XIV Congresso Internacional de Contabilidade e Auditoria (10 e 11 de Outubro, Campus do IPL, Lisboa)

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "XIV Congresso Internacional de Contabilidade e Auditoria (10 e 11 de Outubro, Campus do IPL, Lisboa)"

Transcrição

1 XIV Congresso Internacional de Contabilidade e Auditoria (10 e 11 de Outubro, Campus do IPL, Lisboa) Aprovado em 12 de Agosto pelo Comité Comissão Científica Título: Auditoria ao Sistema de Segurança Social português Nome do Autor: Maria de La Salete Rodrigues Carneiro lacinharodrigues@gmail.com Área Temática: A11 AUDITORIA A1 CONTABILIDADE PÚBLICA Palavras Chave: sistema de segurança social, pensões, envelhecimento, sustentabilidade financeira, despesas, receitas, orçamento de estado. Metodologia adotada: M1 Analytical/Modelling e M2 Case/Field Study 1

2 Auditoria ao Sistema de Segurança Social português O sistema de Segurança Social 1 português manifesta relevante destaque no contexto do designado Estado Social, nomeadamente pela sua influência na economia e na sociedade. Numa ótica de auditoria tomando como referência dados financeiros e sociais inerentes ao âmbito da sua atuação, recorrendo a uma metodologia objetiva, de decomposição e reinterpretação de documentação oficial e legislação, investiga-se a recente evolução do sistema. 1. Lei de bases da Segurança Social (de 2007) 2 Entre finais da década de 80 e finais da década de 90 o país conheceu uma fase de prosperidade, com um forte crescimento de atividade económica que se traduziu numa melhoria das condições de vida para níveis mais próximos da média da União Europeia. Em 1996, preocupado com a situação do sistema de Segurança Social português e constatando a necessidade da sua reforma, o Conselho de Ministros criou um grupo de trabalho, designado Comissão Livro Branco da Segurança Social (CLBSS) 3 responsável pela apresentação de propostas de reforma, entre outras, que fortalecessem a 1 Sistema de Segurança Social Integra o Sistema de Proteção Social de Cidadania, o Sistema Previdencial e o Sistema Complementar (cfr. art.º 23.º da Lei n.º 4/2007, Diário da República, I Série, de 16 de janeiro de 2007). Artigo 50 (O sistema previdencial visa garantir, assente no princípio de solidariedade de base profissional, prestações pecuniárias substitutivas de rendimentos de trabalho perdido em consequência da verificação das eventualidades legalmente definidas.) Artigo 26 (O sistema de protecção social de cidadania tem por objectivos garantir direitos básicos dos cidadãos e a igualdade de oportunidades, bem como promover o bem-estar e a coesão sociais.) Artigo 83 (Os regimes complementares de iniciativa colectiva são regimes de instituição facultativa a favor de um grupo determinado de pessoas.) 2 (Diário da República, 2007) A Lei 4/2007, de Diário da República de 2007 mantém-se em vigência em 2013/agosto. Decreto-Lei 64/2012 de Indicam-se documentos legislativos posteriores e relacionados. Portaria 320-B/2011 de : Portaria 246/2011 de ; Decreto-Lei 29-A/2011 de ; Decreto-Lei 77/2010 de ; Decreto-Lei 72-A/2010 de : Decreto-Lei 324/2009 de ; Decreto-Lei 323/2009 de ; Lei 110/2009 de ; Decreto-Lei 150/2009 de ;Decreto-Lei 91/2009 de ; Circular 3/GDG/2009 de ; Decreto-Lei 69-A/2009 de ; Portaria 269/2009 de ; Lei 4/2009 de ; Decreto-Lei 26/2008 de ; Decreto-Lei 187/2007 de Fonte: Direção Geral da Administração e emprego público: 4f78-a525-4e8140f46f49&ID=318, consultado em agosto/ Diário da República I, Série B, nº. 59, de 9 de março de Resolução do Conselho de Ministros n.º 22/96. 2

3 sustentabilidade financeira (Comissão do Livro Branco da Segurança Social, 1998, p. 9). 4 A procura de uma reforma financeira fez eco nas reflexões de diversas individualidades, fundamentalmente pela sua importância estratégica de criação e preservação de rendimentos. (Carreira, 1996, p. 241) 5 considerava inadequada uma mera evolução do sistema de políticas sociais, que provocaria efeitos acumulados e destruidores. O sistema de Segurança Social estava numa situação de impasse e o principal problema era a inerente crise financeira. Este autor na Declaração Final do Livro Branco, referiu a inviabilidade financeira da Segurança Social, no âmbito da sustentabilidade global do Estado (no sentido do Setor Público Administrativo), afirmando perentoriamente que: todas as propostas contidas no Livro Branco revelam a incapacidade do sistema de Segurança Social para gerar os volumes de receitas indispensáveis à sua sustentação financeira a partir de 2010 a Isto significa que só com o recurso ao Orçamento de Estado será, eventualmente, viável aquele sistema. (Comissão do Livro Branco da Segurança Social, 1998, p. 247) 6 Em 1998, Ferro Rodrigues, o Ministro do Emprego e Segurança Social, sobre o futuro do sistema de Segurança Social, discorria nestes termos: Na minha ótica o que está em causa no presente debate sobre o futuro dos sistemas de proteção social continua a ser, em grande medida, o modo como entendemos o esforço de proteção social. É ele apenas um custo que temos de suportar para garantirmos um nível aceitável de coesão social e equidade? Ou pode este esforço ser assumido como um verdadeiro fator de progresso e mesmo de crescimento económico? Estaremos perante um verdadeiro conflito entre equidade e competitividade ou estaremos perante diferentes óticas para obter a eficiência dos sistemas económicos e sociais? Podemos analisar as alternativas económicas sem balizar as nossas referências pela sustentabilidade do modelo político que criamos e que escolhemos? Trata-se, a meu ver de uma questão de resposta complexa e polémica (Rodrigues, Eduardo Ferro et al, 1998). 7 4 A Comissão dentro dos objetivos da sustentabilidade, da eficiência e da equidade, que nortearam o seu mandato e em cumprimento da sua obrigação de recomendar medidas de curto prazo, apresentou oportunamente ao Governo relatórios e recomendações no que respeita: à forma do financiamento, à responsabilidade da segurança Social nas medidas ativas de emprego e formação profissional, à seletividade a introduzir nas prestações familiares, à desagregação dos aumentos anuais de pensões de menor montante em função da carreira contributiva do pensionista. (...) A versão final do Livro Branco que se apresentou ao Governo... identifica ao longo do seu texto muitas matérias onde não se encontrou consenso, em algumas matérias as divergências são de natureza ideológica, noutras de natureza técnica. Como consta da Introdução do Livro: CLBSS (1998) - Livro Branco da Segurança Social. Edição conjunta do INA e do IGFSS. Pg CARREIRA, Henrique Medina (1996) - As políticas sociais em Portugal. Gradiva. Coleção Trajetos Portugueses 35. Pg CLBSS (1998) - Livro Branco da Segurança Social. Edição conjunta do Instituto Nacional de Administração e do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social. Declaração Final de Henrique Medina Carreira. Pg RODRIGUES, Eduardo Ferro et al. (1998) - Portugal na Transição do Milénio - Colóquio Internacional. Comissariado de Portugal para a Expo 98, Fim de Século Edições, Lda. 3

4 No fim da década de 90, no seio da opinião pública, a hipótese da rutura da Segurança Social preocupava e desanimava os contribuintes. De facto, a sustentabilidade financeira do sistema de repartição, bem como a sua eficiência e eficácia estavam postas em causa devido essencialmente a fatores demográficos e económicos geradores de pobreza, desemprego e exclusão social - os designados fatores de desestabilização.a partir de 2000, contudo a situação alterou-se tendo o país entrado num período de fraco desempenho económico que resultou na interrupção do chamado processo de convergência real. Uma das explicações é a fragilidade estrutural, traduzida pela fraca qualidade dos fatores de produção, que se reflete em baixos níveis de produtividade, comprometendo a eficiência e competitividade internacional do país. A intensificação do processo de globalização desempenhou um papel fundamental com a participação de outros países no comércio mundial com custos de mão de obra mais baratos (Banco de Portugal, 2009, pp ). 8 De acordo com um estudo 9 do Centro de Investigação de Economia Financeira (CIEF) do Instituto Superior de Economia e Gestão, realizado em 2000, o regime contributivo apresentaria saldos financeiros negativos a partir de 2011, em consequência do total de despesas (com reformados e pensionistas), ultrapassar o total de receitas (contribuições dos trabalhadores por conta de outrem e independentes). No início do Século XXI o financiamento das pensões assentava num contrato implícito entre gerações solidariedade intergeracional, ou seja, o sistema público português era gerido por um esquema de benefício definido obrigatório, no qual, por definição, o montante das prestações a garantir aos beneficiários é previamente determinado. A Portaria nº. 800/98 de 22 de setembro estabelecia o direito a um valor mínimo de pensão de velhice equiparado ao valor da remuneração mínima nacional (deduzido da taxa contributiva do trabalhador dependente para os titulares que tenham uma carreira contributiva completa). 8 BANCO DE PORTUGAL (2009), a Economia Portuguesa no contexto da Integração Económica, Financeira e Monetária, Banco de Portugal, Eurosistema, Lisboa, pp.65-67; 9 CENTRO DE INVESTIGAÇÃO DE ECONOMIA PORTUGUESA; CENTRO DE INVESTIGAÇÃO DE ECONOMIA FINANCEIRA; INSTITUTO DE GESTÃO FINANCEIRA DA SEGURANÇA SOCIAL. (CISEP/CIEF/IGFSS) (2000) - Reforma do Sistema de Segurança Social Cenários Prospetivos de Estruturação e Financiamento CISEP/CIEF/IGFSS. Notese que o Centro de Estudos efetuou e apresentou diversos trabalhos de investigação relativos à Segurança Social. 4

5 Em 2002 ocorreu a alteração à fórmula de cálculo das pensões, Decreto-Lei nº. 35/ O valor da pensão passa a ser calculado com base numa remuneração referente a toda a carreira contributiva (embora houvesse uma fase de transição para os contribuintes inscritos até 2001). Em 2006 também surgiram novas regras de indexação das prestações, que no ano seguinte deixaram de estar dependentes da inflação, mas relacionam-se com o ritmo de crescimento económico. 11 A Comissão Europeia concluiu no Relatório Síntese Adequate and Sustainble Pensions que as reformas implementadas pelo Governo Português ( ) traduzir-se não em maiores incentivos para trabalhar mais tempo e vão contribuir também para um tratamento mais equitativo dos diferentes regimes, e reforça a ideia que Uma maior harmonização do sistema de pensões e a adoção de medidas para promover carreiras mais longas deverão contribuir para reforçar a adequação e a sustentabilidade. (Comissão Europeia, 2006) No mesmo relatório a Comissão regista os progressos obtidos em Portugal na resposta às dificuldades financeiras do sistema de pensões, no contexto de reequilíbrio difícil do orçamento da administração central. Este estudo, um ano antes da profunda reforma da Segurança Social de 2006 (Lei 4/2007), traduz num incentivo da Comissão Europeia à implementação das medidas de reforma do sistema de segurança social em Portugal. Outros relatórios divulgados pela Comissão apresentam uma certa sintonia com o governo português e revelam entendimentos comuns ao nível das reformas implementadas, que garantem a sustentabilidade financeira da SS em Portugal. A Lei 4/2007 estabelece as bases gerais do sistema: consagra o sistema de proteção social de cidadania (capítulo II), o sistema previdencial (capítulo III), o subsistema de solidariedade, bem como o sistema complementar, que compreende o regime público de capitalização e o regime complementar de iniciativa coletiva e iniciativa individual. Saliente-se que no artigo 63º. define o quadro legal das pensões, considerando nos artigos 4º. e 5º. que o valor das pensões de velhice e invalidez deveria ter por base toda a carreira contributiva dos beneficiários. Em 2007 acelera-se o processo de depender a remuneração de referência, para cálculo da reforma, de toda a carreira contributiva e 10 D R I Série Decreto-Lei nº. 35/2002, de 19 fevereiro de 2002, (de acordo com a Lei nº. 32/2000 de 8 de agosto). Consta no seu preâmbulo: pretende-se que a pensão reproduza com maior fidelidade as remunerações percebidas ao longo de uma vida profissional e intenta-se, por outro, também numa ótica de equilíbrio financeiro do sistema, a eliminação de situações de manipulação estratégica do valor das pensões. Este diploma entretanto foi revogado art.º113.º do DL n.º 187/2007, de 10/5 11 Anualmente o governo define um valor para o Indexante dos Apoios Sociais que é o valor de referência para o cálculo das prestações e para a sua atualização. 5

