1 Vide, a este respeito, a opinião expressa por Catarino Nunes, in Código do Registo Predial

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "1 Vide, a este respeito, a opinião expressa por Catarino Nunes, in Código do Registo Predial"

Transcrição

1 P.º n.º R. P. 16/2010 SJC-CT Relevância da declaração inserta em escritura de partilha de que o furo artesiano existente num dos prédios partilhados continua a pertencer em comum e partes iguais aos quatro prédios dela objecto para o efeito da constituição de uma servidão entre os prédios em causa ou do direito de propriedade (no caso, compropriedade) de águas, e consequente projecção na observância do disposto no artigo 97.º do Código do Registo Predial, quando prescreve o registo oficioso dos factos simultaneamente constituídos com a aquisição Eficácia real ou obrigacional da dita cláusula. DELIBERAÇÃO 1 Por escritura pública celebrada em.../ / no Notário de,, procedeu-se à partilha dos bens deixados na sucessão aberta por falecimento de, que era casado, sob o regime da comunhão geral, com, partilha na qual foi adjudicado ao herdeiro ora recorrente um prédio urbano, sito na freguesia de, daquele concelho, omisso na conservatória, inscrito na respectiva matriz sob o artigo, a cujo registo, requerido pela Ap. de.../ /, concernem os presentes autos. Além da citada escritura e das declarações complementares, essencialmente reportadas à composição do prédio registando, serviram de instrução ao pedido uma escritura de habilitação de herdeiros lavrada pelo mesmo Notário em / /, duas certidões emitidas pelos Serviços de Finanças da mesma localidade e ainda a respectiva caderneta predial. Aproveitou-se o mesmo requerimento para referenciar o registo do usufruto que, nos termos da aludida partilha, ficou a onerar o dito prédio e que, segundo a lei, incumbe oficiosamente ao mesmo serviço a que se peticionou a respectiva aquisição. 2 Entendeu, porém, a conservatória recorrida - face à declaração emitida pelas partes no âmbito da mencionada partilha, de que o furo artesiano existente no prédio objecto de registo continuaria a pertencer em comum e partes iguais aos quatro prédios envolvidos na partilha - que, tendo em linha de conta o disposto no artigo 97.º do Código do Registo Predial (ao determinar o registo oficioso dos factos 1

2 constituídos simultaneamente com a aquisição), devia ser esclarecido, por rectificação ao título, de que natureza se reveste o direito em causa, se meramente obrigacional entre as partes, ou antes de servidão entre os prédios em causa ou de propriedade (no caso, compropriedade) de águas. Na sequência do que, tendo em vista o suprimento da apontada deficiência, foi instaurado o competente processo sem que o recorrente haja procedido à aventada rectificação, antes emitindo, em resposta à notificação de que foi alvo, uma declaração na qual assegura que, para além da constituição do usufruto, mais nenhum facto jurídico registável oficiosamente foi constituído, expressando ainda a opinião, relativamente à afirmação contida na escritura de que o furo artesiano continuaria a pertencer aos prédios, de que, a ter havido constituição de servidão ou compropriedade de águas, tal teria acontecido em data anterior à da mencionada escritura de partilha, sendo que o título correspondente, a existir, deveria ter acompanhado o presente pedido de registo, com vista a ser também levado às tábuas. Esclarecimento que não logrou remover as dúvidas do serviço de registo em apreço, que se decidiu pela qualificação minguante do registo, justamente alicerçado nos motivos que haviam despoletado a instauração do aludido processo de suprimento. 3 A impugnação hierárquica do proferido despacho de provisoriedade, efectivada sob a Ap. de.../ /, reproduz, nas respectivas alegações, os esclarecimentos prestados no âmbito do aludido processo de suprimento, concluindo que A única dúvida invocada refere-se ao eventual registo oficioso da servidão/compropriedade, que não se mostra constituída, dado que a causa ou o modo para tal invocado se mostra, no caso, inadequado ou impróprio à produção desse efeito. E, neste enquadramento, entende-se que tal registo, a ser lavrado, deveria sê-lo na dependência do registo de aquisição, em terceiro lugar, após o registo do usufruto, não obstando, de todo o modo, à inscrição, com carácter definitivo, da aquisição da propriedade, o facto de não haver sido concretizada no título a constituição de servidão ou compropriedade sobre o furo, o que é um problema das partes. Pondera-se ainda que a provisoriedade por dúvidas resulta fundamentalmente da existência de um vício ou deficiência do título ou de 2

3 documento complementar ou até de qualquer outra incompatibilidade, sendo certo que, não tendo o registador levantado dúvidas na qualificação do pedido de aquisição, e sendo inadmissível a alteração dos motivos justificativos de tal provisoriedade, o registo terá que ser lavrado como definitivo. 4 Manteve o Sr. Conservador a quo a qualificação ora impugnada, defendendo que a declaração da vontade das partes, consignada no título, relativamente à existência do furo artesiano no prédio ora descrito sob o n.º, tem, de facto, carácter real e não meramente obrigacional, sem, todavia, deixar de convir que a redacção utilizada na escritura peca por alguma ambiguidade, desde logo por se ter demitido de caracterizar expressamente a figura jurídica a que corresponderia a pertença em partes iguais a cada um dos prédios do furo (e respectiva água). Deste modo se explica, consoante refere, a oportunidade dada às partes, melhor dito, ao notário, de clarificar aquela polémica menção inserta na escritura; o que não se pode conceder é, transcrevemos, no esvaziamento que o recorrente faz do mecanismo previsto no artigo 97.º, n.º 1, que visa justamente proteger os interesses dos titulares constituídos simultaneamente com a aquisição e que de modo algum podem ser postergados, pois sem essa precisa composição de interesses não teria sequer sido outorgado o negócio em causa. 5 Atentas a legitimidade e capacidade das partes, a interposição atempada do recurso e a inexistência de nulidades, excepções ou questões prévias que obstem ao conhecimento do mérito, a posição do Conselho vai contida na seguinte Deliberação 1 Nos termos da previsão contida no n.º 1 do artigo 97.º do Código do Registo Predial, o registo de aquisição de qualquer prédio, quando acompanhada da constituição de outro facto sujeito a registo, implica a realização oficiosa do registo desse facto. Situação que pode prefigurar-se moldando a hipótese à situação concreta - no caso da celebração de uma escritura pública de partilha hereditária, 3

4 em que, para além da adjudicação dos prédios integrados na herança aos respectivos herdeiros, eventualmente se constitua, a favor de algum ou alguns desses bens, servidão de águas (cfr. art.ºs 1557.º a 1563.º, Cód. Civil), sobre o/s outro/s prédio/s, ou para aquele/s se transfira a propriedade/compropriedade da água proveniente de furo artesiano existente num outro prédio do acerbo hereditário. 2 Pressupostos da aplicação da referida disciplina jurídica são, no entanto, a simultaneidade da constituição do outro facto sujeito a registo e a efectiva e regular titulação do mesmo, sendo à luz da observância de ambos que se deve aferir do relevo que, com esse propósito, assume a inserção in casu, no texto da escritura em apreço, da declaração dos seus outorgantes no sentido de que o furo artesiano existente no prédio da verba quatro continua a pertencer, em comum e partes iguais, aos quatro prédios Sabido que as águas podem ser públicas ou particulares (art.º 1385.º, C.C.), que, entre outras, são particulares as águas subterrâneas existentes em prédios particulares [art.º 1386.º, n.º 1, alínea b), C.C.] 2, é havido como justo 1 Vide, a este respeito, a opinião expressa por Catarino Nunes, in Código do Registo Predial Anotado, a pág. 433, em comentário ao paralelo artigo 185.º, n.º 1, do Código do Registo Predial de 1967 (pese embora a diversidade do regime jurídico então aplicável à situação, que demandava, sob pena de recusa, o simultâneo pedido e efectivação do registo do facto que havia acompanhado a constituição daquele a que respeitava a inscrição recusanda) : A constituição referida pode ter carácter negocial ( ). Torna-se, porém, necessário que a constituição do acto sujeito a registo seja simultânea. Não é o caso de o acto se encontrar já constituído anteriormente e simplesmente ser referido. É vulgar a partilha acompanhada da declaração de os prédios continuarem sujeitos às servidões existentes.. Também, no mesmo sentido, Gama Vieira, a fls. 176, do Código daquela data, por ele anotado, refere: Mas, como resulta do n.º 1 e da epígrafe do artigo 185.º, a simultaneidade das inscrições depende da simultaneidade da constituição dos factos sujeitos a registo.. (Sublinhe-se que a epígrafe do artigo 97.º do Código do Registo Predial vigente - Inscrição de factos constituídos simultaneamente com outros sujeitos a registo é ipsis verbis a que constava daquele pregresso normativo). 2 São ainda particulares, nos termos preconizados pelo n.º 1, alínea a) do artigo 1387.º do Código Civil, os poços, galerias, canais, levadas, aquedutos, reservatórios, albufeiras e demais obras destinadas à captação, derivação ou armazenamento de águas públicas e particulares, categorias nas quais necessariamente se incluem os furos artesianos que, precisamente, se destinam à captação de águas contidas em lençóis jacentes no subsolo. 4

