Walter de Mattos Lopes - UFF Orientador: Carlos Gabriel Guimarães - UFF

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Walter de Mattos Lopes - UFF Orientador: Carlos Gabriel Guimarães - UFF"

Transcrição

1 Anpuh Rio de Janeiro Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro APERJ Praia de Botafogo, 480 2º andar - Rio de Janeiro RJ CEP Tel.: (21) A Real Junta do Comércio, Agricultura, Fábricas e Navegação do Estado do Brasil e Seus Domínios Ultramarinos : Os homens de Negócios na edificação do Estado Luso-Brasileiro, Walter de Mattos Lopes - UFF Orientador: Carlos Gabriel Guimarães - UFF A historiografia brasileira no que concerne aos estudos sobre o processo sui generis de transição do Brasil colonial para o Império, alcançou avanços qualitativos e quantitativos nas últimas três décadas. Nesse quadro de renovação historiográfica merece destaque o trabalho de Maria Odila da Silva 1, que estabelecendo a vinculação entre a vinda da Corte e o enraizamento e construção do aparelho de estado no bojo da transformação da antiga colônia em metrópole interiorizada, descortinou o processo de emancipação política na América Portuguesa, da coincidência entre o movimento de independência e a formação de uma consciência nacional, muito cara a historiadores como Caio Prado Jr e Emília Viotti da Costa. As pesquisas de Alcir Lenharo e Riva Gorestein, sob orientação da professora Maria Odila, levaram a cabo o estudo do processo de enraizamento de interesses metropolitanos na colônia, aprofundando a análise mediante o estudo da organização do comércio de abastecimento do Rio de Janeiro e da região Sul de Minas Gerais, possibilitando uma maior integração do Centro-Sul. 2 Interesses comerciais e agrários inter-relacionados, casamentos com famílias locais, investimentos em obras públicas, terras, comércio de abastecimento, por rotas terrestres e pela navegação de cabotagem, no negócio do charque, e evidentemente, no lucrativo tráfico negreiro - além de outras atividades econômicas empreendidas por agentes sociais de enorme cabedal político que fizeram valer seus interesses no processo de construção do Estado Português nos trópicos, e fundação de um Império luso-brasileiro com sede no Centro-Sul do Brasil, transformando o Rio de Janeiro na 1 DIAS, Maria Odila da Silva. "A Interiorização da Metrópole". In: MOTA, Carlos G. Mota (org.) Dimensões. 2ª ed., São Paulo: Perspectiva, 1986, pp LENHARO, Alcir. As Tropas da Moderação (O abastecimento da Corte na formação política do Brasil ). São Paulo: Símbolo, 1979; GORESTEIN, Riva & MARTINHO, Lenira Menezes. Negociantes e caixeiros na sociedade da Independência. Rio de Janeiro: Secretaria Municipal de Cultura, 1993.

2 Usos do Passado XII Encontro Regional de História ANPUH-RJ 2006: 2 Lisboa interiorizada. Nas palavras da professora Odila, processo este presidido e marcado pela burocracia de corte. 3 Criada por iniciativa do Príncipe Regente Dom João VI em 23 de agosto de 1808, resultado de uma mui particular consideração [daqueles] [...] que produzem a bem do interesse do Estado, visando à multiplicação da riqueza e aumento [da] população; merecendo por isso [...] os mais vigilantes cuidados 4, e circunscrevendo-se no processo de montagem do aparelho de estado luso-brasileiro, a Real Junta do Comércio, Fábricas, Agricultura, e Navegação do Estado do Brasil e Seus Domínios Ultramarinos - na condição de Tribunal Régio -, manifestou importância singular na transformação do Rio de Janeiro em centro político e econômico do Império Português durante a administração joanina. A Real Junta desde que erigida em Tribunal Régio por Dona Maria I em 5 de junho de 1788, passava a constituir o conjunto dos Tribunais Superiores da monarquia portuguesa ao lado da Casa de Suplicação, Mesa de Consciência e Ordens, e Desembargo do Paço. As Leis, Decretos e Alvarás ao fim de suas linhas dirigiam-se a essas instâncias de poder, verdadeiros pilares do complexo políticoadministrativo português. Do Tribunal criado no Rio de Janeiro, esperava-se que em seu modo de operação, funcionasse de forma semelhante a seu congênere da outra margem do atlântico. Em Lisboa funcionou em precárias condições desde o momento da ocupação francesa, subsistindo até sua derradeira dissolução em 1834, após a promulgação do Código Comercial Português. No Brasil, o Tribunal apresentou maior longevidade, e foi extinto de suas funções somente com a promulgação do Código Comercial Brasileiro em 1850, aposentando definitivamente a velha instituição. Destarte, a investigação da referida instituição lança luz sobre o processo de construção do aparelho de estado na metrópole interiorizada, bem como a atuação dos agentes sociais que protagonizaram tal processo. A forma específica de coalizão das forças sociais envolvidas - tanto a fidalguia do reino transladada e a elite fluminense encimada pelos homens de negócio -, e as funções políticas e econômicas desempenhadas pela instituição ao sabor dos homens que ocupavam seus cargos e daqueles a quem representavam interesses, a Real Junta do Comércio entendida enquanto sociedade política, na medida em que o aparelho de estado processualmente se ergue no centro-sul, se constitui em lócus institucional de disputa política por parte dos atores sociais organizados na sociedade civil. 5 3 DIAS, op. cit., p Apud, GOUVÊA, Maria de Fátima. A bases institucionais da construção da unidade. In: JANCSÓ, István (organizador). Independência: História e Historiografia. São Paulo: Editora Hucitec/Fapesp, Sobre os conceitos de sociedade política e sociedade civil cf. GRAMSCI, Antonio. Os Intelectuais e a Organização da Cultura. 7ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1989; SALLES, Ricardo. Nostalgia Imperial: A Formação da Identidade Nacional no Brasil do Segundo Reinado. Rio de Janeiro: Topbooks, 1996 e PIÑERO, Théo Lobarinhas. Os

3 Usos do Passado XII Encontro Regional de História ANPUH-RJ 2006: 3 Os homens de negócios estavam organizados ainda que informalmente, antes mesmo da chegada da Corte, e mantinham presença nas câmaras municipais, se articulando no Corpo do Comércio, e futuramente na Sociedade dos Assinantes da Praça. A transmigração da corte e da dinastia bragantina inaugura um espaço político, inédito não somente para os súditos que aqui se encontravam, mas também para os que acompanharam o Príncipe Regente na dramática travessia pelo atlântico, iniciando-se a partir de 1808 o processo de transformação da antiga colônia em centro do Império Português. Na transição do Brasil colonial para o Império, o projeto de Império luso-brasileiro em andamento marca um processo de continuidades e descontinuidades, entretanto, o aparelho de estado em construção não se reduz à transposição das instituições do reino. Pois a arquitetura administrativa portuguesa transladada com a corte - burocratas e ocupantes de cargos públicos -, se constituirá em importante elemento, mas dadas às vicissitudes da sociedade no Rio de Janeiro e às condições para a instalação da corte, principalmente no tocante aos grandes negociantes locais que dispensando importantes quantias de seu capital acumulado, alcançando status na corte e acumulando também capital simbólico, aproveitaram o espaço social em formação, para consolidar sua preeminência na sociedade em vias de transformação. A perspectiva de que a sociedade política apreendida enquanto o aparelho de estado em formação e onde se insere conceitualmente a Real Junta do Comércio, e concomitantemente a sociedade civil se desenvolvem nesse processo de transformações sociais, evidencia a relação orgânica entre a Real Junta do comércio e os grupos sociais nela representados, suas funções políticas e econômicas, sua expressiva relevância como órgão diretivo e consultivo da política econômica da administração joanina, dirigindo um processo multifacetado, denotado pela fundação de um Império nos trópicos, construção do Estado na nova metrópole, formação de uma nova configuração social e organização da economia no novo centro do Império em transformação. Tendo em vista a elucidação do objeto do presente trabalho, faz-se necessário uma breve recuperação da história da instituição em Portugal. Logo após a Restauração de 1640, os homens de negócios de Lisboa se associam na criação da Cia Geral do Comércio do Estado do Brasil, que foi autorizada a funcionar pelo Alvará Régio de 10/03/ Apresentando como um dos objetivos fornecer os arsenais reais e intervir na expedição das frotas. Além do privilégio do açúcar, a atuação Simples Comissários (Negociantes e Política no Brasil Império). Tese de Doutorado apresentada ao programa de pósgraduação em História Social pela Universidade Federal Fluminense, Rio de Janeiro, LOBO, Eulália Maria Lahmeyer. Aspectos da influência dos Homens de Negócio na Política Comercial Ibero- Americana.- século XVIII. Mimeo, 1963, p.71. A respeito da organização da Companhia e seu malogro cf. COSTA, Leonor Freire. Redes Mercantis na Cia Geral do Comércio do Brasil. Para uma reavaliação do grupo cristão-novo na História da Cia. Anais do IV Congresso Brasileiro de História Econômica e 5ª Conferência Internacional de História de Empresas. São Paulo: ABPHE, 2001 (cd eletrônico).

