Projeto de Preservação da Mata Atlântica

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1 Projeto de Preservação da Mata Atlântica

2 Governo do Estado de São Paulo Cláudio Lembo Diretoria Geral do Instituto Florestal João Batista Baitelo Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo José Goldemberg Coordenação Geral do PPMA Maria Cecília Wey de Brito Coordenadoria de Licenciamento Ambiental e de Proteção de Recursos Naturais José Arnaldo Gomes Departamento Estadual de Proteção dos Recursos Naturais Renata Inês Ramos Beltrão Divisão Regional do Litoral e Vale do Ribeira DPRN-3 Domingos Ricardo de Oliveira Barbosa Divisão Regional do Vale do Paraíba - DPRN-7 Marco Antonio Moreira Landrino Comando da Polícia Ambiental do Estado de São Paulo Cel. PM José Guerra Júnior Comando do Terceiro Batalhão de Policia Ambiental Ten. Cel. PM Amélio Franch Leme Filho Divisão de reservas e parques estaduais José Luiz de Carvalho Diretoria Executiva da Fundação Florestal Maria Cecília Wey de Brito Diretoria de Operações Luiz Roberto Camargo Numa de Oliveira Consultoria Independente GOPA Consultants Norbert Wende Publicação Projeto de Preservação da Mata Atlântica Conselho Editorial Maria Cecília Wey de Brito, Nerea Massini, Marco Antonio de Almeida e Norbert Wende Coordenação Executiva Maria Isabel Amando de Barros / Instituto Ekos Brasil Edição e Textos Marcelo Delduque Projeto Gráfico Luciana Sion / art urb Mapas Giorgia Limnios / Instituto Ekos Brasil, Douglas da Silva Menezes e Giordano Bruno Altomari / Instituto Florestal Fotolito e Impressão Burti Gráfica e Editora Tiragem exemplares Projeto de Preservação da Mata Atlântica 1995 a anos Ficha catalográfca ppma projeto de preservação da mata atlântica: 11 anos

3 Norem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit, sad diam nommumy elusmod tempor incidunt ut labore et dolore magna aliquam erat volupat. Ut enim ad minim veniam, Et duis autem vel eum irere dolor in reprehenderit in volupate velit esse molestale, vel illum dolore eu fugiat nulla pariatur. At vero eos et justo odio dignissim que vlandit pre praesant luptatum delenit aigue dous dolor et molesiias exceptur sint occaecat cupidiat non provident. simil tempor sunt in culpa que officia deserunt mollit anim id est laborum et dolor fuga. Et harumd dereud facilis est er expedit distinct. Nam liber tempor cum soluta novis eligend optio congue nihil impedit doming id quod maxim placeat facer possim omnis voluptas assumenda est, omnis dolor repellend. Temporibud autum Nononono Nononono Nononono Lorem ipsum dolor sit amet, Aorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit, sad diam nommumy elusmod tempor incidunt ut labore et dolore magna aliquam erat volupat. Ut enim ad minim veniam, Et duis autem vel eum irere dolor in reprehenderit in volupate velit esse molestale, vel illum dolore eu fugiat nulla pariatur. At vero eos et justo odio dignissim que vlandit pre praesant luptatum delenit aigue dous dolor et molesiias exceptur sint occaecat cupidiat non provident. simil tempor sunt in culpa que officia deserunt mollit anim id est laborum et dolor fuga. Et harumd dereud facilis est er expedit distinct. Nam liber tempor cum soluta novis eligend optio congue nihil impedit doming id quod maxim placeat facer possim omnis voluptas assumenda est, omnis dolor repellend. Temporibud autum Nononono Nononono Nononono Lorem ipsum dolor sit amet,

4 índice 1 Mata 2 Atlântica: patrimônio que inspira cuidados 08 Um plano para proteger a floresta paulista 12 3 Impactos positivos na natureza 18 4 Ferramentas do Projeto 32 5 Uma nova forma de interação com a Mata Atlântica 46 6 Perspectivas de sustentabilidade 66

5 1 Entre os mais importantes e ameaçados refúgios da biodiversidade do planeta, a floresta tropical brasileira está há mais de quinhentos anos submetida a fortes pressões. Conservar e recuperar seus remanescentes é uma urgência, pela riqueza que ainda guarda e pelo bem da vida de milhões de pessoas. Todo brasileiro se orgulha da Mata Atlântica. As imagens de nossa floresta tropical correm o planeta representando as maiores riquezas do País. Para se mata atlântica falar em algumas de suas paisagens mais belas, há os extensos estuários do litoral paranaense, os campos de altitude da Serra da Mantiqueira, as florestas de araucária do Sul e as belas matas da Bahia. Ou ainda a monumental Baía de Guanabara, cartão postal do Brasil. Por fim, há as escarpas magistrais da Serra do Mar e a costa inteiramente recortada Fonte: Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica a Fundação SOS Mata Atlântica e INPE. Domínio original da Mata Atlântica Remanescentes da Mata Atlântica entre São Paulo e Rio de Janeiro. Ainda no aspecto diversidade, salta aos olhos a enorme variedade de vida que pode ser encontrada patrimônio que ao se mudar a perspectiva do olhar, abandonando as visões panorâmicas grandiosas e aproximandose do interior da floresta. Vide, por exemplo, o subbosque de uma mata primária, cujo dossel das ár- inspira cuidados vores, a 30, 40 metros de altura, nos dá a sensação de estarmos abrigados sob um enorme santuário. Nessa catedral natural, ornada por bromélias, orquídeas, palmeiras, samambaias, cipós e guaimbês, desfilam aos olhos mais atentos e afortunados desde grandes mamíferos, como a onça-pintada, a capivara e a anta até os mais coloridos e delicados papagaios, tucanos, araçaris e saíras, entre centenas e centenas de espécies. Houve uma época em que essa extraordinária floresta, ou melhor dizendo, esse complexo de florestas, cobria quase a totalidade da costa leste do Brasil, entre os atuais estados do Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul. Em alguns trechos, esparramava-se muito além da faixa litorânea, avançando mais de 500 quilômetros interior adentro, a exemplo de terras do hoje Mato Grosso do Sul. 1 mata atlântica: patrimônio que inspira cuidados

