Curso on-line de Aperfeiçoamento em Agricultura Orgânica Prof. Silvio Penteado Aula 8. Módulo IV -NUTRIÇÃO E ADUBAÇÃO ORGÂNICA

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1 Curso on-line de Aperfeiçoamento em Agricultura Orgânica Prof. Silvio Penteado Aula 8 Módulo IV -NUTRIÇÃO E ADUBAÇÃO ORGÂNICA Conceitos e Fundamentos da Nutrição e Adubação Orgânica 1. O VALOR SUPERIOR DA ADUBAÇÃO ORGÂNICA Um solo saudável é um ambiente com vida. Ele está cheio de organismos vivos como minhocas, insetos, ácaros, mamíferos e répteis (que moram no solo), nematoides, bactérias, fungos e outros microorganismos do solo. A atividade biológica do solo é uma denominação genérica para a ação dos organismos vivos do solo, tanto animais quanto vegetais. Esses organismos têm forte influência na gênese e manutenção da organização dos constituintes do solo, principalmente nos horizontes superficiais. As raízes das plantas, por exemplo, alteram o ph do solo ao seu redor e, ao morrer e se decompor, deixam canais. Formigas, cupins e minhocas manipulam, ingerem e excretam material de solo formando microagregados e construindo poros. A maioria destes animais e microrganismos são benéficos a seu solo e a suas plantas. Os fertilizantes químicos pela sua elevada concentração e acidez matam muitos destes organismos benéficos como as minhocas e as bactérias que fazem com que a matéria orgânica seja decomposta na forma de húmus. As plantas formadas no processo orgânico tendem a ser mais saudáveis e mais resistentes à doença e aos insetos nocivos do que as plantas crescidas com fertilizantes químicos. Por outro lado, a amônia, incluída na maioria dos fertilizantes químicos pode atrair insetos devido a seu cheiro. A liberação do excesso de nutrientes solúveis nas plantas, como radicais livres, constituem fonte de alimentos para as pragas e patógenos. As frutas e os vegetais orgânicos são muito mais ricos em nutrientes e minerais do que as plantas crescidas no solo quimicamente fertilizados, uma vez que os adubos orgânicos possuem a maior parte dos nutrientes essenciais exigidos pelas plantas e sua liberação é lenta no solo permitindo menor perda e maior aproveitamento. 2. PRINCÍPIOS BÁSICOS 2.1. Conhecer o solo No sistema orgânico, mais importante do que aplicar adubos nos solos é fundamental conhecer suas características e o estudo para uma correção e manejo adequados. A saúde da planta está diretamente relacionada com a saúde do solo. Conhecer os aspectos físicos, químicos e biológicos É importante entender o solo em seus 3 aspectos: físico, químico e biológico, para que possamos manejá-lo de forma que ele possa oferecer tudo que as plantas necessitam para um bom (1 of 17)21/5/ :27:14

2 desenvolvimento ar, água, nutrientes, nas quantidades e nas épocas certas. Para reconhecer a qualidade de um solo, dependem não somente das suas características físicas (textura, estrutura, porosidade, etc.) como também pela cobertura vegetal. Elas podem indicar aspectos de deficiência e toxidez nutricional, como problemas físicos, de compactação, exemplo: PLANTA CARACTERÍSTICAS INDICADORAS Beldroega Alta fertilidade Caruru Alta fertilidade Guanxuma Compactação Rúcula arroxeada Falta de fósforo e baixa CTC Sapé Elevada acidez Vassoura Solo degradado em recuperação Conhecer os componentes essenciais do solo: Estudando um solo já formado nós encontramos 4 componentes: água, ar, minerais e matéria orgânica, em diferentes proporções. A parte mineral do solo pode ser de 3 tipos: areia partículas mais grosseiras, silte partículas intermediárias e argila partículas mais finas, com carga elétrica negativa, que atraem os nutrientes com carga elétrica positiva, como o cálcio, potássio, sódio,etc. Um solo com menos de 20% de argila é considerado arenoso; entre 20 e 40% é areno-argiloso e com mais de 40% de argila é argiloso. Estes são os tipos de textura do solo, que nós não podemos modificar. a. Solos arenosos são leves, soltos; a água, o ar e as raízes penetram com facilidade, porém, a água se movimenta muito rapidamente, tanto para as camadas mais profundas, até atingir o lençol freático, como para cima, evaporando para o ar. Como a areia não tem a capacidade da argila de segurar os nutrientes, estes são levados para as camadas mais profundas, resultando em solos pobres em nutrientes nas camadas superiores. b. Solos argilosos são mais pesados; a água e o ar circulam com dificuldade, oferecem maior resistência à penetração das raízes; mas, como a argila é capaz de armazenar nutrientes, são solos mais ricos nas camadas superiores. Vale aqui uma observação: Os tipo de argila que se forma nas condições de clima tropical e sub-tropical tem uma capacidade bem menor de reter nutrientes quando comparada com a argila que se forma em clima temperado, o que quer dizer que os nossos solos são mais pobres que os solos das regiões temperadas; mas, em compensação, os nossos solos são mais profundos e oferecem um volume muito maior para as raízes explorarem, desde que não haja nenhum impedimento para o desenvolvimento delas, como a formação de camadas adensadas, freqüentes em solos altamente mecanizados o famoso pé-de-arado. Conhecer a reação do solo: Os nossos solos tem reação ácida, causada principalmente pela ação da água da chuva ou irrigação que lava o cálcio e o magnésio do solo, pela retirada de nutrientes (K, Ca e Mg) do solo pelas raízes das plantas pela remoção através das colheitas e anteriormente pela utilização de adubos acidificantes. Além da erosão do solo, a acidez do solo desencadeia sérios efeitos para a planta e sua produtividade. Outro efeito negativo é a presença de alumínio, elemento tóxico para as plantas que prejudica o crescimento das raízes e aos baixos teores de cálcio e magnésio do solo, nutrientes essenciais para as plantas. A determinação da necessidade da correção ou seja a calagem é feita pela análise de solo, que deve ser efetuada cada 1 a 2 anos. A quantidade empregada de calcário no sistema orgânico não ultrapassa 2,0 toneladas/ha/ano. O mais importante ao fazer os cálculos da calagem é considerar o equilíbrio dos nutrientes no solo, como a relação Ca/Mg e MG/K, pois afetam todos os processos nutricionais e de resistência da planta. Como regra geral no sistema orgânico, a calagem deve elevar o ph do (2 of 17)21/5/ :27:14

