II Congresso Brasileiro de Políticas Médicas. Rio de Janeiro, 14 de setembro de 2012.

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1 II Congresso Brasileiro de Políticas Médicas Rio de Janeiro, 14 de setembro de 2012.

2 saúde reprodutiva é um estado de completo bemestar físico, psicológico, mental, emocional moral e social, e não apenas ausência de doença ou enfermidade, em todos os assuntos relacionados com o sistema reprodutivo, com as suas funções e funcionamento ( ) (OMS 1996)

3 Situação em matéria de infertilidade Afeta % dos casais, cerca de 50 a 80 milhões de pessoas em todo o Mundo; (OMS, 1991) Em Portugal, aproximadamente quinhentos mil casais em idade fértil não poderão ter filhos; (Censos,2001) O Brasil tem cerca de um milhão de casais inférteis. (Luiz Mello, 2007)

4 Gerações Futuras Status epistemológico do (pré)embrião

5 As gerações futuras são compostas por indivíduos que: ainda não existem, não se sabendo quando ou se existirão; do ponto de vista jurídico são concepturos - não são sujeitos de direito.

6 Faz sentido reconhecer direitos às gerações futuras? Quem são os titulares desses direitos?

7 As gerações presentes tem responsabilidades para com as gerações futuras: pelas consequências que as suas ações terão na vida dessas gerações; com base numa idéia de solidariedade entre gerações que defrontam problemas comuns nos quais se encontram subjacentes interesses comuns à toda a espécie humana.

8 Vários instrumentos jurídicos internacionais exprimem preocupação com o futuro da humanidade.

9 Carta das Nações Unidas: ONU, 1945; os Povos das Nações Unidas declaram-se resolvidos a preservar as gerações vindouras do flagelo da guerra.

10 Convenção sobre a Diversidade Biológica: ONU, 1992; as Partes Contratantes declaram-se determinadas em conservar e utilizar de maneira sustentável a diversidade biológica em benefício das gerações futuras.

11 Convenção Quadro sobre as Alterações Climáticas: ONU, 1992; as Partes Contratantes assumem o dever de proteger o sistema climático para benefício das gerações presentes e futuras da humanidade.

12 Convenção sobre os Direitos do Homem e a Biomedicina: Conselho da Europa, 1997; os progressos da Biologia e da Medicina devem ser utilizados em benefício das gerações presentes e futuras.

13 Declaração sobre a Responsabilidade das Gerações Presentes relativamente às Futuras: UNESCO, 1997; o genoma humano, no pleno respeito da dignidade da pessoa humana e dos direitos humanos, deve ser protegido e a biodiversidade salvaguardada (art. 6.º).

14 Declaração sobre Diversidade Cultural: UNESCO, 2001; a diversidade cultural como património comum da humanidade deve ser reconhecida e afirmada para o benefício das gerações presentes e futuras (art. 1.º).

15 Declaração Universal sobre a Bioética e os Direitos Humanos (2005): a presente Declaração tem por objetivo salvaguardar e defender os interesses das gerações presentes e futuras (art. 2.º); o impacto das Ciências da Vida nas gerações futuras, incluindo na sua constituição genética, deve ser devidamente levado em conta (art. 16.º).

16 Preocupação com as gerações futuras: Carta sobre a preservação da herança digital (UNESCO, 2003); Declaração sobre a destruição intencional da herança cultural (UNESCO, 2003); Declaração sobre a proteção do clima para as gerações presentes e futuras da humanidade (ONU, 2005).

17 São-lhes reconhecidos direitos: de adquirir por doação ou por sucessão (art.s 542.º, 546.º e 1799 do Código Civil Brasileiro); se forem filhos de pessoa determinada, viva ao tempo da declaração de vontade do doador ou da abertura da sucessão.

18 Esta solução jurídica: visa impedir uma situação de incerteza muito longa quanto à titularidade dos bens deixados ou doados; limita temporalmente a proteção dispensada ao nascituro a uma única geração; inadequada para o problema do reconhecimento de direitos às gerações futuras.

19 Outra posição possível na matéria: que nos parece ser preferível; traduz-se no gradual reconhecimento da humanidade no seu conjunto como titular de direitos.

20 Surge assim um Direito Comum: para a humanidade, concebida como uma comunidade de pessoas que abrange as gerações presentes e futuras; que reconhece direitos às gerações futuras.

21 Este Direito cosmopolita : é um direito dos cidadãos do mundo (Habermas); implica, segundo parte da Doutrina, a atribuição de personalidade jurídica à humanidade, que será titular de direitos coletivos.

