Dedico essa obra a Carme Luz Becker Taborda. Luz, simplesmente Luz...

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1 Dedico essa obra a Carme Luz Becker Taborda. Luz, simplesmente Luz...

2 LEIA EM VOLUME MÁXIMO LIVRO DOS DIAS O DIÁRIO DE CLARISSE

3 Este é o livro das flores Este é o livro do destino Este é o livro de nossos dias Este é o dia de nossos amores Renato Russo

4 PRIMEIRA ESTAÇÃO O inverno havia chegado com seu frio gélido, congelando a alma, enrijecendo o sorriso. Clarisse não estava bem pela manhã, não tomou seu café e correu para o colégio. Ela não sabe por que se sente assim, chora sem motivos, não tem vontade de fazer nada, sente-se sozinha. Uma solidão que faz parte de sua alma e mesmo que as pessoas conversem, demonstrem carinho ou preocupação, ainda assim está só. Enquanto caminha apressada em direção à escola pensa, <Por Deus nunca me vi tão só... Estes dias são tão desleais. Mas eu não me entrego sem lutar, ainda tenho um coração não aprendi a me render> Levanta o rosto e apressa mais ainda o passo, o vento sopra seus cabelos e leva para longe os pensamentos que querem detê-la. Aos 17 anos, magra, 1,70 de altura, com belos cabelos lisos e castanhos, seu sorriso é triste. Enquanto passa pela praça do bairro, ouve, vê e sente tudo a sua volta. Tudo numa mesma sintonia, crianças brincam e suas mães e babás discutem sobre o preço do leite ou sobre a novela das oito. Uma turminha mais velha se reúne para conversar sobre tantas coisas que os adultos não entenderiam e nem tem o porquê entender.

5 Mesmo sentindo o sol tocar sua pele, o vento acariciar seus cabelos, e a vida lhe chamar, ainda assim, Clarisse não responde e escuro se tornam seus dias. Seu irmão, que poderia ser seu amigo, cresceu. E não liga mais para sua proteção, hoje ele faz de conta que nunca precisou dela para dormir à noite ou para se livrar de alguma borboleta voraz que o ameaçava. E o pai? Muito ocupado para os problemas de Clarisse. A mãe, nem sempre resolve, para ela tudo sempre foi assim e assim sempre será. É uma fase passageira que dura o suficiente para pôr fim ao prazer da vida. Johnny, aquele carinha legal é o centro das atenções, não a enxerga. Inacessível Clarisse. A Marina ainda é sua confidente, única amiga que tem e, mesmo assim, são tão diferentes. No colégio, o sinal bate e todos saem naquele alvoroço. - Não entendo porque todos têm que agir como uma manada de animais em disparada. Realmente não entendo porque temos que estar aqui. Reclama Clarisse à Marina.

6 - Como você está amarga hoje, Clarisse! - Não dormi bem essa noite. Justificase. - Sonhou com o João Roberto, ou melhor, o Johnny? - Pior que não, foi com o professor de História, me dizendo que na verdade os espanhóis são os verdadeiros descobridores desse país. Ele adora ser contra a história que todos aceitam. Até que nisso somos iguais. - Hoje à tarde vou estudar na casa do Maurício, você quer ir? Temos prova amanhã na primeira aula. - No Maurício? Sei lá, esse menino é chegado num - Não seja boba, ele sabe o que quer e não representa nenhuma ameaça, se você não quiser.

7 - O que eu menos quero são mais problemas para meus poucos anos de vida. - Você fala como se fosse uma sofredora com alguma doença grave. Já pensou em procurar um psiquiatra? - Já! Mas tenho dó dele. No caminho para casa encontram Johnny. Clarisse fica roxa. Marina o chama para conversar, a amiga fica furiosa e fecha a cara. Ele pareceu muito interessado no papo de Marina e isso deixou Clarisse com sentimento de revolta e desapreço, afinal sua amiga era tão bonita que não seria difícil para Johnny se apaixonar, aí sim não faltaria mais nada para sua pobre vida. Após deixar Marina em casa, os dois seguem calados por duas quadras. - Você fala tanto assim? Ironizou Johnny. - Sou adepta do pensamento que diz Só abra a boca se tiver certeza que

8 suas palavras valem mais que o seu silêncio. - Manero, heim? - Na verdade sou tímida, desculpe pela falta de tato. - Não se preocupe com isso, você parece ser muito séria, uma característica de pessoas inteligentes. E, às vezes, confesso que tenho até medo de falar contigo. - Agora você está sendo ridículo. - E você, sincera Você curte arranque? Pergunta ele, puxando assunto. - É legal, mas você não tem idade para fazer tudo que faz. - Com o tempo a gente aprende. Ela sorriu e ficou feliz pela atenção que ele dispensara. Percebeu que ele a percebia. Despediram-se e Clarisse não acreditava no

9 que acabara de acontecer, feliz foi ao seu diário relatar o que acabara de acontecer.... Clarisse completará 18 anos e sua mãe preparou uma festa maravilhosa, não poupou nenhum centavo para realizar o que chamaria a festa do ano. Os amigos da alta sociedade não poderiam perder. Proibiu que o marido marcasse qualquer compromisso na data da festa e foi com a filha escolher um vestido de gala. Clarisse queria optar por um jeans descolado, mas a mãe insistiu num branco com detalhes em prata. - Vou parecer vinte anos mais velha com esse tipo! - Nada disso mocinha, será uma festa social e não quero que me envergonhe frente aos convidados com esses trapos que você insiste em chamar de roupa. - Tá bem, mãe afinal a festa é sua. - Não seja injusta com a sua mãe, faço isso para que seja feliz. - Seria mais feliz se usasse jeans!

10 - E o que as pessoas diriam? Você será a estrela da festa. - Ah! Elas diriam: - Que belo jeans, foi Calvin Klein ou Levis que o desenhou? - Minha filha, quando tinha a sua idade, eu gostava de festas e de muita sofisticação, embora meu pai não pudesse realizar esse gosto, hoje posso te dar esse presente. Você não quer aceitá-lo? É isso? - Não mãe, não estou sendo mal agradecida, mas deixe pra lá, você tem razão, afinal sou eu quem vai brilhar nesta noite. Pode ser esse branco, mas quero uma parte transparente, o.k.? Os sonhos de um nem sempre são os sonhos do outro. A vida de um, certamente, não é a vida do outro, mesmo que sejam gêmeos. Nisso, Deus pensou numa coisa boa: a diversidade. A sociedade caminha pelos mesmos passos do passado fazendo sempre

11 o mesmo trajeto, às vezes aparece um filho rebelde que guia a sociedade para outro rumo. A mãe de Clarisse tem boa intenção, porém não pensa por ela mesma, se importa com a sociedade e seus valores. Basta situar a qual modelo de sociedade ela admira, porque mesmo a alta sociedade é composta de várias partículas sociais que vivem harmoniosamente em conjunto. Há os drogados, os insanos, os infelizes, os mesquinhos, os heróis, os patriotas e assim vai, mas num panorama maior, tudo parece se encaixar perfeitamente num mosaico multicolorido que encanta aos olhos de quem a vê de fora. Marina também foi escolher um belo vestido. Ela não perdia uma oportunidade de aparecer, embora não fosse escandalosa, se vestia sempre com muito requinte. A sensualidade lhe habitava o corpo desde a cor da pele ao formato dos lábios, um tipo de mulher que até sem produção alguma exala exuberância e sensualismo. Não era bela, mas harmoniosa. Um verdadeiro concorde. Ao sair da loja, encontrou Johnny que não perdeu a oportunidade. - Olá. Posso te ajudar? Perguntou ele.