5 título de aquisição das águas das fontes e nascentes, bem como das águas subterrâneas, qualquer meio legítimo de adquirir a propriedade das coisas imóveis 3 ou de constituir servidões (art.º 1390.º, n.º 1, e art.º 1395.º, n.º 1, C.C.), sendo certo que, para o efeito, a usucapião só é atendida quando for acompanhada da construção de obras visíveis e permanentes, no prédio onde existam a fonte ou nascente, ou as águas subterrâneas 4, que patenteiem a captação e a posse da água nesse prédio (n.º 2, art.º 1390.º, cit.). 4 Deste modo, o direito à água que nasce em prédio alheio, consoante o título da sua constituição, pode consistir no pleno uso da água, sem limitação alguma - dando lugar à figura da propriedade da água -, ou pode traduzir-se somente no direito de a aproveitar noutro prédio, limitada, assim, pelas necessidades deste correspondendo à figura da servidão. 3 É consabido que a propriedade dos imóveis abrange, de acordo com o previsto no n.º 1 do artigo 1344.º do Código Civil, o espaço aéreo correspondente à superfície, bem como o subsolo, com tudo o que neles se contém e não seja desintegrado do domínio, por lei ou negócio jurídico. Destarte, enquanto, por estes meios, não forem desintegradas da propriedade superficiária, as águas são partes componentes dos prédios respectivos; quando desintegradas, adquirem autonomia e são havidas, de per si, como imóveis, o que nos permite concluir que as águas são coisas imóveis [art.º 204.º, n.º 1, alínea b), C.C.] quando desintegradas da propriedade superficiária. Assim, o direito à água existente em prédio alheio tanto pode ser um direito de propriedade, como uma servidão imposta a um prédio em benefício de outro. Será um direito de propriedade, quando um indivíduo tem direito a toda a água existente no prédio alheio, seja qual for o uso para que a considere necessária; será uma servidão, quando esse direito à água se restringe à hipótese do seu aproveitamento na satisfação, por exemplo, das necessidades de irrigação do prédio contíguo (dominante). 4 De acordo com o disposto no artigo 1394.º do Código Civil reafirmando a doutrina do art.º 1348.º, n.º 1 ( O proprietário tem a faculdade de abrir no seu prédio minas ou poços e fazer escavações ) -, é lícito ao proprietário procurar águas subterrâneas no seu prédio, por meio de poços ordinários ou artesianos, minas ou quaisquer escavações, desde que não prejudique direitos que terceiro haja adquirido por título justo. Estas águas, como, aliás, resulta já do que antes se disse (nota 3, de rodapé), enquanto não forem desintegradas da propriedade superficiária, por lei ou negócio jurídico, são parte componente do respectivo prédio, nos termos e dentro dos limites fixados pelo citado artigo 1344.º. A lei atribui o direito à sua captação ao proprietário, que pode, todavia, despojar-se dele, alienando a água a terceiro ou permitindo a constituição de uma servidão em proveito de outro prédio. Vide Pires de Lima e Antunes Varela, in Código Civil Anotado, Vol. III, pág

6 Podem, pois, constituir-se sobre uma água nascida ou existente em prédio de outrem dois direitos reais distintos: o de propriedade, quando, desintegrada da propriedade do solo, o respectivo titular dispõe da possibilidade de a fruir, usar ou dela dispor, sem quaisquer limitações; o de servidão, quando, mantendo-se a água na propriedade do dono do solo, é concedida a terceiro a faculdade de a utilizar, em função das necessidades de um outro prédio 5. 5 Ora, como antes se disse, a constituição do direito de propriedade depende da existência de um título capaz de a transferir. Admitindo estar em causa água subterrânea, a lei (art.º 1395.º, n.º 1, C.C.), tal como prevê relativamente à água das fontes e nascentes, considera títulos justos da respectiva aquisição qualquer meio legítimo de adquirir a propriedade de coisas imóveis, precisando que a usucapião (de resto, in casu, não invocada no título) só será atendida quando for acompanhada da construção de obras visíveis e permanentes (art.º 1390.º, n.ºs 1 e 2, aplicável por remissão do cit. art.º 1395, n.º 1, C.C.) 6. Seja qual for a natureza da água em questão 7, a verdade é que o direito de propriedade, como todo o direito real, pressupõe um objecto certo, e é essa 5 Podem, por conseguinte, ser objecto de servidão quaisquer utilidades, desde que, no caso concreto, só possam ser gozadas na medida e por intermédio do prédio dominante, conquanto, em abstracto, tais utilidades sejam susceptíveis de separação. O elemento que na verdade se mostra relevante para o efeito é o facto de a utilidade que vai ser fruída, ainda que separável, o vir a ser, na situação concreta, por meio do prédio dominante e na medida das necessidades deste. 6 Registe-se, em ligeiro parêntese, que o furo artesiano já consubstancia obra visível e permanente destinada à captação de águas subterrâneas. 7 Considerando o n.º 1 do citado artigo 1395.º justo título de aquisição das águas subterrâneas qualquer meio legítimo de adquirir a propriedade, esses títulos só podem, no entanto, ser utilizados relativamente a águas devidamente individualizadas já que, doutro modo, é impossível a desintegração dominial. Antes da sua exploração ou individualização, o proprietário só pode atribuir a terceiro o direito de exploração das ditas águas. Questionam-se, a propósito, os referidos Autores, in Código Civil Anotado, vol. III, pág.327, se tal direito a que alude o n.º 2 do artigo 1395.º é um direito real ou, pelo contrário, um direito de crédito. Tratando-se de uma figura expressamente prevista na lei - 6

7 precisão e determinação que pecam, por omissas, no título (escritura de partilha) apresentado. 6 - Já quanto à constituição de uma servidão, a mesma resulta da existência de um qualquer dos meios enunciados no artigo 1547.º do Código Civil, dos quais só poderiam cobrar interesse, na perspectiva do caso em análise, face aos documentos instrutórios do registo peticionado, o contrato, a usucapião e a destinação do pai de família. Relativamente ao primeiro, o contrato, não se descortina na escritura apresentada qualquer declaração da vontade dos intervenientes no sentido da constituição de uma eventual servidão já que, a nosso ver, como tal não pode ser entendida a transcrita declaração (cfr. conclusão n.º 2) -, desde logo porque da mesma nem sequer resulta a precisa e necessária definição do seu conteúdo [art.º 1544.º, C.C. 8 e art.º 95.º, n.º 1, alínea c), C. R. P.]. Quanto à usucapião, 9 não se mostra a mesma invocada por aquele/s a quem aproveita, falhando, portanto, a verificação do requisito condicionante da respectiva eficácia (art.º 303.º, C. C. ). transcrevemos - não vemos qualquer obstáculo à sua qualificação como real e, por consequência, à susceptibilidade de inscrição no registo predial e à sua eficácia erga omnes (quando o direito de explorar águas seja constituído em benefício de determinado prédio, estar-se-á perante um caso de servidão). Se as partes não observarem a forma exigida para a constituição de figuras de natureza real consideram o direito de exploração só poderá valer com eficácia obrigacional. 8 Conquanto, nos termos deste preceito, possam ser objecto da servidão quaisquer utilidades, ainda que futuras ou eventuais, o que explica a atipicidade do conteúdo das mesmas. Certo é que a utilidade que o encargo imposto ao prédio serviente propicia ao titular da servidão, gozada através do prédio dominante, tem de estar associada à afectação especial a que este se acha submetido. 9 A respectiva noção legal, plasmada no artigo 1287.º do Código Civil, aponta no sentido de que a mesma se traduz na constituição, facultada ao possuidor, do direito real correspondente à sua posse, a qual tem de assumir determinadas características e manter-se pelo lapso de tempo estabelecido na lei (cfr., relativamente a imóveis, os artigos 1293.º a 1297.º do mesmo Código). São, assim, pressupostos da usucapião, uma posse com certas características, mantida pelos prazos legalmente fixados, em relação a um direito passível de constituição por esta via (cfr. art º, C. C., a contrario ). 7