4 Usos do Passado XII Encontro Regional de História ANPUH-RJ 2006: 4 dessa Cia de particulares perturbou a rede de relações luso-brasileira, numa conjuntura bastante crítica, marcada pelo fim da União Ibérica e a luta contra os holandeses em Pernambuco e sua expulsão. 7 Sob pressão dos homens de negócio, a Coroa portuguesa promoveu a extinção da Cia em 1664, criando uma Junta no mesmo ano. Com poderes de um Tribunal, designado pelo mesmo nome, com jurisdição sobre o foro comercial, separando de forma mais nítida os interesses do Rei e dos mercadores, a Junta, com um forte endividamento, acaba por ser extinta em 1720, passando suas atribuições ao Conselho da Fazenda. Na ausência de representação no Estado, a Mesa do Bem Comum do Espírito Santo dos Homens de Negócios 8 torna-se o interlocutor dos mercadores até ser substituída pelo absolutismo pombalino, através da fundação em 1755, da Junta do Comércio Deste Reino e Seus Domínios, domesticando e disciplinando os grupos de interesse. A instituição passaria por evolução em três fases: de 1755 a 1788, Os negociantes estatais, de 1788 a 1810, A coesão corporativa, e de 1810 a 1834, A segmentação do estado 9. Onde haveria uma continuidade que levaria a formação de uma burocracia de carreira numa economia de privilégios, passando de negociantes estatais que defendiam os interesses de setores da economia estratégicos a monarquia, e depois como um corporativismo sem corporações, onde se representavam a si mesmo e não a interesses de classe. À guisa de esclarecimento, o regimento para o Tribunal criado no Brasil foi tirado da lei de 5 de junho de 1788, o que segundo Nuno Luís Madureira, representou mais uma continuidade do que uma reforma, em relação às atribuições cabidas a Junta desde sua criação em Todavia, em 1788, a antiga Junta do Comércio é erigida em Tribunal Superior, justificando na sua titulação, o adjetivo Real, e além de passar a abarcar competências relativas ao Comércio, Agricultura, Fábricas e Navegação. Fatos dessa importância pesam na afirmação de Nuno Luís Madureira sobre uma suposta continuidade na história da instituição. Além dos trabalhos de Maria Odila, Alcir Lenharo, e Riva Gorestein, merecem destaque as pesquisas de Geraldo Beauclair e Rômulo Garcia Andrade sobre a atuação da Real Junta no Brasil. Geraldo Beauclair na tentativa de recuperar historicamente as Raízes da Indústria no Brasil 11, destacou a importância da Real Junta do Comércio durante o período de sua existência de 1808 a 1850, 7 MELO, Evaldo Cabral de. O Negócio do Brasil: Portugal, os Países Baixos e o Nordeste, Rio de Janeiro: Topbooks, LOBO, op. cit, cap. 3 (A Mesa do Bem Comum ou Mesa do Espírito Santo dos Homens de Negócios e o Consulado em Portugal). 9 MADUREIRA, Nuno Luís. Mercado e Privilégios: A Indústria Portuguesa entre 1750 e Lisboa: Editorial Estampa. 1997, pp Idem. 11 BEAUCLAIR, Geraldo Oliveira de. Raízes da Indústria no Brasil. Rio de Janeiro: Studio F&S Editora

5 Usos do Passado XII Encontro Regional de História ANPUH-RJ 2006: 5 no estímulo às fábricas, por intermédio de isenções, prêmios e privilégios. Mesmo ressaltando que a denominação fábricas e indústria na documentação relativa à instituição deve ser tomada em sentido lato, revelando uma preocupação com todos os ramos da indústria - indústria agrícola, indústria fabril, e até mesmo, indústria comercial -, Beauclair argumenta que seria um erro minimizar o setor fabril, por possuir na época a palavra indústria um sentido geral. As atividades econômicas do setor secundário constituem a pré-indústria nacional que conduziria a uma verdadeira industrialização, interditada pelo retardamento do processo industrial nas décadas de 1850/60, provocado pela interação de diversos fatores, especialmente a liberação de capitais do tráfico, a formação de associações, e em especial, o processo de internacionalização e montagem de ferrovias. Não sendo ao acaso que Beauclair atribui à dissolução da Real Junta do Comércio em 1850, um importante fator para o embargo da industrialização brasileira. Mesmo considerando que a entidade em sua análise não consiste no objeto central e linha mestra de sua pesquisa, seu trabalho é importante referência para o objeto de estudo. Ainda no tocante a Real Junta do Comércio, a dissertação de mestrado de Rômulo Garcia Andrade, prioriza o estudo das atividades manufatureiras, abordando a situação das manufaturas têxteis estatais, assim como das particulares, destacando que a Real Junta foi responsável pelas diretrizes que orientaram a política manufatureira no período que se estende de 1808 a 1850, exatamente o tempo de vida da referida instituição. 12 A pesquisa de Rômulo adota como eixo central a subordinação da cidade e das manufaturas ao campo, perfeitamente inteligível levando em consideração as características de uma economia escravista. Apesar da delimitação temática costurada em torno da atividade manufatureira, o primeiro capítulo de sua dissertação proporciona uma compreensão da estrutura administrativa e do funcionamento da entidade, e corrobora para justificar sua relevância, já que para além das atividades manufatureiras, a Real Junta foi responsável pelas diretrizes de outras atividades econômicas de maior relevância para a coalizão de forças que se formava no poder, da qual a Junta era parte privilegiada, por nortear as políticas que organizariam a economia nesse período. Mais da metade de sua receita (55,4%), era absorvida pelos ocupantes de seus cargos no pagamento de seus ordenados, restando apenas 44,6% para serem aplicados às atividades econômicas de sua competência, na proporção de 18,0% em estradas, 19,4% em navegação e 7,2% em fábricas. 13 Sua importância como organismo coordenador das atividades econômicas abrangia funções e capacidades bastante amplas: Mesas de Inspeção e de Contribuições; Administração de Bens e 12 ANDRADE, Rômulo Garcia. Burocracia e Economia na Primeira Metade do Século XIX: a Junta do Comércio e as atividades artesanais e manufatureiras na cidade do Rio de Janeiro, Dissertação de mestrado apresentada à Universidade Federal Fluminense. Niterói ANDRADE, op. cit, p. 15.

6 Usos do Passado XII Encontro Regional de História ANPUH-RJ 2006: 6 Falecidos; Falências Comerciais; Consulados Comerciais; Comerciantes; Navegação; Administração de pesca de baleias; Faróis; Estradas; Pontes e Canais; Importação e Exportação; Aulas de Comércio; Companhias de Seguro; Invenções e Fábricas. A Real Junta do Comércio era mantida por contribuições impostas sobre produtos em todos os portos do Brasil, sendo que o organismo executor das medidas das contribuições era a Mesa de Contribuição, segundo o órgão as taxas seriam módicas quanto ao peso e valor dos gêneros e imperceptíveis por estarem livres de direitos de exportação. Além das taxas cobradas sobre produtos em portos brasileiros, os rendimentos provinham dos emolumentos das assinaturas dos deputados, cobrando-se assinaturas das provisões: de matrículas de negociantes; licença para se abrir loja de varejo e a matrícula de quem as abrisse; estabelecimento de fábricas; processamento e habilitação das aulas; dos mestres e oficiais de fábricas ; caixeiros; passaporte aos navios; marinheiro e serventia de qualquer ofício. O fato das despesas de sua receita serem empregadas predominantemente em estradas e navegação de forma alguma surpreende, considerando que o comércio de abastecimento do mercado da corte era executado seja por rotas terrestres - e a importância das estradas cuja construção fora financiada pela Junta -, seja pelo comércio de cabotagem. A importância do comércio de importação e exportação incluindo o tráfico de negreiro, explicam a aplicação dos seus recursos majoritariamente em navegação. Negociantes de grosso trato como Elias Antônio Lopes e João Rodrigues Pereira de Almeida 14, ocuparam os cargos de deputado na primeira composição do Tribunal da Real Junta, empossado em Elias Antônio Lopes, depois de doar à Corte a Quinta da Boa Vista, conquistou uma relação de proximidade com Dom João VI, pertencia ao Corpo de Negociantes da praça do Rio de Janeiro, pretendendo também o cargo de Corretor de Seguros da Corte, sendo atendido por resolução em 5 de Fevereiro de João Rodrigues Pereira de Almeida era negociante de grosso trato, atuando no comércio marítimo, influente, chegou a ser Diretor do Banco do Brasil, e também proprietário de terras em Vassouras e Ubá. É de conhecimento dos historiadores que a Estrada do Comércio atravessava as adjacências das propriedades de Pereira de Almeida, que conseguiu junto ao Tribunal da Real Junta do Comércio, financiamento para a sua construção, provenientes dos cofres da referida instituição. As 14 João Rodrigues Pereira de Almeida, o Barão de Ubá, era traficante e negociante de grosso trato do Rio de Janeiro, e filho de um dos grandes negociantes de grosso trato de Lisboa no período pombalino e de D. Maria I, José Pereira de Almeida. A respeito da importância desse negociante, verificar GUIMARÃES, Carlos Gabriel. Bancos, Economia e Poder no Segundo Reinado: O caso da Sociedade Bancária Mauá, Macgregor &Companhia ( ). Tese de Doutorado apresentada ao Curso de Pós-Graduação em História Econômica da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. São Paulo