22 Os direitos coletivos da humanidade: integram os direitos das gerações futuras; direitos da espécie humana enquanto tal; direitos de solidariedade e de fruição coletiva; asseguram proteção jurídica a bens de natureza universal - a paz, o equilíbrio ecológico.

23 Constituem exemplo de direitos deste tipo consagrados em textos de Direito Internacional: direito à paz; direito à autodeterminação dos povos; direito a benefícios do patrimônio comum da humanidade.

24 O genoma humano: parte integrante do patrimônio comum da humanidade. A humanidade: é titular do direito ao benefício do genoma humano. Em que medida o DPI ofende este direito?

25 O Diagnóstico pré-implantação de embriões permite: identificar os (pré)embriões portadores de mutações genéticas; selecionar apenas os (pré)embriões com as características desejadas.

26 O DPI: é uma análise genética; os seus resultados vão fundar a decisão de implantar ou não o (pré)embrião; constitui um ato preparatório da seleção embrionária; pode, no longo prazo, contribuir para a redução da diversidade genética da espécie humana.

27 A seleção embrionária: é ofensiva ao direito da humanidade a beneficiar-se do genoma humano enquanto patrimônio comum da humanidade? implicará numa destruição parcial da espécie humana, ou seja, um crime contra a humanidade?

28 Pêro Vaz de Caminha, na Carta sobre o descobrimento do Brasil, escreve: Beijo as mãos de Vossa Alteza. Deste Porto Seguro, da vossa ilha de Vera Cruz, hoje, sexta-feira, primeiro dia de Maio de 1500.

29 Durante anos considerou-se que a Terra de Vera-Cruz seria mais uma ilha, entre outras, descoberta pelos Portugueses, no Oceano Atlântico. Também Cristóvão Colombo, após ter efetuado quatro viagens ao Novo Mundo, morreu convencido de ter encontrado a Costa Leste da Ásia.

30 As conclusões de ambos estavam de acordo com o que era ensinado pela Geografia da sua época. A história da Ciência, é a história da sucessiva demonstração da falsidade de certas idéias e da sua substituição por outras que se consideram corretas.

31 Hoje, o problema faz-se sentir com maior intensidade, porque: a velocidade da mudança acelerou-se e já não são necessárias várias gerações para nos apercebermos das mudanças introduzidas nos variados domínios; o progresso científico facultou ao Homem a alteração do mundo que o rodeia e das suas próprias estruturas, nomeadamente no plano genético, possibilitado pelo nascimento de seres humanos através das técnicas de RMA.

32 Técnicas que introduzem o artificial no processo reprodutivo porque há: intervenção de terceiros num ato que sempre esteve restrito a um casal, o de conceber uma criança; procedimentos que não encontram paralelo no processo reprodutivo natural, como seja a implantação de (pré)embriões crioconservados.

33 Deste modo: é indiscutível a intervenção do artificial no processo reprodutivo humano; é progressivamente mais difícil a delimitação entre o artificial e o que resulta das leis da natureza; ressurgem as questões que sempre inquietaram o Homem - o que é a vida, o ser humano? O embrião é apenas vida humana ou também é pessoa humana? Que proteção urge conceder-lhe, desde logo no plano jurídico?

34 Percentagem de êxito cresce à medida que se aumenta, em cada ciclo de tentativas de obtenção de uma gravidez evolutiva, o número de (pré)embriões implantados no útero da mãe.

35 Estimulação hormonal da mulher - colheita de vários ovócitos por ciclo - fecundação in vitro de vários ovócitos - incerteza sobre quantos irão originar (pré)embriões.

36 Implantação de mais de 3 ou 4 (pré)embriões por ciclo - riscos para a saúde da mãe e dos filhos. os embriões que excedem esse n.º são supranumerários, excedentários.

37 Podem ser: crio-conservados em azoto líquido para posterior implantação; destruídos.

38 Existem no Brasil muitos embriões crioconservados; Recorre-se à RMA porque se deseja um novo ser humano - que depois é destruído porque não é mais desejado.

39 Estatuto do (pré)embrião no período que existe entre a sua concepção in vitro e a sua: implantação no útero da mãe biológica; doação a outro casal; utilização para fins de investigação in vitro; destruição.

40 Conceito biológico de (pré)embrião: a vida humana é um processo contínuo. A conjugação de uma célula viva, o espermatozóide com outra célula viva, o óvulo, produz um ser unicelular, também vivo. Este ser vivo, o zigoto ou ovo humano, é um organismo humano, com um programa de desenvolvimento, contínuo e permanente, que é uma capacidade intrínseca, autoregulada, como é próprio dos seres vivos (DANIEL SERRÃO).

