Rastreabilidade na cadeia produtiva das carnes caprinas e ovinas

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1 1 Rastreabilidade na cadeia produtiva das carnes caprinas e ovinas 2 Antonio Carlos Lirani 1 Trabalho apresentado no 3º Simpósio Internacional sobre Caprinos e Ovinos de Corte - 3º SINCORTE, em João Pessoa, Paraíba, Brasil, Novembro INTERall Informática Ltda. aclirani@interall.com.br Resumo - O conceito de rastreabilidade é intuitivo, podendo nos levar a conclusões equivocadas, como sua exclusiva vinculação com chips, antenas e satélites. Quando levantamos uma árvore genealógica de família, de alguma forma, estamos executando um processo de rastreabilidade, pois estaremos pesquisando os rastros deixados pelos antepassados nas igrejas, cartórios, cemitérios. O termo rastreabilidade é empregado erradamente, pois o correto seria rastreamento. A rastreabilidade seria, então, a capacidade de rastrear (um produto). Como o termo rastreabilidade está consagrado pelo uso, passaremos a empregar ambos, indistintamente, neste trabalho. É uma importante ferramenta em processos certificação e de controle em sanidade e segurança alimentar de qualquer cadeia produtiva de alimentos. Serão apresentados os conceitos básicos de um sistema de rastreamento dando ênfase para sua aplicação na cadeia produtiva das carnes caprinas e ovinas. É proposta a discussão sobre a rastreabilidade atualmente no Brasil, traçando um paralelo com a experiência vivida em outra cadeia. Também são analisadas as exigências dos consumidores, de um modo geral e, em especial, dos países importadores. Este trabalho objetiva incentivar a cadeia produtiva das carnes caprinas e ovinas a liderar o processo de implantação do seu sistema de rastreabilidade, não se limitando a esperar por iniciativas do governo e, principalmente, executar esta implantação evitando os equívocos cometidos em outras cadeias, as quais trazem impactos negativos ao sistema produtivo brasileiro e a nossa imagem como produtores e exportadores de alimentos. DEFINIÇÃO or ser intuitivo, o conceito de rastreabilidade pode nos levar a conclusões equivocadas. Como Pe x i s t e m v á r i a s f o r m a s d e rastreabilidade, se nos concentrarmos em um paradigma diverso daquele que nos interessa para aplicação nas cadeias produtivas de alimentos, podemos ser conduzidos a interpretações e conclusões distorcidas. É natural (e intuitiva) a tendência de vincularmos a rastreabilidade, exclusivamente, ao rastreamento de um produto que dispõe de marcadores eletrônicos que são captados por antenas, satélites e toda uma parafernália eletrônica, tal qual os caminhões de frota são rastreados por meio de satélites. Para fins de sanidade e segurança alimentar, a rastreabilidade não requer informações de onde o produto se encontra em dado momento, mas sim o histórico de onde esteve e fazendo o que, durante um período ou de toda seu ciclo de vida desde o seu nascimento. Vale lembrar que, no estágio atual da tecnologia, os chips empregados na identificação animal somente conseguem ser captados por antenas colocadas à pequena distância (cerca de 1 metro) do animal. Então, embora seja altamente recomendado o uso de chip na identificação animal, pela sua eficência e eficácia, o seu uso não é obrigatório, sendo possível a implantação de um sistema de ratreabilidade de alta qualidade, baseado em brincos identificadores. De posse destes conceitos, podemos passar para a definição da forma de rastreabilidade que deve ser aplicada em nosso caso. Em palestra na USP de Ribeirão Preto, Pedro Camargo Neto, então presidente do Fundo de Desenvolvimento da Pecuária (Fundepec) de São Paulo, apresentou uma definição de rastreabilidade, atribuída à Sanz e Fontguyon, a qual reputamos simples e completa: Rastreabilidade é a capacidade de encontrar o histórico de localização e de utilização de um produto, por meio de identificação registrada Poucas, porém poderosas e bem colocadas palavras que resumem exatamente o que é rastreabilidade. Primeiramente por não confundir rastreabilidade com rastreamento, conforme explicado. A palavra histórico nos leva ao conceito de banco de dados cronológicos onde os locais (localização) e as ocorrências (utilização) havidas no ciclo de vida do produto são armazenados. Encerra destacando um dos conceitos e exigências mais importantes de um sistema de rastreabilidade que é a identificação. A palavra registrada completa o conceito do banco de dados que deve dar suporte ao sistema de rastreabilidade. Em outras palavras podemos dizer que a rastreabilidade é a medida da competência para realizar o trabalho de reconstituição dos fatos históricos que marcaram o ciclo de vida de um produto, em todas as fases de sua cadeia produtiva. Quanto mais fácil e eficaz for esta reconstituição, melhor será a rastreabilidade do sistema. Existem correntes no Brasil que pretendem implantar sistemas de rastreabilidade sem a identificação do indivíduo a ser rastreado, o que é, a nosso ver, impossível. Esclareça-se que o indivíduo pode ser um produto ou um lote de produtos, por exemplo, um Tecnol. & Ciên. Agropec., João Pessoa, v.2, n.3, p.71-79, set

