Salvador, julho de 2015.
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- Mirela Mirandela Barata
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1 INSTRUTIVO ÀS COMISSÕES ORGANIZADORAS DAS CONFERÊNCIAS MUNICIPAIS DE SAÚDE PARA REGISTRO E ENVIO ON LINE DOS RELATÓRIOS FINAIS PARA A 9ª CONFERÊNCIA ESTADUAL DE SAÚDE (SICARF municipal). 2ª versão. Salvador, julho de
2 SUMÁRIO 1. Objetivo O que é o SICARF municipal? Como acessar o sistema SICARF municipal? O Relatório Final enviado pelo SICARF substitui o Relatório Final da 04 Conferência Municipal de Saúde? Existe prazo de envio do Relatório Final pelo SICARF municipal? O quê são propostas de abrangência municipal, regional, estadual e 04 nacional? Quantas propostas uma Conferência Municipal de Saúde pode sugerir? Como elaborar uma boa proposta para a 8ª CONFERES? Por que no SICARFmunicipal devemos classificar as propostas por 07 grupos temáticos sugeridos por cada eixo? Quantas Diretrizes uma Conferência Municipal de Saúde pode sugerir? Como enviar as propostas para a VIII CONFERES? Sobre o link VALIDAR - Relatório Final Sobre o link Impressão Relatório Final Sobre o link Alterar senha GLOSSÁRIO
3 1. Objetivo Orientar às comissões organizadoras na elaboração, registro e envio dos Relatórios Finais das Conferências Municipais de Saúde através do Sistema de Cadastro dos Relatórios Finais das Conferências Municipais de Saúde SICARFmunicipal para a 9ª Conferência Estadual de Saúde. 2. O que é o SICARF municipal? A fim de qualificar e melhorar o desempenho nas ações das Conferências de Saúde, foi desenvolvido uma ferramenta on line denominado Sistema de Cadastro dos Relatórios Finais das Conferências Municipais de Saúde - SICARFmunicipal. Esse sistema captura informações direcionadas para a organização da como: 1) Data e local de realização do evento; 2) Cadastro dos/as delegados/as eleitos/as para a ; 3) Cadastro dos/as facilitadores/palestrantes; 4) Cadastro das propostas de abrangência estadual/nacional por subeixo. 3. Como acessar o sistema SICARF municipal? Para acessar o sistema, é necessário acessar o site e entrar no LINK da 9ª CONFERÊNCIA Estadual, lá haverá um link específico SICARFmunicipal. Para acessar este sistema é necessário digitar o login e senha do seu respectivo município. Entretanto, para o primeiro acesso ao sistema basta colocar o código do IBGE no login e para a senha o código Em seguida, solicitamos que seja alterado a senha para fins de segurança. O login sempre será o código do IBGE do seu respectivo município. 3
4 4. O Relatório Final enviado pelo SICARF substitui o Relatório Final da Conferência Municipal de Saúde? NÃO. O SICARF municipal é um sistema de captura de informações essenciais para a 9ª Conferência Estadual de Saúde, para facilitar e agilizar a sua organização, especialmente para a equipe de relatoria (na organização dos Cadernos de Propostas a serem utilizados durante a 9ª CONFERES). Além disso, terão informações relevantes para a Comissão Organizadora no que tange ao acolhimento e hospedagem aos delegados e alimentação, de acordo com o artigo 30 do Regimento da CONFERES. Ao preencher todas as informações que constam no SICARFmunicipal o mesmo irá gerar um Relatório Final, após a sua validação no sistema. Os municípios e o terão acesso a este relatório automaticamente. Todavia, é essencial que cada Conferência Municipal de Saúde tenha o seu relatório detalhado para fins de registro do evento e para as auditorias futuras. 5. Existe prazo de envio do Relatório Final pelo SICARF municipal? SIM. De acordo com o Regimento Interno da o prazo de envio é até o dia 31 de julho de Por isso, solicitamos que o envio das informações sejam realizadas imediatamente ao término da Conferência para que a equipe organizadora da 9ª CONFERES dê continuidade aos trabalhos e oferecer uma Conferência Estadual de Saúde de melhor qualidade. 6. O quê são propostas de abrangência municipal, regional, estadual e nacional? As propostas consistem em ações estratégicas que visem enfrentar, diminuir e eliminar os problemas e necessidades em estado de saúde e de gestão, priorizados pelas conferências municipais. I. Abrangência municipal: está vinculada aos problemas e necessidades em saúde e de gestão do SUS local. Isto é, as Conferências tem caráter consultivo e com o objetivo principal de promover o debate da Saúde Pública implantada no município demandando 4