8 No que respeita à constituição por destinação do pai de família 10, depende a mesma da observância de três requisitos fundamentais, que vêm enunciados no artigo 1549.º do Código Civil, e consistem no seguinte: que os prédios em causa tenham pertencido, unitária ou fraccionadamente, ao mesmo dono; que entre eles se verifique uma relação de serventia que há-de resultar de acto de quem é seu proprietário o mesmo para todos e revelar-se através de sinais visíveis e permanentes nele/s colocado/s (por ele ou pelos seus antecessores), existentes no momento da transmissão; e que os prédios se separem quanto ao seu domínio, sem que exista no documento respectivo qualquer declaração que se oponha à constituição do encargo. Acontece, porém, que ex vi do disposto no n.º 3 do artigo 1390.º do Código Civil que se ocupa dos títulos de aquisição da água das fontes e nascentes a aquisição do direito de servidão por destinação do pai de família não depende da existência daqueles sinais reveladores da destinação do antigo proprietário, quando em causa esteja a divisão ou partilha de prédios sem intervenção de terceiro Acha-se deste modo preenchido, no caso sub judice, o enquadramento necessário à legal constituição de uma servidão por destinação do pai de família, a qual demanda, como se viu, que os prédios se separem quanto ao seu domínio momento a que se reporta o nascimento da servidão, como tal 12 -, sem que exista no título respectivo qualquer declaração contrária à sua constituição A destinação do pai de família é um mero facto, aquilo a que se chama um acto efectivo, uma operação jurídica e não um negócio jurídico, em que se possa ver um acordo tácito, constituindo, ao lado da usucapião, uma forma originária, não negocial, de constituição de servidões aparentes. 11 A exigência do mencionado requisito da aparência tem a ver com a intenção de proteger a boa fé dos terceiros adquirentes (na medida em que os referidos sinais hão-de patentear a serventia de um prédio para com o outro ou outros), propósito que já não cobra razão de ser na simples divisão, em que não há intervenção de terceiros cuja boa fé careça de protecção, o mesmo sucedendo, em princípio, no caso de partilha de vários prédios entre os herdeiros do proprietário. 12 Circunstância que, de todo, não é incompatível com a declaração dos herdeiros intervenientes na escritura de partilha, no sentido de que o referenciado furo artesiano continua a pertencer em comum e partes iguais a todos os prédios nela envolvidos, uma vez que a mesma pode ser entendida como a que melhor retrata a situação factual existente, configuradora do enquadramento jurídico propício ao surgimento do novo direito de servidão, simultâneo da constituição de novas titularidades sobre os prédios até aí objecto de um direito de propriedade único, radicado na pessoa do de cuius. 8

9 Assim sendo, a aceitar-se que a mesma se constituiu, e que se trata de uma servidão não aparente (cfr. conclusão anterior) 14 que, como tal, só produz efeitos em relação a terceiros, a partir da data do registo (condicionante da sua eficácia), está trilhado o caminho para se dar por verificado o alegado pressuposto da aplicação da disciplina jurídica contida no artigo 97.º, n.º 1, do Código do Registo Predial, ou seja, a simultaneidade da constituição de outro facto sujeito a registo. 8 Mas para que em definitivo se possa concluir no apontado sentido, é necessário, face à pouco clara redacção empregue no título, nomeadamente, no que respeita à caracterização jurídica da referenciada pertença em partes iguais a cada um dos prédios do dito furo artesiano (e respectiva água) localizado no prédio submetido a registo, que o notário obviamente, mediante a intervenção das partes outorgantes na escritura em que foi dada forma à expressão da sua vontade - se pronuncie sobre o alcance da transcrita menção, complementando o esclarecimento a prestar, no caso de por ele se confirmar a constituição da servidão, com a integral e precisa definição do correspondente conteúdo [art.º 1544.º, C.C. e art.º 95.º, n.º 1, alínea c), C.R.P.]. São, pois, legítimas as dúvidas suscitadas, tanto mais porque a constituição da servidão cujo respectivo direito é inerente à própria substância da aquisição, caso se comprove, integra a previsão contida no n.º 1 do citado artigo 97.º do Código do Registo Predial. 13 Qualquer título negocial, compra e venda, doação, permuta, partilha ou testamento, pode dar causa à mencionada separação de domínios, a qual pode também decorrer de outros títulos de transmissão, tais como, a expropriação e a usucapião. A declaração que eventualmente seja oposta à constituição do dito encargo tem de constar de documento, sendo insuficiente para o efeito uma simples declaração oral. 14 Como se sabe, as servidões não aparentes são aquelas que não se revelam por sinais visíveis e permanentes (art.º 1548.º, n.º 2, C.Civil), ao invés das denominadas aparentes que, do ponto de vista tabular, conquanto possam ser registadas, produzem efeitos contra terceiros independentemente do registo [art.º 5.º, n.º 2, alínea b), C.R.P.], deste não dependendo, portanto, a respectiva eficácia. 9

10 Considerando o que ficou dito, entende o Conselho que o interposto recurso não merece provimento. Deliberação aprovada em sessão do Conselho Técnico de 25 de Março de Maria Eugénia Cruz Pires dos Reis Moreira, relatora. Esta deliberação foi homologada pelo Exmo. Senhor Presidente em

P.º R. P. 22/2009 SJC-CT-

P.º R. P. 22/2009 SJC-CT- P.º R. P. 22/2009 SJC-CT- Averbamento de rectificação da descrição quanto à área, fundado em erro de medição. Enquadramento do respectivo pedido na previsão legal do artigo 28.º-C do CRP ou no processo

Leia mais

P.º R. P. 301/04 DSJ-CT

P.º R. P. 301/04 DSJ-CT P.º R. P. 301/04 DSJ-CT - Registo de hipoteca legal por dívidas à Segurança Social sobre bens dos gerentes da sociedade devedora. Documentos instrutórios : certidão comprovativa da dívida e cópia autenticada

Leia mais

Pº R.P.135 136 /2009 SJC-CT-

Pº R.P.135 136 /2009 SJC-CT- Pº R.P.135 e 136 /2009 SJC-CT- (Im)possibilidade legal de incluir a cláusula de reversão dos bens doados em contrato de partilha em vida. DELIBERAçÃO Relatório 1. Os presentes recursos hierárquicos vêm

Leia mais

P.º R. P. 80/2009 SJC-CT-

P.º R. P. 80/2009 SJC-CT- P.º R. P. 80/2009 SJC-CT- Obrigação de registar Determinação do momento relevante para efeitos do cumprimento da obrigação de registar relativamente a acto cujo registo é promovido por via electrónica,

Leia mais

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo Acórdãos STA Processo: 0347/13 Data do Acordão: 03-07-2013 Tribunal: 2 SECÇÃO Relator: FERNANDA MAÇÃS Descritores: GRADUAÇÃO DE CRÉDITOS Sumário: Nº Convencional: JSTA000P16033 Nº do Documento: SA2201307030347

Leia mais

DELIBERAÇÃO. Do despacho de recusa foi interposto recurso hierárquico, cujos termos aqui se dão por integralmente reproduzidos.

DELIBERAÇÃO. Do despacho de recusa foi interposto recurso hierárquico, cujos termos aqui se dão por integralmente reproduzidos. Pº R.P. 16/2008 SJC-CT- Registo de hipoteca legal nos termos do artº 195º do CPPT Título Suficiência Despacho do Chefe de Serviço de Finanças competente que a requerimento do executado autorize a substituição

Leia mais

Processo nº 90/2005 Data: 02.06.2005 (Recurso em matéria civil)

Processo nº 90/2005 Data: 02.06.2005 (Recurso em matéria civil) Processo nº 90/2005 Data: 02.06.2005 (Recurso em matéria civil) Assuntos : Acção especial de divisão de coisa comum. Direito de preferência. Recurso do despacho que não admite o seu exercício. Momento

Leia mais

PROJECTO CÓDIGO CIVL

PROJECTO CÓDIGO CIVL PROJECTO CÓDIGO CIVL APRESENTAÇÃO PÚBLICA Novembru 2008 MINISTÉRIO DA JUSTIÇA Direcção Nacional de Assessoria Jurídica e Legislação PROJECTO DE CÓDIGO CIVIL LIVRO I - PARTE GERAL LIVRO II DIREITO DAS OBRIGAÇÕES

Leia mais

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo Acórdãos STA Processo: 0715/09 Data do Acordão: 18-11-2009 Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo Tribunal: Relator: Descritores: Sumário: 2 SECÇÃO JORGE LINO PENHORA GARANTIA REAL REGISTO TERCEIRO