2 carneiro ou um lote de frangos, respectivamente. Os carneiros são identificados individualmente, já os frangos são identificados por lotes, pela forma como são normalmente comercializados. É importante salientar que a identificação deve ser única em todo sistema. Cada indivíduo (animal) deve ter um único código de identificação e cada código de identificação deve representar um único indivíduo. OBJETIVO Não é razoável declarar que, do ponto de vista de segurança alimentar, carnes rastreáveis (provenientes de animais rastreáveis) são seguras ou que a rastreabilidade garante a segurança alimentar da carne ou mesmo a sua qualidade. É possível existir carnes rastreáveis contaminadas, assim como carnes não rastreáveis saudáveis. Notar que foi anotado saudáveis e não de qualidade, pois um importante requisito para que uma carne seja considerada de qualidade é que seja rastreável. O objetivo da implantação de um sistema de rastreabilidade é criar um sistema de coleta e posterior registro em um banco de dados, do histórico cronológico das localizações e ocorrências havidas durante a vida do produto (animal). O sistema é baseado nos códigos de identificação individuais do produto e deve possuir mecanismos que permitam que a partir de um corte, devidamente identificado e registrado, colocado na gôndola de um supermercado, seja possível identificar o animal ou o lote de animais que gerou este corte. Assim, se for identificado algum problema durante o ciclo de vida do produto, como a ocorrência de contaminação em um corte adquirido no supermercado, o sistema de rastreabilidade deve permitir que, partindo da identificação do corte seja possível identificar o animal que gerou o corte ou o lote de animais dentre os quais está aquele que gerou o corte e assim tornar possível a tomada de ações para que, em curto espaço de tempo, todas as carnes passíveis de contaminação, por esta causa, sejam retiradas do mercado evitando que o problema se alastre. Por outro lado, a análise do histórico de localização e utilização destas carnes, mostrará os locais onde os animais em questão estiveram, qual manejo receberam e também a identificação dos animais que com eles conviveram (lote de manejo), sendo possível, então, identificar se estes não foram contaminados ou então se estes não foram os próprios contaminadores. A eficácia deste sistema pode propiciar imediata correção dos problemas e assim evitar o seu alastramento e a ocorrência de desgastes de imagens e prejuízos financeiros. Se um consumidor comer um p e d a ç o d e c a r n e r a s t r e á v e l contaminada, a rastreabilidade não poderá evitar as conseqüências para este consumidor, mas poderá, rapidamente, identificar a fonte do problema, permitindo que ações sejam tomadas para evitar que novos c o n s u m i d o r e s v e n h a m s e r contaminados. Foi citado que o sistema de rastreamento de frota de caminhões por satélite não apresenta um bom p a r a d i g m a p a r a o t i p o d e rastreabilidade que devemos implantar na cadeia produtiva das carnes caprinas e ovinas. Se, no entanto, considerarmos o recall de uma montadora de automóveis, veremos que apresenta o paradigma de rastreabilidade que desejamos para a nossa cadeia produtiva. Quando lemos nos jornais que uma determinada montadora está fazendo o recall dos modelos ABC com chassis de números 123 a 456 para a troca da peça X, concluímos que a montadora ao identificar um lote defeituoso da peça X, usou do seu sistema de rastreabilidade e identificou (rastreou) todos os carros que receberam peças deste lote, para que seja providenciada sua substituição. Este paradigma, talvez, facilite a compreensão do funcionamento e o b j e t i v o d e u m s i s t e m a d e rastreabilidade, como também a sua importância. RASTREABILIDADE VERSUS SANIDADE Um grande problema para a implantação de um sistema de rastreabilidade é a confusão que se faz entre rastreabilidade e sanidade. Relata-se que durante uma inspeção feita pela Comunidade Européia ao nosso sistema produtivo de carnes, um inspetor fez ressalvas a uma propriedade porque possuía animais rastreados e não rastreados (apesar de consagrado pelo uso o autor prefere chamar de animais rastreáveis e não rastreáveis ). Salvo melhor juízo, do ponto de vista sanitário, se possuirmos lotes com manejos sanitários diversos, ou sejam, com graus de exigência diferentes, é razoável exigir que estes lotes não permaneçam na mesma propriedade ou mesmo em propriedades vizinhas de cerca. Porém, do ponto de vista de rastreabilidade, é perfeitamente possível a convivência, até em uma mesma divisão de pasto, de animais rastreados e não rastreados. Se o manejo sanitário for correto, pouco importa se os animais são rastreados ou não. Se animais rastreados e não rastreados convivem em uma mesma propriedade, os registros zootécnicos da propriedade devem conter esta informação e esta será usada em eventuais investigações que forem direcionadas pelo sistema de rastreabilidade. Ocorrências como esta, criam d i f i c u l d a d e s e r e s t r i ç õ e s desnecessárias à implantação de sistemas de rastreabilidade. A sanidade é da responsabilidade dos governos enquanto a rastreabilidade deve ser criada e administrada pela iniciativa privada. A rastreabilidade é uma exigência comercial, imposta pelo consumidor. Sem dúvida alguma é também uma importante ferramenta que pode ser usada pelo sistema sanitário. Os s i s t e m a s d e s a n i d a d e e d e rastreabilidade devem andar de mãos dadas, porém um criado e administrado pelo governo e outro pela iniciativa privada. Esta simples observação pode 72 Tecnol. & Ciên. Agropec., João Pessoa, v.2, n.3, p , set. 2008

3 facilitar a implantação de ambos, assim como a integração dos dois sistemas. Uma primeira e grave implicação, a qual gera muita oposição à implantação de sistema de rastreabilidade administrado pelo governo, reside no fato de ser a rastreabilidade feita a nível de indivíduo (de animal) e toda sua movimentação ficar registrada nos bancos de dados, de posse do governo, desde o nascimento de cada animal até o seu abate, com os registros de todas as suas movimentações, locais para onde foram levados e mudanças de proprietários. Com isto, a privacidade do produtor é invadida. Basta supor que o sistema fiscal do governo venha cruzar as informações do sistema de rastreabilidade com o sistema da Receita, para verificarmos as conseqüências. Este fato gera intranqüilidade no produtor e cria grande rejeição à implantação de um s i s t e m a d e r a s t r e a b i l i d a d e administrado pelo governo. Então, o governo deve implantar e administrar o sistema de sanidade e quando, por razões sanitárias, forem n e c e s s á r i a s i n f o r m a ç õ e s d e movimentações dos rebanhos contidas no banco de dados do sistema de rastreabilidade, o governo aciona a iniciativa privada para