, pressupondo um aumento na utilização da água nestes setores, é de salientar que a proposta de revisão do PDM - prevê a execução de vários projetos que promovem a utilização eficiente da água, nomeadamente ao nível dos espaços e edifícios públicos. 160

164 Domínios Indicadores Efeitos esperados negativos Efeitos esperados positivos Possível aumento dos níveis de ruído decorrente do aumento previsível do tráfego rodoviário a nível População exposta a níveis sonoros concelhio e das novas infra-estruturas viárias que se superiores aos limites legais pretendem criar no concelho. No entanto, considera-se - este efeito como pouco significativo, uma vez que se prevê um aumento da proteção da população contra os Ruído efeitos do ruído devido à integração, na proposta de Reclamações por incomodidade sonora revisão do PDM de Oliveira do Bairro, do estipulado no - Regulamento Geral do Ruído (RGR), decorrente da imposição legal definida no Decreto-Lei n.º 9/2007, de Investimento ao nível da proteção do 17 de Janeiro, devido à necessidade de implementar ruído planos municipais de redução de ruído em zonas de - conflito com o RGR, nos casos em que tal for aplicável. Ar Qualidade do ar Dias com parâmetros de qualidade do ar acima dos limites. Número de empresas sujeitas ao Comércio Europeu de Licenças de Emissão Investimento ao nível da proteção da qualidade do ar O aumento da área industrial decorrente da proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro pode contribuir para a degradação da qualidade do ar do concelho. Por outro lado, por imposições legais, as unidades industriais instaladas ou a instalar deverão garantir (caso seja aplicável) a instalação de um adequado sistema de tratamento de efluentes gasosos, pelo que se considera este efeito como negativo, no entanto, pouco significativo. - A presente proposta de revisão de PDM de Oliveira do Bairro pretende fomentar a execução de projetos que promovam a mobilidade sustentável, nomeadamente a ciclovia, assim como uma aposta no meio de transporte ferroviário. Considera-se este efeito como significativo, uma vez que contribui para a melhoria da qualidade do ar e da qualidade de vida das populações. - A CM de Oliveira do Bairro pretende continuar a promover, com a proposta de revisão do PDM, o investimento ao nível da concretização de projetos que promovam a mobilidade sustentável, nomeadamente a ciclovia, assim como uma aposta no meio de transporte ferroviário. Este efeito é considerado como significativo uma vez que promove a melhoria da qualidade do ar ao nível concelhio. Projetos com adoção de soluções que - A presente proposta de revisão prevê uma aposta em 161

165 Domínios Indicadores Efeitos esperados negativos Efeitos esperados positivos tenham em vista a mobilidade intervenções que promovam a mobilidade sustentável sustentável (potenciar a utilização de transportes públicos, nomeadamente o transporte ferroviário e a criação de vias cicláveis). Este efeito é considerado como significativo. Energia Consumo de energia (energia elétrica e gás natural) Projetos com adoção de soluções de eco-eficiência energética Produção de energia, a nível local, através de recursos renováveis A proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro pretende promover uma redução ao nível do consumo de energia através da implementação de projetos ecoeficientes. Este efeito é considerado como significativo. A proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro pretende promover o aproveitamento de recursos naturais para produção de energia (através de instalação de painéis fotovoltaicos), assim como promover a utilização de lâmpadas eco-eficientes. Este efeito é considerado como significativo. (-) Não são esperados efeitos positivos/negativos resultantes do processo de revisão do PDM de Oliveira do Bairro sobre os indicadores * Os efeitos esperados não dependem somente da atuação da Câmara Municipal de Oliveira do Bairro, mas da complementaridade das atuações conjuntas realizadas entre a Câmara Municipal e a AdRA. 162

166 Análise da relação entre as opções estratégicas da proposta de revisão do PDM e os objetivos de sustentabilidade do Quadro de Referência Estratégico No presente capítulo será promovida uma análise que visa evidenciar a forma como o modelo de desenvolvimento da proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro, que se traduz nas suas opções e objetivos estratégicos e mais concretamente no seu Regulamento, contribui para o cumprimento dos objetivos de sustentabilidade estabelecidos no Quadro de Referência Estratégico. Neste contexto, pretendem-se avaliar os efeitos significativos no ambiente resultantes da implementação da proposta de revisão do Plano atendendo aos objetivos de proteção ambiental estabelecidos a nível internacional, comunitário ou nacional que sejam pertinentes para o Plano ou programa e a forma como estes objetivos e todas as considerações ambientais foram tomadas em consideração durante a sua elaboração (alínea d, n.º 1 do artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 58/2011, de 4 de Maio). A presente proposta de revisão do PDM implica uma estratégia de desenvolvimento da autarquia que tenha em consideração as questões relacionadas com a sustentabilidade ambiental, refletidas nos instrumentos considerados importantes na presente AAE, e cujos objetivos e metas se pretendem alcançar com a concretização da presente proposta de revisão, nomeadamente: a ENDS, a ENE, o PNAC, o PNAAS, o PEAASAR II, o PNA, o PNUEA, a ENEAPAI, o PERSU II, o PESGRI, a PEPS, o PGBHVML, o PROT-C e o Pólis Litoral da Ria de Aveiro. Esta análise permitirá avaliar em que medida o objeto de estudo contribui (+) (criando oportunidades) ou conflitua (-) (criando ameaças) com os objetivos delineados pelos instrumentos do QRE definido para a presente proposta de revisão do Plano (Quadro ). 163

167 Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável AAE da Proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro Quadro Contribuição da proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro para o alcance dos objetivos de sustentabilidade do QRE, no âmbito do FCD - Qualidade Ambiental QRE Objetivos Estratégicos Efeito FCD Qualidade Ambiental A proposta de revisão do PDM em análise pretende promover a criação de infra-estruturas que valorizem a mobilidade sustentável através da utilização de modos de transporte alternativos e mais sustentáveis do ponto de vista ambiental (nomeadamente a criação de redes cicláveis), que permitam melhorar a qualidade do ar do Melhor Ambiente e Valorização do município, contribuindo desta forma para o combate às alterações climáticas. Património - Combate às alterações + Neste contexto a proposta de regulamento do PDM de Oliveira do Bairro menciona a criação de uma rede de climáticas e Gestão integrada do percursos cicláveis de âmbito municipal, que permitirá contribuir para a melhoria da qualidade ambiental e da ar qualidade de vida da população. Esta proposta tem ainda como objetivo estratégico Reduzir as disfunções ambientais localizadas, designadamente solos contaminados, fontes de poluição e águas poluídas, e outras formas de contaminação que surjam. Melhor Ambiente e Valorização do Património - Gestão integrada da água e seu aproveitamento eficiente Melhor Ambiente e Valorização do Património - Gestão integrada dos resíduos + + A proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro converge com a prioridade estratégica inerente à ENDS relativa à gestão integrada da água, uma vez que pretende promover a gestão dos recursos hídricos com as políticas setoriais e com as políticas de desenvolvimento regional e de ordenamento do território. A proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro converge com o objetivo relacionado com a gestão integrada dos resíduos uma vez que apresenta como objetivo estratégico Investir na melhoria da infra-estruturação básica e ambiental de todo o tecido urbano nomeadamente infra-estruturas de recolha de resíduos sólidos urbanos. Esta proposta tem ainda como objetivo estratégico Reduzir as disfunções ambientais localizadas, designadamente solos contaminados, fontes de poluição e águas poluídas, e outras formas de contaminação que surjam. Sendo a implementação da Agenda 21 Local um objetivo estratégico desta revisão do PDM, importa salientar as ações prioritárias definidas no âmbito do seu Plano de Ação relacionadas com a promoção da compostagem doméstica e a recolha de óleos usados. De referir ainda que o município pretende continuar a promover a introdução de novos equipamentos de recolha de resíduos, sempre que tal se afigure necessário, sendo este procedimento acompanhado por constantes campanhas de sensibilização à população, com vista à diminuição da produção de resíduos e ao aumento de resíduos encaminhados para a reciclagem. Melhor Ambiente e Valorização do Património Educação e Informação + Ao nível da educação e informação, o município tem como objetivos estratégicos Envolver a Comunidade nos processos de gestão do seu território promovendo a sua participação e Valorizar a perceção de que os valores ambientais podem ser a chave de um processo de desenvolvimento competitivo e diferenciador na região. Pretende ainda implementar a Agenda 21 Local, como forma de envolver a Comunidade para a discussão do Projeto de Desenvolvimento que se pretende concretizar. Neste contexto, a proposta de revisão do PDM em análise está em sintonia com o objetivo da ENDS. 164

168 Plano Nacional da Água Programa Nacional para as Alterações Climática Estratégia Nacional para a Energia AAE da Proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro QRE Objetivos Estratégicos Efeito FCD Qualidade Ambiental Reduzir a dependência energética do País face ao exterior Garantir o cumprimento dos compromissos assumidos por Portugal no contexto das políticas europeias de combate às alterações climáticas Promover o desenvolvimento sustentável criando condições para o cumprimento das metas de redução Reforçar a monitorização nos diversos setores e alargar o esforço do cumprimento do Protocolo de Quioto, através de medidas nos setores não abrangidos pelo Comércio Europeu Limite de Emissão Acautelar que os diversos setores desenvolvam um esforço de monitorização apertado de modo a garantir a execução das diferentes medidas Aumento da produtividade da água e promoção do seu uso racional, com o máximo respeito pela integridade territorial das bacias hidrográficas Proteção, conservação e requalificação dos meios hídricos e dos ecossistemas associados + A proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro encontra-se em consonância com os objetivos inerentes à ENE uma vez que prevê a implementação da Agenda 21 local, sendo que este instrumento tem previsto no seu Plano de ação medidas específicas relativas à utilização de lâmpadas económicas, assim como aproveitamento de energia solar (com promoção da utilização de painéis solares). + Desta forma, estas medidas permitirão diminuir a fatura energética do município e contribuir para diminuir o consumo de combustíveis fósseis, promovendo o combate às alterações climáticas. Uma vez que o concelho de Oliveira do Bairro dispõe de um núcleo industrial forte, importa salientar que a proposta de revisão do PDM apresenta um objetivo particular referente à Promover o desenvolvimento da base económica local amiga e respeitadora do ambiente. A utilização das Melhores Tecnologias Disponíveis permitem atingir a + eco-eficiência e a sustentabilidade ambiental De uma forma geral, a proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro contribui para o alcance dos objetivos do PNAC no sentido em que prevê a execução de projetos que permitem a produção de energia elétrica a partir de fontes de energia renovável, através da instalação de painéis solares, refletindo desta forma um esforço do município para convergir para a eco-eficiência e sustentabilidade ambiental. A proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro tem ainda como objetivo estratégico Reduzir as disfunções ambientais localizadas, designadamente solos contaminados, fontes de poluição e águas poluídas, e outras formas de contaminação que surjam. Ao nível da instalação de atividades industriais e empresariais, estas deverão garantir uma adequada gestão das emissões gasosas produzidas, de forma a não afetar a qualidade do ar do concelho. A proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro encontra-se em sintonia com este objetivo do PNA uma vez que prevê, no seu regulamento, que a implementação das propostas constantes e decorrentes do presente plano devem observar o conjunto de orientações e princípios que se encontram definidos no PNUEA. A proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro tem como objetivos estratégicos Reduzir as disfunções ambientais localizadas, designadamente solos contaminados, fontes de poluição e águas poluídas, e outras formas de contaminação que surjam, Promover a melhoria das faixas ribeirinhas e Conjugar a gestão dos recursos hídricos com as políticas setoriais e com as políticas de desenvolvimento regional e de ordenamento do território objetivos estes que contribuem para a conservação dos recursos hídricos. 165

169 Programa Nacional para o Uso Eficiente da Água Plano Nacional de Ação Ambiente e Saúde AAE da Proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro QRE Objetivos Estratégicos Efeito FCD Qualidade Ambiental Satisfação das necessidades das populações e do desenvolvimento económico e social do país Acesso à informação e participação dos cidadãos na gestão dos recursos hídricos Intervir ao nível dos fatores ambientais para promover a saúde da pessoa e das comunidades a eles expostos Sensibilizar, educar e formar os profissionais e a população em geral, por forma a minimizar os riscos para a saúde associados a fatores ambientais Construir uma rede de informação que reforce o conhecimento das inter-relações Ambiente e Saúde Meta no consumo urbano Tendo em conta as perspetivas de evolução em termos de controlo de perdas, de procedimentos dos utilizadores e de evolução tecnológica dos equipamentos, propõe-se atingir, ao fim de um período de 10 anos, uma eficiência de utilização da água de 80% Meta no consumo agrícola - Tendo em conta as perspetivas de evolução em termos de área regada, de procedimentos dos utilizadores e de evolução tecnológica dos Conforme referido anteriormente, atualmente a responsabilidade pelo sistema de abastecimento de água para consumo humano, e pelo sistema de drenagem e tratamento das águas residuais, é da AdRA Águas da Região de Aveiro (e da CM em algumas matérias), pelo que importa fazer a ressalva de que o cumprimento deste objetivo não depende, somente, da atuação da Câmara Municipal, mas da complementaridade das atuações conjuntas realizadas entre a Câmara Municipal de Oliveira do Bairro e a AdRA. Ao nível da educação e informação, o município tem como objetivos estratégicos Envolver a Comunidade nos processos de gestão do seu território promovendo a sua participação e Valorizar a perceção de que os valores ambientais podem ser a chave de um processo de desenvolvimento competitivo e diferenciador na região. O Município pretende ainda implementar a Agenda 21 Local, como forma de envolver a Comunidade para a discussão do Projeto de Desenvolvimento que se pretende concretizar. Neste contexto, a proposta de revisão do PDM em análise está em sintonia com o objetivo da ENDS. A proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro encontra-se em sintonia com este objetivo do PNUEA uma vez que prevê, no seu regulamento, que a implementação das propostas constantes e decorrentes do presente plano devem observar o conjunto de orientações e princípios que se encontram definidos no PNUEA. A proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro encontra-se em sintonia com este objetivo do PNUEA uma vez que prevê, no seu regulamento, que a implementação das propostas constantes e decorrentes do presente plano devem observar o conjunto de orientações e princípios que se encontram definidos no PNUEA. Ao nível do setor agrícola, salienta-se que a proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro apresenta como objetivo estratégico Apostar em setores tradicionais encontrando perspetivas de valorização, diferenciadoras e 166

