1. METODOLOGIA DE SELECÇÃO DE PRAGAS E DOENÇAS FLORESTAIS
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- Rachel Chaplin Beretta
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1 1. METODOLOGIA DE SELECÇÃO DE PRAGAS E DOENÇAS FLORESTAIS Em tod povoament florestais existe uma variedade de seres viv que desempenham acções específicas na dinâmica da floresta estando normalmente em equilíbrio com esta. Estes organism, são considerad como nociv quando atingem efectiv populacionais elevad e cuja a sua acção sobre um dado povoamento gera perdas ecológicas e económicas. Este acontecimento anormal pode ser despoletado por divers factores, tanto associad com intervenções humanas erráticas, como também com factores climátic, factores relacionad com a susceptibilidade das próprias espécies ou povoament; factores relacionad com a natureza do local, factores relacionad com a poluição atmférica, etc. Deste modo, ataques generalizad de pragas e doenças que a floresta é muitas vezes sujeita são consequência de desequilíbri no ecsistema promovid pel factores mencionad. Assim sendo, em situações cuja a acção de um ou mais agentes prejudiciais tenha implicações económicas na floresta, é necessário uma actuação humana activa. Esta é psível através de vári tip de tratament fitsanitári. Mas associado a esta psibilidade, existe também a relação benefício/custo que tem de ser ponderada todas as vezes que um povoamento exige tratamento, por forma a que o factor económico do povoamento não seja pto em causa. Assim sendo, é necessário que a técnica Prevenção seja considerada como primordial e a implementar em qualquer povoamento. Neste sentido, o seguro florestal, que segura pragas e doenças florestais, apresenta-se como um instrumento de apoio importante pois permitirá que proprietári/produtores/gestores florestais, ao acederem a um tipo de instrumento como este, incorporem a atitude de vigilância e se consciencializem da necessidade do controlo oportuno das pragas e patologias. 2. ETAPA Para determinar quais as pragas e doenças que este seguro deve cobrir, é necessário implementar uma metodologia de selecção. Esta metodologia consiste no seguimento ordenado d seguintes pont: Identificação das espécies arbóreas mais representativas; Identificação das pragas e doenças que afectam as espécies anteriormente seleccionadas; Identificação d métod de actuação e propagação; Classificação d métod de actuação e propagação; Identificação d métod de inibição/controlo e eliminação; Classificação d métod; Selecção das pragas e doenças com um número considerável de métod de controlo e eliminação;
2 Para a identificação das espécies florestais cujo o estudo das pragas e patogenias deve insidir, deve-se ter em conta: A importância da espécie na economia florestal; A importância da espécie em term ecológic; A representatividade da espécie a nível nacional; As espécies que foram consideradas n restantes produt do projecto; Assim sendo, a nível nacional e a nível do projecto, estão identificadas como espécies de grande interesse, seguintes exemplares: Pinheiro bravo (Pinus pinaster); Eucalipto globulus (Eucalyptus globulus); Castanheiro (Castanea sativa); Sobreiro (Quercus suber); Carvalho (Quercus robur); Grande parte do estudo sobre as principais espécies foi realizado aquando a caracterização do sector florestal a nível nacional (Anexo I). Após se ter identificado as espécies florestais com interesse para o seguro, no aspect do estudo das pragas e doenças, é necessário fazer um breve estudo sobre as principais pragas e patogenias que afectam essas mesmas espécies. O estudo deve começar por agrupar as pragas e doenças por espécie afectada e pteriormente incidir na sintomatologia, ciclo biológico, prejuíz causad ao hpedeiro e técnicas de prevenção/combate. Assim sendo e de forma a obter informação credível e suficiente foram contactadas várias entidades relacionadas com o sector, nomeadamente a CONFAGRI, a FENAFLORESTA, a DGRF, a FORESTIS e tod outr parceir do projecto. Uma outra parte da informação foi obtida também através de uma pesquisa via internet em sites do sector. Após análise da informação obtida, conclui-se que as principais pragas identificadas são: No Sobreiro: Lagarta do sobreiro (Porthertria dispar); Burgo (Tortrix viridana); Lagarta verde (Periclistta andrei); Cobrilha da cortiça (Coroebus undatus); Platipo (Euproctis chrysorrhoea); (Euproctis chysorrhoea); Cobrilha d ram (Coroebus florentunus); Limantria (Lymantria dispar);