3 solo a níveis em torno ou pouco superiores a 6 (solos levemente ácidos a neutros). Nesta faixa de ph não ocorre a toxidez do alumínio e manganês para as plantas, a disponibilidade dos nutrientes s é mais equilibrada e a atividade dos microorganismos que dão vida ao solo é maior. Fazer análise do solo: A analise do solo é fundamental para saber as condições do solo (nutrientes, ph, etc) para que possamos oferecer para a planta condições adequadas para uma boa produtividade e sanidade. Para retirar as amostras, subdividir a área a ser amostrada em glebas ou talhões homogêneos quanto à cor do solo, textura (maior ou menor presença de areia), grau de drenagem, tipo de vegetação ou cultura anterior, declividade, histórico de uso e manejo. COMO RETIRAR AS AMOSTRAS: As amostragens devem ser feitas coletando-se amostras simples em 20 pontos ao acaso. Caminhar em ziguezague, em cada gleba ou talhão homogêneo. Misturandose bem as amostras simples, obtém-se uma amostra composta, da qual separam-se mais ou menos 300 gramas em saco plástico limpo Estas devem ser colocadas dentro de outro saco plástico, junto com a etiqueta de identificação da amostra Anexar uma ficha com as informações adicionais que ajudam na interpretação dos resultados da análise. PROFUNDIDADE DAS AMOSTRAS: É recomendável, também, proceder de vez em quando, a amostragem de camadas mais profundas do solo (20 a 40 cm e às vezes de 40 a 60 cm). Objetivo: detectar a ocorrência de barreiras físicas (pedregosidade, compactação) ou químicas (toxidez de alumínio, deficiência de cálcio), que impedem o crescimento radicular em profundidade, limitando a absorção de nutrientes e água. Nesse caso o número de amostras simples que irão formar a amostra composta pode ser reduzido à metade. CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES: Não coletar amostras próximo a casas, brejos, voçorocas, caminhos de pedestres, formigueiros etc. Nunca utilizar recipientes usados ou sujos como sacos de adubo, cimento, embalagens de defensivos e outros.a época de coleta ideal para culturas anuais é no início do período de seca e com boa antecedência em relação ao plantio, para planejar e comprar os calcários e adubos. Para culturas perenes em produção, a amostragem deve ser feita preferencialmente logo após a colheita. A análise, na mesma gleba, deve ser repetida em intervalos que variam de 1 a 4 anos. As áreas cultivadas intensivamente (2 ou mais safras por ano) ou de altas produtividades devem ser analisadas anualmente Teoria da Trofobiose Esta teoria é um dos princípios básicos da agricultura orgânica. Destacam-se como autor, o pesquisador Francis Chaboussou, que publicou em 1980, Les plantes malades des pesticides, traduzido para o português como "Plantas doentes pelo uso de agrotóxicos. Esta obra contém a teoria da trofobiose, que é hoje um dos pilares ou fundamentos da agricultura orgânica para explicar o comportamento da planta ante ao desequilíbrio nutricional e ao ataque de pragas e patógenos. TROFOBIOSE TROFOS = ALIMENTOS BIOSE = EXISTÊNCIA DE VIDA Na sua obra, Francis Chaboussou, afirma que a presença de pragas ou patógenos não é a causa principal das plantas serem atacadas ou doentes, porém o desequilíbrio pelo emprego inadequado de adubos de alta solubilidade ou dos agrotóxicos, que afetam os seus mecanismos de defesa, liberando os radicais livres. Ele procura mostrar que uma planta em bom estado nutricional, sem excessos de nutrientes, torna-se mais resistente ao ataque de pragas e doenças. Outro ponto que o autor destaca é que o uso de agrotóxicos causa um desequilíbrio nutricional e metabólico à planta, deixando-a mais vulnerável e causando alterações na qualidade biológica do alimento. (3 of 17)21/5/ :27:14

