GUIA PARA AVALIAR A QUALIDADE DAS AVALIAÇÕES DE RISCOS E DAS MEDIDAS DE GESTÃO DE RISCOS NO QUE RESPEITA À PREVENÇÃO DOS RISCOS PSICOSSOCIAIS

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1 GUIA PARA AVALIAR A QUALIDADE DAS AVALIAÇÕES DE RISCOS E DAS MEDIDAS DE GESTÃO DE RISCOS NO QUE RESPEITA À PREVENÇÃO DOS RISCOS PSICOSSOCIAIS Publicação de caráter não vinculativo destinada aos inspetores do trabalho da UE Comité dos Altos Responsáveis da Inspeção do Trabalho Grupo de trabalho: Riscos novos e emergentes (EMEX) Adotado em 8 de outubro de 2018

2 Índice 1. Introdução Requisitos legais Perspetiva geral em matéria de riscos Definições Condições de trabalho e riscos Outubro de

3 3.3 Exemplos de riscos Consequências dos riscos A qualidade da avaliação de riscos realizada pelo empregador Processo de avaliação de riscos Identificação dos riscos e dos trabalhadores suscetíveis de estar expostos aos mesmos Avaliação e hierarquização dos riscos Outubro de

4 4.1.3 Definição das medidas de prevenção e proteção e aplicação das mesmas Acompanhamento e avaliação Métodos de avaliação de riscos para prevenir os riscos Exemplos de medidas destinadas a prevenir os riscos Volume e rit mo de trabalho Violência de terceiros no trabalho Assédio e intimidação Outubro de

5 5.4 Outros riscos Como realizar uma inspeção utilizando uma abordagem preventiva dos riscos Planear a inspeção Durante a inspeção Após a inspeção Referências Outubro de

6 Publicações e ligações úteis Apêndice 1 Lista de perguntas para avaliar a qualidade das avaliações de riscos e das medidas relativas aos riscos Apêndice 2 Lista das organizações membros do Grupo de Trabalho EMEX do CARIT Outubro de

7 N.B.: As sugestões apresentadas aos inspetores do trabalho no presente documento são simples recomendações. É aplicável a legislação nacional do Estado-Membro em causa. Outubro de

8 1. Introdução Em maio de 2017, o Comité dos Altos Responsáveis da Inspeção do Trabalho (CARIT ) decidiu criar um grupo de trabalho para analisar riscos novos e emergentes, denominado Grupo de Trabalho sobre Riscos Emergentes no âmbito da Segurança e Saúde no Trabalho (grupo de trabalho EMEX). O seu objetivo é estudar as patologias músculo-esqueléticas, os riscos e os desafios demográficos que se colocam a todos os Estados-Membros da UE. As raízes do grupo de trabalho EMEX encontram- Outubro de

9 se na comunicação da Comissão Europeia de janeiro de 2017, que sublinhava que os riscos novos e emergentes constituíam uma preocupação cada vez maior para os empregadores e, consequentemente, para os serviços nacionais de inspeção do trabalho europeus. O principal objetivo atribuído ao grupo de trabalho EMEX é reforçar a aplicação dos regulamentos em matéria de ergonomia e de condições de trabalho Outubro de

10 propícias a ambientes de trabalho sustentáveis para homens e mulheres, bem como para os trabalhadores jovens e idosos. O grupo de trabalho EMEX foi constituído em setembro de 2017 pelos representantes de Chipre, Dinamarca, Finlândia, Grécia, Polónia, Roménia e Suécia (presidência). Outubro de

11 O objetivo deste guia é ajudar os serviços nacionais de inspeção do trabalho a elaborar procedimentos de inspeção e aumentar a confiança dos inspetores do trabalho no que se refere à qualidade das avaliações de riscos e das medidas de gestão de riscos no domínio dos riscos. Outubro de

12 2. Requisitos legais A Diretiva-Quadro 89/391/CEE obriga os empregadores a aplicarem medidas preventivas destinadas a promover a melhoria da segurança e da saúde dos trabalhadores. O empregador é obrigado a assegurar a segurança e a saúde dos trabalhadores em todos os aspetos relacionados com o trabalho, incluindo os riscos. Outubro de

13 Alguns dos princípios gerais de prevenção enumerados na diretiva-quadro são particularmente relevantes para os riscos no local de trabalho: evitar os riscos; avaliar os riscos que não possam ser evitados; combater os riscos na origem; Outubro de

14 adaptar o trabalho ao homem, especialmente no que se refere à conceção dos postos de trabalho, bem como à escolha dos equipamentos de trabalho e dos métodos de trabalho e de produção, tendo em vista, nomeadamente, atenuar o trabalho monótono e o trabalho cadenciado e reduzir os efeitos destes sobre a saúde; dar instruções adequadas aos trabalhadores; Outubro de

15 planificar a prevenção com um sistema coerente que integre a técnica, a organização do trabalho, as condições de trabalho, as relações sociais e a influência dos fatores ambientais no trabalho; Outras diretivas específicas em matéria de segurança e saúde no trabalho que contêm disposições relacionadas com o ambiente de trabalho psicossocial são as seguintes: Outubro de

16 Diretiva 92/85/CEE do Conselho relativa à implementação de medidas destinadas a promover a melhoria da segurança e da saúde das trabalhadoras grávidas, puérperas ou lactantes no trabalho; Diretiva 90/270/CEE do Conselho relativa às prescrições mínimas de segurança e de saúde respeitantes ao trabalho com equipamentos dotados de visor; e Outubro de

17 Diretiva 2010/32/UE do Conselho que executa o Acordo-Quadro relativo à prevenção de ferimentos provocados por objetos cortantes nos sectores hospitalar e da saúde celebrado pela HOSPEEM e pela EPSU. A diretiva-quadro foi transposta para a legislação nacional de todos os Estados-Membros da UE. É uma diretiva que estabelece mínimos, o que significa que a legislação nacional pode ter um maior alcance. Existem várias abordagens no que respeita à prevençã o dos Outubro de

