CONSELHO ACADÊMICO DO ENSINO DE GRADUAÇÃO ATA DE REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA
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1 Aos vinte e nove dias do mês de agosto de dois mil e doze, às nove horas e trinta minutos, na sala de reuniões da Reitoria teve início a Reunião Extraordinária do Conselho Acadêmico de Ensino de Graduação (CAEG), do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ). Estavam presentes a Pró-Reitora de Ensino de Graduação, Presidente deste Conselho, professora Mônica Romitelli de Queiroz, que secretariou a sessão; os Conselheiros: professora Ana Cláudia Barbosa Bacharelado em Fisioterapia (CReal), professora Leda Glicério Mendonça Bacharelado em Farmácia (CReal), professora Márcia Dolores Carvalho Gallo - Bacharelado em Terapia Ocupacional (CReal) professor Márcio Oliveira Franklin CST Processos Químicos (CRJ), professor Hudson Santos da Silva - CST em Gestão Ambiental (CRJ), professora Leila Pontes da Silva Bacharelado em Ciências Biológicas (CRJ), professor Filipe P. M. dos Santos - Licenciatura em Física (CNil), ), professor Alessandro da Silva - Licenciatura em Matemática (CNil), professora Ismárcia Gonçalves da Silva Licenciatura em Química (CNil), professor Guilherme Veloso M. de Almeida Vilela, licenciatura em Química (CDC) e a professora Renata Arruda Barros - Licenciatura em Matemática (CVR). Profª Mônica Romitelli iniciou a reunião apresentando a pauta: Apreciação das mudanças curriculares do Curso de Fisioterapia (CReal) e apreciação do Regulamento de Estágio do Curso de Bacharelado em Ciências Biológicas Habilitação em Biotecnologia (CRJ). Dando início aos trabalhos, procedeu a leitura do parecer técnico da PROGRAD sobre as mudanças curriculares do Curso de Fisioterapia, que aponta para um impacto na demanda de recursos humanos para o curso em decorrência da proposta de aumento de 4 (quatro) créditos do componente curricular Estágio em Fisioterapia. Defendeu que, se confirmado pela Coordenação do curso, resultará na necessidade do encaminhamento da proposta para apreciação do Conselho Superior do IFRJ. Profª Ednéia Leme, Coordenadora do Curso de Fisioterapia, iniciou a apresentação das mudanças curriculares, com base nas decisões do NDE, e do Colegiado de Curso. Justificou as mudanças pelo objetivo de cumprir a legislação vigente, superação de desafios encontrados durante o processo de implantação do curso e pela necessidade de realizar ajustes que permitam o melhor alcance dos objetivos vislumbrados no PPC, para garantir a formação do perfil profissional do egresso. Apresentou as mudanças propostas: análise e adequação das ementas; junção de disciplinas visando à
2 interdisciplinaridade; ajustes nas referências bibliográficas e na carga horária dos componentes curriculares; reorganização da carga horária dos semestres de modo a favorecer a realização do tripé ensino-pesquisa-extensão e atividades extracurriculares; ajuste da carga horária do Estágio em Fisioterapia, de modo a contemplar adequadamente as diferentes áreas de formação profissional; revisão da proporção teoria/prática de algumas disciplinas; revisão e ajuste das seções do PPC, adequando-o ao roteiro do Instrumento de avaliação vigente. Esclareceu que, apesar da necessidade de aumento da carga horária de estágio para melhor contemplar a área de Pediatria, após nova análise do NDE, considerando o impacto em recursos humanos, foi tomada a decisão de não aumentar a carga horária do estágio. No futuro, essa necessidade será reavaliada e encaminhada para apreciação das instâncias pertinentes. Explicou sobre as metodologias de ensino-aprendizagem empregadas no curso e os ajustes textuais que foram realizados no PPC, com vistas a atualizá-lo e evitar interpretações equivocadas sobre a contextualização curricular. Apesar dos ajustes realizados, afirmou que os princípios metodológicos, filosóficos, objetivos e perfil profissional não foram alterados. Apresentou a matriz de equivalência, detalhando as modificações curriculares ocorridas período a período. Na seqüência, apresentou o fluxograma, explicando os eixos de formação, a lógica dos prérequisitos e co-requisitos e as estratégias para que o estudante caminhe na formação profissional conforme proposto no fluxograma. Comentou a influência dos processos de reconhecimento dos cursos da área da saúde, Farmácia e Terapia Ocupacional, recém ocorridas, para as modificações curriculares ora apresentadas. Finalizando a apresentação, evidenciou na matriz curricular as mudanças realizadas destacando o quantitativo de carga horária por semestre e sua diminuição gradativa para permitir atividades de estágio extracurricular, de pesquisa e de extensão. Aberto ao debate, Profª Ismárcia elogia a preocupação com o equilíbrio da carga horária para permitir estágios e pergunta se já é possível desenvolver as atividades práticas do curso e ofertar disciplinas em horários alternativos, pra propiciar o desenvolvimento dos estágios. Profª Ednéia explica sobre as dificuldades em obtenção nos campos de estágio pela concorrência com IES privadas. Mas, julga possível com a diminuição da carga horária dos últimos períodos favorecer tempo livre aos estudantes, para que possam realizar seus estágios extracurriculares. Profª Ismárcia comenta sobre co-