6 institui-se um novo conceito: o fator de sustentabilidade (Diário da República, 2007). O fator de sustentabilidade é caraterizado no 64º. Artigo, como elemento que permite relacionar a esperança média de vida com o montante da pensão. O Decreto-Lei nº. 187/2007, pelo seu artigo 27º. define as regras de revalorização das remunerações anuais, que servem de base de cálculo das pensões. (Diário da República, 2007) Este impõe uma nova condicionante ao valor da pensão, a relação entre a esperança média de vida de 2006 com a do ano anterior ao do requerimento da pensão. 12 Para efeitos de deferimento do direito à pensão o beneficiário teria de apresentar um período mínimo de descontos: quinze anos. Este mesmo diploma estabelece regras destinadas a encorajar a manutenção em atividade das pessoas idosas, com incentivos ao prolongamento da vida ativa. Estas medidas foram implementadas com o objetivo de promover a redução futura da despesa em pensões (Murteira M. C., 2008, p. 63) (Diário da República, 2007) Decreto-Lei nº. 187/2007 de 10 de maio, nº. 19, I Série; 13 Trabalhos referidos no Livro Branco da Segurança Social (1996), relativos à demografia da maturação, pela sua importância de conclusões. RAMOS, Eugénio (1996) - A evolução do Orçamento Corrente da Segurança Social. Forum Social II, Lisboa. Há tendência para que o número de pensionistas suba de forma acentuada. O estudo utiliza quatro cenários de evolução demográfica, três hipóteses de desemprego e ritmos de crescimento diversificado para cada um dos grandes componentes de despesa em função da tendência dos últimos anos. AMARAL, Ferreira - Segurança Social: Algumas Condicionantes Macro-económicas. Forum Social I. Estima a evolução futura da pensão média: em 20 anos prevê que esta cresça 110% em termos reais, ou seja a uma média de 3,8% ao ano. MENDES, Ribeiro (1995) - Para onde vai a Segurança Social Portuguesa. Conferência de Jubileu Académico de F. Pereira de Moura. Lisboa. ISEG. Concluiu que o défice de cobertura das despesas públicas correntes, pelas contribuições sociais irá agravar-se fortemente a partir de 2010, admitindo um cenário otimista. SILVA, Pereira e Tomé P. Gil (1996) - O equilíbrio dos regimes de financiamento das reformas, Repartição e Capitalização. Fórum Social II. Lisboa. Para estes autores um indicador para medir a sustentabilidade de um regime de repartição é a Taxa de Equilíbrio do Regime Contributivo. Esta taxa para financiamento das reformas foi de 13,4% em 1995 e prevê-se que para 2020 atinja os 23,2% da massa salarial (relação pensões / salários), cerca de 8% do PIB (relação pensões / PIB). 6

7 2 Relatos da accontability: indícios de insustentabilidade Em 1960 o número de beneficiários ativos da Segurança Social era de 1,187 milhões, mas em 2000 o esquema de proteção público para trabalhadores privados abrangia mais de 4 milhões de ativos, bem como 2,48 milhões de pensionistas, 14 agrupados em regime contributivo e não contributivo. 15 Em 2012 o número de beneficiários ativos atingia os 4,396 milhões de indivíduos. 16 A principal fonte de financiamento do sistema de Segurança Social, pela via de receitas próprias, são as contribuições indexadas sobre salários, da responsabilidade das entidades empregadoras, dos trabalhadores independentes, das entidades contratantes e dos beneficiários do seguro social voluntário, e as quotizações são da responsabilidade dos trabalhadores, nos termos previstos no presente Código 17 (Diário da República, 2009), nos termos do artigo 92º., da Lei nº. 4/2007, relativo a fontes de financiamento. O sucesso da recolha de contribuições decorre do controlo e do bom funcionamento dos sistemas administrativos de cobrança, e depende de variáveis não controladas pelo sistema como seja a idade, o estado de saúde do beneficiário ou até o desempenho da economia (Campos, 2000, p. 34). 18 Está subjacente ao sistema previdencial o princípio da contributividade, e de autofinanciamento, ou seja uma relação direta entre a obrigação legal de contribuir e o direito à prestação, (artigo 54ª. ) Para além das contribuições sobre as remunerações, das transferências do Estado e outras entidades públicas, há outros meios de financiamento previstos, como seja o produto das comparticipações previstas na lei, das sanções pecuniárias e as transferências de organismos estrangeiros. 14 (FONTE:PORDATA, 2013) A Caixa Geral de Aposentação registava (2000) e (2012). O número de pensionistas da Segurança Social atingiu os (2012), incluídos num total de pensionistas de 2012 de Entendia-se que o regime geral era financiado por contribuições dos trabalhadores independentes e das entidades empregadoras dos trabalhadores por conta de outrem, enquanto que o regime não contributivo era suportado integralmente por transferências do Estado (Diário da República, 2009, p. 6492) Artº.11, nº CAMPOS, António C. (2000) - Solidariedade Sustentada reformar a Segurança Social. Prefácio de António Vitorino. Gradiva. Trajetos Portugueses. Pg

8 Se por um lado, as contribuições e as transferências do Orçamento de Estado são os principais meios de financiamento também é certo que a elevada dívida à Segurança Social por parte do Estado e dos contribuintes representam um grande entrave à sua sustentabilidade de curto prazo (vidé artigo 92º. da Lei nº. 4/2007). As contribuições que incidem sobre a massa salarial, destinadas ao pagamento das prestações em regime geral têm sido excedentárias relativamente às despesas desse regime. Em 1995 as prestações sociais constituíam 90% das despesas correntes, sendo as restantes repartidas entre a ação social (6%) e as atividades administrativas (4%). No conjunto das despesas as pensões apresentam o maior peso relativo (vide mapa anexo Quadro I). Com o alargamento do sistema, ou seja, a atribuição de benefícios cada vez de maior amplitude material (maior número de benefícios) e pessoal (maior número de beneficiários) verifica-se a tendência do permanente crescimento das despesas com a Segurança Social, que remonta a Nesse ano a despesa anual com a Segurança Social era 1,4% do PIB, sendo 3,2% do PIB em 1970 e 6,8% do PIB em Com efeito, em 1998 a despesa anual da Segurança Social correspondia a 9,4% do PIB. Nos finais da década de 90 a despesa da Segurança Social constituía mais ou menos 6% a 7% da despesa pública (Barreto, 2000) 19 Um fenómeno a destacar, pelos reflexos evidentes nos défices orçamentais anuais, é o crescimento da despesa mais acelerado do que da receita. Em períodos de crise é normal que as despesas sociais apresentem um aumento acompanhado com um decréscimo das contribuições, como se verificou nos anos 95/96 e recentemente. Na atualidade verificase a persistência de elevados níveis de desemprego, o que influencia decisivamente o equilíbrio financeiro da Segurança Social, pois o valor de processamento do subsídio de desemprego e os montantes das contribuições variam de acordo com a conjuntura económica (vidé mapa anexo Quadro I). 19 BARRETO, António (2000) - A Situação Social em Portugal Indicadores Sociais em Portugal e na União Europeia. Imprensa de Ciências Sociais. Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. Volume I. Pg. 52. Nas tabelas do respetivo capítulo, a despesa referida com a Segurança Social é sempre constituída pelas transferências anuais do orçamento para o sistema, excluindo assim, a maior parte da despesa, constituída pelas quotizações e descontos dos empregadores e dos beneficiários. Em termos de indicadores da economia portuguesa é de referir que durante o período a economia nacional registou um crescimento económico médio anual de 3,6% motivado pelo favorável ambiente económico, que fomentou investimento e exportações. A tendência remonta a Nesse ano a despesa anual com a Segurança Social era 1,4% do PIB, sendo 3,2% do PIB em 1970 e 6,8% do PIB em

9 O Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social atribui no âmbito do Emprego e Formação Profissional o subsídio de desemprego e o subsídio social de desemprego. O aumento do número de desempregados implica uma menor proporção de pessoas a contribuir para o sistema (vidé quadro anexo Quadro II). Esta tendência, associada ao fator do crescente emprego clandestino, num contexto de economia paralela, incentivado pelos custos não salariais elevados que as empresas suportam, implicam efeitos negativos no volume de receitas da Segurança Social. O mais importante facto associado ao aumento das despesas públicas com pensões de reforma é o envelhecimento populacional, que se conjuga num duplo movimento: no topo e na base da pirâmide. 20 Para estes movimentos contribuem a quebra da taxa de fertilidade e o aumento da esperança de vida, o que origina desequilíbrio entre beneficiários e contribuintes. A evolução do número de beneficiários e pensionistas é reveladora do número crescente dos pensionistas no sistema, 60% dos quais são de velhice. Se em 1960 o número total de pensionistas era de e em 1970 de , no final da década de 90 eram mais de Confirmando este movimento ascendente, em 2001, 2,6 milhões de beneficiários eram pensionistas e em ,9 milhões (visto em 27/07/2013) O índice de sustentabilidade potencial (número de indivíduos em idade ativa por idoso segundo os Censos): ,9; ,4; ,5; ,5; ,9; ,1 e ,4; 21 BARRETO, António (2000) A Situação Social em Portugal Indicadores Sociais em Portugal e na União Europeia. Imprensa de Ciências Sociais. Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa Volume I. Pg Social/Seg. Social (visto em 27/07/2013) O número total de Pensionistas da Segurança Social, incluí de sobrevivência, de invalidez e de velhice; 9

10 Entre 1960 e 2000 a proporção de jovens (0-14 anos) diminuiu de cerca de 37% para 30%, 23 situação agravada pelo facto de que o ritmo de crescimento da população idosa ser quatro vezes superior ao da população jovem. Embora a idade constitua apenas um dos critérios de direito ao benefício de pensões (existem pensionistas de velhice antes dos 65 anos e nem todos os que têm mais de 65 são pensionistas), existe uma relação estreita entre a idade e o usufruto do benefício de uma pensão de velhice. O envelhecimento demográfico agrava as dificuldades provenientes da maturação do sistema e conduz à necessidade de se reverem os direitos dos pensionistas de velhice e as obrigações do cidadão para com as pensões. 24 De facto, esta tendência demográfica, mesmo sendo um parâmetro-chave da modalidade de repartição, não é apenas uma das componentes do equilíbrio de financiamento. A regulamentação dos regimes por repartição associa a duração da quotização e o montante de benefícios recebidos. Assim, num sistema de pensões simplificado, as principais características a considerar são: a evolução das durações de quotizações, a indexação das pensões e as taxas de quotização de velhice. A maturação do próprio sistema, que hoje paga pensões de valor médio relativamente reduzido (dada a reduzida duração dos períodos contributivos das pessoas que se encontram em situação de reforma), pode no futuro, implicar elevadíssimos encargos pela chegada à idade da reforma da geração baby boom e pelo fortíssimo aumento do valor médio das pensões. Ainda que se concebesse que a rutura da Segurança Social se produziria apenas daqui a 25/30 anos, a mais elementar prudência deveria reconhecer que as análises e os estudos efetuados têm em conta pressupostos demográficos e económicos (como a taxa de crescimento do PIB, a taxa de crescimento de emprego, a taxa de inflação, o nível de produtividade da economia, etc.). Ora a simples evolução negativa de alguns destes pressupostos (como hoje se verifica) poderá provocar uma antecipação acentuada da 23 Segundo a hipótese média de projeção de população mundial das Nações Unidas, a proporção de jovens continuará a diminuir, para atingir os 21% do total da população em Ao contrário, a proporção da população mundial com 65 ou mais anos regista uma tendência crescente, aumentando de 5,3% para 6,9% do total da população, entre 1960 e 2000 e para 15,6% em 2050, segundo as mesmas hipóteses de projeção. 24 A redução do valor das pensões tem estado na agenda do XIX Governo de Portugal. 10