6 Acontece que a Mata Atlântica, assim como as Rolo compressor Os conquistadores passaram florestas tropicais de forma geral, muito diferente por cima da mata da mesma forma que desdenharam da visão do paraíso que sugerem, não são propria- dos indígenas e de seus conhecimentos sobre a na- mente ambientes adequados à vida humana. Quem tureza. A destruição foi imperiosa. Em cinco séculos, já andou no meio da mata sabe da dificuldade que a outrora cobertura vegetal que se espalhava por 1,3 é vencer os emaranhados de cipós e espinhos, do milhão de quilômetros quadrados do território quase incômodo dos mosquitos e outros insetos, do calor sucumbiu, chegando ao século XXI reduzida a menos úmido e da falta de luminosidade (afora, é claro, as de 8% da cobertura original. delícias de um banho de rio ou de cachoeira!). As- A primeira vítima da cobiça européia foi a ma- sim, as muitas gerações que habitaram a floresta deira conhecida pelos índios tupi por ibirapitanga dos primeiros povos pré-colombianos aos tupis - o pau-brasil. Em 1605, a árvore da qual os europeus tiveram que aprender a conviver com ela. Os tupis extraíam um corante carmim, já estava em vias de que aí se encontravam na ocasião da invasão portu- extinção. Não demorou para que as clareiras abertas guesa, no ano de 1500, viviam em clareiras e planta- na selva fossem ocupadas por canaviais. Ao mesmo vam em pequenas áreas desmatadas, deixadas em tempo, e durante três longos séculos, as indústrias descanso após um ciclo de colheitas para recuperar naval e moveleira da Europa se alimentaram da ma- a fertilidade (agricultura de coivara). Incursionavam deira de lei extraída dali. No século XIX, vieram as ao interior da mata a fim de caçar e coletar plantas locomotivas e as indústrias, a consumirem carvão úteis, sempre retornando às suas aldeias. vegetal, bem como as plantações de café e as pasta- Apesar de não morarem dentro da floresta, os ín- gens, cujo manejo equivocado transformou vastas dios dela dependiam e tiveram a sensatez de deixá-la extensões de terra em voçorocas, resultados ex- em pé ou como acreditam alguns, numa visão bem tremados da erosão dos solos. E, na história mais re- menos romântica, viviam numa densidade demográ- cente, pressões urbanas e industriais deram o golpe fica muito baixa para alterá-la substancialmente. O de misericórdia a matas primárias remanescentes. fato é que, quando os portugueses chegaram, encon- Mesmo esfacelada, a Mata Atlântica continua traram a Mata Atlântica praticamente intacta. admirável e ímpar. Ali já foram identificadas 276 es- Tesouro no quintal paulista No estado de São a preocupação com a conservação dos recursos nat- Pressão à Mata pécies de mamíferos, 1023 de aves, e outras 567 de Paulo estão as maiores áreas contínuas de Mata urais ainda não constava da agenda de prioridades na Atlântica: avanço Uma das mais ameaçadas áreas naturais do planeta Um estudo reconhecido internacionalmente posiciona a Mata Atlântica entre os cinco primeiros colocados na lista dos hotspots áreas de alta biodiversidade mais ameaçadas do planeta, onde ações de conservação são urgentes. É considerada hotspot uma área com pelo menos espécies endêmicas de plantas e que tenha perdido mais de 75% de sua vegetação original. Há 34 regiões dessas no planeta e, embora ocupem apenas 2,3% da superfície terrestre, abrigam 50% das plantas e 42% dos vertebrados conhecidos. répteis e anfíbios Só no grupo dos mamíferos, 88 espécies não são encontradas em nenhum outro lugar da Terra. Entre os anfíbios, a quantidade surpreende ainda mais: das 350 espécies catalogadas, cerca de 86% são exclusivas do bioma. No que se refere aos vegetais, há pelo menos 20 mil espécies de plantas, das quais cerca de 8 mil são endêmicas. Afora, a diversidade de vida, a Mata Atlântica guarda um rico patrimônio histórico e cultural. Para os quase 120 milhões de pessoas que vivem na região de domínio da floresta, a proteção do pouco que resta é uma necessidade vital, admite-se hoje, num mea-culpa histórico que dá razão à sabedoria dos antigos tupis. Atlântica preservadas de todo o Brasil. As escarpas da Serra do Mar não deram chances ao ímpeto exploratório dos colonizadores, aos avanços da agricultura e da industrialização. Esse corredor remanescente, somado a grandes extensões de terras florestadas do Vale do Ribeira e Vale do Paraíba, praticamente une as grandes áreas de mata do Paraná ao Rio de Janeiro. Não ficou, porém, a salvo das pressões, sendo lento e gradativamente corroído pelas bordas, especialmente a partir da construção de uma série de rodovias cortando a região na segunda metade do século 20. Tais transformações, ao mesmo tempo, chamaram a atenção para a exuberância e a fragilidade dessa porção de paraíso natural. Na década de 1980, sociedade brasileira, mas os números alarmantes da degradação da floresta que passaram a ser monitorados e divulgados ganharam holofotes, colaborando para o nascimento do movimento ambientalista. Hoje, o desafio é fazer do conhecimento acerca da importância de se conservar a Mata Atlântica uma bandeira e uma força propulsora que impeça seu fim. Conservar o que resta da floresta e manter viva a esperança de que ainda pode ser recuperado muito do que foi perdido ao longo do tempo é um importante alento à continuidade da vida no planeta. E, muito além, tem uma profunda significação: tornarse símbolo de um novo acordo de convívio entre a atividade humana e a natureza no qual ambos serão beneficiados. urbano ameaça manguezal na Ilha da Santo Amaro (município de Guarujá). 10 ppma projeto de preservação da mata atlântica: 11 anos 1 mata atlântica: patrimônio que inspira cuidados 11

7 para proteger um plano a floresta paulista A partir de um acordo de cooperação bilateral Brasil-Alemanha, nasceu no Governo de São Paulo um grande projeto para conservar os remanescentes da Mata Atlântica do estado, o PPMA. Foram onze anos de atividades ( ), período no qual, graças ao vigor e às inovações dos programas adotados, os esforços para a proteção da floresta ganharam um novo sopro de esperança. O Projeto de Preservação da Mata Atlântica (PPMA) começou a ser concebido em 1989, com a crescente preocupação do Governo de São Paulo em proteger e recuperar os recursos naturais do estado. Na época, iniciaram-se gestões com o Banco Alemão de Desenvolvimento, KfW Entwicklungsbank, agente estatal financeiro encarregado dos projetos da Cooperação Financeira Oficial da Alemanha. Uma longa tradição do Governo Federal Alemão em acordos de cooperação financeira com o Brasil, considerado país-chave para o desenvolvimento dessas parcerias, e o foco de investir na conservação da biodiversidade, balizaram as negociações (veja box na página 17). Em São Paulo, o momento era propício e urgente para o surgimento de um grande projeto como o que se desenhava. Há quatro anos ocorrera a criação da Secretaria do Meio Ambiente do Estado e as ações de proteção ambiental ainda engatinhavam. Embora já houvesse os órgãos de fiscalização e licenciamento, e muitas das áreas protegidas estaduais fossem antigas (o Parque Estadual da Ilha do Cardoso, por exemplo, foi criado em 1962), os esforços para se conservar os remanescentes florestais eram pontuais e desarticulados. Em 1993, as discussões bilaterais iniciais entre Brasil e Alemanha resultaram na assinatura do contrato do Projeto, chamado em seu princípio de Projeto de Preservação da Floresta Tropical no Estado de São Paulo. A iniciativa visava ampliar, planejar e integrar as ações de proteção à mata. Em sua fase embrionária, foi calcado pela estratégia de fortalecer a fiscalização e consolidar as Unidades de Conservação. Aqui, há que se abrir um pequeno parêntese. Viveu-se, no final dos anos de 1980 e começo da década seguinte, um despertar global para a causa ambiental. De modo que, desde quando o Projeto foi idealizado até o início das atividades, o ambientalismo muito se transformou. Em 1992, a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (Eco-92), no Rio de Janeiro, tornou-se o marco de uma notável tomada de consciência sobre a urgência de se conservar o patrimônio natural do planeta. Após o encontro, popularizaram-se conceitos como desenvolvimento sustentável e processos participativos de gestão do meio ambiente. O PPMA ampliou, integrou e planejou as ações de proteção à floresta, atuando em pleno acordo com os princípios de sustentabilidade preconizados pela Agenda 21. Assim, numa evolução natural, foi incorporada às bases conceituais do PPMA a estratégia de propagar a idéia de conservação da natureza andando junto com o desenvolvimento socioeconômico humano. O Projeto, então, alinhou-se plenamente à visão preconizada nos princípios da Agenda 21 (espécie de cartilha de sobrevivência para o futuro do planeta elaborada na Conferência de 1992), estabelecendo seu grande objetivo nas seguintes linhas: conservação e manejo sustentável da biodiversidade dos remanescentes da Mata Atlântica e seus ecossistemas associados. 2 2 um plano para proteger a floresta paulista 13

8 Estrutura Lógica do PPMA Fiscalização, planejamento e integração: palavras-chave Em 1995, o PPMA finalmente saiu do papel, com as ações concentradas no litoral, Serra do Mar, Vale do Paraíba e Vale do Ribeira, ou seja, cerca de 17 mil quilômetros quadrados de floresta. A razão da escolha dessas regiões foi porque ali estão as mais extensas áreas contínuas florestadas ainda razoavelmente preservadas em São Paulo. Em 1999, a cooperação internacional seria ampliada, contemplando novas Unidades de Conservação e perfazendo, então, um contínuo de florestas de 22 mil quilômetros quadrados, entre Picinguaba, na divisa com o Rio de Janeiro, e o Vale do Ribeira, próximo ao Paraná. As primeiras ações, de caráter emergencial, foram investimentos maciços no aparelhamento das quatro instituições responsáveis pela gestão dos recursos naturais dessas áreas: Polícia Ambiental, órgão fiscalizador; Departamento Estadual de Proteção de Recursos Naturais (DEPRN), responsável por licenciar supressões da mata nativa; e o Instituto Florestal (IF) e a Fundação Florestal (FF), que admin- istram as Unidades de Conservação estaduais. No caso do Instituto Florestal, os recursos foram destinados a duas Estações Ecológicas e quatro Parques Estaduais; dentre estes, o Parque Estadual da Serra do Mar participava com cinco núcleos. Nesta primeira fase do PPMA, o Instituto Florestal recebeu recursos para elaborar Planos de Gestão Ambiental destas Unidades de Conservação. Afora a prioridade em adquirir equipamentos e intensificar a fiscalização, o Projeto teve um foco em planejar e integrar as atividades das quatro instituições envolvidas, que trabalhavam de forma independente, mesmo que para fins comuns. Assim, de imediato, as rotinas das instituições passaram a ser estabelecidas nos chamados Planos Operativos Anuais (POAs), principal instrumento de planejamento do PPMA, no qual os investimentos e custeios são decididos e discriminados. Em 1998, foi implantado o Plano Operacional de Controle (POC), que se concretizou em ações conjuntas de fiscalização, visando uma efetiva integração entre DEPRN, Polícia Ambiental, FF e IF. A partir do POC, as medidas de proteção à floresta passaram a ser arquitetadas conjuntamente. Estação Ecológica da Juréia, Unidade de Conservação integrante do Projeto Criação da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo. Início das negociações entre o Governo do Estado de São Paulo e o KfW Entwicklungsbank. Uma missão do banco alemão vem ao Brasil conhecer a floresta atlântica. A partir daí, inicia-se a formulação de um projeto. Assinatura do contrato entre o Governo Estadual e o KfW. Apresentação e aprovação do Projeto Piloto, contemplando o Parque Estadual Ilhabela e a região do Vale do Ribeira. Aprovação do projeto técnico. Execução do Projeto Piloto. Implantação do Projeto em todas as outras áreas previstas, contemplando 17 mil quilômetros quadrados de domínio da Mata Atlântica e dez Unidades de Conservação. Oficina de planejamento em Paraibuna com todos os participantes do PPMA. No encontro foi ajustada a matriz de planejamento do Projeto, ou seja: objetivo superior, objetivos específicos, métodos, resultados, indicadores e pressupostos. Publicação da Resolução Conjunta estabelecendo cooperação mútua entre as Secretarias da Segurança Pública e Meio Ambiente, visando coibir infrações ambientais. Foram criados Comitês de Apoio a Gestão em dez Unidades de Conservação envolvidas na primeira fase do PPMA. Publicação dos Planos de Gestão Ambiental de dez Unidades de Conservação. Publicação interna do Plano Operacional de Controle (POC), visando integrar e articular as ações das instituições envolvidas no PPMA. 14 ppma projeto de preservação da mata atlântica: 11 anos 2 um plano para proteger a floresta paulista