7 Usos do Passado XII Encontro Regional de História ANPUH-RJ 2006: 7 dimensões do público e do privado se confundiam, o que ao menos parcialmente, desautoriza qualificar os deputados de funcionários públicos ou burocratas. Em 6 de maio de 1834 ocorreu a última posse de seus membros, e entre os anos de 1809, data da posse de seu primeiro corpo diretivo, e 1834, um total de quarenta e três membros tomaram posse entre presidentes, deputados e ministros adjuntos, sendo que dezenove dos membros do tribunal não apresentavam título algum. O tribunal assentou na cadeira de deputado um Bacharel, dezenove Desembargadores, seis Desembargadores doutores, seis conselheiros, um negociante e um fabricante. Apesar da Real Junta prolongar sua vida até 1850, a última posse de seus membros ocorre em 1834, assinalando a sua decadência, principalmente em decorrência de problemas orçamentários, gastando mais do que sua receita dispunha, mas também pela omissão de seus deputados no comparecimento das reuniões. Em 1827 a terça parte dos rendimentos dos provedores dos seguros das praças do Rio de Janeiro e Bahia foram acrescidas às antigas taxas que continuaram as mesmas em termos de incidência em valor e produto nos portos brasileiros. Essas fontes de receita tinham como objetivo patrocinar outras atividades, como a construção de uma praça do comércio no Rio e Bahia, estabelecimento de aulas do comércio, compra de máquinas, obras em estradas e canais, premiação a inventores nas artes, agricultura e navegação. 15 A primeira diretoria tomou posse no dia 18 de maio de 1809, ocupando a presidência o Conde de Aguiar, que nomeou os deputados Luís José de Carvalho e Melo (Desembargador do Paço), Leonardo Pinheiro de Vasconcelos (Conselheiro do Conselho da Fazenda), Manoel Moreira de Figueiredo (Desembargador da Casa de Suplicação), José da Silva Lisboa (Desembargador da Relação da Bahia), José Caetano Gomes, Mariano José Pereira da Fonseca (Bacharéu), João Rodrigues Pereira de Almeida, Elias Antônio Lopes (Negociante) e Antônio da Silva Lisboa. 16 Se a montagem do complexo político-administrativo no Rio de Janeiro pode ser entendido como uma duplicata da engrenagem existente em Lisboa, sua atuação dependerá da configuração social em formação, a partir da coalizão das diversas forças sociais envolvidas. Especialmente os Negociantes que organizados no Corpo do Comércio na Bahia e no Rio de Janeiro, investindo na estruturação do Estado, e concomitantemente exercendo suas funções, através de seus representantes, ou pressionando coletivamente em suas decisões. Com o objetivo de segurar e proteger seus investimentos e fortunas, além de comandar através do Tribunal da Real Junta do Comércio, o terreno da construção 17 da 15 ANDRADE, op cit, pp Idem. pp Emprego o conceito desenvolvido por BEAUCLAIR, Geraldo Oliveira de. A Construção Inacabada: a economia brasileira, Vício de Leitura. Rio de Janeiro

8 Usos do Passado XII Encontro Regional de História ANPUH-RJ 2006: 8 economia brasileira. 18 No novo centro do Império Português por estarem organizados, e aproveitando da sociedade que se formava, aqueles que produzem a bem do interesse do Estado mereciam do Príncipe e da elite cortesã os mais vigilantes cuidados. Orientando-se por essa perspectiva, é que no projeto de Império Luso-Brasileiro, o Tribunal da Real Junta investia-se de poder sem paralelo comparado à instituição congênere do outro lado do atlântico, considerando a especial inserção dos homens de negócios durante a gestão de Dom João VI, e os cuidados que mereciam. Referências Bibliográficas: ALENCASTRO. L. F. O trato dos viventes: a formação do Brasil no Atlântico Sul. Companhia das Letras. São Paulo, ANDRADE, Rômulo Garcia. Burocracia e Economia na Primeira Metade do Século XIX: a Junta do Comércio e as atividades artesanais e manufatureiras na cidade do Rio de Janeiro, Dissertação de mestrado apresentada à Universidade Federal Fluminense. Niterói, COSTA, Emília Viotti da. Introdução ao estudo de emancipação política do Brasil. In: IDEM. Da monarquia à república: momentos decisivos. São Paulo. Ciências Humanas, DIAS, Maria Odila Leite da Silva. A interiorização da metrópole: In: MOTA, Carlos Guilherme (org.). 1822: Dimensões. 2a ed. São Paulo. Perspectiva, EDMUNDO, Luiz. A Corte de D. João no Rio de Janeiro ( ). Rio de Janeiro. mprensa Nacional, FALCÓN, Francisco José Calazans; MATTOS, Ilmar Rohloff de. O processo de independência no Rio de Janeiro. In: Carlos Guilherme Mota. 1822: Dimensões. 2a ed. São Saulo.Perspectiva, FRAGOSO, João Luís. Homens de Grossa Aventura( ). Rio de Janeiro. Civilização Brasileira, GOUVÊA, Maria de Fátima Silva. A bases institucionais da construção da unidade. In: István Jancsó (org.). Independência: História e Historiografia. Editora Hucitec/Fapesp. São Paulo, GUIMARÃES, Carlos Gabriel. Bancos, Economia e Poder no Segundo Reinado: O caso da Sociedade Bancária Mauá, Macgregor &Companhia ( ). Tese de Doutorado apresentada ao Curso de Pós-Graduação em História Econômica da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. São Paulo HOLANDA, Sérgio Buarque. A herança colonial: sua degradação. In: IDEM (org.) História Geral da Civilização Brasileira. t. II, v. 1. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, A política do Tribunal caminhava no sentido dessa construção, preparando o seu terreno para a atuação dos Negociantes, principalmente durante a administração joanina, oferecendo segurança nos negócios, o que não impedia disputas entre frações da classe mercantil.

9 Usos do Passado XII Encontro Regional de História ANPUH-RJ 2006: 9. Sobre uma doença infantil da Historiografia In: O Estado de São Paulo Suplemento Literário. 24/06/1973 LENHARO, Alcir. As tropas da moderação. Rio de Janeiro. Biblioteca Carioca, MADUREIRA, Nuno Luís. Mercado e Privilégios: A Indústria Portuguesa entre 1750 e Tese de doutouramento em História Social Contemporânea apresentada ao I.S.C.T.E. Lisboa. Editorial Estampa,1997. MARTINHO, Lenira Menezes & GORENSTEIN, Riva. Negociante e Caixeiros na Sociedade da Independência. Rio de Janeiro. Biblioteca Carioca, PEDREIRA, Jorge Miguel. Os Homens de Negócio da Praça de Lisboa de Pombal ao Vintismo ( ), Dissertação de doutouramento em sociologia, Universidade Nova de Lisboa. Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, PIÑEIRO, Théo Lobarinhas. A construção da autonomia: o corpo de commercio do Rio de janeiro. Revista Eletrônica da Associação Brasileira de Pesquisadores em História Econômica. Disponível em: Os Simples Comissários (Negociantes e Política no Brasil Império), tese apresentada ao programa de pós-graduação em História Social pela Universidade Federal Fluminense. Rio de Janeiro, 2002.

ESTRADA DE FERRO BAHIA E MINAS RELATÓRIOS DE PEDRO VERSIANI

ESTRADA DE FERRO BAHIA E MINAS RELATÓRIOS DE PEDRO VERSIANI 1 FERNANDO DA MATTA MACHADO ORGANIZADOR (Organização, introdução e notas) ESTRADA DE FERRO BAHIA E MINAS RELATÓRIOS DE PEDRO VERSIANI Fotografia de Pedro Versiani, com retoques de Ivens Guida Copyright

Leia mais

PROJETO DE LEI N o, DE 2008.