5 propostas que necessitem de ações locais, por exemplo: Implantar uma Unidade de Saúde da Família na comunidade de Cachoeirinha. II. Abrangência regional, estadual e nacional: além de debater propostas que demandem ações locais em saúde, as Conferências Municipais devem sugerir também propostas que demandem ações de abrangência regional, estadual (Bahia) e nacional (Brasil). a) Exemplo de propostas de abrangência estadual: Ampliar o incentivo financeiro estadual para implantação de equipes de saúde da família. c) Exemplo de propostas de abrangência regional: Construir e implantar um Hospital Regional que atenda os serviços de média e alta complexidade na região da Chapada Diamantina. b) Exemplo de propostas de abrangência nacional: Incentivar a construção de Unidades de Saúde da Família por meio de convênios do Fundo Nacional de Saúde. Para a serão discutidas as propostas de abrangência regional, estadual e nacional sugeridas pelas Conferências Municipais de Saúde da Bahia, uma vez que não haverá propostas novas durante a 9ª CONFERES, assim como durante a 15ª Conferência Nacional de Saúde. 7. Quantas propostas uma Conferência Municipal de Saúde pode sugerir? Para as Conferências de Saúde serão discutidos oito (8) eixos temáticos descritos no Regimento Interno da 9ª CONFERES. A Conferência Municipal pode elaborar no máximo 16 propostas a serem inseridos no SICARF. Ainda que os eixos temáticos sejam trabalhados de modo transversal, ou agregados, conforme descreve a Resolução 501 do Conselho Nacional de Saúde, as propostas devem ser direcionadas para cada eixo temático, cujo total inseridos no sistema são de até 16 (dezesseis) propostas. Cada proposta a ser enviada deve respeitar a quantidade máxima de caracteres que será de 300 (trezentos). 5
6 As propostas de abrangência municipal que estejam relacionadas aos oito eixos não têm limite em quantidade já que estão relacionadas às singularidades municipais e também não precisam ser enviadas pelo SICARFmunicipal. Entretanto, destaca-se a importância, mais uma vez, da elaboração do Relatório Final em documento escrito para fins de registro do evento e auditorias futuras. 8. Como elaborar uma boa proposta para a 9ª CONFERES? Para elaborar boas propostas recomenda-se que as mesmas enfatizem os principais problemas do estado de saúde vivenciados pela população, que apresentem significativa magnitude, relevância social e econômica, características essas que salientam a prioridade para o seu enfrentamento. Ou então, representem problemas relativos ao sistema de saúde, referindo-se à gestão, ao financiamento, a organização da rede de serviços de saúde, a infraestrutura da rede ou ao modelo de atenção à saúde. Uma boa proposta deverá utilizar uma linguagem clara, objetiva, simples e de fácil entendimento e que se aproxime a uma meta. A proposta deverá conter os elementos mais importantes, ser direta e curta, adequando-se ao limite máximo de 300 (trezentos) caracteres. As propostas deverão ter objetivos no âmbito Regional, Estadual e/ou Nacional no caso de serem encaminhadas para a 9ª CONFERES, sendo escritas de forma legível e lógica de modo a favorecer a sua compreensão. Todas as propostas, especialmente de nível regional/estadual/nacional devem abarcar aspectos que sejam de suma relevância para a melhoria das condições de saúde e de vida de toda a população baiana e/ou brasileira. 6