4 Segundo esta teoria o ser vivo somente sobrevive se encontra alimento adequado disponível Quando a planta absorve os nutrientes, eles são metabolizados e armazenados na forma de proteínas, processo denominado de Proteossíntese. As proteínas constituem-se de cadeias complexas, que os insetos nocivos e os patógenos não conseguem desdobrar, pois alimentam-se de substâncias simples. Nestas condições, as pragas e patógenos tem baixa disponibilidade de alimentos, fator desfavorável para o crescimento da sua população No entanto, no manejo incorreto das plantas, quando são aplicados adubos solúveis ou são empregados agrotóxicos, este processo é afetado, liberando os nutrientes na forma de açucares, aminoácidos (radicais livres), que são alimentos disponíveis para os insetos nocivos e patógenos, favorecendo seu desenvolvimento e ataque nas plantas. Na avaliação correta, a presença destes agentes danosos são a conseqüência de um manejo incorreto, não a causa principal Os Ciclos Naturais Nos ciclos naturais do Nitrogênio e da Decomposição da Matéria Orgânica que ocorrem constantemente na natureza, conforme já foi detalhado em lições anteriores, estão as principais fontes de nutrientes para as plantas. O produtor orgânico deve levar em conta essa ajuda da natureza e obter nutrientes saudáveis, de baixo custo e de alto valor nutritivo para as plantas. (4 of 17)21/5/ :27:14

5 Ciclo da Matéria Orgânica 2.4. A regeneração dos solos Conforme sua própria denominação e princípios, a agricultura orgânica, emprega os nutrientes na forma orgânica. O objetivo é que o produtor regenere o solo com matéria orgânica, de forma que o mesmo solo vivo, forneça os nutrientes necessários para as plantas, sem necessidade de contínuas incorporações, como ocorre na agricultura convencional. O produtor deve em primeiro lugar buscar a vivificação do solo, estimulando a presença da biovida, ou seja macro e microrganismos. Desta forma as plantas poderão mobilizar todos os nutrientes disponíveis no solo e crescer saudáveis. Melhorar a estrutura do solo: Tornamos um solo fértil não com aplicação de adubos químicos de alta solubilidade, mas melhorando as suas condições, de tal forma que a plantas possa desenvolver-se e produzir. Não podemos modificar a textura de um solo, como visto acima, no entanto, existe um outro fator muito mais importante para a fertilidade que é a estrutura do solo, e ela nós podemos construir, manter ou destruir um solo ideal. O melhor da fertilidade do solo é a sua estrutura. Ela é mais importante que a textura e a riqueza de nutrientes. As raízes das (5 of 17)21/5/ :27:14

6 plantas precisam de ar no solo e água, que ocupam os espaços vazios. Um solo é estruturado quando as partículas de areia, silte e argila estão ligadas, formando blocos maiores - os grumos ou agregados, os quais deixam entre si espaços maiores os macroporos, que são de imensa importância para a circulação do ar e da água. Os macroporos permitem a circulação do ar. No interior dos agregados os espaços são bem menores os microporos, que são muito importantes para a retenção de água através do efeito da capilaridade. Os grumos se formam pela ação cimentante de várias substâncias entre as quais destacamos o húmus, que é um dos produtos da decomposição da matéria orgânica. A textura de um solo não pode ser modificada, porém a sua estrutura sim. A estrutura do solo, consiste na formação de agregados de areia, silte e argila. Este são cimentados pela ação do humus. Esta estrutura dá condição de macro e microporos, que permitem a presença de ar e água no solo. Melhorar com a matéria orgânica: A matéria orgânica presente nos solos é formada por restos animais e vegetais em diferentes fases de decomposição, decomposição esta realizada pelos organismos decompositores a micro e mesovida do solo fungos, bactérias, minhocas, cupins, etc. Portanto, a matéria orgânica é o alimento da vida do solo e como ela está em constante decomposição, nós precisamos também repô-la com freqüência. Durante a decomposição são liberados nutrientes, água e gás carbônico, e são formadas outras substâncias orgânicas entre as quais o húmus, que além de funcionar como cimento na formação dos agregados de areia-silte-argila, tem também a mesma capacidade da argila de atrair e reter nutrientes, só que em grau muito mais elevado. A matéria orgânica tem a capacidade de reter duas a três vezes maior o seu volume a água, que será fornecido para as plantas e para a vida de toda flora e fauna presente no solo, assim como manter a sua temperatura em condições adequadas à vida. As plantas cultivadas em solos adubados com matéria orgânica são mais resistentes às pragas e às doenças por dois motivos principais: estão nutricionalmente equilibradas porque recebem todos os nutrientes que necessitam, tanto macro como micronutrientes, sem falta nem excesso; a atividade biológica produz diversas outras substâncias, inclusive antibióticos, que protegem as plantas dos microorganismos que causam doenças. Melhorar com a atuação do humus: O húmus melhora não apenas as propriedades físicas do solo, através da sua estruturação, mas também melhora as suas propriedades químicas, isto tanto nos solos arenosos como nos solos argilosos. Mas, nas condições de clima tropical e subtropical, o húmus não é estável, ele não se acumula como nos solos de clima temperado; pelo contrário, ele continua sendo decomposto em nutrientes, água e gás carbônico, através da atividade das bactérias do solo, o que resulta na perda da estrutura dos agregados e no comprometimento da fertilidade, diretamente ligada à essa estrutura. No sistema orgânico, é recomendado o emprego do humus sempre em complementação com a aplicação de elevadas quantidades de matéria orgânica, como compostos orgânicos, que permitem a sobrevida da fauna do solo, como macro e microrganismos. 3. CONCEITOS DE NUTRIÇÃO DAS PLANTAS a. NUTRIENTES ESSENCIAIS PARA AS PLANTAS (6 of 17)21/5/ :27:14