9 Está cada vez mais compreendido e comprovado o papel da Mata Atlântica para a vida do cidadão. Hoje, o Investimentos do KfW e Governo do Estado de São Paulo (em milhões de Euros) conhecimento existente sobre seus atributos ecológicos, foto Ciça paisagísticos e outros, reforça os argumentos que indicam ser mais importante manter áreas com remanescentes de florestas que simplesmente derruba-las sob o argumento de que isso servirá para desenvolver atividades econômicas. O desafio ainda é traduzir melhor este papel aos tomadores de decisão, empresários e mesmo para aqueles que pensam não ter relação direta com a natureza. Maria Cecília Wey de Britto Governo do Estado de São Paulo KfW: empréstimo KfW: contribuição financeira A cooperação bilateral Brasil-Alemanha A política de cooperações internacionais da Alemanha é definida e conduzida pelo Em onze anos de atividades, o PPMA contribuiu com a diminuição no ritmo do desmatamento e construiu os alicerces para novas formas de interação do ser humano com a floresta. Após a vistoria de uma missão do KfW, foi proposta a inclusão de onze novas Unidades de Conservação. Nas Unidades de Conservação, o instrumento de planejamento adotado foram os Planos de Manejo, documentos que sistematizam o conhecimento sobre as áreas protegidas, propondo diretrizes e estratégias de ação. É importante enfatizar que a elaboração dos mesmos contou com as opiniões e sugestões das comunidades locais e de várias esferas da sociedade, num procedimento inédito no âmbito da Mata Atlântica, culminando com a criação de Conselhos Consultivos, fóruns onde propostas de deliberações passam por consultas públicas. Inicia-se o desenvolvimento do SIGMA Sistema de Gerenciamento da Mata Atlântica. O Projeto também investiu fortemente na área de informação e monitoramento, dotando os participantes de radiocomunicadores e computadores com Internet. Foram colocadas à disposição dos técnicos cartas topográficas vetorizadas e fotos aéreas, estas produzidas especialmente para uso no PPMA. Um sistema de georreferenciamento foi criado para ajudar na sistematização dos dados. Resultados Foram criados Conselhos Consultivos em Unidades de Conservação envolvidas na segunda fase do PPMA e readequados os Comitês de Apoio a Gestão da primeira fase. Assinatura do Contrato de Aumento, ampliando a área O PPMA gerou os resultados mais visíveis entre os projetos de proteção à Mata Atlântica, que podem ser medidos pela diminuição real no ritmo do desmatamento no estado de São Paulo. Com sua efetiva atuação na intensificação da fiscalização, no incremento da infra-estrutura e da rede de informações, assim como na profissionalização dos instrumentos de gestão (planejamento e cooperação), deu a base necessária para que fossem estabelecidas novas formas de interação do ser humano com a floresta. Assim, a partir do Projeto, derivaram programas de educação ambiental, turismo sustentável, diversas parcerias de comunidades com Unidades de de abrangência do Projeto para 22 mil quilômetros quadrados. Publicação do Plano de Manejo do Parque Estadual Ilha do Cardoso e aprovação no CONSEMA Conselho Estadual do Meio Ambiente. Conservação e uma modernização dos mecanismos de fiscalização e controle, entre outros. Essas novas formas de interação contribuíram para o cumprimento do principal objetivo do Projeto de proteger a floresta, compreendido a partir de três grandes questões: estabilização da cobertura vegetal, defesa da biodiversidade e proteção de mananciais. O ano de 2006 marca o encerramento do contrato de cooperação internacional. Inquietações comuns a momentos como este não poderiam deixar de aflorar. Os agentes envolvidos já se mobilizam em busca de meios de manter e aprofundar as conquistas do Projeto. A expectativa é que, ante a finalização do aporte de recursos, o Governo de São Paulo, bem como a sociedade, mirem-se nesse onze anos de ótimas experiências, municiem-se dos instrumentos de gerenciamento criados no período e façam do PPMA o mesmo que se busca para a natureza, ou seja, sua conservação e sustentabilidade. Início da parceria entre os Governos de São Paulo e Paraná para estabelecer e implementar Plano de Operações de Fiscalização Conjunta no Vale do Ribeira e Litoral. Aprovação do Plano de Manejo do Parque Estadual da Serra do Mar pelo CONSEMA - Conselho Estadual do Meio Ambiente. Ministério Federal da Cooperação Econômica e Desenvolvimento, o BMZ, que formula as linhas de atuação e conduz o diálogo intergovernamental com os países parceiros. O KfW Entwicklungsbank (Banco de Desenvolvimento Alemão) é o agente financeiro oficial dessas cooperações. Avalia as propostas de projetos, formata contratos, operacionaliza os financiamentos e empréstimos e apóia e monitora a implementação dos projetos pelas instituições executoras. Os primeiros projetos de cooperação financeira bilateral Brasil-Alemanha remontam a A partir da Rio 92, com a política do Governo Alemão sendo voltada para investimentos no desenvolvimento sustentado, na redução da pobreza e na conservação da biodiversidade, o Brasil tornou-se foco prioritário de investimentos. Até hoje, o banco concedeu cerca de 624 milhões de euros para projetos no Brasil, sendo que aproximadamente 545 milhões de euros já foram desembolsados. Atualmente essa cooperação financeira conta com 28 projetos em curso no território brasileiro, a um valor de 300 milhões de euros, sendo que 70% desses projetos são na área de conservação dos recursos naturais. O PPMA inclui-se aí. No mundo todo o KfW Entwicklungsbank está fomentando 1300 projetos divididos em 105 países. 16 ppma projeto de preservação da mata atlântica: 11 anos 2 um plano para proteger a floresta paulista

10 impactos positivos na natureza na natureza O PPMA, em todas as suas ações e programas, foi pautado pelo objetivo maior de conservação dos remanescentes da Mata Atlântica e manejo sustentável da biodiversidade. Para que se compreenda a profundidade dos problemas atacados pelo Projeto, separamos esse objetivo em três grandes temas, tratados neste capítulo. Os temas são ilustrados com estudos de caso exemplares da abrangência do tema em questão, em uma perspectiva histórica, apresentando cada caso em seus diversos aspectos, incluindo o que se refere aos impactos positivos causados pelo Projeto. Em primeiro lugar, o PPMA desenvolveu seus programas com a preocupação de contribuir para a estabilização da cobertura vegetal, ou seja, cuidar para estancar o ritmo do desmatamento na Mata Atlântica, que transforma áreas de floresta em cidades, condomínios e lavouras. Mas nem sempre manter a cobertura vegetal significa assegurar a proteção à floresta, já que a predação pode ser feita sem prejuízo da cobertura, como é o caso da ação de caçadores e palmiteiros, que empobrece a mata, porém não a derruba. Este é o segundo tema tratado: a defesa da biodiversidade. Por fim, o Projeto procurou, a partir da proteção da floresta, manter a integridade dos mananciais que abastecem de água milhões de pessoas. A floresta, muito além de todos os interesses que se encerram em si, presta serviços ao ser humano, entre eles, provavelmente o mais importante, que é regular o fluxo hídrico e proteger nascentes de água. Essas nascentes se transformam em rios, que, próximo às cidades, têm seus cursos desviados para sistemas de abastecimentos urbanos. Da conservação da floresta, depende a manutenção desses preciosos mananciais e, conseqüentemente, a qualidade da vida humana. Estabilização da cobertura vegetal Defesa da biodiversidade Proteção aos mananciais 3 3 impactos positivos na natureza 19