170 Plano Estratégico de Abastecimento de Água e de Saneamento de Águas Residuais II AAE da Proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro QRE Objetivos Estratégicos Efeito FCD Qualidade Ambiental equipamentos, propõe-se atingir a 10 anos uma eficiência de utilização de água de 65% Meta no consumo industrial - Tendo em conta as perspetivas de evolução em termos de procedimentos dos utilizadores industriais e de evolução tecnológica dos equipamentos, propõe-se atingir ao fim de um período de 10 anos uma eficiência de utilização da água de 85% Servir cerca de 95% da população total do país com sistemas públicos de abastecimento de água Servir cerca de 90% da população total do país com sistemas públicos de saneamento de águas residuais urbanas, sendo que em cada sistema integrado o nível de atendimento desejável deve ser de pelo menos 70% da população abrangida Obter níveis adequados de qualidade do serviço, mensuráveis pela conformidade dos indicadores de qualidade do serviço definidos pela entidade reguladora Aumentar a produtividade e a competitividade do setor através de soluções que promovam a ecoeficiência inovadoras e Apostar na agricultura como atividade tradicional, em regime de pluriatividade e de complementaridade, com funções de auto consumo e lazer. A proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro encontra-se em sintonia com este objetivo do PNA uma vez que prevê, no seu regulamento, que a implementação das propostas constantes e decorrentes do presente plano devem observar o conjunto de orientações e princípios que se encontram definidos no PNUEA. A proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro apresenta uma aposta na promoção de um desenvolvimento da base económica local amiga e respeitadora do ambiente. Neste contexto, a proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro encontra-se em consonância com este objetivo do PNUEA. A proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro encontra-se em sintonia com este objetivo do PNA uma vez que prevê, no seu regulamento, que a implementação das propostas constantes e decorrentes do presente plano devem observar o conjunto de orientações e princípios que se encontram definidos no PEAASAR II. Conforme referido anteriormente, atualmente a responsabilidade pelo sistema de abastecimento de água para consumo humano, e pelo sistema de drenagem e tratamento das águas residuais, é da AdRA Águas da Região de Aveiro (e da CM em algumas matérias), pelo que importa fazer a ressalva de que o cumprimento deste objetivo não depende, somente, da atuação da Câmara Municipal, mas da complementaridade das atuações conjuntas realizadas entre a Câmara Municipal de Oliveira do Bairro e a AdRA. 167

171 Proposta para a Estratégia de Proteção dos Solos Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Industriais Plano Estratégico para os Resíduos Sólidos Urbanos II Estratégia Nacional para os Efluentes Agro-Pecuários e Agro- Industriais AAE da Proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro QRE Objetivos Estratégicos Efeito FCD Qualidade Ambiental O cumprimento do normativo ambiental e dos objetivos da política de ambiente e do ordenamento do território, através de uma abordagem territorial e setorial integrada A sustentabilidade dos modelos de gestão, associada à implementação de modelos de gestão eficientes e sustentáveis, e de aplicação do princípio do poluidor-pagador e garantia de um quadro tarifário sustentável para os setores económicos Prevenção da produção + Maximização da reciclagem + Minimização da deposição em aterro + + A proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro encontra-se em sintonia com este objetivo do PNA uma vez que prevê, no seu regulamento, que a implementação das propostas constantes e decorrentes do presente plano devem observar o conjunto de orientações e princípios que se encontram definidos no ENEAPAI. A proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro tem ainda como objetivo estratégico Reduzir as disfunções ambientais localizadas, designadamente solos contaminados, fontes de poluição e águas poluídas, e outras formas de contaminação que surjam. + Por outro lado, decorre da legislação que todas as explorações agro-pecuárias e agro-industriais deverão dispor de um Plano de Gestão de Efluentes Pecuários, pelo que ficam salvaguardados, desta forma, os objetivos do ENEAPAI. Conforme já referido anteriormente a proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro converge com o objetivo relacionado com a gestão integrada dos resíduos uma vez que apresenta como objetivo estratégico Investir na melhoria da infra-estruturação básica e ambiental de todo o tecido urbano nomeadamente infra-estruturas de recolha de resíduos sólidos urbanos. Além do mais, o município pretende continuar a promover a introdução de novos equipamentos de recolha de resíduos, sempre que tal se afigure necessário, sendo este procedimento acompanhado por campanhas de sensibilização à população, com vista à diminuição da produção de resíduos e ao aumento de resíduos encaminhados para a reciclagem. A proteção e valorização ambiental do território + A proposta de revisão do PDM apresenta como objetivo estratégico Promover o desenvolvimento da base económica local amiga e respeitadora do ambiente. Reabilitar os solos degradados, garantindo um nível de funcionalidade mínimo coerente com a sua utilização atual e prevista, tendo assim igualmente em conta os custos da reabilitação do solo + A proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro está em consonância com este objetivo uma vez que tem como objetivo estratégico Reduzir as disfunções ambientais localizadas, designadamente solos contaminados, fontes de poluição e águas poluídas, e outras formas de contaminação que surjam. 168

172 Polis Litoral da Ria de Aveiro Plano Regional de Ordenamento do Território do Centro Plano de Gestão das Bacias Hidrográficas dos rios Vouga, Mondego e Lis AAE da Proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro QRE Objetivos Estratégicos Efeito FCD Qualidade Ambiental Definição de soluções específicas para o planeamento e gestão de recursos hídricos, de acordo com as diferentes condições e necessidades de cada território, garantindo a utilização sustentável da água, com harmonização de metodologias e compatibilização de estratégias a adotar à escala da bacia hidrográfica. + A proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro tem como objetivos estratégicos Reduzir as disfunções ambientais localizadas, designadamente solos contaminados, fontes de poluição e águas poluídas, e outras formas de contaminação que surjam, Promover a melhoria das faixas ribeirinhas e Conjugar a gestão dos recursos hídricos com as políticas setoriais e com as políticas de desenvolvimento regional e de ordenamento do território objetivos estes que contribuem para o planeamento e gestão dos recursos hídricos. A concretização das opções constantes dos instrumentos de gestão territorial de âmbito nacional, no respeito pelos princípios gerais da ( ) sustentabilidade dos recursos naturais e da qualificação ambiental, urbanística e paisagística do território A proteção, valorização e gestão sustentável dos recursos hídricos + + A proposta de revisão do plano em análise está em consonância com o objetivo do PROT-C uma vez que apresenta como objetivo estratégico Conjugar a gestão dos recursos hídricos com as políticas setoriais e com as políticas de desenvolvimento regional e de ordenamento do território. Promoção e dinamização da vivência da Ria + A proposta de revisão do PDM prevê como objetivo estratégico Conjugar a gestão dos recursos hídricos com as políticas setoriais e com as políticas de desenvolvimento regional e de ordenamento do território objetivo estes que contribui para o planeamento e gestão dos recursos hídricos. 169

173 A análise do quadro anterior permite verificar que os objetivos estratégicos inerentes à proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro terão uma contribuição positiva para o alcance dos objetivos estratégicos dos instrumentos definidos no QRE, no que diz respeito ao FCD - Qualidade Ambiental. De facto, ao nível dos objetivos estratégicos da proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro constata-se uma relação de convergência com os objetivos propostos nos diversos instrumentos de cariz ambiental definidos no QRE, facto reforçado através do regulamento da proposta do Plano, obrigando ao cumprimento de determinadas medidas que garantam a eco-eficiência e sustentabilidade ambiental dos projetos previstos para a área afeta à proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro Oportunidades e Ameaças da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro As oportunidades e as ameaças constituem a avaliação da forma como a qualidade ambiental será afetada com a implementação da proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro. Neste contexto, o quadro seguinte identifica as oportunidades e as ameaças resultantes dos principais impactes estratégicos, positivos e negativos, relacionados com as ações inerentes à proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro. Quadro Oportunidades e Ameaças resultantes da execução da proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro no que respeita ao FCD Qualidade Ambiental Oportunidades Ameaças Melhoria do desempenho ambiental do município com aposta na criação de modelos de gestão empresarial mais sustentáveis do ponto de vista ambiental Aumento dos níveis de consciencialização ambiental por parte das populações, uma vez que se prevê o desenvolvimento de projetos relacionados com a sensibilização e educação ambiental Ampliação de áreas industriais (com implicações ao nível da produção de resíduos industriais, Melhoria do sistema de gestão de RSU águas residuais, emissões gasosas e poluição Aposta em intervenções que promovam a mobilidade sonora) sustentável (nomeadamente através da criação de Aumento do tráfego rodoviário resultante da ciclovias e aposta na rede ferroviária como alternativa expansão da malha viária de transporte para a mobilidade da população concelhia) Aumento da população residente (com Aposta em intervenções que promovam o uso eficiente implicações ao nível da depleção dos recursos da água naturais) Aproveitamento de recursos naturais para produção de energia (instalação de painéis fotovoltaicos) Aposta em intervenções que promovam a eco-eficiência energética (para iluminação) Requalificação da rede hidrográfica dentro dos perímetros urbanos 170

174 As oportunidades e ameaças referidas no quadro apresentado anteriormente serão analisadas seguidamente de forma mais pormenorizada, com vista a encontrar soluções que visem minimizar as ameaças e realçar as oportunidades identificadas. A proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro prevê uma melhoria do desempenho ambiental do município, através da aposta na criação de modelos de gestão empresarial mais sustentáveis do ponto de vista ambiental e contribuição para uma maior qualificação ambiental das áreas de atividade produtiva. A este respeito importa salientar que a estratégia inerente à proposta de revisão do PDM passa pela aposta num modelo de desenvolvimento económico, assente na adoção das melhores tecnologias disponíveis, que tenha como base de desenvolvimento o princípio da eco-eficiência e sustentabilidade ambiental, para os diversos domínios, apostando em promover o desenvolvimento de uma base local amiga e respeitadora do ambiente. Neste contexto importa realçar que a proposta de regulamento prevê que as áreas de Espaços de Atividades Económicas correspondem a espaços demarcados territorialmente dos espaços urbanos, ou quando tal não ocorre, a espaços cuja existência tem de assegurar padrões de qualidade ambiental e regras de compatibilidade com a envolvente. A proposta de regulamento refere ainda que constituem encargo das unidades a instalar a construção, manutenção e gestão dos sistemas que garantam de modo permanente e eficaz o controle e tratamento dos efluentes eventualmente produzidos, a eliminação de todas as formas de degradação ambiental resultante da laboração e a preservação ou utilização sustentável dos recursos naturais. Por outro lado, é interesse da Câmara Municipal de Oliveira do Bairro aumentar os níveis de consciencialização ambiental por parte das populações, indo desta forma ao encontro dos anseios demonstrados pela população no decorrer dos fóruns realizados no âmbito da Agenda 21 Local, que consideraram primordial a Sensibilização para a adoção de Boas Práticas Ambientais. De uma forma geral, o aumento previsto da população residente no concelho, assim como a instalação de atividades empresariais e industriais na área afeta à proposta de revisão do PDM potencia um aumento na produção de resíduos sólidos urbanos, constituindo-se uma ameaça neste sentido. De acordo com a hierarquia das operações de gestão de resíduos, definido pelo diploma que estabelece o regime geral da gestão de resíduos (artigo 7.º do Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro), a deposição de resíduos em aterro constitui a última opção de gestão, justificando-se apenas quando seja técnica e financeiramente inviável a prevenção, a reutilização, a reciclagem e outras formas de valorização. Neste contexto, a autarquia pretende continuar a promover campanhas de educação e sensibilização ambiental, com o intuito de fomentar uma mudança de atitude por parte dos cidadãos de forma a aumentar as taxas de resíduos encaminhados para a reciclagem. Para isso, pretende equipar o concelho 171

175 com novos equipamentos de recolha, pelo que se prevê que sejam criadas as condições para promover uma melhoria no sistema de gestão de RSU a nível concelhio. Relativamente aos impactes resultantes da laboração de atividades industriais, mais propriamente no que se refere aos resíduos industriais produzidos pelas unidades industriais implantadas ou a implantar na área territorial em análise, estas deverão promover a sua recolha, armazenamento e encaminhamento para destino final adequado, de acordo com o n.º 1, do Artigo 5.º, do Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro. Ao nível do consumo de água, prevê-se um aumento decorrente do incremento de população previsto para o concelho de Oliveira do Bairro, repercutindo-se num aumento de consumo de água ao nível concelhio. Neste contexto, é importante fomentar intervenções que visem o uso eficiente da água sendo que, a este nível, a proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro prevê, como forma de promover a utilização racional e eficiente do recurso água, a execução de um projeto relativo à Eficiência hídrica para edifícios e espaços públicos com vista a promover o uso eficiente da água. A aposta em intervenções que visam o uso eficiente da água, motivada pelos alicerces inerentes à sustentabilidade ambiental, favorece a imagem do concelho. Ao nível da qualidade do ar, o previsível aumento da atividade industrial, associada ao aumento da densidade populacional, acompanhado da expansão da malha viária, pode conduzir a uma situação de degradação da qualidade do ar do concelho. De facto, a implementação da presente proposta poderá ter influência na qualidade do ar da área envolvente, devido ao aumento de tráfego rodoviário, com emissão de poluentes para a atmosfera (nomeadamente CO 2). No entanto, a este nível, a autarquia pretende continuar a desenvolver intervenções que promovam a mobilidade sustentável. De facto, a proposta de revisão do PDM em análise pretende promover a criação de infra-estruturas que valorizem modos de transporte alternativos, nomeadamente a criação de redes cicláveis que permitam melhorar a qualidade do ar do município, combatendo desta forma as alterações climáticas e contribuindo para a qualidade de vida das populações. Neste contexto, o presente plano articula-se com a estratégia global do município em potenciar a mobilidade sustentável no concelho. A proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro prevê assim a existência de pistas cicláveis que fomentem e potencializem o uso da bicicleta. Além de inevitáveis efeitos positivos na saúde humana das populações, também contribui para a redução de volumes de tráfego e de poluição atmosférica e sonora. Todos os projetos referidos anteriormente contribuem para a proteção do ambiente e dos recursos naturais e, consequentemente, para o desenvolvimento de um concelho mais sustentável do ponto de vista ambiental. Por outro lado, acresce referir que, relativamente à ampliação de áreas industriais, no caso de se instalarem unidades industriais que potenciem a emissão de poluentes para a atmosfera, estas deverão 172