18 riscos nos Estados-Membros. Alguns Estados-Membros não mencionam explicitamente os riscos na sua legislação sobre segurança e saúde no trabalho, enquanto outros realçam a necessidade de os considerar neste contexto. Certos Estados-Membros exigem avaliações dos riscos e poucos preconizam que essas avaliações contem com a participação de especialistas. Alguns Estados-Membros estabeleceram orientações em matéria de prevenção dos riscos. i Outubro de

19 Para além da legislação, o diálogo social contribui para a melhoria das condições de trabalho. Os parceiros sociais europeus reconheceram a importância dos riscos ao assinarem o Acordo-quadro sobre o stresse relacionado com o trabalho (2004), o Acordo-quadro sobre assédio e violência no trabalho (2007) e as Orientações multissetoriais para abordar a questão da violência de terceiros e do assédio no trabalho Outubro de

20 (2010). Estes acordos representam um compromisso para com o desenvolvimento e aplicação do seu conteúdo a nível nacional. ii Outubro de

21 3. Perspetiva geral em matéria de riscos 3.1 Definições Os riscos são definidos pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) enquanto interações entre a natureza do trabalho, a organização e gestã o do trabalho e outras condições ambientais e organizacionais, por um lado, e as competências e necessidades dos trabalhadores, por outro. Estas interações podem ser perigosas para Outubro de

22 a saúde dos trabalhadores consoante a forma como são percebidas e vividas. Por outras palavras, os riscos são os aspetos relativos à conceção, organização e gestão do trabalho, juntamente com os seus contextos sociais e ambientais, suscetíveis de causar danos psicológicos, sociais ou físicos. O risco psicossocial no trabalho referese à probabilidade de determinados aspetos relativos à conceção, organização e gestão do trabalho, juntamente com os seus contextos sociais e ambientais, poderem ter efeitos negativos a nível físico, psicológico e social. iii Outubro de

23 O assédio consiste em tentativas repetidas e persistentes por parte de uma pessoa para atormentar, desgastar, frustrar ou obter uma reação de outra pessoa. iv A intimidação («bullying») é uma situação na qual uma ou mais pessoas se sentem, durante um período de tempo, constantemente visadas por ações negativas por parte Outubro de

24 de uma ou mais pessoas, de tal forma que o alvo da intimidação tem dificuldade em defender-se dessas ações. iv A violência de terceiros diz respeito a ameaças, violência física e violência psicológica (por exemplo, violência verbal) por parte de terceiros, tais como clientes e pacientes que recebem bens ou serviços. v Outubro de

25 O stresse é a reação que as pessoas podem ter ao serem sujeitas a pressões e exigências de trabalho que não são compatíveis com os seus conhecimentos e competências e que poem em causa a sua capacidade de lidar com a situação. v 3.2 Condições de trabalho e riscos A vida profissional está a mudar rapidamente. A maior flexibilidade do mercado de trabalho significa mais empregos a tempo parcial, temporários e precários. As Outubro de

26 tecnologias da informação mudaram a forma como o trabalho é realizado e organizado. As tecnologias aumentam a possibilidade de trabalhar noite e dia e estamos perante a eclosão de uma sociedade ativa durante 24 horas. Uma vida profissional em mudança significa maiores exigências profissionais e exige aos trabalhadores flexibilidade e conhecimentos. Diferenciar o tempo de trabalho e o tempo livre deixou de ser simples. O progresso tecnológico significa maior produtividade, mas também pode gerar stresse e pôr a saúde dos trabalhadores em risco. Outubro de

27 Entre os principais riscos emergentes para a saúde e a segurança contam-se os riscos associados a problemas no local de trabalho, tais como o assédio e a intimidação, a violência no trabalho e o stresse relacionado com o trabalho. O stresse está relacionado com um pior desempenho, um maior absentismo e um aumento da percentagem de acidentes. O stresse relacionado com o trabalho pode contribuir para o Outubro de

28 aumento da percentagem de reformas antecipadas. O stresse excessivo pode ameaçar a saúde do trabalhador. Cerca de metade dos trabalhadores europeus considera o stresse uma situação comum no local de trabalho, que contribui para cerca de metade dos dias de trabalho perdidos. Na Europa, 25 % dos trabalhadores afirmam sentir stresse relacionado com o trabalho durante a totalidade ou a maior parte do tempo de trabalho, com uma percentagem Outubro de

29 semelhante a indicar que o trabalho tem efeitos negativos sobre a sua saúde. ii As estimativas dos custos para as empresas e a sociedade são consideráveis, na ordem dos milhares de milhões de euros a nível europeu. O stresse relacionado com o trabalho é responsável por cerca de metade dos dias de trabalho perdidos, uma vez que as ausências relacionadas com o stresse são relativamente longas. O stresse reduz o desempenho no trabalho e pode levar a acidentes. Cerca de um quinto das rotações de trabalhadores estão relacionadas com o stresse no trabalho. i Outubro de

30 Por outro lado, o trabalho pode ter consequências positivas para a saúde e o bem-estar individual se existirem condições de trabalho que promovam o emprego de alta qualidade, tais como apoio social, tarefas relevantes, equilíbrio entre a vida profissional e a vida pessoal e a capacidade de influenciar a organização do trabalho. O trabalho pode proporcionar às pessoas um sentido para a vida, recursos financeiros, uma fonte Outubro de

31 de identidade, desenvolvimento pessoal, integração social e progressão na carreira, e todos eles melhoram o bem-estar mental. ii Os riscos são o fruto de uma má conceção, organização e gestão do trabalho, bem como de um contexto socioprofissional desfavorável. Quando encarados como aspetos organizacionais e não como problemas individuais, os riscos Outubro de

32 podem ser geridos da mesma forma que qualquer outro risco de segurança e saúde no local de trabalho. Outubro de

