MEIOS FACILITADORES À AÇÃO DOCENTE NA PREVENÇÃO AO USO DE DROGAS
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- Isaque Palhares Mascarenhas
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1 MEIOS FACILITADORES À AÇÃO DOCENTE NA PREVENÇÃO AO USO DE DROGAS Elisabeth Schmidt Feris 1 Suzane da Rocha Vieira 2 Equipe Técnica do CENPRE A escola, ao lado da família, é um dos ambientes mais propícios para que a prevenção ao uso indevido de drogas ocorra, desde que os professores assumam com competência o seu compromisso político e social perante o problema. A evidência de que as drogas vêm ocupando cada vez mais espaço entre os escolares preocupa os diversos setores da sociedade. Á Universidade cumpre a tarefa de realizar pesquisas, capacitando os professores para uma intervenção adequada e sustentada cientificamente. O presente estudo, através de pesquisa quali-quantitativa situa o professor como mediador do conhecimento derivado do Projeto Drogas da FURG - CENPRE - e os estudantes das escolas do município do Rio Grande/RS, focos da prevenção. O projeto, com apoio FAPERGS, teve por objetivo capacitar os professores para o desenvolvimento de metodologias facilitadoras ao trabalho de prevenção, avaliando-as. Da mesma forma que os estudantes pesquisados manifestaram-se positivamente com relação à aplicação das metodologias, os professores salientaram que a utilização de meios didáticos para a abordagem do tema drogas em sala de aula facilita sobremaneira a prevenção na escola, estimulando-os a um trabalho mais efetivo e contínuo. PALAVRAS CHAVE : drogas psicoativas prevenção formação de professores 1 Doutora em Ciências da Educação Universidade de Santiago de Compostela. Professora Adjunto do Departamento de Educação da Universidade Federal do Rio Grande. Integrante do Centro Regional de Estudos, Prevenção e Recuperação de Dependentes Químicos. 2 Acadêmica de Pedagogia Anos Iniciais da Fundação Universidade Federal do Rio Grande Bolsista Pibic/CNPQ
2 1 MEIOS FACILITADORES À AÇÃO DOCENTE NA PREVENÇÃO AO USO DE DROGAS Elisabeth Schmidt Feris 3 Suzane da Rocha Vieira 4 Equipe Técnica do CENPRE Os problemas derivados do uso abusivo de drogas psicotrópicas têm crescido assustadoramente nas últimas décadas, sendo que muitas das transgressões sociais estão associadas aos mesmos, exigindo urgência no fomento a ações interventoras que visem fundamentalmente à prevenção. Especialistas nacionais e internacionais (Bucher, 1993; Carlini-Cotrim et al., 1990; Salazar Bernard, 1994; Murad, 1992; Velloso de Santisteban, 1992; Vizzolto, 1991; Wüsthof, 1991 e outros) consideram que os esforços devem estar centrados na prevenção. De acordo com Feris (2000), a prevenção educativa é uma das melhores estratégias no enfrentamento ao problema e, como a escola é instituição que abraça uma maior gama de cidadãos, pode ser pólo de referência, espaço organizacional das ações de programas preventivos ao uso indiscriminado de drogas psicotrópicas. Pressionada pelo fenômeno que é crescente e mais explícito (muitos estudantes fumam maconha, nos mais variados ambientes, inclusive na escola, com a mesma naturalidade que utilizam o tabaco), numa clara evidência de mudança de comportamento em relação há uma década atrás, a instituição escolar procura formas de mobilização. A capacitação dos professores para o trabalho de prevenção tem sua importância ratificada por inúmeros cientistas da educação, pois é fundamental que as informações científicas sejam veiculadas na escola de maneira correta, contrapondo-se 3 Doutora em Ciências da Educação Universidade de Santiago de Compostela. Professora Adjunto do Departamento de Educação da Universidade Federal do Rio Grande. Integrante do Centro Regional de Estudos, Prevenção e Recuperação de Dependentes Químicos. 4 Acadêmica de Pedagogia Anos Iniciais da Fundação Universidade Federal do Rio Grande Bolsista Pibic/CNPQ
3 2 às do senso comum, normalmente alarmistas e distorcidas. Carlini-Cotrim e Rosemberg (1990) discorrem sobre o fato de que há muito tempo a literatura estrangeira especializada na área de prevenção ao uso indevido de drogas vem clamando pela superação do amadorismo e da improvisação no trabalho preventivo junto a adolescentes e jovens. A dificuldade que a maioria dos professores tem de abordar o tema drogas em suas atividades escolares está, de alguma forma, associada à natureza de suas representações a respeito deste fenômeno que leva, inexoravelmente, o indivíduo à degradação pessoal, familiar e social. A análise dos dados da pesquisa realizada no período de 1997 a 1999, junto aos docentes atingidos pelo PROJETO DROGAS da FURG (Feris, 2000), comprovaram algumas hipóteses, entre elas: a capacitação dos professores é fundamental para o trabalho de prevenção; a interação professor-aluno favorece a receptividade deste em relação ao trabalho preventivo do professor; fatores pessoais, sociais e/ou político-profissionais interferem na ação preventiva ao uso de drogas. O