176 instalar sistemas de tratamento adequados, tendo em consideração o cumprimento da legislação em vigor. No que concerne ao consumo de energia, é expectável um aumento decorrente do incremento de população previsto para o concelho, repercutindo-se num aumento de consumo energético ao nível concelhio. A este nível, a presente proposta de revisão do PDM pretende desenvolver uma aposta no sentido de tornar o concelho mais eficiente do ponto de vista energético, assumindo a possibilidade de concretização de projetos que promovam a utilização racional da energia e a utilização de fontes de energia renovável, tais como a Utilização de lâmpadas económicas e o Aproveitamento de energia solar promoção da utilização e painéis solares. Estes projetos permitirão diminuir a fatura energética do município e contribuir para diminuir o consumo de combustíveis fósseis, promovendo o combate às alterações climáticas. No que concerne à afetação dos recursos hídricos superficiais, a proposta de revisão do Plano Diretor Municipal prevê a recuperação dos cursos de água existentes dentro do perímetro urbano. Também as ações de reabilitação e preservação dos cursos de água promovidas pela autarquia contribuem, de certa forma, para a melhoria da qualidade dos recursos hídricos superficiais. Ao nível dos recursos hídricos subterrâneos,conforme já referido anteriormente neste FCD, o concelho de Oliveira do Bairro integra uma área muito reduzida localizada a norte do concelho, a Zona Vulnerável 3 Litoral Centro, de acordo com o estipulado na Portaria n.º 164/2010, de 16 de Março. No entanto importa salientar que, de acordo com a planta de ordenamento proposta, essa área integra a categoria de solo correspondente a Espaços Naturais. Uma vez que, de acordo com o estipulado na proposta de Regulamento do PDM, nos solos qualificados como Espaços Naturais apenas se admitem intervenções que privilegiem a proteção dos recursos e caraterísticas naturais, podendo esta categoria de solos, pontualmente, ser vocacionado para utilização lúdico-turística compatível, sendo ainda permitida a instalação de equipamentos e infraestruturas de interesse público, desde que salvaguardados os valores naturais ou atividades existentes nos mesmos, não é expectável que as águas subterrâneas venham a ser comprometidas ao nível da sua qualidade e contaminadas por nitratos de origem agrícola. Ainda assim, deverá ser dado cumprimento ao programa de acão para a zona vulnerável n.º 3 Litoral Centro, conforme estipulado na legislação específica. Relativamente ao ruído importa salientar que a presente revisão do PDM possibilita ao município elaborar o Mapa de Ruído, tendo como base o novo enquadramento legal a este nível, com a identificação de conflitos relativamente às zonas sensíveis e mistas. Passa assim a existir uma regulamentação específica relativa ao zonamento acústico do concelho. No caso específico de Oliveira do Bairro, o Mapa de Ruído (2015) identificou o tráfego rodoviário como a principal fonte de ruído do concelho, sendo as vias rodoviárias mais ruidosas a A1/IP1, EN235, 173

177 ER333/EN333 e a EM335. Identificou igualmente cenários de alguma conflitualidade do ponto de vista acústico derivados da existência de elevadas densidades de edificado para fins habitacionais praticamente colado a vias de considerável volume de tráfego, nomeadamente junto das vias identificadas anteriormente e das vias rodoviárias que atravessam o centro da cidade de Oliveira do Bairro. A este respeito importa referir que, a manter-se a tendência atual do aumento do volume de tráfego nos principais eixos viários do concelho de Oliveira do Bairro, a qualidade do ambiente sonoro do concelho tenderá a ficar comprometida. Quanto ao ruído industrial verificou-se que o impacto ruidoso é praticamente confinado ao espaço das zonas industriais. Relativamente ao tráfego ferroviário os fluxos de circulação configuram um cenário de conflitualidade moderada, associada ao impacte ruidoso provocado nas habitações localizadas junto ao traçado da Linha do Norte (Mapa de Ruído, 2015). O Mapa de Ruído refere ainda que as áreas a classificar (zonas sensíveis ou mistas) com níveis de ruído ambiente que excedem os critérios legais devem ser objeto de planos de redução de ruído. Por outro lado, e não obstante o referido anteriormente, a proteção do ambiente sonoro será condicionada pela adoção de estratégias relacionadas com a mobilidade sustentável e com o controlo dos níveis de ruído emitidos pelas indústrias existentes. Neste contexto, o concelho pretende desenvolver esforços no sentido da implementação de vários projetos relacionados com a mobilidade sustentável, nomeadamente através da adoção de uma gestão mais adequada dos serviços de transporte rodoviário, assim como pela expansão das redes cicláveis. Por outro lado, para que a proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro possa contribuir de forma positiva para o alcance dos objetivos de sustentabilidade, seria indispensável promover a responsabilidade ambiental das unidades/empresariais industriais instaladas ou a instalar no concelho fomentando, nomeadamente, a implementação de sistemas de gestão ambiental. Reforça-se, por último, que os projetos que venham a ser incluídos neste PDM, e que estejam abrangidos pelo instrumento de Avaliação de Impacte Ambiental, terão naturalmente de ser sujeitos ao procedimento legal previsto, sendo que todos os impactes ambientais decorrentes da implementação desses mesmos projetos deverão ser tidos em consideração, com o pormenor que este instrumento exige. 174

178 Diretrizes para Seguimento AAE da Proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro As diretrizes de seguimento constituem orientações ou recomendações que podem contribuir para o acompanhamento dos efeitos da proposta revisão do PDM de Oliveira do Bairro no que respeita à qualidade ambiental, e que melhor integram os princípios e objetivos da sustentabilidade. Relativamente ao domínio Resíduos recomenda-se que se atue no sentido de: Aumentar a taxa de separação de resíduos, através da realização de campanhas de sensibilização ambiental dirigidas a vários tipos de público-alvo e do reforço do número de ecopontos; Assegurar que o surgimento de novas atividades económicas seja acompanhado pela implementação de um sistema de gestão de resíduos adequado, que responda às necessidades das unidades instaladas. As unidades industriais deverão ter em conta as boas práticas de gestão de resíduos, considerando o Princípio da Responsabilização e deverão cumprir os princípios da gestão de resíduos relativamente à redução, reutilização, reciclagem e recuperação dos resíduos produzidos. Apesar dos sistemas de abastecimento de água não serem atualmente da competência da CM, existem algumas medidas ao nível do uso eficiente da água que a Câmara Municipal deverá fomentar, nomeadamente: Promover o uso sustentável da água, através de ações de sensibilização dirigidas a diferentes tipos de público-alvo; Garantir intervenções qualitativas de promoção do uso eficiente da água, no que diz respeito ao uso urbano (de acordo com as medidas previstas no PNUEA); Fomentar a realização de ações de educação ambiental dirigidas ao setor agro-pecuário, de forma a informar/sensibilizar os agricultores das consequências da utilização de adubos e pesticidas e das consequências da poluição difusa. Os recursos hídricos devem ser considerados como elementos a valorizar e preservar, aquando da execução da proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro. De acordo com a Lei n.º 58/2005, de 29 de Dezembro, o ordenamento e planeamento dos recursos hídricos visam compatibilizar, de forma integrada, a utilização sustentável desses recursos com a sua proteção e valorização, bem como com a proteção de pessoas e bens contra fenómenos extremos associados às águas. Neste contexto, é responsabilidade da CM reabilitar a rede hidrográfica dentro dos perímetros urbanos. 175

179 Relativamente ao ruído, é possível, através da análise efetuada ao mapa de ruído, definir o nível de ocupação do solo prevista para uma determinada zona, evitando a instalação de utilizações do tipo sensível (escolas, hospitais, entre outros) em áreas mais ruidosas, compatibilizando-se desta forma o uso do solo com os níveis de ruído existentes ou previstos. De modo a acautelar uma eventual degradação da qualidade do ar no concelho de Oliveira do Bairro recomenda-se o seguinte: Fomentar a execução de projetos que contribuam para a mobilidade sustentável. No que respeita à energia, recomenda-se que se atue no sentido de: Fomentar a implementação de sistemas industriais mais eficientes do ponto de vista energético; Fomentar a produção de energia a partir de fontes de energia renovável. Fomentar a realização de ações de sensibilização junto da população relativas à utilização eficiente da energia. Deverão ainda ser respeitadas as orientações definidas no Plano de Controlo, onde são definidos os indicadores, objetivos de sustentabilidade e medidas de gestão ambiental, que deverão ser tidas em consideração na execução do Plano, para que se garantam elevados níveis de sustentabilidade. 176

180 5.7. FATOR CRÍTICO PARA A DECISÃO PATRIMÓNIO CULTURAL E DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO Descrição do Fator Crítico para a Decisão e seus objetivos O património é determinante na memória e identidade de uma comunidade local pois é fruto das suas tradições e costumes bem como do seu património físico e factos históricos. A sua caraterização permite identificar quais os elementos e conjuntos construídos que representam testemunhos da história da ocupação e do uso do território e assumem especial interesse pois são condicionadores da dinâmica e vivências de um determinado território. O desenvolvimento do setor do Turismo pode assim, ser encarado como uma oportunidade de desenvolvimento, considerando a valorização do Património Histórico e Cultural. O património cultural do município de Oliveira do Bairro constitui-se, pela sua qualidade e diversidade, como elemento de irrevogável valor na memória e identidade de uma comunidade, sendo objetivo da avaliação efetuada neste FCD analisar de que forma estão salvaguardados e valorizados na proposta de revisão do PDM estes elementos fundamentais do património cultural e paisagístico do Município. Assim, ao nível da identidade histórica e cultural, a avaliação realizada no presente FCD persegue um conjunto de objetivos de sustentabilidade consubstanciados na preservação dos edifícios históricos bem como dos elementos culturais importantes, na promoção da reabilitação de edifícios históricos, na conservação e preservação do património arqueológico e arquitetónico, assim como dos valores históricos e culturais do concelho. O quadro seguinte apresenta sumariamente os objetivos de sustentabilidade que se pretendem atingir com a análise ao domínio de avaliação definido para o FCD Património Cultural e Desenvolvimento Turístico. Quadro Domínio de avaliação definido para o FCD Património Cultural e Desenvolvimento Turístico, e respetivos objetivos de sustentabilidade Domínio de Objetivos de Sustentabilidade Avaliação Património Histórico e Cultural Turismo e Lazer Conservar e valorizar o património arquitetónico e cultural do concelho Preservar e valorizar os edifícios históricos, locais arqueológicos e outras caraterísticas culturais importantes Promover a reabilitação de edifícios históricos Promover a valorização do património histórico e cultural Qualificar a rede de Equipamentos de Utilização Coletiva Definir espaços atrativos e qualificados que permitam a sua utilização para práticas de lazer Incentivar a prática de um turismo sustentável aproveitando o potencial do património histórico e cultural 177

181 Património Cultural e Desenvolvimento Turístico AAE da Proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro A avaliação realizada ao nível do FCD Património Cultural e Desenvolvimento Turístico pretende identificar, para cada domínio de avaliação, os efeitos significativos, positivos e negativos, bem como detetar ameaças e reforçar oportunidades que possam surgir com a proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro. Será assim possível antecipar, se justificável, a necessidade de contemplar medidas de minimização de eventuais efeitos negativos ou a introdução de opções que confiram a sustentabilidade pretendida para o Município de Oliveira do Bairro. De forma a auxiliar o nível de pormenorização da análise que se pretende efetuar, identificaram-se os seguintes critérios de avaliação e respetivos indicadores para este FCD (Quadro ), através dos quais, numa primeira abordagem, se irá proceder à caraterização da situação de referência e análise de tendências. Quadro Relação entre o domínio de análise considerado para o FCD Património Cultural e Desenvolvimento Turístico, com os critérios de avaliação e os principais indicadores estabelecidos FCD Domínio Critérios de Avaliação Indicadores Unidade Fonte Património Histórico e Cultural Preservar o património arquitetónico, arqueológico e cultural do concelho Reabilitação do edificado Promoção de eventos culturais Património cultural e edificado N.º IGESPAR Imóveis Classificados N.º IGESPAR Património Arqueológico N.º Município Obras em edifícios históricos (recuperação/ manutenção) Reabilitação de edifícios urbanos degradados 1 N.º N.º Município Município Eventos culturais N.º Município Ações de divulgação cultural Qualificar a rede de Equipamentos de Utilização Coletiva N.º e Equipamentos Culturais Tipo Incentivar a prática de um turismo sustentável Turismo e aproveitando o potencial Lazer do património histórico e Empreendimentos cultural turísticos, equipamentos de Definir espaços atrativos e N.º e animação turística e qualificados que permitam Tipo equipamentos de recreio e a sua utilização para lazer práticas de lazer (IGESPAR Instituto de Gestão do Património Arquitetónico e Arqueológico) 1 - Indicador analisado na avaliação da implementação da proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro. N.º Município Município Município 178

182 Situação Existente e Análise de Tendências AAE da Proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro Neste capítulo pretende-se caracterizar o município de Oliveira do Bairro, desenvolvendo uma análise de tendências relativa a cada um dos domínios de análise propostos, tendo por base os indicadores definidos, sem contudo considerar a atual proposta de revisão do PDM. SITUAÇÃO EXISTENTE Domínio: Património Histórico e Cultural Património cultural e edificado O património edificado presente no concelho de Oliveira do Bairro é essencialmente constituído por elementos de cariz religioso, baseando-se sobretudo em elementos que espelham a religião, fé e crença, como igrejas, capelas e cruzeiros e encontram-se disseminadas por todo o território concelhio. Estes elementos apresentam-se identificados de forma pormenorizada no Estudo Sectorial da proposta de revisão do PDM História e Património que integra a proposta de revisão do PDM, e quantificados quanto à sua tipologia, no quadro que se segue. Quadro Património edificado existente no concelho de Oliveira do Bairro Tipo N.º Capelas 44 Igrejas 7 Cruzeiros 22 Outros imóveis de valor patrimonial 4 O concelho de Oliveira do Bairro assinala ainda a existência de alguns imóveis pertencentes ao património local, que merecem ser considerados em termos de proteção e valorização. Ao nível da arquitetura popular, muitos são os motivos de interesse, desde as tradicionais técnicas de construção em adobe, aos remates de telhados em cerâmica. O concelho de Oliveira do Bairro apresenta e oferece uma grande riqueza em matéria de património cultural, nas sua variadas formas de expressão, como o folclore, a música, o teatro, entre outras, sendo de referir a este nível o importante contributo que algumas das associações culturais e recreativas do concelho, as quais se encontra disseminadas um pouco por todo o município (Estudo Setorial da proposta de revisão do PDM - História e Património, 2014). Em termos do artesanato existente no concelho de Oliveira do Bairro, este encontra-se normalmente associado às atividades rurais e baseia-se nos trabalhos de cestaria, esteiras, latoaria e cerâmica. Conforme referido no Relatório de Fundamentação das Opções do Plano (2014), o ambiente marcadamente rural, a gastronomia e a enologia, o artesanato, os arrozais e o Vale do Cértima, os 179