fornecer os dados específicos do animal ou lote em questão. Este acionamento será feito, exclusivamente, por motivos sanitários e não fiscais, para que ações sanitárias sejam tomadas. Rastreabilidade voluntária ou obrigatória? - A rastreabilidade é, antes de mais nada, uma exigência comercial. Se o consumidor exige a rastreabilidade dos produtos para o seu consumo, cumpre ao produtor atender a esta exigência, pois caso em contrário poderá ficar fora do mercado. Por outro lado, de uma maneira geral, os produtos rastreáveis, cada vez mais, receberão melhores preços. Então, o maior interessado na adesão ao sistema de rastreabilidade é o produtor. Se este for obrigado a aderir, sempre ocorrerão os questionamentos, oposição às implantações, críticas, etc. como ocorreu com o SISBOV - Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina. Quando o governo anunciou a voluntariedade da adesão, cessaram as críticas e reclamações sobre o sistema em si. Porque reclamar daquilo que não somos obrigados a f a z e r? C o m o c o n s e q ü ê n c i a, praticamente, todos passaram a participar voluntariamente do programa, pois era o melhor a fazer. IDENTIFICAÇÃO INDIVIDUAL A discussão sobre a identificação individual dos animais ou não, normalmente gera grande controvérsia quando da implantação de um sistema de rastreabilidade. Por ser uma operação trabalhosa e também por impor um controle maior sobre o rebanho e sua movimentação, informações consideradas restritas pelo produtor, existem aqueles que se opõem à identificação individual. Outros sugerem que a identificação seja feita por propriedade, propondo até a certificação das propriedades como alternativa. Cumpre lembrar, que uma das exigências para a certificação de uma propriedade é que seus animais sejam individualmente registrados. A verdade é que se não houver a identificação de cada indivíduo, o sistema de rastreabilidade não funcionará, pois haverá grande incidência de casos de perda de informação durante o rastreamento (perda da reastreabilidade) e o sistema perderá sua credibilidade. Mesmo para os produtores de ciclo completo em que a cria, recria, engorda e venda para o abate são feitos pelo mesmo produtor, se não houver a identificação individual dos animais, existe a possibilidade de perda da rastreabilidade. Basta imaginar que, se o controle é feito por lote e ocorrer de um ou mais animais se desgarrem de um lote e se agregarem à outros lotes, o processo de rastreamento ficará prejudicado, pois, não existindo identificação individual, ficará difícil, às vezes impossível, recompor cada lote à sua composição inicial. Quanto maior o número de animais e lotes manejados na propriedade, mais difícil se torna o controle. É importante salientar que os lotes devem ser formados por animais individualmente identificados. Assim, cada lote deve possuir a sua identificação individual a qual aponta para a lista única de animais individualmente identificados que o compõe. Se acontecerem de animais se d e s g a r r a r e m d o l o t e, a s u a recomposição é possível, pois será fácil identificar os faltantes e a sua procura, mesmo se estiverem dentro de outros lotes. Em uma cadeia onde os animais são vendidos individualmente e enviados para diferentes destinos, passando por vários donos e intermediários e, finalmente, colocados no curral de um frigorífico para o abate, a ocorrência de perda da rastreabilidade no processo é quase certa se os animais não forem individualmente identificados e registrados. Para a correta identificação dos animais são necessários: Um sistema de codificação Uso de dispositivos de identificação eficazes. O sistema de codificação deve ser único e exclusivo. Um código tem que representar um único animal e cada animal tem que ser referenciado por um único código para que o rastreamento surta o efeito desejado. O código deve ser o menor possível, ou seja, conter o menor número de caracteres possível, mas deve ser suficientemente amplo para poder conter a numeração de todo o rebanho controlado, sem repetição. Devem ser evitadas inclusões no corpo do código de informações supérfluas ou óbvias e aquelas que possam ser incluídas somente no banco de dados sem prejudicar o manejo e o processo de rastreamento. Os dispositivos de identificação mais usados são os visuais, chamados de brincos, os quais funcionam bastante satisfatoriamente. Os dispositivos eletrônicos ( chips ) facilitam o manejo e são muitos eficientes, porém são mais caros. A qualidade e eficácia de um sistema de rastreabilidade independem do tipo de dispositivo de identificação empregado. É possível empregar ambos os tipos em um mesmo sistema Tecnol. & Ciên. Agropec., João Pessoa, v.2, n.3, p , set

4 de rastreabilidade. Existem algumas propriedades que trabalham com ambos os sistemas em cada animal, para garantir a sua identificação em c a s o d e p e r d a d e u m d o s identificadores. No site a seguir, o leitor poderá encontrar mais informações sobre identificação, movimentação e rastreamento de caprinos e ovinos: LIVESTOCK MOVEMENTS, IDENTIFICATION AND TRACING: SHEEP AND GOATS Outro fator muito importante é o tempo ou prazo de identificação de c a d a a n i m a l n o s i s t e m a d e rastreabilidade. Este somente pode ser totalmente eficaz se os animais que dele participam forem identificados desde o nascimento. No sistema brasileiro para bovinos tivemos períodos em que o prazo autorizado foi de um dia, ou seja, os animais eram identificados ( brincados ) na fila de abate do frigorífico. Isto equivale a dizer que se gastava com um sistema de rastreabilidade que nada conseguia rastrear. Esta prática gerou e ainda continua gerando protestos nos países importadores contra as nossas carnes, os quais produzem efeitos negativos à imagem de nossos produtos e de nossos produtores e porque não dizer, do país como um todo. Ainda assim, somos um dos maiores exportadores de carnes, graças ao fato da carne brasileira ser uma das mais baratas do mundo, para a tristeza dos nossos