PROJETO DE LEI N o, DE 2008. PROJETO DE LEI N o, DE 2008. (Do Sr. Marcos Montes) Acrescenta um novo artigo 985-A à Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, para instituir a empresa individual de responsabilidade limitada e dá outras

Leia mais

IDENTIDADE DE POLÍTICOS E DESENVOLVIMENTO DE LONGO- PRAZO

IDENTIDADE DE POLÍTICOS E DESENVOLVIMENTO DE LONGO- PRAZO IDENTIDADE DE POLÍTICOS E DESENVOLVIMENTO DE LONGO- PRAZO Aluno: Isabela Salgado Silva Pereira Orientador: Claudio Ferraz Introdução É de consentimento geral que o nível de desenvolvimento econômico de

Leia mais

Análise Econômica do Mercado de Resseguro no Brasil

Análise Econômica do Mercado de Resseguro no Brasil Análise Econômica do Mercado de Resseguro no Brasil Estudo encomendado a Rating de Seguros Consultoria pela Terra Brasis Resseguros Autor: Francisco Galiza Sumário 1. Introdução... 3 2. Descrição do Setor...

Leia mais

A GÊNESE DE UMA PROFISSÃO FRAGMENTADA E AS AULAS RÉGIAS NO BRASIL

A GÊNESE DE UMA PROFISSÃO FRAGMENTADA E AS AULAS RÉGIAS NO BRASIL A GÊNESE DE UMA PROFISSÃO FRAGMENTADA E AS AULAS RÉGIAS NO BRASIL RELEMBRANDO UM POUCO A EDUCAÇÃO JESUÍTICA 1549 1759: Período Jesuítico: Educação com caráter catequizador. Ensino básico nas escolas de

Leia mais

GLOSSÁRIO DE TERMOS CONTÁBEIS

GLOSSÁRIO DE TERMOS CONTÁBEIS GLOSSÁRIO DE TERMOS CONTÁBEIS AMORTIZAÇÃO: Representa a conta que registra a diminuição do valor dos bens intangíveis registrados no ativo permanente, é a perda de valor de capital aplicado na aquisição

Leia mais

SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS ÀS AÇÕES DE FORMAÇÃO CONTINUADA DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DO RECIFE/PE

SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS ÀS AÇÕES DE FORMAÇÃO CONTINUADA DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DO RECIFE/PE SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS ÀS AÇÕES DE FORMAÇÃO CONTINUADA DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DO RECIFE/PE Adriele Albertina da Silva Universidade Federal de Pernambuco, adrielealbertina18@gmail.com Nathali Gomes

Leia mais

BRASIL NO SÉCULO XIX VINDA DA FAMÍLIA REAL INDEPENDÊNCIA

BRASIL NO SÉCULO XIX VINDA DA FAMÍLIA REAL INDEPENDÊNCIA BRASIL NO SÉCULO XIX VINDA DA FAMÍLIA REAL INDEPENDÊNCIA Vinda da Família Real esteve ligada à conjuntura européia do início do século XIX Napoleão X Inglaterra X Portugal Bloqueio Continental Convenção

Leia mais

O QUE É ATIVO INTANGÍVEL?

O QUE É ATIVO INTANGÍVEL? O QUE É ATIVO INTANGÍVEL?! Quais as características do Ativo Intangível?! O problema da mensuração dos Ativos Intangíveis.! O problema da duração dos Ativos Intangíveis. Francisco Cavalcante(f_c_a@uol.com.br)

Leia mais

LEI Nº 15.853 DE 11 DE OUTUBRO DE 2011.

LEI Nº 15.853 DE 11 DE OUTUBRO DE 2011. LEI Nº 15.853 DE 11 DE OUTUBRO DE 2011. 1 Dispõe sobre a criação do Conselho Municipal de Economia Solidária e o Fundo Municipal de Fomento à Economia Solidária e dá outras providências. O Prefeito Municipal

Leia mais

História - 8º Ano Professor Sérgio A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

História - 8º Ano Professor Sérgio A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL História - 8º Ano Professor Sérgio A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL Como já dizia a importante historiadora Letícia Bicalho Canêdo, a Revolução Industrial não pode ser explicada somente a partir de uma aceleração

Leia mais

FORMAÇÃO ECONÔMICA DO BRASIL Celso Furtado. Professor Dejalma Cremonese

FORMAÇÃO ECONÔMICA DO BRASIL Celso Furtado. Professor Dejalma Cremonese FORMAÇÃO ECONÔMICA DO BRASIL Celso Furtado Professor Dejalma Cremonese A ocupação econômica das terras americanas constitui um episódio da expansão comercial da Europa. O comércio interno europeu, em intenso

Leia mais

PROGRAMA DINHEIRO DIRETO NA ESCOLA: um estudo nas redes municipal de Porto Alegre e estadual do Rio Grande do Sul

PROGRAMA DINHEIRO DIRETO NA ESCOLA: um estudo nas redes municipal de Porto Alegre e estadual do Rio Grande do Sul PROGRAMA DINHEIRO DIRETO NA ESCOLA: um estudo nas redes municipal de Porto Alegre e estadual do Rio Grande do Sul Vera Maria Vidal Peroni PPGEDU UFRGS Este trabalho é parte da pesquisa intitulada: PROGRAMA

Leia mais

A PRESERVAÇÃO DOS ARQUIVOS NO MUNICÍPIO DE PALMITAL (SP)

A PRESERVAÇÃO DOS ARQUIVOS NO MUNICÍPIO DE PALMITAL (SP) Fontes e Arquivos A PRESERVAÇÃO DOS ARQUIVOS NO MUNICÍPIO DE PALMITAL (SP) Rodrigo Modesto Nascimento * O objetivo do artigo é divulgar os resultados da pesquisa que procurou analisar as formas de relação

Leia mais

CAPITAL DE GIRO: ESSÊNCIA DA VIDA EMPRESARIAL

CAPITAL DE GIRO: ESSÊNCIA DA VIDA EMPRESARIAL CAPITAL DE GIRO: ESSÊNCIA DA VIDA EMPRESARIAL Renara Tavares da Silva* RESUMO: Trata-se de maneira ampla da vitalidade da empresa fazer referência ao Capital de Giro, pois é através deste que a mesma pode

Leia mais

Apoio. Patrocínio Institucional

Apoio. Patrocínio Institucional Patrocínio Institucional Apoio O Grupo AfroReggae é uma organização que luta pela transformação social e, através da cultura e da arte, desperta potencialidades artísticas que elevam a autoestima de jovens

Leia mais

Regimento Interno CAPÍTULO PRIMEIRO DAS FINALIDADES

Regimento Interno CAPÍTULO PRIMEIRO DAS FINALIDADES Regimento Interno CAPÍTULO PRIMEIRO DAS FINALIDADES ARTIGO 1º As atividades socioeducativas desenvolvidas pela Associação Projeto Cuidado- APJ,reger-se-ão pelas normas baixadas nesse Regimento e pelas

Leia mais

UMA BREVE DESCRIÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO BRASIL, DESTACANDO O EMPREGO FORMAL E OS ESTABELECIMENTOS NO NORDESTE

UMA BREVE DESCRIÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO BRASIL, DESTACANDO O EMPREGO FORMAL E OS ESTABELECIMENTOS NO NORDESTE UMA BREVE DESCRIÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO BRASIL, DESTACANDO O EMPREGO FORMAL E OS ESTABELECIMENTOS NO NORDESTE GEPETIS - Grupo de Estudos e Pesquisas em Espaço, Trabalho, Inovação e Sustentabilidade

Leia mais

PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº, DE 2015

PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº, DE 2015 PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº, DE 2015 Cria a Contribuição Social sobre Grandes Fortunas (CSGF), e dá outras providências. O CONGRESSO NACIONAL decreta: Art. 1º Esta Lei cria a Contribuição Social sobre

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº, DE 2006 (Do Sr. Ricardo Santos e outros) O Congresso Nacional decreta:

PROJETO DE LEI Nº, DE 2006 (Do Sr. Ricardo Santos e outros) O Congresso Nacional decreta: 1 PROJETO DE LEI Nº, DE 2006 (Do Sr. Ricardo Santos e outros) Autoriza o Poder Executivo a criar o Programa Nacional Pró-Infância Brasileira e dá outras providências. O Congresso Nacional decreta: Artigo

Leia mais

81AB2F7556 DISCURSO PROFERIDO PELO SENHOR DEPUTADO LUIZ CARLOS HAULY NA SESSÃO DE 05 DE JUNHO DE 2007. Senhor Presidente, Senhoras Deputadas,