183 antigos moinhos, a cerâmica e a industrialização, constituem elementos da história e da memória do concelho de Oliveira do Bairro que podem e devem ser valorizados e divulgados. A salientar ainda a gastronomia como parte da identidade de um local e de uma região, sendo que no território em análise este é integrante da região e da Rota da Bairrada, aspeto importante na valorização e promoção do turismo. Imóveis Classificados Ao Instituto de Gestão do Património Arquitetónico e Arqueológico - IGESPAR 20 compete por lei propor a classificação dos bens culturais imóveis de âmbito nacional. Cabe-lhe, assim, a definição dos critérios que deverão ser utilizados neste processo: critérios de carácter geral - histórico-cultural, estético-social e técnico-científico; e de carácter complementar - integridade, autenticidade e exemplaridade do bem ( Assim, de acordo com o seu valor, os bens imóveis de interesse cultural podem ser classificados como de ''Interesse Nacional'' (com a designação de "Monumento Nacional"), "Interesse Público" ou "Interesse Municipal" (classificação camarária). Apesar do concelho de Oliveira do Bairro possuir um conjunto de elementos patrimoniais significativo, não se constata a presença de nenhum elemento patrimonial classificado pelo IGESPAR. Património Arqueológico O concelho de Oliveira do Bairro dispõe de elementos que traduzem a presença humana em épocas passadas e que fazem parte integrante do património arqueológico concelhio, os quais se encontram identificados no quadro seguinte. Quadro 3 - Património Arqueológico identificado no concelho de Oliveira do Bairro (Estudos Sectoriais da proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro, 2014) Tipo Designação Freguesia Observações Arquitectura Civil / Ponte Vestígios de Superfície Pontes da Palhaça Cabeço Branco Vestígios de Superfície Oiã Oiã Foi proposta a classificação como Imóvel de Interesse Público (IIP. Composta por três estruturas constituídas por três pequenos arcos, construídos com tijoleiras de barro argamassada. Proposta de revogação de da DRCCentro, atendendo a que o conjunto a classificar já não existe. Apresentam-se localizados numa extensa mata de pinheiros, na proximidade do traçado da EN 235. É composto por uma pequena elevação de perfil arredondado, que embora grande parte do seu sector poente ter sido desbastado para instalação 20 A reestruturação do IPPAR - Instituto Português do Património Arquitetónico, do IPA - Instituto Português de Arqueologia e de parte das funções da Direção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais deu origem ao Instituto de Gestão do Património Arquitetónico e Arqueológico, IP (IGESPAR), de acordo com o estipulado no Decreto-lei n.º 96/2007 de 29 de Março. 180

184 Tipo Designação Freguesia Observações de unidades fabris, se localiza numa posição geográfica privilegiada, entre linhas de água, sobranceiro a um vale aluvionar com possui matéria prima (sílex) em abundância. Foi identificada uma grande abundância de indústria lítica de fácies microlamelar, cuja cronologia parece corresponder á pré-história antiga. Estação de Ar Livre Concheiro Estação de Ar Livre Rio Levira III - Estação de Ar Livre Rio Levira II Concheiro Rio Levira I - Estação de Ar Livre Oliveira do Bairro Oliveira do Bairro Oliveira do Bairro Sítio datado do período Calcolítico. Situado numa pequena encosta a cerca de 100 metros do curso do rio Levira e a 20 metros a Poente do traçado do gasoduto, detetou-se um concheiro. Aparentemente, esta estação, que data do período Mesolítico, encontra-se destruída por uma plantação de eucaliptos. Situada em terrenos arenosos, numa pequena encosta a cerca de 20 metros do rio Levira e 20 metros a Este da pista do gasoduto, foi detetada a presença de uma estação arqueológica Aparentemente, esta estação já se encontrava destruída, tendo sido realizadas sondagens com o objectivo de avaliar eventuais prolongamentos da estação e tentar determinar o grau de destruição do sítio arqueológico, que aparentemente parece datar do Calcolítico. Obras em edifícios históricos (recuperação/manutenção) De acordo com informação dos estudos setoriais da proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro ( Estrutura e Forma Urbana ), de uma forma geral, as estruturas edificadas existentes no concelho apresentam-se num estado de conservação que pode ser considerado bom, observando-se no entanto algumas situações de edificado que se encontra em mau estado ou com aspeto degradado, designadamente na freguesia da Mamarrosa. De acordo com o mesmo documento, no concelho de Oliveira do Bairro, tendo em consideração as caraterísticas ocupacionais descritas, os programas de intervenção poderão ser resumidos em seis tipos de objetivos, os quais se cruzam e complementam, conforme a tipologia de espaço urbano presente no território concelhio: QUALIFICAR: Objetivo principal de qualquer intervenção em todas as tipologias de espaço urbano. Criar incentivos para a qualidade da intervenção privada sobre o território (prémios de arquitetura e de engenharia, por exemplo), incutir o sentido social de posse sobre espaços urbanos de utilização coletiva (equipamentos, serviços e espaços públicos), conferir particular ênfase à intervenção pública nos espaços que a todos pertencem, são algumas das ações que devem ser assumidas e adotadas enquanto ações prioritárias; MANTER: A intervenção no espaço urbano já consolidado, ou seja com alinhamentos e volumetrias perfeitamente identificadas, com uma estrutura urbana de espaços públicos de estar e de circulação claramente definida, terá por objetivo a manutenção dos tecidos e malha urbana preexistentes; REABILITAR: Apesar de ser um objetivo passível de aplicação em intervenções em espaços diversos, é nas zonas consolidadas mais antigas que deverá ser assumido como peça-chave. A reabilitação 181

185 pressupõe o respeito pela morfologia urbana presente, ou seja, a melhoria das condições de uso e habitabilidade destas zonas será feita com a preocupação de recuperação da imagem dos conjuntos e do caráter dos espaços; CONSOLIDAR: Considera-se a consolidação como principal objetivo nas estruturas urbanas onde apesar de já existir construção, os espaços vazios proporcionam a possibilidade de definir e melhorar a forma e função do território urbano. Colmatar espaços intersticiais assumindo as regras da envolvente sempre que favoreçam a qualidade urbana ou definindo novas regras, quer ao nível dos alinhamentos, quer das volumetrias, quer ao nível das caraterísticas dos espaços de circulação, designadamente ao nível dos passeios e faixas de rodagem, etc; TRANSFORMAR: Os vazios urbanos são os territórios que, à primeira vista, são mais fáceis do ponto de vista da intervenção / desenho urbano, uma vez que neles nada existe que vincule uma ou outra opção. No entanto, a intervenção num território virgem do ponto de vista urbanístico constitui um desafio que facilmente pode fracassar se não houver capacidade de gerir a transformação como uma oportunidade de articular as urbanidades existentes com as novas. Criar regulamentação urbana de raiz ou assumir a regulamentação da envolvente; INTEGRAR: Encara-se o objetivo da integração como especial desafio nos espaços aos quais se encontram associados programas funcionais singulares, sejam eles industriais ou de equipamentos. O desenho de novas zonas urbanas deve também obedecer a este objetivo. Para este objetivo concorre a capacidade de intervir sobre o espaço público principal elemento de continuidade urbana: percurso automóvel ou pedonal, e de regulamentar a estética do construído (formas, volumes, cores). Importa ainda referir sobre esta matéria que a autarquia tem vindo a desenvolver ações pontuais de recuperação/manutenção quer em Bibliotecas, Escolas Primárias, como na Escola de Arte e na Igreja de S. Simão. Eventos culturais A autarquia de Oliveira do Bairro desenvolve todos os anos um conjunto de iniciativas de cariz cultural, permitindo desta forma uma interação com a sua população (Quadro ). Quadro Eventos Culturais realizados no concelho de Oliveira do Bairro Ler para Crescer Crescer a Ler (abril) VIVA As Associações (maio/junho) Festa da Criança (maio/junho) Marchas Populares (junho) Eventos Culturais Entrega de packs de leitura a bebés nascidos no concelho de Oliveira do Bairro. Feira do movimento associativo do concelho de Oliveira do Bairro, onde as associações apresentam os seus projetos. Parque de Diversão no Espaço Inovação em Vila Verde Oliveira do Bairro com inúmeras atividades gratuitas para as crianças. Celebração dos santos populares através de Marchas. 182

186 Feira Medieval (junho) Vereadores de Palmo e Meio (junho) FIACOBA Feira Industrial, Comercial e Agrícola da Bairrada (julho) Municípios Sem Fronteiras (agosto) 65 em Festa (setembro/outubro) Chá Dançante Matiné Sénior (uma vez por mês) Exposições de pintura e fotografia (todo o ano) Atividades da Biblioteca Municipal (todo o ano) Atividades do Museu de Etnomúsica da Bairrada (todo o ano) Quartel das Artes Dr. Alípio Sol (todo o ano) Eventos Culturais Feira de revivalismo histórico. Reunião de Câmara efetuada por jovens alunos do concelho. Feira de múltiplas experiências com forte componente cultural. Jogos sem fronteiras disputados por equipas representantes das freguesias do concelho. Arraial minhoto que promove o convívio e a diversão entre a população sénior do concelho. Dirigida aos munícipes com idade igual ou superior a 65 anos e que se realiza no último domingo de cada mês em várias localidades do concelho. Exposições de vários artistas na Sala de Exposições da Câmara Municipal. Vários projetos de promoção da leitura e do livro, ateliês infantis e ocupação de tempos livres. Vários projetos de ateliês infantis no âmbito da museologia e da música, concertos, sessões de cinema para seniores e publicação de obras ligadas à temática do museu. Espetáculos de música, teatro e bailado. Ações de divulgação cultural A Câmara Municipal de Oliveira do Bairro apresenta e divulga as suas iniciativas culturais sob diferentes formas, nomeadamente através de: Boletim Municipal OI (periodicidade mensal); Site da Câmara Municipal de Oliveira do Bairro; Página de Facebook da Câmara Municipal de Oliveira do Bairro; Site do Quartel das Artes Dr. Alípio Sol; Cartazes e flyers dos eventos distribuídos pelo concelho e região; Rede Municipal de Muppies; Outdoors digitais da autarquia; Nota de Imprensa relativas aos eventos enviadas para os meios de comunicação social, regionais e nacionais; Publicidade em jornais, revistas e rádios. 183

187 Domínio: Turismo e Lazer Equipamentos Culturais Conforme referido no Estudo Setorial de Caraterização da proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro - Equipamentos, o concelho de Oliveira do Bairro apresenta e oferece uma grande riqueza em matéria de património cultural, nas sua variadas formas de expressão, como o folclore, a música, o teatro, entre outras, sendo de referir a este nível o importante contributo que algumas das associações culturais e recreativas do concelho, as quais se encontra disseminadas um pouco por todo o município. Para além dos recintos e espaços das suas associações, onde se realizam várias manifestações culturais, dispõe ainda de vários equipamentos culturais, de entre os quais se destacam os espaços museológicos e de exposições, espaços de leitura, mediatecas, rádio local (Bairrada FM) e jornal (Jornal da Bairrada). Os equipamentos culturais atualmente existentes no concelho são: Instituto de Educação e Cidadania tem como objetivo cultivar as ciências e as artes, o teatro, a música, a literatura e o artesanato; Sede do Rancho Folclórico da Mamarrosa - O Rancho Folclórico As Vindimeiras da Mamarrosa constitui-se como uma das bandeiras do concelho em matéria de património cultural; Centro Cultural Professor Élio Martins - constitui-se como um espaço multifuncional onde decorrem vária atividades de cariz cultural e recreativo; Biblioteca Municipal de Oliveira do Bairro Sede da Banda Filarmónica União de Oliveira do Bairro Filarmónica reconhecida como Instituição de Utilidade Pública em 1980 Centro Cultural do Troviscal Tem associado duas valências distintas, mas que se interligam entre si, designadamente a Escola das Artes da Bairrada e o Museu de Etnomúsica da Bairrada. Museu de São Pedro da Palhaça Quartel das Artes Dr. Alípio Sol inaugurado em 2014 e inicialmente designado por Casa da Cultura. O concelho de Oliveira do Bairro dispõe ainda de outros espaços que se constituem como locais de referência para o concelho, nomeadamente: recintos associados a algumas feiras e mercados (Feira de Bustos, o Mercado Municipal de Oliveira do Bairro, a Feira do Gado e da Palhaça e o Parque de Feiras e Exposições do Troviscal ( Espaço Inovação )). 184

188 Empreendimentos turísticos, equipamentos de animação turística e equipamentos de recreio e lazer Os equipamentos de recreio e lazer assumem-se no concelho de oliveira do Bairro como áreas preferenciais para a realização de atividades ao ar livre, recreio e lazer, desporto e mesmo cultura. O quadro seguinte apresenta os equipamentos de recreio e lazer existentes no concelho de Oliveira do Bairro. Quadro Equipamentos de Recreio e Lazer Existentes no concelho de Oliveira do Bairro (Estudo Setorial de Caraterização da proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro - Equipamentos ). Freguesia Equipamento Observações Espaço amplo e bastante arborizado, no qual se inclui uma zona de merendas, com Parque Merendas (Troviscal) União das bancos, mesas e churrasqueiras. Freguesias de Espaço de recreio e lazer localizado na área de jurisdição da antiga freguesia do Parque de Merendas Bustos, Troviscal Troviscal e Parque de Merendas (Parque do Rio Novo) Possui um espaço lúdico infantil, campo de ténis e lago artificial Mamarrosa Espaço de recreio e lazer localizado na área de jurisdição da antiga freguesia da Parque Verde Mamarrosa Parque Verde - Parque Verde (Vieiro) Possui piscina ao ar livre, bar de apoio e zona de merendas Localizado na margem do Rio Cértima. Apresenta mais valias cénicas dignas de Parque Verde (Lagoa) referência. Possui uma área de aproximadamente 8000 m 2., estando dotado mesas, bancos de cimento, churrasqueira e um palanque. Abrange uma área de aproximadamente 5 ha e localiza-se na margem Sul / Poente da confluência do rio Levira com o rio Cértima, na proximidade do centro de Perrães. Parque Verde (Carreiro Velho) Possui uma vista privilegiada sobre a Pateira de Fermentelos. Inclui zona de Merendas com capacidade para cerca de 250 pessoas, cais de barcos e zona de pesca, sanitários, parque ao ar livre, terreiro de festas, dois postos de observação da natureza, parede de escalada, restaurante-bar e parque de estacionamento. Oiã Parque Verde (Prego) Parque arborizado com uma área de 7000 m 2, situado junto à Pateira de Fermentelos. Este parque foi requalificado no âmbito do projeto UNIR@Ria, em parceria com a Associação de Municípios da Ria e a Câmara Municipal de Oliveira do Bairro. Apresenta uma localização junto do Rio Cértima, oferecendo uma envolvente paisagística marcante e que se carateriza pela existência de arrozais recuperados Parque Verde (Ribeirinho) Parque arborizado, com uma área de aproximadamente 8000 m 2, junto ao rio Levira, na Giesta: Foi alvo de um projeto desenvolvido no âmbito do projeto UNIR@Ria, o qual se encontra já parcialmente implementado, nomeadamente o bar, parque infantil e instalações sanitárias. Parque de Merendas (Pateira) Este parque abrange uma área de aproximadamente 1,5 ha e apresenta-se localizado em Silveiro e consiste numa área natural com elevado potencial turístico e desportivo, dada a proximidade que oferece relativamente aos rios Cértima e Levira e à Pateira de Fermentelos. Inclui piscina, campo de futebol, parque infantil, bar e zona de merendas. Estes equipamentos estão associados à União Desportiva e Recreativa do Silveiro (U.D.R.S.), a qual promove a realização de eventos de natureza diversa. Parque Verde (Seara) Possui lago artificial. Parque Verde - Parque Verde (Canhota) Localizado em Montelongo, junto do Rio Levira, este parque oferece uma área reduzida, estando prevista a sua ampliação parta uma área de aproximadamente 2000m 2. O parque encontra-se já dotado com alguns equipamentos (churrasqueira, mesas, bancos) e ainda com uma área de estacionamento para bicicletas. Oliveira do Este Parque localiza-se Amoreira do Repolão e abrange uma área de Bairro aproximadamente m 2, na qual se incluem algumas infraestruturas de apoio, Parque Merendas (Atómicos) nomeadamente sanitários, mesas, pequeno campo de jogos, entre outros, sendo intenção da Câmara Municipal assegurar a ampliação do parque para uma área da ordem dos 2 ha. O parque integra ainda o edifício da associação Atómicos Sport Clube, uma zona de merendas, piscina e um campo de jogos em terra batida. Palhaça Parque Verde (Palhaça) Espaço verde de grande dimensões que inclui uma zona de merendas com churrasqueiras e um pequeno lago artificial 185