7 Um elemento é considerado essencial para as plantas quando satisfaz dois critérios de essencialidade: a) Direto - O elemento participa de algum composto ou de alguma reação, sem os quais a planta não vive. b) Indireto - Muitos elementos químicos são indispensáveis à vida vegetal, os elementos não podem ser substituídos por nenhum outro, sem eles, as plantas não conseguem completar o seu ciclo de vida. Os elementos essenciais para as plantas são considerados em número de 16. Os elementos essenciais carbono, oxigênio e hidrogênio constituem em torno de 95% do peso das plantas e têm origem na água e no ar, sendo denominados de macronutrientes orgânicos. Os demais elementos essenciais, no total de treze, por terem em geral origem no solo, são denominados nutrientes minerais e são classificados em: Macronutrientes primários: N, P, K Macronutrientes secundários: S, Ca, Mg Micronutrientes: B, Cl, Cu, Fe, Mn, Mo, Zn Outros como o sódio, silício e o cobalto são considerados elementos essenciais apenas para algumas espécies. A separação entre macro e micronutrientes baseia-se apenas na matéria seca, a qual vai ser refletida nas quantidades exigidas, contidas ou fornecidas, pelo solo, pelo adubo ou ambos. b. FUNÇÕES DOS NUTRIENTES NAS PLANTAS A seguir são descritos os papéis funcionais dos macro e micronutrientes: NUTRIENTES Nitrogênio Fósforo Potássio FUNÇÃO Componente do citoplasma, enzimas e coenzimas. Maior vegetação e perfilhamento. Aumenta o teor de proteína. Favorece o vigor e o desenvolvimento das plantas e dos frutos. Diminui a resistência à secas, geadas, pragas e moléstias. Armazenamento e fornecimento de energia. Favorece e acelera o desenvolvimento do sistema radicular. Aumenta o florescimento e a frutificação. Ajuda a fixação simbiótica do nitrogênio. Efeito coloidal (promove a hidratação), armazenamento de energia (fosforilação) açúcar e amído, fotossíntese e respiração, síntese de aminoácidos e proteínas, abertura de estômatos, translocação de carboidratos. Favorece a formação dos frutos e sua resistência. (7 of 17)21/5/ :27:14

8 Cálcio Magnésio Enxofre Boro Cobalto Cloro Cobre Ferro Manganês Molibdênio Regulação da hidratação, ativação de enzimas, desenvolvimento e funcionamento das raízes. Aumenta a resistência a pragas e moléstias. Auxilia na fixação simbiótica do nitrogênio; maior pegamento das floradas. Regulação da hidratação, ativação de enzimas (respiração e síntese de proteínas), armazenamento e transferência de energia. Colabora com o fósforo. Componente do citoplasma e proteínas (inclusive enzimas). Aumenta a vegetação e a frutificação; aumenta o teor de óleos, gorduras e proteínas. Ajuda na fixação simbiótica do Nitrogênio. Organização e funcionamento de membranas (atividade de ATPase e absorção iônica. Germinação do grão de pólen e crescimento do tubo polínico. Favorece o florescimento e expressão sexual. Elongação celular, divisão e metabolismo de ácidos nucléicos. Aumenta a granação. Metabolismo de auxinas (AIA), fenóis e lignificação (parede). Transporte de carboidratos e auxina. Ativação do zinco. Colabora com o cálcio. Fixação do nitrogênio. Controle hormonal (ácido abcísico etileno). Maior crescimento de raízes. Absorção iônica (atividade de ATPase) Ajustamento osmótico. Atividade osmótica. Movimentos foliares. Aumenta a resistência às doenças. Menor esterilidade masculina (cereais). Favorece o metabolismo de fenóis e a lignificação. Formação do grão de pólen e fertilização. Nodulação e fixação de nitrogênio. Fixação de nitrogênio. Síntese de clorofila. Desenvolvimento dos cloroplastos. Desenvolvimento dos ribossomos e síntese protéica. Aumenta a resistência a algumas doenças. Biossíntese de clorofila, de glicolipídeos e ácidos graxos na membrana dos cloroplastos. Manutenção da integridade funcional da membrana cloroplasmática. Controle hormonal (AIA). Síntese de proteínas e RNA. Fixação simbiótica do nitrogênio. Formação dos grãos de pólen. Metabolismo de proteínas e de ácidos nucléicos. Absorção e transporte de ferro. (8 of 17)21/5/ :27:14