3 No Carvalho: Áltica (Phyllotreta atra F.); Gorgulho da glande; (Euproctis chrysorrhoea); Limantria (Lymantria dispar); Malacoma; Lagarta verde; No Pinheiro Bravo: Nemátodo (Bursaphelenchus xylophilus); Processionária (Thaumetopoea pityocampa); Gorgulho das pinhas (Pissodes validirtris); Bóstrico grande (Ips sexdentatus); Bóstrico pequeno (Orthotomicus eromus) Hilésina (Tomicus piniperda); Gorgulho pequeno do pinheiro (Pissodes castaneus); Gorgulho grande do pinheiro (Hylobius abietis); Torcedoura (Rhyacionia buoliana) Lófiro grande do pinheiro (Diprion pini) Lófiro pequeno do pinheiro (Neodiprion sertifer); Piral do tronco (Dioryctria sylvestrella); Lagarta das pinhas (Dioryctria mendacella); Cochonilha do pinheiro (Matsucocus feitaudi). No Castanheiro: Lagarta da castanha (Cydia splendana); Gorgulho da castanha (Curculio elephas); (Euproctis Chrysorrhoea); No Eucalitpo: Broca do eucalipto (Phoracanta semipunctata); Haltica (haltica ampelophaga); (Euproctis chrysorrhoea); Gorgulho do eucalipto (Gonipterus scutellatus). As principais doenças identificadas são: No Sobreiro: Carvão do entrecasco (Hypoxylon mediterraneum); Doença da tinta (Phytophora cinnamomi); Armillaria (Armillaria spp.); Cancro cortical (Endothiella gyra); Podridão agárica (Clitocybe mellea);
4 No Carvalho: Podridão agárica (Clitocybe mellea); Oídio; Podridão radicular e do colo; No Pinheiro bravo: Seca d ram (Diplodia pinea); Podridão agárica (Clitocybe mellea); Podridão anna (Fomes annus); Ferrugem vesicula das agulhas do pinheiro (Coleporium senecionis); Seca d ram (Cenangium abietis); No Castanheiro: Cancro do castanheiro (Cryphonectria parasitica); Doença da tinta (Phytophora spp.) No Eucalipto: Cancro do eucalipto (Botryphaeria berengeriana); Podridão castanha do cerne (Polyporus sulphureus); Bolor cinzento (Botrytis Cinerea); Após se ter identificado as pragas e doenças que mais afectam povoament florestais, é necessário identificar o seu método de actuação e de expansão por forma a que seja psível determinar qual a melhor metodologia a implementar para as controlar/eliminar. Através do quadro seguintes pode verificar-se quais mei de controlo de pragas passíveis de serem utilizad. Espécie arbórea Praga/Técnic as de controlo e tratamento Limitaç ão natural Físic Biotécnic Biológic Químic Nº de tratame nt Sobreiro Lagarta do sobreiro Burgo Lagarta verde Cobrilha da cortiça Platipo Cobrilha d ram
5 Carvalho Áltica Gorgulho Limantria Malocoma Lagarta verde Pinheiro Precessionária X X X 3 Nemátodo X 1 Bóstrico grande Bóstrico pequeno X X 2 X X 2 Hilésina X X 2 Gorgulho grande Gorgulho pequeno X X 2 X 1 Torcedoura X X 2 Lófiro grande X 1 Lófiro pequeno X 1 Piral do tronco X 1 Gorgulho das pinhas Lagarta das pinhas X 1 Castanhe iro Cochonilha Lagarta da castanha Gorgulho da castanha Eucalipto Broca do eucalipto Haltica
6 Relativamente às doenças, as técnicas de controlo e protecção podem ser resumidas no seguinte quadro: Espécie arbórea Praga/Técnicas de controlo e tratamento Sobreiro Carvão do entrecasco Doença da tinta Armillaria Cancro cortical Li mit açã o nat ura l Fí si c o s Biotéc nic Biológic Químic Nº de tratament Carvalho Podridão gárica Oídio Podridão agárica Pinheiro bravo Podridão radicular Seca d ram ( Diplodia pinea) Podridão agárica Podridão anna Ferrugem vesicula das agulhas Seca d ram ( Cenangium abietis Castanhei ro Cancro do castanheiro Doença da tinta Eucalipto Cancro do eucalipto Podridão castanha do cerne Bolor cinzento
7 Numa apólice de seguro florestal é necessário que todas as pragas e doenças referidas anteriormente sejam consideradas como risc a segurar. Esta premissa é assim definida por forma a que amb proponentes (entidade seguradora e segurado) considerem o seguro viável. Da parte do segurado, a cobertura de todas as pragas e doenças que psam afectar o objecto de seguro (o povoamento)é de extrema importância pois a realizar um contrato deste tipo, o segurado estará a sentir que vai de encontro a seus objectiv protecção d seus bens. Para a seguradora também é considerado uma mais valia, pois num contrato de seguro deste tipo, determinadas pragas e doenças cobertas pela apólice que apresentam menor probabilidade de ocorrência ou cuj dan provocad pelo ataque são tipicamente reduzid, permitirão obter um atenuar do risco associado aquela apólice, risco este, que servirá para compensar o risco acrescido por outras pragas e doenças ou mesmo por outro tipo de catástrofes cobertas pela mesma apólice.
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