189 Relativamente aos empreendimentos turísticos, conforme informação da Câmara Municipal, o concelho de Oliveira do Bairro dispõe de dois estabelecimentos hoteleiros (um unidade hoteleira e uma pensão). Análise SWOT A análise SWOT, apresentada no quadro que se segue, pretende traçar um diagnóstico geral e o resumo das tendências existentes ao nível do Concelho de Oliveira do Bairro no que concerne Património Cultural e Desenvolvimento Turístico. Esta análise identifica as tendências de evolução provável no cenário de não implementação da proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro (Quadro ). Quadro Análise SWOT no âmbito do FCD Património Cultural e Desenvolvimento Turístico Forças Fraquezas Riqueza em património cultural construído Existência de algum edificado com interesse municipal Aposta em ações de reabilitação/ valorização do património por parte da Autarquia Condições topográficas favoráveis ao estabelecimento de redes e de percursos Ecoturismo e turismo rural como possibilidades a explorar Oportunidades Equipamentos à disposição das populações numa perspetiva territorialmente equilibrada Tradições históricas e culturais do concelho como fator dinamizador da vida sócio-económica local e capaz de contribuir para o desenvolvimento da atividade turística do concelho Aposta no setor do turismo, nomeadamente no turismo de natureza, turismo sustentável e turismo de negócio Implementação do projeto Rede Ciclo Pedonal Municipal Aproveitamento das zonas ribeirinhas para atividades de recreio e lazer Aposta no desenvolvimento do Parque de Negócios / Exposições ( Espaço Inovação ) já existente, de uma forma temática e permanente, com forte componente de lazer Património edificado encontra-se essencialmente associado a lugares de culto Grande parte das construções é executada em adobes sendo pouco resistentes ao tempo Falta de sensibilização relativa ao património cultural Ausência de espaços públicos estruturados para as práticas de recreio e do lazer Fraca capacidade de alojamento e de proporcionar outros interesses pode não potenciar possíveis efeitos positivos resultantes de maiores dinâmicas de procura Ameaças Concorrência dos concelhos vizinhos (como Aveiro e Ílhavo) com uma oferta turística mais qualificada pode potenciar uma diminuição de afluência de turistas Algumas atividades tradicionais estão a perder-se com o tempo: latoaria, cestaria e moagem ANÁLISE DE TENDÊNCIAS A presente análise de tendências tem em consideração a evolução provável do estado do ambiente na ausência da proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro. De uma forma geral, não se preveem alterações significativas relativamente à tendência caracterizada na situação de referência ao nível dos diversos domínios de avaliação e indicadores analisados. 186

190 Património Cultural e Desenvolvimento Turístico AAE da Proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro O quadro que se segue apresenta um resumo da tendência de evolução de cada indicador, na ausência de implementação da proposta de revisão do PDM. Quadro Avaliação da tendência de evolução de cada indicador, na ausência de implementação da proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro Tendência de FCD Domínio Critérios de Avaliação Indicadores evolução sem revisão do PDM Património Cultural e Preservar o património edificado arquitetónico, arqueológico e cultural do concelho Imóveis Classificados Património Arqueológico Património Histórico e Cultural Turismo e Lazer Reabilitação do edificado Promoção de eventos culturais Qualificar a rede de Equipamentos de Utilização Coletiva Incentivar a prática de um turismo sustentável aproveitando o potencial do património histórico e cultural Definir espaços atrativos e qualificados que permitam a sua utilização para práticas de lazer Obras em edifícios históricos (recuperação/ manutenção) Reabilitação de edifícios urbanos degradados Eventos culturais Ações de divulgação cultural Equipamentos culturais Empreendimentos turísticos, equipamentos de animação turística e equipamentos de recreio e lazer - Indicador evolui de forma positiva (relativamente à situação de referência) - Indicador não apresenta alteração (relativamente à situação de referência) - Indicador evolui de forma negativa (relativamente à situação de referência) 187

191 Efeitos esperados da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro Análise da relação entre as opções estratégicas da proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro e os indicadores definidos para o Fator Crítico para a Decisão Património Cultural e Desenvolvimento Turístico A análise dos efeitos esperados pela proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro será efetuada tendo por base os efeitos significativos das opções estratégicas (e objetivos estratégicos correspondentes) assumidas pela proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro que poderão ser observados ao nível dos indicadores definidos. Assim, as opções estratégicas e respetivos objetivos da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro podem consubstanciar diferentes contributos ou conflitos ao nível dos elementos caracterizados por alguns indicadores selecionados para a análise do FCD Património Cultural e Desenvolvimento Turístico, que são sistematizados no Quadro

192 Quadro Efeitos esperados negativos e positivos identificados para os indicadores definidos no âmbito do FCD Património Cultural e Desenvolvimento Turístico Domínios Indicadores Efeitos Esperados Positivos Efeitos Esperados Negativos Património Cultural e Edificado A proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro apresenta enquanto objetivo estratégico Estruturar o tecido urbano com escala humana e em harmonia com o Imóveis classificados Património arqueológico legado da memória, da história e dos valores culturais e tradicionais. Com a materialização deste objetivo pretende-se assegurar a preservação do património edificado, pelo que se considera este efeito como significativo. - Obras em edifícios históricos A proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro prevê, enquanto objetivo Património Histórico (recuperação/ manutenção) estratégico Incentivar processos de qualificação de espaços públicos assim como e Cultural Qualificar os centros urbanos, como forma de afirmação de uma imagem e de uma - Reabilitação de edifícios urbanos estrutura urbana sustentável assumindo-se, desta forma a melhoria da qualidade degradados do ambiente urbano. Considera-se o efeito positivo como significativo. Turismo e Lazer Eventos culturais Ações de divulgação cultural Equipamentos Culturais Empreendimentos turísticos, equipamentos de animação turística e equipamentos de recreio e lazer A proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro apresenta como objetivos estratégicos a Aposta no desenvolvimento do Turismo de Natureza, a Implementação do Projeto Rede Ciclo Pedonal de Oliveira do Bairro enquadrando os elementos históricos, da identidade e do poder das tradições e da cultura, a Implementação do Projeto - Portas da cidade e a Implementação do Parque Verde da Cidade e do Parque dos Pinheiros Mansos, garantindo desta forma um efeito esperado positivo, uma vez que o alcance destes objetivos potenciará a promoção do turismo, permitindo valorizar o património cultural, bem como aumentar o potencial económico e a divulgação da imagem do concelho. A concretização das propostas em torno do reforço da rede de parques de recreio e lazer já existente será ainda complementada com a criação de mais alguns parques na freguesia de Oliveira do Bairro, de entre eles o futuro Parque Verde da Cidade, em Vila Verde. De salientar ainda que se encontra prevista a construção de um novo Mercado Municipal, assim como de uma unidade museológica associada a uma das atividades mais emblemáticas da região, a cerâmica. (-) Não são esperados efeitos negativos resultantes do processo de revisão do PDM de Oliveira do Bairro sobre os indicadores - 189

193 Análise da relação entre as opções estratégicas da proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro e os objetivos de sustentabilidade do Quadro de Referência Estratégico No presente capítulo será promovida uma análise que visa evidenciar a forma como o modelo de desenvolvimento proposto pela proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro, que se traduz nas suas opções e objetivos estratégicos e mais concretamente no seu Regulamento, contribui para o cumprimento dos objetivos de sustentabilidade estabelecidos no Quadro de Referência Estratégico. Neste contexto, pretende-se avaliar os efeitos significativos no ambiente resultantes da implementação da proposta de revisão do Plano atendendo aos objetivos de proteção ambiental estabelecidos a nível internacional, comunitário ou nacional que sejam pertinentes para o Plano ou programa e a forma como estes objetivos e todas as considerações ambientais foram tomadas em consideração durante a sua elaboração (alínea d, n.º 1 do artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 58/2011, de 4 de Maio). Esta análise permitirá avaliar em que medida o objeto de estudo contribui (+) (criando oportunidades) ou conflitua (-) (criando ameaças) com os objetivos delineados pelos instrumentos do QRE definido para a presente proposta de revisão do Plano (Quadro ). Os instrumentos do QRE considerados como relevantes para a análise do património foram o PNPOT e o PENT 190

194 Plano Estratégico Nacional do Turismo Programa Nacional de Política de Ordenamento do Território AAE da Proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro Quadro Contribuição da proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro para o alcance dos objetivos de sustentabilidade do QRE, no âmbito do FCD Património Cultural e Desenvolvimento Turístico QRE Objetivos Estratégicos Efeito FCD Património Cultural e Desenvolvimento Turístico Conservar e valorizar a biodiversidade, os recursos e o património natural, paisagístico e cultural, utilizar de modo sustentável os recursos energéticos e geológicos, e prevenir e minimizar os riscos. Estratégia de Produtos - estruturar a oferta de circuitos turísticos religiosos e culturais, de turismo de saúde e de turismo de natureza para promoção internacional. Sustentabilidade do ambiente, apostando na utilização racional dos recursos naturais e na valorização do património natural. Sustentabilidade das paisagens naturais e culturais, focando na relação entre o turista e o espaço, região e comunidades da envolvência, contribuindo para a experiência global da visita É objetivo estratégico da proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro Estruturar o tecido urbano com escala humana e em harmonia com o legado da memória, da história e dos valores culturais e tradicionais, pelo que se considera que a proposta de revisão do PDM contribui para a prossecução deste objetivo do PNPOT. Por outro lado importa salientar que esta proposta de revisão identifica, na Planta de Ordenamento, elementos do património cultural, onde se integram áreas onde são conhecidas ocorrências de vestígios arqueológicos e ainda imóveis de interesse patrimonial, que correspondem a imóveis que, pelo seu interesse cultural, histórico, religioso e arquitetónico, são considerados como valores de memória e da identidade dos locais em que se enquadram, pelo que devem ser alvo de medidas de proteção e valorização. Pelo referido anteriormente, considera-se que a proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro contribui para a prossecução deste objetivo do PNPOT. Para além dos objetivos estratégicos da proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro, definidos pelo município de Oliveira do Bairro, e que permitirão potenciar o setor do turismo e as atividades de recreio e lazer, as próprias caraterísticas biofísicas do concelho, o Rio Cértima, a proximidade à Pateira de Fermentelos, assim como a existência de alguns sítios que apresentam potencialidades em termos paisagísticos, associados às condições topográficas favoráveis que se encontra presentes no concelho, permitem que Oliveira do Bairro integre redes de acontecimentos e de atividades com interesse para o turismo sustentável e de forte vertente natural. A rede ciclável municipal poderia constituir-se como um dos primeiros projetos a explorar, uma vez que é possível pensar e desenhar esta rede considerando, num futuro próximo, uma rede ciclável da Região do Baixo Vouga. Por outro lado, importa salientar que a proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro identifica no seu regulamento os percursos que fazem parte integrante da rede de vias cicláveis, sendo que os troços definidos asseguram a ligação entre os vários parques de recreio e lazer do concelho. Esta rede potencia o reforço das condições de segurança ao nível da mobilidade ciclável e contribui para a melhoria da qualidade ambiental e da qualidade de vida da população, promovendo complementarmente, o desenvolvimento do ecoturismo. Pelo referido anteriormente, considera-se que a proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro contribui para a prossecução dos objetivos do PENT uma vez que pretende promover a valorização do património histórico e cultural e dos valores locais. 191

195 Oportunidades e Ameaças da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro As oportunidades e as ameaças constituem a avaliação da forma como o património natural e cultural será afetado com a implementação da proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro. Neste contexto, procede-se à identificação das oportunidades e ameaças que a proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro poderá provocar ao nível do FCD Património Cultural e Desenvolvimento Turístico. O quadro seguinte identifica as oportunidades e as ameaças resultantes dos principais impactes estratégicos, positivos e negativos, relacionados com as ações inerentes à proposta de revisão do referido PDM. Quadro Oportunidades e Ameaças resultantes da execução da proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro no que respeita ao FCD Património Cultural e Desenvolvimento Turístico Oportunidades Ameaças Potencial natural do concelho que poderá contribuir para o desenvolvimento e promoção do turismo de natureza Aposta no turismo diferenciado, encontrando modelos inovadores e que tirem partido da singularidade dos elementos naturais paisagísticos, patrimoniais e culturais presentes a nível concelhio que sejam potenciadores do desenvolvimento económico sustentável do concelho Dinamização dos espaços verdes, jardins existentes e zonas ribeirinhas Desenvolvimento e promoção do turismo gastronómico e vitivinívola Degradação do património cultural devido à falta Qualificação e promoção do artesanato local de conservação Desenvolvimento do turismo que possibilite uma projeção e visibilidade do Concelho que contribuirá para potenciar as atividades económicas e sociais Preservação da identidade concelhia, dinamização cultural e criação de uma cultura local que valorize o seu património Desenvolvimento de campanhas de sensibilização que enalteçam as caraterísticas únicas do concelho, orientadas para os valores da qualidade de vida e bemestar 192

196 Diretrizes para Seguimento AAE da Proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro As diretrizes de seguimento constituem orientações ou recomendações que podem contribuir para o acompanhamento dos efeitos da proposta revisão do PDM de Oliveira do Bairro no que respeita ao Património Cultural e Desenvolvimento Turístico, e que melhor integram os princípios e objetivos da sustentabilidade. Neste sentido, o concelho de Oliveira do Bairro deverá tomar medidas no sentido de preservar o seu património natural e cultural, o que irá traduzir-se em mais valias em termos turísticos para o concelho. Relativamente ao domínio Património Histórico e Cultural recomenda-se que se atue no sentido de: Promover e valorizar o património arqueológico, arquitetónico e cultural; Promover ações de reabilitação do património cultural; Promover as tradições e os costumes populares do município. No que respeita ao domínio Turismo e Lazer recomenda-se que se atue no sentido de: Conservar os equipamentos culturais e de recreio e lazer; Promover iniciativas de sensibilização da população para a preservação dos espaços verdes de recreio e de lazer; Definir uma estratégia de desenvolvimento turístico, de recreio e lazer para o concelho. 193