9 Silício Sódio Zinco Redução na toxidez de manganês, ferro e outros elementos. Esterificação do fósforo. Metabolismo de fenóis. Composição da parede celular. Aumenta a proteção contra pragas e moléstias. Reduz a taxa de transpiração. Composição da parede do grão de pólen e fertilização. Acumulação de oxalato. Substituição parcial do potássio. Abertura estomatal. Regulação atividade de redutase de nitrato. Exigência pelas plantas com via C4 na fotossíntese. Indução do metabolismo das crassuláceas. Manutenção do balanço da água. Estimula o crescimento e a frutificação. Promoção da síntese do citocromo C. Formação de amido. Metabolismo de fenóis e parede do xilema. Estabilização dos ribossomos. Metabolismo de proteínas e de ácidos nucléicos. Inibição da RNAase. Aumento no tamanho e multiplicação celular. Fertilidade do grão de pólen. Fonte: E. MALAVOLTA c. Equilíbrio na nutrição A procura por um alimento com maior valor biológico e com propriedades organolépticas melhores, fez com que surgissem outras formas mais equilibradas de fertilização dos solos que levam em conta as proporções dos nutrientes no solo e não só os teores totais. No sistema orgânico deve-se fazer constantemente a análise do solo e foliar, quantas vezes forem necessárias, para que os teores dos nutrientes esteja enquadrados em níveis adequados, mantendo assim o equilíbrio e saúde da planta. No plantio, quando forem incorporados adubos verdes, estercos e compostos orgânicos, é geralmente recomendada a análise foliar para justificar a aplicação em cobertura de adubos orgânicos de cobertura. Sabe-se que o cálcio e o magnésio têm uma estreita relação com a absorção do potássio e, conseqüentemente, com o ataque de pragas e doenças. Da mesma forma, o enxofre com o nitrogênio, o boro com o cálcio e o potássio, o zinco com o fósforo, entre outras relações que, direta ou indiretamente, afetam a produção e a sanidade das culturas e criações. Nesse novo enfoque se diz equilíbrio de bases do solo e não calagem, onde os diferentes tipos de calcário serão utilizados com mais critério e não apenas o econômico. A Tabela abaixo apresenta os níveis e relações considerados ideais para os nutrientes no solo. Na fase de conversão ou implantação do sistema orgânico, não há necessidade rígida de colocar todos os nutrientes nas proporções ideais logo no primeiro ano, pois ao se acrescentarem adubos (9 of 17)21/5/ :27:14

10 orgânicos e verdes, os microrganismos passam pôr um período de ajuste, até atingir o equilíbrio do solo. Tabela: Proporção, teores e relações entre nutrientes do solo para a agricultura orgânica. NUTRIENTES NÍVEIS ADEQUADOS NO OBSERVAÇÃO SOLO Matéria Orgânica Elevar para 5% Abaixo de 2,5 % os microrganismos do solo não encontram alimento para sua sobrevida. Cálcio: 70 a 85 % A matéria orgânica no solo, favorece a troca % Capacidade de Magnésio: 12 a 18% catiônica. Além disso, poderemos ativar a Troca Catiônica Potássio: 3 a 5% vida e as raízes, com maior disponibilidade (CTC) Hidrogênio: menos de 5%. dos nutrientes para as plantas. O ph elevado torna indisponível os ph ideal 5,8 a 6,8 micronutrientes. O ph ideal está em torno de 6,0 Relações Cálcio/Magnésio: 5:1 a 7:1 O cálcio na agricultura orgânica tem maior Magnésio/Potássio: 2:1 importância como nutriente. Solos leves: 3,5% Potássio Solos médios 3,0% Solos pesados 3,0% Fósforo Mínimo 25 ppm, com 3% M.O. Relação fósforo disponível/fixado: 1/2 Ideal: 50 ppm solúvel Enxofre 25 ppm Relação S: ideal 1:10 Zinco (Zn): 5 ppm Os micronutrientes molibdênio, cobalto, Micronutrientes Manganês (Mn): 20 ppm silício, selênio, cloro: podem ser fornecidos Ferro (Fe): 20 ppm ao solo através de pós de rochas Cobre (Cu) 2 ppm Boro (B): 2 ppm magmáticas.devem ser fornecidos em dose homeopáticas ao solo. Equilíbrio na aplicação dos adubos orgânicos: A aplicação de adubos na agricultura orgânica é feita com bastante critério pois do seu equilíbrio nutricional depende a maior parte da resistência da planta ás pragas, doenças e sinistros naturais. Deve ser considerado que utilizar biofertilizantes, compostos orgânicos ricos (Bokashi), resíduos agro-industriais e estercos ricos em nitrogênio para repor nutrientes, poderá ser tão prejudicial quanto empregar adubos solúveis. 4. APLICAÇÃO DE NUTRIENTES NO SISTEMA ORGÂNICO Para determinar quantidade dos nutrientes a ser aplicado, principalmente o nitrogênio deve ser considerando vários fatores: a fertilidade do solo, o teor de matéria orgânica, a época do cultivo (condições climáticas: temperatura e umidade) e o estado sanitário. O nitrogênio em excesso é um dos principais fatores que provocam a susceptibilidade da planta ao ataque de pragas e doenças, pois libera aminoácidos na seiva, causando desequilbrio nutricional na planta e perda da sua resistência natural. Não somente os adubos químicos solúveis disponiblizam aminoácidos, como adubos orgânicos com baixa relação C/N, como esterco de galinha ou de suínos, húmus de minhoca, biofertilizantes, entre outros. Por estas razões, devem ser feitas a análise do solo, análise foliar e solicitada a orientação agronômica. Geralmente são aplicados no sulco ou cova de plantio adubos orgânicos determinados pela análise do solo, enquanto que aplicações com adubos de coberturas poderão ser feitos somente com a (10 of 17)21/5/ :27:14