11 data de rutura financeira da Segurança Social, encurtando ainda mais o prazo disponível para proceder à sua reforma estrutural. O forte aumento das despesas com pensões de velhice, invalidez e sobrevivência do subsistema da Segurança Social entre 1988 e 2008 (que atingiu 3,6 p.p. do PIB tendencial) pode ser explicado por três fatores: as atualizações anuais das pensões (atualizadas acima da inflação esperada na maioria dos anos em análise), o aumento do número de pensionistas e um aumento adicional de pensão média, que inclui, essencialmente um efeito composição e o impacto de medidas discricionárias, isto é, as pensões mínimas tiveram um crescimento superior às restantes. O forte aumento do número de pensionistas, particularmente relevante nas pensões de velhice, decorreu principalmente do envelhecimento da população e contribuiu em 2,0 p.p para a taxa de crescimento média anual das despesas com pensões de velhice, que se situou em 13,2 por cento. Entre 1994 e 1999 a diminuição da taxa de crescimento do número de pensionistas é explicado pelo aumento gradual da reforma das mulheres 62 para 65 anos, seis meses por ano. 25 O Governo que tomou posse em 2011 inicia um exigente esforço orçamental estipulando como um dos elementos chave da estratégia de aumentar a competitividade da economia portuguesa a designada desvalorização fiscal. 26 Um documento de trabalho a analisar é o Orçamento da Segurança Social para o ano de e para uma evidência comparativa e atualizada, considera-se também o Orçamento relativo ao ano Atente-se no esforço de consolidação orçamental, 25 (Banco de Portugal, 2009) pg. 356 a Documento de Estratégia Orçamental , pg. 50.O desafio estratégico no domínio da Segurança Social passava por garantir um nível adequado de proteção social e por outro lado assegurar que a despesa das prestações sociais mantivesse assegurado o exigente processo de consolidação orçamental. Previam-se medidas de congelamento de pensões, aplicação da contribuição especial, melhoria de procedimento inerente à aplicação de recursos de acesso a prestações sociais, reforma do subsídio de desemprego Constituem princípios gerais do sistema o princípio da universalidade, da igualdade, da solidariedade, daequidade social, da diferenciação positiva, da subsidiariedade, da inserção social, da coesão intergeracional,do primado da responsabilidade pública, da complementaridade, da unidade, da descentralização, daparticipação,da eficácia, da tutela dos direitos adquiridos e dos direitos em formação, da garantia judiciária e da informação. consultado em 2013/09/01 (artº. 5º. ) 28 consultado em 2013/05/19 (pp. 122); São três as funções do Orçamento de Estado: política, jurídica e económica. A Lei do Enquadramento Orçamental estabelece as normas de execução orçamental, isto é, normas às quais a realização das despesas previstas têm de obedecer. Lei nº. 91/2001 de 20 de agosto. No seu artigo 1º. estabelece regras relativas à organização, elaboração, apresentação, discussão e votação das contas do Estado, incluindo a da Segurança Social. 11

12 iniciado em 2010 e consagrado no Programa de Estabilidade e Crescimento , refletindo, assim, uma forte contenção da despesa pública. 29 Apesar da conjuntura desfavorável, a situação orçamental do Sistema da Segurança Social apresentou-se positiva em 2010, refletindo um conjunto de medidas extraordinárias implementadas ao longo do ano, cujo impacto se fez igualmente sentir durante o ano seguinte. Quadro: Principais despesas e receitas do Orçamento da Segurança Social (milhões de euros) 2009 Orçamento 2010 Previsão Execução 2010 Orçamento 2011 CSS 2011 Previsão Execução 2012 Orçamento 2013 Despesas Correntes , , , , , , ,92 Despesas c/ Pensões , , , , , , ,38 Despesas c/ Subsídio de Desemprego 2 045, , , , , , ,16 Despesas c/ Subsídios à Família 1 000, ,46 964,91 747,28 674,39 668,33 677,79 Receitas Totais , , , , , , ,96 Contribuições , , , , , , ,21 Transferências do OE 7 165, , , , , , ,83 Outras Receitas 832,00 894,71 808,63 901, , , ,53 Saldo Global 579,38 293,52 368,45 535,08 439,43 34,14 3,10 Fonte Ministério das Finanças e Administração Pública. Relatório do OE Situação Financeira das Administrações Públicas, pg Relatório da OE 2013 Situação financeira das Administrações Públicas 2012 e 2013 (Contabilidade Pública e Nacional-CPN) A receita de contribuições estimada para 2011, atinge o montante de ,8 milhões de euros, com um crescimento implícito de 4,6%. Contudo efetivamente foi ,32 milhões de euros. Esta rubrica, que representa cerca de 58,6% dos recursos orçamentados para o ano de 2011, em conjunto com as transferências provenientes do Orçamento do Estado e de outros Ministérios, garante cerca de 87,5% do total da receita efetiva do sistema. O ano 29 A função do controlo orçamental pode ser de âmbito administrativo, jurisidicional (CRP Artº. 107) e político (Assembleia da República, CRP Artº. 39). 12

13 de 2011, regista um saldo positivo, que incorpora o impacto do conjunto de novas medidas de consolidação orçamental e equilíbrio das contas públicas. O crescimento evidenciado ao nível das contribuições em 2011 reflete, para além das dinâmicas próprias associadas ao crescimento da massa salarial na economia e aumento da eficiência contributiva, um conjunto de medidas, em particular (i) a entrada em vigor do Código dos Regimes Contributivos do Sistema Previdencial de Segurança Social (CRCSS); (ii) a integração no regime geral de segurança social dos trabalhadores do setor bancário, até essa data inscritos nos regimes de segurança social substitutivos do sistema público; (iii) a revogação de medidas temporárias de redução das contribuições; bem como (iv) um conjunto de novas ações no quadro da cobrança de dívida. As transferências do Orçamento do Estado para a Segurança Social atingem o montante de 6949,5 milhões de euros, dos quais 6742,5 milhões de euros visam o cumprimento da Lei de Bases da Segurança Social e CPN, correspondendo a uma variação de -12,7% relativamente ao período homólogo de Para 2012 estimava-se uma receita de contribuições de ,42 milhões de euros, o que representa 53,5% do total de receita efetiva e um crescimento negativo de 5,2% relativamente registado no ano anterior. Do Relatório do Orçamento 2011, acerca da Situação Financeira das Administrações, destaca-se: Em 2011, no cômputo global, a estimativa das despesas com pensões e com os ( ) respetivos complementos é de ,3 milhões de euros, representando um acréscimo de 2,8% relativamente à execução provisória de A despesa com pensões representa 61,3% do total da despesa prevista para O crescimento da despesa com pensões previsto para 2011 está intimamente associado à não atualização das pensões e respetivos complementos nesse ano. No que respeita às prestações de desemprego e de apoio ao emprego, prevê-se, em 2011, uma despesa de 2091,7 milhões de euros, o que evidencia um decréscimo de 6,9% relativamente à execução provisória de (Ministério das Finanças, 2010) No que se refere ao abono de família, previa-se, para 2011, uma redução de 22,6% da despesa, contribuindo para tal, e a não atualização dos valores do abono em 2010 e 2011, a eliminação do pagamento de abono nos 4.º e 5.º escalões, a eliminação do pagamento do adicional de abono a partir do 1.º escalão, a redução para metade do valor 13

14 associado às bolsas escolares, a revogação do aumento extraordinário de 25% ao 1.º e 2.º escalões fixados em 2008, bem como as alterações decorrentes das novas regras de acesso a prestações sociais não contributivas (condição de recursos). Os encargos com a ação social deveriam atingir, em 2011, os 1.652,6 milhões euros, o que representa uma redução de 5,5% face ao valor inscrito no Orçamento da Segurança Social para 2010, permitindo uma evolução sustentável na generalidade das prestações e programas de ação social, um reforço na cooperação com instituições da sociedade civil que apoiam designadamente crianças, pessoas com deficiência e idosos, como também o investimento na rede de equipamentos sociais no âmbito do Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais (PARES) e da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados. Nesse ano projetava-se no âmbito da melhoria da eficiência na gestão dos recursos consignados à ação social, a racionalização de alguns programas e prestações, a implementação de medidas no âmbito do modelo de cooperação, como a instituição do controlo de frequências dos utentes, a definição de regras orçamentais quanto à evolução da despesa associada a novos acordos, como também a transferência para a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa dos estabelecimentos integrados, sobre gestão direta, do Instituto de Segurança Social, I.P., localizados no distrito de Lisboa. Face ao volume de receita e despesa considerados no Orçamento da Segurança Social, para 2011, o saldo orçamental (excluindo o saldo do ano anterior, os ativos e os passivos financeiros) na ótica da Contabilidade Pública deveria situar-se em 535,1 milhões de euros, atingindo na ótica da Contabilidade Nacional cerca de 594,5 milhões de euros. Fruto da conjuntura desfavorável e do seu impacto na situação financeira do Sistema Previdencial Repartição, não se previa em 2011, concretizar a transferência de quotizações dos trabalhadores para reforço do Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social, conforme o disposto no n.º 3 do Artigo 91.º da Lei de Bases da Segurança Social. Não se concretiza para o Fundo a transferência da parcela de 2 a 4% dos quotizações. O Orçamento de 2012 previa a introdução de uma medida de desvalorização fiscal que corresponde a uma diminuição do preço relativo das exportações e aumento do preço relativo das importações através da combinação da redução das contribuições patronais para a Segurança Social taxa social única, por compensação do aumento do IVA, de 14

15 forma a garantir a neutralidade orçamental. Registam-se algumas medidas de redução da despesa previstas: congelamento de admissões, redução do número de contratados, a redução de ajudas de custo, horas extraordinárias, trabalho noturno e subsídio de refeição, proibição de revalorizações remuneratórias e de acumulação de salários e pensões), com impacto indireto na despesa e na receita do SSS e que afetam diretamente a despesa do SSS, consubstanciadas na contenção da despesa com prestações sociais (redução das prestações sociais; suspensão da regra de indexação das pensões; maior racionalização na atribuição de prestações sociais por via do reforço da aplicação da condição de recursos; alterações ao regime jurídico das prestações de desemprego; congelamento do Indexante de Apoios Sociais; redução/suspensão do 13º e 14º mês no pagamento de pensões e suspensão, durante a vigência do Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF), das normas do regime de flexibilização que regulam a matéria relativa à antecipação da idade de acesso à pensão de velhice) (Finanças, 2011). No período em análise, as contribuições e quotizações representaram mais de metade da receita efetiva arrecadada (55,9%) e as pensões constituíram a maior fatia de despesa efetiva paga (59,6%). Aquelas receitas apresentam um decréscimo de 3,7%, resultado do efeito conjugado das medidas de política adotadas, designadamente, a alteração das normas que regulam a receita contributiva, e dos efeitos da contração do tecido económico, sendo que as primeiras não foram suficientes para compensar o efeito gerado pela forte contração da economia. 15