81AB2F7556 DISCURSO PROFERIDO PELO SENHOR DEPUTADO LUIZ CARLOS HAULY NA SESSÃO DE 05 DE JUNHO DE 2007. Senhor Presidente, Senhoras Deputadas, DISCURSO PROFERIDO PELO SENHOR DEPUTADO LUIZ CARLOS HAULY NA SESSÃO DE 05 DE JUNHO DE 2007 Senhor Presidente, Senhoras Deputadas, Senhores Deputados, Hoje dia 5 de junho completam 70 anos da fundação da

Leia mais

1º GV - Vereador Andrea Matarazzo PROJETO DE LEI Nº 604/2013

1º GV - Vereador Andrea Matarazzo PROJETO DE LEI Nº 604/2013 PROJETO DE LEI Nº 604/2013 Institui o Cadastro Único de Programas Sociais e dá providências correlatas. A Câmara Municipal de São Paulo DECRETA: Art. 1 - Fica instituído o Cadastro Único de Programas Sociais

Leia mais

De que jeito se governava a Colônia

De que jeito se governava a Colônia MÓDULO 3 De que jeito se governava a Colônia Apresentação do Módulo 3 Já conhecemos bastante sobre a sociedade escravista, especialmente em sua fase colonial. Pouco sabemos ainda sobre a organização do

Leia mais

Capítulo I das Atividades do Conselho

Capítulo I das Atividades do Conselho REGIMENTO INTERNO DO CONSELHO DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE ITARANTIM BA, DE ACORDO COM A LEI Nº 11.947/2009 E RESOLUÇÃO/CD/FNDE Nº 038/2009. Capítulo I das Atividades do Conselho

Leia mais

Gráfico 1 Jovens matriculados no ProJovem Urbano - Edição 2012. Fatia 3;

Gráfico 1 Jovens matriculados no ProJovem Urbano - Edição 2012. Fatia 3; COMO ESTUDAR SE NÃO TENHO COM QUEM DEIXAR MEUS FILHOS? UM ESTUDO SOBRE AS SALAS DE ACOLHIMENTO DO PROJOVEM URBANO Rosilaine Gonçalves da Fonseca Ferreira UNIRIO Direcionado ao atendimento de parcela significativa

Leia mais

Projeto de Resolução n.º 270/XII/1.ª

Projeto de Resolução n.º 270/XII/1.ª PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS Grupo Parlamentar Projeto de Resolução n.º 270/XII/1.ª Pela modernização e reabertura do troço Covilhã-Guarda e prestação de um serviço público de transporte ferroviário de

Leia mais

Perfis. de Investimento

Perfis. de Investimento Perfis de Investimento Índice Índice 4 5 6 7 7 8 9 10 11 12 12 13 13 14 14 15 16 17 Apresentação Como funciona a Eletros? Como são os investimentos em renda variável? Como são os investimentos em renda

Leia mais

IFRS TESTE DE RECUPERABILIDADE CPC 01 / IAS 36

IFRS TESTE DE RECUPERABILIDADE CPC 01 / IAS 36 IFRS TESTE DE RECUPERABILIDADE CPC 01 / IAS 36 1 Visão geral O CPC 01 é a norma que trata do impairment de ativos ou, em outras palavras, da redução ao valor recuperável de ativos. Impairment ocorre quando

Leia mais

MELHORES PRÁTICAS DA OCDE

MELHORES PRÁTICAS DA OCDE MELHORES PRÁTICAS DA OCDE PARA A TRANSPARÊNCIA ORÇAMENTÁRIA INTRODUÇÃO A relação entre a boa governança e melhores resultados econômicos e sociais é cada vez mais reconhecida. A transparência abertura

Leia mais

REGIMENTO INTERNO DO SECRETARIADO NACIONAL DA MULHER

REGIMENTO INTERNO DO SECRETARIADO NACIONAL DA MULHER REGIMENTO INTERNO DO SECRETARIADO NACIONAL DA MULHER PREÂMBULO O Estatuto do PSDB, aprovado em 1988, previu em sua Seção V, art. 73, 2º a criação do Secretariado da Mulher como parte integrante da Executiva

Leia mais

Futuro Profissional um incentivo à inserção de jovens no mercado de trabalho

Futuro Profissional um incentivo à inserção de jovens no mercado de trabalho Futuro Profissional um incentivo à inserção de jovens no mercado de trabalho SOUSA, Pedro H. 1 Palavras-chave: Mercado de Trabalho, Formação Acadêmica, Empreendedorismo. Introdução: O mercado de trabalho

Leia mais

Educação Financeira: mil razões para estudar

Educação Financeira: mil razões para estudar Educação Financeira: mil razões para estudar Educação Financeira: mil razões para estudar Prof. William Eid Junior Professor Titular Coordenador do GV CEF Centro de Estudos em Finanças Escola de Administração

Leia mais

FAÇO SABER que a CÂMARA MUNICIPAL DE aprove e eu sanciono a seguinte Lei Complementar: CAPÍTULO I DOS OBJETIVOS

FAÇO SABER que a CÂMARA MUNICIPAL DE aprove e eu sanciono a seguinte Lei Complementar: CAPÍTULO I DOS OBJETIVOS LEI COMPLEMENTAR Nº 87, DE 23 DE NOVEMBRO DE 2012 O PREFEITO MUNICIPAL DE JUAZEIRO DO NORTE, Estado d Ceará. Institui o Fundo Municipal dos Mercados públicos, a Comissão Gestora do Fundo dos Mercados,

Leia mais

Geografia. Textos complementares

Geografia. Textos complementares Geografia Ficha 2 Geografia 2 os anos Silvia ago/09 Nome: Nº: Turma: Queridos alunos, bom retorno. Segue um conjunto de atividades que têm por objetivo encaminhar as discussões iniciadas em nossas aulas

Leia mais

REGIMENTO DO CONSELHO DE DESENVOLVIMENTO DO TERRITÓRIO CANTUQUIRIGUAÇU - CONDETEC CAPÍTULO I DA NATUREZA

REGIMENTO DO CONSELHO DE DESENVOLVIMENTO DO TERRITÓRIO CANTUQUIRIGUAÇU - CONDETEC CAPÍTULO I DA NATUREZA REGIMENTO DO CONSELHO DE DESENVOLVIMENTO DO TERRITÓRIO CANTUQUIRIGUAÇU - CONDETEC CAPÍTULO I DA NATUREZA Art 1º - O Conselho de Desenvolvimento do Território CANTUQUIRIGUAÇU - CONDETEC é composto por entidades

Leia mais

O que é Programa Rio: Trabalho e Empreendedorismo da Mulher? Quais suas estratégias e ações? Quantas instituições participam da iniciativa?

O que é Programa Rio: Trabalho e Empreendedorismo da Mulher? Quais suas estratégias e ações? Quantas instituições participam da iniciativa? Destaque: Somos, nós mulheres, tradicionalmente responsáveis pelas ações de reprodução da vida no espaço doméstico e a partir da última metade do século passado estamos cada vez mais inseridas diretamente

Leia mais

ALPHAVILLE TÊNIS CLUBE REGIMENTO INTERNO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

ALPHAVILLE TÊNIS CLUBE REGIMENTO INTERNO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO ALPHAVILLE TÊNIS CLUBE REGIMENTO INTERNO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Este Regimento Interno tem por finalidade a regulamentação do funcionamento e operacionalização das matérias atribuídas ao Conselho

Leia mais

2012 RELATÓRIO DE ATIVIDADES

2012 RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2012 RELATÓRIO DE ATIVIDADES Instituto Lojas Renner Instituto Lojas Renner Inserção de mulheres no mercado de trabalho, desenvolvimento da comunidade e formação de jovens fazem parte da história do Instituto.

Leia mais

PED ABC Novembro 2015

PED ABC Novembro 2015 PESQUISA DE EMPREGO E DESEMPREGO NA REGIÃO DO ABC 1 Novembro 2015 OS NEGROS NO MERCADO DE TRABALHO DA REGIÃO DO ABC Diferenciais de inserção de negros e não negros no mercado de trabalho em 2013-2014 Dia

Leia mais

Colégio Marista São José Montes Claros MG Prof. Sebastião Abiceu 7º ano

Colégio Marista São José Montes Claros MG Prof. Sebastião Abiceu 7º ano Colégio Marista São José Montes Claros MG Prof. Sebastião Abiceu 7º ano 1. CARACTERÍSTICAS GERAIS DO PERÍODO COLONIAL Colônia de exploração (fornecimento de gêneros inexistentes na Europa). Monocultura.