12 - Que bom preciso, de outra mãozinha. E empurrou o maior número de sacolas possível para ele. - Quanta coisa! O que você carrega aqui? - Apenas algumas roupas que estou precisando... E a festa da Clarisse. Você vai, não é? - Claro, quando eu falto a alguma festa nesta cidade? Falou com um sorriso irônico no rosto. - Fiquei sabendo que teu pai comprou um charango para você. Como ele é? Perguntou Marina interessada. - Manero, um Opala metálico azul, original, podemos sair hoje à noite com ele. O que acha? Perguntou ele. - Hoje? Impossível! Tenho um milhão de coisas pra resolver, sem contar que você não tem idade para dirigir.

13 - Quem disse isso? Desde quando isso é problema aqui na capital? Ainda mais com meu pai sendo político. - Aí que você tinha que tomar cuidado, um escândalo não seria nada benéfico para a carreira dele. Falou ela com maturidade. - Bem, que tal amanhã? - Sexta feira? Nem pensar! Tenho um chá beneficente que prometi ir com minha mãe, senão ela corta minha mesada e não a perco por nada. Mas sábado, o que acha? - Combinado. Passo as oito na sua casa. Johnny deixou Marina em casa e saiu sorrindo, satisfeito por ter marcado o encontro, seus colegas nem iriam acreditar nesta conquista. Marina por sua vez tencionava levar Clarisse junto.

14 Clarisse esteve muito ocupada na semana de seu aniversário e nem foi ao colégio, mal teve tempo de trocar duas palavras com Marina que não conseguiu convidá-la para sair no sábado à noite, quando finalmente encontrou o irmão de Clarisse e ele lhe contou que ela havia viajado com a sua mãe por causa dos arranjos da festa e só voltaria no domingo. No sábado então, Marina esperou por Johnny e foram a um bar. O ambiente era calmo e sofisticado, somente as pessoas de posses que freqüentavam o lugar. Johnny, apesar da pouca idade, sabia se comportar como um adulto. O pai era um político importante da cidade e a mãe o acompanhava em todos os compromissos, deixando-o muito sozinho. Assim sempre fez o que quis e bem entendeu. Marina, por sua vez, adorava badalação, sua família não tinha tão boa posição financeira, mas viviam de aparências, o pai morou muitos anos em Londres e a mãe, uma mulher fútil. Antes da meia noite, Johnny havia conquistado aquele avião que estava prestes a levantar vôo. Marina bebera como nunca havia bebido. Já dizia palavras vazias e ria muito. Foram à casa de Maurício que morava sozinho e nesse dia havia combinado com

15 Johnny de ceder o apartamento para que se concluísse, com êxito, seu plano. O nervosismo estava presente, mas não poderia deixar transparecer, pois ele já havia transado antes com mulheres mais velhas e mais experientes, que fizeram questão de conduzi-lo pelos caminhos do sexo, instruindo-o da melhor maneira. Desta vez, a diferença era que ele que iria conduzir, e sua reputação estava em jogo. Carinhosamente ele a beija e no calor desse beijo despem-se e rolam pelo tapete da sala. Cada centímetro percorrido por seus dedos, o leva a uma viagem incrível. Ao seu ouvido, os gemidos de prazer de Marina se tornam uma canção preciosa. Ele quer sentir cada momento como se fosse o último e por esse instante esquece a timidez e deixa que os seus instintos o guiem. O tato, o olor, o som, a visão maravilhosa. Aquele corpo perfeito e macio, todo perfumado, parece um sonho.... Na manhã seguinte, a vida volta ao normal, agora com um brilho diferente. Johnny se vê completamente apaixonado por Marina. Não poderia estar mais feliz. Ela, por sua vez, pensava em Clarisse e pressentia que enfrentaria algum problema por isso.

16 Na escola, Marina evita encontrar-se com Clarisse, porém no intervalo encontra Johnny que não faz questão nenhuma de esconder seus sentimentos, por sorte Clarisse passa por eles e não percebe nada. Mais tarde, Clarisse ouve uma colega comentar do namoro entre Marina e Johnny, então fica sabendo o que houve entre os dois. Irritada ela vai procurar a amiga para pedir explicações. - Você não podia fazer isso comigo! Grita Clara. - Calma, Clarisse, eu ia te contar! - Como pôde ser tão falsa, eu não merecia isso! Você sabia que ele me interessava, porque não me disse antes? Fiquei fazendo papel de palhaça, confidenciando coisas a você para que me golpeasse pelas costas! - Não foi bem assim que aconteceu - Como não? Sou, além de tudo, burra agora?

17 - Fique mais calma, não quero te ver assim - Você era a única pessoa em quem eu confiava, a única família que eu tinha, um alicerce e agora tudo desmoronou! Clarisse saiu correndo pela rua sem observar os carros que vinham, por sorte não sofreu um acidente. - Claaaraaa!!!! Grita Marina, que não a conteve, pois logo sumiu em meio às pessoas que passavam por ali. Desesperada Clarisse entra em uma igreja soluçando de tanto chorar. Toda aquela mágoa que guardava em seu peito, transbordava agora com tanta intensidade, tanto lamento que mal podia conter os soluços. Muitos foram os questionamentos que se fazia enquanto tentava entender o que acontecia. Como poderia ser tão cega e não ver que sua melhor amiga gostava de seu príncipe? Porque se sentia assim? Essa tristeza é só por ele ou por tudo? Pensava enquanto as lágrimas desciam pelo rosto, o que lembrava uma santa. Horas depois