7 9. Por que no SICARFmunicipal devemos classificar as propostas por grupos temáticos sugeridos por cada eixo? A classificação das propostas por categorias temáticas é essencial para que a equipe de relatoria da 9ª CONFERES faça a consolidação das mesmas, elaborar os Cadernos de Propostas e organizar as salas debates para o evento. Para apoiar no processo de classificação existe um glossário que se encontra no final deste instrutivo. As categorias temáticas são: I. Assistência Farmacêutica; II. Atenção às Urgências; III. Atenção Básica; IV. Atenção Especializada; V. Atenção Psicossocial; VI. Financiamento; VII. Gestão da Educação e do Trabalho VIII. Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde IX. Informação, Educação, Comunicação; X. Intersetorialidade em Saúde XI. Participação Social XII. Saúde do Trabalhador; XIII. Vigilância e Proteção á Saúde As categorias temáticas são transversais aos 8 eixos propostos uma vez que direta ou indiretamente elas serão abordadas durante os debates nas conferências municipais de saúde. 10. Quantas Diretrizes uma Conferência Municipal de Saúde pode sugerir? De acordo com a Resolução de no. 501, de 07 de maio de 2015 do Conselho Nacional de Saúde, as Conferências Municipais de Saúde também encaminharão para a Etapa Estadual as Diretrizes por eixo temático. Portanto, as Conferências Municipais de Saúde poderão encaminhar pelo SICARFmunicipal 1 (uma) diretriz por eixo, não excedendo o total de 8 (oito). Para diretriz, não há limite de caracteres no sistema. 7
8 Para aqueles municípios que realizaram as suas Conferências de Saúde antes da publicação da Resolução 501 do Conselho Nacional de Saúde, não há necessidade de incluir as diretrizes no SICARFmunicipal. Segundo a Resolução 501 do Conselho Nacional de Saúde, Item IV - Diretrizes para a Etapa Estadual e do DF, número 8 (oito) entende-se por diretriz: compreende-se Diretriz como o enunciado de uma ideia abrangente, que indica caminho, sentido ou rumo. É formulada em poucas frases, de modo geral em apenas uma ou duas, de modo sintético. Embora possa conter números e ser fixada no tempo e no espaço, isto não é indispensável, pois esse detalhamento cabe aos objetivos e metas definidos nos planos de ação. Desse modo, uma diretriz deve ser compreendida como uma indicação essencialmente política. 11. Como enviar as propostas para a VIII CONFERES? Após acessar o sistema SICARF municipal (leia a pergunta de número 3 ), você visualizará os seguintes links de acesso: 8
9 11.1 Sobre o link Cadastro da Conferência Municipal de Saúde : Nesta página do sistema será necessário digitar informações gerais de realização do evento. a) Data Início e data final: significam as datas de início e término da conferência; b) local do evento; c) Qual o número de realização da conferência municipal de saúde (se 1º, 2º, etc); d) Digitar o tema da conferência municipal de saúde; e) O nome do responsável pela digitação das informações no sistema, incluindo telefone de contato com DD e . f) Clique no botão confirmar após digitar corretamente as informações. 9
10 11.2 Sobre o link Cadastro dos Facilitadores : Nesta página do sistema será necessário digitar informações dos facilitadores (palestrantes) que contribuíram no evento: a) O Nome do facilitador; b) Setor o qual representou enquanto facilitador (palestrante); c) Função no setor que representou; c) Contatos telefônicos, endereço do setor, Sobre o link Cadastro de Delegados Titulares : Nesta página do sistema será necessário digitar informações dos delegados titulares eleitos durante a conferência municipal de saúde: a) O nome do delegado titular; b) Digitar o CPF E RG; c) Telefone de contato com DDD (obrigatório este item); d) de contato; 10
11 e) Escolher a representação: se usuário, gestor, trabalhador da saúde ou prestador de serviços; f) Se portador de alguma necessidade especial e qual tipo. g) Identificar se durante o período da Conferência Estadual estará amamentando; h) Se o delegado necessitar de algum cuidado especial para locomoção, alimentação, etc. por favor descrevê-la no campo específico. I) O Delegado deve indicar qual eixo que gostaria de participar durante a 9ª. CONFERES. OBS.: Deve-se observar a quantidade de delegados eleitos de acordo com o Regimento Interno da 9 ª CONFERES Sobre o link Cadastro de Delegados Suplente : Nesta página do sistema será necessário digitar informações dos delegados suplentes eleitos durante a conferência municipal de saúde: a) O nome do delegado suplente correspondente ao titular; b) Digitar o CPF E RG; c) Telefone de contato com DDD (obrigatório este item); d) de contato; 11