produtores. EXIGÊNCIAS O s c o n c e i t o s r e l a t i v o s à rastreabilidade vêm sendo usados há décadas. A recente exigência da aplicação da rastreabilidade nas cadeias produtivas de alimentos começou com a carne bovina por volta de Era o início da crise da "vaca louca" (BSE). Na verdade, o mercado procura por certificação de origem, para comprar a l i m e n t o s d e r e g i õ e s, reconhecidamente, seguras do ponto de vista alimentar. Como a rastreabilidade é uma importante ferramenta do processo de certificação, ela ficou em evidência. O texto, a seguir, transcrito do d o c u m e n t o S A P I S i s t e m a Agropecuário de Produção Integrada, apresentado pelo Dr. Juaquim Naka, do MAPA, no Simpósio Nelore 2004, em Ribeirão Preto - SP, é bastante esclarecedor: A atual tendência mundial por demanda de alimentos, com específicos atributos de qualidade, como a sustentabilidade ambiental, segurança a l i m e n t a r, s a ú d e h u m a n a e responsabilidade social, representa um dos requisitos fundamentais para o credenciamento e inserção de agentes do agronegócio nesse mercado. O diferencial de qualidade do produto agroalimentar ofertado deve assegurar, portanto, a comprovação e a confiança do consumidor, através de sistemas estruturados e formalizados que propiciem os procedimentos de a v a l i a ç ã o d a c o n f o r m i d a d e, identificação de origem e a rastreabilidade de processos produtivos adotados. O Sistema Agrícola de Produção Integrada SAPI, em processo de implantação pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, é um dos modelos que propiciam tais procedimentos. Nesta linha, a Comunidade Européia editou o Regulamento (CE) 178/2002 criando a Autoridade Européia para a Segurança dos Alimentos, passando a exigir, dentre outros, a rastreabilidade para todos os alimentos a partir de 01/jan/2005. Este regulamento passou a ser conhecido como Food Law e seu artigo 18. é dedicado à rastreabilidade. No dia 20 de Dezembro de 2004 a Comunidade Européia editou as DIRECTRIZES RELATIVAS À APLICAÇÃO DOS ARTIGOS 11º, 12º, 16º, 17º, 18º, 19º e 20º DO REGULAMENTO (CE) N.º 178/2002 EM MATÉRIA DE LEGISLAÇÃO ALIMENTAR GERAL, onde são comentados e esclarecidos os principais artigos da Food Law. Por serem os documentos que fornecem as linhas mestras para a implantação de um sistema de rastreabilidade, apresentamos no ANEXO, transcrições dos trechos mais importantes de ambos, aos quais recomendamos leitura, principalmente àqueles que pretendem se aprofundar no estudo da rastreabilidade. Cumpre destacar que todos os países possuem preocupações e estão exigindo ações e controles no campo da segurança alimentar. A Comunidade Européia, talvez por ter sido fortemente impactada, tem se mostrado muito ativa e exigente neste campo, de forma que é razoável considerar que se for implementado sistemas que atendam as exigências da Comunidade Européia, estaremos atendendo, praticamente, as exigências de todos os demais países. CONCLUSÕES A cadeia produtiva das carnes caprinas e ovinas é tradicional em nosso país e está vivendo momentos de reorganização e implantações de programas fundamentais para enfrentarem os desafios que o mercado está impondo. Serão necessárias, dentre outras, as implantações de Programas de Certificação, Rastreabilidade e Melhoramento Genético. Com relação à rastreabilidade é f u n d a m e n t a l u m c o m p l e t o entendimento dos seus conceitos e das regras estabelecidas pelo mercado de forma a serem desenvolvidos esforços para a implantação de um sistema eficiente e eficaz e que seja reconhecido e respeitado pelos consumidores. O segredo está na c r e d i b i l i d a d e d o s i s t e m a. A implantação de um sistema de rastreabilidade é trabalhosa e cara. Se o sistema implantado não tiver credibilidade, a cadeia produtiva estará gastando dinheiro sem obter o retorno desejado. 74 Tecnol. & Ciên. Agropec., João Pessoa, v.2, n.3, p , set. 2008

5 Será necessária detalhada análise crítica das iniciativas já implantadas no país, aproveitando as boas idéias e evitando repetir os erros cometidos, os quais, infelizmente, não são poucos. A união de todos os elos da cadeia é fundamental para o sucesso da empreitada. A cadeia produtiva das carnes caprinas e ovinas deve assumir a liderança do processo de implantação do seu sistema de rastreabilidade. Não deve esperar o governo, mas deve trabalhar com ele, que é responsável pelo sistema sanitário e assumir a criação e administração do sistema de rastreabilidade, o qual é uma exigência de mercado, ou seja, uma exigência comercial. A criação e administração de um sistema de rastreabilidade são da responsabilidade da iniciativa privada. O s s i s t e m a s s a n i t á r i o s e d e rastreabilidade devem trabalhar de forma integrada. A cadeia produtiva das carnes caprinas e ovinas vive um momento de decisões. Será necessário muito critério para que estas sejam acertadas, pois a implantação de correções é muito traumática, principalmente pelo descrédito que cria no seio dos consumidores. A recomendação é usar a regra máxima da Qualidade Total: Fazer certo da primeira vez. A N E X O REGULAMENTO (CE) N.o 178/2002 DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO de 28 de Janeiro de 2002 que determina os princípios e normas gerais da legislação alimentar, cria a Autoridade Européia para a Segurança dos Alimentos e estabelece procedimentos em matéria de segurança dos géneros alimentícios V. ARTIGO 11.º - IMPORTAÇÃO DE GÉNEROS ALIMENTÍCIOS E DE ALIMENTOS PARA ANIMAIS Artigo 11.