18 lembrou que seus familiares deveriam estar preocupados, já passava da hora de estar em casa como de costume. Foi para casa com os olhos inchados. Quando chegou em casa não conversou com ninguém e subiu direto para seu quarto onde dormiu durante toda à tarde. A mãe preocupada foi conversar com a filha que resistiu muito a abrir o coração. - O que acontece minha filha? Você está me deixando assustada. Dizia a mãe preocupada.. - É o Johnny, mãe. Falou por fim. - Brigou com o namorado? - Que namorado? Aspirante a paquera! - Minha filha, na sua idade isso é bem comum - Sempre pra senhora tudo é bem comum, pra você também foi assim? Tudo o que idealizou e sonhou não deram certo? Sempre sonhou em vão? Sentiu-se sozinha no mundo, abandonada por todos? - Eu não te abandonei, estou aqui

19 - Preciso ficar sozinha, sei que isso vai passar. Me deixe pensar um pouco. - Se quiser, estou aqui para te ouvir, já que não sou capaz de entendê-la. - Me deixe sozinha, por favor. Os antidepressivos e calmantes não faziam mais efeito, Clarisse olhava para eles e sentia nojo de tanta química impotente diante de si. O espelho denunciava toda sua tristeza, os olhos vermelhos e cansados de tanto chorar e nada mudava, a vida continuava. O carteiro continuava entregando as cartas sempre no mesmo horário, sua mãe sempre ia ao salão exatamente às nove horas, todos os dias. Tudo estava normal e continuaria normal com Clarisse ou sem Clarisse. Mirando seu próprio olhar desfalecido no espelho ela diz a si mesma: - Não queria te ver assim Quero a tua força como era antes! E de nada vale fugir e não sentir mais nada... Percebeu que suas palavras de nada valiam para aquele corpo inerte e incapaz de acreditar. Clarisse trancada no banheiro fazia

20 marcas no seu corpo com seu pequeno canivete, deitada no canto seus tornozelos sangram e a dor é menor do que parece quando ela se corta ela se esquece que a dor que sente é tão infame diante do vazio que a envolve. O chão manchado de vermelho lembra as rosas, a paixão que nunca viveu a alegria que nunca teve. O irmão insiste em bater na porta e o som das batidas soa longe, Clarisse não quer voltar, não quer viver... Clarisse sabe que a loucura esta presente - Clara! Grita o irmão desesperado tentado levanta-la do chão. - O que você está fazendo? Mãe! Pelo amor de Deus venha aqui, me ajuda... - Clarisse! O que aconteceu, minha filha fala comigo! Chame um médico rápido! - Mãe... Estou bem... Fala com a voz fraca. Nada existe para mim, não tente você não sabe e não entende...

21 Ela sente a essência estranha do que é morrer, mas esse vazio ela conhece muito bem. De volta do hospital, abatida, Clarisse não tem mais ilusões de ser feliz. Seus ossos doem e seu coração sangra... As lágrimas banham seu rosto e uma sensação de não estar ali e sim muito longe. Seu corpo formiga. A mente confusa, nada tem mais sentido... Clarisse ficou de molho durante alguns dias devido à imposição do pai teve que freqüentar um psiquiatra e devagar tudo começou a voltar ao normal. Saiu para passear na rua como era de costume, durante o passeio pensava na vida. Não sei o porquê me abalar tanto assim, minha vida já é uma merda há muito tempo e agora a diferença é que o cara que eu gostava, ou ainda gosto, porque essas coisas de amor não somem assim num tapa, não gosta de mim. Isso eu já podia prever, se não fosse a Marina poderia ser outra, afinal a escolhida, não seria eu mesma.... João Roberto, o nosso Johnny, era o maioral e todas as garotas do bairro se interessavam por ele, principalmente quando ele pegava o violão. Ele olharia pra uma

22 menina tímida e carrancuda como Clarisse? Era muita pretensão de sua parte almejar um tipo daqueles, Marina sim era mais o tipo dele: bonita e desinibida. Também nisso pensava Clarisse enquanto se olhava no espelho do banheiro. Observou os contornos do seu rosto, a cor amarelada de sua pela e viu no fundo de seus olhos uma tristeza sem fim. Seus cabelos, apesar de sedosos, estavam sem vida e seus lábios, sem cor. Tirou a roupa olhou para seu corpo, não era feia. O que havia de errado, afinal? Resolveu tomar um pouquinho de sol, já que os comprimidos não estavam resolvendo. Encontrou Maurício que a chamou para conversar. Ela compartilhou um pouco do que sentia e ele não teve dúvida em lhe oferecer uma viagem. Clara recusou, não era chegada nesse tipo de droga, mas aceitou um copo de vinho e foram para seu apartamento. O local era bem decorado, com vários lustres, bem aconchegante. As cortinas vermelhas e o piso bege em contraste com as poltronas de madeira e paredes pintadas com nuances de pasteis. Maurício morava sozinho, desde os 16 anos. Seus pais moravam fora do país e não tinha irmãos. - Que coincidência, nesta mesma sala, provavelmente eles se

23 abraçaram e se beijaram e sabe lá o que mais fizeram. Disse Clarisse. - Não pense nisso agora, fica se magoando a toa, tente aceitar que você perdeu, mas só desta vez, porque irá ganhar muitas outras. - Sai pra lá com esse papo de jacaré, quem não te conhece que te compre! - O que é isso Clara? Eu estou te dando o maior apoio e não estou interessado em me aproveitar do seu momento frágil - Ninguém se interessa E só o acaso estende os braços a quem procura abrigo e proteção. - Você é uma garota muito bonita e tenho certeza que muitas pessoas gostariam de estar com você, mas o que dificulta é essa distância que você mantém das pessoas, por que

24 você é tão sozinha? Com tanto dinheiro poderia comprar amigos. - Tem coisas que não se compram, se comprassem meus pais já teriam feito. - Tem certeza que você gosta desse tal? - Pior que sim, achei que depois dessa, eu desistiria, mas ele vive em meus pensamentos. Bem que poderia ser você, que está aqui ao meu lado, bem pertinho. A essa altura o vinho já fazia o seu efeito, se deixando levar pelas palavras acertadas de Maurício, ela o beijou, sonhando que beijava Johnny. Maurício preferiu não interromper a cena, mas sabia que isso ia pesar depois, ele conhecia as mulheres e sabia que Clarisse se arrependeria amargamente em ceder aos seus carinhos quando estivesse sóbria novamente, em contra tempo, se recusasse ela se sentiria pior ainda, uma vez que achava que não era uma mulher atrativa aos olhos masculinos, o que não era verdade, bem sabia Maurício.