41 Conceito biológico de (pré)embrião: não uma nova vida humana (espermatozóide e óvulo são vida humana); um novo organismo humano desde a fertilização, cujo patrimônio genético, salvo no caso dos gêmeos univitelinos é único e que tem um programa de desenvolvimento contínuo e permanente.

42 CONUNDRUNS Um exemplo prático: Orange County, Califórnia, 1998 Tribunal: tem o mister de decidir sobre a filiação de uma menina, a Jaycee Buzzanca, relativamente à qual oito pessoas poderiam ser consideradas seus progenitores e que não tinha nenhum.

43 Como se chegou a esta situação? Erin Davison, casada, com 4 filhos, cedeu ovócitos a um banco de ovócitos ; 17 desses ovócitos, foram fertilizados com o esperma de Mr X e 4 dos (pré)embriões obtidos foram implantados no útero da sua mulher, Mrs. X, que deu à luz um casal de gêmeos; os restantes (pré)embriões foram crioconservados;

44 o centro de RMA ofereceu ao casal X três opções: destruir os (pré)embriões, cedê-los para investigação ou a outro casal infértil; o casal X optou pela terceira das soluções propostas; entretanto, John e Luanne Buzanca, casados e inférteis, já tinham recorrido aos serviços de 5 mães de aluguel, sem qualquer êxito; em 13 de Agosto de 1994, um dos embriões do casal X é implantado no útero de uma mãe de aluguel profissional, Pamela Snell, que já havia sido mãe uterina de 3 bebês;

45 Pamela Snell e o seu marido, Randy Snell, assinaram um contrato de gestação por conta de outrem, nos termos do qual Pamela se comprometia a entregar a John e Luanne Buzanca a criança que viesse a nascer e renunciava à sua maternidade; John divorciou-se de Luanne antes do nascimento da Jaycee; John declarou, na ação de divórcio, não existirem filhos do casal;

46 Luanne requereu uma pensão de alimentos da parte de John, para a filha que iria nascer; o tribunal recusou a pretensão de Luanne por considerar que John não é o pai biológico da Jaycee e que esta não nasceu de Luanne na constância do matrimônio.

47 O tribunal considerou igualmente que: John, do ponto de vista jurídico, não pode ser considerado pai, porque não contribuiu com sémen; Luanne não pode ser considerada mãe porque nem contribuiu com ovócitos, nem deu à luz a Jaycee; Pamela não pode ser considerada mãe porque renunciou antecipadamente a esse estatuto; a identidade dos doadores de gâmetas e dos respectivos cônjuges é desconhecida do tribunal, porque a doação foi anônima, logo estes não poderiam ser considerados progenitores, do ponto de vista legal.

48 Quid iuris: Quem são os pais da Jaycee? Os fornecedores de gâmetas? A mãe de gestação e o marido desta? O casal que a encomendou?

49 A intervenção do Direito é subsequente à da Filosofia, na medida em que o legislador opta por: uma certa escala de valores que se vai encontrar subjacente à legislação a fazer, sendo utópico pretender que esta seja éticamente neutra; uma das soluções propostas para o estatuto ontológico do (pré)embrião, opção que terá reflexos na lei a fazerse, é atribuir ao (pré)embrião o estatuto de pessoa, este então não poderá ser deliberadamente destruído, se considerá-lo como um simples agregado celular, poderá ser admitida a investigação não terapêutica com (pré)embriões...

50 Em suma: o problema do estatuto ontológico do (pré)embrião é um problema filosófico; a intervenção do Direito é subsequente à resolução desse problema; há múltiplos entendimentos possíveis - por qual optou o legislador brasileiro?

51 Que tutela faculta o Direito no Brasil ao (pré)embrião, ou seja, no período que existe entre a fertilização in vitro e a implantação?

52 No ordenamento jurídico brasileiro não encontramos: um diploma legal que tutele especificamente o (pré)embrião gerado in vitro e não implantado; ao contrário do que acontece em outros Direitos: no Português, Espanhol, Inglês e Alemão; tutela encontra-se dispersa por vários diplomas.

53 Direito Constitucional: o tronco da ordem jurídica estadual de onde arrancam os ramos da grande árvore que é a ordem jurídica de certo estado (JORGE MIRANDA).

54 Constituição da República Federativa do Brasil: posição privilegiada na hierarquia das normas jurídicas; consagra direitos fundamentais que visam proteger o núcleo de bens essenciais em que se exprime a dignidade do ser humano; art.s 5º (direito à vida).