Projeto Educativo e Preventivo sobre Drogas Psicotrópicas, criado em 1989 pelo Departamento de Ciências Fisiológicas da Fundação Universidade Federal do Rio Grande, constitui-se centro de referência no município do Rio Grande/RS, em questões relacionadas a substâncias psicoativas. Em 1999, com a ampliação de sua área de atuação, tornou-se o Centro Regional de Estudos, Prevenção e Recuperação de Dependentes Químicos - CENPRE na FURG, configurando-se o Projeto Drogas como sua área de prevenção e pesquisa. O CENPRE é formado por professores e técnicos da Universidade, pedagoga, psicólogos, assistentes sociais, farmacólogos, médico, psiquiatra, enfermeiro, estatístico, arte-terapeuta, por voluntários da comunidade e por alunos bolsistas e alunos voluntários da Universidade. O que a equipe do CENPRE tem constatado, há mais de dez anos de trabalho nesta área, é a necessidade cada vez maior de formação de pessoal capacitado para desenvolvimento de programas preventivos associados a pesquisas e construção de procedimentos facilitadores à tarefa de prevenção, motivo pelo qual foi desenvolvido o projeto PREVENÇÃO AO USO DE DROGAS: MEIOS FACILITADORES
4 3 À AÇÃO DOCENTE (apoio FAPERGS), que visou à capacitação dos professores para o desenvolvimento de metodologias que utilizem meios facilitadores à abordagem do tema drogas na escola, verificando-se os seus efeitos junto aos alunos foco da prevenção. O referido projeto teve como objetivo geral desenvolver e avaliar metodologias capazes de auxiliar os profissionais da educação das escolas do Ensino Fundamental e Médio do município do Rio Grande na tarefa de prevenção ao uso indevido de drogas psicotrópicas. Como objetivos específicos, podemos citar os seguintes: - construir uma metodologia eficaz de prevenção ao uso indevido de drogas, que possibilite um clima favorável e positivo para a abordagem do tema em sala de aula; possibilitar ao professor a escolha e/ou construção de metodologias pedagógicas apropriadas, a partir do conhecimento da realidade de cada turma; selecionar e organizar conteúdos científicos sobre drogas psicoativas, adequando-os ao nível da turma e avaliar a repercussão da metodologia utilizada, através dos seus efeitos junto aos alunos. Métodos e Resultados A metodologia utilizada está discriminada nas etapas a seguir: Sorteio de três escolas da rede privada, estadual e municipal de ensino e constituídos dos grupos: um experimental e outro de controle. Entrevista coletiva para conhecimento da realidade de cada escola e séries em que os professores participantes atuam. Realização de curso de capacitação para a construção das metodologias. Implantação da metodologia de trabalho nas escolas de origem pelo grupo experimental, com assessoramento da equipe técnica do PROJETO DROGAS da FURG. Avaliação do impacto da proposta preventiva realizada através de análise comparativa entre os dois grupos pesquisados o que desenvolve a metodologia proposta e o grupo de controle. Após a realização do curso de capacitação, no qual foram desenvolvidos projetos
5 4 de prevenção para as escolas do município do Rio Grande e construídas metodologias adequadas a cada realidade, foram constituídos dois grupos, em cada escola: um experimental e outro de controle. Foram utilizados para a coleta dos dados questionários e entrevistas individuais e coletivas, construídos pelos próprios pesquisadores. Posteriormente foram submetidos à avaliação da equipe técnica do Centro Regional de Estudos Prevenção e Recuperação de Dependentes Químicos CENPRE, para então se proceder à aplicação dos questionários em teste piloto. Validado o instrumento, os questionários foram aplicados tanto ao grupo experimental quanto ao de controle, em etapa precedente à aplicação das metodologias. Questionários idênticos foram aplicados aos mesmos grupos após a implementação das metodologias, procedendo-se à avaliação da utilização de meios didáticos na prevenção ao uso indevido de drogas. Através do cruzamento das variáveis, buscou-se uma análise mais acurada dos dados levantados através dos questionários. A análise quantitativa e qualitativa dos dados visou a avaliar a repercussão das metodologias construídas e implementadas pelos professores, através dos efeitos junto aos alunos. Algumas hipóteses foram levantadas, buscando-se comprovar, através das entrevistas realizadas com os professores que: a utilização das metodologias possibilita aos professores maior segurança para abordar o tema drogas na sala de aula; as metodologias utilizadas facilitam o trabalho do professor na prevenção ao uso de drogas; a aplicação de metodologias adequadas favorece a construção do conhecimento e uma maior aproximação dos professores com os alunos. Análise descritiva e comparativa da realidade dos alunos Dos trezentos e dez (310) alunos que responderam ao questionário, 43 (14%) são da rede estadual de ensino, 141 (45%), da rede municipal e 126 (41%), da rede particular do município do Rio Grande.