33 3.3 Exemplos de riscos Muitos tipos diferentes de riscos podem ter efeitos negativos na saúde e bem-estar dos trabalhadores. Os riscos mais frequentes são um volume e ritmo de trabalho excessivos e comportamentos sociais adversos como a violência e o assédio. Outubro de

34 Quadro 1. Exemplos de riscos (Esener 2010, vi adaptado de Cox 1993 vii ) Natureza do trabalho Falta de variedade ou ciclos de trabalho curtos, trabalho fragmentado ou desprovido de sentido, subutilização das Outubro de

35 Volume e ritmo de trabalho competências, alto nível de incerteza, exposição contínua a clientes, pacientes ou alunos difíceis, etc. Sobrecarga de trabalho ou quantidade de trabalho insuficiente, ritmo regulado por máquinas, elevados níveis de pressão temporal e obrigação constante de respeitar prazos Outubro de

36 Horário de trabalho Controlo Trabalho por turnos, turnos noturnos, horários rígidos e imprevisíveis, horários excessivos e incompatíveis com a vida social Participação reduzida no processo de decisão, falta de controlo do volume de trabalho, ritmo de trabalho, trabalho por turnos, etc. Outubro de

37 Ambiente e equipamento Cultura e função organizacionais Disponibilidade, adequação ou manutenção insuficientes do equipamento; más condições ambientais, tais como falta de espaço, iluminação deficiente e ruído excessivo Falta de comunicação, baixos níveis de apoio na resolução de problemas e no desenvolvimento pessoal, falta de apoio da Outubro de

38 Relações interpessoais no trabalho gestão; ausência de objetivos organizacionais ou de acordo quanto aos mesmos Isolamento social ou físico, más relações com os superiores, conflitos interpessoais, falta de apoio social, assédio, intimidação, estilo de liderança medíocre e violência por parte de terceiros Outubro de

39 Papel na organização Progressão na carreira Ambiguidade de papéis, conflito de papéis e responsabilidade quanto às pessoas Estagnação e incerteza na carreira, promoção insuficiente ou excessiva, salários baixos, insegurança do emprego e baixo valor social do trabalho Outubro de

40 Relações entre vida privada e vida profissional Incompatibilidade entre as exigências da vida profissional e da vida privada, falta de apoio em casa e problemas decorrentes do facto de ambos os parceiros trabalharem (carreiras duplas) Os riscos variam consoante os setores, os locais de trabalho, os grupos de trabalhadores e as profissões. Os riscos nocivos podem ocorrer em qualquer local de trabalho. Outubro de

41 Quadro 2. Exemplos de riscos típicos em diferentes setores (com base nas orientações em matéria de ambiente de trabalho da Autoridade Dinamarquesa para o Ambiente de Trabalho viii ) Setor Comércio Risco psicossocial Sobrecarga de trabalho e pressão temporal Outubro de

42 Trabalho monótono Impossibilidade de influenciar o seu próprio trabalho Contactos com clientes (falta de apoio social) Conflitos, intimidação e assédio sexual Roubos, violência, ameaças e incidentes traumáticos Horários de trabalho irregulares; trabalho noturno e aos Outubro de

43 Serviços administrativos fins de semana Falta de previsibilidade no trabalho Estagnação na carreira Sobrecarga de trabalho e pressão temporal Trabalho desprovido de sentido e falta de variedade Impossibilidade de influenciar o seu próprio trabalho Outubro de

44 Falta de apoio Má interação homem máquina Conflitos, intimidação e assédio sexual nos contactos com os clientes Violência e ameaças de violência Insegurança do emprego Estagnação na carreira Outubro de

45 Hospitais Sobrecarga de trabalho, pressão temporal e exigências contraditórias Impossibilidade de influenciar o seu próprio trabalho Falta de apoio Conflitos, intimidação e assédio sexual Exigências emocionais elevadas Violência e incidentes traumáticos Outubro de

46 Construção Horários de trabalho irregulares e trabalho noturno Sobrecarga de trabalho e pressão de prazos Impossibilidade de influenciar o seu próprio trabalho Falta de apoio social Intimidação e assédio sexual Falta de informação sobre mudanças importantes relacionadas com o trabalho Outubro de

47 Educação Incidentes traumáticos Sobrecarga de trabalho e incompatibilidade ou falta de clareza das exigências Impossibilidade de influenciar o seu próprio trabalho Falta de apoio social Conflitos ou intimidação entre professores Conflitos com alunos Outubro de

48 Violência e incidentes traumáticos Outubro de

49 3.4 Consequências dos riscos A má gestão dos riscos pode ter efeitos negativos a nível psicológico, físico e social, tais como stresse relacionado com o trabalho, esgotamento e depressão. ix As reações às mesmas circunstâncias podem variar de pessoa para pessoa. Algumas pessoas conseguem lidar melhor com determinadas exigências do que outras. Alé m Outubro de

50 disso, dependendo de fatores pessoais, a mesma pessoa pode até reagir de forma diferente a circunstâncias similares em diferentes ocasiões. ii As situações de trabalho são vividas como stressantes quando envolvem exigências de trabalho significativas que não correspondem adequadamente aos conhecimentos, competências e necessidades dos trabalhadores, especialmente quando os Outubro de

51 trabalhadores têm pouco controlo sobre o seu trabalho e recebem pouco apoio para lidar com as exigências profissionais. Existem vários sinais de stresse que os gestores podem reconhecer numa fase precoce. As causas podem ser fatores profissionais ou pessoais, ou uma combinação de ambos. Exemplos de indicadores organizacionais e individuais de stresse relacionado com o trabalho: ix Outubro de

52 Indicadores organizacionais: Absentismo, forte rotação dos trabalhadores, problemas disciplinares, intimidação, comunicação agressiva e isolamento; Diminuição da quantidade ou da qualidade dos produtos ou do serviço, acidentes, más decisões e erros; Outubro de