55 Pacto de San José da Costa Rica: ratificado pelo Brasil em 25 de Setembro de 1992; Toda pessoa tem o direito de que se respeite sua vida. Esse direito deve ser protegido pela lei e, em geral, desde o momento da concepção (art. 4.º, n.º 1).

56 Código Civil Brasileiro: Lei n.º , de 10 de Janeiro de 2002; A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro (art. 2.º).

57 Código Penal Brasileiro: Decreto-Lei n.º 2.848, de 7 de Dezembro de 1940; pune nos art.s 124.º a 128.º o aborto provocado pela gestante com ou sem consentimento.

58 Proteção da vida intra-uterina não è absoluta: o art. 128.º do Código Penal exclui a punibilidade do aborto se não houver outro meio de salvar a vida da mãe e no caso de gravidez resultante de estupro; o conflito entre a vida intra-uterina e os direitos da mãe à vida e à auto-determinação sexual, é resolvido pelo sacrifício integral da vida intrauterina.

59 Proteção da vida in vitro não é absoluta: A Lei n.º , de 24 de Março de 2005, permite no art. 5.º, para fins de pesquisa e terapia, a utilização de células-tronco embrionárias obtidas de embriões humanos produzidos por FIV e não implantados no útero da mãe.

60 Condições: que sejam (pré)embriões inviáveis ou congelados disponíveis; os genitores tenham dado consentimento para o feito.

61 O consentimento esclarecido é aliás exigido: para a prática, pelo Médico, de qualquer ato de PMA; art. 22 do Código de Ética Médica.

62 Soluções que na Lei Brasileira asseguram a protecção da dignidade do ser humano a proibição: do recurso às técnicas de RMA com o objectivo de criar seres humanos idênticos, (art. 6.º da Lei n.º , de 24 de Março de 2005); a comercialização de (pré)embriões (art. 5º da Lei n.º ); da engenharia genética em (pré)embrião humano (art. 6.º da Lei n.º ).

63 Se o (pré)embrião não é uma pessoa, então encontra-se abrangido pelo regime jurídico das coisas: pode ser objeto de um direito de propriedade, de compra, venda, troca posição difícil de conciliar com o respeito pelo princípio do respeito pela dignidade da pessoa humana, consagrado no art. 1º da Constituição Brasileira; não encontramos nenhum autor a defende-la no Brasil.

64 Conclui-se que a vida humana (pré)embrionária é um bem: constitucionalmente relevante, mas não goza da tutela atribuída à vida humana já nascida; penalmente relevante, mas não beneficia-se da proteção decorrente da incriminação do aborto (que se aplica à vida intra-uterina e após a nidação); civilmente relevante, mas não goza personalidade jurídica, a qual só se adquire no momento do nascimento completo e com vida.

65 O problema do estatuto jurídico do (pré)embrião é no fundo, o problema que sempre inquietou a nossa civilização - o que é o ser humano e que proteção lhe devemos dispensar. A Ciência, na resposta a esta questão, continuamente nos fornece elementos que nos permitem ultrapassar etapas em direção ao desconhecido - ou seja, continuamente embarcamos em caravelas, à procura de novas rotas para as Índias.

66 CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA RESOLUÇÃO CFM nº 1.957/2010 (Publicada no D.O.U. de 06 de janeiro de 2011, Seção I, p.79) RESOLVE: Art. 1º - Adotar as NORMAS ÉTICAS PARA A UTILIZAÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA, anexas à presente resolução, como dispositivodeontológico a ser seguido pelos médicos. Art. 2º Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogandose a Resolução CFM nº 1.358/92, publicada no DOU, seção I, de 19 de novembro de 1992, página

67 ANEXO ÚNICO DA RESOLUÇÃO CFM nº 1.957/10 NORMAS ÉTICAS PARA A UTILIZAÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA I - PRINCÍPIOS GERAIS 1 - As técnicas de reprodução assistida (RA) têm o papel de auxiliar na resolução dos problemas de reprodução humana, facilitando o processo de procriação quando outras terapêuticas tenham se revelado ineficazes ou consideradas inapropriadas. 2 - As técnicas de RA podem ser utilizadas desde que exista probabilidade efetiva de sucesso e não se incorra em risco grave de saúde para a paciente ou o possível descendente.

68 ANEXO ÚNICO DA RESOLUÇÃO CFM nº 1.957/10 NORMAS ÉTICAS PARA A UTILIZAÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA 3 - O consentimento informado será obrigatório a todos os pacientes submetidos às técnicas de reprodução assistida, inclusive aos doadores. Os aspectos médicos envolvendo as circunstâncias da aplicação de uma técnica de RA serão detalhadamente expostos, assim como os resultados obtidos naquela unidade de tratamento com a técnica proposta. As informações devem também atingir dados de caráter biológico, jurídico, ético e econômico. O documento de consentimento informado será expresso em formulário especial e estará completo com a concordância, por escrito, das pessoas submetidas às técnicas de reprodução assistida.