Leia mais

ACÓRDÃO Nº 22 /2010 8.JUN/1ª S/SS

ACÓRDÃO Nº 22 /2010 8.JUN/1ª S/SS Mantido pelo acórdão nº 34/10, de 17/12/10, proferido no recurso nº 14/10 Não transitado em julgado ACÓRDÃO Nº 22 /2010 8.JUN/1ª S/SS Processo nº 187/2010 I OS FACTOS 1. O Município de Gondomar remeteu,

Leia mais

P.º R. P. 250/2008 SJC-CT-

P.º R. P. 250/2008 SJC-CT- P.º R. P. 250/2008 SJC-CT- Registo de aquisição, provisório por natureza, com base em contrato-promessa não assinado por todos os titulares inscritos do prédio contitulares de herança indivisa - em comum

Leia mais

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: CIVA. Artigo: 6º; 14º; Decreto-Lei n.º 347/85, de 23/08; Assunto:

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: CIVA. Artigo: 6º; 14º; Decreto-Lei n.º 347/85, de 23/08; Assunto: FICHA DOUTRINÁRIA Diploma: Artigo: Assunto: CIVA 6º; 14º; Decreto-Lei n.º 347/85, de 23/08; Localização de operações - Transportes terrestres, operações de armazenagem e distribuição Continente RA s -

Leia mais

2- Com o devido respeito, esta é uma falsa questão. Senão vejamos:

2- Com o devido respeito, esta é uma falsa questão. Senão vejamos: Pº CP 3/06 DSJ-CT: Desjudicialização - Processo especial de justificação - Acção declarativa comum para reconhecimento do direito de propriedade - Competência material dos julgados de paz CONSULTA: Parecer

Leia mais

P.º 110.SJC.GCS/2010

P.º 110.SJC.GCS/2010 PARECER: DESPACHO: P.º 110.SJC.GCS/2010 ASSUNTO: Disposição transitória do artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 20/2008, de 31 de Janeiro. 1. O Senhor Chefe do Gabinete de Sua Excelência, o Secretário de Estado

Leia mais

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: CIVA. Artigo: alínea c) do n.º 1 do artigo 18.º. Assunto:

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: CIVA. Artigo: alínea c) do n.º 1 do artigo 18.º. Assunto: FICHA DOUTRINÁRIA Diploma: Artigo: Assunto: CIVA alínea c) do n.º 1 do artigo 18.º Operações imobiliárias - Aplicação do modelo contratual de "Office Centre" Processo: nº 3778, despacho do SDG dos Impostos,

Leia mais

MINUTA DE CONTRATO DE ATRIBUIÇÃO DE APOIOS FINANCEIROS A PESSOAS COLECTIVAS PRIVADAS SEM FINS LUCRATIVOS PROGRAMA MODELAR

MINUTA DE CONTRATO DE ATRIBUIÇÃO DE APOIOS FINANCEIROS A PESSOAS COLECTIVAS PRIVADAS SEM FINS LUCRATIVOS PROGRAMA MODELAR MINUTA DE CONTRATO DE ATRIBUIÇÃO DE APOIOS FINANCEIROS A PESSOAS COLECTIVAS PRIVADAS SEM FINS LUCRATIVOS PROGRAMA MODELAR Entre O Primeiro Outorgante, A Administração Regional de Saúde de. IP, adiante

Leia mais

Orientações sobre o tratamento de dados dos documentos de identificação dos titulares de cartão de pagamento por parte das firmas comerciais

Orientações sobre o tratamento de dados dos documentos de identificação dos titulares de cartão de pagamento por parte das firmas comerciais Orientações sobre o tratamento de dados dos documentos de identificação dos titulares de cartão de pagamento por parte das firmas comerciais Muitas firmas comerciais de Macau solicitam o fornecimento de

Leia mais

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: CIVA. Artigo: 9º; 18º. Assunto:

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: CIVA. Artigo: 9º; 18º. Assunto: FICHA DOUTRINÁRIA Diploma: Artigo: Assunto: CIVA 9º; 18º. Intermediação - em crédito à habitação; leasing imobiliário; conta empréstimo; crédito automóvel; produtos estruturados; leasing equipamentos e

Leia mais

P.º R.P. 161/2006 DSJ-CT-

P.º R.P. 161/2006 DSJ-CT- P.º R.P. 161/2006 DSJ-CT- Compatibilização do regime legalmente previsto (D. L. n.º 68/04, de 25/03) que exige a certificação pelo notário na celebração de qualquer escritura pública que envolva a aquisição

Leia mais

CÓDIGOS REGIME JURÍDICO DO CONTRATO DE LOCAÇÃO FINANCEIRA TERMOS DE DISPONIBILIZAÇÃO E DE UTILIZAÇÃO

CÓDIGOS REGIME JURÍDICO DO CONTRATO DE LOCAÇÃO FINANCEIRA TERMOS DE DISPONIBILIZAÇÃO E DE UTILIZAÇÃO CÓDIGOS REGIME JURÍDICO DO CONTRATO DE LOCAÇÃO FINANCEIRA TERMOS DE DISPONIBILIZAÇÃO E DE UTILIZAÇÃO A selecção dos textos legislativos disponibilizados no sitio Home Page Jurídica (www.euricosantos.pt)

Leia mais

PARECER N.º 40/CITE/2006

PARECER N.º 40/CITE/2006 PARECER N.º 40/CITE/2006 Assunto: Parecer prévio nos termos do n.º 1 do artigo 51.º do Código do Trabalho e da alínea c) do n.º 1 do artigo 98.º da Lei n.º 35/2004, de 29 de Julho Processo n.º 44 DG-E/2006

Leia mais

Tribunal de Contas. ACÓRDÃO N.º 2/2003 1.ª S/PL de 28 de Janeiro de 2003. R.O. n.º 20/02 Processo n.º 1779/2002 SUMÁRIO:

Tribunal de Contas. ACÓRDÃO N.º 2/2003 1.ª S/PL de 28 de Janeiro de 2003. R.O. n.º 20/02 Processo n.º 1779/2002 SUMÁRIO: ACÓRDÃO N.º 2/2003 1.ª S/PL de 28 de Janeiro de 2003 R.O. n.º 20/02 Processo n.º 1779/2002 CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO / ENCARGO FINANCEIRO / ENDIVIDAMENTO MUNICIPAL / DÉFICE PÚBLICO / MUNICÍPIO /

Leia mais

Circular nº 24/2015. Lei nº. 41/2015, de 3 de Junho. 17 de Junho 2015. Caros Associados,

Circular nº 24/2015. Lei nº. 41/2015, de 3 de Junho. 17 de Junho 2015. Caros Associados, Circular nº 24/2015 17 de Junho 2015 Assunto: Lei nº. 41/2015, de 3 de Junho. Caros Associados, 1. Foi publicado no Diário da República, 1ª. Série, nº. 107, de 3 de Junho de 2015, a Lei nº. 41/2015, de

Leia mais

Recomendação n.º 8 /B/2004 [art.º 20.º, n.º 1, alínea b), da Lei n.º 9/91, de 9 de Abril]

Recomendação n.º 8 /B/2004 [art.º 20.º, n.º 1, alínea b), da Lei n.º 9/91, de 9 de Abril] Número: 8/B/2004 Data: 17-06-2004 Entidade visada: Ministra da Justiça Assunto: Código das Custas Judiciais Prazo de validade dos cheques. Decreto n.º 12 487, de 14 de Outubro de 1926 Prazo de reclamação

Leia mais

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo. Acordam na Secção do Contencioso Tributário do Supremo Tribunal Administrativo:

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo. Acordam na Secção do Contencioso Tributário do Supremo Tribunal Administrativo: Acórdãos STA Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo Processo: 01351/13 Data do Acordão: 25-09-2013 Tribunal: 2 SECÇÃO Relator: CASIMIRO GONÇALVES Descritores: Sumário: Nº Convencional: JSTA000P16246

Leia mais

PARECER. 3 O registo foi efectuado como provisório por dúvidas com base nos motivos a seguir transcritos:

PARECER. 3 O registo foi efectuado como provisório por dúvidas com base nos motivos a seguir transcritos: P.º n.º R.P. 222/2010 SJC-CT Partilha de herança. Natureza jurídica. Bem atribuído a herdeira casada no regime de comunhão de adquiridos. Natureza do bem. Pagamento de tornas à custa de dinheiro comum