Leia mais

ANEXO 1 PROJETO BÁSICO PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL E ORGANIZACIONAL DE ENTIDADES CIVIS DE DEFESA DO CONSUMIDOR

ANEXO 1 PROJETO BÁSICO PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL E ORGANIZACIONAL DE ENTIDADES CIVIS DE DEFESA DO CONSUMIDOR ANEXO 1 PROJETO BÁSICO PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL E ORGANIZACIONAL DE ENTIDADES CIVIS DE DEFESA DO CONSUMIDOR I - OBJETIVO GERAL Realização de Módulos do programa de capacitação

Leia mais

REGULAMENTO INTERNO I. DENOMINAÇÃO / SEDE

REGULAMENTO INTERNO I. DENOMINAÇÃO / SEDE I. DENOMINAÇÃO / SEDE Art.º 1.º A Instinto, Associação Protetora de Animais da Covilhã, é uma associação sem fins lucrativos, que se rege pelos Estatutos, pelo presente Regulamento Interno e demais disposições

Leia mais

Cartilha do Orçamento Público

Cartilha do Orçamento Público Cartilha do Orçamento Público O QUE É O ORÇAMENTO? Nós cidadãos comuns, ganhamos e também gastamos dinheiro. Podemos receber dinheiro de uma ou várias fontes: salário, aluguel de imóveis, prestação de

Leia mais

TRABALHOS TÉCNICOS Divisão Jurídica

TRABALHOS TÉCNICOS Divisão Jurídica TRABALHOS TÉCNICOS Divisão Jurídica A REFORMULAÇÃO DO FÓRUM PERMANENTE DAS MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELA CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E

Leia mais

FACULDADES INTEGRADAS CAMPOS SALES

FACULDADES INTEGRADAS CAMPOS SALES FACULDADES INTEGRADAS CAMPOS SALES CURSO: CIÊNCIAS CONTÁBEIS Contabilidade Aplicada às Instituições Financeiras Aula de 27/02/2012 PLANO CONTÁBIL DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS (COSIF) O Plano Contábil das

Leia mais

Município de Alfândega da Fé Câmara Municipal

Município de Alfândega da Fé Câmara Municipal REGIMENTO CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO PG.01_PROC.07_IMP.08 DDS SECTOR DA ACÇÃO SOCIAL E EDUCAÇÃO 1 de 9 REGIMENTO PREÂMBULO Considerando que a Lei n.º 159/99, de 14 de Setembro, estabelece no seu artigo

Leia mais

DOS DADOS CADASTRAIS DOS CLIENTES

DOS DADOS CADASTRAIS DOS CLIENTES BOLSA DE VALORES DE SÃO PAULO 1 / 14 CAPÍTULO XXVI DOS DADOS CADASTRAIS DOS CLIENTES 26.1 DA FICHA CADASTRAL 26.1.1 As Sociedades Corretoras deverão manter cadastros atualizados de seus clientes, contendo,

Leia mais

Exercícios de Revisão - 1

Exercícios de Revisão - 1 Exercícios de Revisão - 1 1. Sobre a relação entre a revolução industrial e o surgimento da sociologia como ciência, assinale o que for incorreto. a) A consolidação do modelo econômico baseado na indústria

Leia mais

Nova Lei da TV Paga estimula concorrência e liberdade de escolha Preços de pacotes devem cair e assinantes terão acesso a programação mais

Nova Lei da TV Paga estimula concorrência e liberdade de escolha Preços de pacotes devem cair e assinantes terão acesso a programação mais Nova Lei da TV Paga estimula concorrência e liberdade de escolha Preços de pacotes devem cair e assinantes terão acesso a programação mais diversificada A Lei 12.485/2011 destrava a concorrência no setor,

Leia mais

O ENSINO DA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NO MARANHÃO A PARTIR DO CURSO DE PEDAGOGIA E MESTRADO EM EDUCAÇÃO DA UFMA

O ENSINO DA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NO MARANHÃO A PARTIR DO CURSO DE PEDAGOGIA E MESTRADO EM EDUCAÇÃO DA UFMA O ENSINO DA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NO MARANHÃO A PARTIR DO CURSO DE PEDAGOGIA E MESTRADO EM EDUCAÇÃO DA UFMA Profª Drª. Iran de Maria Leitão Nunes Universidade Federal do Maranhão -UFMA irandemaria@yahoo.com.br

Leia mais

RESOLUÇÃO N.º 009/2011

RESOLUÇÃO N.º 009/2011 MEC - UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE CONSELHO DE ENSINO E PESQUISA RESOLUÇÃO N.º 009/2011 EMENTA: Aprovação do Regimento Interno do Curso de Pós-graduação Lato Sensu, MBA Executivo em Gestão Empreendedora.

Leia mais

O EMPREGO DOMÉSTICO. Boletim especial sobre o mercado de trabalho feminino na Região Metropolitana de São Paulo. Abril 2007

O EMPREGO DOMÉSTICO. Boletim especial sobre o mercado de trabalho feminino na Região Metropolitana de São Paulo. Abril 2007 O EMPREGO DOMÉSTICO Boletim especial sobre o mercado de trabalho feminino na Abril 2007 Perfil de um emprego que responde por 17,7% do total da ocupação feminina e tem 95,9% de seus postos de trabalho

Leia mais

Análise jurídica para a ratificação da Convenção 102 da OIT

Análise jurídica para a ratificação da Convenção 102 da OIT Análise jurídica para a ratificação da Convenção 102 da OIT A análise do quadro jurídico para a ratificação da Convenção 102 da OIT por Cabo Verde, inscreve-se no quadro geral da cooperação técnica prestada

Leia mais

Europa no Século XIX FRANÇA RESTAURAÇÃO DA DINASTIA BOURBON LUÍS XVIII CARLOS X LUÍS FELIPE ( 1824 1830 )

Europa no Século XIX FRANÇA RESTAURAÇÃO DA DINASTIA BOURBON LUÍS XVIII CARLOS X LUÍS FELIPE ( 1824 1830 ) Europa no Século XIX FRANÇA RESTAURAÇÃO DA DINASTIA BOURBON -Após a derrota de Napoleão Bonaparte, restaurou-se a Dinastia Bourbon subiu ao trono o rei Luís XVIII DINASTIA BOURBON LUÍS XVIII CARLOS X LUÍS

Leia mais

1. Introdução. 1.1 Contextualização do problema e questão-problema

1. Introdução. 1.1 Contextualização do problema e questão-problema 1. Introdução 1.1 Contextualização do problema e questão-problema A indústria de seguros no mundo é considerada uma das mais importantes tanto do ponto de vista econômico como do ponto de vista social.

Leia mais

Associação de Pais do Agrupamento de Escolas de São Pedro do Sul ESTATUTOS

Associação de Pais do Agrupamento de Escolas de São Pedro do Sul ESTATUTOS Associação de Pais do Agrupamento de Escolas de São Pedro do Sul ESTATUTOS Os presentes Estatutos da APAESUL - Associação de Pais e Encarregados de Educação do Agrupamento de Escolas de São Pedro do Sul,

Leia mais

Direito Tributário Profª Doutora Ideli Raimundo Di Tizio p 1

Direito Tributário Profª Doutora Ideli Raimundo Di Tizio p 1 Direito Tributário Profª Doutora Ideli Raimundo Di Tizio p 1 ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO O Estado desenvolve atividades políticas, econômicas, sociais, administrativas, financeiras, educacionais, policiais,

Leia mais

PLANEJAMENTO E PROJETO: AS FERRAMENTAS ESSENCIAIS PARA CONSTRUIR UM BRASIL MELHOR

PLANEJAMENTO E PROJETO: AS FERRAMENTAS ESSENCIAIS PARA CONSTRUIR UM BRASIL MELHOR PLANEJAMENTO E PROJETO: AS FERRAMENTAS ESSENCIAIS PARA CONSTRUIR UM BRASIL MELHOR Contribuições da Arquitetura e da Engenharia de Projetos para os candidatos ao Governo Federal Agosto de 2010 O Brasil

Leia mais

GOVERNO REGIONAL DOS AÇORES

GOVERNO REGIONAL DOS AÇORES GOVERNO REGIONAL DOS AÇORES Decreto Regulamentar Regional n.º 26/2007/A de 19 de Novembro de 2007 Regulamenta o Subsistema de Apoio ao Desenvolvimento da Qualidade e Inovação O Decreto Legislativo Regional

Leia mais

O Sindicato de trabalhadores rurais de Ubatã e sua contribuição para a defesa dos interesses da classe trabalhadora rural

O Sindicato de trabalhadores rurais de Ubatã e sua contribuição para a defesa dos interesses da classe trabalhadora rural O Sindicato de trabalhadores rurais de Ubatã e sua contribuição para a defesa dos interesses da classe trabalhadora rural Marcos Santos Figueiredo* Introdução A presença dos sindicatos de trabalhadores

Leia mais

SOBRE A NECESSIDADE DA SOCIEDADE CIVIL ORGANIZADA ASSUMIR O PROTAGONISMO DO DESENVOLVIMENTO DO BRASIL

SOBRE A NECESSIDADE DA SOCIEDADE CIVIL ORGANIZADA ASSUMIR O PROTAGONISMO DO DESENVOLVIMENTO DO BRASIL SOBRE A NECESSIDADE DA SOCIEDADE CIVIL ORGANIZADA ASSUMIR O PROTAGONISMO DO DESENVOLVIMENTO DO BRASIL Bem vindo prezado leitor! Estou intencionalmente neste artigo me afastando de tratar de temas relacionados

Leia mais

CULTURAS, LÍNGUAS E COMUNICAÇÕES. Das comunidades às organizações internacionais: os parlamentares e o desafio das políticas culturais

CULTURAS, LÍNGUAS E COMUNICAÇÕES. Das comunidades às organizações internacionais: os parlamentares e o desafio das políticas culturais CULTURAS, LÍNGUAS E COMUNICAÇÕES Das comunidades às organizações internacionais: os parlamentares e o desafio das políticas culturais Sínteses das conferências e discussões do sábado, 20 de setembro de

Leia mais

AULA 3. Disciplina: Mercado de Capitais Assunto: Introdução ao SFN. Contatos: E-mail: keillalopes@ig.com.br Blog: keillalopes.wordpress.