25 ... Tudo pronto para a festa de aniversário de Clarisse, sua mãe não esqueceu nenhum detalhe. A casa fora decorada por um grande nome do meio. Logo na entrada um tapete vermelho, duas pessoas recepcionavam os convidados. Os lustres da casa foram trocados e havia mais iluminação nas peças decorativas e estátuas das três salas de estar. A escada que dava acesso ao quarto de Clarisse foi completamente decorada e iluminada por holofotes que fizeram brilhar seu sorriso enquanto descia para festa. Os convidados pararam para vê-la descer. Uma música de fundo a fez sentir-se envergonhada. Não via outro jeito a não ser descer logo e cumprimentar os que estavam a sua espera. Apesar de não está muito contente, mas mantém um sorriso frio no rosto, Maurício desce ao seu lado. Logo depois chegaram Marina e Johnny, Maurício olhou para Clarisse com receio que ela ficasse ainda mais magoada. - Tudo bem, Maurício eu disse a ela que viesse afinal é uma bobagem, se ele gosta dela, o que posso fazer?

26 - Você que manda tá bem. Depois chegou Eduardo que estudava na mesma escola que Clarisse era mais chegada de Maurício, trouxe a namorada, Mônica aparentemente bem mais velha que ele. Ela usava um vestido estilo hippie e uma maquiagem exagerada. Clarisse pensava como um cara tão boçal e infantil poderia estar namorando uma mulher daquelas. A vida nos prepara cada uma mesmo. Para todo mundo existia um par, menos para ela. A festa rolava solta e corria tudo bem. Johnny foi conversar com Clarisse, no jardim em frente da piscina. - Olá. Parabéns por essa festa maravilhosa. Disse ele tentando puxar assunto. - Parabenize minha mãe, ela que planejou tudo. - Como você está? - Indo - Eu queria pedir desculpas pelo aconteceu, Marina me contou tudo e sinto muito

27 - Não precisa dizer nada, não agüento mais essa mesma história de coitada. Eu gosto de você! Só isso! Não é grave, vai sarar! - Confesso que durante algum tempo me senti atraído por você, talvez se tivéssemos chance de nos conhecer melhor antes de tudo, mas isso aconteceu com a Marina, eu não sei o que dizer. - Então não diga nada, eu me apaixono todo dia, sempre pela pessoa errada. Ele sorriu e disse: - Eu gosto de você também. É isso, vou pra festa. Amigos? - Que idiotice! Amigos. Seu coração estava esmagado, pois sentiu que poderia ter havido uma história, mas por algum desígnio dos céus, não houve. O melhor é beber um vinho. Subiu para o seu quarto com uma garrafa, logo depois chegou Maurício, estava muito alegre e lhe propôs

28 que dançassem. Eles curtiram muito a noite, mas ainda era pouco para Clarisse. Ela sentou na cama e passou a observar os móveis de seu quarto. Objetos que sabiam de tudo que se passava seu guarda roupas cheio de etiquetas famosas e fotos do seu cantor preferido em todas as poses, inclusive autografados. Seu pai havia conseguido em uma de suas viagens a Londres. Maurício a puxou pela mão. Abraçou sua cintura carinhosamente, procurou seus lábios. Brincou com seu sorriso tímido. - Feche os olhos e imagine que está voando pela noite, subindo para o céu, em direção ao espaço... Bem alto... Mais alto. Cuidado desvie das estrelas, vamos dar uma volta por trás da lua. Você é livre para sentir o que quiser. Dizia Maurício enquanto dançava de rosto colado com Clarisse. - Olha! Maurício um cometa! - Ufa! Esse passou perto... - Você é um cara legal. Diz Clarisse. - Você que é uma mulher fascinante.

29 Os lábios de Maurício tocaram de leve aquela boca macia e carente de atenção e carinho. No seu mundo interior ela pensava por que seu coração não poderia se apaixonar por ele... Abraçado à Clarisse, Maurício olha pela janela e observa Johnny, sozinho com um copo na mão, olhando em direção à janela. Com a mão Maurício puxa a cortina com força, fechando-a. Deixando João Roberto fora dessa história. Agora era só ele e Clarisse. Eles também tinham contas a acertar.... Passaram-se os dias e novamente a tristeza escorria pelos poros da pele de Clarisse como fosse suor e, mesmo com toda a motivação de Maurício, ainda assim não dava mostra que poderia melhorar. Foi quando experimentou um baseado, e não sentiu nada, protestou que era uma propaganda enganosa. Que esse fuminho de nada adiantava e foi para sua garrafa de vinho. Parece cocaína, mas é só tristeza. A vontade de viver esvaia-se pelos poros e o olhar parava no infinito... Johnny... Vida... Morte... Clarisse não compreende porque se

30 sente assim, não é mais ninguém, se perde num abismo aberto pelo meu próprio espírito, se pudesse gritar meu grito acordaria a vizinhança inteira. A noite envolve a cidade e assim Clarisse adormece e sonha, sonha com os lindos jardins.... Na zona leste da cidade uma outra realidade acontecia, João de Santo Cristo cansado de tentar ser correto fica indignado com a hipocrisia do governo e resolve mostrar seu poder. Chama todos seus subordinados e os orienta a invadir a casa de um certo político que não havia cumprido com o prometido, e mostrassem para sua família que, apesar de tudo, ele era piedoso, <Não matem, só assustem! Depois me tragam ele.>. - Como vai, senhor deputado? - Precisamos conversar, não teremos negócios se a minha família estiver envolvida nisso. - O que? Agora é você que impõe as regras? - Vamos conversar

31 - Não é assim que eu costumo trabalhar. Você disse que eu teria cem mil na mão assim que a entrega fosse feita, e daí? - Me dê um prazo de uma semana - O combinado foi em seguida da entrega. Não tem papo, eu tenho palavra e além do mais você tem esse valor na poupança de seu filho ou muito mais que isso. Sua vida pra mim não vale nada, você faz mais mal à sociedade que meu bando todo, cortem a orelha! - Não!!! - Esperem! O senhor deputado tem um carro importado muito legal, não é mesmo? - Sim, é seu. Por favor, me soltem. O carro é seu. - Tem vinte e quatro horas para transferir esse carro para um nome

32 que vou te passar se não irá perder mais que uma orelha. João, conhecido como o Santo Cristo, no submundo do crime comandava o tráfico de drogas da cidade, mas tomava o cuidado de tratar somente com quem tinha dinheiro, nada de pobre e viciado louco por um pouco de pó, que não sabem quanto vale o dinheiro, porque o pó pensa por eles. Chegam Onofre e Expedito, mais conhecidos como Lampião e Mata Rato. Eles têm um bom negócio: seqüestro. Embora o Santo Cristo não fosse adepto do seqüestro não descartou também essa hipótese, porque precisava pagar os fornecedores e isso poderia lhe custar a vida, então que seja a vida do outro. Tudo já estava planejado, aconteceria na manhã seguinte, quando a filha da vítima sair da escola. Ela está sempre sozinha. - Se houver alguma falha, não sou eu que vou sofrer. Por isso pensem bem antes de começar e se começar temos que ir até o fim. Falou o Santo Cristo.