53 Aumento dos custos decorrentes de indemnizações ou das despesas de saúde; encaminhamento para serviços de saúde. Indicadores individuais: Tabagismo, alcoolismo ou toxicodependência; Violência, intimidação ou assédio; Outubro de

54 Perturbações do sono, ansiedade, depressão, incapacidade de concentração, irritabilidade, problemas familiares e esgotamento; Problemas de costas, problemas cardíacos, úlceras, hipertensão e deficiências do sistema imunitário. Os trabalhadores que sofrem de stresse não são tão produtivos e criativos como poderiam ser. O trabalho sob stresse prolongado pode levar a problemas de Outubro de

55 concentração, erros e comportamentos negativos. Além disso, os trabalhadores que sofrem de stresse prolongado e excessivo podem desenvolver problemas físicos graves, como doenças cardiovasculares e, em casos extremos, chegar mesmo ao suicídio. ix Há também cada vez mais indícios de que as doenças músculo-esqueléticas estão associadas a riscos. É o que se verifica por exemplo quando os Outubro de

56 trabalhadores não fazem pausas para descanso ou padecem de tensões musculares relacionadas com stresse, o que pode provocar doenças músculo-esqueléticas. Outubro de

57 Exposição a PERIGOS no trabalho RISCOS PREJUÍZOS para a saúde Outubro de

58 Figura 1. Perigo, risco e prejuízo(eu-osha, Impulsionadores e obstáculos na gestão dos riscos, adaptado de Cox, 1993 x ). Quando o stresse desencadeia um problema de saúde mental ou física, é necessária assistência médica. O trabalho pode ter de ser adaptado para o trabalhador poder lidar Outubro de

59 com o stresse. Os programas de apoio ao trabalhador, o aconselhamento de curta duração e a reintegração profissional são medidas reparadoras úteis. Outubro de

60 4. A qualidade da avaliação de riscos realizada pelo empregador 4.1 Processo de avaliação de riscos Os riscos podem ser geridos tão sistematicamente tal como os riscos físicos presentes no trabalho. As principais ferramentas são a análise e avaliação de Outubro de

61 riscos no trabalho, bem como um bom conhecimento destes mesmos riscos por parte dos gestores. De acordo com a diretiva-quadro, o empregador deve dispor de uma avaliação de riscos atualizada. Esta avaliação de riscos deve ter em conta todos os tipos de riscos, quer físicos, quer psicológicos, no local de trabalho. O objetivo da avaliação de riscos é prevenir os acidentes de trabalho e os problemas de saúde. Uma vez identificado e ponderado o risco de danos são introduzidas medidas de Outubro de

62 prevenção e proteção, acompanhando-se a sua aplicação, para assegurar que os riscos são adequadamente controlados em permanência. A metodologia de realização de uma avaliação de riscos é idêntica à dos riscos mais tradicionais, embora o foco principal neste caso sejam os riscos, que são muitas vezes mais difíceis de detetar do que os riscos físicos. A Outubro de

63 avaliação de riscos deve ser realizada de acordo com as práticas nacionais, por exemplo no âmbito da avaliação global dos riscos do local de trabalho. Uma avaliação de riscos de qualidade deve contemplar as seguintes etapas: Outubro de

64 Outubro de

65 Commented [PLV1]: Not translated to Portuguese. Outubro de

66 Figura 2. Etapas da avaliação de riscos. Outubro de

67 4.1.1 Identificação dos riscos e dos trabalhadores suscetíveis de estar expostos aos mesmos O empregador deve analisar as condições de trabalho, bem como avaliar e documentar quaisquer fatores de risco detetados. Uma vez que os riscos diferem entre setores e entre profissões, o empregador deve identificar todos os riscos ao nível de cada local de trabalho. Uma avaliação de Outubro de

68 riscos de qualidade deve ser adequada às tarefas executadas diariament e pelos trabalhadores. Devem ser incluídas todas as áreas de trabalho e grupos de trabalhadores. São exemplos de grupos importantes os trabalhadores jovens e idosos, mulheres e homens, bem como trabalhadores temporários. A avaliação de riscos deve ser metodicamente planeada e executada de forma sistemática. A avaliação de riscos deve ser adequadamente documentada. Deve ser Outubro de

69 realizada pelo empregador em cooperação com os trabalhadores. As investigações devem basear-se não só nas experiências de trabalhadores individuais, mas també m em descrições objetivas das condições de trabalho, tais como factos e estatísticas. Se o empregador não possuir os conhecimentos adequados para realizar a avaliação de riscos dentro da organização, deve recorrer a serviços externos adequados em matéria de segurança e saúde no trabalho. O responsável pela realização da avaliação de riscos Outubro de

70 deve ser competente na matéria. Deve compreender a abordagem geral em matéria de avaliação de riscos e ser capaz de a aplicar ao local de trabalho e às tarefas em questã o. Na avaliação de riscos das condições de trabalho, é muitas vezes necessário e útil recorrer a médicos e psicólogos. A avaliação deve ser adequada, bastante e suficientemente ampla de forma a permanecer válida durante um período de tempo razoável. Outubro de

71 4.1.2 Avaliação e hierarquização dos riscos Os riscos identificados devem ser enumerados por ordem de importância do ponto de vista da saúde. A definição de prioridades deve ter em conta a gravidade do risco, o resultado provável do risco, o número de trabalhadores potencialmente afetados e o tempo necessário para aplicar medidas de prevenção e proteção. As questões a considerar são: Outubro de

72 Qual a probabilidade de um risco causar prejuízos? Qual a gravidade provável dos prejuízos? Com que frequência e quantos trabalhadores estão expostos ao risco? Outubro de

73 4.1.3 Definição das medidas de prevenção e proteção e aplicação das mesmas Depois de avaliados os riscos, o empregador deve elaborar um plano de ação e tomar as medidas de prevenção e proteção adequadas. As medidas de prevenção visam melhorar o nível de proteção da segurança e da saúde dos trabalhadores. A hierarquia de controlo dos riscos deve ser aplicada riscos. A medida primária é eliminar o risco. Contudo, nem sempre isso é possível, uma vez que o risco faz muitas vezes parte do processo de trabalho. Nesse caso, as intervenções secundárias devem Outubro de