12 e) Escolher a representação: se usuário, gestor, trabalhador da saúde ou prestador de serviços; f) Identificar se durante o período da Conferência Estadual estará amamentando; g) Se o delegado suplente necessitar de algum cuidado especial para locomoção, alimentação, etc., por favor descrevê-la no campo específico. h) O Delegado Suplente deve indicar qual eixo que gostaria de participar durante a 9ª. CONFERES. OBS.: Deve-se observar a quantidade de delegados eleitos de acordo com o Regimento Interno da 9ª CONFERES. Os suplentes só irão participar da 9ª CONFERES na impossibilidade de participação dos titulares. 12
13 11.5 Sobre o link Cadastro Proposta Estadual/Nacional : Nesta página do sistema será necessário digitar as propostas de abrangência regional/estadual/nacional. Serão visualizados os links dos eixos propostos. 13
14 Para acessar os eixos basta clicar em um deles e iniciar a inclusão das propostas respectivas. Após o término de inclusão das propostas daquele eixo escolhido, deverá salvar e acessar outro eixo para efetuar a mesma atividade até concluir a inclusão das propostas de cada eixo. Cada proposta terá espaço a quantidade máxima de 300 caracteres. O limite de inclusão de propostas são 16 (dezesseis) em seu total. Isto é, o número de propostas pode variar em cada eixo, desde que não ultrapassem o total de 16 propostas cadastradas no sistema. Lembre-se que cada proposta por eixo deverá ser classificada por temas. A classificação temática é importante para a organização dos trabalhos da equipe de relatoria da 9ª CONFERES. São elas: I. Assistência Farmacêutica; II. Atenção às Urgências; III. Atenção Básica; IV. Atenção Especializada; V. Atenção Psicossocial; VI. Financiamento; VII. Gestão da Educação e do Trabalho VIII. Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde IX. Informação, Educação, Comunicação; X. Intersetorialidade em Saúde XI. Participação Social XII. Saúde do Trabalhador; XIII. Vigilância e Proteção á Saúde Para ajudar na classificação temática, encontra-se no final deste instrutivo um glossário. 14
15 12. Sobre o link VALIDAR - Relatório Final : Este link é muito importante, pois ela valida todas as informações digitadas. Por isso, ela é uma atividade obrigatória. Se não houver a validação, as propostas da conferência e outras informações importantes não serão aproveitadas e o município corre o risco de inviabilizar a sua participação na 9ª CONFERES. APÓS A VALIDAÇÃO NÃO SERÁ POSSÍVEL ALTERAR OS DADOS. O botão validação encontra-se no final do relatório para conferência. OBS.: Para alterar qualquer informação antes de validar, bastar digitar novamente e clicar em salvar. 15
16 13. Sobre o link Impressão Relatório Final. Nesta página será possível visualizar todas as informações digitadas, salvar em Word ou PDF e imprimir. 14. Sobre o link Alterar senha. Nesta página será Possível trocar a senha pelo usuário. A senha deve conter no máximo 8 dígitos. 16
17 15. GLOSSÁRIO DEFINAÇÃO DOS TEMAS POR EIXOS PARA CLASSIFICAÇÃO DAS PROPOSTAS I) ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA: Conjunto de ações voltadas à promoção, proteção recuperação da saúde individual e coletiva, tendo os medicamentos como insumos essenciais e visando à viabilização do acesso aos mesmos, assim como de seu uso racional. Envolve a pesquisa, o desenvolvimento e a produção de medicamentos e insumos, bem como a seleção, programação, aquisição, distribuição, dispensação, garantia da qualidade dos produtos e serviços, acompanhamento e avaliação de sua utilização, na perspectiva da obtenção de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da população.