197 5.8. FATOR CRÍTICO PARA A DECISÃO - RISCOS AMBIENTAIS Descrição do Fator Crítico para a Decisão e seus objetivos A gestão de risco é um processo contínuo e dinâmico que tem como principal objetivo identificar, avaliar e prevenir a ocorrência de situações de risco, quer estas tenham origem em processos naturais quer sejam decorrentes das diferentes atividades desenvolvidas. A adoção de medidas adequadas à gestão do risco e, consequentemente, à prevenção e mitigação dos impactes associados a potenciais acidentes ou situações de emergência deve assumir elevada importância em qualquer processo de gestão. Sendo assim, a previsão e prevenção de riscos deverá ser um dos fatores cruciais na análise e avaliação dos diferentes planos territoriais. A proposta em análise reporta à revisão do PDM de Oliveira do Bairro e pretende avaliar os impactes resultantes da concretização dos seus objetivos em função das caraterísticas da região. Oliveira do Bairro é um concelho maioritariamente agrícola e florestal. A floresta é a ocupação dominante no Concelho representando cerca de 36% da superfície total do concelho (3160ha) sendo predominante nas freguesias de Oiã (1015ha) e de Oliveira do Bairro (904ha). O Concelho apresenta uma área significativa ocupada por espaços florestais (floresta e matos), os quais representam cerca de 50% da área total. Os povoamentos são maioritariamente de pinheiro bravo representando cerca de 80% da área florestal, ao qual se segue o eucalipto e havendo também a presença de espécies arbóreas de folhosas (Relatório de Diagnóstico Seletivo Agenda 21 Local, Agosto de 2007). Verifica-se no território a existência de grandes continuidades de manchas florestais, facto que contribui para um aumento de risco de incêndio. No entanto, embora se registe esta presença florestal, pelas caraterísticas de gestão e localização (próxima de aglomerados populacionais) a perigosidade, bem como o risco de ocorrência de incêndios florestais, apresenta-se como de baixa a média em quase toda a extensão do território, excetuando-se algumas pequenas manchas pontuais onde o risco pode chegar a alto (PMDFCI, 2008). O Concelho de Oliveira do Bairro, integra caraterísticas e valores paisagísticos os quais devem ser alvo de avaliação e preservação. Dentro destes devem-se considerar as caraterísticas biofísicas bem como a presença da área florestal. De uma forma isolada ou em conjunto, estes elementos podem desenvolver ou contribuir para o desenvolvimento de situações de risco ambiental, que em segunda linha de análise acarretarão impactes sobre a população e bens materiais. A degradação ou destruição da componente florestal poderá resultar da possibilidade de ocorrência de incêndios florestais ou de outros acidentes e ações antrópicas que tenham como resultado um incêndio. Desta forma, e com o objetivo de minimizar a degradação da componente florestal, considera-se essencial a integração de um domínio de avaliação que contemple a avaliação da ocorrência de Incêndios. Em termos de caraterísticas do território importa ainda salientar a existência de espaço classificado como RAN e REN. Atualmente a RAN do concelho de Oliveira do Bairro ocupa uma área de cerca de 29km 2, o 194

198 que equivale a 33,8% do território do concelho. É de referir o facto de parte desta área pertencer simultaneamente à RAN e à REN. A REN ocupa uma área de cerca de 30Km 2, o que equivale a 34,2% da área do concelho. Nesta encontram-se os seguintes ecossistemas: Área com riscos de erosão, Área de máxima infiltração, Área abrangida pelas cheias, Cabeceira de linha de água e Linha de água. Dentro destes os mais representativos são as áreas de máxima infiltração e as áreas abrangidas pelas cheias. As áreas com riscos de erosão ocupam uma área muito reduzida do território e integram espaços de floresta com atual proteção contra a erosão (áreas com declives > 15%) (Relatório de Diagnóstico Seletivo Agenda 21 Local, Agosto de 2007). Importa ainda referir aqui a importância da rede hidrográfica, pela presença do Rio Vouga, e a influência de toda a sua bacia. Devido à fraca capacidade de infiltração dos solos originam-se, em situações de grandes precipitações escorrências superficiais. A estas escorrências, e nas situações em que o declive é superior a 15%, estão associados índices de erosão sendo esta mais acentuada nas encostas que estão desprotegidas de prevenção contra este efeito. Desta forma, e com o intuito de reduzir a degradação dos solos, torna-se importante integrar a Erosão como um domínio de avaliação. Associado a esta questão e pela presença da rede hidrográfica, em situações mais extremas podem ocorrer alagamentos ou até mesmo eventos de cheia, pelo que se justifica a inclusão de um domínio de análise Cheia. Em situação de ocorrência de escorrência ou cheias, estas podem contribuir para uma degradação das características da região bem como podem originar situações de vulnerabilidade populacional. Por este facto, torna-se importante a inclusão de elementos de análise que prevejam a avaliação, redução e minimização face à ocorrência destes eventos. Ainda como característica biofísica a salientar a localizar do território em análise face à localização de placas tectónicas, as quais estão eminentemente em probabilidade de movimento. Por este motivo, a possibilidade de ocorrência de risco de sismo é uma realidade no Concelho. Sendo assim considera-se essencial a integração de um domínio de análise que permita a avaliação e prevenção face a situações de Sismicidade já que o território apresenta intensidade de Grau VII (Muito Forte) (Estudos Setoriais de Caraterização - Sistema Biofísico). No que se refere ao dinamismo do setor empresarial este reflete-se nas zonas e espaços industriais já existente no concelho. De acordo com o atual PDM de Oliveira do Bairro existem, distribuídos pelas 4 freguesias, 11 parques e zonas industriais, sendo objetivo do plano em análise, a promoção do desenvolvimento e melhoria da sua atividade empresarial e industrial. Em função das caraterísticas destas atividades e tendo em atenção as exigências de laboração, poderão decorrer eventuais situações de risco ou emergência (os quais devem integrar, por exemplo, as situações de derrame, explosões e incêndios). Torna-se assim importante avaliar este potencial bem como definir medidas de minimização destes efeitos. Também as condições de trabalho são essenciais ao bom desenvolvimento da atividade económica e à minimização de eventos de riscos que possam contribuir para a degradação do património edificado e para uma redução do lucro das indústrias e empresas. Para além destes aspetos, ainda o facto destas situações contribuírem para uma degradação da qualidade do ambiente e paisagística do Concelho. Como domínio de análise sobre estas questões integra-se o domínio Acidentes Industriais. A 195

199 referir que este domínio avalia as atividades nas suas diferentes componentes e operações, devendo integrar também os riscos tecnológicos os quais serão indutores de impactes ambientais. Em suma, para o FCD Riscos Ambientais os domínios em análise são: Incêndio, Erosão, Cheias, Sismicidade e Acidentes Industriais. O Quadro seguinte apresenta os domínios de avaliação definidos para o FCD Riscos Ambientais, e associa-lhes os objetivos de sustentabilidade que se pretendem atingir. Quadro Domínios de avaliação definidos para o FCD Riscos Ambientais, e respetivos objetivos de sustentabilidade Domínio de Avaliação Objetivos de Sustentabilidade Prevenir a ocorrência de incêndios florestais e em edifícios Incêndio Erosão Cheias Acidentes Industriais Sismicidade Aumentar a resiliência do território aos incêndios florestais Prevenção da elevada impermeabilização do solo Reduzir a influência dos incêndios na saúde pública e nos ecossistemas Aumentar os níveis de proteção no solo Manter e recuperar processos ecológicos chave Minimizar a ocorrência de acidentes geomorfológicos Aumentar os níveis de proteção do solo Diminuir os efeitos de ocorrência de cheias Manter e recuperar processos ecológicos chave Prevenir a ocorrência de derrames para o solo Prevenir a ocorrência de situações de explosão Minimizar os efeitos na população exposta à ocorrência de acidentes industriais Prevenir as consequências provocadas por um sismo Refere-se que o domínio Erosão apenas será analisado no capítulo da situação existente uma vez que o mesmo consta da atual carta de condicionantes REN em vigor (como "Área com risco de erosão ). No entanto, resultado da não existência de áreas territoriais no concelho de Oliveira do Bairro com declives superiores a 30% (critério que atribui à atual classificação dos sistemas biofísicos da REN o risco de erosão), este não consta da proposta de REN. Neste contexto para os indicadores definidos para este domínio, não será desenvolvida a avaliação da implementação da proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro no presente relatório ambiental. A salvaguarda da ocorrência destes domínios contribuirá para a garantia da prevenção do risco para os ecossistemas e para o Homem bem como o seu controlo e acompanhamento devido contribuirão para o desenvolvimento de uma região mais sustentável. Para auxiliar o nível de pormenorização da análise estratégica que se pretende efetuar identificaram-se os vários domínios de avaliação, critérios e indicadores associados face ao FCD Riscos Ambientais, que se apresentam no Quadro seguinte. 196

200 Riscos Ambientais AAE da Proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro Quadro Relação entre os diversos domínios de análise considerados para o FCD - Riscos Ambientais, com os critérios de avaliação e os principais indicadores estabelecidos FCD Domínio Critério de avaliação Indicadores Unidade Fonte Incêndio Cheias Erosão Acidentes Industriais Grau de risco de incêndios Classe PMDFCI Recursos florestais Área ardida ha AFN Risco de incêndio AFN Número de ocorrências de incêndio florestal N.º Município Meios de prevenção e socorro Agentes de proteção civil e outras entidades envolvidas no combate a AFN N.º incêndios Município Levantamento dos edifícios de categoria de risco 3 e 4 do RJ-SCIE N.º Município Número de ações/programas previstos nos Eixos Estratégicos do PMDFCI Município Estratégias de minimização de N.º de Oliveira do Bairro cumpridos ocorrência de incêndios Medidas de promoção da reflorestação com espécies florestais autóctones e Município N.º de folhosas * Situação climatológica Precipitação mm Município Grau de impermeabilização Área impermeabilizada* ha Município Uso do solo em zonas inundáveis * Tipologia Município Efeitos da ocorrência de cheias e Edifícios sensíveis em áreas de risco de cheia/inundação * N.º Município inundações sobre bens materiais Zonas densamente povoadas * N.º Município Medidas de defesa contra risco de cheia implementadas * N.º Município Situações de cheias ou inundação Ocorrência de cheias N.º Município Áreas inundadas* ha Município Tipologia Município Uso do solo Caraterísticas do solo de uso Topografia % Município Eventos de erosão Elaboração de cartografia de risco* - Município Número de eventos de ocorrência de erosão N.º Município Situações de derrame Número de ocorrências de derrame * N.º Município Solo contaminado Área de terreno afetada em resultado de ocorrência de derrame * ha Município Situações de explosão Número de ocorrências de explosão * N.º Município Grau de impermeabilização afeto a Município Área do concelho ocupada por espaço industrial ha espaço industrial Ocorrências de acidentes com transportes de matérias perigosas N.º Município Transporte de matérias perigosas Medidas de prevenção face à ocorrência de acidentes com transportes de Município N.º matérias perigosas* 197

201 FCD Domínio Critério de avaliação Indicadores Unidade Fonte Intensidade sísmica do concelho Grau Município Elaboração de cartografia de risco sísmico do concelho* - Município Sismicidade Ocorrência de sismo Ações de sensibilização/divulgação sobre procedimentos de atuação face à Município N.º ocorrência de sismos* (PMDFCI Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios; AFN Autoridade Florestal Nacional; SCIE Segurança Contra Incêndios em Edifícios) * - Indicador com lacuna de informação, analisado na avaliação da implementação da proposta de revisão do PDM de Oliveira do Bairro 198

202 Situação Existente e Análise de Tendências Neste capítulo pretende-se efetuar uma caraterização da atual situação de referência para o território abrangido pelo PDM em análise, sistematizada nos domínios de análise considerados no FCD Riscos Ambientais. Será efetuada igualmente uma abordagem a questões de âmbito territorial mais abrangente, mediante a identificação de relações possíveis com o Plano. Trata-se de uma caraterização sintética, efetuada com base na informação considerada pertinente para a AAE, contida nos diferentes documentos estratégicos. SITUAÇÃO EXISTENTE Povoamentos florestais, risco de incêndio e área ardida O concelho de Oliveira do Bairro apresenta uma extensa ocupação florestal (3541 ha) representando esta cerca de 41% da superfície territorial do concelho com maior expressão nas freguesias de Oiã (1104ha) e Oliveira do Bairro (1045 ha). A área agrícola é também bastante significativa, representando cerca de 35% da área do concelho sendo que a área urbana representa cerca de 21% da área concelhia (1824 ha), sendo a freguesia da União das Freguesias de Bustos, Troviscal e Mamarrosa aquela que apresenta maior extensão com 588 ha (PMDFCI, ). Figura Mapa de ocupação do solo (PMDFCI, ) 199

203 Em termos de ocupação florestal, verifica-se que esta é constituída essencialmente por eucalipto e pinheiro bravo, representando, respetivamente, cerca de 23% (2042 ha) e 10% (875 ha) da área total do concelho. Destaca-se ainda o choupo com uma expressão significativa (304 ha), estando disperso por todo o concelho, sobretudo nas zonas mais baixas e húmidas, com especial incidência na União de Freguesias de Bustos, Troviscal e Mamarrosa (PMDFCI, ). Quadro Distribuição dos povoamentos florestais por freguesia (PMDFCI, ) As manchas de povoamentos de eucalipto e de pinheiro bravo ocupam, em muitos casos, áreas contínuas muito extensas, frequentemente com mais de 50 ha (PMDFCI, ). A figura seguinte permite a visualização da distribuição dos povoamentos florestais. 200

204 Figura Mapa da distribuição dos povoamentso florestais (PMDFCI, ) Resultado desta caraterização, a perigosidade de incêndio é uma realidade no concelho, apresentandose de seguida a distribuição por classes de perigosidade. Quadro Distribuição das classes de perigosidade de incêndio no concelho de Oliveira do Bairro (PMDFCI, ) Para uma melhor visualização da distribuição destas classes no concelho, apresenta-se o mapa de perigosidade de incêndio para o concelho de Oliveira do Bairro. 201

205 Figura Mapa de perigosidade de incêndio florestal no concelho de Oliveira do Bairro (PMDFCI, ) Constata-se que em termos de perigosidade tem-se maioritariamente perigosidade em classe muito baixa e baixa, representando estas 70% da área do concelho, sendo que apenas 13% do concelho apresenta perigosidade alta e muito alta (12% e 1% respetivamente). As áreas do concelho que apresentam maior perigosidade (alta e muito alta) correspondem aos locais de maiores declives e cuja ocupação do solo é maioritariamente de matos e herbáceas e de floresta (PMDFCI, ). Por sua vez, esta perigosidade recorre num risco de incêndio sendo que no concelho de Oliveira do Bairro a distribuição das classes de risco é a que se apresenta de seguida. 202