3 requisitos e a dificuldade em concretizá-los no curso de Licenciatura em Química, pois grande parte dos estudantes são trabalhadores e não apresentam disponibilidade de horário. Como solução, deixaram o currículo mais livre, sem forçar o cumprimento seqüencial do fluxograma. Profª Ednéia fala da concepção do currículo e da orientação que os estudantes recebem no momento da inscrição em disciplinas, favorecendo o cumprimento do currículo tal qual pensado. Os estudantes trabalhadores são orientados de maneira mais próxima. O co-requisito é feito à mão, já que o sistema acadêmico não favorece sua implantação. Profª Ednéia relata o sucesso dos estudantes na obtenção dos estágios ofertados pelo Estado e Município, como mostra do alcance dos objetivos do currículo, formando profissionais resolutivos, competentes, que tem sido reconhecidos nos campos de estágio. Profº Hudson fala sobre a falta de sala de aulas do Campus e questiona sobre o aluguel de módulos habitacionais e a extensão de funcionamento do curso para o turno noturno. Prof Ednéia explica sobre a matriz de ocupação dos laboratórios e do rodízio que será incrementado para a ocupação das salas de aula. Profª Monica parabeniza o trabalho realizado e, diante da posição do NDE em suspender o aumento a carga horária do Estágio em Fisioterapia, declara que não haverá necessidade de apreciação da proposta pelo CONSUP. Profª. Ednéia responde que há uma organização nos estágios para evitar aumento indevido de demanda. Fala da falta de fisioterapeuta na Clínica-Escola, que impossibilita a abertura desta como campo de estágio. Ressalta que o curso é interdisciplinar, envolvendo Farmácia e TO, mas que as modificações curriculares ora expostas não acarretaram impactos nos PPC desses cursos. Profª Leila parabeniza e ressalta a importância do processo de avaliação do currículo. Comenta o impacto do curso no mundo do trabalho, destacando que o que importa é a dedicação e a competência dos profissionais que trabalham pelo curso e pelo reconhecimento da qualidade desses profissionais. Profª Leila expressa ser a favor de cursos de graduação mais enxutos, considerando que o conhecimento é exponencial, que tem temas atuais, mas que há de haver a preocupação com o aproveitamento do tempo do aluno e do professor. Profª Ana Barbosa ratifica os avanços na infraestrutura do Campus na medida da implantação dos cursos. Comenta que as avaliadoras do curso de TO questionaram a ausência de sala de professores, já que o Campus ainda não foi implantado completamente. Fala da complexidade de estrutura para os cursos da área da saúde e da melhora contínua do CReal,
4 apesar das dificuldades dos processos licitatórios e restrições orçamentárias. Uma vez esclarecidas todas as dúvidas acerca da proposta de mudança curricular, a matéria foi colocada em regime de votação, tendo sido aprovada por unanimidade dos conselheiros presentes. Dando continuidade à pauta, Profª Leila Pontes, representante do Curso de Ciências Biológicas Biotecnologia, iniciou a exposição do Regulamento de Estágio do Curso contextualizando o trabalho realizado pelo NDE, em parceria com a PROGRAD, para consolidação da minuta do Regulamento de Estágio. Explicou as concepções que contemplam a formação do biólogo e ressaltou os atores envolvidos no processo de formação profissional, especificamente no componente curricular Estágio em Ciências Biológicas. Destacou a necessidade de adequação de terminologias e de procedimentos que correspondam à realidade da profissão. Algumas situações, especialmente no que concerne ao desenvolvimento de Trabalhos de Conclusão de Curso e artigos científicos, apresentavam problemas éticos de autoria, já que muitas vezes o trabalho é realizado durante o estágio, sob orientação. Citou a legislação de estágio e buscou as definições dos termos supervisor e orientador no dicionário, correlacionando com os termos e funções definidas na minuta do Regulamento. Segundo esse documento norteador das atividades de estágio, os professores do curso serão denominados Supervisores (aquele que dirige, orienta, supervisiona ou inspeciona em plano superior); o profissional que acompanhará o estudante no campo de estágio será denominado Orientador (aquele que indica o rumo, dirige, encaminha, guia). Assim, o orientador é um agente, muitas vezes, externo, que