(brasil, 2009, p. 39). II) ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS: Tem sido orientada, a partir de 2003, pela Política Nacional de Atenção às Urgências (Portaria nº de 2003), fundamentada nos seguintes objetivos: 1) garantir a universalidade, eqüidade e a integralidade no atendimento às urgências clínicas, cirúrgicas, gineco-obstétricas, psiquiátricas, pediátricas e as relacionadas às causas externas (traumatismos não-intencionais, violências e suicídios); 2) consubstanciar as diretrizes de regionalização da atenção às urgências, mediante a adequação criteriosa da distribuição dos recursos assistenciais, conferindo concretude ao dimensionamento e implantação de sistemas estaduais, regionais e municipais e suas respectivas redes de atenção; 3) desenvolver estratégias promocionais da qualidade de vida e saúde capazes de prevenir agravos, proteger a vida, educar para a defesa e a recuperação da saúde, protegendo e desenvolvendo a autonomia e a eqüidade de indivíduos e coletividades; 4) fomentar, coordenar e executar projetos estratégicos de atendimento às necessidades coletivas em saúde, de caráter urgente e transitório, decorrente de situações de perigo iminente, de calamidades públicas e de acidentes com múltiplas vítimas, a partir da construção de mapas de risco regionais e locais e da adoção de protocolos de prevenção, atenção e mitigação dos eventos; 5) contribuir para o desenvolvimento de processos e métodos de coleta, análise e organização dos resultados das ações e serviços de urgência permitindo que, a partir de seu desempenho, seja possível uma visão dinâmica do estado de saúde da população e do desempenho do SUS, em seus três níveis de gestão; 6) integrar o complexo regulador do SUS, promovendo o intercâmbio com outros subsistemas de informações setoriais, implementando e aperfeiçoando permanentemente a produção de dados e democratização das informações, com a perspectiva de usá-las para alimentar estratégias promocionais; 7) qualificar a assistência e promover a capacitação continuada das equipes de saúde do SUS na atenção às urgências, em acordo com os princípios da integralidade e humanização. A atenção integral às urgências deve ser implementada a partir dos seguintes componentes fundamentais: 1) adoção de estratégias promocionais de qualidade de vida, buscando identificar os determinantes e condicionantes das urgências e por meio de ações transetoriais de responsabilidade pública, sem excluir as responsabilidades de toda a sociedade; 2) organização de redes loco-regionais de atenção integral às urgências, enquanto elos da cadeia de manutenção da vida, tecendo as em seus diversos componentes: (a) componente pré-hospitalar fixo: unidades básicas 17
18 de saúde e unidades de saúde da família equipes de agentes comunitários de saúde - ambulatórios especializados - serviços de diagnóstico e terapias - e unidades não hospitalares de atendimento às urgências; (b) componente pré-hospitalar móvel: serviço de atendimento móvel de urgências (Samu) e os serviços associados de salvamento e resgate, sob regulação médica de urgências e com o número de telefone único nacional para urgências médicas 192; (c) componente hospitalar: portas hospitalares de atenção às urgências das unidades hospitalares gerais de tipo I e II e das unidades hospitalares de referência tipo I, II e III, bem como toda a gama de leitos de internação, passando pelos leitos gerais e especializados de retaguarda, de longa permanência e os de terapia semi-intensiva e intensiva, mesmo que esses leitos estejam situados em unidades hospitalares que atuem sem porta aberta às urgências; (d) componente pós-hospitalar: modalidades de atenção domiciliar - hospitais-dia e projetos de reabilitação integral com componente de reabilitação de base comunitária; 3) instalação e operação das centrais de regulação médica das urgências integradas ao Complexo Regulador da Atenção no