11 Estabilização da cobertura vegetal Cobertura vegetal natural no Estado de São Paulo [ ] Passados os ciclos econômicos da cana-de-açúcar, do café e do extrativismo madeireiro, responsáveis pela derrubada extensiva da Mata Atlântica, as pressões à cobertura vegetal passaram a ser de outra ordem. Mas não por isso menos preocupantes. Ainda são muitas as ameaças que recaem sobre a floresta, especialmente no estado de São Paulo, o mais populoso do Brasil. Para se ter uma idéia, calcula-se que a população atual dos municípios abrangidos ou adjacentes ao trecho paulista da Serra do Mar, onde se concentram algumas das mais significativas áreas contínuas da floresta, é de quase 14 milhões de habitantes, praticamente o dobro da década de Em uma situação dessas, a presença efetiva do Estado, planejando as ocupações humanas, fiscalizando as áreas de proteção ambiental e manejando as Unidades de Conservação, faz-se fundamental para manter a integridade da cobertura florestal remanescente. É o que tem acontecido em São Paulo, contribuindo para a expressiva diminuição no ritmo do desmatamento observada, uma tendência que parece ter vindo para ficar. -39,5% -24,2% +3.7% 1962 (1) (2) (3) ha ha ha (1) Borgononi & Chiarini (1965) e Borgonovi et al (1967) (2) Zoneamento econômico Florestal do Estado de São Paulo (1975) (3) Kronka et al (1993) ha Evolução da cobertura vegetal na região do litoral de São Paulo [ ] ha ha ha A floresta ganha espaço Na região da Serra do Mar, há muitos casos em que o limite das cidades é a floresta, de forma que o crescimento urbano sem planejamento fatalmente abre caminho em meio à mata. Vale lembrar: em geral as pessoas que procuram se fixar nas periferias são desprovidas de bens e encontram-se à margem do processo social; simplesmente se apossam de terras abandonadas e abrem clareiras em locais de pouco movimento e longe dos olhos da fiscalização. São também alvos fáceis de grileiros. Estes vendem terrenos que não lhes pertencem, muitas vezes inseridos dentro de Unidades de Conservação. Exemplos claros dessa situação são as cidades de Caraguatatuba e Ubatuba, cujas taxas de crescimento são engrossadas pelos imigrantes que chegam atraídos pela disponibilidade de mão de obra na construção civil. Em ambas, os limites do Parque Estadual da Serra do Mar avizinham-se à zona urbana. A especulação imobiliária, resultado do crescimento do turismo, também ameaça a Mata Atlântica. O litoral norte de São Paulo foi um dos mais afetados em tempos recentes, pela mudança radical de suas feições que se deu a partir da construção da rodovia BR-101, a Rio-Santos, em meados da década de Ali, a planície entre a costa e a serra tem sido um dos locais mais expostos à ocupação turística e os males ao ambiente decorrentes, como aterramento de mangues e destruição de restingas ha ha ha +2% -1% ha ha ha total floresta ombrófila densa e mista vegetação secundária formações arbóreo/arbustiva-herbácea A Rio-Santos foi planejada durante o regime militar, para facilitar os acessos a equipamentos de infra-estrutura de base implantados entre o Rio de Janeiro e Santos, como o porto de São Sebastião. Era época do chamado milagre econômico, ápice da política econômica desenvolvimentista, e como era regra, nada ou pouco se considerou os impactos sociais e ambientais de uma obra de tamanha magnitude. Como bem observou Warren Dean, em A Ferro e Fogo : A idéia de desenvolvimento econômico penetrava a consciência da cidadania, justificando cada ato do governo, e até de ditadura, e de extinção da natureza. 20 ppma projeto de preservação da mata atlântica: 11 anos 3 impactos positivos na natureza 21

12 Aos imigrantes que chegaram, como já se viu, Efeitos da atraídos pela mão de obra disponível na construção especulação civil, somou-se a população caiçara que vendeu imobiliária em suas terras costeiras, deslocando-se para habitações Bertioga: floresta precárias nas encostas. Em locais como a costa sul dá lugar a de São Sebastião, essas ocupações, quase sempre loteamentos (foto clandestinas, com máximo parcelamento do solo à direita). e sem condições mínimas de saneamento básico, já estão adentrando terras do Parque Estadual da Serra do Mar. Foto aérea da região da praia da Puruba, município Indústrias Caso semelhante aconteceu em Cubatão, onde, após a construção da Via Anchieta, em 1976, alguns trabalhadores se fixaram às margens da estrada, resultando nos núcleos urbanos conhecidos como bairros cota, que em muitos pontos avançam sobre o Parque. No início dos anos de 1990, por iniciativa do Governo do Estado de São Paulo, foram Onde a urbanização e o parcelamento do solo exercem pressão menor, a agricultura e a pecuária continuam abrindo frentes na floresta, sobretudo em regiões pobres, como o Vale do Ribeira. Lá, os pequenos agricultores, em vista de terem poucos recursos para manejar a terra, abrem caminho em áreas de floresta, cuja fertilidade é alta imediata- de Ubatuba, em 1972 (esquerda) e ortofoto do mesmo local realizada em 2000/2001 (direita) revelam incremento de vegetação nativa criados grupos de trabalho com o objetivo de mini- mente após os desmatamentos, não se fazendo ne- mizar conflitos resultantes desta ocupação, mas a cessário o uso de insumos. Até hoje vigora a men- expansão urbana continua na região. talidade de que mato é sinônimo de sujeira e terra Cubatão é, provavelmente, o local onde as imprestável e que deve, portanto, ser eliminado. pressões sobre a Mata Atlântica são mais evidentes. O pólo industrial instalado ali na década de 1950 interferiu de forma absolutamente negativa sobre a Diversos fatores contribuíram para frear o pro- Outro fator importante para a diminuição do cobertura vegetal. Primeiramente, o descontrole na emissão de poluentes (hoje minimizado com a obrigatoriedade do uso de filtros) resultou em chuvas ácidas que fragilizaram a mata e provocaram uma série de desabamentos das encostas. Linhas de alta tensão, torres, dutos e ferrovias abriram os acessos em meio à floresta, aumentando sua vulnerabili- Mesmo com os vetores de pressão atuando, o ritmo do desmatamento está diminuindo. Políticas públicas voltadas à conservação ambiental, a conscientização da sociedade e o aperfeiçoamento das leis cesso de desmatamento. Junto com a conscientização da sociedade, mais atenta à questão ambiental (o que pode ser dimensionado pelas diversas Ongs e mesmo pessoas físicas que atuam em projetos que visam o desenvolvimento sustentável), melhoraram os instrumentos de controle e fiscalização por parte dos órgãos do Governo, assim como diversas Uni- desmatamento foi a atuação dos Ministérios Públicos Federal e Estadual após a Constituição de 1988, quando passaram a ter entre suas atribuições a defesa do meio ambiente. Os Procuradores da República e os Promotores Públicos passaram a exercer um papel de fiscais do cumprimento da lei, tanto por parte da sociedade quanto dos órgãos públicos. dade. E todo esse processo não é exclusivo da faixa cos- estão entre as principais razões dades de Conservação se consolidaram. Além disso, os esforços entre as várias instâncias relacionadas ao Também tem sido importante a participação ativa da imprensa, que tem se engajado de forma cres- teira. No planalto, transpondo-se a Serra do Mar em meio ambiente passaram a se articular melhor. cente na questão ambiental, divulgando cada vez direção ao interior, ainda em zonas de domínio da Houve ainda o implemento de políticas públi- mais notícias sobre crimes ambientais e mostrando Mata Atlântica, o represamento de rios, tanto para geração de energia como para abastecimento de Mudança de tendência A partir de meados cas com vistas à conservação dos recursos naturais, a exemplo do PPMA. A legislação ambiental tam- alternativas de desenvolvimento sustentável. água para as grandes cidades, resulta em perdas de do século 20, mesmo com todos esses vetores de bém foi aperfeiçoada. Um bom exemplo é o Decreto grandes e contínuos trechos florestados. Loteamen- pressão atuando, a cobertura vegetal em São Paulo 750/93, que proíbe o desmatamento em áreas de tos e condomínios que vieram a substituir antigas começou a se estabilizar, como revelam os monito- floresta primária e nos estágios médio e avançado pastagens e zonas agrícolas decadentes, em geral ramentos sistemáticos que estão sendo feitos por de regeneração. Embora haja um descaso histórico não respeitam o meio ambiente, e trazem conse- meio de interpretações de imagens de satélite (veja em relação às leis ambientais, sem dúvida pode-se qüências semelhantes àquelas do litoral. os gráficos apresentados neste capítulo). observar avanços. 22 ppma projeto de preservação da mata atlântica: 11 anos 3 impactos positivos na natureza 23