tem a propriedade intelectual do produto e não interfere nos processos administrativos e decisórios da Instituição. Profª Leila destaca a importância do respeito à autoria dos trabalhos, que era a preocupação principal, especialmente no estágio na modalidade acadêmica. A apresentação do regulamento foi finalizada, tendo sido realizados destaques de alguns artigos e fornecidas explicações, na medida das dúvidas apresentadas. Profª Monica relata que, durante o processo de confecção do regulamento, todos os questionamentos apresentados pela Prograd foram respondidos, não havendo mais nada a acrescentar no documento. Profª Ana Barbosa questiona o papel do supervisor e do orientador de estágio, correlacionando com as nomenclaturas do regulamento de TCC. Profº Hudson afirma que grande parte dos estudantes faz trabalhos a partir da experiência em iniciação científica e chama a atenção de que muitos orientadores de
5 estágio, por serem co-orientadores de TCC, não liberam os dados da pesquisa e há dificuldades com relação à autoria. Profº Márcio e Profª Ednéia apresentam suas dúvidas sobre a orientação de TCC e supervisão de estágio. Profª Leila esclarece que nesse regulamento as duas atividades se sobrepõem e não causa sobrecarga ao professor. Profª Ismárcia relata sua preocupação com as nomenclaturas para evitar confusões entre os cursos e questiona se, no futuro, não haverá problemas com a quantidade de orientações que o professor irá assumir, necessitando de uma dinâmica cuidadosa para haver distribuição de trabalho entre os professores do colegiado de curso. Profª Leila explica que existe essa preocupação e cuidado na equipe e que a experiência tem mostrado que não há problemas dessa natureza. Profª Ismárcia defende a regulamentação para evitar problemas futuros. Profº Marcio questiona sobre estudante trabalhador que não queira desenvolver TCC no assunto relacionado ao seu trabalho. Foi esclarecido que, nesse caso, o estudante terá que cumprir o Art. 21 do regulamento, que dispõem da carga horária de estágio necessária para o desenvolvimento do TCC. Profª Ana Barbosa sugere que sejam estabelecidos os critérios de prorrogação de prazo de defesa do TCC (Art. 34) para deixar claro em que circunstâncias o estudante poderá solicitar que a defesa do TCC ocorra no âmbito da disciplina TCC III, para evitar mal entendidos. Entende que é necessário definir que, nesses casos, a nota de TCC III corresponderá à defesa do trabalho de conclusão. Sugere, ainda, que seja criado um processo de autorização de prorrogação de prazo, definindo a instância de análise do pedido. Profª Ismárcia questiona como se dará a nota de TCC I, II e III, já que esta é uma disciplina optativa. Os conselheiros questionam se o estudante já teria integralizado o curso. Profª Mônica esclarece que o TCC é um componente curricular e que se não houver a defesa do trabalho, não fica caracterizada a integralização curricular. Mas, é necessário regulamentar a disciplina TCC III, para não gerar dúvidas futuras, nos casos de prorrogação da defesa. Os conselheiros questionam se, nesse caso, não estaria caracterizada a reprovação na disciplina TCC II, ao invés da prorrogação. Profª Leila esclarece que em alguns projetos de iniciação científica o tempo de coleta de dados é mais prolongado. Isso caracterizaria a prorrogação do prazo e não a reprovação, já que o estudante estaria cumprindo as atividades propostas, apenas necessitando de mais tempo para a consolidação dos resultados. Foi consenso que há necessidade de melhoria do texto para evitar dúvidas com relação à
6 prorrogação do tempo de defesa de TCC, mais especificamente com a disciplina optativa TCC III e sobre a integralização do curso. Houve questionamento se há informações do TCC no Histórico Escolar, sendo de entendimento coletivo que o título do TCC, o nome do orientador e a data da defesa sejam registrados nesse documento. Foi solicitado à PROGRAD que verifique junto à DGA se a inscrição do TCC no Histórico Escolar já está sendo realizada e, em caso de necessidade, tome as devidas providências para que essa rotina seja estabelecida na confecção dos históricos do ensino de graduação a partir do semestre letivo corrente. O regulamento de Estágio em Ciências Biológicas Habilitação em Biotecnologia foi aprovado por 9 (nove) votos a favor, 1 (um) contra e 1 (uma) abstenção. Os ajustes solicitados pelo CAEG serão realizados pelo NDE do Curso de Ciências Biológicas e a versão final será encaminhada aos conselheiros, juntamente com a Ata desta reunião extraordinária. Nada mais havendo a registrar, eu Mônica Romitelli de Queiroz, às 13 horas, encerro a presente ata que vai por mim assinada e pelos demais presentes.
CONSELHO ACADÊMICO DO ENSINO DE GRADUAÇÃO ATA DA 26ª REUNIÃO
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