SUS; 4) capacitação e educação continuada das equipes de saúde de todos os âmbitos da atenção, a partir de um enfoque estratégico promocional, abarcando toda a gestão e atenção pré-hospitalar fixa e móvel, hospitalar e pós-hospitalar, envolvendo os profissionais de nível superior e os de nível técnico, em acordo com as diretrizes do SUS e alicerçada nos pólos de educação permanente em Saúde, onde devem estar estruturados os Núcleos de Educação em Urgências (normatizados pela portaria nº de 2002); 5) orientação geral segundo os princípios de humanização da atenção. Ainda em 2003, foi publicada a Portaria nº 1.864, que institui o componente préhospitalar móvel da Política Nacional de Atenção às Urgências, por meio do Serviço de Atendimento Móvel e Urgência (Samu) 192, estando o serviço em implantação em todo o território nacional. (BRASIL, 2009, p ). III) ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE: A Atenção Básica caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde. É desenvolvida por meio do exercício de práticas gerenciais e sanitárias democráticas e participativas, sob forma de trabalho em equipe, dirigidas a populações de territórios bem delimitados, pelas quais assume a responsabilidade sanitária, considerando a dinamicidade existente no território em que vivem essas populações. Utiliza tecnologias de elevada complexidade e baixa densidade, que devem resolver os problemas de saúde de maior freqüência e relevância em seu território. É o contato preferencial dos usuários com os sistemas de saúde. Orienta-se pelos princípios da universalidade, da acessibilidade e da coordenação do cuidado, do vínculo, da continuidade, da integralidade, da responsabilização, da humanização, da eqüidade e da participação social. A Atenção Básica tem a Saúde da Família como estratégia prioritária para sua organização de acordo com os preceitos do SUS e tem como fundamentos: possibilitar o acesso universal e contínuo a serviços de saúde de qualidade e resolutivos, caracterizados como a porta de entrada preferencial do sistema de saúde, com território adscrito de forma a permitir o planejamento e a programação descentralizada, e em consonância com o princípio da eqüidade; efetivar a integralidade em seus vários aspectos, a saber: integração de ações programáticas e demanda espontânea; articulação das ações de promoção à saúde, prevenção de agravos, vigilância à saúde, tratamento e reabilitação, trabalho de forma interdisciplinar e em equipe, e coordenação do cuidado na rede de serviços; desenvolver relações de vínculo e responsabilização entre as equipes e a população adscrita garantindo a continuidade das ações de saúde e 18
19 a longitudinalidade do cuidado; valorizar os profissionais de saúde por meio do estímulo e do acompanhamento constante de sua formação e capacitação; realizar avaliação e acompanhamento sistemático dos resultados alcançados, como parte do processo de planejamento e de programação; e estimular a participação popular e o controle social. (BRASIL, 2009, p ). IV) ATENÇÃO ESPECIALIZADA: Compõe-se por ações e serviços que visam a atender aos principais problemas de saúde e agravos da população, cuja prática clínica demande disponibilidade de profissionais especializados no âmbito da média e alta complexidade, além do uso de recursos tecnológicos de apoio diagnóstico e terapêutico. (BRASIL, 2009). V) ATENÇÃO PSICOSSOCIAL: A prevalência de transtornos mentais é elevada na população brasileira e, em geral, com peso relevante entre as principais causas de anos de vida sau- dável perdidos. O Brasil enfrenta o desafio de aumentar a acessibilidade e a qualificação da atenção em saúde mental de forma paralela e articulada com a transformação do modelo anterior, que se pautava pela internação em hospitais especializados. Por esse novo modelo, preconizado pela reforma psiquiátrica, a atenção à saúde mental deve ter base comunitária e territorial, avançando na redução do número de leitos hospitalares e na expansão da