16 3. O contributo da Auditoria para propostas de políticas. Abordagens modeladas. Em maio de 2007 Departamento de Estudos Económicos do Banco de Portugal, apresentou um estudo, com um modelo de natureza contabilística/atuarial, MISS (Modelo Integrado da Segurança Social), que permitiu projetar de forma integrada a situação financeira a longo prazo dos dois subsistemas previdenciais da segurança social (componentes contributivas dos subsistemas da Segurança Social e da Caixa Geral de Aposentações (CGA)) (Banco de Portugal (Maximiano P. e Vanda G. C), 2007). Recorre à utilização do modelo segundo duas perspetivas, por um lado, com uma análise da sustentabilidade da segurança social, tendo em conta as principais medidas de reforma acordadas em outubro de 2006 e, por outro lado, com uma avaliação dos efeitos dessas medidas nos indicadores sintéticos de sustentabilidade das finanças públicas utilizados pela Comissão Europeia. Um conjunto de projeções, gerado pelo modelo, sem a inclusão das medidas de reforma da segurança social, mostra uma situação de grave desequilíbrio financeiro e clara insustentabilidade da componente previdencial da segurança social portuguesa. Um segundo conjunto de projeções, com a inclusão de quatro das medidas mais representativas da reforma da segurança social (antecipação da transição para a nova fórmula de cálculo da pensão, atualização das pensões em função da inflação, agravamento da penalização financeira por antecipação da reforma de velhice e introdução, a partir de 2008, do fator de sustentabilidade), mostra, comparativamente ao cenário base das medidas, uma melhoria muito expressiva dos saldos financeiros do sistema. A utilização do modelo com a incorporação dos efeitos esperados das medidas de reforma no cálculo para Portugal dos indicadores da Comissão Europeia, reduz segundo o estudo para cerca de metade a componente destes indicadores relativa ao aumento da despesa pública mais sensível ao envelhecimento. As conclusões do referido estudo levaram o Governador do Banco de Portugal a afirmar à imprensa ( ) de acordo com o nosso estudo, com essa reforma de grande alcance, Portugal deixa de estar no grupo dos países da União Europeia com maiores problemas de sustentabilidade das finanças públicas a longo prazo. A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento 16

17 Económico (OCDE) (2007) apresentou o estudo Pensions at a Glance, do qual através da análise às reformas da Segurança Social nos vários países membros, destaca Portugal e o México como os países onde as expectativas de pensões mais se reduzirão, em virtude das alterações introduzidas, como o aumento da idade da reforma e as novas regras de cálculo das pensões. De acordo com o referido estudo, antes da introdução das novas regras, um trabalhador português poderia esperar, em média, uma reforma equivalente a 113 por cento do salário, enquanto com as novas regras as taxas líquidas de reposição descem, em média, para 70 por cento. 30 A OCDE sublinha no estudo, três fatores tidos como fundamentais para a existência de pressão no sistema de Segurança Social em Portugal com resultados contrários aos preconizados pela reforma: a subida da esperança média de vida, que alargou o tempo de recebimento da reforma; as inúmeras situações de entrada na reforma antes da idade limite; os descontos efetuados ao longo da vida ativa aquém do previsto. 31 Um facto positivo, segundo o estudo da OCDE, prende-se com a introdução do chamado fator de sustentabilidade nas pensões portuguesas. Trata-se da fórmula encontrada para fazer refletir a esperança média de vida no valor das pensões de reforma. Com efeito, por via da inclusão do fator de sustentabilidade na fórmula de cálculo da pensão, os atuais trabalhadores ficaram obrigados a trabalhar em média, mais cinco meses por cada dez anos passados. O Tribunal de Contas (TC) tem acompanhado a execução orçamental e aponta para o impacto negativo das transferências de fundos de pensões para a Segurança Social. 32 Indica que o conjunto de fundos de pensões integrados na Caixa Geral de Aposentações (CGA), nos últimos anos, já tem perdas acumuladas de quase 3 mil milhões de euros. O fundo dos CTT já se esgotou, o da CGD vale metade do que valia em 2004 e o da PT desvalorizou 12% logo no primeiro ano sob gestão do Estado, ou seja, em Na prática, a reestruturação da Segurança Social, vai obrigar cada português a trabalhar mais anos para receber uma pensão mais baixa. 31 RIBEIRO, Luís Reis. Reforma da Segurança Social afeta mais Portugal, Diário Económico (23 Abr.2007), p pesquisa 2012/11/02. O TC A Constituição da República Portuguesa (CRP) no seu artº 214º, apresenta o Tribunal de Contas (TC) como o órgão supremo da fiscalização da legalidade das despesas públicas e de julgamento das contas das contas que a lei mandar submeter-lhe. Historicamente, as funções do TC têm evoluído ao longo dos tempos, estando a sua origem associada aos primeiros tempos na Nação (Campinho, 1998). Nos tempos mais recentes as suas funções evoluíram para assumirem, hoje, a mais elevada responsabilidade no âmbito da auditoria pública (Costa et al., 2006). A Lei nº 98/97 de 26 de agosto Lei de Organização e Processo. 17

18 E, atualmente, existem mais de 40 mil pensionistas da CGA com origem nas empresas que transferiram os fundos de pensões, sem que estes tenham capacidade para assegurar a totalidade dos seus compromissos. O TC explica que a evolução dos fundos está fortemente pressionada pela diferença entre as responsabilidades assumidas com pensões e prestações sociais que não param de crescer e as contribuições e rendimentos gerados pela carteira de investimentos, que tendem a diminuir. Isto acontece devido à fraca capacidade de gerar valor através da aplicação dos seus recursos nos mercados financeiros, muito por conta da dívida pública portuguesa, que tende a dominar estas carteiras. Na senda das políticas adotadas nos anos de 2010 e 2011, o orçamento de Estado para 2012 veio manter e reforçar as medidas direcionadas para a contenção da despesa pública, que se referem à contenção das remunerações dos trabalhadores da administração pública, as que se referem à redução da despesa com prestações sociais 33 (Tribunal de Contas, 2012). No relatório anual, o TC reforça os alertas que já deixou em documentos anteriores, fazendo questão de lembrar uma auditoria que fez, em 2005, à integração dos fundos de pensões na CGA. Nesse momento, o organismo sublinhou que o efeito positivo imediato que se sentiria nas finanças públicas do país, com as transferências dos fundos de pensões das empresas de capitais públicos para a CGA, dará lugar, no futuro, a um resultado negativo, que se sentiria por um longo período de tempo. Uma auditoria, referente à transferências dos fundos dos CTT, da RDP, da CGD, ANA, NAV e INCM, o Tribunal de Contas previu que, a partir de 2033, deixaria de haver contribuições e quotizações para estes fundos. Mas havia responsabilidades assumidas até (Tribunal de Contas, 2012) 18

19 O cenário pode ser ainda pior do que o previsto pelo TC, uma vez que o relatório divulgado não analisa a incorporação dos fundos de pensões da banca, que foram transferidos para o Estado no final de 2011, para cumprir a meta do défice. Um boletim estatístico do Banco de Portugal indicava que, no ano terminado em junho, a Segurança Social registou um saldo negativo de 384 milhões de euros, o que acontece pela primeira vez desde O relatório do OE para 2013 refere que o sistema entrará em colapso em Durante este ano e no próximo, estão previstos reforços extraordinários do orçamento da Segurança Social, de 857 e 970 milhões de euros, respetivamente. Um dos maiores desafios da reforma da proteção social em Portugal, e que a diferencia das reformas ocorridas ou em curso em outros países, é o facto de, o sistema não produzir os níveis de proteção social desejáveis designadamente à luz dos padrões de referência de outras sociedades desenvolvidas da Europa Ocidental. Este é, obviamente, um grande desafio para os estrategas do Ministério da Segurança Social. A maioria dos países desenvolvidos com sistemas de proteção social fortes, que deram ou estão hoje a tomar rumos decisivos no sentido da sua reforma, não estão permanentemente pressionados pela necessidade de acomodar um incremento da despesa no futuro próximo, por via da consolidação e amadurecimento do sistema. Concluímos com a defesa da importância da Auditoria às contas da Segurança Social com uma metodologia mais ativa e contínua, quer assinalando indícios de fraude e rutura do sistema, fiscalizando a legalidade das contas, quer como relatórios de base técnica para a apresentação de propostas de políticas de otimização do sistema. 19

20 Bibliografia Banco de Portugal (Maximiano P. e Vanda G. C). (2007). MISS: um modelo de avaliação da Sustentabilidade da Segurança Social. Departamento de Estudos Económicos. Lisboa: Banco de Portugal. Banco de Portugal. (2009). A Economia Portuguesa no Contexto da Integração Económica, Financeira e Monetária. Banco de Portugal, Departamento de Estudos Económicos. Lisboa: Banco de Portugal. Barreto, A. (2000). A Situação Social em Portugal Indicadores Sociais em Portugal e na União Europeia. Imprensa de Ciências Sociais (Vol. Volume I). (I. d. Lisboa, Ed.) Campos, A. C. (2000). Solidariedade Sustentada - reformar a Segurança Social. (T. Portugueses, Ed.) Gradiva. Carreira, H. M. (1996). As políticas sociais em Portugal. Gradiva. Colecção Trajectos Portugueses 35. CISEP/CIEF/IGFSS. (2000). Reforma do Sistema de Segurança Social - Cenários Prospetivos de Estruturação e Financiamento LISBOA: CISEP/CIEF/IGFSSCentro de Investigação de Economia Portuguesa; Centro de Investigação de Economia Financeira; Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social. Comissão do Livro Branco da Segurança Social. (1998). Livro Branco da Segurança Social. Lisboa: Edição conjunta do Instituto Nacional de Administração (INA) e do Instiuto Gestão Financeira da Segurança Social (IGFSS). Comissão Europeia. (2006). Adequate and Sustainble Pensions/Portugal. Bruxelas: SEC (2006)304. Diário da República. (10 de 05 de 2007). Decreto-Lei 187/2007. Diário da República, I ª. Série, nº. 90, Diário da República. (22 de 02 de 2008). Decreto-Lei nº Regime Público de Capitalização. Diário da República, Iª. Série, Diario da República. (20 de 10 de 2001). Decreto-Lei nº. 331/2001. Diario da República Iª. Série. Diário da República. (19 de 2 de 2002). Decreto-Lei nº. 35/ Regras de Cálculo da Pensão. Diário da República, Iª. Série. Diário da República. (16 de 01 de 2007). Lei 4/2007, Lei de Bases da Segurança Social. Diário da República, Iª. Série, nº. 11, Diário da República. (16 de 09 de 2009). Lei n.º 110/ CRCSPSS. Diário da República, Iª. Série, nº. 180, Diário da República. (8 de 08 de 2000). Lei nº. 17/2000. Diário da República, Iª. Série. Diário da República. (16 de janeiro de 2007). Lei nº. 4/ Lei de Bases da Segurança Social. Diário da República. Diário da República. (22 de 09 de 1998). Portaria nº. 800/98. Diário da República, FONTE:PORDATA. (28 de 3 de 2013). Nº. de Pensionistas. Obtido em 25 de 8 de 2013, de PORDATA: Ministério das Finanças. (2010). Relatório Orçamento Estado Lisboa: Ministério das Finanças. Murteira, M. C. (dezembro de 2008). A reforma de 2007 do Sistema Público de Pensões em Portugal - Uma Análise Crítica das Escolhas Normativas Implícitas. Notas Económicas. Ribeiro, L. R. (23 de 04 de 2007). Reforma da Segurnaça Social afeta mais Portugal. (D. Económico, Ed.) Diário Económico, 8. Rodrigues, Eduardo Ferro et al. (1998). Portugal na Transição do Milénio - Colóquio Internacional. (C. d. Expo'98, Ed.) Lisboa: Fim de Século Edições, Ldª. Tribunal de Contas. (2012). Acompanhamento da Execução do Orçamento da Segurança Social, janeiro a junho Obtido em 1 de julho de 2013, de Tribunal de Contas: 20