11 recomendação da análise foliar. Para a aplicação de adubos orgânicos, deve ser feita a análise do solo para que seja feita a recomendação da dosagem. Por exemplo, na aplicação de composto orgânico ( com 2% N; 1,9% P ; 1,5% K20 e C/n= 18/1) em cova de fruteira, para solos fracos, a sugestão é de 3 a 5 kg/cova; solos médios 3 kg/cova e solos ricos 2 a 3 kg/cova. Para uma boa disponibilidade de matéria orgânica para as plantas, a análise do solo deve apresentar um teor entorno de 5% de M.O. a. FÓSFORO As quantidades a serem aplicadas dependem dos teores de fósforo do solo, determinados pela análise do solo, da produtividade esperada e o tipo de cultura. A análise do solo e foliar, considerando a produtividade da cultura, são dados importantes para a determinação da quantidade a ser aplicada. Há quatro grupo de culturas, com exigências crescentes de maior disponibilidade de fósforo, com diferentes teores médios: florestais (6-8), perenes (13-30), anuais (16-40) e hortaliças (26-60). Deve ser considerado que os solos apresentam um acúmulo resídual de fósforo, pelas aplicações sucessivas de fósfato. De outro lado, geralmente a exportação de fósforo através da planta é geralmente muito pequena. Por exemplo para produzir t/há de pêssegos, uma planta exporta apenas 5,1 kg de fósforo. O fósforo disponível no solo para as plantas pode variar e ser bem maior que o apresentado pelo laboratório de análise, pois dependendo das condições biológicas, o fungo Aspergillus niger tem capacidade extratora de fósforo de solo, 30 vezes superior aos ácidos extratores usados nos laboratórios. As principais fontes de fósforo para o cultivo orgânico são: Fosfatos naturais ( 24% P205), Farinha de ossos, Termofosfatos ( 17 %) e Hiperfosfato em pó (30%), sendo este último de alta reatividade. As fontes solúveis, como supersimples e supertriplo não podem ser utilizadas no sistema orgânico. b. POTÁSSIO A determinação da quantidade a aplicar deverá ser baseada na análise do solo e foliar. Ao contrário do fósforo, nossos solos tem geralmente teores médios de potássio, superior a 60 ppm, o que representa 120 kg/ha deste nutriente numa profundidade de 20 cm, suficientes para as necessidades de algumas culturas. Em muitos solos, apesar da boa disponibilidade de potássio, há excesso de magnésio, tornando a relação Mg/K muito alta, prejudicando a absorção de potássio. Neste caso, é recomendado a aplicação de potássio, mesmo que o solo esteja em teor suficiente. A presença de cálcio no solo, principalmente com a aplicação o calcário calcítico, melhora o desempenho do potássio. O cálcio reduz o efeito salino do potássio. As principais fontes de potássio são: Fontes naturais: cinzas vegetais, resíduos (cascas de café), culturas recicladoras de potássio (aveia preta), granito, basalto,etc. Sulfato de potássio (tolerado), caso as outras fontes não supram as necessidades. As fonte solúveis, como cloreto de potássio não podem ser utilizadas no sistema orgânico. O (11 of 17)21/5/ :27:14

12 sulfato de potássio poderá ser utilizado no sistema orgânico, caso haja necessidade, sob autorização da certificadora orgânica. c. NITROGÊNIO O nitrogênio é para a maioria das culturas, o nutriente de maior requerimento pelas plantas, com uma exigência em torno de 10 vezes o fósforo e 1,5 vez o potássio. Na agricultura orgânica recomenda-se que o solo forneça os nutrientes, principalmente o nitrogênio, de forma bastante lenta, de acôrdo com a necessidade da planta, para que não haja excesso e desequilíbrio de nutrientes e queda na sua resistência fitossanitária. O solo deve estar provido de nutrientes orgânicos de forma suficiente a sustentar as plantas. Podem ser utilizados compostos orgânicos, tortas, humus e outros adubos orgânicos, com bastante critério. As necessidades das plantas também poderão ser supridas pela ação das bactérias Rhizobium das leguminosas e demais microorganismos do solo fixadores de nitrogênio do ar e mineralizadores da matéria orgânica. FONTE NITROGENADA MINERAL: Na agricultura orgânica não são aceitas as fontes sintéticas de nitrogênio, como o sulfato de amônia, nitrato de potássio, nitrato de amônia e a uréia. A razão é devido aos prejuízos às condições químicas e biológicas do solo e afetar os processos de absorção e metabolismos das plantas. As fontes amoniacais acidificam o solo, uma vez que no processo de absorção de NH4+ pela raiz ocorre liberação de H+ para a solução do solo, abaixando o ph. Segundo Malavolta (1989), para cada kg de uréia ou sulfato de amônio são necessários 840 e 996 kg de calcário, respectivamente, para neutralizar a acidez gerada por estas fontes. Do outro lado, as fontes amoniacais (NH4+), exigem uma metabolização muito rápida por parte da planta para evitar excesso de aminoácidos livres na seiva e gastam mais energia (fósforo) que as formas nítricas (NO3-), como o nitrato de cálcio, salitre do chile. Os amoniacais na seiva deslocam os cátions K,Ca e Mg, reduzindo o processo metabólico da planta, com abaixamento do teor de fenóis em 40%, que possuem características fungiostáticos. FONTE NITROGENADA ORGÂNICA: As fonte nitrogenadas orgânicas são: estercos de animais de preferência compostados (isentos de agentes químico e biológicos), torta de mamona, biofertilizantes, adubos verdes, humus de minhocas, tortas e farinhas de origem vegetal e animal, compostagens, etc. A cobertura vegetal ou morta constituida por adubos verdes (leguminosas e gramíneas), restos de cultivos, palhadas e ervas nativas, constituem uma importante fonte de nitrogênio, econômica e de fácil manejo. MICRONUTRIENTES: Na agricultura orgânica é bastante recomendado o emprego de produtos ricos em micronutrientes, complexados com a matéria orgânica, contendo elevado teor de aminoácidos, como biofertilizantes e o supermagro. Nesta forma, servem para prevenir as doenças, por induzirem a proteo-síntese, reduzindo os tratamentos convencionais. O biofertilizante orgânico, de origem animal e vegetal, em aplicação foliar atua como ativador enzimático das reações bioquímicas na planta, e também como adesivo espalhante Os micros ativam as reações de anabolismo e catabolismo da planta e garantem um ótimo de proteosíntese, com isso reduz ou evita-se os radicais livres. Certas reações bioquímicas, não se processam sem a ativação por parte de enzimas. Os micronutrientes tem parte importante neste processo. Os micros Fe, Cu, Zn e Mo fazem parte da própria estrutura de certas enzimas. Outras enzimas só exercem sua função se forem ativadas por micronutrientes como Mn, Cl e Bo. K, Fe e Cu, são importantes ativadores enzimáticos. O boro quando deficiente ou em baixo teor no solo, reduz o crescimento das raízes, afeta o (12 of 17)21/5/ :27:14