13 Defesa da biodiversidade As florestas tropicais, de maneira geral, caracterizam-se pela alta taxa de variedade de vida. Plantas e animais estabelecem delicadas e complexas teias de relações e dependências, de modo que, quando certas espécies desaparecem, toda a dinâmica florestal se altera. É o vem acontecendo com a Mata Atlântica. Além da diminuição da cobertura, ela é empobrecida. Ou seja, mesmo em áreas onde aparentemente a floresta permanece, perde-se em biodiversidade, pela ação de caçadores e pela extração predatória de plantas. A perda é irreparável. Além de ser decisiva para a manutenção dos ambientes naturais, a biodiversidade tem um valor ainda não totalmente conhecido, como alimentos ou para a fabricação de remédios, entre outros usos. Quando uma espécie se extingue, todo o material genético dela, fruto de milhões de anos de evolução, vai-se para sempre. O tráfico de animais silvestres é uma das mais sérias ameaças à biodiversidade. Trata-se do terceiro maior negócio ilegal do mundo e só no Brasil movimenta cerca de 2,5 bilhões de reais por ano. Afora os O caso do palmito no Vale do Ribeira O Vale do Ribeira é considerado a região mais pobre do estado de São Paulo. As opções econômicas ali são poucas; como exemplo a bananicultura, tradicional cultura agrícola, passa por constantes crises. um tradicional alimento e fonte de renda das comunidades rurais do Vale do Ribeira. A exploração acontece há várias décadas de forma predatória, levando à diminuição drástica dos estoques da planta em estado natural. Para se obter o palmito, é necessário derrubar a palmeira. Hoje, o assunto tornou-se caso de polícia já que a extração da flora nativa só é permitida em manejos sustenta- Extrator ilegal de palmito, flagrado dentro de Unidade de Conservação de área de floresta no Vale do Ribeira prejuízos evidentes à floresta, a atividade é extrema- Muitas pessoas vão buscar na floresta o sustento. A dos, com permissão dos órgãos de licenciamento e mente cruel. Para se ter uma idéia, aves ornamentais pressão é grande, em especial sobre a população de fiscalização. Nos últimos quinze anos, os extratores são transportadas sedadas, dentro de tubos de PVC juçaras, uma palmeira que nasce no sub-bosque da clandestinos (chamados, assim como a própria escondidos dentro de malas, entre as roupas. De dez Mata Atlântica, ou seja, em sua parte sombreada. planta, de palmiteiros) passaram a invadir as Uni- bichos traficados, apenas um chega vivo ao compra- Em condições naturais, a espécie se apresenta numa dades de Conservação da região, em face à escassez dor final. densidade de até 360 indivíduos adultos por hect- em outras áreas. Quanto às plantas, dentre as espécies da Mata are, segundo dados do pesquisador Wagner Gomes No caso do Parque Estadual Intervales, por ex- Atlântica, a palmeira juçara (nome científico Euterpe Portilho, da Fundação Florestal. Os frutos roxos, que emplo, em sua parte sul, onde integra os municípios Edulis) é provavelmente a mais explorada de forma dão em cachos, são muito apreciados por animais, de Sete Barras, Eldorado e Iporanga, chega-se a predatória, devido ao valor alimentar do palmito que principalmente aves e mamíferos. caminhar cerca de dez horas dentro da mata, a par- dela é retirado. Um levantamento de todas as ocorrên- A juçara é considerada pelos naturalistas uma tir dos limites da Unidade, para encontrar juçaras cias de ameaças ao Núcleo Santa Virgínia, do Parque espécie chave para o sucesso da biodiversidade. A em condições de corte. Conflitos de policiais e vigias Estadual da Serra do Mar, entre 1991 e 2005, revelou fauna atraída por ela circula pela floresta, espalha dos Parques da região com palmiteiros já causaram que os principais casos se referem à extração de pal- sementes e garante assim os intercâmbios gené- mortes de ambos os lados. Alguns palmiteiros se or- mito. A caça a animais silvestres também é bastante ticos entre as espécies. ganizam em bandos, andam armados e chegam a representativa. Sabe-se há muito tempo que a parte de cima do montar fabriquetas de beneficiamento de palmito No Vale do Ribeira, onde o problema do palmito é caule da juçara, envolta por uma bainha verde, é escondidas nos quintais de suas residências. mais agudo, uma série de experiências de desenvolvi- tenra e, quando cozida, transforma-se numa delici- Afora as pessoas que exploram o palmito por mento comunitário e projetos de manejo sustentado osa iguaria, consumida em saladas e outros pratos: uma questão de sobrevivência, criou-se uma rede estão contribuindo para aliviar a pressão sobre as o palmito. Todas as palmeiras têm o palmito, mas de tráfico que inclui, além do beneficiamento clan- áreas protegidas, que ali se somam cerca de 60% de o da juçara é um dos mais apreciados pela textura, destino, esquemas de transporte e emissão de no- todo o território paulista da região. pelo sabor leve e por ser pouco fibroso. O palmito é tas frias para legalizar o produto. Apesar de tudo 24 ppma projeto de preservação da mata atlântica: 11 anos 3 impactos positivos na natureza 25

14 isso, a extração da juçara conta com uma certa complacência de diferentes segmentos da sociedade, no Vale do Ribeira. Visto a pobreza na região e a tradição de se explorar palmitos há famílias que vivem há duas, três gerações da extração de palmi- A extração predatória rarefez as populações nativas da palmeira juçara. Parcerias com comunidades locais, visando o manejo sustentado, aliviam as pressões sobre a biodiversidade to -, a atividade é de certa forma perdoada. Aqueles que entram na floresta para cortar palmitos em geral não têm outras opções e são os que menos se beneficiam dentro dessa estrutura criminosa. Há, por um lado, a biodiversidade da Mata Atlântica ameaçada e, por outro, comunidades rurais que precisam de uma alternativa de renda, vivendo cada vez mais acuadas. Hoje a fiscalização melhorou muito, confirma Lídia Jorge, estagiária da Fundação Florestal junto ao programa de proteção de Intervales e filha de um vigia aposentado do Parque. Antigamente os palmiteiros até riam dos vigias. À melhoria da fiscalização e ao escasseamento da planta no campo, somou-se o nascimento da consciência ambiental global, que acabou reverberando no Vale do Ribeira, uma região sempre no foco do movimento ambientalista. E uma nova ordem começou a ser construída por ali. Desenvolvimento sustentável No município de Sete Barras, algumas comunidades vizinhas aos Parques Estaduais Intervales e Carlos Botelho, organizadas em associações, estão buscando alternativas de renda que incluem o uso econômico da juçara de forma não predatória. Além do bairro Rio Preto, experiência que há oito anos vem sendo implantada no entorno do Parque Estadual Carlos Botelho, o Guapiruvu, bairro rural com cerca de 500 habitantes, é um dos melhores exemplos. Lá, alguns moradores já possuem um histórico de ativismo ambiental, que remonta aos anos de 1980, quando da luta pela conservação do monocarvoeiro (maior primata das Américas). A Associação de Moradores local, a AGUA, nasceu em 1997 e, um ano depois, realizou a Agenda 21 local, em parceria com uma organização não governamental. A elaboração do documento foi um importante passo pois, com ele, pôde-se identificar as fragilidades e potencialidades da comunidade. Baseados nos resultados, projetos de desenvolvimento foram propostos, sempre se levantando a bandeira da sustentabilidade. Por estar numa área pobre e próxima a remanescentes de Mata Atlântica, o Guapiruvu atraiu muitas atenções. Cursos de capacitação foram realizados, Ongs trouxeram projetos de desenvolvimento. E novas alternativas não tardaram a aparecer. Antigos bananicultores, praticamente falidos, começaram a repovoar suas terras com juçara, visando a exploração sustentada, especialmente da polpa, cujo sabor é semelhante à do açaí, hoje muito popular nas grandes cidades. Hoje são cerca de 300 mil pés de palmito juçara plantados por 32 pequenos agricultores do bairro, que aprenderam os princípios da agrofloresta e passaram a cultivar em consórcios nos bananais velhos, de forma a aproveitar a sombra necessária ao desenvolvimento das juçaras. Além da polpa, os produtores do Guapiruvu estão comercializando sementes para plantios. No caso das bananas, inseridos em agroflorestas, os bananais voltaram a produzir. Alguns produtores estão cultivando banana orgânica e já se encontram em vias de obter o selo de qualidade. Há também algumas experiências de plantio de pupunha, pal- meira cujo palmito pode ser extraído num tempo inferior ao da juçara. Hoje, já diminuiu em 40% o número de pessoas do bairro que viviam da extração de palmito, acredita Geraldo Xavier de Oliveira, coordenador de vendas da cooperativa do Guapiruvu (a Cooperagua), ele próprio atualmente colhendo sementes de juçara de sua própria plantação agroflorestal. Paralelamente, iniciou-se uma aproximação com o Parque Estadual Intervales, vizinho à comunidade, cuja relação era até então conflituosa. Além do apoio aos projetos de manejo sustentável, contratamos, estrategicamente, dez moradores do Guapiruvu para trabalharem nas bases de fiscalização da região, entre outras ações em parceria, conta Maurício Marinho, diretor do Parque. Encontra-se em curso o projeto de implantação de um assentamento que envolve 75 famílias de posseiros da região dentro de uma fazenda com 3 mil hectares vizinha ao Parque, buscando o desenvolvimento de atividades e práticas sustentáveis. Este projeto tem coordenação do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e a AGUA, contando com apoio da Fundação Florestal. Estreitando a parceria, o potencial ecoturístico do lugar começa a ser aproveitado, no entorno e dentro do Parque, tendo moradores do Guapiruvu como monitores ambientais. Já temos um circuito de bóia-cross e trilhas de acesso a cachoeiras, conta o ex-palmiteiro e atual coordenador do grupo de monitores Ivan Pereira da Silva. A expectativa agora é de se concretizar uma parceria com o Parque, na qual uma das bases de fiscalização poderá ser usada como ponto de apoio ao turismo, gerenciado por moradores da comunidade e o Parque. A expectativa é que, com novas fontes de renda à disposição, diminua a pressão sobre a biodiversidade do Parque e seu entorno, e a população de palmeiras, assim como de outras espécies, volte a aumentar. Afinal como aprendeu nesses anos o agricultor Geraldo Xavier: é impossível manter a biodiversidade se não cuidar das pessoas. Plantio agroflorestal de juçara na comunidade do Guapiruvu, próxima a Intervales (foto à esquerda). 26 ppma projeto de preservação da mata atlântica: 11 anos 3 impactos positivos na natureza 27