21 ANEXOS Quadro I: Evolução das despesas e receitas da Segurança Social ( ) Unidade: Milhões de contos, a preços constantes de 1990 (a) e a preços correntes (b) Despesas Anual Total (a) 468,1 549,1 629,1 802,6 966,0 1116,7 1248,5 1374,7 1517,0 1602,1 1652,0 1852,3 Despesas c/ Pensões (a) 427,9 449,3 462,5 527,5 568,4 601,1 639,4 650,4 666,4 701,0 721,7 745,4 Despesas c/ Subsídio de Desemprego (a) 27,8 23,2 23,1 27,1 37,4 54,6 85,3 96,0 95,1 92,2 87,0 83,5 Despesas c/ Subsídios à Família (a) 51,9 52,2 50,0 50,8 58,7 62,4 62,8 60,6 61,5 62,8 62,0 62,0 Receitas Totais (a) 789,7 780,7 823,6 850,3 912,6 1013,6 1142,7 1139,6 1170,6 1325,5 1292,8 1363,8 Receitas e Transferências Correntes (a) 676,0 735,9 777,7 820,2 864,3 903,7 1008,8 987,8 1107,6 1228,2 1327,3 1268,0 Contribuições (b) 427,2 520, ,4 855,4 958,2 1010,9 1017,7 1224,9 1221,8 1281,2 1484,6 Transferências do OE (b) 28,0 44,8 47,5 53,5 69,8 76,8 206,5 214,4 166,2 355,7 383,7 359,3 Outras Receitas (b) 59,9 67,5 91,3 71,5 87,1 190,7 237,7 264,2 306,6 258,9 255,0 416,4 FONTE: Ministério da Solidariedade e Segurança Social extraído do Livro Branco (1998), pg. 18, e Conta da Segurança Social, Nas Transferências do Orçamento de Estado não são tidas em conta as transferências de FEDER, nem Transferências do Ministério das Finanças. Quadro II: Evolução do número de beneficiários e de pensionistas por regime ( ) 34 Unidade: Milhares de pessoas Beneficiários Ativos 3787,5 4057,4 4067,7 4109,4 3913,3 3964,8 3866,2 4025,3 4197,3 4153,9 4210,7 Pensionistas 2037,3 2126,7 2177,9 2202,2 2230,4 2266,7 2314,7 2336,4 2364, ,7 Beneficiários Ativos/ /Pensionistas 1,86 1,91 1,87 1,87 1,75 1,75 1,67 1,72 1,78 1,73 1,74 Beneficiários de Sub. de Desemprego e Social de Desemprego 68,9 62,2 61,6 69,3 93,9 136,1 181,5 180,8 182,0 187,2 170,1 População Total 9765,2 9783,7 9800,6 9810,2 9960,5 9964,8 9982, , , , ,9 FONTE: Ministério da Solidariedade e Segurança Social extraído Comissão do Livro Branco (1998). Pg. 22, e dados do INE: Estimativas de população residente em Portugal. 34 Procurando conclusões baseadas na evidência empírica socorremo-nos de dados de estatísticas da CLBSS (1998) e BARRETO (2000). Chama-se a atenção que para o mesmo ano detetamos diferentes valores, apesar de ambas as referências bibliográficas se basearem em dados fornecidos pelo Instituto de Gestão Financeira da Solidariedade e Segurança Social. 21

Nota Técnica. Sobre a sustentabilidade dos sistemas de proteção social

Nota Técnica. Sobre a sustentabilidade dos sistemas de proteção social Nota Técnica Sobre a sustentabilidade dos sistemas de proteção social Tal como sucedeu com a maior parte dos regimes de proteção social da Europa, também o sistema português evoluiu de um regime de seguros

Leia mais

Projeções para a economia portuguesa: 2014-2016

Projeções para a economia portuguesa: 2014-2016 Projeções para a Economia Portuguesa: 2014-2016 1 Projeções para a economia portuguesa: 2014-2016 As projeções para a economia portuguesa apontam para uma recuperação gradual da atividade ao longo do horizonte.

Leia mais

FEUP - 2010 RELATÓRIO DE CONTAS BALANÇO

FEUP - 2010 RELATÓRIO DE CONTAS BALANÇO relatório de contas 2 FEUP - 2010 RELATÓRIO DE CONTAS BALANÇO FEUP - 2010 RELATÓRIO DE CONTAS 3 4 FEUP - 2010 RELATÓRIO DE CONTAS DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR NATUREZAS DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

Leia mais

População residente em Portugal com tendência para diminuição e envelhecimento

População residente em Portugal com tendência para diminuição e envelhecimento Dia Mundial da População 11 julho de 214 1 de julho de 214 População residente em Portugal com tendência para diminuição e envelhecimento Para assinalar o Dia Mundial da População (11 de julho), o Instituto

Leia mais

Equilíbrio de Género nos Conselhos de Administração: as Empresas do PSI 20

Equilíbrio de Género nos Conselhos de Administração: as Empresas do PSI 20 1 Equilíbrio de Género nos Conselhos de Administração: as Empresas do PSI 20 Relatório 2014 ACEGIS Associação para a Cidadania, Empreendedorismo, Género e Inovação Social 8 de março de 2014 Dia Internacional

Leia mais

AVISO PARA APRESENTAÇÃO DE CANDIDATURAS. Reforçar a Competitividade das Empresas

AVISO PARA APRESENTAÇÃO DE CANDIDATURAS. Reforçar a Competitividade das Empresas AVISO PARA APRESENTAÇÃO DE CANDIDATURAS PROGRAMA OPERACIONAL DA 2014-2020 (MADEIRA 14-20) EIXO PRIORITÁRIO 3 Reforçar a Competitividade das Empresas PRIORIDADE DE INVESTIMENTO (PI) 3.b Desenvolvimento

Leia mais

DECRETO N.º 262/XII. A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte: Artigo 1.

DECRETO N.º 262/XII. A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte: Artigo 1. DECRETO N.º 262/XII Cria a contribuição de sustentabilidade e ajusta a taxa contributiva dos trabalhadores do sistema previdencial de segurança social e do regime de proteção social convergente, procedendo

Leia mais

Projeções para a economia portuguesa: 2015-2017

Projeções para a economia portuguesa: 2015-2017 Projeções para a economia portuguesa: 2015-2017 As projeções para a economia portuguesa em 2015-2017 apontam para uma recuperação gradual da atividade ao longo do horizonte de projeção. Após um crescimento

Leia mais

Procedimento dos Défices Excessivos (2ª Notificação de 2014)

Procedimento dos Défices Excessivos (2ª Notificação de 2014) Procedimento dos Défices Excessivos 2ª Notificação 2014 30 de setembro de 2014 Procedimento dos Défices Excessivos (2ª Notificação de 2014) Nos termos dos Regulamentos da União Europeia, o INE envia hoje

Leia mais

VICE-PRESIDÊNCIA DO GOVERNO REGIONAL, S.R. DO TRABALHO E SOLIDARIEDADE SOCIAL Despacho n.º 1009/2012 de 20 de Julho de 2012

VICE-PRESIDÊNCIA DO GOVERNO REGIONAL, S.R. DO TRABALHO E SOLIDARIEDADE SOCIAL Despacho n.º 1009/2012 de 20 de Julho de 2012 VICE-PRESIDÊNCIA DO GOVERNO REGIONAL, S.R. DO TRABALHO E SOLIDARIEDADE SOCIAL Despacho n.º 1009/2012 de 20 de Julho de 2012 O Decreto Regulamentar n.º 84-A/2007, de 10 de dezembro, alterado pelos Decretos

Leia mais

MINISTÉRIOS DAS FINANÇAS E DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E DO TRABALHO E DA SOLIDARIEDADE SOCIAL

MINISTÉRIOS DAS FINANÇAS E DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E DO TRABALHO E DA SOLIDARIEDADE SOCIAL 8818 Diário da República, 1.ª série N.º 252 31 de Dezembro de 2009 MINISTÉRIOS DAS FINANÇAS E DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E DO TRABALHO E DA SOLIDARIEDADE SOCIAL Portaria n.º 1457/2009 de 31 de Dezembro O

Leia mais

COMUNICAÇÃO DA COMISSÃO. Avaliação das medidas adotadas. pela FRANÇA

COMUNICAÇÃO DA COMISSÃO. Avaliação das medidas adotadas. pela FRANÇA 1. COMISSÃO EUROPEIA Bruxelas, 1.7.2015 COM(2015) 326 final COMUNICAÇÃO DA COMISSÃO Avaliação das medidas adotadas pela FRANÇA em resposta à Recomendação do Conselho de 10 de março de 2015 com vista a

Leia mais

Decreto-Lei n.º 160/80 de 27 de Maio

Decreto-Lei n.º 160/80 de 27 de Maio Decreto-Lei n.º 160/80 de 27 de Maio (Revogado pelo artigo 108.º do Decreto-Lei n.º 497/88, de 30 de Dezembro) A moderna evolução dos sistemas de protecção social não só aponta para o preenchimento das

Leia mais

Análise jurídica para a ratificação da Convenção 102 da OIT

Análise jurídica para a ratificação da Convenção 102 da OIT Análise jurídica para a ratificação da Convenção 102 da OIT A análise do quadro jurídico para a ratificação da Convenção 102 da OIT por Cabo Verde, inscreve-se no quadro geral da cooperação técnica prestada

Leia mais

ACORDO SOBRE AS LINHAS ESTRATÉGICAS DE REFORMA DA SEGURANÇA SOCIAL

ACORDO SOBRE AS LINHAS ESTRATÉGICAS DE REFORMA DA SEGURANÇA SOCIAL ACORDO SOBRE AS LINHAS ESTRATÉGICAS DE REFORMA DA SEGURANÇA SOCIAL Julho de 2006 1 O sistema de protecção social português encontra-se hoje, tal como na generalidade dos países desenvolvidos, perante desafios

Leia mais

Política monetária e senhoriagem: depósitos compulsórios na economia brasileira recente

Política monetária e senhoriagem: depósitos compulsórios na economia brasileira recente Política monetária e senhoriagem: depósitos compulsórios na economia brasileira recente Roberto Meurer * RESUMO - Neste artigo se analisa a utilização dos depósitos compulsórios sobre depósitos à vista

Leia mais

ACÓRDÃO Nº 22 /2010 8.JUN/1ª S/SS

ACÓRDÃO Nº 22 /2010 8.JUN/1ª S/SS Mantido pelo acórdão nº 34/10, de 17/12/10, proferido no recurso nº 14/10 Não transitado em julgado ACÓRDÃO Nº 22 /2010 8.JUN/1ª S/SS Processo nº 187/2010 I OS FACTOS 1. O Município de Gondomar remeteu,

Leia mais

Comunicado. Proposta de Tarifas e Preços para a Energia Elétrica em 2016

Comunicado. Proposta de Tarifas e Preços para a Energia Elétrica em 2016 Comunicado Proposta de Tarifas e Preços para a Energia Elétrica em 2016 Nos termos regulamentarmente previstos, designadamente no artigo 185.º do Regulamento Tarifário, o Conselho de Administração da ERSE

Leia mais

O DIREITO À SEGURANÇA SOCIAL

O DIREITO À SEGURANÇA SOCIAL O DIREITO À SEGURANÇA SOCIAL 1 O DIREITO À SEGURANÇA SOCIAL A segurança social tem que ser entendida na dupla perspectiva de direito social dos cidadãos, que compete ao Estado garantir, e de princípio

Leia mais

Trabalhadores Independentes Atualizado em: 30-04-2015

Trabalhadores Independentes Atualizado em: 30-04-2015 SEGURANÇA SOCIAL Trabalhadores Independentes Atualizado em: 30-04-2015 Esta informação destina-se a que cidadãos Trabalhadores independentes Cálculo das contribuições O montante das contribuições é calculado,

Leia mais

GOVERNO UTILIZA EMPRESAS PUBLICAS PARA REDUZIR O DÉFICE ORÇAMENTAL, ENDIVIDANDO-AS E ARRASTANDO-AS PARA A SITUAÇÃO DE FALENCIA TÉCNICA

GOVERNO UTILIZA EMPRESAS PUBLICAS PARA REDUZIR O DÉFICE ORÇAMENTAL, ENDIVIDANDO-AS E ARRASTANDO-AS PARA A SITUAÇÃO DE FALENCIA TÉCNICA GOVERNO UTILIZA EMPRESAS PUBLICAS PARA REDUZIR O DÉFICE ORÇAMENTAL, ENDIVIDANDO-AS E ARRASTANDO-AS PARA A SITUAÇÃO DE FALENCIA TÉCNICA RESUMO DESTE ESTUDO Os principais jornais diários portugueses divulgaram

Leia mais

SUBSÍDIO DE DESEMPREGO

SUBSÍDIO DE DESEMPREGO SUBSÍDIO DE DESEMPREGO Recentemente foi publicado o Decreto-Lei n.º 220/2006 de 3 de Novembro, o qual alterou o quadro legal de reparação da eventualidade do desemprego dos trabalhadores por conta de outrem.