33 - Está tudo certo não tem como dar errado. A família não tem segurança. Clarisse sai da escola e nesse dia não encontra Maurício que tem outras coisas para fazer. Vai caminhando pela rua e pensando como dará fim a sua pouca vida, já que encher a cara todo fim de semana não é mais o suficiente. Pensou em uns comprimidos ou talvez asfixia por inalação de gás, sem dor. Assim que atravessou a rua uma caminhonete pára na frente dela e do veículo saem dois rapazes aparentemente querendo uma informação, ela espera para saber o que vão perguntar e nisso a prendem e a jogam dentro da caminhonete e saem sem que ninguém os veja. Por um instante o mundo pareceu desabar sobre sua cabeça, e um temor que nunca experimentara antes tomou conta de seu coração, a essa altura já na marca dos duzentos batimentos. A garota ficou quieta enquanto os rapazes envolviam seu rosto em um pano, limpo e com cheiro agradável. Rodaram por uns trinta minutos, eles nada falavam, faziam sinais, ela podia perceber que se

34 movimentavam e soltavam alguns ruídos pela boca que não dava para compreender. O carro parou, os dois desceram e outros entraram e permaneceram calados. A viagem durou mais uns trinta minutos até que chegaram ao cativeiro. Clarisse desceu e percebeu que o lugar estava escuro, entrou pela casa sendo orientada pelos seqüestradores, foi abandonada em um quarto. Sentou-se no chão e começou a chorar. A maior dúvida era sobre o que fariam a ela. Nunca imaginou que isso aconteceria. Como seus pais receberiam a notícia? Como reagiriam? Ela não conseguia imaginar que sentimentos teriam com o seu desaparecimento, a mãe morreria com um escândalo desses, ela sempre critica o povo brasileiro pela falta de educação, pelo banditismo, e não pára para pensar que somente cinco por cento da população tem acesso ao conforto que ela tem hoje. O pai nunca tirou umas férias, trabalha de manhã à noite, é formado em Direito e Administração e há dez anos tem uma empresa de importação. Fala inglês, espanhol, francês e alemão. É imprescindível ao seu trabalho. Ele sempre deixou a educação dos dois filhos por parte da esposa. Agora, terá que perder tudo o que conseguiu para tirar a filha das mãos dos seqüestradores. Ele sempre diz que é bom ter

35 um pouco de dinheiro guardado, para uma emergência. Agora era uma emergência. Horas depois Januário de Assis recebe um telefonema estranho, uma voz masculina sussurra do outro lado da linha, ele desliga sem dar muita importância, pergunta à secretária quem havia ligado, ela responde que é da parte de sua filha Clarisse. Ele fica intrigado. Momentos depois o telefone toca novamente, Januário atende. - Fala, Janú! - Quem está falando? - Vou ser bem breve, sua filha está comigo e para ela ficar bem preciso que vá pra casa agora, falô! Agora! Januário nem teve tempo de perguntar mais alguma coisa e a linha caiu. Filha? Bem? O que será que está acontecendo? Ligou imediatamente para casa e a esposa não sabia de Clara, informou que saiu pela manhã para o colégio e não havia chegado ainda. Ele perguntou se ela foi de carro e a mãe disse que não. Ela sempre ia a pé. Ele orienta a esposa a ligar para os amigos de Clara para

36 saber se ela está com eles, diz para não receber ninguém em casa e aguardar que ele já está indo. Assustado pega suas coisas e ruma para casa a fim de descobrir o que aconteceu com Clarisse. Assim que chega a casa ele percebe na caixa de correspondência, uma carta. Apanha a carta e a abre desesperadamente, achando que pode ser alguma coisa a respeito da ligação e estava certo. Leu um mosaico de palavras coladas que orientavam a não informar nada à polícia e que o valor do resgate era acessível a ele. Passaram a noite apreensivos e de olho no telefone, mas o que tocou foi o telefone celular. No visor do aparelho um número de outro celular. - Senhor Januário, o valor do resgate pela sua filha será uma liberação para uma carga que vem do Cairo, amanhã à noite. O navio já está rodeando a costa Brasileira e atracará amanhã no porto e tem que ser atendido por sua companhia. Sei

37 que pode fazer isso sem levantar suspeita. - Mas minha filha, como ela está? - Por enquanto bem, não temos intenção de maltratar ninguém, caso o senhor cumpra com o combinado. Tem a minha palavra. (Risos)! - E seu eu não conseguir fazer essa liberação? - (Risos) Sua filha responderá por sua incompetência. Desligou. Eles querem que o pai de Clarisse libere um carregamento cheio de drogas. Assim que esse navio estiver de volta ao Oriente sua filha será liberada. Januário fica apreensivo, não será nada fácil liberar um navio sem a interferência de outras pessoas, como fará? Tem menos de vinte e quatro horas para pensar. Clarisse está cansada de chorar e fica quieta com muito medo, embora em nenhum momento ela fosse mal tratada pelos seqüestradores, não havia retirado o pano que

38 envolvia sua cabeça e por estar com as mãos e os pés amarrados, se encolheu mais ainda no canto, onde a largaram. Horas depois uma mulher entrou no quarto e retirou o capuz do seu rosto, ela estava com uma máscara e nada falou, apenas deixou uma jarra de água próxima à Clarisse e saiu. O quarto estava todo bagunçado, havia coisas velhas entocadas pelos cantos e um grande roupeiro em frente à única janela, a cortina era escura o que deixava pouca luminosidade no ambiente. À sua direita, uns acolchoados pelo chão que lembravam uma cama, logo compreendeu que dormiria ali. Passou o dia todo neste quarto, mais tarde se aproximou dos cobertores que estavam no chão e deitou toda encolhida, porém pouco conseguiu dormir. Logo pela manhã a mulher voltou e desta vez disse algumas palavras, a chamou de princesa e disse que se continuasse boa moça tudo ficaria bem. Deixou um pão com margarina e um copo de café frio e saiu. A barriga de Clarisse roncava de fome. Pegou com dificuldade o pão e tomou o café com muita satisfação. Pensou que realmente quando as pessoas passam fome são capazes de comer qualquer coisa. Na casa de Clarisse todos estavam nervosos com a situação e sua mãe precisou

39 de cuidados médicos, Maurício não saia de perto dela, estava aflito por notícias de Clarisse. O pai de Clarisse disse que todos estavam proibidos de entrar em contato com a polícia e isso deixava o clima ainda mais tenso. Marina que nada sabia, ficou intrigada com o sumiço da amiga e resolveu visitá-la, foi recebida pela empregada que lhe disse que Clara fizera uma viagem de urgência à Europa e não sabia quando iria voltar, mesmo achando estranha aquela desculpa foi para casa sem desconfiar de nada. Quando se encontrou com Johnny, contou o que soubera e este também achou estranho que ela não tivesse falado nada a ninguém. Do outro lado da cidade, Santo Cristo dá ordens aos seus comparsas e fala com Lampião: - Como foi a operação? - Até agora está tudo em cima, assim que a mercadoria estiver em nossas mãos soltaremos a menina. Respondeu Lampião. - É gostosa? - Nem percebi.