AULA 3. Disciplina: Mercado de Capitais Assunto: Introdução ao SFN. Contatos: E-mail: keillalopes@ig.com.br Blog: keillalopes.wordpress. AULA 3 Disciplina: Mercado de Capitais Assunto: Introdução ao SFN Contatos: E-mail: keillalopes@ig.com.br Blog: keillalopes.wordpress.com Objetivos da aula: SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL Histórico ; Composição;

Leia mais

O PAPEL DOS MUNICÍPIOS DO RIO GRANDE DO SUL NA AMPLIAÇÃO DO ATENDIMENTO EM CRECHE ÀS CRIANÇAS DE 0 A 3 ANOS

O PAPEL DOS MUNICÍPIOS DO RIO GRANDE DO SUL NA AMPLIAÇÃO DO ATENDIMENTO EM CRECHE ÀS CRIANÇAS DE 0 A 3 ANOS O PAPEL DOS MUNICÍPIOS DO RIO GRANDE DO SUL NA AMPLIAÇÃO DO ATENDIMENTO EM CRECHE ÀS CRIANÇAS DE 0 A 3 ANOS Débora Brondani da Rocha Bacharel em Direito e Auditora Pública Externa do TCERS Hilário Royer-

Leia mais

FEUP - 2010 RELATÓRIO DE CONTAS BALANÇO

FEUP - 2010 RELATÓRIO DE CONTAS BALANÇO relatório de contas 2 FEUP - 2010 RELATÓRIO DE CONTAS BALANÇO FEUP - 2010 RELATÓRIO DE CONTAS 3 4 FEUP - 2010 RELATÓRIO DE CONTAS DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR NATUREZAS DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº, DE 2013

PROJETO DE LEI Nº, DE 2013 PROJETO DE LEI Nº, DE 2013 (Do Sr. Milton Monti) Cria a Universidade Federal de Bauru - UNIFEB e dá outras providências. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica criada a Universidade Federal de Bauru

Leia mais

A GESTÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS MUNICIPAIS: UMA ANÁLISE DAS PROPOSTAS PEDAGÓGICAS WIGGERS, Verena. UFSC/ PUC GT: Educação de Crianças de 0 a 6 anos /

A GESTÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS MUNICIPAIS: UMA ANÁLISE DAS PROPOSTAS PEDAGÓGICAS WIGGERS, Verena. UFSC/ PUC GT: Educação de Crianças de 0 a 6 anos / A GESTÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS MUNICIPAIS: UMA ANÁLISE DAS PROPOSTAS PEDAGÓGICAS WIGGERS, Verena. UFSC/ PUC GT: Educação de Crianças de 0 a 6 anos / n.07 Agência Financiadora: CNPq / CAPES O projeto em

Leia mais

CADERNO 1 BRASIL CAP. 3. Gabarito: EXERCÍCIOS DE SALA. Resposta da questão 1: [D]

CADERNO 1 BRASIL CAP. 3. Gabarito: EXERCÍCIOS DE SALA. Resposta da questão 1: [D] Gabarito: EXERCÍCIOS DE SALA Resposta da questão 1: Somente a proposição está correta. Com a expansão napoleônica na Europa e a invasão do exército Francês em Portugal ocorreu a vinda da corte portuguesa

Leia mais

Apresentação. Cultura, Poder e Decisão na Empresa Familiar no Brasil

Apresentação. Cultura, Poder e Decisão na Empresa Familiar no Brasil Apresentação Cultura, Poder e Decisão na Empresa Familiar no Brasil 2 No Brasil, no final da década de 1990, as questões colocadas pela globalização, tais como o desemprego, a falta de qualificação de

Leia mais

NOTAS SOBRE EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO SOCIAL NO BRASIL (Um clássico da Sociologia da Educação entre nós)

NOTAS SOBRE EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO SOCIAL NO BRASIL (Um clássico da Sociologia da Educação entre nós) NOTAS SOBRE EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO SOCIAL NO BRASIL (Um clássico da Sociologia da Educação entre nós) Zaia Brandão 1 Conheço Luiz Antonio Cunha desde a década de 1960, quando fomos contemporâneos no

Leia mais

Síntese do Projeto Pedagógico do Curso de Sistemas de Informação PUC Minas/São Gabriel

Síntese do Projeto Pedagógico do Curso de Sistemas de Informação PUC Minas/São Gabriel PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Instituto de Informática Síntese do Projeto Pedagógico do Curso de Sistemas de Informação PUC Minas/São Gabriel Belo Horizonte - MG Outubro/2007 Síntese

Leia mais

Vedação de transferência voluntária em ano eleitoral INTRODUÇÃO

Vedação de transferência voluntária em ano eleitoral INTRODUÇÃO Vedação de transferência voluntária em ano eleitoral INTRODUÇÃO Como se sabe, a legislação vigente prevê uma série de limitações referentes à realização de despesas em ano eleitoral, as quais serão a seguir

Leia mais

Como citar este artigo Número completo Mais artigos Home da revista no Redalyc

Como citar este artigo Número completo Mais artigos Home da revista no Redalyc Diálogos - Revista do Departamento de História e do Programa de Pós-Graduação em História ISSN: 1415-9945 rev-dialogos@uem.br Universidade Estadual de Maringá Brasil Castanho, Sandra Maria POLÍTICA E LUTAS

Leia mais

A INSTITUIÇÃO TESOURO ESTADUAL EM TEMPO DE AMEAÇAS ÀS FINANÇAS CAPIXABAS*

A INSTITUIÇÃO TESOURO ESTADUAL EM TEMPO DE AMEAÇAS ÀS FINANÇAS CAPIXABAS* A INSTITUIÇÃO TESOURO ESTADUAL EM TEMPO DE AMEAÇAS ÀS FINANÇAS CAPIXABAS* Marcos Bragatto O sucesso da gestão de qualquer instituição se fundamenta na eficiência do desempenho do tripé métodos, meios e

Leia mais

CURSO TÉCNICO EM OPERAÇÕES COMERCIAIS CONTABILIDADE. Sônia Maria de Araújo. Conceito, Débito, Crédito e Saldo. Maria Selma da Costa Cabral

CURSO TÉCNICO EM OPERAÇÕES COMERCIAIS CONTABILIDADE. Sônia Maria de Araújo. Conceito, Débito, Crédito e Saldo. Maria Selma da Costa Cabral CURSO TÉCNICO EM OPERAÇÕES COMERCIAIS 05 CONTABILIDADE Sônia Maria de Araújo Conceito, Débito, Crédito e Saldo Maria Selma da Costa Cabral Governo Federal Ministério da Educação Projeto Gráfico Secretaria

Leia mais

O P R E S I D E N T E D A R E P Ú B L I C A Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

O P R E S I D E N T E D A R E P Ú B L I C A Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: LEI N o 11.306, DE 16 DE MAIO DE 2006 Estima a receita e fixa a despesa da União para o exercício financeiro de 2006. O P R E S I D E N T E D A R E P Ú B L I C A Faço saber que o Congresso Nacional decreta

Leia mais

Introdução à Administração Financeira

Introdução à Administração Financeira Introdução à Administração Financeira Conceitos Introdutórios e Revisão de alguns elementos e conceitos essenciais à Administração Financeira Introdução à Administração Financeira Administração: é a ciência

Leia mais

BRASCAN RESIDENTIAL PROPERTIES S.A. PLANO DE OPÇÃO DE COMPRA DE AÇÕES

BRASCAN RESIDENTIAL PROPERTIES S.A. PLANO DE OPÇÃO DE COMPRA DE AÇÕES BRASCAN RESIDENTIAL PROPERTIES S.A. PLANO DE OPÇÃO DE COMPRA DE AÇÕES SUMÁRIO PLANO DE OPÇÃO PARA AÇÃO... 3 SEÇÃO 1. DISPOSIÇÃO GERAL... 3 1.1 Propósito... 3 1.2 Administração... 3 1.3 Interpretação...