º - Gêneros alimentícios e alimentos para animais importados para a Comunidade Os gêneros alimentícios e os alimentos para animais importados para a Comunidade para aí serem colocados no mercado devem cumprir os requisitos relevantes da legislação alimentar ou as condições reconhecidas pela Comunidade como sendo pelo menos equivalentes ou ainda, caso exista um acordo específico entre a Comunidade e o país exportador, os requisitos previstos nesse acordo. As disposições da legislação alimentar geral aplicáveis à rastreabilidade não produzem efeitos extraterritoriais fora da UE. Este requisito abrange todas as fases da produção, transformação e distribuição na UE, designadamente desde o importador até a venda a retalho. O artigo 11º não deve ser interpretado como alargando o requisito de rastreabilidade aos operadores de empresas do sector alimentar e de alimentos para animais de países terceiros. Exige que os gêneros alimentícios e os alimentos para animais importados na Comunidade cumpram os requisitos relevantes da legislação da UE aplicável aos gêneros alimentícios e aos alimentos para animais. Os exportadores de países parceiros comerciais não são legalmente obrigados a cumprir o requisito de rastreabilidade imposto pelo artigo 18º do Regulamento (CE) n.º 178/2002 aos operadores da UE. Todavia, podem dar-se circunstâncias em que existam requisitos bilaterais especiais aplicáveis a determinados setores ou requisitos jurídicos comunitários específicos, por exemplo, no setor veterinário, em que as regras de certificação exigem informações relativas à origem das mercadorias. Estes requisitos não são afetados pelas disposições em matéria de rastreabilidade da legislação alimentar geral. O objetivo do artigo 18º é suficientemente alcançado dado que o requisito abrange o importador. Sempre que o importador na UE estiver em condições de identificar quem exportou o produto no país terceiro, consideram-se satisfeitos o requisito do artigo 18º e o seu objetivo. É prática comum (14), entre vários operadores de empresas do setor alimentar na UE, solicitar aos parceiros comerciais que cumpram os requisitos de rastreabilidade, indo mesmo além do princípio um passo atrás um passo adiante. Todavia, deve notar-se que tais condições fazem parte dos contratos celebrados entre empresas e não dos requisitos estabelecidos pelo regulamento. (14) Ver explicações constantes da alínea iii) do ponto II de Dezembro de 2004 DIRECTRIZES RELATIVAS À APLICAÇÃO DOS ARTIGOS 11.º, 12.º, 16.º, 17.º, 18.º, 19.º E 20.º DO REGULAMENTO (CE) N.º 178/2002 EM MATÉRIA DE LEGISLAÇÃO ALIMENTAR GERAL CONCLUSÕES DO COMITÉ PERMANENTE DA CADEIA ALIMENTAR E DA SAÚDE ANIMAL II. ARTIGO 18.º - RASTREABILIDADE Considerando 28 A experiência demonstrou que o funcionamento do mercado interno no setor alimentar ou no setor dos alimentos para animais pode ficar comprometido se for impossível detectar a origem dos gêneros alimentícios e dos alimentos para animais. Por conseguinte, é necessário Tecnol. & Ciên. Agropec., João Pessoa, v.2, n.3, p , set

6 estabelecer um sistema exaustivo de rastreabilidade nas empresas do setor alimentar e do setor dos alimentos para animais, de modo a possibilitar retiradas do mercado de forma orientada e precisa, ou a informar os consumidores ou os funcionários responsáveis pelos controles, evitando-se, assim, a eventualidade de perturbações desnecessárias mais importantes em caso de problemas com a segurança dos gêneros alimentícios. Considerando 29 É necessário assegurar que as empresas do setor alimentar e do setor dos alimentos para animais, incluindo os importadores, estejam em condições de identificar, pelo menos, a empresa que forneceu os gêneros alimentícios, os alimentos para animais, os animais ou as substâncias que podem ser incorporadas num gênero alimentício ou num alimento para animais, a fim de garantir que, em caso de inquérito, a rastreabilidade possa ser assegurada em todas as fases. Artigo 3.º, ponto 15 "rastreabilidade", [significa] a capacidade de detectar a origem e de seguir o rasto de um gênero alimentício, de um alimento para animais, de um animal produtor de gêneros alimentícios ou de uma substância, destinados a ser incorporados em gêneros alimentícios ou em alimentos para animais, ou com probabilidades de o ser, ao longo de todas as fases da produção, transformação e distribuição. Artigo 18.º 1. Será assegurada em todas as fases da produção, transformação e distribuição a rastreabilidade dos gêneros alimentícios, dos alimentos para animais, dos animais produtores de gêneros alimentícios e de qualquer outra substância destinada a ser incorporada num gênero alimentício ou num alimento para animais, ou com probabilidades de o ser. 2. Os operadores das empresas do setor alimentar e do setor dos alimentos para animais devem estar em condições de identificar o fornecedor de um gênero alimentício, de um alimento para animais, de um animal produtor de gêneros alimentícios, ou de qualquer outra substância destinada a ser incorporada num gênero alimentício ou num alimento para animais, ou com probabilidades de o ser. Para o efeito, devem dispor de sistemas e procedimentos que permitam que essa informação seja colocada à disposição das autoridades competentes, a seu pedido. 3. Os operadores das empresas do setor alimentar e do setor dos alimentos para animais devem dispor de sistemas e procedimentos para identificar outros operadores a quem tenham sido fornecidos os seus produtos. Essa informação será facultada às autoridades competentes, a seu pedido. 4. Os gêneros alimentícios e os alimentos para animais que sejam colocados no mercado, ou susceptíveis de o ser, na Comunidade devem ser adequadamente rotulados ou identificados por forma a facilitar a sua rastreabilidade, através de documentação ou informação cabal de acordo com os requisitos pertinentes de disposições mais específicas. 5. Para efeitos da aplicação dos requisitos do presente artigo no que se refere a setores específicos, poderão ser adaptadas disposições de acordo com o procedimento previsto no n.