40 - Estava nervoso, não é? Pra não perceber. Retrucou Santo Cristo desconfiado. - Normal, ela é normal nem dá pra dizer que é rica. - Não é mesmo, o pai dela que me interessa. Se tudo correr bem na semana que vem ninguém me segura. País hipócrita esse. É uma questão de educação, ou melhor, de falta de educação. Clarisse está mais calma, pensa como será o desfecho desse seqüestro e ainda teme o que pode acontecer. Ela não tenta fugir, acha que isso é pior, por outro lado pensa na sua vida e nas desilusões que tivera e, ao contrário do que acontece, não se arrependeu das atitudes que teve e ainda sente vontade de morrer. Sua vida não tem sentido, um vazio invade sua alma. Pensa em Johnny, será que ele se importava com seu desaparecimento? Ela não entendia porque sentia tanta paixão por uma pessoa que nem a olhava, que nem teve algum contato, entre seus devaneios ouviu pessoas chegando e seu coração bateu forte.

41 Um homem de estatura mediana com uma touca de motoqueiro entra no quarto e tira algumas fotos de Clara que se defende dos flashes, ele se irrita e dá um tapa na cara dela e manda que fique quieta. Depois ele volta e fica todo o tempo ao lado da moça. Tenta conversar, mas ela não dá atenção e leva mais alguns bofetes. Ele começa a assediá-la e tenta violentá-la. Clarisse grita. Ele amarra sua boca com um pedaço de pano sujo e a joga de um lado para o outro. Toda amarrada ela não tem como ficar em pé e cai batendo várias vezes à cabeça. O homem fala besteiras e a agarra novamente tentando tirar a sua roupa, nesse momento entra outro homem no quarto e joga o agressor para longe dela. Bate nele com tanta força, que ela sente dó. - Pára com isso imbecil! Grita o homem. - Qual é a tua, cara? É só uma vagabunda Assim que ouviu isso o homem se aproxima do outro e dá um soco que o faz cair desfalecido ao lado de Clarisse que está em completo desespero.

42 - Isso é pra você aprender a respeitar as pessoas. A mulher entrou e começou a brigar com o defensor da menina, ele não liga para seus gritos e joga água no rosto do homem caído que desperta ainda meio tonto. - O que aconteceu? O que te deu? Cara, de me bater assim? - Você é um imbecil, quando eu estou no comando às coisas devem sair do meu jeito. Se você é doente vá se curar. Não tem vergonha de se aproveitar de uma mocinha indefesa? - Do que você está falando? Enlouqueceu? Reclama indignado. - Se falar mais uma palavra, eu te mato! Homens como você não fazem falta. Não tem necessidade de molestar a menina. E suma daqui, antes que

43 A mulher continuou a falar e o protetor de Clarisse também a mandou embora. Ficaram no quarto apenas o refém e seu guardião. - Desculpe pelo meu amigo, moça. Clarisse se sentiu segura, pois aquele homem que a defendeu livrando do ataque insano do outro. As palavras dele se repetiam na mente dela e isso de alguma forma a deixava fascinada. Passou a observá-lo, tinha a pele negra e seus olhos eram castanhos claros, puxando para a cor de mel. Seu corpo era forte e bem desenhado. As roupas que vestia eram de boa marca o que denunciava que não era um pobre. E sim uma pessoa com um bom gosto. Ela percebeu que no antebraço havia uma tatuagem, um escorpião. - E aí mocinha, está confortável? É lógico que isso nem chega perto de seu quarto. Logo você vai poder voltar pra casa, se seu pai cooperar, é claro. - Você falou com ele? Pergunta ela num impulso. - Falei e fique tranqüila ele falou que ele vai cooperar.

44 - Obrigada pelo que fez disse ela, baixinho. - Não foi nada, não gosto dessas atitudes, sou bandido, não sou doente. Há pessoas que merecem ser tratadas assim outras não. Pelo que fiquei sabendo você se comportou muito bem, não gritou, não tentou fugir, não dá trabalho nenhum. - Só quero sair daqui. Ele riu e ficou quieto. Mais tarde ele foi embora e a mulher voltou e ficou a noite toda. Ela tenta puxar conversa, mas a mulher não lhe dá muito papo. Clara dorme. Santo Cristo vai para casa de Maria Lúcia, uma ex-prostituta que Santo havia retirado das ruas. Já estavam juntos há quase um ano. Ele lhe pusera em uma casa pequena, mas confortável, bem diferente da qual estava acostumada a viver. Desde que chegou do interior comeu o pão que o diabo amassou para sobreviver na cidade grande. No início seu sonho era ser atriz e ficar muito

45 famosa, porém a realidade lhe mostrou outra cara e por isso foi se prostituir para ganhar a vida. Nessas idas e vindas da vida encontrou com Santo em uma noite que ele mal podia caminhar de tão bêbado que estava ela o levou para sua casa e cuidou dele até que melhorasse, Santo ficou interessado nela pela sua beleza e pelo seu caráter de não tê-lo roubado como faria qualquer outra, no entanto não desconfiou que ela assim o fizesse dessa forma, estrategicamente para que ele assim pensasse. Santo Cristo se apaixonou por Maria Lúcia. Ela, por sua vez tinha personalidade forte e era determinada. Não estava apaixonada por Santo Cristo, apenas se interessava em seu dinheiro. Ele sendo um homem bonito e atraente não era difícil de conviver. Maria Lúcia havia enfrentado muitas situações difíceis em sua profissão, agora estava no paraíso. Ela ainda servia como secretária para sua segunda personalidade, a do mundo do crime, do tráfico de drogas. - Vem cá minha safada! Disse ele assim que chegou. - Nem vem que não quero conversa. Quero sair de casa, quero viver.