Leia mais

PARECER N.º 190/CITE/2011

PARECER N.º 190/CITE/2011 PARECER N.º 190/CITE/2011 Assunto: Parecer prévio ao despedimento de trabalhadora lactante, por extinção do posto de trabalho, nos termos do n.º 1 e da alínea c) do n.º 3 do artigo 63.º do Código do Trabalho,

Leia mais

Ordem dos Advogados Largo São Domingos 14-1º, 1169-060 Lisboa Tel.: 218823550 Fax: 218862403 odc@cg.oa.pt www.oa.pt/odc

Ordem dos Advogados Largo São Domingos 14-1º, 1169-060 Lisboa Tel.: 218823550 Fax: 218862403 odc@cg.oa.pt www.oa.pt/odc Ficha Informativa 3 Março 2015 Ordem dos Advogados Largo São Domingos 14-1º, 1169-060 Lisboa Tel.: 218823550 Fax: 218862403 odc@cg.oa.pt www.oa.pt/odc SERVIÇOS PÚBLICOS ESSENCIAIS Quais são os serviços

Leia mais

ACÓRDÃO N.º 33 /10 17.DEZ-1ªS/SS

ACÓRDÃO N.º 33 /10 17.DEZ-1ªS/SS ACÓRDÃO N.º 33 /10 17.DEZ-1ªS/SS RECURSO ORDINÁRIO Nº 02/2010-EMOL (Processo de fiscalização prévia n.º 996/2010) SUMÁRIO 1. O contrato destinado a disponibilizar o sistema de cobrança de portagens e o

Leia mais

Pº R.P.16/2005 DSJ-CT Usufruto Alienação conjunta, gratuita ou onerosa, por nu proprietário e usufrutuário Eficácia real Efeitos tabulares.

Pº R.P.16/2005 DSJ-CT Usufruto Alienação conjunta, gratuita ou onerosa, por nu proprietário e usufrutuário Eficácia real Efeitos tabulares. Pº R.P.16/2005 DSJ-CT Usufruto Alienação conjunta, gratuita ou onerosa, por nu proprietário e usufrutuário Eficácia real Efeitos tabulares. PARECER Registo a qualificar: Aquisição da fracção autónoma U1

Leia mais

14/06/2013. Andréa Baêta Santos

14/06/2013. Andréa Baêta Santos Tema: DIREITO REGISTRAL IMOBILIÁRIO Questões de Registro de Imóveis 14/06/2013 1. Na certidão em relatório Oficial deve sempre se ater ao quesito requerente? formulado o pelo Não, pois sempre que houver

Leia mais

ACÓRDÃO Nº 20/2002-MAR.12-1ªS/SS

ACÓRDÃO Nº 20/2002-MAR.12-1ªS/SS Mantido pelo acórdão nº 21/02, de 07/05/02, proferido no recurso nº 15/02 ACÓRDÃO Nº 20/2002-MAR.12-1ªS/SS Processo nº 3620/01 A Câmara Municipal de Ovar celebrou com a empresa Construções Carlos Pinho,

Leia mais

No âmbito deste procedimento, foram recebidas respostas da Tele2 e da PTC (em anexo ao presente relatório):

No âmbito deste procedimento, foram recebidas respostas da Tele2 e da PTC (em anexo ao presente relatório): http://www.anacom.pt/template31.jsp?categoryid=246205 RELATÓRIO DA AUDIÊNCIA PRÉVIA A QUE FOI SUBMETIDO O PROJECTO DE DECISÃO RELATIVO À RESOLUÇÃO DE UM LITÍGIO ENTRE A TELE2 E A PT COMUNICAÇÕES QUANTO

Leia mais

Processo nº 677/2014. Data: 15 de Janeiro de 2015. ASSUNTO: - Marca - Capacidade distintiva SUMÁ RIO:

Processo nº 677/2014. Data: 15 de Janeiro de 2015. ASSUNTO: - Marca - Capacidade distintiva SUMÁ RIO: Processo nº 677/2014 (Autos de Recurso Civil e Laboral) Data: 15 de Janeiro de 2015 ASSUNTO: - Marca - Capacidade distintiva SUMÁ RIO: - A marca é um sinal distintivo de produtos e serviços de uma empresa

Leia mais

Município de Valpaços

Município de Valpaços Município de Valpaços Regulamento Municipal de Atribuição de Apoios às Freguesias Preâmbulo A Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro aprovou o regime jurídico das autarquias locais, o estatuto das entidades

Leia mais

Assunto: Acção de divisão de coisa comum. Direito de preferência. Comproprietário.

Assunto: Acção de divisão de coisa comum. Direito de preferência. Comproprietário. Processo n.º 14/2012. Recurso jurisdicional em matéria cível. Recorrente: B. Recorrido: A. Assunto: Acção de divisão de coisa comum. Direito de preferência. Comproprietário. Coisa. Venda. Dação em cumprimento.

Leia mais

C N INTERPRETAÇÃO TÉCNICA Nº 2. Assunto: RESERVA FISCAL PARA INVESTIMENTO Cumprimento das obrigações contabilísticas I. QUESTÃO

C N INTERPRETAÇÃO TÉCNICA Nº 2. Assunto: RESERVA FISCAL PARA INVESTIMENTO Cumprimento das obrigações contabilísticas I. QUESTÃO C N C C o m i s s ã o d e N o r m a l i z a ç ã o C o n t a b i l í s t i c a INTERPRETAÇÃO TÉCNICA Nº 2 Assunto: RESERVA FISCAL PARA INVESTIMENTO Cumprimento das obrigações contabilísticas I. QUESTÃO

Leia mais

ASSUNTO - Ocupação do terreno - Usucapião do terreno sem titularidade registada

ASSUNTO - Ocupação do terreno - Usucapião do terreno sem titularidade registada Processo nº 740/2010 (Autos de Recurso Contencioso) Data: 17 de Novembro de 2011 ASSUNTO - Ocupação do terreno - Usucapião do terreno sem titularidade registada SUMÁ RIO - Quer no âmbito do Diploma Legislativo

Leia mais

Colóquio anual sobre Direito do Trabalho Outubro/2009 Despedimento para a Reestruturação (da empresa) Intervenção em mesa redonda

Colóquio anual sobre Direito do Trabalho Outubro/2009 Despedimento para a Reestruturação (da empresa) Intervenção em mesa redonda Colóquio anual sobre Direito do Trabalho Outubro/2009 Despedimento para a Reestruturação (da empresa) Intervenção em mesa redonda Quero começar por agradecer ao Supremo Tribunal de Justiça, por intermédio

Leia mais

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo. Acordam na Secção do Contencioso Tributário do Supremo Tribunal Administrativo

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo. Acordam na Secção do Contencioso Tributário do Supremo Tribunal Administrativo Acórdãos STA Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo Processo: 0252/14 Data do Acordão: 23-04-2014 Tribunal: 2 SECÇÃO Relator: PEDRO DELGADO Descritores: Sumário: GRADUAÇÃO DE CRÉDITOS IRS HIPOTECA

Leia mais

OBSERVATÓRIO DOS DIREITOS HUMANOS

OBSERVATÓRIO DOS DIREITOS HUMANOS OBSERVATÓRIO DOS DIREITOS HUMANOS RELATÓRIO Novembro 2011 Direito à protecção da Saúde I Apresentação do caso O Observatório dos Direitos Humanos recebeu uma denúncia efectuada por N., alegando para o

Leia mais

FACULDADE DE DIREITO DA UNIVERSIDADE DE LISBOA PROVA ESCRITA DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL I - TURMA A

FACULDADE DE DIREITO DA UNIVERSIDADE DE LISBOA PROVA ESCRITA DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL I - TURMA A FACULDADE DE DIREITO DA UNIVERSIDADE DE LISBOA PROVA ESCRITA DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL I - TURMA A REGENTE: PROF. DOUTOR MIGUEL TEIXEIRA DE SOUSA 27-02-2015 DURAÇÃO DA PROVA: 2H00 Alice, domiciliada

Leia mais

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo Acórdãos STA Processo: 0892/08 Data do Acordão: 11-02-2009 Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo Tribunal: Relator: Descritores: Sumário: 2 SECÇÃO MIRANDA DE PACHECO IRS MAIS VALIAS TRANSMISSÃO ONEROSA

Leia mais

REGULAMENTO PARA PLANOS DE COMERCIALIZAÇÃO E VENDA. Capítulo I. Objecto e condições de elegibilidade das candidaturas. Artigo 1º.