74 ter o objetivo de reduzir a exposição ao risco. Estas medidas devem abordar a origem do risco (por exemplo, a sua causa) e não apenas os seus efeitos. Por exemplo, se o risco identificado for um volume de trabalho excessivo, as medidas devem orientar-se para a redução da carga de trabalho e não para a melhoria do controlo do stresse. Outras intervenções secundárias podem consistir em alterações aos proc edimentos e na formação dos funcionários. As intervenções terciárias atenuam os efeitos da exposição aos riscos através da gestão e tratamento dos sintomas de doença. Outubro de

75 Pode ser necessário tomar medidas para prevenir e reduzir os riscos a vários níveis da organização. Em primeiro lugar, devem ser aplicadas medidas organizacionais. As medidas coletivas devem ter prioridade sobre as medidas individuais, uma vez que pode haver outros trabalhadores a trabalhar nas mesmas condições. Outubro de

76 É essencial consultar o representante dos trabalhadores, comunicar as conclusões da avaliação de riscos a todos os trabalhadores e garantir a adesão de todas as partes. Convém determinar quem é responsável pela aplicação das medidas, o respetivo calendário e as modalidades de participação de cada um. As intervenções em matéria de gestão e prevenção dos riscos e o stresse relacionado com o trabalho são apresentadas no ponto 5. Outubro de

77 4.1.4 Acompanhamento e avaliação As medidas aplicadas para atenuar ou prevenir os riscos devem ser avaliadas de forma sistemática para determinar se têm impacto no bem-estar dos trabalhadores e nos resultados organizacionais (por exemplo, rentabilidade, produtividade, absentismo e assiduidade). Quando necessário, devem ser introduzidas as melhorias adequadas. Outubro de

78 A avaliação de riscos deve ser revista regularmente de acordo com a legislação nacional. 4.2 Métodos de avaliação de riscos para prevenir os riscos Há muitas formas de realizar e registar a avaliação de riscos, incluindo através de guias, inquéritos, entrevistas, observação, listas de verificação e modelos. São apresentados em seguida exemplos de métodos de avaliação de riscos que os empregadores pode m utilizar para gerir os riscos : Outubro de

79 O instrumento interativo on line de avaliação de risco (OiRA) é uma plataforma em linha, criada pela Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho (EU- OSHA) que permite a criação de ferramentas de avaliação de riscos setoriais em qualquer língua, de forma simples e harmonizada. Outubro de

80 O guia eletrónico da EU-OSHA sobre a gestão do stresse e dos riscos encontra-se disponível em versões nacionais. Fornece informações sobre o stresse relacionado com o trabalho e os riscos com vista a promover a sensibilização, compreensão e gestão destes problemas no local de trabalho. O guia eletrónico foi concebido para responder às necessidades dos empregadores e trabalhadores das pequenas empresas, que começam a debruçar-se sobre os riscos no local de trabalho e que necessitam de orientações sobre os Outubro de

81 primeiros passos a dar. O manual intitulado «Stress prevention at work checkpoints» (Pontos de controlo de prevenção do stresse no trabalho) da OIT inclui pontos de controlo fáceis de aplicar para identificar fatores de stresse na vida profissional e mitigar os seus efeitos nocivos. Também fornece orientações sobre como ligar a avaliação de riscos do local de trabalho ao processo de prevenção do stresse. Os pontos de controlo Outubro de

82 indicam boas práticas para as empresas e organizações em geral, e são especialmente úteis para as empresas e organizações que desejam incorporar a prevenção do stresse nos seus sistemas de gestão e políticas globais de segurança e saúde no trabalho. Cada ponto de controlo descreve uma medida, indica por que razão é necessária e como deve ser executada e apresenta outros conselhos e pontos a considerar. Outubro de

83 O projeto Prima-EF fornece orientações sobre boas práticas de gestão dos riscos no local de trabalho. Pode ser utilizado pelas empresas como base para a elaboração de políticas, indicadores e planos de ação adequados para prevenir e gerir o stresse relacionado com o trabalho, bem como a violência, o assédio e a intimidação no local de trabalho. Outubro de

84 O questionário QPS Nordic foi criado para melhorar a qualidade e a comparabilidade científicas dos dados relativos à melhoria das condições psicológicas, sociais e organizacionais de trabalho. O questionário inclui os fatores sociais e psicológicos fundamentais no trabalho e é adequado para aplicação em diversas intervenções no local de trabalho, bem como para fins de investigação. Outubro de

85 A Agência de Segurança e Saúde [Health and Safety Executive, (HSE)] do Reino Unido tem um guia destinado aos empregadores, que os ajuda a avaliar os riscos do stresse relacionado com o trabalho; este guia presta aconselhamento e orientações práticas sobre como gerir o stresse relacionado com o trabalho. Incentiva o recurso à abordagem das normas de gestão para combater o stresse relacionado com o trabalho. Utiliza um método claro por etapas que inclui listas de verificação. Outubro de

86 Existem também guias, listas de verificação e ferramentas nacionais fornecidos por instituições de investigação e serviços nacionais de inspeção do trabalho. Normalmente, estas ferramentas apenas estão disponíveis na língua nacional. Outubro de

87 5. Exemplos de medidas destinadas a prevenir os riscos Os riscos são muito variados (ver quadros 1 e 2). Apresentam-se seguidamente exemplos de medidas para prevenir os riscos mais comuns. Outubro de

88 5.1 Volume e ritmo de trabalho Os postos de trabalho são concebidos de forma a corresponder às capacidades dos trabalhadores e às suas competências. As aptidões são compatíveis com as exigências do trabalho. Os trabalhadores dispõem de tempo suficiente para executar as suas tarefas. Foram criados sistemas para responder às preocupações individuais. Outubro de