15 Proteção aos mananciais A água é para todos Rio Grande: água pura para a população de Ubatuba Riacho na Mata Atlântica: a vazão O rio Grande nasce dentro do núcleo Picinguaba por dia, que no município encontram uma quali- e a qualidade da do Parque Estadual da Serra do Mar. Ao chegar ao dade de vida muito superior a das metrópoles. A água dependem da pé da serra, consideravelmente caudaloso depois tendência é que esse crescimento ocorra nas áreas floresta de drenar riachos e córregos de todo o vale, tem periféricas, ou seja, exatamente nos locais onde a parte de seu leito desviado pela Sabesp, que utiliza floresta se limita com a cidade. Desde a criação do essas águas para abastecer mais de 88% da cidade Parque Estadual, ele sofre com invasões, principal- Nas encostas da Serra do Mar, a Mata Atlântica permitem a infiltração da água da chuva no lençol de Ubatuba (cerca de 53 mil pessoas, número que mente às margens da rodovia Oswaldo Cruz, que protege uma rede hídrica admirável, não só pela freático, impedindo a enxurrada. Onde a mata é su- se multiplica por seis durante as férias de verão). A corta o núcleo Picinguaba na subida para o planal- beleza das cachoeiras e riachos, o que por si só já de- primida, minguam as nascentes. água chega muito pura à captação quase potável to. A carência de fiscalização fez, historicamente, da veria ser uma razão para conservá-la, mas sobretudo Assim como na região da Serra do Mar, em todo -, tanto que o tratamento consiste basicamente em mata uma terra de ninguém. essencial para a manutenção das populações huma- o domínio da Mata Atlântica acontece dessa forma. filtragem direta e simples cloração. Em 1998, o Instituto Florestal, responsável pela nas que vivem nas baixadas. O pouco que sobrou dela continua garantindo o Pode-se dizer sem exagero que a vida dos ha- administração da Unidade de Conservação, bem Em municípios como Bertioga, São Sebastião, abastecimento de água a milhões de pessoas. É um bitantes de Ubatuba depende do manancial. E a como a Polícia Ambiental, receberam uma grande Caraguatatuba e Ubatuba, praticamente toda a caso dos mais importantes em que a floresta está floresta que envolve os tributários do rio Grande é melhoria em infra-estrutura e equipamentos e pas- água consumida vem das nascentes que brotam na prestando, gratuitamente, um serviço ambiental ao decisiva para a qualidade da água, determinando a saram a enfrentar a situação. Mesmo bem aparel- serra. E o que a mata tem a ver com essa água? Tudo. homem. E trata-se de um ótimo argumento para que pureza e a constância de sua vazão. hados, tratava-se de uma luta inglória. Remoções Os olhos d água que alimentam os córregos forma- os remanescentes da mata sejam mantidos de pé. A Ubatuba, a exemplo de quase todos os aglomera- de pessoas de baixa renda de suas residências são dores dos rios dependem da cobertura vegetal para bem sucedida luta pela conservação da região da ba- dos urbanos em área de Mata Atlântica, não pára de sempre ações impopulares. A explicação sobre a manterem a regularidade e a qualidade da vazão. cia hidrográfica do rio Grande, em Ubatuba, ilustra crescer. A mão de obra disponível no turismo e na importância de se proteger a floresta não era con- As árvores protegem o solo da insolação e também essa questão. construção civil atrai uma média de oito imigrantes vincente por si só, confirma Viviane Buchianeri, co- 28 ppma projeto de preservação da mata atlântica: 11 anos 3 impactos positivos na natureza 29

16 Ocupações na Bacia do Rio Grande [1998 a 2005] Os pontos se referem ao total de habitações em 1998, na região da Bacia inserida no Parque Estadual da Serra do Mar. A cor de cada ponto indica a situação da habitação referente no ano de abandonada/em regeneração demolida com morador sem morador moradia eventual divisa Parque Estadual da Serra do Mar Parque Estadual da Serra do Mar Articulação da sociedade deu legitimidade ao processo de desapropriações dentro do Parque Estadual da Serra do Mar. Caso o manancial fosse poluído, toda a população de Ubatuba sofreria as conseqüências estancar a ocupação e a partir da cooperação com à vida em Ubatuba. O depoimento do responsável as várias esferas da administração pública obtevese autorização para remover invasores e demolir ca- Alencar Alves de Toledo demonstra empiricamente pela estação de captação da Sabesp no rio Grande sas clandestinas dentro do Parque. O próprio efeito que o trabalho tem dado resultado. Há três décadas, psicológico das investidas de fiscalização colaborou ele tem a tarefa de operar as comportas que controlam a quantidade de água desviada para cidade e para evitar novas invasões. Em 2000, eram 48 casas na área do Parque. E as limpar as grades e dutos que fazem a primeira filtragem da água, antes do tratamento. Antigamente demolições continuam acontecendo. Apesar de as áreas irregulares serem zonas de conflito, o apoio da vinha cachorro morto, gato, sacos de lixo. Hoje, essa opinião pública legitima o processo, que afinal de situação melhorou 90%, garante. contas está protegendo um bem comum e essencial ordenadora dos Parques Estaduais do Litoral Norte. As pessoas viam aquela extensão de mata e falavam: qual o problema se eu derrubar uma árvore e fizer minha casa aqui?. Em ações conjuntas da Polícia Ambiental com o Instituto Florestal, foram realizados mutirões de levantamentos das áreas invadidas dentro do Parque, com o cadastramento de todos os moradores, iniciando-se um processo que visava inicialmente estancar as ocupações irregulares, para, num segundo momento, retirar os moradores de dentro do Parque. Quando o ônus recaiu sobre a instituição, deparouse com uma situação paradoxal: o Instituto Florestal se tornava culpado por querer proteger. Era, claramente, um choque à mentalidade do chegou, deixa ficar, impregnada na política agrária brasileira. Articulação A idéia dos gestores do Parque foi mudar o discurso, levantando a bandeira da importância da manutenção da floresta para o abastecimento de água. Afinal, caso o manancial tivesse a vazão diminuída ou as águas poluídas, toda a população sofreria. E isso não era só responsabilidade nossa, diz Buchianeri. Esse novo paradigma aproximou a sociedade da questão ambiental, pois se colocava a conservação da natureza como algo que afetava diretamente a qualidade de vida. Assim, criou-se um grupo de trabalho a fim de articular as várias esferas da sociedade no que viria a ser uma gestão compartilhada da bacia do Rio Grande. Entravam na briga Sabesp, Cetesb, Prefeitura, Ministério Público, DEPRN e Organizações Não Governamentais. O levantamento das áreas invadidas revelou que a maior parte das casas eram sítios de final de semana e barracos de caçadores. Mesmo aquelas ocupações que pareciam ser de agricultores de subsistência, descobrimos que a maior parte delas não passava de fachadas de terrenos de especuladores e grileiros, explica Viviane. Na época, 1998, foram contadas 80 casas, quase o dobro de uma avaliação feita dez anos antes. A força-tarefa teve como efeito Demolição de ocupação irregular na Bacia do Rio Grande. 30 ppma projeto de preservação da mata atlântica: 11 anos 3 impactos positivos na natureza 31