6 5 Foi possível constatar, pela análise dos dados colhidos nos questionários aplicados na etapa precedente à implementação das metodologias, um clima favorável à aplicação das metodologias devido ao fato de a maioria dos alunos (88%) demonstrarem estar dispostos a discutir a temática drogas em sala de aula. Do total de alunos (310 trezentos e dez) questionados, foram estabelecidos 2 (dois) grupos: um de controle e outro experimental. Constituíram o grupo de controle um total de cento e sessenta e um (161) alunos, e o grupo experimental, cento e quarenta e nove (149) alunos. Ambos os grupos constituem-se de estudantes que estão entre a quarta e a oitava série do Ensino Fundamental. Comparando os dados relativos aos questionários aplicados antes do início da implementação das metodologias com os aplicados após a implementação das mesmas, ficou evidenciada a percepção dos alunos a respeito da facilitação da importância da utilização de meios didáticos para um melhor entendimento do assunto drogas. Observa-se que, antes da aplicação das metodologias, 70% afirmavam que a forma com que seu professor trata o assunto drogas em sala de aula facilita o seu entendimento; após a aplicação dos procedimentos didáticos este percentual passou para 90%. Ao serem os alunos questionados sobre o fato de que a aplicação das metodologias pelo professor poderiam levar a uma maior abertura para a discussão do assunto drogas, os estudantes posicionaram-se favoravelmente, evidenciando a importância da utilização de meios didáticos para um efetivo trabalho de prevenção. O processamento dos dados, após a aplicação dos questionários que antecederam a aplicação das metodologias, apresenta como resultado um total de 75% de respostas positivas, sendo que, os dados relativos ao segundo questionário (pós-implementação das metodologias) indicam um aumento nesse percentual, chegando a um índice de respostas afirmativas de 87%.. Análise descritiva de dados referentes às entrevistas As entrevistas foram realizadas com uma amostra constituída de seis professores de escolas selecionadas pela equipe do Projeto, dentre aquelas onde foram aplicados os questionários. Foram entrevistadas duas (02) professoras de escola
7 6 da rede municipal; uma (1) professora da rede estadual e três (3) professores da rede privada do ensino do município do Rio Grande. Foi construído um quadro resumo, a partir da análise do conteúdo das entrevistas, tendo como eixo, pontos organizados em torno dos seguintes tópicos: metodologias utilizadas, reações dos alunos face às metodologias, participação dos alunos e avaliação da utilização de meios didáticos. As metodologias implementadas pelos professores que constituíram a amostra foram construídas durante o curso de capacitação, promovido pelo Centro Regional de Estudos, Prevenção e Recuperação de Dependentes Químicos CENPRE e estavam em acordo com a realidade de cada turma e de cada escola. Entre elas, citamos as que incluem: confecção de jornal, teatro, entrevistas, mesa redonda, caminhada, informativo sobre drogas, vídeos, maquetes, colagens, jogos dramáticos, painel, pesquisa, debates orais, leitura, redação e poesia. Os depoimentos de todos os professores entrevistados fazem referência ao prazer e à efetiva participação dos alunos ao serem desenvolvidos os procedimentos didáticos. Tu ficares lá na frente e falar, o que é uma aula expositiva, possuindo alunos que são tímidos e portanto não gostam de participar, então usando técnicas diferentes o aluno participa de uma forma ou de outra, e é possível atingir o grande grupo. (professor A) Eles gostam muito, claro que dá tumultuo às vezes pois são atividades bem soltas, mas é uma coisa bem normal. (professor B) A totalidade dos professores afirmam que a utilização de meios didáticos facilita o trabalho de prevenção ao uso indevido de drogas; 50% deles indica que os procedimentos aplicados permitem uma maior aproximação com os alunos. A constatação, pelos professores e estudantes pesquisados de que as dinâmicas grupais favorecem o trabalho de prevenção ao uso indevido de drogas ao possibilitarem a expressão de idéias e sentimentos, o diálogo franco e aberto entre professor/aluno e