Leia mais

newsletter Nº 86 MARÇO / 2014

newsletter Nº 86 MARÇO / 2014 newsletter Nº 86 MARÇO / 2014 Assuntos em Destaque Resumo Fiscal/Legal Fevereiro de 2014 2 Contabilização de Swaps de Taxa de Juro 3 Revisores e Auditores 8 LEGISLAÇÃO FISCAL/LEGAL Ministério da Solidariedade,

Leia mais

ANO LETIVO 2013/2014 CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO

ANO LETIVO 2013/2014 CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO ANO LETIVO 2013/2014 CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO Ensino Básico Os conhecimentos e capacidades a adquirir e a desenvolver pelos alunos de cada nível e de cada ciclo de ensino têm como referência os programas

Leia mais

PROPOSTA DE LEI N.º 233/XII

PROPOSTA DE LEI N.º 233/XII PROPOSTA DE LEI N.º 233/XII PLANO NACIONAL DE AÇÃO PARA OS DIREITOS DA CRIANÇA As crianças são encaradas como sujeitos de direitos, a partir do momento em que o seu bem-estar é concebido como uma consequência

Leia mais

Cerca de 13% das famílias endividadas têm encargos com a dívida superiores a 40% do seu rendimento

Cerca de 13% das famílias endividadas têm encargos com a dívida superiores a 40% do seu rendimento Inquérito à Situação Financeira das Famílias 2010 25 de maio de 2012 Cerca de 13% das famílias endividadas têm encargos com a dívida superiores a 40% do seu rendimento O Inquérito à Situação Financeira

Leia mais

C N INTERPRETAÇÃO TÉCNICA Nº 2. Assunto: RESERVA FISCAL PARA INVESTIMENTO Cumprimento das obrigações contabilísticas I. QUESTÃO

C N INTERPRETAÇÃO TÉCNICA Nº 2. Assunto: RESERVA FISCAL PARA INVESTIMENTO Cumprimento das obrigações contabilísticas I. QUESTÃO C N C C o m i s s ã o d e N o r m a l i z a ç ã o C o n t a b i l í s t i c a INTERPRETAÇÃO TÉCNICA Nº 2 Assunto: RESERVA FISCAL PARA INVESTIMENTO Cumprimento das obrigações contabilísticas I. QUESTÃO

Leia mais

Identificação da empresa

Identificação da empresa Identificação da empresa Missão e Visão A Missão da Parque Expo consiste na promoção da qualidade da vida urbana e da competitividade do território. Para cumprimento desta Missão, a empresa realiza operações

Leia mais

Projeto de Resolução n.º 565/XII/2.ª

Projeto de Resolução n.º 565/XII/2.ª Projeto de Resolução n.º 565/XII/2.ª Recomenda ao Governo que aprove, para o período de vigência do Programa de Assistência Financeira a Portugal, uma moratória para as ações de despejo que tiverem fundamento

Leia mais

Os sistemas de Segurança Social e da CGA utilizados pelo governo como instrumento orçamental

Os sistemas de Segurança Social e da CGA utilizados pelo governo como instrumento orçamental A MANIPULAÇÃO DO FATOR DE SUSTENTABILIDADE PELO GOVERNO, O AUMENTO TODOS OS ANOS DA IDADE DE REFORMA E DE APOSENTAÇÃO, E O DUPLO CORTE NA PENSÕES ANTECIPADAS Neste estudo vamos esclarecer cinco questões

Leia mais

NORMAS INTERNACIONAIS DO TRABALHO Convenção (n.º 102) relativa à segurança social (norma mínima), 1952

NORMAS INTERNACIONAIS DO TRABALHO Convenção (n.º 102) relativa à segurança social (norma mínima), 1952 NORMAS INTERNACIONAIS DO TRABALHO Convenção (n.º 102) relativa à segurança social (norma mínima), 1952 Bureau Internacional do Trabalho 1 Ratificação Como são utilizadas as Normas Internacionais do Trabalho?

Leia mais

PROJETO DE LEI N.º 178/XIII/1.ª SALVAGUARDA A PENSÃO DE ALIMENTOS ENQUANTO DIREITO DA CRIANÇA NO CÁLCULO DE RENDIMENTOS

PROJETO DE LEI N.º 178/XIII/1.ª SALVAGUARDA A PENSÃO DE ALIMENTOS ENQUANTO DIREITO DA CRIANÇA NO CÁLCULO DE RENDIMENTOS Grupo Parlamentar PROJETO DE LEI N.º 178/XIII/1.ª SALVAGUARDA A PENSÃO DE ALIMENTOS ENQUANTO DIREITO DA CRIANÇA NO CÁLCULO DE RENDIMENTOS Exposição de motivos O direito à segurança social e solidariedade

Leia mais

Seguro Social Voluntário

Seguro Social Voluntário Ficha Técnica Autor: (DGSS) - Divisão dos Instrumentos Informativos - Direção de Serviços da Definição de Regimes Editor: DGSS Conceção Gráfica: DGSS / Direção de Serviços de Instrumentos de Aplicação

Leia mais

GUIA PRÁTICO LICENCIAMENTO DA ATIVIDADE DOS ESTABELECIMENTOS DE APOIO SOCIAL

GUIA PRÁTICO LICENCIAMENTO DA ATIVIDADE DOS ESTABELECIMENTOS DE APOIO SOCIAL GUIA PRÁTICO LICENCIAMENTO DA ATIVIDADE DOS ESTABELECIMENTOS DE APOIO SOCIAL INSTITUTO DA SEGURANÇA SOCIAL, I.P ISS, I.P. Departamento/Gabinete Pág. 1/15 FICHA TÉCNICA TÍTULO Guia Prático Licenciamento

Leia mais

CIRCULAR. N.Refª: 98/2015 Data: 02/12/15. ASSUNTO: ORIENTAÇÃO TÉCNICA N.º 2/2015 Projetos de Formação-Ação Modalidade Projetos Conjuntos

CIRCULAR. N.Refª: 98/2015 Data: 02/12/15. ASSUNTO: ORIENTAÇÃO TÉCNICA N.º 2/2015 Projetos de Formação-Ação Modalidade Projetos Conjuntos CIRCULAR N.Refª: 98/2015 Data: 02/12/15 ASSUNTO: ORIENTAÇÃO TÉCNICA N.º 2/2015 Projetos de Formação-Ação Modalidade Projetos Conjuntos Exmos. Senhores, No seguimento da publicação do Aviso 34/SI/2015 e

Leia mais

MELHORES PRÁTICAS DA OCDE

MELHORES PRÁTICAS DA OCDE MELHORES PRÁTICAS DA OCDE PARA A TRANSPARÊNCIA ORÇAMENTÁRIA INTRODUÇÃO A relação entre a boa governança e melhores resultados econômicos e sociais é cada vez mais reconhecida. A transparência abertura

Leia mais

DIRECTRIZ DE REVISÃO/AUDITORIA 872

DIRECTRIZ DE REVISÃO/AUDITORIA 872 DIRECTRIZ DE REVISÃO/AUDITORIA 872 Revista em Março de 2009 Entidades Municipais, Intermunicipais e Metropolitanas ÍNDICE Parágrafos INTRODUÇÃO 1 8 OBJECTIVO 9 FUNÇÕES EQUIVALENTES AO COMPROMISSO DO REVISOR

Leia mais

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA COMISSÃO DE ASSUNTOS EUROPEUS

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA COMISSÃO DE ASSUNTOS EUROPEUS ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA COMISSÃO DE ASSUNTOS EUROPEUS Parecer COM(2015) 136 COMUNICAÇÃO DA COMISSÃO AO PARLAMENTO EUROPEU E AO CONSELHO sobre a transparência fiscal para combater a evasão e a elisão fiscais

Leia mais

FUNDO DE EMERGÊNCIA SOCIAL DE LISBOA. Câmara Municipal de Lisboa

FUNDO DE EMERGÊNCIA SOCIAL DE LISBOA. Câmara Municipal de Lisboa FUNDO DE EMERGÊNCIA SOCIAL DE LISBOA Câmara Municipal de Lisboa FUNDO DE EMERGÊNCIA SOCIAL DE LISBOA O que é o Fundo de Emergência Social de Lisboa (FES)? É um programa municipal criado em 2012 e que se

Leia mais

Código dos Regimes Contributivos do Sistema Previdencial de Segurança Social. Seguro Social Voluntário

Código dos Regimes Contributivos do Sistema Previdencial de Segurança Social. Seguro Social Voluntário de Segurança Social Seguro Social Voluntário Ficha Técnica Autor: (DGSS) - Direção de Serviços de Instrumentos de Aplicação (DSIA) - Direção de Serviços da Definição de Regimes Editor: DGSS Conceção Gráfica:

Leia mais

Tomada de posição do STAL sobre a ADSE

Tomada de posição do STAL sobre a ADSE Tomada de posição do STAL sobre a ADSE 1. A ADSE A ADSE foi criada em 1963 com a designação Assistência na Doença aos Servidores Civis do Estado tendo em 1980 mudado o nome para Direção-Geral de Proteção

Leia mais

Melhor Contabilidade, Condição de Planeamento e Gestão Eficaz da Despesa Pública

Melhor Contabilidade, Condição de Planeamento e Gestão Eficaz da Despesa Pública Melhor Contabilidade, Condição de Planeamento e Gestão Eficaz da Despesa Pública Teodora Cardoso Apresentação na Conferência UM NOVO OLHAR SOBRE A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: O SNC-AP, Instituto Politécnico

Leia mais

COMISSÃO DE VENCIMENTOS DA SONAE - SGPS, SA

COMISSÃO DE VENCIMENTOS DA SONAE - SGPS, SA Ponto n.º 4 Exmo. Senhor Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Sonae - SGPS, SA Lugar do Espido, Via Norte 4471-909 Maia A Comissão de Vencimentos propõe à Assembleia Geral que delibere aprovar, nos

Leia mais

Comunicado. Tarifas e Preços para a Energia Elétrica em 2014

Comunicado. Tarifas e Preços para a Energia Elétrica em 2014 Comunicado Tarifas e Preços para a Energia Elétrica em 2014 De acordo com os procedimentos estabelecidos no Regulamento Tarifário foi submetida, em outubro, à apreciação do Conselho Tarifário, da Autoridade

Leia mais

4912 Diário da República, 1.ª série N.º 168 30 de agosto de 2012

4912 Diário da República, 1.ª série N.º 168 30 de agosto de 2012 4912 Diário da República, 1.ª série N.º 168 30 de agosto de 2012 Cláusula 4.ª Competências reconhecidas à escola Com o presente contrato, o Ministério da Educação e Ciência reconhece à escola as seguintes

Leia mais

Divisão de Assuntos Sociais

Divisão de Assuntos Sociais Divisão de Assuntos Sociais Programa de Apoio às Entidades Sociais de Odivelas (PAESO) Índice Pág. Preâmbulo 1 1. Objectivos 2 2. Destinatários 2 3. Modalidades de Apoio 2 3.1. Subprograma A - Apoio à