rede de serviços de atenção diária. A desinstitucionalização da assistência psiquiátrica, a defesa dos direitos humanos dos portadores de transtornos mentais, o combate ao estigma, o cuidado à saúde mental por meio de dispositivos extra-hospitalares e sua inclusão na atenção básica são algumas das diretrizes da política de saúde mental do SUS. (BRASIL, 2009, p. 347). VI) FINANCIAMENTO: Diz respeito às fontes de recursos por meio dos quais se dá o gasto em saúde de dada sociedade. Esse gasto é efetuado pelo Estado nas distintas Esferas de Governo. É assegurado por lei no SUS. Cada esfera governamental deve assegurar o aporte regular de recursos ao respectivo fundo de saúde de acordo com a Emenda Constitucional nº 29, de As transferências, regulares ou eventuais, da União para estados, municípios e Distrito Federal estão condicionadas à contrapartida destes níveis de governo, em conformidade com as normas legais vigentes (Lei de Diretrizes Orçamentárias e outras). Esses repasses ocorrem por meio de transferências fundo a fundo, realizadas pelo Fundo Nacional de Saúde (FNS) diretamente para os estados, Distrito Federal e municípios, ou pelo Fundo Estadual de Saúde aos municípios, de forma regular e automática, propiciando que gestores estaduais e municipais contem com recursos previamente pactuados, no devido tempo, para o cumprimento de sua programação de ações e serviços de saúde. As transferências regulares e automáticas constituem a principal modalidade de transferência de recursos federais para os estados, municípios e Distrito Federal, para financiamento das ações e serviços de saúde, contemplando as transferências fundo a fundo e os pagamentos diretos a prestadores de serviços e beneficiários cadastrados de acordo com os valores e condições estabelecidas em portarias do Ministério da Saúde. 19
20 VII) GESTÃO DA EDUCAÇÃO E DO TRABALHO: Diz respeito à formulação das políticas orientadoras da gestão, formação, qualificação e regulação dos trabalhadores de Saúde no Brasil. Compreende questões como plano de carreira, cargos e salários, desprecarização dos vínculos de trabalho no sistema de Saúde; mesa de negociação e gestão da regulação profissional e do trabalho. Envolve também a formação e o desenvolvimento profissional para o a gestão, o cuidado e o controle social. VIII) GESTÃO DO SISTEMA E DOS SERVIÇOS DE SAÚDE: Refere-se ao ato de governar, pessoas, instituições e organizações. Corresponde a capacidade de dirigir, a exercer o poder. Engloba um conjunto de técnicas usadas para o funcionamento de uma organização, inclusive o planejamento, o financiamento, a contabilidade, a direção de pessoal, a análise do sistema, etc. Inclui o processo de tomada de decisão política. Na gestão dos serviços, inclui-se a gestão dos processos de trabalho, onde o trabalho da gestão é organizar outros processos de trabalho. IX) INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO: Toda e qualquer informação que possibilite a população: 1) ampliar conhecimentos sobre saúde e aumentar a autonomia de decisão quanto à sua vida; 2) orientar-se quanto aos procedimentos a tomar, em caso de doenças, acidentes e demais agravo à saúde; 3) orientar-se, igualmente, em relação às medidas de prevenção, para evitar o surgimento de doenças e de situações de risco à sua saúde e a saúde de seus familiares e amigos; 4) sentir-se estimulada a participar na construção e funcionamento do SUS, integrando conselhos de Saúde, órgãos de gestão colegiada de unidades de Saúde e de condução dos programas e atividades dos serviços de Saúde. Refere-se também ao encaminhamento de demandas dos usuários, que podem ser: reclamações, sugestões, reivindicações e elogios. Correspondem a canais de comunicação para que a população possa manifestar-se, o que possibilita aos responsáveis pelo Sistema de Saúde conhecer o que pensa a população e como ela se relaciona com os serviços de Saúde. X) INTERSETORIALIDADE EM SAÚDE: A intersetorialidade é uma estratégia política