89 Os trabalhadores têm tarefas claras; participam em reuniões e o empregador acompanha regularmente a sua situação de trabalho. Embora os trabalhadores estejam, em princípio, acessíveis 24 horas por dia, 7 dias por semana, através das tecnologias da informação, o empregador define limites no que respeita à acessibilidade dos trabalhadores. O empregador assegura que os teletrabalhadores não trabalhem um número de horas excessivo e consigam separar a vida profissional da vida privada. Outubro de

90 Os empregadores e os trabalhadores estão cientes das causas e consequências do stresse relacionado com o trabalho. Os empregadores analisam o local de trabalho e as práticas de trabalho para detetar cargas de trabalho nocivas numa fase precoce. O stresse relacionado com o trabalho é combatido alterando elementos da organização e gestão do trabalho, nomeadamente reformulando os processos de trabalho, procedendo à rotação das tarefas difíceis e exigentes, atribuindo Outubro de

91 prioridades às tarefas, assegurando recursos humanos suficientes, dando tempo suficiente para a recuperação e fornecendo apoio e desenvolvimento de competências. Os trabalhadores são consultados no âmbito das decisões sobre medidas a tomar. Outubro de

92 5.2 Violência de terceiros no trabalho Um local de trabalho com um elevado risco de violência de terceiros dispõe de um código de conduta e orientações para prevenir e gerir a violência. O ambiente de trabalho e as práticas de trabalho são concebidos para prevenir a violência e proteger os trabalhadores. Estão disponíveis dispositivos de segurança, tais como alarmes. São planeadas vias de evacuação. Outubro de

93 O trabalho isolado, especialmente à noite, e a manipulação de dinheiro são evitados. Os trabalhadores recebem instruções sobre prevenção e gestão de incidentes violentos e sobre a utilização dos dispositivos de segurança. O medo da violência é abordado e é proporcionado o apoio necessário. Os incidentes violentos são registados e analisados de forma sistemática. O sistema apoia também a comunicação de incidentes de violência psicológica. Outubro de

94 5.3 Assédio e intimidação A intimidação no trabalho (bullying) é vista como um problema do ambiente de trabalho, e não como um problema pessoal. O local de trabalho tem políticas e procedimentos de combate à intimidação para prevenir e tratar este problema. Os trabalhadores são encorajados a comunicar qualquer comportamento inaceitável ou intimidatório. É fornecido apoio aos trabalhadores afetados. Outubro de

95 Quando surge um caso de intimidação, este é tratado e resolvido imediatamente com as pessoas implicadas. 5.4 Outros riscos Natureza do trabalho: está prevista a rotação de funções ou as tarefas são enriquecidas. Outubro de

96 Controlo: as descrições das funções são claras e as responsabilidades são definidas. Os trabalhadores têm controlo sobre o seu trabalho e podem participar nas decisões que os afetam. Horário de trabalho: se o trabalho por turnos não puder ser evitado, os horários são definidos de forma ergonómica. Tal significa, por exemplo, que a duração dos turnos é curta e que existe tempo suficiente para recuperar entre os turnos. Outubro de

97 Cultura organizacional: É prestada informação de retorno (feedback). Os trabalhadores podem apresentar queixas e estas são tratadas com seriedade. Grupos de trabalho multiculturais: são integrados trabalhadores de diferentes países no local de trabalho. Os empregadores gerem a diversidade cultural para superar as barreiras sociais e linguísticas. As principais informações em matéria de segurança e saúde no trabalho são fornecidas em diferentes línguas e as informações sobre métodos de trabalho seguros, riscos e circunstâncias inseguras Outubro de

98 são apresentadas em pictogramas. Os empregadores e trabalhadores elaboram em conjunto uma cultura de segurança. Relações interpessoais: os trabalhadores isolados e os trabalhadores temporários dispõem de oportunidades de interação social. Ambiente e equipamento: o ruído excessivo é eliminado e a iluminação é melhorada. Outubro de

99 6. Como realizar uma inspeção utilizando uma abordagem preventiva dos riscos Além de verificar se o empregador cumpre os regulamentos de segurança e saúde relativos às condições de trabalho, compete ao inspetor do trabalho fornecer orientações ao empregador e aos trabalhadores. Outubro de

100 Em matéria de prevenção dos riscos, os inspetores do trabalho devem ter em conta o facto de que não existe uma solução única e universal e, se necessário, recomendar a consulta de peritos, por exemplo, em caso de problemas graves ou pouco comuns. A gestão dos riscos exige uma abordagem holística. Os subpontos descrevem como realizar uma inspeção centrada na apreciação da qualidade da avaliação de riscos. Outubro de

101 6.1 Planear a inspeção Antes da inspeção, o inspetor do trabalho deve definir os objetivos, os temas e o tempo previsto necessário para a inspeção. Pode haver motivos para a realização da inspeção, tais como queixas, denúncias anónimas e medidas específicas, ou pode tratar-se de uma simples inspeção de rotina. As inspeções centradas nos riscos são normalmente mais morosas do que as outras inspeções. Outubro de

102 O inspetor do trabalho deve estar familiarizado com os riscos aos quais os trabalhadores poderão estar sujeitos no setor (ver exemplos no quadro 2) e recolher informações sobre o local de trabalho e o desempenho passado, nomeadament e relatórios de inspeções, medidas coercivas e relatórios de acidentes. Se, de acordo com os procedimentos dos serviços nacionais de inspeção do trabalho, o inspetor do trabalho puder notificar previamente o empregador da inspeção, essa Outubro de

103 notificação pode ser vantajosa, uma vez que contribui para a transparência e rapidez da inspeção. Recomenda-se que as seguintes informações sejam fornecidas ao empregador: Data e local da inspeção; Trabalhadores que o inspetor do trabalho gostaria de contactar; Outubro de

104 Membros dos serviços nacionais de inspeção do trabalho que participam na inspeção; Documentação que deve estar disponível e informações a enviar previamente ao inspetor do trabalho; Informações sobre métodos específicos a utilizar durante a inspeção (se relevante). Outubro de