8 7 aluno/aluno é fundamentada em inúmeros psicólogos e psiquiatras (Outeiral,1994; Knobel, 1971; Osório, 1992; Blos, 1962 entre outros) os quais aprofundaram estudos em relação à influência do grupo, particularmente no que se refere ao adolescente, pois estabelece padrões de conduta que podem ser comparados a suas convicções, valores, comportamentos, posturas. Em acordo com Coll, Pozo, Sarabia & Valls (1998), existe uma tendência a que pessoas que desenvolvem relações interpessoais comunicativas e de amizade estabeleçam interações cooperativas entre si. Os referidos autores encaram os grupos, no âmbito escolar como fontes persuasivas" para a mudança de comportamentos, valores, hábitos e atitudes e, alguns programas preventivos ao uso indevido de drogas realizam trabalhos nesse sentido, entendendo que a influência positiva do grupos é relevante, particularmente na adolescência. Nessa perspectiva, Coll (1994, p.103)) reforça a importância da interação ou interatividade professor/aluno, ao afirmar que A atividade auto-estruturante do aluno é gerada, toma corpo e transcorre não como uma atividade individual, mas como uma atividade integrante de uma atividade interpessoal que a inclui. Essa variável é fundamental na prevenção ao uso indevido de drogas, pois uma relação de confiança, intimidade entre professor e alunos propicia a abertura do diálogo e a quebra de barreiras afetivas ou cognitivas, normalmente presentes ao se tratar de um assunto polêmico e complexo como esse. Procedimentos didáticos criativos, adequados à realidade de cada turma facilitarão a formação de hábitos, atitudes e valores positivos, tão necessários à uma postura de contraposição ao assédio à utilização de drogas. Considerações finais Comparando-se os dados do grupo experimental com os do grupo de controle, confirma-se a tese de que adequadas metodologias de ensino facilitam à assimilação/construção de conhecimentos sobre drogas, pela afirmação da maioria dos estudantes do grupo experimental de que os procedimentos didáticos desenvolvidos em sala de aula propiciaram um clima de maior abertura para a discussão desse assunto, o que evidencia a mediação pedagógica realizada pelo professor. Essa idéia é reforçada na análise dos dados referentes ao grupo de controle onde não foram implementadas
9 8 metodologias construídas para o trabalho de prevenção. Nesse grupo, os resultados da aplicação dos questionários permaneceram os mesmos, tanto no primeiro, quanto no segundo processo. É importante ressaltar que, da mesma forma que os alunos se manifestaram positivamente com relação à aplicação das metodologias, os professores salientaram que a utilização de meios didáticos para a abordagem do tema drogas em sala de aula facilita sobremaneira a prevenção na escola, estimulando-os a um trabalho mais efetivo e contínuo. A educação continuada, a realização de pesquisas, a reflexão constante sobre o tema possibilitam a contínua renovação da prática do professor, profissional comprometido com as problemáticas que atingem a sociedade, entre elas, o uso indevido de drogas. Referências bibliográficas BLOS, P. C. Adolescência. Trad. Valtensir Dutra. São Paulo: Livraria Martins Fontes, BUCHER, R. Drogas e drogadição no Brasil. Porto Alegre: Artes Médicas, (org) Prevenção ao uso de drogas. 2 ed. Brasília: Editora Universidade de Brasília. 2v.: il, Drogas: o que é preciso saber para prevenir. 3 ed. Governo do Estado de São Paulo/Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo, CARLINI-COTRIM, B.; ROSEMBERG, F. Drogas: prevenção no cotidiano escolar. Cadernos de Pesquisa. São Paulo, n.74, agosto, p , COLL, S. C. Aprendizagem escolar e construção do conhecimento. Porto Alegre: Artes Médicas,1994.
10 9 COLL, POZZO, SARABIA & VALLS. Os conteúdos na reforma: ensino e aprendizagem de conceitos, procedimentos e atitudes. Porto Alegre: Artes Médicas, FERIS, E. S. A mediação pedagógica na prevenção ao uso de drogas. Universidade de Santiago de Compostela, Tese de Doutorado. KNOBEL, M. El pensamiento y la temporalidad en el psicoanálisis de adolescentes. in Aberastury et al., Adolescencia. Buenos Aires: Ediciones Kargieman, OSÓRIO, L. C. Adolescente hoje. 3 ed. Porto Alegre: Artes Médicas, OUTEIRAL, J. O. Adolescer: estudos sobre a adolescência. Porto Alegre: Artes Médicas, SALAZAR BERNARD, I. et al. Drogodependencias - I. introducción Universidade de Santiago de Compostela, VELLOSO DE SANTISTEBAN, A. La educación sobre las drogas en el mundo ocidental. In Revista de Educación n.297, enero/abr, p , VIZZOLTO, S. M. A droga, a escola e a prevenção. 4. ed. Petrópolis: Vozes, e SEGANFREDO, C. A. Drogas : questões para pais e educadores. Florianópolis : Lunardelli, WÜSTHOF, R. O que é prevenção de drogas. São Paulo: Brasiliense, MURAD, J. E. Como enfrentar o abuso de drogas. 4 ed. Belo Horizonte, 1992.
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