complexa, cujo resultado na gestão de uma cidade é a superação da fragmentação das políticas nas várias áreas onde são executadas. Tem como desafio articular diferentes setores na resolução de problemas no cotidiano da gestão e torna-se estratégica para a garantia do direito à saúde, já que saúde é produção resultante de múltiplas políticas sociais de promoção de qualidade de vida. A intersetorialidade como prática de gestão na saúde, permite o estabelecimento de espaços compartilhados de decisões entre instituições e diferentes setores do governo que atuam na produção da saúde na formulação, implementação e acompanhamento de políticas públicas que possam ter impacto positivo sobre a saúde da população. Permite considerar o cidadão na sua totalidade, nas suas necessidades individuais e coletivas, demonstrando que ações resolutivas em saúde requerem necessariamente parcerias com outros setores como Educação, Trabalho e Emprego, Habitação, Cultura, Segurança, Alimentar e outros. Intersetorialidade remete também ao conceito/idéia de rede, cuja prática requer articulação, vinculações, ações complementares, relações horizontais entre parceiros e interdependência de serviços para garantir a integralidade das ações. Finalmente, o 20
21 contexto da intersetorialidade estimula e requer mecanismos de envolvimento da sociedade. Demanda a participação dos movimentos sociais nos processos decisórios sobre qualidade de vida e saúde de que dispõem.(brasil, 2009, p. 193). XI)PARTICIPAÇÃO SOCIAL: Diz respeito a participação dos sujeitos sociais nos processos de gestão do SUS como forma de efetivar a democracia. Sugere a participação ativa nos debates, formulações e fiscalização das políticas em curso conferindo-lhe legitimidade e transparência. Com previsão constitucional e legal, a participação popular confere, à gestão do SUS, realismo, transparência, comprometimento coletivo e efetividade de resultados. Está diretamente relacionada ao grau de consciência política e de organização da própria sociedade civil. XII) SAÚDE DO TRABALHADOR: É uma área específica da Saúde Pública que prevê o estudo, a prevenção, a assistência e a vigilância aos agravos à saúde relacionados ao trabalho. Faz parte do direito universal à saúde. A execução de suas ações é de competência do SUS, conforme dispõe a Constituição Federal (artigo 200) e regulamentação da Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990 (artigo 6o), além de diversos dispositivos regulamentares estaduais e municipais. Em nível federal, foi regu- lamentada pela Norma Operacional em Saúde do Trabalhador (Nost), disposta pela Portaria no 3.908, de 30 de outubro de (BRASIL, 2009, p ) XIII) VIGILÂNCIA E PROTEÇÃO À SAÚDE: A vigilância em saúde abrange as seguintes atividades: a vigilância das do- enças transmissíveis, a vigilância das doenças e agravos não-transmissíveis e dos seus fatores de risco, a vigilância ambiental em saúde e a vigilância da situação de saúde. A adoção do conceito de vigilância em saúde procura simbolizar uma abordagem nova, mais ampla do que a tradicional prática de vigilância epidemiológica. (BRASIL, 2009, p. 389). REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA Brasil. Ministério da Saúde. O SUS de A a Z : garantindo saúde nos municípios / Ministério da Saúde, Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Saúde. 3. ed. Brasília : Editora do Ministério da Saúde, p. FIDALGO, Fernando Selmar; DE SOUZA MACHADO, Lucília Regina. Dicionário da educação profissional. Núcleo de Estudos sobre Trabalho e Educação, PINTO, I.C.M.; TEIXEIRA, C.F.T.; SOLLA, J.J.S.P.; Reis, A.A.C.. Cap. 17. Organização do SUS e diferentes modalidades de gestão e gerenciamento dos serviços públicos de saúde. In.: Saúde Coletiva Teoria e Prática. Editora Medbook. Rio de Janeiro p UGÀ, MA; PORTO, SM. Financiamento e Alocação de Recursos em Saúde no Brasil. In: Política e Sistema de Saúde no Brasil. Editora Fio Cruz. Rio de Janeiro p
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