º 2 do artigo 58º. II.1 Fundamentação Os recentes receios em matéria de alimentos (crises da EEB e das dioxinas) demonstraram que a identificação da origem dos alimentos para animais e dos alimentos para consumo humano é de primordial importância para a defesa dos consumidores. Em especial, a rastreabilidade ajuda a facilitar a retirada dos alimentos e permite fornecer aos consumidores informações orientadas e precisas sobre os produtos em causa. A rastreabilidade, só por si, não torna os alimentos seguros. Trata-se de um instrumento de gestão do risco a usar quando necessário para ajudar a resolver um problema de segurança alimentar. A rastreabilidade tem diferentes objetivos, como sejam: a segurança dos alimentos, o comércio eqüitativo entre operadores e a fiabilidade das informações facultadas aos consumidores. O objetivo que levou à introdução do requisito de rastreabilidade no regulamento foi, em especial, a garantia da segurança dos alimentos e o apoio na retirada do mercado de alimentos que não sejam seguros, quer se destinem a consumo humano quer animal. A rastreabilidade destina-se a garantir que se pode organizar a retirada do mercado ou a recolha de forma orientada e precisa, que se podem fornecer informações adequadas aos consumidores e aos operadores das empresas do setor alimentar, que as autoridades de controlo podem realizar avaliações dos riscos e que se pode evitar uma perturbação desnecessária e mais vasta do comércio. II.2 Implicações O artigo 18º exige que os operadores das empresas do setor alimentar: - Estejam em condições de identificar a quem compraram e a quem forneceram um determinado produto; - Disponham de sistemas e procedimentos que permitam que essa informação seja colocada à disposição das autoridades competentes, a seu pedido. Este requisito baseia-se na abordagem um passo atrás um passo adiante que implica que os operadores das empresas do setor alimentar: - Deverão dispor de um sistema que lhes permita identificar fornecedores e clientes imediatos dos seus produtos; - Deverá estabelecer-se uma ligação fornecedor-produto (que produtos foram fornecidos por que fornecedores); - Deverá estabelecer-se uma ligação cliente-produto (que produtos foram fornecidos a que clientes); todavia, os operadores das empresas do setor alimentar não precisam identificar os clientes imediatos sempre que se tratar de clientes finais. II.3 Contributo/impacto Embora a rastreabilidade não constitua uma nova noção em termos da cadeia alimentar, é a primeira vez que aparece explicitamente num texto jurídico horizontal a nível comunitário a obrigação de todos os operadores de empresas do setor alimentar identificarem os fornecedores e receptores diretos dos seus produtos. Conseqüentemente, o artigo 18º cria uma nova obrigação geral para os operadores das empresas do setor alimentar. 76 Tecnol. & Ciên. Agropec., João Pessoa, v.2, n.3, p , set. 2008

7 O artigo 18.º encontra-se redigido em função do seu objetivo e resultados pretendidos e não pretende impor os meios para alcançar estes resultados. Sem prejuízo dos requisitos específicos, esta abordagem mais geral deixa ao setor uma maior flexibilidade na implementação do requisito, sendo por isso provável que os custos da execução das normas sejam menores. Contudo, exige que tanto os operadores do setor alimentar como as autoridades de controle assumam um papel ativo na garantia de uma implementação eficaz. Esta atividade poderá acarretar algumas dificuldades, mas a elaboração de códigos de boas práticas para o setor poderá ajudar a resolver o problema. II.3.1 Âmbito de aplicação do requisito de rastreabilidade i) Produtos abrangidos A redação deste artigo, em especial o trecho qualquer outra substância destinada a ser incorporada num gênero alimentício ou num alimento para animais, ou com probabilidades de o ser, não deve ser interpretada no sentido de poder incluir os medicamentos veterinários, os produtos fitofarmacêuticos ou os fertilizantes no âmbito de aplicação do regulamento. É de referir que alguns destes produtos se encontram abrangidos por regulamentos ou diretivas específicos, que podem mesmo impor requisitos mais rigorosos em termos de rastreabilidade. As substâncias abrangidas são as que são ou podem ser incorporadas como parte de um gênero alimentício ou um alimento para animais durante o seu fabrico, preparação ou tratamento. Incluem-se, por exemplo, todos os tipos de ingredientes alimentares, incluindo os grãos de cereais, quando estes são incorporados num gênero alimentício ou num alimento para animais. Mas os grãos estão excluídos quando são usados como semente para o cultivo. De igual modo, o material de embalagem não faz parte de um gênero alimentício, tal com está definido no artigo 2.º, pelo que não se encontra abrangido pelo âmbito de aplicação do artigo 18.º, apesar da possibilidade de os seus constituintes migrarem involuntariamente para o gênero alimentício. A rastreabilidade destes materiais de embalagem de alimentos encontra-se abrangida por normas específicas adaptadas em 27 de Outubro de 2004(5). Além disso, o novo Regulamento (CE) n.º 852/2004 relativo à higiene dos gêneros alimentícios, bem como o futuro regulamento sobre a higiene dos alimentos para animais assegurarão, a partir de 1 de Janeiro de 2006, um elo de ligação entre os gêneros alimentícios/alimentos para animais e os medicamentos veterinários e produtos fitofarmacêuticos, preenchendo a lacuna existente, uma vez que os agricultores deverão manter e conservar registros sobre estes produtos. ii) Operadores abrangidos O artigo 18.