46 - Você não tem o que quer? Não quero você em companhia daquela gente, você é minha e aqui é que deve ficar. - Não agüento mais, não é justo ficar aqui trancada! - Tá bem pode sair, mas antes vai ter que trepar comigo!! Ela não era fiel a Santo, saindo uma vez por outra, com seus amigos. Apesar de Santo desconfiar nunca lhe cobrava nada sobre isso, mas se algum dia visse, a mataria, com certeza. Apesar de traficar drogas, Santo nunca fora um viciado, seu único vício era Maria Lúcia. Por ela fazia qualquer coisa, embora não deixasse isso transparecer. Experiente já havia percebido a adoração de João por ela e o usava, para ter uma vida mais confortável. Dinheiro, carros, jantares e tudo mais que ele poderia oferecer. Por outro lado ele passou a sentir um amor doentio por ela e essa nobreza, às vezes lhe saia caro demais. Santo Cristo era rico, mas tinha seus ideais e queria consertar o mundo. Como não

47 conseguiu resolveu fazer o mundo provar do próprio veneno e decidiu viver do comércio de drogas. Desde a infância, ele fora à frente do seu tempo. Sabia o que queira ser, mas a vida não lhe deu muita opção, então lutou com as armas que tinha.... Clarisse estava cansada e não agüentava mais seu próprio cheiro. Eram quatro dias sem tomar banho, mal se alimentava e pra ir ao banheiro era o maior sacrifício, pois estava com as mãos amarradas. Quando a mulher entrava no cativeiro era possível usar o banheiro. Santo Cristo chegou para cuidar da moça que reclamou sobre a falta de banho. Então ele providenciou uma banheira, dessas antigas e bem pesada, pediu aos comparsas que levassem até o cativeiro. Ele próprio comprou umas roupas para Clara. Uma blusa branca com babados de renda, uma saia igualmente branca e rendada. Para ele esse estilo combinava com a ela. Num fogareiro, ele colocou duas panelas de água para esquentar e preparou, cuidadosamente o banho para ela. - Ta aí moça, o seu banho. Pode tomar agora.

48 - Aqui na sua frente? Perguntou ela surpresa. - Aqui, na minha frente. Respondeu ele com um olhar cínico. Ele desamarrou as mãos dela e sentouse junto à porta, sempre com o revólver a mão, ficou observando-a. Um pouco tímida ela tirou a blusa e depois a calça. Muito devagar, de uma maneira normal, mas para Santo Cristo era muito sensual. Apenas de calcinha e sutiã entrou na banheira. A água estava numa temperatura agradável e seu corpo foi relaxando, ela se deixou envolver pelo prazer do banho e embaixo da água retirou o sutiã e a calcinha. Ficou ali por vinte minutos se esfregando e curtindo o banho tão desejado. Ela percebeu que ele a olhava com desejo e de repente resolveu fazer o seu jogo, deslizava os dedos pelos braços, depois pelo pescoço. Fechava os olhos e passava mão por seu corpo. Começou a sentir prazer com a cena e olhava para Santo Cristo com o olhar fixo e sem vergonha. Ela lia em seus olhos que vê-la banhar-se lhe dava prazer.

49 Ela levantou e pediu a toalha, Santo observou seu corpo nu, sua curvas tão bem desenhadas, a espuma escorrendo pela pele, ela não parecia estar tímida, estava à vontade. Ele entregou-lhe a toalha. Ela começou, devagar, a passar a toalha pelo corpo com movimentos sensuais, por um instante Santo imaginou que ela queria seduzi-lo. Manteve-se imóvel sem deixar transparecer o prazer que sentia ao vê-la ali sem roupas. Ela vestiu as peças de roupa que Santo havia comprado. Com o olhar sereno, ela se aproximou de Santo e ofereceu as mãos para que ele a amarrasse. Isso o deixou confuso. Ele a amarrou e decidiu passar a noite ali, olhando para aquele anjo a sua frente. Depois daquele banho seguido de alguma comida, Clara pegou pesado no sono, estava tranqüila, antes de adormecer ainda pensou nos últimos acontecimentos e percebeu que não tinha medo de Santo Cristo, alguma coisa nele lhe era confiável. As circunstâncias eram difíceis, mas sentia-se segura ao lado dele, talvez porque não permitia que ninguém se aproximasse dela. E isso era a melhor coisa que poderia querer naquela situação. Clarisse despertou com seu guardião a olhando. - Bom dia, princesa! Disse ele.

50 - Quando vou sair daqui? - Em breve! - Na verdade eu queria morrer mesmo, só que sem sofrer. Disse ela num desabafo. - Não me diga, uma pobre moça rica, com problemas familiares ou o namorado que te deu um fora? - Os dois! - É uma pena que nos conhecemos nessas circunstâncias, mas se tivéssemos outra oportunidade eu lhe daria aulas de como viver e ser feliz. - Você é feliz? - Vivo bem. - Então você não é feliz. Você vive bem, mas não é feliz. - Não importa pra você o que eu sinto - Você não sabe se importa! Falou ela cortando sua fala.

51 - Você tem razão. O importante nesse momento é que seu pai foi um bom negociador, só isso que importa! - Você não precisa disso pra viver, dá pra ver que você é bem de vida. O que te leva a seqüestrar as pessoas? - Essa é uma longa história que não tem nem cabimento te contar. E como dizia o poeta: Depois de vinte anos na escola não é difícil aprender todas as manhas do jogo sujo Algum tempo depois: - Qual é o seu problema? Por que quer morrer? - Não sei o porquê, acho que não tenho um motivo pra viver. - Você usa drogas? - Não! Não sou a fim. Prefiro morrer de maneira rápida, não aos poucos.

52 - Os ricos são assim mesmo, se tivessem que batalhar na vida como muitos fazem, esses problemas desapareceriam. - A minha mãe é a principal responsável pelo meu sofrimento, ela sempre quer fazer as coisas por mim, essas coisas de grã-fino, você sabe? - Nunca diga que a sua mãe é responsável pela suas atitudes, você já é grande o suficiente para pensar sozinha. Você está na verdade passando para sua mãe os seus próprios erros, como você não vê isso? Porque as pessoas culpam seus pais por tudo? Isso é absurdo. - E sua mãe? Ela sempre foi compreensiva com você? Santo Cristo parou o olhar e sua fisionomia ficou séria, parecia não gostar da pergunta, se manteve quieto.