105 6.2 Durante a inspeção A inspeção é realizada de acordo com as práticas nacionais. Recomenda-se que a inspeção seja composta por uma reunião inicial, uma visita ao local de trabalho e uma reunião final. Na reunião inicial, verifica-se a documentação da avaliação de riscos, nomeadament e para confirmar se todos os aspetos do trabalho, incluindo os riscos, foram Outubro de

106 abrangidos. Também é importante verificar se todos os grupos de trabalhadores são abrangidos. Os homens e as mulheres, bem como os trabalhadores jovens e idosos, têm muitas vezes tarefas diferentes e, por conseguinte, estão expostos a diferentes riscos. Para avaliar os riscos, existem métodos nacionais especialmente elaborados para os inspetores do trabalho, tais como listas de verificação, questionários, entrevistas de grupo, entrevistas individuais e observações. Através Outubro de

107 destes métodos, o inspetor do trabalho pode avaliar os riscos que parecem estar presentes num determinado local de trabalho. Apresenta-se em seguida uma lista não exaustiva de perguntas sobre a avaliação de riscos adequadas para qualquer inspeção: 1. O empregador realizou uma avaliação de riscos? Outubro de

108 2. Quem participou na avaliação de riscos? 3. Foi utilizada uma lista de verificação ou outro método? 4. O empregador recorreu a peritos internos/serviços de segurança e saúde externos? 5. A avaliação de riscos incluiu todos os grupos de trabalhadores (por exemplo, grupos profissionais diferentes, trabalhadores migrantes, trabalhadores temporários, trabalhadores jovens, trabalhadores idosos, mulheres, homens, trabalhadores a tempo parcial e trabalhadores por turnos)? Outubro de

109 6. A avaliação de riscos abrangeu todas as áreas de trabalho? 7. Que riscos foram identificados e avaliados? 8. Foi elaborado um plano de ação e foram definidas as responsabilidades? 9. Que medidas de prevenção e proteção foram adotadas após a avaliação de riscos? 10. Os trabalhadores receberam instruções e formação sobre como prevenir os riscos? 11. O plano de ação foi avaliado para verificar a eficácia das medidas? Outubro de

110 O apêndice 1 contém uma versão alargada das mesmas perguntas. Além disso, outras fontes de informação úteis incluem estatísticas sobre ausências por doença relacionada com o trabalho, rotação dos trabalhadores, e doenças e acidentes relacionados com o trabalho, bem como informações de peritos internos ou serviços externos. O inspetor do trabalho pode também utilizar outras informações relativas ao Outubro de

111 local de trabalho para identificar os riscos, tais como questionários e inquéritos de satisfação no trabalho elaborados pelo empregador. Todavia, estes questionários e inquéritos não devem em geral ser aceites como documentação de avaliação de riscos, uma vez que se destinam a avaliar as atitudes e a motivação dos trabalhadores e a recolher as suas observações. Outubro de

112 É importante sublinhar que cabe ao empregador, e não ao inspetor do trabalho, identificar e avaliar os riscos relacionados com o trabalho no local de trabalho. O inspetor do trabalho verifica se a avaliação de riscos foi realizada em conformidade com a legislação e se é completa e adequada. O inspetor do trabalho não avalia a saúde ou capacidade de trabalho dos trabalhadores, tarefa que cabe a médicos e psicólogos. Outubro de

113 Dependendo das respostas do empregador, o inspetor do trabalho pode encontrar diferentes situações. Se a qualidade da avaliação de riscos, do plano de ação efetivo e das medidas aplicadas parecer suficiente, o inspetor pode decidir realizar apenas uma breve visita ao local de trabalho. Em contrapartida, se considerar que a qualidade é insuficiente, o inspetor do trabalho deve falar com diversas pessoas no local de trabalho, desde os gestores aos trabalhadores. É importante recolher informações acerca das condições de trabalho para apreciar se a avaliação de riscos abrange os riscos presentes Outubro de

114 no local de trabalho. As informações prestadas pelas pessoas, as queixas ou as denúncias anónimas, bem como as opiniões recolhidas durante a inspeção, podem apontar para a existência de riscos relacionados com o trabalho. Acresce que é fundamental determinar se os trabalhadores foram devidamente informados sobre os riscos. Outubro de

115 Se os riscos foram identificados e aplicadas medidas, o inspetor deve indagar as medidas e a sua eficácia e avaliar se são adequadas para prevenir ou reduzir os riscos. Na reunião final, o inspetor do trabalho deve, em consonância com as práticas nacionais, comunicar as suas observações e conclusões, e quaisquer prescrições, injunções ou conselhos a transmitir ao empregador. Além disso, podem ser fornecidas instruções e Outubro de

116 orientações ao empregador no que respeita a sítios web de segurança e saúde no trabalho relevantes, ferramentas específicas, formação e boas práticas. 6.3 Após a inspeção O inspetor do trabalho deve considerar se: Outubro de

117 a avaliação de riscos está em conformidade com a legislação nacional e se os riscos relevantes foram identificados; todos os domínios de trabalho (por exemplo, locais de trabalho, áreas organizacionais e locais de trabalho externos) e grupos de trabalhadores são abrangidos pela avaliação de riscos; e se foram adotadas as medidas e definidas as responsabilidades e a calendarização adequadas. Outubro de

118 Os inspetores do trabalho na Europa dispõem de diversas formas de aplicar medidas para assegurar que os empregadores cumpram a legislação em matéria de segurança e saúde no trabalho. O inspetor do trabalho pode elaborar um relatório de inspeção, emit ir notificações para tomada de medidas e dar instruções e/ou orientações ao empregador. O inspetor do trabalho pode também impor medidas com prazos se verificar o Outubro de

119 incumprimento das obrigações jurídicas nacionais. As suspensões de trabalhos são raramente utilizadas ao inspecionar as condições de trabalho. Exemplos de deficiências e medidas: Outubro de