º do regulamento aplica-se aos operadores das empresas do setor alimentar em todas as fases da cadeia alimentar, desde a produção primária (animais produtores de alimentos, colheitas), passando pela transformação dos gêneros alimentícios e dos alimentos para animais, até à distribuição. Estão incluídas as instituições de beneficência. Contudo, os Estados-Membros deverão ter em consideração a situação especial destas instituições e das atividades de solidariedade social no contexto do controlo da aplicação e das sanções. Nos pontos 2 e 5 do artigo 3º, uma empresa do setor alimentar é definida como qualquer empresa [ ] que se dedique a uma atividade relacionada com qualquer das fases da produção, transformação e distribuição de gêneros alimentícios/alimentos para animais. Os transportadores e armazenistas, enquanto empresas envolvidas na distribuição de gêneros alimentícios e alimentos para animais estão abrangidos por esta definição e devem por isso cumprir o disposto no artigo 18º. Sempre que a atividade de transporte estiver integrada numa empresa do setor alimentar, a empresa no seu todo deve cumprir o disposto no artigo 18º. Ao departamento de transportes bastará guardar registos dos produtos fornecidos aos clientes, já que os outros departamentos da empresa encarregar-se-ão de manter os registos dos produtos recebidos dos fornecedores. Os fabricantes de medicamentos veterinários ou de produtos usados na produção agrícola (como as sementes) não estão sujeitos aos requisitos do artigo 18º. iii) Aplicação aos exportadores de países terceiros (em articulação com o artigo 11º) As disposições do regulamento aplicáveis à rastreabilidade não produzem efeitos extraterritoriais fora da UE. Este requisito abrange todas as fases da produção, transformação e distribuição na UE, designadamente desde o importador até à venda a retalho. (5) Regulamento (CE) n. 1935/2004 de 27 de Outubro de 2004, JO L 338 de , p. 4.). O artigo 11.º não deve ser interpretado como alargando o requisito de rastreabilidade aos operadores de empresas do setor alimentar de países terceiros. Exige que os gêneros alimentícios e os alimentos para animais importados na Comunidade cumpram os requisitos relevantes da legislação alimentar da UE. Os exportadores de países parceiros comerciais não são legalmente obrigados a cumprir o requisito de rastreabilidade imposto na UE (exceto se existirem acordos bilaterais especiais aplicáveis a determinados setores sensíveis ou requisitos jurídicos comunitários específicos, por exemplo, no setor veterinário). O objetivo do artigo 18.º é suficientemente alcançado dado que o requisito abrange o importador. Uma vez que o importador na UE estará em condições de identificar quem exportou o produto no país terceiro, consideram-se satisfeitos o requisito do artigo 18.º e o seu objetivo. É prática comum, entre vários operadores de empresas do setor alimentar na UE, solicitar aos parceiros comerciais que cumpram os requisitos de rastreabilidade, indo mesmo além do princípio um passo atrás um passo adiante. Todavia, deve notar-se que tais condições fazem parte das disposições contratuais entre as empresas e não dos requisitos estabelecidos pelo regulamento. II.3.2 Aplicação do requisito de rastreabilidade i) Identificação dos fornecedores e dos clientes pelos operadores das empresas do setor alimentar Um operador de uma empresa do setor alimentar deve encontrar-se em condições de identificar qualquer pessoa de que tenha recebido alimentos ou matérias-primas. Essa pessoa pode ser um particular (por exemplo: um caçador ou um coletor de cogumelos) ou uma pessoa coletiva. O considerando 29 determina que as empresas do setor alimentar devem estar em condições de identificar pelo menos a empresa que forneceu os gêneros alimentícios, os alimentos para os animais ou as substâncias passíveis de neles serem incorporadas. Deve esclarecer-se que o termo fornecer não deve ser interpretado como a mera entrega física do gênero alimentício, alimento para animais ou animal produtor de gêneros alimentícios (por exemplo, um condutor de um caminhão que é empregado de um determinado operador). O Tecnol. & Ciên. Agropec., João Pessoa, v.2, n.3, p , set

8 objetivo desta norma não é a identificação do nome da pessoa que faz a entrega, dado que não seria suficiente para garantir a rastreabilidade ao longo da cadeia alimentar. Um operador de uma empresa do setor alimentar deve identificar apenas a outra empresa (entidade jurídica) a quem fornece os seus produtos (excluindo os consumidores finais). No caso do comércio entre retalhistas, como seja um distribuidor e um restaurante, é também aplicável o requisito da rastreabilidade. ii) Rastreabilidade interna Está subjacente na lógica do artigo 18.º que os operadores das empresas do setor alimentar devem aplicar certo nível de rastreabilidade interna. O artigo 18.º deve ser lido em conjugação com o considerando 28, que refere um sistema exaustivo de rastreabilidade nas empresas do setor alimentar e do setor dos alimentos para animais, de modo a possibilitar retiradas do mercado de forma orientada e precisa [ ] evitando-se assim a eventualidade de perturbações desnecessárias mais importantes em caso de problemas com a segurança dos gêneros alimentícios. A existência de um sistema de rastreabilidade interna trará benefícios ao operador, contribuindo para retiradas do mercado de forma orientada e precisa. Os operadores das empresas do setor alimentar poupariam custos em termos de duração das retiradas do mercado bem como ao evitar perturbações desnecessárias mais importantes. Sem prejuízo de normas mais pormenorizadas, o regulamento não obriga os operadores a estabelecer um elo (designado por rastreabilidade interna) entre os produtos que entram e os que saem. Também não existe qualquer requisito para a conservação de registos que identifiquem a forma como os lotes são divididos e combinados dentro duma empresa para criarem produtos específicos ou novos lotes. Em resumo, os operadores das empresas do setor alimentar deveriam ser incentivados a desenvolver sistemas de rastreabilidade interna concebidos em função da natureza das suas atividades (transformação de alimentos, armazenagem, distribuição). A decisão quanto ao nível de detalhe da rastreabilidade interna deve ser deixada ao critério do operador, tendo em devida conta a natureza e a dimensão da empresa. iii) Sistemas de rastreabilidade estabelecidos por atos legislativos específicos Para além dos atos legislativos específicos que estabelecem normas de rastreabilidade para determinados setores/produtos tendo em vista a segurança alimentar, em consonância com o "espírito" do artigo 18º, existe um conjunto de regulamentos específicos que estabelecem normas de comercialização e de qualidade para determinados produtos. Estes regulamentos