Leia mais

EVOLUÇÃO DO SEGURO DE SAÚDE EM PORTUGAL

EVOLUÇÃO DO SEGURO DE SAÚDE EM PORTUGAL EVOLUÇÃO DO SEGURO DE SAÚDE EM PORTUGAL Ana Rita Ramos 1 Cristina Silva 2 1 Departamento de Análise de Riscos e Solvência do ISP 2 Departamento de Estatística e Controlo de Informação do ISP As opiniões

Leia mais

Código dos Regimes Contributivos do Sistema Previdencial de Segurança Social

Código dos Regimes Contributivos do Sistema Previdencial de Segurança Social Código dos Regimes Contributivos do Sistema Previdencial de Segurança Social 2012 3ª Edição Actualização nº 1 CÓDIGO DOS REGIMES CONTRIBUTIVOS DO SISTEMA PREVIDENCIAL DE SEGURANÇA SOCIAL Actualização nº

Leia mais

O NOVO REGIME DO SECTOR PÚBLICO EMPRESARIAL INTRODUÇÃO

O NOVO REGIME DO SECTOR PÚBLICO EMPRESARIAL INTRODUÇÃO 15 de outubro 2013 O NOVO REGIME DO SECTOR PÚBLICO EMPRESARIAL INTRODUÇÃO Motivados pelas exigências constantes do Memorando de Entendimento sobre as Condicionalidades de Política Económica celebrado entre

Leia mais

SEGURANÇA SOCIAL PROTEÇÃO SOCIAL DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

SEGURANÇA SOCIAL PROTEÇÃO SOCIAL DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA SEGURANÇA SOCIAL PROTEÇÃO SOCIAL DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA Maio 2015 Ficha Técnica Autor Direção-Geral da Segurança Social (DGSS) - Direção de Serviços de Instrumentos de Aplicação (DSIA) Edição e propriedade

Leia mais

Barómetro Regional da Qualidade Avaliação da Satisfação dos Utentes dos Serviços de Saúde

Barómetro Regional da Qualidade Avaliação da Satisfação dos Utentes dos Serviços de Saúde Avaliação da Satisfação dos Utentes dos Serviços de Saúde Entidade Promotora Concepção e Realização Enquadramento Avaliação da Satisfação dos Utentes dos Serviços de Saúde Índice RESUMO EXECUTIVO...

Leia mais

Há mais vida para além do Orçamento? Sustentabilidade das Prestações Sociais em Portugal

Há mais vida para além do Orçamento? Sustentabilidade das Prestações Sociais em Portugal SEMINÁRIO O Orçamento de Estado para 2015 Um OE amigo do Investimento, Crescimento e Emprego? Há mais vida para além do Orçamento? Sustentabilidade das Prestações Sociais em Portugal Jorge Miguel Bravo

Leia mais

Comunicado. Proposta de Tarifas e Preços para a Energia Elétrica em 2014

Comunicado. Proposta de Tarifas e Preços para a Energia Elétrica em 2014 Comunicado Proposta de Tarifas e Preços para a Energia Elétrica em 2014 Nos termos regulamentarmente previstos, o Conselho de Administração da ERSE apresenta, a 15 de outubro de cada ano, uma proposta

Leia mais

PRINCÍPIOS ORIENTADORES DO PLANO DE REQUALIFICAÇÃO DOS EDIFÍCIOS DOS TRIBUNAIS (2012 / 2015)

PRINCÍPIOS ORIENTADORES DO PLANO DE REQUALIFICAÇÃO DOS EDIFÍCIOS DOS TRIBUNAIS (2012 / 2015) DO PLANO DE REQUALIFICAÇÃO DOS EDIFÍCIOS DOS TRIBUNAIS (2012 / 2015) REFORMA DA ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA (ROJ) MAPA JUDICIÁRIO 1... Tem por missão a gestão dos recursos financeiros do MJ, a gestão do património

Leia mais

Prova Escrita de Economia A

Prova Escrita de Economia A EXAME FINAL NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO Prova Escrita de Economia A.º Ano de Escolaridade Decreto-Lei n.º 9/202, de 5 de julho Prova 72/2.ª Fase Braille Critérios de Classificação 2 Páginas 205 Prova

Leia mais

PROJECTO DE CARTA-CIRCULAR SOBRE POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

PROJECTO DE CARTA-CIRCULAR SOBRE POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS PROJECTO DE CARTA-CIRCULAR SOBRE POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS No âmbito da avaliação realizada, a nível internacional, sobre os fundamentos da crise financeira iniciada no Verão

Leia mais

Implicações da alteração da Taxa de Juro nas Provisões Matemáticas do Seguro de Vida

Implicações da alteração da Taxa de Juro nas Provisões Matemáticas do Seguro de Vida Implicações da alteração da Taxa de Juro nas Provisões Matemáticas do Seguro de Vida 1. Algumas reflexões sobre solvência e solidez financeira Para podermos compreender o que se entende por solvência,

Leia mais

SEGURIDADE SOCIAL DIREITO PREVIDENCIÁRIO SEGURIDADE SOCIAL SEGURIDADE SOCIAL SEGURIDADE SOCIAL PREVIDÊNCIA SOCIAL. Prof. Eduardo Tanaka CONCEITUAÇÃO

SEGURIDADE SOCIAL DIREITO PREVIDENCIÁRIO SEGURIDADE SOCIAL SEGURIDADE SOCIAL SEGURIDADE SOCIAL PREVIDÊNCIA SOCIAL. Prof. Eduardo Tanaka CONCEITUAÇÃO DIREITO PREVIDENCIÁRIO Prof. Eduardo Tanaka CONCEITUAÇÃO 1 2 Conceituação: A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a

Leia mais

CAPITAL DE GIRO: ESSÊNCIA DA VIDA EMPRESARIAL

CAPITAL DE GIRO: ESSÊNCIA DA VIDA EMPRESARIAL CAPITAL DE GIRO: ESSÊNCIA DA VIDA EMPRESARIAL Renara Tavares da Silva* RESUMO: Trata-se de maneira ampla da vitalidade da empresa fazer referência ao Capital de Giro, pois é através deste que a mesma pode

Leia mais

Guia Sudoe - Para a elaboração e gestão de projetos Versão Portuguesa Ficha 3.3 Como se elabora um plano de trabalho

Guia Sudoe - Para a elaboração e gestão de projetos Versão Portuguesa Ficha 3.3 Como se elabora um plano de trabalho Guia Sudoe - Para a elaboração e gestão de projetos Versão Portuguesa Ficha 3.3 Como se elabora um plano de trabalho 2 Ficha 3.3 Como se elabora um plano de trabalho Índice 1 Determinação do plano de trabalho...

Leia mais

Código dos Regimes Contributivos do Sistema Previdencial de Segurança Social. Seguro Social Voluntário

Código dos Regimes Contributivos do Sistema Previdencial de Segurança Social. Seguro Social Voluntário Código dos Regimes Contributivos do Sistema Previdencial de Segurança Social Seguro Social Voluntário Ficha Técnica Autor: (DGSS) - Divisão dos Instrumentos Informativos - Direção de Serviços da Definição

Leia mais

Portaria n.º 129/2009, de 30 de Janeiro, Regulamenta o Programa Estágios Profissionais (JusNet 211/2009)

Portaria n.º 129/2009, de 30 de Janeiro, Regulamenta o Programa Estágios Profissionais (JusNet 211/2009) LEGISLAÇÃO Portaria n.º 129/2009, de 30 de Janeiro, Regulamenta o Programa Estágios Profissionais (JusNet 211/2009) ( DR N.º 21, Série I 30 Janeiro 2009 30 Janeiro 2009 ) Emissor: Ministério do Trabalho

Leia mais

CAPÍTULO I Rádio e Televisão de Portugal, S. A. Artigo 1º. Natureza, objecto e Estatutos

CAPÍTULO I Rádio e Televisão de Portugal, S. A. Artigo 1º. Natureza, objecto e Estatutos Lei n.º 8/2007, de 14 de Fevereiro, alterada pela Lei n.º 8/2011, de 11 de Abril, e Lei n.º 39/2014, de 9 de julho CAPÍTULO I Rádio e Televisão de Portugal, S. A. Artigo 1º Natureza, objecto e Estatutos

Leia mais

* DOCUMENTOS DE APOIO *

* DOCUMENTOS DE APOIO * E m A N Á L I S E * DOCUMENTOS DE APOIO * Nº 10 Dezembro 2006 Gabinete de Investigação e Projectos Reforma da Segurança Social Síntese Portugal dispõe de um Sistema Público de Segurança Social que se desenvolveu

Leia mais

Grupo Parlamentar. Projeto de Resolução n.º 336/XIII/1.ª

Grupo Parlamentar. Projeto de Resolução n.º 336/XIII/1.ª Grupo Parlamentar Projeto de Resolução n.º 336/XIII/1.ª Recomenda ao Governo que reveja a legislação de modo a defender os idosos de penalizações e exclusões abusivas que são alvo em função da idade Exposição

Leia mais

REGULAMENTO DO PROGRAMA DE FINANCIAMENTO DO INR, I.P. ÀS ORGANIZAÇÕES NÃO GOVERNAMENTAIS

REGULAMENTO DO PROGRAMA DE FINANCIAMENTO DO INR, I.P. ÀS ORGANIZAÇÕES NÃO GOVERNAMENTAIS REGULAMENTO DO PROGRAMA DE FINANCIAMENTO DO INR, I.P. ÀS ORGANIZAÇÕES NÃO GOVERNAMENTAIS Preâmbulo Considerando a missão do INR, I.P., enquanto organismo público, de assegurar o planeamento, execução e

Leia mais

Taxa de desemprego estimada em 11,9%

Taxa de desemprego estimada em 11,9% 5 de agosto de 215 Estatísticas do Emprego 2º trimestre de 215 Taxa de desemprego estimada em 11,9% A taxa de desemprego no 2º trimestre de 215 foi de 11,9%. Este valor é inferior em 1,8 pontos percentuais

Leia mais

DIMENSÃO DE CONSTRUÍDO

DIMENSÃO DE CONSTRUÍDO Ano letivo 2013-2014 Programa de Apoio à Avaliação do Sucesso Académico DIMENSÃO DE CONSTRUÍDO (Avaliação Formativa) REFERENCIAL IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO ESCOLAR Agrupamento de Escolas D. Sancho I

Leia mais

1.2 Situação patrimonial dos setores não financeiros

1.2 Situação patrimonial dos setores não financeiros .2 Situação patrimonial dos setores não financeiros No primeiro semestre de 203, prosseguiu o processo de ajustamento gradual dos desequilíbrios no balanço dos particulares 3 Nos primeiros seis meses de

Leia mais

Comentários ao relatório Uma década para Portugal promovido pelo PS

Comentários ao relatório Uma década para Portugal promovido pelo PS Comentários ao relatório Uma década para Portugal promovido pelo PS Ao definir uma estratégia de crescimento económico sustentado, centrada em propostas políticas concretas, o relatório Uma década para

Leia mais

JORNAL OFICIAL. Sumário REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA. Quarta-feira, 2 de julho de 2014. Série. Número 99

JORNAL OFICIAL. Sumário REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA. Quarta-feira, 2 de julho de 2014. Série. Número 99 REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA JORNAL OFICIAL Quarta-feira, 2 de julho de 2014 Série Sumário ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DA REGIÃO AUTÓNOMA DAMADEIRA Resolução da Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira

Leia mais

NOTAS PRÉVIAS I - DE APRESENTAÇÃO

NOTAS PRÉVIAS I - DE APRESENTAÇÃO NOTAS PRÉVIAS I - DE APRESENTAÇÃO 1. O presente estudo dá continuidade ao trabalho de natureza estatística relativo às declarações do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (DR Modelo 22 de