17 A melhoria nas condições de trabalho dos responsáveis pela conservação da floresta foi uma premissa básica para se atingir os objetivos do Projeto. Por essa lógica, decidiu-se concentrar os esforços em quatro frentes, distintas, porém conectadas entre si. 4 ferramentas as do projeto Na parte operacional, houve um aporte substancial de recursos em equipamentos e na infra-estrutura das instituições. Veículos e computadores, entre outros, permitiram agilidade nas operações. Obras, como sedes de Parques e centros de visitantes, deram condições de funcionamento às Unidades de Conservação. Em outra frente, oficializou-se a aproximação entre as instituições, visando melhorar a eficiência das ações de proteção à floresta, por meio do Plano Operacional de Controle, um espaço mensal de encontro e discussões entre DEPRN, Polícia Ambiental, Instituto Florestal e Fundação Florestal. O PPMA também ajudou a institucionalizar o conceito de planejamento. Nas Unidades de Conservação, iniciaram-se esforços para a elaboração de Planos de Manejo, documentos que dão diretrizes para o futuro dos Parques e Estações Ecológicas, em substituição a iniciativas isoladas e de curto horizonte. E no âmbito geral do Projeto, os Planos Operativos Anuais, exigência do KfW para a liberação dos recursos de cada ano, fizeram do planejamento uma rotina obrigatória às instituições executoras. Por fim, houve um grande esforço para se melhorar a comunicação e implementar o monitoramento das áreas de abrangência do Projeto. Para tanto, investiu-se em rádio-comunicação, na produção de fotos aéreas e as bases cartográficas disponíveis foram digitalizadas. Com isso, instrumentalizaramse os gestores e técnicos de meio ambiente. Os dados produzidos e sistematizados abasteceram um complexo sistema de informações georreferenciadas, o SIGMA, ferramenta que disponibiliza dados via rede, integra e facilita a comunicação. Infra-estrutura e equipamentos Ações integradas Planejamento Informação e monitoramento 4 ferramentas do projeto 33

18 Infra-estrutura e equipamentos O aprimoramento dos recursos materiais foi um dos alicerces do Projeto, oferecendo as condições necessárias à fluidez e ao bom desenvolvimento dos Nas Unidades de Conservação, a construção de bases de fiscalização reforçou a proteção de áreas críticas, sujeitas a invasões e ações criminosas de palmiteiros e caçadores. Isso se somou aos bem eq- Investimento do PPMA em OBRAS programas propostos. Em primeiro lugar, profissionais que trabalham com a missão de proteger uma floresta, devem ter agilidade para cobrir longas distâncias em estradas precárias e terrenos muitas vezes acidentados. Ou seja, é preciso dispor de bons veículos, como é o caso da frota de carros off-road adquiridos pelo PPMA. Lanchas foram compradas para apoiar atividades costeiras e em mangues. Vôos de helicópeteros regulares ajudaram a monitorar a mata, especialmente em áreas de difícil acesso por terra. uipados centros de visitantes sedes administrativas e garagens, também construídos no âmbito do Projeto. Placas de energia solar foram destinadas a locais afastados da rede elétrica. As novas obras colaboraram para a consolidação das Unidades. Graças a elas, os gestores puderam colocar em prática programas de ecoturismo, educação ambiental e pesquisa, entre outros. Ainda em relação ao reaparelhamento, as instituições executoras do Projeto receberam kits de educação ambiental e aparelhos multimídia para Para se obter sucesso em um projeto com muitas pessoas envolvidas, é fundamental também que a estrutura de comunicação seja competente. Sistemas de telefonia e computadores conectados à rede equiparam todas as instituições participantes. Além de apresentações, uniformes, coletes, materiais para combate de incêndios e equipamentos de acampamento. Hoje em dia saímos para fiscalizar com uma estrutura completa para dormir no meio do mato, se for necessário. Antigamente chegávamos a passar terem uma função estratégica, facilitaram o dia-a- fome numa situação dessas, compara um policial dia dessas instituições. ambiental que atua na Baixada Santista. Investimento do PPMA em Equipamentos Mobilidade Comunicação Escritório Outros Equipamentos Unidades de Conservação R$ R$ R$ R$ DEPRN R$ R$ R$ R$ Polícia Ambiental R$ R$ R$ R$ Total R$ R$ R$ R$ Mobilidade: veículos, motocicletas, embarcações e motores Comunicação: equipamentos de radiocomunicação, informática, cine-foto-som Escritório: móveis, materiais e utensílios Outros Equipamentos: geradores, ferramentas, telefonia, material de campo, etc. Arquitetura ecológica Construções no meio da natureza devem se integrar ao ambiente, ou seja, pouco se destacar. O princípio, defendido pela arquiteta do PPMA Eloá de Castro Cruzeiro, serve para explicar, em linhas gerais, a arquitetura das obras realizadas pelo Projeto nas Unidades de Conservação. As pessoas têm que olhar para a paisagem e não para as casas, justifica. Ao invés de pilares e vigas de concreto, peças de eucalipto tratado (madeira proveniente de reflorestamentos) fazem toda a parte estrutural das construções. As paredes, quando não são construídas de tábuas, são de tijolo aparente, cuja cor de terra tem um aspecto orgânico. Aí pesa também a praticidade e o baixo custo, já que tijolo aparente dispensa pinturas de manutenção. Os telhados, em geral são projetados em várias águas - que conferem movimento, explica Eloá -, quebram a dureza das simetrias. Costuma-se deixar vãos entre as águas (lanternins) e utilizar algumas telhas de vidro para a entrada de luz natural. Nas janelas, emprega-se madeira de lei, sempre com certificação, ou seja, oriundas de manejo sustentado da floresta. E as inovações não se resumiram às construções, como conta Eloá: Modificamos a realidade das Unidades de Conservação de várias maneiras. Além da melhoria do visual e das qualidades funcionais dos edifícios, revitalizamos o paisagismo, implantamos uma série de equipamentos, como quiosques, bancos, mesas e lixeiras e melhoramos a programação visual. Quanto à energia elétrica, tem-se investido cada vez mais em redes subterrâneas, que não interferem na paisagem, como é o caso dos Núcleos Cunha, Caraguatatuba e Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar, cuja distribuição interna da eletricidade atualmente não depende de postes. Em relação ao esgoto, observam-se todos os cuidados para que seja devidamente filtrado antes de entrar em contato com o lençol freático. No Núcleo Perequê do Parque Estadual Ilha do Cardoso, construído sobre uma restinga, por exemplo, o esgoto passa por uma seqüência de fossas sépticas, filtros anaeróbios e valas de infiltração, antes de ir para o ambiente, já tratado. Esse método utiliza a força da gravidade e precisa manutenção apenas a cada cinco anos. Substituiu um antigo e precário sistema em que eram necessárias bombas elétricas movidas a geradores e o esgoto era tratado apenas parcialmente 34 ppma projeto de preservação da mata atlântica: 11 anos 4 ferramentas do projeto 35