13 desenvolvimento e a resistência da plantas, além de prejudicar outras atividades biológicas como o pegamento das flores. Como fontes de micronutrientes além dos sais, como Sulfato de Zinco, Sulfoato de Magnésio, Sulfato de Manganês, Ácido Bórico, entre outros, estão também as algas, basalto e granito. CÁLCULOS DE ADUBAÇÃO NO SISTEMA ORGÂNICO: O sistema orgânico propõem uma nutrição equilibrada das plantas, requerendo para isso um conhecimento do solo, ambiente e exigências nutricionais das culturas. Para uma adubação adequada, os seguintes fatores são fundamentais e recomendados: Análise do solo: Meio importante para a determinação dos teores de cálcio, magnésio e potássio no solo e sua correção. Ela deve ser realizada anualmente para áreas de cultivo intensivo e cada dois anos para culturas perenes. Análise foliar: É uma ferramenta muito eficiente na correção da nutrição, principalmente no acompanhamento dos teores de macro e micronutrientes, para cultivos perenes e semi-perenes. Deve ser realizada anualmente ou periodicamente para evitar desequilíbrios nutricionais. Conversão dos nutrientes no solo: Cada nutriente tem um tempo de mineralização, isto é, de tornar-se disponível para as plantas no solo. É importante considerar estes teores por período no cálculo de adubação. Residual do ano anterior: Empregando adubos de lenta liberação de nutrientes, devemos considerar no cálculo da adubação atual os resíduos da adubação anterior, que já estão disponíveis no solo, para evitar excessos, que desequilibram as plantas. Perdas de nutrientes em cada fonte: Devemos levar em conta ao fazer a aplicação de adubos orgânicos, a perda que cada tipo pode sofrer em relação às chuvas, como exemplo o esterco de suínos pode tem perdas acima de 30% Características dos adubos orgânicos (umidade e C/N): No cálculo de adubação, levar em conta as características do material, como o teor de umidade, pois os teores de nutrientes de cada adubo orgânico está baseado na quantidade de matéria seca. Os estercos animais possuem de 30 a 70% de umidade, enquanto um composto orgânico em torno de 40%. Os valores de C/N influenciam na disponibilidade dos nutrientes, assim valores abaixo de 25 (C/N < 25/1) são liberados no mesmo ciclo, enquanto aqueles com valores acima de 30 (C/N > 30), terão parte liberados somente no próximo ciclo. Exigências das plantas, quanto aos nutrientes: Cada espécie vegetal, por sua origem tem exigências nutricionais (retiram do solo quantidades distintas de nutrientes) e condições de solo (saturação em base, ph, teores de enxofre, etc), que devem ser levados em conta na adubação. Período de maior demanda de cada nutriente: Há períodos que eles estão menos disponíveis no solo, como exemplo o N e K no período seco ou de estiagens. Uma parte do nitrogênio/potássio e o total de fósforo são sempre aplicados no plantio, para favorecer uma boa germinação e formação do sistema radicular. Outra parte do nitrogênio/potássio, são aplicados em cobertura, na fase de crescimento das plantas, para favorecer a fase final de frutificação e produção. Outras condições a serem consideradas: A idade ou a fase de crescimento das (13 of 17)21/5/ :27:14