Leia mais

ipea políticas sociais acompanhamento e análise 7 ago. 2003 117 GASTOS SOCIAIS: FOCALIZAR VERSUS UNIVERSALIZAR José Márcio Camargo*

ipea políticas sociais acompanhamento e análise 7 ago. 2003 117 GASTOS SOCIAIS: FOCALIZAR VERSUS UNIVERSALIZAR José Márcio Camargo* GASTOS SOCIAIS: FOCALIZAR VERSUS UNIVERSALIZAR José Márcio Camargo* Como deve ser estruturada a política social de um país? A resposta a essa pergunta independe do grau de desenvolvimento do país, da porcentagem

Leia mais

01. Missão, Visão e Valores

01. Missão, Visão e Valores 01. Missão, Visão e Valores 01. Missão, Visão e Valores 06 Missão, Visão e Valores Missão A missão do ICP-ANACOM reflecte a sua razão de ser, concretizada nas actividades que oferece à sociedade para satisfazer

Leia mais

Município de Oliveira do Hospital PROJETO DO REGULAMENTO DE APOIO A INICIATIVAS EMPRESARIAIS

Município de Oliveira do Hospital PROJETO DO REGULAMENTO DE APOIO A INICIATIVAS EMPRESARIAIS PROJETO DO REGULAMENTO DE APOIO A INICIATIVAS EMPRESARIAIS O Município de Oliveira do Hospital entende como de interesse municipal as iniciativas empresariais que contribuem para o desenvolvimento e dinamização

Leia mais

Eixo Prioritário III Valorização e Qualificação Ambiental e Territorial Equipamentos para a Coesão Local Equipamentos Sociais

Eixo Prioritário III Valorização e Qualificação Ambiental e Territorial Equipamentos para a Coesão Local Equipamentos Sociais Eixo Prioritário III Valorização e Qualificação Ambiental e Territorial Equipamentos para a Coesão Local Equipamentos Sociais Aviso Apresentação de Candidaturas Equipamentos para a Coesão Local Equipamentos

Leia mais

Seguro-Saúde. Guia para Consulta Rápida

Seguro-Saúde. Guia para Consulta Rápida Seguro-Saúde. Guia para Consulta Rápida O que é seguro? 6 O que é Seguro-Saúde? 6 Como são os contratos de Seguro-Saúde? 7 Como ficaram as apólices antigas depois da Lei nº 9656/98? 8 Qual a diferença

Leia mais

GUIA DE PROJECTO INTEGRADO PARA O CLIENTE VERSÃO FINAL

GUIA DE PROJECTO INTEGRADO PARA O CLIENTE VERSÃO FINAL GUIA DE PROJECTO INTEGRADO PARA O CLIENTE VERSÃO FINAL AUTORES Andy Sutton BRE, Reino Unido TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO PARA A VERSÃO PORTUGUESA Carlos Laia CONTACTO Carlos Laia CEEETA ECO, Consultores em Energia,

Leia mais

Aumento do Custo de Vida Degradação das condições económicas e sociais para a generalidade dos portugueses

Aumento do Custo de Vida Degradação das condições económicas e sociais para a generalidade dos portugueses Aumento do Custo de Vida Degradação das condições económicas e sociais para a generalidade dos portugueses O ano de 2011 é marcado por um acentuado aumento do custo de vida, concretizado pela subida da

Leia mais

Energia Elétrica: Previsão da Carga dos Sistemas Interligados 2 a Revisão Quadrimestral de 2004

Energia Elétrica: Previsão da Carga dos Sistemas Interligados 2 a Revisão Quadrimestral de 2004 Energia Elétrica: Previsão da Carga dos Sistemas Interligados 2 a Revisão Quadrimestral de 2004 Período 2004/2008 INFORME TÉCNICO PREPARADO POR: Departamento de Estudos Energéticos e Mercado, da Eletrobrás

Leia mais

circular ifdr Certificação de despesas relativas a um Grande Projeto previamente à decisão de aprovação do projeto pela Comissão Europeia SÍNTESE

circular ifdr Certificação de despesas relativas a um Grande Projeto previamente à decisão de aprovação do projeto pela Comissão Europeia SÍNTESE N.º 02/2013 Versão n.º 01.0 Data de aprovação: 2013/09/30 Certificação de despesas relativas a um Grande Projeto previamente à Elaborada por: Unidade de Certificação SÍNTESE A presente Circular atualiza

Leia mais

Menos Crédito e destruição de emprego continuam a refletir grave crise na Construção

Menos Crédito e destruição de emprego continuam a refletir grave crise na Construção Associações Filiadas: AECOPS Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas e Serviços AICCOPN Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas Conjuntura da Construção n.º 71 Agosto

Leia mais

TRANSPORTES RODOVIÁRIOS: HARMONIZAÇÃO DAS DISPOSIÇÕES LEGAIS

TRANSPORTES RODOVIÁRIOS: HARMONIZAÇÃO DAS DISPOSIÇÕES LEGAIS TRANSPORTES RODOVIÁRIOS: HARMONIZAÇÃO DAS DISPOSIÇÕES LEGAIS A criação de um mercado único europeu dos transportes rodoviários não é possível sem uma harmonização das disposições legais em vigor nos Estados-Membros.

Leia mais

GOVERNO REGIONAL DOS AÇORES

GOVERNO REGIONAL DOS AÇORES GOVERNO REGIONAL DOS AÇORES Decreto Regulamentar Regional n.º 26/2007/A de 19 de Novembro de 2007 Regulamenta o Subsistema de Apoio ao Desenvolvimento da Qualidade e Inovação O Decreto Legislativo Regional

Leia mais

DOCUMENTO DE TRABALHO DOS SERVIÇOS DA COMISSÃO RESUMO DA AVALIAÇÃO DE IMPACTO. que acompanha o documento

DOCUMENTO DE TRABALHO DOS SERVIÇOS DA COMISSÃO RESUMO DA AVALIAÇÃO DE IMPACTO. que acompanha o documento COMISSÃO EUROPEIA Bruxelas, 10.7.2013 SWD(2013) 252 final DOCUMENTO DE TRABALHO DOS SERVIÇOS DA COMISSÃO RESUMO DA AVALIAÇÃO DE IMPACTO que acompanha o documento Proposta de Decisão do Parlamento Europeu

Leia mais

Contributos para compreender e utilizar a. Dedução por Lucros Retidos e Reinvestidos (DLRR)

Contributos para compreender e utilizar a. Dedução por Lucros Retidos e Reinvestidos (DLRR) Contributos para compreender e utilizar a Dedução por Lucros Retidos e Reinvestidos (DLRR) A Lei n.º 83-C/2013, de 31 de dezembro (Orçamento do Estado para 2014), aprovou um novo benefício fiscal ao reinvestimento

Leia mais

O Sr. ÁTILA LIRA (PSB-OI) pronuncia o seguinte. discurso: Senhor Presidente, Senhoras e Senhores. Deputados, estamos no período em que se comemoram os

O Sr. ÁTILA LIRA (PSB-OI) pronuncia o seguinte. discurso: Senhor Presidente, Senhoras e Senhores. Deputados, estamos no período em que se comemoram os O Sr. ÁTILA LIRA (PSB-OI) pronuncia o seguinte discurso: Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Deputados, estamos no período em que se comemoram os vinte anos de promulgação da Constituição Cidadã de

Leia mais

PLANO DE PREVENÇÃO DE RISCOS DE GESTÃO, INCLUINDO OS RISCOS DE CORRUPÇÃO E INFRAÇÕES CONEXAS

PLANO DE PREVENÇÃO DE RISCOS DE GESTÃO, INCLUINDO OS RISCOS DE CORRUPÇÃO E INFRAÇÕES CONEXAS Plano de Prevenção de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas PLANO DE PREVENÇÃO DE RISCOS DE GESTÃO, INCLUINDO OS RISCOS DE CORRUPÇÃO E INFRAÇÕES CONEXAS

Leia mais

RELATÓRIO INTERCALAR (nº 3, do artigo 23º, da Decisão 2004/904/CE)

RELATÓRIO INTERCALAR (nº 3, do artigo 23º, da Decisão 2004/904/CE) (nº 3, do artigo 23º, da Decisão 2004/904/CE) Comissão Europeia Direcção-Geral da Justiça, da Liberdade e da Segurança Unidade B/4 Fundo Europeu para os Refugiados B-1049 Bruxelas Estado-Membro: PORTUGAL

Leia mais

JORNAL OFICIAL. Sumário REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA. Quinta-feira, 22 de janeiro de 2015. Série. Número 13

JORNAL OFICIAL. Sumário REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA. Quinta-feira, 22 de janeiro de 2015. Série. Número 13 REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA JORNAL OFICIAL Quinta-feira, 22 de janeiro de 2015 Série Sumário PRESIDÊNCIA DO GOVERNO REGIONAL Resolução n.º 43/2015 Autoriza a celebração de um acordo atípico entre o Instituto

Leia mais

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: CIVA. Artigo: 23º. Assunto:

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: CIVA. Artigo: 23º. Assunto: FICHA DOUTRINÁRIA Diploma: Artigo: Assunto: CIVA 23º Pessoa coletiva de utilidade pública, sem fins lucrativos - Métodos de dedução relativa a bens de utilização mista Processo: nº 2975, despacho do SDG

Leia mais

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: CIVA. Artigo: alínea c) do n.º 1 do artigo 18.º. Assunto:

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: CIVA. Artigo: alínea c) do n.º 1 do artigo 18.º. Assunto: FICHA DOUTRINÁRIA Diploma: Artigo: Assunto: CIVA alínea c) do n.º 1 do artigo 18.º Operações imobiliárias - Aplicação do modelo contratual de "Office Centre" Processo: nº 3778, despacho do SDG dos Impostos,

Leia mais

EXAME NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO VERSÃO 1

EXAME NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO VERSÃO 1 EXAME NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO 11.º Ano de Escolaridade (Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de Março) Curso Científico-Humanístico de Ciências Socioeconómicas PROVA 712/12 Págs. Duração da prova: 120

Leia mais

POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃOE DE FISCALIZAÇÃO DA CAIXA ECONÓMICA MONTEPIO GERAL

POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃOE DE FISCALIZAÇÃO DA CAIXA ECONÓMICA MONTEPIO GERAL POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃOE DE FISCALIZAÇÃO DA CAIXA ECONÓMICA MONTEPIO GERAL 1. Introdução 1.1. Nos termos e para efeitos do n.º 4 do artigo 115.º-C do Regime Geral

Leia mais

Apresentação do Manual de Gestão de IDI

Apresentação do Manual de Gestão de IDI Seminário Final do Projeto IDI&DNP Coimbra 31 de março Miguel Carnide - SPI Conteúdos. 1. O CONCEITO DE IDI (INVESTIGAÇÃO, DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO) 2. OVERVIEW DO MANUAL 3. A NORMA NP 4457:2007 4. A

Leia mais

NOTA DE APRESENTAÇÃO

NOTA DE APRESENTAÇÃO NOTA DE APRESENTAÇÃO 1. O presente estudo dá continuidade ao trabalho de natureza estatística relativo às liquidações das declarações do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares iniciado e divulgado

Leia mais

FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE MINIGOLFE

FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE MINIGOLFE FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE MINIGOLFE RELATÓRIO E CONTAS 2012 Relatório do Conselho Fiscal 1. Enquadramento Nos termos do art.º 42.º do D.L. n.º 248-B/2008 que regulamenta a atividade da F.P.M. cumpre-se o

Leia mais

O PÚBLICO fez um guia explicativo para as cinco grandes mudanças deste regime.

O PÚBLICO fez um guia explicativo para as cinco grandes mudanças deste regime. Guia para o novo regime de subsídio de desemprego 02.01.2007 João Manuel Rocha, PÚBLICO O subsídio de desemprego tem, desde ontem, novas regras. Menos possibilidades de os desempregados poderem recusar

Leia mais