REGULAMENTO PARA PLANOS DE COMERCIALIZAÇÃO E VENDA. Capítulo I. Objecto e condições de elegibilidade das candidaturas. Artigo 1º. REGULAMENTO PARA PLANOS DE COMERCIALIZAÇÃO E VENDA Capítulo I Objecto e condições de elegibilidade das candidaturas Artigo 1º (Objecto) O Presente Regulamento tem por objecto a fixação das condições de

Leia mais

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação, Processo nº 0027511-14.2013.8.19.0001, em que é Apelante LUIZ CARLOS PINTO.

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação, Processo nº 0027511-14.2013.8.19.0001, em que é Apelante LUIZ CARLOS PINTO. CONSELHO DA MAGISTRATURA PROCEDIMENTO DE DÚVIDA PROCESSO Nº 0027511-14.2013.8.19.0001 APENTE: LUIZ CARLOS PINTO RETORA: JACQUELINE LIMA MONTENEGRO RECURSO DE APEÇÃO. PROCEDIMENTO DE DÚVIDA. ADIAMENTO DE

Leia mais

Turma e Ano: Turma Regular Master A. Matéria / Aula: Direito Civil Aula 19. Professor: Rafael da Mota Mendonça

Turma e Ano: Turma Regular Master A. Matéria / Aula: Direito Civil Aula 19. Professor: Rafael da Mota Mendonça Turma e Ano: Turma Regular Master A Matéria / Aula: Direito Civil Aula 19 Professor: Rafael da Mota Mendonça Monitora: Fernanda Manso de Carvalho Silva DIREITO DAS COISAS (continuação) (III) Propriedade

Leia mais

Ofício-Circulado 60009, de 21/05/1999 - Direcção de Serviços de Justiça Tributária

Ofício-Circulado 60009, de 21/05/1999 - Direcção de Serviços de Justiça Tributária Ofício-Circulado 60009, de 21/05/1999 - Direcção de Serviços de Justiça Tributária PLANOS PRESTACIONAIS - DEC-LEI Nº 124/96 REDUÇÃO DA TAXA DE JUROS DE MORA VINCENDOS CONSTITUIÇÃO DE GARANTIAS - DEC-LEI

Leia mais

Ministério dos Petróleos

Ministério dos Petróleos Ministério dos Petróleos Decreto Executivo nº 197/08 de 16 de Setembro Considerando a necessidade do estabelecimento de disposições relativas ao estatuto das entidades inspectoras das redes e ramais de

Leia mais

GABINETE DO VICE-PRESIDENTE Praça do Município 6230 338 Fundão. REGULAMENTO MUNICIPAL DE ATRIBUIÇÃO DE APOIOS ÀS FREGUESIAS Preâmbulo

GABINETE DO VICE-PRESIDENTE Praça do Município 6230 338 Fundão. REGULAMENTO MUNICIPAL DE ATRIBUIÇÃO DE APOIOS ÀS FREGUESIAS Preâmbulo REGULAMENTO MUNICIPAL DE ATRIBUIÇÃO DE APOIOS ÀS FREGUESIAS Preâmbulo A Lei n.º 75/2013, de 12 de Setembro estabelece o regime jurídico das autarquias locais, aprova o estatuto das entidades intermunicipais,

Leia mais

PROJECTO DE REGULAMENTO MUNICIPAL DE ATRIBUIÇÃO DE APOIOS FINANCEIROS E NÃO FINANCEIROS. Nota justificativa

PROJECTO DE REGULAMENTO MUNICIPAL DE ATRIBUIÇÃO DE APOIOS FINANCEIROS E NÃO FINANCEIROS. Nota justificativa PROJECTO DE REGULAMENTO MUNICIPAL DE ATRIBUIÇÃO DE APOIOS FINANCEIROS E NÃO FINANCEIROS Nota justificativa A prossecução do interesse público municipal nas áreas da cultura, da acção social, das actividades

Leia mais

Supremo Tribunal Administrativo:

Supremo Tribunal Administrativo: Acórdãos STA Processo: 01241/09 Data do Acordão: 24-03-2010 Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo Tribunal: Relator: Descritores: Sumário: 2 SECÇÃO DULCE NETO IRS MAIS VALIAS REINVESTIMENTO EMPRÉSTIMO

Leia mais

Introdução. Artigo 1.º Objecto e âmbito de aplicação

Introdução. Artigo 1.º Objecto e âmbito de aplicação 1 REGULAMENTO DA VENDA DE LOTES PARA CONSTRUÇÃO DE HABITAÇÃO EM LOTEAMENTOS MUNICIPAIS A JOVENS NATURAIS OU RESIDENTES NO CONCELHO DAS CALDAS DA RAINHA Introdução Com o objectivo de fixar jovens nas freguesias

Leia mais

Processo nº 305/2010. Data: 06 de Março de 2014. ASSUNTO: - Marca notória e prestigiada

Processo nº 305/2010. Data: 06 de Março de 2014. ASSUNTO: - Marca notória e prestigiada Processo nº 305/2010 (Autos de Recurso Civil e Laboral) Data: 06 de Março de 2014 ASSUNTO: - Marca notória e prestigiada SUMÁ RIO: - Para que uma marca possa ser qualificada como notória e prestigiada,

Leia mais

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: CIVA. Artigo: nº 14 do art. 29º; 36º. Assunto:

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: CIVA. Artigo: nº 14 do art. 29º; 36º. Assunto: FICHA DOUTRINÁRIA Diploma: Artigo: Assunto: CIVA nº 14 do art. 29º; 36º Auto Facturação - Facturas elaboradas pelo adquirente dos bens e/ou serviços, em nome e por conta do fornecedor. Processo: nº 2791,

Leia mais

FICHA DOUTRINÁRIA. Processo:

FICHA DOUTRINÁRIA. Processo: FICHA DOUTRINÁRIA Diploma: CIVA Artigo: 6º Assunto: Transportes intracomunitários de bens F055 2005163 despacho do SDG dos Impostos, em substituição do Director- Geral, em 15-05-06 Conteúdo: 1. A questão

Leia mais

Proc. nº 101/96 Jurisdição voluntária Alimentos Alteração. Acordam, em conferência, na Secção Cível do Tribunal Supremo:

Proc. nº 101/96 Jurisdição voluntária Alimentos Alteração. Acordam, em conferência, na Secção Cível do Tribunal Supremo: Proc. nº 101/96 Jurisdição voluntária Alimentos Alteração Sumário: I. A jurisdição de menores reveste as características de jurisdição voluntária, na qual o tribunal não se acha circunscrito à prova apresentada

Leia mais

COMPETÊNCIAS E FUNCIONAMENTO DOS ÓRGÃOS AUTÁRQUICOS

COMPETÊNCIAS E FUNCIONAMENTO DOS ÓRGÃOS AUTÁRQUICOS Validade Válido JURISTA MARTA ALMEIDA TEIXEIRA ASSUNTO COMPETÊNCIAS E FUNCIONAMENTO DOS ÓRGÃOS AUTÁRQUICOS QUESTÃO A autarquia pretende que a CCDR LVT se pronuncie relativamente à possibilidade de existência

Leia mais

No Site do Instituto de Registos e Notariado (www.irn.mj.pt) poderão obter se os Contactos dos Serviços de Registo Predial.

No Site do Instituto de Registos e Notariado (www.irn.mj.pt) poderão obter se os Contactos dos Serviços de Registo Predial. VAI PERMUTAR A SUA CASA? PRESTE ATENÇÃO AO SEGUINTE! As normas da compra e venda são aplicáveis aos outros contratos onerosos pelos quais se alienam bens ou se estabeleçam encargos sobre eles, na medida

Leia mais

Telecomunicações. Introdução

Telecomunicações. Introdução Telecomunicações Introdução O nosso trabalho irá versar sobre as taxas cobradas pela ICP-ANACOM autoridade independente para as comunicações electrónicas e seu enquadramento legal, tentando qualificá-las

Leia mais

CÂMARA MUNICIPAL DE MOURA

CÂMARA MUNICIPAL DE MOURA CÂMARA MUNICIPAL DE MOURA Regulamento de Estágio para Ingresso nas Carreiras do Grupo de Pessoal Técnico Superior, Técnico e de Informática do Quadro de Pessoal da Câmara Municipal de Moura PREÂMBULO Publicado

Leia mais

SISTEMA DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DE ESTÁGIO (Art.º 22.º do Regulamento de Estágio, publicado no Diário da República de 9 de Fevereiro de 2010)

SISTEMA DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DE ESTÁGIO (Art.º 22.º do Regulamento de Estágio, publicado no Diário da República de 9 de Fevereiro de 2010) SISTEMA DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DE ESTÁGIO (Art.º 22.º do Regulamento de Estágio, publicado no Diário da República de 9 de Fevereiro de 2010) 1 SISTEMA DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DE ESTÁGIO (Artigo