120 Se a avaliação de riscos não tiver sido realizada, o inspetor do trabalho pode impor medidas de acordo com a legislação nacional (por exemplo, uma notificação para tomada de medidas), obrigando o empregador a proceder à avaliação de riscos. Se tiver sido realizada uma avaliação de riscos, mas os riscos não tiverem sido avaliados, o inspetor do trabalho pode impor medidas ao empregador, de acordo com a legislação nacional, para que complete a avaliação de riscos. Estas Outubro de

121 medidas podem também ser aplicadas em situações nas quais outros elementos essenciais da avaliação de riscos estejam em falta ou incompletos, por exemplo, na ausência de uma avaliação exaustiva dos riscos. Caso se verifiquem estas deficiências, o inspetor do trabalho pode exigir a intervenção das pessoas especializadas para o efeito. Outubro de

122 Se a avaliação de riscos não estiver atualizada, o inspetor do trabalho pode impor medidas destinadas a atualizar a avaliação de riscos, de acordo com a legislação nacional.. Se não tiverem sido tomadas medidas apesar de os riscos terem sido identificados, o inspetor do trabalho pode exigir que o empregador aplique medidas de prevenção e proteção. Outubro de

123 Se as medidas aplicadas não forem adequadas para mitigar os riscos, o inspetor do trabalho pode exigir novas medidas mais eficazes. Se os trabalhadores não tiverem sido informados sobre como evitar os riscos, o inspetor do trabalho pode exigir que o empregador forneça instruções. Outubro de

124 De acordo com os procedimentos nacionais, o inspetor do trabalho decide se é necessária uma nova inspeção para verificar as medidas aplicadas e verificar se o plano de ação foi executado atempadamente. O procedimento de inspeção deve ser concluído e consignado de acordo com as práticas nacionais. Outubro de

125 Referências i Condições de trabalho mais seguras e mais saudáveis para todos : Modernização da política e da legislação da UE em matéria de segurança e saúde no trabalho, Comissão Europeia, ; Outubro de

126 ii Psychosocial risks in Europe: Prevalence and Strategies for Prevention. Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho e Fundação Europeia para a Melhoria das Condições de Vida e de Trabalho, 2014 iii OSH WIKI Psychosocial risks and workers health iv Work Organization & Stress, Organização Mundial da Saúde, 2004, Outubro de

127 v Workplace Violence and Harassment: A European Picture. Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho, 2009, Outubro de

128 vi European Survey of Enterprises on New and Emerging Risks : Managing Safety and Health at Work (ESENER-1). Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho, 2010, vii Stress Research and Stress Management: Putting Theory to Work. Cox, T., HSE Books, Sudbury, 1993, Outubro de

129 viii Orientações em matéria de ambiente de trabalho da Autoridade Dinamarquesa para o Ambiente de Trabalho ( disponível apenas em dinamarquês) ix x Drivers and barriers for psychosocial risk management. Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho, 2012, Outubro de

130 Outubro de

131 Publicações e ligações úteis Comissão Europeia Guidance on risk assessment at work, 1996, Outubro de

132 A segurança e saúde no trabalho diz respeito a todos: orientações práticas para os empregadores, 2016, /publication/cbe4dbb7-ffdc-11e6-8a35-01aa75ed71a1/language-pt/format-pdf Promoção da saúde mental no local de trabalho: orientações para a aplicação de uma abordagem abrangente, 2014 Outubro de

133 Comité dos Altos Responsáveis da Inspeção do Trabalho Fostering occupational safety and health culture in small businesses: Enabling businesses to create, maintain and live by good OSH culture A guide for labour inspectors. Comité de Altos Responsáveis da Inspeção do Trabalho (CARIT), 2015, moredocuments=yes&tablename=internal_pages Outubro de

134 Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho (EU-OSHA) Riscos e stresse no trabalho, Um guia eletrónico prático para a gestão dos riscos : Guia eletrónico multilingue que ajuda os empregadores e as pessoas que trabalham nas pequenas e microempresas a lidar com os riscos, Outubro de

135 Psychosocial risks in Europe: Prevalence and strategies for prevention. Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho (EU-OSHA) e Fundação Europeia para a Melhoria das Condições de Vida e de Trabalho (Eurofound), 2014, Outubro de

136 psychosocial-risks-eu-prevalencestrategies-prevention/view Boas práticas no sítio Web da EU-OSHA: Outubro de

137 Fichas técnicas da EU-OSHA sobre os riscos : Stress no Trabalho N.º 22 - Stress relacionado com o trabalho N.º 23 - O assédio moral no local de trabalhon.º 24 - Violência no trabalho N.º 30 - Aceder a informações sobre o stresse no trabalho N.º 31 - Conselhos práticos para os trabalhadores lidarem com o stresse no trabalho e as suas causas Outubro de

138 N.º 32 - Como enfrentar os riscos e reduzir o stress no trabalho N.º 47 - Prevenção da violência contra os trabalhadores no sector da educação N.º 74 - Previsão dos peritos sobre os riscos emergentes relacionados com a segurança e saúde no trabalho (SST) N.º Promoção da saúde mental no local de trabalho - Resumo de um relatório de boas práticas Outras publicações e ligações Outubro de

139 OSHwiki: Psychosocial issues, Psychosocial risks and workers health, Outubro de

140 Psychosocial working environment: Workplace inspection of the psychosocial working environment in the Nordic countries Conselho de Ministros Nórdico. TemaNord 2015:508, Evaluation of risk assessment of psychosocial risks in control and advisory activities: Guidelines for the labour inspectorates. Ministério Federal para o Outubro de

141 Trabalho, os Assuntos Sociais e a Defesa dos Consumidores, Áustria. Estratégia austríaca de segurança e saúde Tackling work-related stress using the Management Standards approach A step-bystep workbook, Health and Safety Executive, 2017, m Outubro de

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