206 Quadro Distribuição das classes de risco de incêndio no concelho de Oliveira do Bairro (PMDFCI, ) Para uma melhor visualização da distribuição destas classes no concelho, apresenta-se o mapa de risco de incêndio para o concelho de Oliveira do Bairro. Figura Mapa de risco de incêndio florestal no concelho de Oliveira do Bairro (PMDFCI, ) Constata-se uma predominância da classe de risco média, havendo uma distribuição quase homogénea pelas restantes classes de risco, à exceção da classe de risco baixa, que apresenta um valor bastante inferior relativamente às restantes (5%). As classes de risco alta e muito alta, representam cerca de 34% 203

207 da área com risco de incêndio do concelho, distribuindo-se por todas as freguesias (PMDFCI, ), sendo de destacar a proximidade entre estas classes e áreas urbanizadas. Assim, ocorreram nos últimos 10 anos (período de referência compreendido entre ) várias situações de incêndio, sendo que a distribuição anual da área ardida no concelho de Oliveira do Bairro no período compreendido entre 2002 e 2012 é a que se apresenta de seguida. Figura Distribuição da área ardida no concelho de Oliveira do Bairro entre (PMDFCI, ) A análise da figura permite perceber que a extensão da área ardida é bastante reduzida no concelho de Oliveira do Bairro, constatando-se que este não é muito afetado pelo problema dos incêndios florestais. Constata-se ainda que, para o período de análise, as zonas mais afetadas no concelho de Oliveira do Bairro ocorreram a sudoeste, mais concretamente na freguesia da União das Freguesias de Bustos, Troviscal e Mamarrosa. Na figura que se segue apresenta-se a discriminação para o período referido para a área ardida e o número de ocorrências. 204

208 Figura Distribuição anual de área ardida e número de ocorrências no concelho de Oliveira do Bairro (PMDFCI, ) O ano de 2011 constitui-se como o ano com maior extensão de área ardida no concelho, no período Nesse ano a área ardida totalizou 71 hectares, o que corresponde quase ao valor do somatório da área ardida entre 2002 e No que se refere ao número de ocorrências, verifica-se que o ano de 2005 foi o que registou maior número no período , com 83 ocorrências. No sentido oposto, os anos de 2003 e 2004 foram os que registaram menor número de ocorrências (28), embora o ano de 2010 tenha sido o que registou menor área ardida (2 hectares) (PMDFCI, ). O concelho apresenta ainda uma extensão de área ardida e um número de ocorrências com elevada correlação, exceto para o ano de 2011, para o qual não se verificou esta tendência. Em termos de número de ocorrências, as freguesias mais afetadas foram Oiã e a União das Freguesias de Bustos, Troviscal e Mamarrosa, cujo número total de ocorrências entre 2002 e 2012, foi de 208 e 188, respetivamente. De acordo com a figura seguinte, a freguesia que se destacou no quinquénio foi a União das Freguesias de Bustos, Troviscal e Mamarrosa, por ter registado a maior área ardida em valor absoluto, com uma área ardida média anual de 15 ha tendo simultaneamente registado o maior número de ocorrências, apresentando uma média anual de 22 ocorrências. Se considerarmos o rácio área ardida por ocorrência, conclui-se que no quinquénio em análise, todas as freguesias apresentam valores bastante baixos, sendo a freguesia de União das Freguesias de Bustos, Troviscal e Mamarrosa a que apresenta o rácio mais elevado, com apenas 0,7 ha de área ardida por ocorrência. No que diz respeito ao ano de 2012, destaca-se a freguesia de Oiã, por ter registado a maior área ardida, com 10 ha. Nesse ano, a freguesia de União das Freguesias de Bustos, Troviscal e Mamarrosa foi a que apresentou maior número de ocorrências (16) (PMDFCI, ) 205

209 Figura Distribuição da área ardida e número de ocorrências de incêndio florestal no concelho de Oliveira do Bairro no período entre (PMDFCI, ) Analisando a repartição de área ardida por tipo de coberto vegetal no período , a figura que se segue demonstra um predomínio de área ardida de povoamentos florestais face à área ardida de matos. No período de análise, 80% da área ardida de espaços florestais correspondeu a área ardida de povoamentos. O ano de 2011 sobressai como aquele em que a área ardida de povoamentos florestais foi maior no período , atingindo 67 ha (41% da área ardida de espaços florestais). (PMDFCI, ) Figura Distribuição da área ardida por tipologia de coberto florestal no concelho de Oliveira do Bairro no período entre (PMDFCI, ) 206

210 No que se refere à distribuição da área ardida e do número de ocorrências por classes de extensão a figura seguinte demonstra que 97% das ocorrências entre 2002 e 2012 resultaram em fogachos ( 1 ha) e que conjuntamente foram responsáveis por 23% da área ardida total nos 11 anos. Não se verificou a ocorrência de grandes incêndios (com extensões superiores ou iguais a 100 ha), tendo-se apenas verificado um grande incêndio, no qual arderam 64 ha, representando 39% da área ardida total. (PMDFCI, ) Figura Distribuição da área ardida e número de ocorrências por classes de extensão no concelho de Oliveira do Bairro no período entre (PMDFCI, ) No período , não foram registados no concelho grandes incêndios (com extensão superior ou igual a 100 ha). O maior atingiu os 64 ha. Este incêndio esteve ativo entre 10 e 11 de agosto de 2011, tendo-se iniciado na freguesia de União das Freguesias de Bustos, Troviscal e Mamarrosa, mais concretamente no lugar de Cabeço de Bustos, coincidindo com a data de realização da festa de S. Lourenço. (PMDFCI, ) Como apontado no PMDFCI ( ), estes números evidenciam a extrema importância da primeira intervenção. O fato de haver um grande número de ocorrências não se traduz diretamente numa elevada área ardida, mas basta haver uma ocorrência detetada e/ou combatida tardiamente para, mediante as condições meteorológicas da altura, originar um grande incêndio com várias centenas de hectares. Para além dos incêndios florestais, também os incêndios urbanos são uma realidade nos territórios urbanizados. Este facto é influenciado pelas características dos edifícios presentes, nomeadamente o seu estado de conservação, a população servida, os meios de combate existentes e as facilidades de acesso. 207

211 Neste contexto, as escolas, lares de idosos e centros de dia, edifícios de prestação de cuidados de saúde, edifícios de elevada concentração populacional, pavilhões desportivos e outros como apresentado no PMEPC (ver figura seguinte), deverão ser alvo de especial atenção. Figura Suscetibilidade de incêndios urbanos e industriais no concelho de Oliveira do Bairro (PMEPC) Constata-se que a suscetibilidade de incêndios urbanos e industriais no concelho está classificada, para a maioria dos espaços, com grau de Baixa. Existem pequenas áreas com classificação de Moderada ou Elevada. Mesmo assim, os acidentes acontecem e, dados da ANPC, identificam a ocorrência de 109 incêndios em habitações, sem que no entanto discrime de forma mais detalhada esta informação. Agentes de proteção civil e outras entidades envolvidas no combate a incêndios O concelho de Oliveira do Bairro conta com os seguintes agentes (Estudos setoriais de caraterização R7 Equipamentos): Guarda Nacional Republicana, com 2 postos territoriais, um localizado na freguesia de Bustos e outro na freguesia de Oliveira do Bairro. Esta estrutura de segurança desenvolve as suas tradicionais funções em associação com outros programas (apoio e segurança ao cidadão, novo conceito de 208

212 policiamento Escola Segura, Serviço de Proteção da Natureza e Ambiente entre outros). Ambas a as unidades territoriais identificadas asseguram o patrulhamento em toda a área do concelho, sendo ainda de referir que o posto territorial de Oliveira do Bairro assegura ainda o patrulhamento de uma das freguesias do concelho vizinho de Águeda, designadamente da freguesia de Fermentelos. Bombeiros Voluntários de Oliveira do Bairro, com aquartelamento localizado na sede de concelho. A corporação apresenta-se tecnicamente organizada para combate a incêndios, socorro às populações em caso de incêndio, inundações, desabamentos, acidentes, catástrofes e calamidades, prevenção contra incêndios em edifícios públicos, recintos entre outros. A estrutura operacional perante a Autoridade Nacional de Proteção Civil compreende uma companhia, 3 seções, 6 brigadas e 12 equipas, a ela estando agregados um elemento de comando, 69 elementos voluntários e 23 elementos com vínculo profissional que fazem parte integrante do Quadro Ativo, 3 elementos que fazem parte integrante do Quadro de Honra, e ainda 23 outros elementos que não se encontram presentemente agregados a qualquer quadro. Levantamento de todos os edifícios, construídos, e a construir, das categorias de risco 3 e 4 do RJ-SCIE Atualmente o concelho de Oliveira do Bairro dispões dos seguintes edifícios: Quartel das Artes e Junta Freguesia de Oiã. Número de ações/programas previstos nos Eixos Estratégicos do PMDFCI de Oliveira do Bairro cumpridos A Câmara Municipal de Oliveira do Bairro detém e dá cumprimento ao plano operacional municipal, o qual responde às obrigatoriedades e exigências definidas no PMDFCI. Assim, para o PMDFCI : Foram executadas as faixas de gestão de combustível pela EDP, REN, EP, REFER, Brisa, CMOB e proprietários sendo que apenas cumpriram as metas previstas a EDP, a REN, a EP, a REFER e a Brisa. A CMOB cumpriu as metas previstas para a beneficiação da rede viária florestal. De uma forma geral foram cumpridas as metas previstas em termos de sensibilização e informação, conforme quadro seguinte. 209

213 Quadro Resumo das ações de sensibilização e fiscalização realizadas durante a vigência do PMDFCI AÇÃO DE SENSIBILIZAÇÃO OBJETIVOS ENTIDADE LOCAL PÚBLICO-ALVO DATA DE REALIZAÇÃO Sessões de esclarecimento Evitar comportamentos de risco em espaço florestal CMOLB Todas as freguesias (sede jf) População em geral 2008/2009 Sessões de esclarecimento Evitar comportamentos de risco em espaço florestal CMOL/BVOLB/G NR Escolas 1.º ciclo 1.º e 4.º anos 2009 Sessões de esclarecimento Evitar comportamentos de risco em espaço florestal. Evitar coimas relativas ao uso do fogo CMOLB/GNR 3 freguesias População em geral 2010 Workshop CMOLB Espaço inovação População em geral 2010 Placard's e distribuição de manual e folhetos informativos no âmbito da DFCI Evitar comportamentos de risco em espaço florestal CMOLB Espaço inovação (FIACOBA) População em geral 2010 Construção de um jogo didáctico (DFCI e protecção da floresta em geral) CMOLB Festa da criança crianças até 6.º ano 2011/2012 Ainda, desde o ano de 2009 que são elaborados cartazes referentes à gestão de combustível, e procedimentos a evitar durante período crítico bem como são anunciadas as datas do período critico. São ainda produzidos e divulgados 2 placard's referentes à DFCI aplicados ao período do Verão. Foi também elaborado um manual de gestão de combustível e um folheto informativo quanto à obrigatoriedade de proceder à gestão de combustíveis na área envolvente às edificações, regras para realização de queimas e queimadas e das coimas em que as pessoas incorrem em caso de incumprimento. No âmbito da DFCI são utilizados os meios de comunicação da CMOLB, nomeadamente boletim municipal e site, para informar da obrigatoriedade de realizar a gestão dos combustíveis e da necessidade de se evitarem comportamentos de risco. Precipitação, ocorrência de cheias e áreas inundadas Para o período compreendido entre , o concelho de Oliveira do Bairro apresentou um valor médio anual de precipitação média que varia ente os 800 e os 1000 mm na parte Oeste. Estes valores são no entanto superiores na zona Este do concelho, situando-se no intervalo de precipitação entre os 1200 e os 1400 mm (Estudos setoriais de caraterização Sistema Biofísico). 210

214 Entre 800 e 1000 Entre 1200 e 1400 Figura Valores médios anuais de precipitação (mm) no concelho de Oliveira do Bairro no período entre (Estudos setoriais de caraterização Sistema Biofísico) Dados mais recentes, para o período compreendido entre 1961 e 1990, relativamente à precipitação média total, o valor médio anual atingiu os 1071 mm. No período o mês que registou o valor diário mais elevado foi dezembro (71 mm), tendo maio registado o valor de precipitação máxima diária mais baixo (39 mm). (PMDFCI, ) Em termos hidrológicos, o concelho de Oliveira do Bairro encontra-se inserido na bacia hidrográfica do Vouga e que cobre cerca de km 2, tendo em conta as pequenas bacias hidrográficas afluentes diretas da Ria de Aveiro. As linhas de água que mais se destacam são os rios Levira, Cértima, Ervedal e Lindo, com caudal de água permanente e uma extensão significativa constituem uma mais-valia para serem utilizados como pontos de captação de água pelos meios de ataque aos incêndios. De referir, ainda que associadas a estas linhas de água, existem inúmeros cursos de água não permanentes afluentes dos referidos rios. (PMDFCI, ) 211

215 Figura Rede hidrográfica do concelho de Oliveira do Bairro (PMDFCI, ) De facto, a rede hidrográfica concelhia é dominada pelos cursos de água secundários provenientes do Rio Vouga, assumindo uma importância fundamental do ponto de vista da estrutura ecológica de todo o território do município de Oliveira do Bairro. Para análise do domínio Cheias torna-se importante analisar a geomorfologia do concelho. Neste ponto, evidencia-se sobretudo a presença de duas grandes unidades, as áreas Planálticas e as áreas Aluviares. A primeira destas unidades representa a quase totalidade do território municipal, abrangendo as cotas superiores a 50 metros, com um relevo suave originando grandes superfícies aplanadas, que correspondem aos vários níveis de praias levantadas. Por outro lado, as Baixas Aluviares encontram-se diretamente relacionadas com os aluviões dos Rios Cértima, Levira, Ervedal e Largo. A generalidade destas Baixas Aluviares é constituída por zonas planas com cotas inferiores a 15 metros e declives que não ultrapassam os 5%. (Estudos setoriais de caraterização Sistema Biofísico) Sob o aspeto geológico os sedimentos mais antigos que existem neste concelho reportam-se à Idade do Cretácico e do Quaternário. Do Cretácico (último período do Mesozóico) existem no concelho as seguintes formações geológicas (das mais antigas para as mais recentes) (Estudos setoriais de caraterização Sistema Biofísico): Grés da Palhaça, de grosseiros a muito grosseiros e com uma espessura máxima de 40 a 60 metros; 212