53 - E daí sua mãe te compreende ou não? Insistiu ela. - Minha mãe teve que morrer para eu estar aqui! Ele falou e ficou quieto. Ela permaneceu calada, notou que tocara num assunto que não o agradava e não queria aborrecer seu protetor. Ela o observava não deixando escapar nenhum detalhe: a cor dos olhos, seus cabelos pareciam ser cacheados ou longos, não dava para saber por causa da touca de motoqueiro que usava, o seu corpo era bonito, parecia ter as pernas grossas, seu peito era musculoso. No momento que ele se virou para apanhar um copo de água na mesa próximo ao roupeiro, ela pode observar melhor a tatuagem no formato de um escorpião no antebraço, só que na parte inferior, diferente das maiorias das tatuagens que ficam a mostra. O celular tocou e Santo atendeu. Trocou algumas palavras e logo saiu, disse apenas: - Até mais tarde, se comporte!. Clarisse ficou por horas sozinha no seu cativeiro, pensava na família, nos seus amigos e se surpreendeu que não pensasse mais em Johnny e, quando o fez, sentiu que não o amava da mesma forma. Tudo que acontecia

54 neste momento na sua vida a fez perceber quanto eram pequenos seus problemas. Embora estivesse mais segura que nada aconteceria de ruim com ela, ainda assim, temia uma surpresa. E se seu pai não pagasse resgate? Tudo poderia mudar Afastou da cabeça os pensamentos ruins. Deitou-se no que seria sua cama e adormeceu. Durante o sono, teve um sonho. Ela andava por uma estrada deserta, o céu estava avermelhado e o sol parecia uma enorme bola avermelhada, andou alguns metros e viu seu pai, correu em sua direção e o abraçou, ele lhe sorriu e perguntou como estava, ela respondeu que bem e nesse mesmo instante já estavam em sua casa, entrou pela porta e a casa estava vazia, sem móveis e sem ninguém. Ela sentiu a solidão novamente e começou a chorar, olhou pela janela da sala e viu Maurício andando de bicicleta, ele parecia feliz. Acordou já era noite e continuava sozinha. Seu estômago começou a reclamar.... Januário suava frio, passou o portão do porto, andava apressado, pensava no que diria ao Cipriano, caso lhe questionasse sobre a carga. Entrou na sala pequena onde havia

55 uma mesa cheia de papéis espalhados, pensou como é fácil se perder ali algum papel importante. Aguardou alguns minutos e logo um senhor gordo e carrancudo veio lhe atender, diferente de outras vezes, viera pessoalmente para solicitar a liberação da carga vinda da Oriente. - Que belo dia faz hoje, Januário! Disse Cipriano tentando dar início a conversa. - Um belo dia. Respondeu com um sorriso. - Vamos ao que interessa, trouxe a papelada da importadora? - Sim, está toda aqui. Pode conferir. Fez uma expressão de medo. - Pois bem, só preciso da autorização da Saúde para a liberação da carga, poderia providenciá-la? - Claro. Respondeu satisfeito Januário, sentindo que passara no pior teste de sua vida.

56 A autorização para a liberação da carga já estava pronta. Santo tinha muitos políticos na mão e usava-os para esses fins. Enquanto saia do porto, o pai de Clarisse pensava que mais dois dias e estaria livre desse pesadelo. Pensava também em deixar esse comércio e inventar outra coisa. Quem sabe se passasse mais tempo ao lado da família. Agora que a filha se encontrava longe, percebeu o quanto estava longe dela, se deu conta que não a viu crescer e o mesmo acontecia com Júnior seu filho mais novo. Ao chegar a casa, soube que a esposa passara mal e estava sendo atendida pelo médico da família. Januário inventou uma história para justificar o estado da esposa e o médico lhe orientou a interná-la por alguns dias para que pudesse fazer alguns exames mais detalhados. Januário preferiu cuidar da esposa em casa para não pôr em risco a vida da filha. Uma semana se passara desde o dia em fora seqüestrada. Clarisse estava com fome e ninguém vinha em seu cativeiro, ela se levantou e sentiu uma tontura, tentou empurrar o roupeiro que estava em frente à janela para receber um pouco de sol, mas não conseguiu. Olhou pela fresta da janela e

57 percebeu que a casa ficava nos fundos de uma fábrica abandonada, cercada de muros altos, provavelmente era a casa dos caseiros da fábrica e por isso não importaria o quanto gritasse ninguém a ouviria. Testou a porta, estava bem trancada, sentou-se no chão e começou a chorar. Ficar ali sem fazer nada, sozinha, sem comer direito sentia que estava enlouquecendo. A cabeça estava fraca e a tristeza da solidão assolava seu coração amargurado. E se a policia o tivesse matado? Quem saberia que estaria ali? Talvez nunca a encontrassem, ou quando isso acontecesse estaria apenas em ossos. De repente, um desespero a invadiu e começou a gritar: - Quero sair daqui! Pelo amor de Deus me tirem daqui! Depois de alguns minutos de choro compulsivo e enfraquecida desmaia no chão. Ao despertar estava nos braços de Santo que tentava colocá-la sobre o que lhe serviu de cama. Meio confusa, perguntou o que estava acontecendo. - O que você fez? Parecia morta. Que pretende? Eu preciso de você viva,

58 senão não me tem valor nenhum! Disse Santo. - Estou com muita dor na cabeça, preciso comer alguma coisa Enquanto Santo lhe preparava um sanduíche, ela pensava nas palavras que saíram, não de sua boca, mas de seu coração. Ela tinha um valor, isto é, um valor comercial. Apenas isso. Ficou sentida e não entendia o porquê desse sentimento. Afinal, por que suas palavras lhe pareciam tão importantes? Clarisse comeu o sanduíche e tomou um copo de suco, parecia agora um bicho do mato, encolhida num canto com medo de tudo. Santo observou a situação em que ela se encontrava e teve pena do seu estado. Apesar de um coração duro, no seu íntimo havia piedade. Ele sabia que não era preciso fazê-la sofrer, estar trancada ali já era um sofrimento. Agora já estava no fim, mais algumas horas e ela seria libertada. Ele sentiu que sua força sumira. Aquela garota de dois dias atrás havia ido embora e o que estava ali era apenas as sobras dela.

59 Horas depois - Você está melhor? Perguntou Santo. - O que lhe importa como estou? Quero sair daqui! Quero minha vida de volta! - Você não queria se matar? Mudou de idéia? Disse ele provocando-a. - Você é um imbecil! Gritou ela e começou a chorar. - Você é uma idiota! Disse ele com desprezo. - Por causa de pessoas como você é que a sociedade está doente. O que lhe importa? Dinheiro? Pois pra mim o que importa é a liberdade. Você é escravo da sua ambição. Disse ela em um ataque de fúria. - Você não sabe o que está dizendo, sua louca!

60 - Não me chame de louca, você é que está me deixando louca. Disse ela revoltada. - O que você sabe do mundo? Aquilo que te ensinaram na escola? Bem vinda à realidade, meu bem. Eu vou lhe dizer o que é a sociedade que você defende. Nossas crianças não têm escolas, pessoas morrem de fome todos os dias, morrem por falta de hospitais, morrem nas estradas. Preconceitos, trabalho escravo, epidemias, o capitalismo sugando nossas almas. Na verdade somos zumbis e não nos damos conta disso. E os que trabalham honestamente a vida inteira e no final, que direito tem? Enquanto isso as famílias como a sua dormem numa confortável cama e não tem idéia do que é passar fome. Pagam em uma calça o valor que uma

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