têm freqüentemente por objetivo às práticas comerciais leais e contém disposições acerca da identificação dos produtos, a transmissão dos documentos que acompanham as remessas, a conservação dos registos, etc. Qualquer outro sistema de identificação de produtos que exista no quadro de disposições específicas pode ser usado a fim de cumprir o requisito estabelecido no artigo 18º, desde que permita a identificação dos fornecedores e dos destinatários diretos dos produtos em todas as fases da produção, transformação e distribuição. Contudo, os requisitos de rastreabilidade do regulamento são requisitos gerais e, por conseguinte, são sempre aplicáveis. Para saber se as disposições setoriais em termos de rastreabilidade já cumprem os requisitos do artigo 18º seria necessário uma análise pormenorizada dessas disposições. iv) Tipos de informação a conservar O artigo 18º não especifica quais os tipos de informação que devem ser conservados pelos operadores das empresas do setor alimentar. Devem conservar-se todas as informações relevantes para efeitos de rastreabilidade, dependendo das características de cada sistema de rastreabilidade. No entanto, para cumprir o objetivo do artigo 18º, considera-se necessário o registo das informações mencionadas a seguir. Estas informações podem classificar-se em duas categorias, dependendo do seu nível de prioridade: A primeira categoria de informações inclui todas as informações que devem ser disponibilizadas às autoridades competentes em qualquer situação: Nome, endereço do fornecedor, natureza dos produtos por ele fornecidos. Nome, endereço do cliente, natureza dos produtos que lhe foram entregues. Data da transação/entrega. O registro da data da transação/entrega deriva diretamente do registro das duas outras informações. Sempre que produtos do mesmo tipo sejam fornecidos várias vezes a um operador de uma empresa do setor alimentar, o registo do nome do fornecedor e da natureza dos produtos não cumpre, por si só, o requisito de rastreabilidade. A segunda categoria de informações inclui informações adicionais cuja conservação é altamente recomendada: Volume ou quantidade. Número de lote, se existir. Uma descrição mais pormenorizada do produto (produto a granel ou pré-embalado, variedade do fruto/produto hortícola, produto cru ou transformado). As informações a registar devem ser escolhidas em função da atividade da empresa (natureza e dimensão) e das características do sistema de rastreabilidade. As crises alimentares registadas no passado revelam que o rastreio do fluxo comercial dum produto (através das faturas ao nível duma empresa) não foi suficiente para seguir o fluxo físico dos produtos. Assim, é essencial que o sistema de rastreabilidade de cada operador de empresa do setor alimentar seja concebido por forma a seguir o fluxo físico dos produtos: a utilização de notas de entrega (ou o registo do endereço das unidades de produção) asseguraria uma rastreabilidade mais eficaz. v) Tempo de reação para a disponibilização dos dados de rastreabilidade O artigo 18º exige que os operadores das empresas do setor alimentar disponham de sistemas e procedimentos que garantam a rastreabilidade dos seus produtos. Embora o artigo não apresente pormenores acerca destes sistemas, a utilização dos termos sistemas e procedimentos implica um mecanismo estruturado que possa proporcionar as informações necessárias a pedido das autoridades competentes. Para se dispor de um bom sistema de rastreabilidade, que alcance o objetivo pretendido, tal como está descrito no considerando 28, o elemento essencial é o tempo necessário para disponibilizar rapidamente informações e exatas. Uma demora na entrega destas informações relevantes comprometeria uma reação imediata em caso de crise. As informações mínimas pertencentes à primeira categoria definida supra devem ser imediatamente disponibilizadas às autoridades competentes. 78 Tecnol. & Ciên. Agropec., João Pessoa, v.2, n.3, p , set. 2008

9 As informações pertencentes à segunda categoria devem ser disponibilizadas tão breve quanto razoavelmente possíveis, com prazos adequados às circunstâncias. vi) Prazo para a conservação dos registros O artigo 18.º não prevê um período mínimo para a conservação dos registos. De um modo geral, considera-se que os documentos comerciais devem normalmente ser arquivados por um período de cinco anos, para efeitos de controlo fiscal. Este período de cinco anos, aplicado aos registos de rastreabilidade (6) a contar da data de fabrico ou de entrega, seria susceptível de cumprir o objetivo do artigo 18.º. Todavia, esta regra comum carece de adaptação em determinados casos: - Para os produtos (7) sem prazo de validade especificado, aplica-se a regra geral dos cinco anos; - Para os produtos com prazo de validade superior a cinco anos, os registos devem ser conservados até ao fim do prazo de validade acrescido de seis meses; - Para os produtos muito perecíveis, com uma data-limite de consumo inferior a três meses ou sem data especificada (8), destinados diretamente ao consumidor final, os registos devem ser conservados por um período de seis meses após a data de fabrico ou de entrega. Finalmente, deve ter-se em consideração que, para além das disposições relativas à rastreabilidade constantes do artigo 18.º do regulamento, muitas empresas do sector alimentar estão sujeitas a requisitos mais rigorosos em termos de conservação de registos (tipo de informação a conservar e prazo). As autoridades competentes devem assegurar o cumprimento destas normas. (6) Mais propriamente aos registros pertencentes à primeira categoria de informações prevista na alínea iv) do ponto II.3.2. (7) Produtos como o vinho. (8) Produtos como a fruta, os produtos hortícolas e os produtos não embalados.. Apresentado no 3º Simpósio Internacional sobre Caprinos e Ovinos de Corte, em João Pessoa, Paraíba, Brasil, Novembro 2007 Tecnol. & Ciên. Agropec., João Pessoa, v.2, n.3, p , set

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