216 Calcários da Mamarrosa, constituídos por calcários e margas, apresentam-se com maior espessura no Troviscal (20 a 28 metros); Grés do Furadouro, com uma espessura máxima de 48 metros, surge nas freguesias da Palhaça e da Mamarrosa; Grés de Oiã, bem representados nas freguesias de Oiã e Troviscal, podem atingir uma espessura de 50 metros; Grés de Verba, grosseiros e muito grosseiros, que passam a finos nas proximidades às Argilas de Vagos, podendo atingir os 40 metros de profundidade; Argilas de Vagos, de cores esverdeadas e avermelhadas, localizam-se nos extremos nascente e poente do concelho e podem atingir os 160 metros de espessura. No que se refere ao Quaternário, distinguem-se no concelho de Oliveira do Bairro duas formações geológicas (da mais antiga para a mais recente) (Estudos setoriais de caraterização Sistema Biofísico): Depósito de areias de praias e terraços fluviais (Depósitos Modernos), com uma composição litológica fina e muito fina, cobrem grande parte da área do concelho, formando extensas plataformas; Aluviões, constituídos geralmente por materiais finos, areias, areões e seixos. Figura Carta geotécnica do concelho de Oliveira do Bairro (Estudos setoriais de caraterização Sistema Biofísico) 213

217 Resultado destas caraterísticas o concelho apresenta como condicionante áreas abrangidas pela cheias, como demonstra a atual carta de condicionantes da REN. Figura Carta de Condicionantes da REN em vigor ( A+DO+BAIRRO&TI=PDM&IDIGT=16&zoom=true&sp= _122012_Co_RE.jpg) 214

218 Segundo dados da ANPC para o período compreendido entre 01 de Janeiro de 2006 e 01 de Maio de 2014 os eventos registados são os apresentados no quadro seguinte. Quadro Eventos de inundação no concelho de Oliveira do Bairro no período entre e (ANPC, Maio 2014) Freguesia Evento Número Bustos Inundação de estruturas ou superfícies por precipitação intensa 5 Bustos, Troviscal e Mamarrosa Inundação de estruturas ou superfícies por precipitação intensa 1 Oíã Inundação de estruturas ou superfícies por precipitação intensa 18 Oliveira do Bairro Inundação de estruturas ou superfícies por precipitação intensa 23 Inundação de estruturas por água canalizada 2 Palhaça Inundação de estruturas ou superfícies por precipitação intensa 3 Troviscal Inundação de estruturas ou superfícies por precipitação intensa 3 Total Inundação de estruturas ou superfícies por precipitação intensa 53 Inundação de estruturas por água canalizada 2 Uso do solo, topografia, eventos de erosão Em termos de usos do solo, o concelho de Oliveira do Bairro apresenta a distribuição por usos conforme se apresenta no quadro que se segue, onde se constata que a agricultura e a floresta apresentam uma expressão significativa. Quadro Uso do solo no concelho de Oliveira do Bairro (PMDFCI ) 215

219 Esta realidade resulta das caraterísticas do território do Município de Oliveira do Bairro o qual apresenta uma variação altimétrica pouco significativa, em geral pouco acentuada, crescente do Norte para Sul e de Este para Oeste, sem contudo apresentar grandes elevações dignas de referência e com uma amplitude que varia entre os 0 e os 100 metros, sendo a classe de altitude mais representativa a dos metros, correspondendo a 27% do concelho e a menos representativa, apenas 1% da área, a classe de altimetria superior a 70 metros (altitude máxima 84 m), altitudes estas que se localizam maioritariamente a sul da freguesia de Oliveira do Bairro. (PMDFCI, ). Este aspeto permita o desenvolvimento das práticas agrícolas. É no setor Nordeste do território que surgem as áreas de maior declive, com valores que variam entre dos 0 e 25%, sendo ponteado por mínimas áreas dotadas de declives superiores a 25%. As áreas que correspondem aos declives mais elevados encontram-se geralmente associadas aos encaixes dos principais cursos de água, constatando-se no entanto que para a grande maioria do território concelhio o declive assume valores inferiores a 5%. Os vales pouco profundos que existem no concelho não alteram o carácter da paisagem, a qual se apresenta caracterizada do ponto de vista morfológico como pouco movimentado ou pouco energético e com grandes amplitudes visuais, não sendo significativas as pequenas variações das exposições solares (Estudos setoriais de caraterização Sistema Biofísico). A figura seguinte demonstra a variação altimétrica no concelho de Oliveira do Bairro. Figura Hipsometria do concelho de Oliveira do Bairro (PMDFCI, ) 216

220 Da análise da figura, denota-se a existência de um gradiente de aumento de altitude desde a zona de fronteira do concelho para o interior, sendo a zona oeste a maior área abrangida por cotas mais elevadas, que inclui parte das freguesias da Palhaça e da União de Freguesias de Bustos, Troviscal e Mamarrosa. As cotas mais baixas situam-se com maior incidência nas freguesias de Oliveira do Bairro e Oiã, coincidindo com os vales dos rios Cértima, Levira, Lindo e Ervedal (PMDFCI, ). Em termos de relevo, o concelho de Oliveira do Bairro tem um relevo bastante suave, predominando os declives inferiores a 10 (em 95% da superfície do concelho), existem zonas no concelho (cerca de 1% da superfície) que apresentam declives muito acentuados, com valores superiores a 20, distribuindo-se cerca de 50% na freguesia de Oliveira do Bairro e de uma forma uniforme pelas restantes freguesias do concelho (PMDFCI, ). Na figura seguinte apresenta-se a carta de declives do concelho de Oliveira do Bairro. Figura Carta de declives do concelho de Oliveira do Bairro (PMDFCI, ) Resultado destas caraterísticas, à data da elaboração da carta de condicionantes REN em vigor foi identificado para o concelho área com risco de erosão, conforme de demonstra da figura seguinte. 217

221 Figura Carta de Condicionantes da REN em vigor ( A+DO+BAIRRO&TI=PDM&IDIGT=16&zoom=true&sp= _122012_Co_RE.jpg) Segundo dados da ANPC para o período compreendido entre 01 de Janeiro de 2006 e 01 de Maio de 2014 os eventos registados são os apresentados no quadro seguinte. 218

222 Quadro Eventos de movimentos de massa no concelho de Oliveira do Bairro no período entre e (ANPC, Maio 2014) Freguesia Evento Número Oiã Movimentos de massa 3 Área do concelho ocupada por espaço industrial e ocorrências de acidentes Segundo dados do INE de 2012 (atualização de 23 de Outubro de 2013) a superfície de uso industrial do solo identificado nos PMOT é de 357,3ha. O concelho de Oliveira do Bairro conta com a presença dos seguintes espaço económicos em solo urbanizado. Quadro Espaços industriais no concelho de Oliveira so Bairro (Relatório de fundamentação das opções do plano) Freguesia Espaços Notas Oiã Oliveira do Bairro Bustos Palhaça Oliveira do Bairro e do Troviscal Zona Industrial de Oiã Zona Industrial de Oiã Nascente Zona Industrial Norte de Oliveira do Bairro Zona Industrial Nascente Zona Industrial Poente Zona Industrial de Bustos Zona Industrial da Palhaça Zona Industrial de Vila Verde Como espaço vocacionado para a localização e instalação de unidades empresariais / industriais destaca-se a Zona Industrial de Oiã. Esta zona industrial assume uma expressão territorial digna de registo e apresenta-se já bastante consolidada, registando uma percentagem de ocupação próxima dos 100%. Encontra-se atualmente instalada nesta zona industrial a empresa LEVIRA Encontra-se instalado o Quartel dos Bombeiros de Oliveira do Bairro, assim como as antigas instalações da empresa Pavimenta Encontram-se presentes nesta zona industrial as instalações da Barvel e Metal Cértima Encontra-se instalada nesta zona industrial as as instalações da empresa RECER Área do concelho fortemente vocacionada para a exploração de argilas e para a indústria cerâmica. Parte integrante de uma extensa área que se encontra vocacionada para o uso industrial / empresarial e que se estende para além dos limites administrativos do concelho de Oliveira do Bairro, abrangendo os concelhos vizinhos de Vagos, Ílhavo e Aveiro Centro de Feiras e Exposições de Oliveira do Bairro (Espaço Inovação), equipamento que se encontra integrado nesta zona industrial. Nestes espaços e resultado das atividades praticadas podem resultar um conjunto de situações de risco com influência em bens e pessoas, pelo que importa que cada indústria avalie os seus riscos e defina planos de prevenção e atuação face a eventuais ocorrências. Dados da ANPC (2014) para o período compreendido entre 01 de janeiro de 2006 e 01 de Maio de 2014 referem a ocorrências de 24 incêndios industriais e 11 acidentes tecnológicos e industriais, sem que no entanto se identifique a natureza dos mesmos. 219

223 Transporte de matérias perigosas AAE da Proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Oliveira do Bairro O transporte de mercadorias perigosas constitui um potencial perigo tendo em consideração as vias que o atravessam. Um acidente no transporte de substâncias perigosas origina risco de explosão e potencial perda de contenção da mercadoria, permitindo o contacto da mercadoria, potencialmente tóxica, com o Homem. O Regime Jurídico e Regulamentação Nacional do Transporte Terrestre de Mercadorias Perigosas (RNTMP) Decreto-Lei n.º 41-A/2010, de 29 de abril, alterado pelo Decreto-Lei n.º 206-A/2012 de 31 de agosto e pelo Decreto-Lei n.º 19A/2014 de 07 de fevereiro, e o Código da Estrada, constituem a regulamentação de base para o transporte de mercadorias. O regulamento estabelece disposições, para cada mercadoria, agrupando-as em diferentes classes. Para além do risco de explosão, o acontecimento iniciador mais comum é a perda de contenção da mercadoria, potenciando a sua perigosidade, por exemplo, o contacto da mercadoria tóxica com o Homem, da mercadoria inflamável com uma fonte de ignição ou da mudança de estado físico da mercadoria com mudança das suas propriedades (PME Oliveira do Bairro). A perda de contenção pode acontecer por degradação do contentor na sequência de um acidente rodoviário, incorreta operação das válvulas, ou por ação física interior ou exterior, tal como por exemplo, uma ação mecânica, uma ação química, uma ação térmica ou uma ação de sobrepressões (PME Oliveira do Bairro). Em termos gerais os fenómenos perigosos que se manifestam neste tipo de acidentes (a sobrepressão e a radiação térmica de explosões, a radiação térmica e fumos nocivos de incêndios, a toxicidade de nuvens ou derrames tóxicos, entre outros) têm a capacidade de provocar efeitos de grau diverso consoante o tipo de elementos expostos: o Homem, o Ambiente ou bens materiais (PME Oliveira do Bairro). No Município, as vulnerabilidades relacionadas com os acidentes de transporte de substâncias perigosas relacionam-se com o tráfego de cada via de comunicação, com as populações residentes nas proximidades das mesmas e das respetivas indústrias (PME Oliveira do Bairro). O município dispõe do Plano Municipal de Emergência o qual define um conjunto de mecanismos de atuação face à ocorrência destes eventos. No que respeita aos acidentes graves de tráfego, embora tenham uma incidência reduzida, não se pode descurar. Dados da ANPC para o período compreendido entre 01 de Janeiro de 2006 e 01 de Maio de 2014 os eventos registados são os apresentados no quadro seguinte. 220

224 Quadro Acidentes com transportes químicos no concelho de Oliveira do Bairro no período entre e (ANPC, Maio 2014) Freguesia Evento Número Bustos Químicos em trânsito 1 Bustos, Troviscal e Mamarrosa Acidentes com veículos fora de estrada 1 Palhaça Acidentes com veículos fora de estrada 1 Para além destes acidentes importa ainda referenciar a presença de uma rede fixa de transporte de matérias perigosas, nomeadamente de gás, conforme se demonstra na figura seguinte. Figura Carta de rede de gás no concelho de Oliveira do Bairro (Junho, 2014) As áreas de concentração industrial identificam-se como pólos de grande consumo e que assumem particular significado, pelo que a estratégia de execução das redes de distribuição no concelho conferiu prioridade ao abastecimento de gás natural a este tipo de consumidores (Estudos setoriais de caraterização Infra-estruturas). 221

225 O território concelhio é presentemente atravessado por um traçado de rede regional de distribuição de gás natural, apresentando este uma orientação Sul-Norte, que se desenvolve em paralelo ao traçado do Itinerário Principal 1 - IP1 (Autoestrada 1). Esta rede de distribuição regional tinha inicialmente como concessionária a empresa Transgás S.A., sendo atualmente a responsável pela gestão e manutenção da referida rede a empresa REN Gás (Estudos setoriais de caraterização Infra-estruturas). Em complementaridade com esta rede de âmbito regional, existe igualmente no território concelhio uma rede de distribuição local / secundária, que se encontra concessionada à Lusitaniagás. Esta rede abrange e desenvolve-se no território das freguesias de Oiã e Oliveira do Bairro, com especial incidência nas zonas industriais que aí se encontram instaladas nestas duas freguesias. (Estudos setoriais de caraterização Infra-estruturas) Encontra-se ainda presente no território concelhio um posto de redução de pressão, que assume a designação de Estação JCT 3200/GRMS Esta estação encontra-se localizada na freguesia de Vila Verde, na proximidade do traçado da IP1 (A1), sendo a partir desta estação que se desenvolvem os ramais industriais de Oliveira do Bairro e Bustos (Estudos setoriais de caraterização Infra-estruturas). O PMEPC definiu a suscetibilidade de acidentes com transporte de matérias perigosas no concelho, como se mostra de seguida. Figura Suscetibilidade de acidente com o transporte de matérias perigosas (PMEPC) 222

226 Identificada a suscetibilidade, o PMEPC define as medidas de intervenção a desencadear em casos de ocorrências de acidentes desta natureza. Sismicidade A Sismicidade de uma região encontra-se diretamente relacionada com a distribuição das magnitudes dos sismos que nela ocorrem, estando estes diretamente relacionados com a movimentação subterrânea das placas tectónicas, da atividade vulcânica e do deslocamento de gases no interior da superfície terrestre. A sismicidade pode ser indicada através da intensidade sísmica, medida qualitativa que descreve a extensão dos efeitos produzidos pelos sismos na superfície terrestre, nas populações, construções e ambiente. Para ilustrar a intensidade sísmica recorre-se à utilização da escala de Mercalli modificada. Por outro lado, a sismicidade pode ser indicada também através da magnitude sísmica, pelo que se recorre à utilização da escala de Richter. A área do Município de Oliveira do Bairro encontra-se inserida na zona sísmica C, correspondente a um risco sísmico médio, relativamente ao território de Portugal Continental (PME Oliveira do Bairro). Intensidade Máxima 4 Intensidade Máxima 5 Intensidade Máxima 6 Figura Intensidade sísmica do concelho de Oliveira do Bairro ( ) O concelho de Oliveira do Bairro desenvolve-se numa zona de intensidade sísmica que varia entre a Intensidade Máxima de grau 4 (na zona Este), a Intensidade Máxima de grau 5 (na zona Centro) e a Intensidade Máxima de grau 6 (na zona Oeste) (Estudos setoriais de caraterização Sistema Biofísico). Relativamente à sismicidade histórica, o concelho de Oliveira do Bairro insere-se numa zona de Intensidade Máxima verificada em toda a extensão da área municipal de grau

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