Leia mais

REGULAMENTO DE TAXAS E PROPINAS APLICÁVEIS AOS ESTUDOS E CURSOS DA UNIVERSIDADE DE AVEIRO

REGULAMENTO DE TAXAS E PROPINAS APLICÁVEIS AOS ESTUDOS E CURSOS DA UNIVERSIDADE DE AVEIRO REGULAMENTO DE TAXAS E PROPINAS APLICÁVEIS AOS ESTUDOS E CURSOS DA UNIVERSIDADE DE AVEIRO A regulamentação existente na Universidade de Aveiro em matéria de propinas encontra-se relativamente dispersa,

Leia mais

ESTADO DO PIAUÍ PODER JUDICIÁRIO COMARCA DE PAULISTANA

ESTADO DO PIAUÍ PODER JUDICIÁRIO COMARCA DE PAULISTANA ESTADO DO PIAUÍ PODER JUDICIÁRIO COMARCA DE PAULISTANA AÇÃO CIVIL PÚBLICA PROCESSO Nº 00000064-20.2012.8.18.000064 AUTOR: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUI RÉUS: MUNICÍPIO DE PAULISTANA/PI e OUTRO

Leia mais

Regulamento de Associados/as. Art. 1º. (Admissão e Recusa de Associados)

Regulamento de Associados/as. Art. 1º. (Admissão e Recusa de Associados) Regulamento de Associados/as Art. 1º (Admissão e Recusa de Associados) 1 Sobre proposta de um associado, qualquer pessoa pode solicitar à Direção a sua admissão como associado da Associação Fermentelense

Leia mais

PARECER N.º 104/CITE/2014

PARECER N.º 104/CITE/2014 PARECER N.º 104/CITE/2014 Assunto: Parecer relativo a queixa sobre a recusa de autorização de trabalho em regime de horário flexível, pedido pela trabalhadora com responsabilidades familiares ao Laboratório,

Leia mais

REGULAMENTO DAS PROVAS ORAIS DE AVALIAÇÃO E AGREGAÇÃO

REGULAMENTO DAS PROVAS ORAIS DE AVALIAÇÃO E AGREGAÇÃO REGULAMENTO DAS PROVAS ORAIS DE AVALIAÇÃO E AGREGAÇÃO APROVADO PELO CONSELHO DISTRITAL DE LISBOA DA ORDEM DOS ADVOGADOS NO ÂMBITO DO REGULAMENTO N.º 52-A/2005 DO CONSELHO GERAL A formação e avaliação têm

Leia mais

FICHA DOUTRINÁRIA. Processo:

FICHA DOUTRINÁRIA. Processo: FICHA DOUTRINÁRIA Diploma: CIVA Artigo: 1º 29º Assunto: Empresa não residente Armazém em Portugal T909 2006018 despacho do SDG dos Impostos, em substituição do Director- Geral, em 24-02-06 Conteúdo: 1.

Leia mais

MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA. Decreto-Lei n.º 128/2006 de 5 de Julho

MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA. Decreto-Lei n.º 128/2006 de 5 de Julho MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA Decreto-Lei n.º 128/2006 de 5 de Julho O n.º 1 do artigo 117.º do Código da Estrada, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 114/94, de 3 de Maio, na última redacção que lhe foi

Leia mais

Contributos para compreender e utilizar a. Dedução por Lucros Retidos e Reinvestidos (DLRR)

Contributos para compreender e utilizar a. Dedução por Lucros Retidos e Reinvestidos (DLRR) Contributos para compreender e utilizar a Dedução por Lucros Retidos e Reinvestidos (DLRR) A Lei n.º 83-C/2013, de 31 de dezembro (Orçamento do Estado para 2014), aprovou um novo benefício fiscal ao reinvestimento

Leia mais

DELIBERAÇÃO. Relatório:

DELIBERAÇÃO. Relatório: P.º n.º R. P. 234/2007DSJ-CT:Contrato de arrendamento comercial incidente sobre parte de prédio urbano, com duração superior a seis anos - Sua registabilidade. DELIBERAÇÃO Relatório: 1 Em 28 de Setembro

Leia mais

e) as garagens e lotes em causa são as que a seguir se identificam e vão graficamente representados na planta que se junta como ANEXO I:

e) as garagens e lotes em causa são as que a seguir se identificam e vão graficamente representados na planta que se junta como ANEXO I: Considerando que: a) no âmbito do processo de construção do denominado Empreendimento Habitacional dos 48 Fogos da Lagoa, foi elaborado e aprovado o loteamento de 45 parcelas de terreno destinadas a acomodar

Leia mais

PARECER N.º 188/CITE/2014

PARECER N.º 188/CITE/2014 PARECER N.º 188/CITE/2014 Assunto: Parecer prévio à cessação dos contratos de trabalho de trabalhadora lactante, por despedimento coletivo, nos termos do n.º 1 e da alínea b) do n.º 3 do artigo 63.º do

Leia mais

Última actualização em 01/03/2007

Última actualização em 01/03/2007 Decreto-Lei n.º 149/95 de 24 de Junho. - Altera o regime jurídico do contrato de locação financeira, Ministério das Finanças, S.I-A, DR n.º 144, p. 4091-4094 alterado pelo Decreto-Lei n.º 265/97 de 2 de

Leia mais

Em Conferência no Tribunal da Relação do Porto I. INTRODUÇÃO:

Em Conferência no Tribunal da Relação do Porto I. INTRODUÇÃO: PN 4481.07-5; Ag: TC Matosinhos, 5º J (6183/06.9TBMTS) Ag.e: Totta Crédito Especializado, SA Instituição Financeira de Crédito, Rua Basílio Teles, 35, Lisboa 1 Agº: Ferseque, Sociedade de Construção e

Leia mais

Os privilégios creditórios em especial a sua influência no concurso de credores

Os privilégios creditórios em especial a sua influência no concurso de credores Os privilégios creditórios em especial a sua influência no concurso de credores I Traços gerais da figura do privilégio creditório (art.ºs 733.º a 753.º do Código Civil) 1. Espécies: em função da natureza

Leia mais

Resposta da Sonaecom Serviços de Comunicações, SA (Sonaecom) à consulta pública sobre o Quadro Nacional de Atribuição de Frequências 2010 (QNAF 2010)

Resposta da Sonaecom Serviços de Comunicações, SA (Sonaecom) à consulta pública sobre o Quadro Nacional de Atribuição de Frequências 2010 (QNAF 2010) Resposta da Sonaecom Serviços de Comunicações, SA (Sonaecom) à consulta pública sobre o Quadro Nacional de Atribuição de Frequências 2010 (QNAF 2010) I. Introdução O espectro radioeléctrico é um recurso

Leia mais

Decisão de homologação do acordo quanto à localização do espectro na faixa dos 1800 MHz

Decisão de homologação do acordo quanto à localização do espectro na faixa dos 1800 MHz Decisão de homologação do acordo quanto à localização do espectro na faixa dos 1800 MHz 1. Enquadramento Por deliberação de 6 de janeiro de 2012, o ICP-Autoridade Nacional de Comunicações (ICP-ANACOM)

Leia mais

Iniciar o processo de casamento

Iniciar o processo de casamento Casamento Registo Iniciar o processo de casamento Organizar o processo de casamento Condições para contrair casamento Regime de bens Quando celebrar Casar em Portugal com cidadãos estrangeiros Registo

Leia mais

2º JUÍZO SECÇÃO DE CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO OPOSIÇÃO À AQUISIÇÃO DA NACIONALIDADE PORTUGUESA PROCESSO CRIME PENDENTE SUSPENSÃO DA INSTÂNCIA

2º JUÍZO SECÇÃO DE CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO OPOSIÇÃO À AQUISIÇÃO DA NACIONALIDADE PORTUGUESA PROCESSO CRIME PENDENTE SUSPENSÃO DA INSTÂNCIA Acórdão do Tribunal Central Administrativo Sul Processo: 06722/10 Secção: 2º JUÍZO SECÇÃO DE CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO Data do Acordão: Relator: Descritores: Sumário: 14-10-2010 RUI PEREIRA OPOSIÇÃO À

Leia mais

SUBSÍDIO DE DESEMPREGO

SUBSÍDIO DE DESEMPREGO SUBSÍDIO DE DESEMPREGO Recentemente foi publicado o Decreto-Lei n.º 220/2006 de 3 de Novembro, o qual alterou o quadro legal de reparação da eventualidade do desemprego dos trabalhadores por conta de outrem.