14 plantas; a produtividade esperada ou a carga pendente de frutos, etc. CÁLCULOS NA RECOMENDAÇÃO DE ADUBAÇÃO ORGÂNICA FERTILIZANTES SÓLIDOS Para a determinação da adubação orgânica, deve-se obter os teores dos nutrientes presentes no adubo orgânico sólido, que é dado com base na matéria seca, o teor de matéria seca ou matéria orgânica e o índice de conversão da forma orgânica para a forma mineral (Tabela). Com estes dados pode-se calcular, dentro de um raciocínio lógico, a quantidade de fertilizante a ser aplicada. A seguinte fórmula pode ser útil para os referidos cálculos: X = A B 100 x C 100 x D 100 Sendo: X = Quantidade do fertilizante orgânico sólido aplicado ou a aplicar (Kg/ha; g/planta) exemplo: kg de composto orgânico/ha A = Quantidade do nutriente aplicado ou a aplicar (Kg/ha; g/planta): ex: kg N/ha ver recomendação abaixo B =Teor de matéria seca do fertilizante (%): ver tabela C =Teor do nutriente na matéria seca (%): ver tabela D = Índice de conversão (%): ver tabela Considerando a baixa disponibilidade normalmente verificada para os fertilizantes orgânicos e considerando que se deve evitar a aplicação de nutrientes em quantidades muito superiores às recomendadas, os cálculos devem tomar por base, inicialmente, o nutriente cuja quantidade será satisfeita com a menor dose. Tabela 1 - Composição de nutrientes alguns materiais (teor na matéria seca) MATERIAL Teor de matéria seca no adubo N % P2O5 % K2O % Composto orgânico 60 a 70% 1,70 a 2,25 1,2 1 1,6 0,4 a 1,50 Esterco de eqüino 30 a 40% 1, ,19 Esterco de bovino 20 a 80% 1,67 0,68 2,11 Esterco de suíno 20 a 25 % 1,86 1,0 2,23 (14 of 17)21/5/ :27:14

15 Esterco de galinha 30 a 70% 2,76 2,07 1,67 CÁLCULOS NA RECOMENDAÇÃO DE ADUBAÇÃO ORGÂNICA LÍQUIDOS FERTILIZANTES Para o caso dos fertilizantes orgânicos líquidos (chorume e vinhaça), a fórmula passa a ser a seguinte: X= A C x D 100 Onde: X = Quantidade de fertilizante orgânico líquido aplicada ou a aplicar (m3/ha; 1/planta); C = Concentração do nutriente no fertilizante (Xg/m3; g/l); D = Índice de conversão (%). (Tabela) Tabela 2: Teores de nutrientes de adubos para o sistema orgânico (g/m³) MATERIAL N P2O5 K20 Ca Mg S Mn Zn Cu B Chorume 4,0 4,0 2,5 2,9 1, Vinhaça de 0,8 0,2 6,0 2,45 1,04 1, cana Mosto de 0,50 0,2 6,0 2,45 1,04 1, Mandioca Biofertilizante TAXAS DE CONVERSÃO DOS NUTRIENTES NO SOLO Tabela 3 : Índices de conversão dos nutrientes aplicados na forma orgânica para a forma mineral, em cultivos sucessivos, considerando a incorporação de fertilizantes orgânicos no solo. Nutrientes 1º cultivo % 2º cultivo % 3º cultivo % Nitrogênio - N Fósforo - P Potássio K Cálcio Ca Magnésio Mg Enxofre S Observação: A conversão dos nutrientes corresponde a um tempo de cultivo de 100 a 150 dias de um cultivo anual ou ao período de máxima exigência de lavouras perenes. O tempo de liberação dos nutrientes ocorre no período para materiais com a relação C/N abaixo de 25. TEXTO DE LEITURA (15 of 17)21/5/ :27:14

16 ANEXO II - ADUBOS E CONDICIONADORES DE SOLOS INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº. 007 DE 17/05/99 - DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA USO PERMITIDO NO SISTEMA ORGÂNICO 1. Da própria unidade de produção (desde que livres de contaminantes): Composto orgânico; Vermicomposto; Restos orgânicos; Esterco: sólido ou líquido; Restos de cultura; Adubação verde; Biofertilizantes; Fezes humanas, somente quando compostadas na unidade de produção e não empregadas no cultivo de olerícolas; Microorganismos benéficos ou enzimas, desde que não sejam OGM/transgênicos; e Outros resíduos orgânicos. 2. Obtidos fora da unidade de produção a) Uso permitido somente se autorizados pela certificadora: Vermicomposto; Esterco composto ou esterco líquido; Biomassa vegetal; Resíduos industriais, chifres, sangue, pó de osso, pêlos e penas, tortas, vinhaça e semelhantes, como complementos da adubação Algas e derivados, e outros produtos de origem marinha; Peixes e derivados; Pó de serra, cascas e derivados, sem contaminação por conservantes; Microorganismos, aminoácidos e enzimas, desde que não sejam OGM/ transgênicos; Cinzas e carvões vegetais Pó de rocha; Biofertilizantes; Argilas ou ainda vermiculita; Compostagem urbana, quando oriunda de coleta seletiva e comprovadamente livre de substâncias tóxicas. (16 of 17)21/5/ :27:14

17 b) Uso permitido somente se constatado a necessidade de utilização do adubo e do condicionador, através de análise, e se os mesmos estiverem livres de substâncias tóxicas: Termofosfatos; Adubos potássicos sulfato de potássio, sulfato duplo de potássio e magnésio, este de origem mineral natural; Micronutrientes; Sulfato de magnésio; Ácido bórico, quando não usado diretamente nas plantas e solo; Carbonato, como fonte de micronutrientes; e Guano. 6. BIBLIOGRAFIA FREITAS, ESCOLÁSTICA R. - Curso Regional em Agricultura Ecológica - Pindamonangabaabril/1999. PENTEADO, SILVIO R. Introdução à Agricultura Orgânica-. Campinas SP. Edit. Grafimagem (out/2000) 115 p. imprimir (17 of 17)21/5/ :27:14

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