19 Ações integradas Nosso tempo é marcado pela crescente preocu- tal, Instituto Florestal e Fundação Florestal. O POC faz pação com o meio ambiente, que se reflete em um parte do cerne do PPMA, como se verá na reportagem grande número de ações, projetos e programas sendo desenvolvidas em prol da natureza, por iniciativas a seguir. Há também um programa de operações in- pública ou privada. terestaduais conjuntas, em locais críticos da divisa Analisar se isso é suficiente para reverter o quadro São Paulo-Paraná. É o chamado Plano de Operações global de degradação ambiental nos leva a uma de Fiscalização Conjuntas no Vale do Ribeira e Lito- interminável discussão, mas é fato que existe um ral, colocado em prática em 2004, entre instituições problema de desarticulação, gente trabalhando indi- dos Governos paranaense e paulista, por intermédio vidualmente e projetos que não se inter-relacionam, muitas vezes dizendo respeito às mesma regiões. Os dos Programas de Cooperação Financeira com o KfW (PPMA, em São Paulo e Pró-Atlântica, no Paraná). benefícios à natureza resultantes são muito aquém do que se supõe caso as ações fossem realizada conjuntamente. Desde o começo, o PPMA tinha embutido em seus Desde o início da parceria, foram realizadas dez operações de fiscalização de grande porte. Ainda no âmbito dos programas financiados pelo KfW, tem-se procurado integrar as ações do PPMA propósitos essa problemática, isto é, a consciência de que se fazia necessário unir todas as instituições participantes para amplificar a eficiência e, conseqüente- aos Projetos Demonstrativos (PDAs), que promovem capacitações sobre o uso racional dos recursos naturais. Em Picinguaba, por exemplo, comunidades in- Novas bases de fiscalização no Vale do Ribeira mente, os resultados dos programas propostos. O Plano Operacional de Controle, mais conhecido como POC, é a principal estratégia de integração dentro do Projeto, agregando o DEPRN, Polícia Ambien- seridas dentro do Parque Estadual da Serra do Mar aprendem a manejar a floresta com vistas à sua extração sustentável em projetos PDA que contam com a chancela do Parque, por meio do Plano de Manejo. As novas bases de vigilância construídas nos Parques Estaduais do Vale do Ribeira conferiram o apoio logístico necessário às atividades de fiscalização na região, ampliando o raio de ação das equipes O plano operacional de controle responsáveis pela atividade. O mapa nesta página A implantação do POC, em 1998, foi um mo- Vigias do Instituto mostra que o uso dessas bases garante a proteção a mento de amadurecimento do PPMA, pois as insti- Florestal e policiais praticamente todo o contínuo de áreas protegidas tuições envolvidas na execução do Projeto puderam ambientais em ação da região, em especial nas áreas mais vulneráveis. conhecer de perto a rotina umas das outras, reafir- conjunta (foto à Estruturadas com alojamentos, cozinha comple- mando conceitos sobre a operacionalização de ro- esquerda) ta, sala de estar e escritório com rádio-comunicador, tinas de trabalho que, ao menos em tese, deveriam as obras foram feitas para dar conforto aos vigias e Novo Centro de ser integradas. É bom lembrar que, constitucional- boas condições às operações realizadas dentro das Visitantes do Núcleo mente, há atribuições legais em que as instituições Unidades, freqüentemente ameaçadas pela ação de Itutinga-Pilões do têm por obrigação se ajudarem mutuamente, o que palmiteiros. Hoje temos condições de hospedar os Parque Estadual da nem sempre acontecia na prática. Com o POC isso destacamentos da Polícia Ambiental que nos auxil- Serra do Mar, antes começou a mudar. Trata-se de um compromisso iam nessas tarefas, conta Jeannette Viera Geenen, (acima) e depois dos participantes do Projeto de trabalharem con- coordenadora do programa de uso público e intera- (abaixo) da reforma. juntamente, articuladamente e amigavelmente, ção socioambiental do Parque Estadual Intervales. define Nerea Massini, assessora técnica do Grupo As bases também são adequadas para usos Executivo de Coordenação do PPMA. múltiplos, como suporte às atividades de ecotur- Por exemplo, muitas vezes, a Polícia Ambien- ismo e de pesquisa científica, além de abrigarem os tal necessita de um laudo do DEPRN para definir próprios gestores dos Parques, quando eles se deslo- qual o ecossistema atingido em uma determinada cam em missões distantes das sedes. 36 ppma projeto de preservação da mata atlântica: 11 anos 4 ferramentas do projeto 37

20 Planejamento ocorrência de infração ambiental. Ou, ao contrário, Cooperação no dia-a-dia Nas reuniões também quando o DEPRN recebe uma solicitação de licen- são programadas operações de fiscalização conjun- ciamento ambiental, recorre à Polícia para verificar ta, de pequeno porte (incorporadas à rotina das in- se a área em questão já recebeu algum tipo de au- stituições), médio porte, grande porte (quando en- tuação. Por sua vez, nas Unidades de Conservação, volve mais de um setor e grande número de efetivo cujos vigias andam desarmados, freqüentemente é e meios) e fontes de consumo (em estabelecimentos preciso auxílio policial para desbaratar quadrilhas que comercializam palmito). de palmiteiros ou caçadores, que agem dentro dos Em determinadas ocasiões, outras instituições Parques Estaduais. A ponta de lança do POC são encontros mensais em que se reúnem representantes do DEPRN, Polícia públicas relacionadas ao meio ambiente que atuam na área de abrangência do PPMA são convidadas para participar das reuniões do POC. As operações foto Oficina de Planejamento (a ser produzido Marcelo) Ambiental, Instituto Florestal e Fundação Florestal em fontes de consumo, por exemplo, envolvem a para discutir problemas comuns e planos de ação Vigilância Sanitária. Em outros casos, já participa- conjuntos e trocar informações. O relato do Capitão ram Ministério Público, Ibama, Cetesb, Instituto Ad- Legenda foto PM Marco Aurélio dos Santos Pinho, chefe da seção olfo Lutz e Secretaria da Agricultura, entre outros. Oficina de de operações do 3º Batalhão da Polícia Ambiental, Com a execução das grandes ações conjuntas, planejamento. ajuda a compreender o funcionamento e a im- cria-se uma real sensação de presença do Estado, Legenda foto portância do Plano: Cada um leva seus problemas inibindo ocorrências de infrações ambientais. Foi o Oficina de para discutir como se pode atacá-los. Todos nós so- caso dos mutirões de fiscalização realizados na Bacia planejamento. mos ligados às questões ambientais, de modo que do rio Grande, em Ubatuba, estopim do processo de o problema de um é o problema de todos. E juntos congelamento das áreas ocupadas irregularmente, ficamos mais fortes. Com a execução das grandes ações conjuntas, cria-se uma real sensação de presença do Estado, inibindo ocorrências de infrações ambientais. É importante ressaltar que as reuniões do POC são divididas por setores dentro da área de abrangência do Projeto, de maneira a atender as especificidades de cada região e suas diferentes demandas e expectativas diante dos problemas ambientais. Utilizouse a divisão entre as Companhias do 3º Batalhão da Polícia Ambiental para estabelecer os setores. São eles: Vale do Ribeira e Litoral Sul, Litoral Centro, Litoral Norte e Vale do Paraíba. como se mostrou no terceiro capítulo da presente publicação. Dentro do âmbito do POC, também são promovidos cursos de capacitação, com a finalidade de aprimoramento das ações de licenciamento e fiscalização, tais como: Identificação, contenção e transporte de animais; Animais peçonhentos da Mata Atlântica; Tipificação da vegetação; Formação de brigadas; Combate e prevenção de incêndios florestais e Uso e aplicação do GPS. No começo do Projeto era uma obrigação abrir canais de diálogo e se conhecer. Hoje isso virou uma rotina. Não tem como deixar de ser assim acredita o diretor regional da DPRN-3 Domingos Ricardo de Oliveira Barbosa. Ficou claro que se um órgão está perto do outro, principalmente em termos de trocas de informações, as coisas funcionam melhor, ficam mais tranqüilas e mais ágeis. Ou seja, independentemente dos rumos que tomem as políticas públicas de proteção ambiental, o POC consolidou a cultura e a disposição das quatro instituições para o trabalho conjunto, algo que dificilmente se perderá. Durante o período de vigência do PPMA, alguns exercícios de planejamento passaram a fazer parte do dia-a-dia, de modo que iniciativas pontuais e esporádicas, de curto horizonte e fora de um contexto maior, passaram a ter um vislumbre de longo prazo. Os instrumentos de planejamento e gestão adotados no Projeto foram os Planos Operativos Anuais e os Planos de Manejo. Todas as atividades do PPMA partiram do Plano Operativo Anual, ou POA. Trata-se de uma nova ferramenta que foi utilizada por todas as instituições participantes. O POA surgiu no início do Projeto por exigência do KfW. Para que os recursos fossem liberados, era necessário demonstrar o que estava por trás de cada solicitação. E acabou se incorporando na rotina dos gestores. O POA é um exercício para se pensar: o que vamos fazer o ano que vem? O que é preciso para realizar tais coisas? Com os recursos que temos, qual o nosso poder de ação?, explica Marco Antônio de Almeida, supervisor técnico do Grupo Executivo de Coordenação do PPMA. No caso, por exemplo, das Unidades de Conser- interação socioambiental etc), discriminando-se a finalidade do uso de cada recurso. Antes, já tínhamos todos esses programas, mas agora passamos a ter uma organização melhor e um norte, diz o diretor do Parque Estadual Carlos Botelho José Luiz Maia. Já os Planos de Manejo foram implementados exclusivamente nas Unidades de Conservação. Conceitualmente, são sistematizações de informações sobre a geografia e as características sociais, ambientais e econômicas de uma Unidade. O conhecimento gerado subsidia o zoneamento e as propostas para o uso da área protegida, organizadas em programas de manejo. Os Planos de Manejo se iniciaram em 1997 com uma chamada primeira fase, que foram os Planos de Gestão Ambiental (PGAs), compilados de informações disponíveis a respeito de cada Unidade participante do PPMA, somadas a algumas linhas de ações emergenciais. Os PGAs deram subsídios aos Planos de Manejo propriamente ditos. Dentre os Planos realizados, o do Parque Estadual da Serra do Mar é emblemático, pelas dimensões da Unidade de Conservação e pelos vação esse planejamento é feito separadamente seus elementos inovadores. por programa de manejo (fiscalização, uso público, 38 ppma projeto de preservação da mata atlântica: 11 anos 4 ferramentas do projeto 39

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