Leia mais

MUNICIPIO DE REDONDO NORMAS DE ALIENAÇÃO DE LOTES DA ZONA INDUSTRIAL DE REDONDO - 2ª FASE CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS

MUNICIPIO DE REDONDO NORMAS DE ALIENAÇÃO DE LOTES DA ZONA INDUSTRIAL DE REDONDO - 2ª FASE CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS NORMAS DE ALIENAÇÃO DE LOTES DA ZONA INDUSTRIAL DE REDONDO - 2ª FASE CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Artigo 1.º Âmbito de aplicação O presente documento tem por objetivo o estabelecimento das regras e condições

Leia mais

Recurso jurisdicional em matéria administrativa. Assunto: Apensação de recurso contencioso. Suspensão da eficácia do acto.

Recurso jurisdicional em matéria administrativa. Assunto: Apensação de recurso contencioso. Suspensão da eficácia do acto. Processo n.º 4/2016. Recurso jurisdicional em matéria administrativa. Recorrente: A Recorrido: Chefe do Executivo. Assunto: Apensação de recurso contencioso. Suspensão da eficácia do acto. Prejuízo de

Leia mais

PARLAMENTO EUROPEU. Comissão dos Assuntos Jurídicos. 10.6.2005 PE 360.003v01-00

PARLAMENTO EUROPEU. Comissão dos Assuntos Jurídicos. 10.6.2005 PE 360.003v01-00 PARLAMENTO EUROPEU 2004 ««««««««««««Comissão dos Assuntos Jurídicos 2009 10.6.2005 PE 360.003v01-00 ALTERAÇÕES 1-17 Projecto de recomendação para segunda leitura Michel Rocard Patenteabilidade das invenções

Leia mais

CONDIÇÕES GERAIS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PELAS EMPRESAS TRANSITÁRIAS. 1 TEU transitário. Artigo 1º Definições. Artigo 2º Âmbito

CONDIÇÕES GERAIS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PELAS EMPRESAS TRANSITÁRIAS. 1 TEU transitário. Artigo 1º Definições. Artigo 2º Âmbito Artigo 1º Definições Artigo 2º Âmbito Artigo 3º Aplicabilidade Artigo 4º Apresentação dos preços Artigo 5º Alteração dos preços Artigo 6º Revisão de preços e condições Artigo 7º Validade das propostas

Leia mais

F O R M A Ç Ã O. Código dos Contratos Públicos

F O R M A Ç Ã O. Código dos Contratos Públicos F O R M A Ç Ã O Código dos Contratos Públicos Noel Gomes Código dos Contratos Públicos 1. Âmbito (artigo 1.º) O Código dos Contratos Públicos (CCP), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 18/2008, de 29.01, estabelece

Leia mais

Só em circunstâncias muito excepcionais pode o advogado ser autorizado a revelar factos sujeitos a sigilo profissional.

Só em circunstâncias muito excepcionais pode o advogado ser autorizado a revelar factos sujeitos a sigilo profissional. - Dispensa de sigilo profissional n.º 88/SP/2010-P Através de comunicação escrita, registada com o n.º ( ), recebida a 15.04.2010 pela Secretaria do Conselho Distrital do Porto da Ordem dos Advogados,

Leia mais

SINDICATO DOS MÉDICOS DA ZONA SUL PARECER N.º 27/2011. Cartas de Condução. Avaliação Médica. Carreira Especial Médica. Medicina Geral e Familiar

SINDICATO DOS MÉDICOS DA ZONA SUL PARECER N.º 27/2011. Cartas de Condução. Avaliação Médica. Carreira Especial Médica. Medicina Geral e Familiar 1 PARECER N.º 27/2011 Referência: SM/53/2011.LS.0808 (CJ) Médico(a): Local de Trabalho: Assunto: Legislação: Cartas de Condução. Avaliação Médica. Carreira Especial Médica. Medicina Geral e Familiar Lei

Leia mais

Regime jurídico que regulamenta a compra e venda de fracções autónomas de edifícios em construção

Regime jurídico que regulamenta a compra e venda de fracções autónomas de edifícios em construção Regime jurídico que regulamenta a compra e venda de fracções autónomas de edifícios em construção Actualmente em Macau, designa-se geralmente por compra e venda de fracções autónomas de edifícios em construção

Leia mais

1. Legislação Aplicável

1. Legislação Aplicável VAI COMPRAR CASA? PRESTE ATENÇÃO AO SEGUINTE! Compra e venda é o contrato pelo qual se transmite a propriedade de uma coisa ou outro direito, mediante um preço Art.º 874.º do Código Civil 1. Legislação

Leia mais

Deste parecer resultam entendimentos passíveis de: FAQ s? Anotação de diploma? Publicação na Web? X Elaboração de Circular?

Deste parecer resultam entendimentos passíveis de: FAQ s? Anotação de diploma? Publicação na Web? X Elaboração de Circular? Parecer: Despacho: Deste parecer resultam entendimentos passíveis de: FAQ s? Anotação de diploma? Publicação na Web? X Elaboração de Circular? Informação n.º 267 Proc.7.2.11 Data 10/12/23 Assunto: Cumulação

Leia mais

A NECESSIDADE DA PROTECÇÃO DA (SUA) MARCA EM MOÇAMBIQUE 1

A NECESSIDADE DA PROTECÇÃO DA (SUA) MARCA EM MOÇAMBIQUE 1 A NECESSIDADE DA PROTECÇÃO DA (SUA) MARCA EM MOÇAMBIQUE 1 1. INTRODUÇÃO Nos últimos dois anos a SAL testemunhou dois casos de duas grandes multinacionais que ao entrarem no mercado nacional com investimentos

Leia mais

N/Referência: PROC.: C. Bm. 12/2014 STJ-CC Data de homologação: 15-05-2014. Relatório. Pronúncia

N/Referência: PROC.: C. Bm. 12/2014 STJ-CC Data de homologação: 15-05-2014. Relatório. Pronúncia N.º 26/ CC /2014 N/Referência: PROC.: C. Bm. 12/2014 STJ-CC Data de homologação: 15-05-2014 Consulente: Serviços Jurídicos. Assunto: Palavras-chave: Compra e venda entre cônjuges nulidade. Parâmetros da

Leia mais

RMABE-Regulamento Municipal de Atribuição de Bolsas de Estudo Preâmbulo

RMABE-Regulamento Municipal de Atribuição de Bolsas de Estudo Preâmbulo RMABE-Regulamento Municipal de Atribuição de Bolsas de Estudo Preâmbulo Os Municípios são as Autarquias Locais que têm como objectivo primordial a prossecução dos interesses próprios e comuns dos respectivos

Leia mais

Processo n.º 363/2014

Processo n.º 363/2014 Processo n.º 363/2014 (Recurso Cível) Relator: Data : João Gil de Oliveira 16/Outubro/2014 ASSUNTOS: - Julgamento da matéria de facto SUMÁ RIO : Não é pelo facto de algumas testemunhas, empregados de uma

Leia mais

ACORDO DE PRINCÍPIOS PARA A REVISÃO DO ESTATUTO DA CARREIRA DOCENTE E DO MODELO DE AVALIAÇÃO DOS PROFESSORES DOS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO

ACORDO DE PRINCÍPIOS PARA A REVISÃO DO ESTATUTO DA CARREIRA DOCENTE E DO MODELO DE AVALIAÇÃO DOS PROFESSORES DOS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO ACORDO DE PRINCÍPIOS PARA A REVISÃO DO ESTATUTO DA CARREIRA DOCENTE E DO MODELO DE AVALIAÇÃO DOS PROFESSORES DOS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO E DOS EDUCADORES DE INFÂNCIA Considerando as orientações políticas

Leia mais

As decisões intermédias na jurisprudência constitucional portuguesa

As decisões intermédias na jurisprudência constitucional portuguesa As decisões intermédias na jurisprudência constitucional portuguesa MARIA LÚCIA AMARAL * Introdução 1. Agradeço muito o convite que me foi feito para participar neste colóquio luso-italiano de direito

Leia mais

Processo nº 486/2011 (Autos de Recurso Civil e Laboral) Data: 17 de Julho de 2014. ASSUNTO: - Marca - Capacidade distintiva SUMÁ RIO:

Processo nº 486/2011 (Autos de Recurso Civil e Laboral) Data: 17 de Julho de 2014. ASSUNTO: - Marca - Capacidade distintiva SUMÁ RIO: Processo nº 486/2011 (Autos de Recurso Civil e Laboral) Data: 17 de Julho de 2014 ASSUNTO: - Marca - Capacidade distintiva SUMÁ RIO: - Não é de admitir o registo duma marca que visa assinalar os serviços

Leia mais