Leia mais

ESTATUTO DA FUNDAÇÃO IRMÃO JOSÉ OTÃO

ESTATUTO DA FUNDAÇÃO IRMÃO JOSÉ OTÃO ESTATUTO DA FUNDAÇÃO IRMÃO JOSÉ OTÃO Capítulo I Da Denominação, Sede e Finalidades Art. 1 A Fundação Irmão José Otão (FIJO), pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, instituída pela União

Leia mais

CONSELHO MUNICIPAL DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO REGIMENTO INTERNO

CONSELHO MUNICIPAL DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO REGIMENTO INTERNO REGIMENTO INTERNO Conselho Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação CAPÍTULO I Disposições Gerais Artigo 1º O Conselho Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação (CMCTI/Campinas), criado pela Lei Municipal

Leia mais

DIREITO COMERCIAL: UM ESTUDO SOBRE SUA SOBERANIA

DIREITO COMERCIAL: UM ESTUDO SOBRE SUA SOBERANIA DIREITO COMERCIAL: UM ESTUDO SOBRE SUA SOBERANIA Jordane Mesquita DANTAS 1 RESUMO: O presente trabalho visa fazer uma análise quanto à autonomia do Direito Comercial de acordo com a sua evolução histórica

Leia mais

Interpretação do art. 966 do novo Código Civil

Interpretação do art. 966 do novo Código Civil Interpretação do art. 966 do novo Código Civil A TEORIA DA EMPRESA NO NOVO CÓDIGO CIVIL E A INTERPRETAÇÃO DO ART. 966: OS GRANDES ESCRITÓRIOS DE ADVOCACIA DEVERÃO TER REGISTRO NA JUNTA COMERCIAL? Bruno

Leia mais

REGIMENTO INTERNO DO CONSELHO FISCAL DA COOPERATIVA DE CRÉDITO DE LIVRE ADMISSAO DE ASSOCIADOS DE COLORADO E REGIÃO SICOOB COLORADO

REGIMENTO INTERNO DO CONSELHO FISCAL DA COOPERATIVA DE CRÉDITO DE LIVRE ADMISSAO DE ASSOCIADOS DE COLORADO E REGIÃO SICOOB COLORADO REGIMENTO INTERNO DO CONSELHO FISCAL DA COOPERATIVA DE CRÉDITO DE LIVRE ADMISSAO DE ASSOCIADOS DE COLORADO E REGIÃO SICOOB COLORADO TÍTULO I DA DEFINIÇÃO E DA FINALIDADE Art. 1º O Conselho de Fiscal é

Leia mais

Regime jurídico que regulamenta a compra e venda de fracções autónomas de edifícios em construção

Regime jurídico que regulamenta a compra e venda de fracções autónomas de edifícios em construção Regime jurídico que regulamenta a compra e venda de fracções autónomas de edifícios em construção Actualmente em Macau, designa-se geralmente por compra e venda de fracções autónomas de edifícios em construção

Leia mais

Ensino Religioso no Brasil

Ensino Religioso no Brasil Ensino Religioso no Brasil Frederico Monteiro BRANDÃO 1 Cláudio José Palma SANCHEZ 2 José Artur Teixeira GONÇALVES³ RESUMO: Esse artigo tem como objetivo expor uma parte da história do ensino religioso

Leia mais

AUDIÇÃO NA COMISSÃO PARLAMENTAR DO AMBIENTE, ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E PODER LOCAL. Projeto de Lei Nº 368/XII

AUDIÇÃO NA COMISSÃO PARLAMENTAR DO AMBIENTE, ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E PODER LOCAL. Projeto de Lei Nº 368/XII AUDIÇÃO NA COMISSÃO PARLAMENTAR DO AMBIENTE, ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E PODER LOCAL Projeto de Lei Nº 368/XII Protecção dos direitos individuais e comuns à água O projecto de Lei para Protecção dos direitos

Leia mais

Miguel Poiares Maduro. Ministro-Adjunto e do Desenvolvimento Regional. Discurso na Tomada de Posse do Presidente da Comissão de

Miguel Poiares Maduro. Ministro-Adjunto e do Desenvolvimento Regional. Discurso na Tomada de Posse do Presidente da Comissão de Miguel Poiares Maduro Ministro-Adjunto e do Desenvolvimento Regional Discurso na Tomada de Posse do Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Norte CCDR Norte Lisboa, 09 de agosto

Leia mais

EDUCAÇÃO AMBIENTAL & SAÚDE: ABORDANDO O TEMA RECICLAGEM NO CONTEXTO ESCOLAR

EDUCAÇÃO AMBIENTAL & SAÚDE: ABORDANDO O TEMA RECICLAGEM NO CONTEXTO ESCOLAR EDUCAÇÃO AMBIENTAL & SAÚDE: ABORDANDO O TEMA RECICLAGEM NO CONTEXTO ESCOLAR ARNOR, Asneth Êmilly de Oliveira; DA SILVA, Ana Maria Gomes; DA SILVA, Ana Paula; DA SILVA, Tatiana Graduanda em Pedagogia -UFPB-

Leia mais

PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMAS GABINETE CIVIL

PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMAS GABINETE CIVIL DECRETO Nº 309, DE 6 DE DEZEMBRO DE 2005. Aprova o Regimento Interno e o Organograma da Secretaria Municipal do Trabalho e Cooperativismo e dá outras providências. O PREFEITO DE PALMAS no uso das atribuições

Leia mais

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS» ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA «

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS» ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA « CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS» ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA «21. O sistema de intermediação financeira é formado por agentes tomadores e doadores de capital. As transferências de recursos entre esses agentes são

Leia mais

E-mail: rabello_jr@yahoo.com.br. Comunidade no Orkut: Administração Pública - concursos

E-mail: rabello_jr@yahoo.com.br. Comunidade no Orkut: Administração Pública - concursos ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA _ Prof. Wagner Rabello Jr. Currículo resumido: Wagner Leandro Rabello Junior é pós-graduado em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e bacharel em Biblioteconomia

Leia mais

BANDEIRAS EUROPÉIAS: CORES E SÍMBOLOS (PORTUGAL)

BANDEIRAS EUROPÉIAS: CORES E SÍMBOLOS (PORTUGAL) BANDEIRAS EUROPÉIAS: CORES E SÍMBOLOS (PORTUGAL) Resumo A série apresenta a formação dos Estados europeus por meio da simbologia das cores de suas bandeiras. Uniões e cisões políticas ocorridas ao longo

Leia mais

11. EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

11. EDUCAÇÃO PROFISSIONAL 11. EDUCAÇÃO PROFISSIONAL A educação profissional no Brasil já assumiu diferentes funções no decorrer de toda a história educacional brasileira. Até a promulgação da atual LDBEN, a educação profissional

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br BuscaLegis.ccj.ufsc.Br Quinto constitucional Antonio Pessoa Cardoso* Quinto constitucional é o mecanismo que confere vinte por cento dos assentos existentes nos tribunais aos advogados e promotores; portanto,

Leia mais

A Educação Superior em Mato Grosso

A Educação Superior em Mato Grosso A EDUCAÇÃO SUPERIOR EM MATO GROSSO: UM OLHAR SOBRE A FORMAÇÃO DOCENTE BERALDO, Tânia M. Lima UFMT VELOSO, Tereza C. M. Aguiar UFMT GT: Política de Educação Superior / n.11 Agência Financiadora: Sem Financiamento

Leia mais

OS SABERES NECESSÁRIOS À PRÁTICA DO PROFESSOR 1. Entendemos que o professor é um profissional que detém saberes de variadas

OS SABERES NECESSÁRIOS À PRÁTICA DO PROFESSOR 1. Entendemos que o professor é um profissional que detém saberes de variadas OS SABERES NECESSÁRIOS À PRÁTICA DO PROFESSOR 1 2 Entendemos que o professor é um profissional que detém saberes de variadas matizes sobre a educação e tem como função principal educar crianças, jovens

Leia mais

ECONOMIA SOLIDÁRIA, RENDA DIGNA E EMANCIPAÇÃO SOCIAL 1

ECONOMIA SOLIDÁRIA, RENDA DIGNA E EMANCIPAÇÃO SOCIAL 1 ECONOMIA SOLIDÁRIA, RENDA DIGNA E EMANCIPAÇÃO SOCIAL 1 Francelino Sanhá 2, Eloisa Nair De Andrade Argerich 3. 1 Projeto de Extensão Economia Solidária e Cooperativismo Popular na Região dos Campus da Unijuí

Leia mais