69 ANEXO ÚNICO DA RESOLUÇÃO CFM nº 1.957/10 NORMAS ÉTICAS PARA A UTILIZAÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA 4 - As técnicas de RA não devem ser aplicadas com a intenção de selecionar o sexo (sexagem) ou qualquer outra característica biológica do futuro filho, exceto quando se trate de evitar doenças ligadas ao sexo do filho que venha a nascer. 5 - É proibida a fecundação de oócitos humanos com qualquer outra finalidade que não a procriação humana.

70 ANEXO ÚNICO DA RESOLUÇÃO CFM nº 1.957/10 NORMAS ÉTICAS PARA A UTILIZAÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA 6 - O número máximo de oócitos e embriões a serem transferidos para a receptora não pode ser superior a quatro. Em relação ao número de embriões a serem transferidos, são feitas as seguintes determinações: a) mulheres com até 35 anos: até dois embriões); b) mulheres entre 36 e 39 anos: até três embriões; c) mulheres com 40 anos ou mais: até quatro embriões. 7 - Em caso de gravidez múltipla, decorrente do uso de técnicas de RA, é proibida a utilização de procedimentos que visem à redução embrionária.

71 ANEXO ÚNICO DA RESOLUÇÃO CFM nº 1.957/10 NORMAS ÉTICAS PARA A UTILIZAÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA II - PACIENTES DAS TÉCNICAS DE RA 1 - Todas as pessoas capazes, que tenham solicitado o procedimento e cuja indicação não se afaste dos limites desta resolução, podem ser receptoras das técnicas de RA desde que os participantes estejam de inteiro acordo e devidamente esclarecidos sobre o mesmo, de acordo com a legislação vigente.

72 ANEXO ÚNICO DA RESOLUÇÃO CFM nº 1.957/10 NORMAS ÉTICAS PARA A UTILIZAÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA II - REFERENTE ÀS CLÍNICAS, CENTROS OU SERVIÇOS QUE APLICAM TÉCNICAS DE RA As clínicas, centros ou serviços que aplicam técnicas de RA são responsáveis pelo controle de doenças infectocontagiosas, coleta, manuseio, conservação, distribuição, transferência e descarte de material biológico humano para a paciente de técnicas de RA, devendo apresentar como requisitos mínimos: 1 - um diretor técnico responsável por todos os procedimentos médicos e laboratoriais executados, que será, obrigatoriamente, um médico registrado no Conselho Regional de Medicina de sua jurisdição.

73 ANEXO ÚNICO DA RESOLUÇÃO CFM nº 1.957/10 NORMAS ÉTICAS PARA A UTILIZAÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA 2 - um registro permanente (obtido por meio de informações observadas ou relatadas por fonte competente) das gestações, nascimentos e malformações de fetos ou recém-nascidos, provenientes das diferentes técnicas de RA aplicadas na unidade em apreço, bem como dos procedimentos laboratoriais na manipulação de gametas e embriões. 3 - um registro permanente das provas diagnósticas a que é submetido o material biológico humano que será transferido aos pacientes das técnicas de RA, com a finalidade precípua de evitar a transmissão de doenças.

74 ANEXO ÚNICO DA RESOLUÇÃO CFM nº 1.957/10 NORMAS ÉTICAS PARA A UTILIZAÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA V - DOAÇÃO DE GAMETAS OU EMBRIÕES 1 - A doação nunca terá caráter lucrativo ou comercial. 2 - Os doadores não devem conhecer a identidade dos receptores e vice-versa. 3 - Obrigatoriamente será mantido o sigilo sobre a identidade dos doadores de gametas e embriões, bem como dos receptores. Em situações especiais, as informações sobre doadores, por motivação médica, podem ser fornecidas exclusivamente para médicos, resguardando-se a identidade civil do doador.

75 ANEXO ÚNICO DA RESOLUÇÃO CFM nº 1.957/10 NORMAS ÉTICAS PARA A UTILIZAÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA 4 - As clínicas, centros ou serviços que empregam a doação devem manter, de forma permanente, um registro de dados clínicos de caráter geral, características fenotípicas e uma amostra de material celular dos doadores. 5 - Na região de localização da unidade, o registro dos nascimentos evitará que um(a) doador(a) venha a produzir mais do que uma gestação de criança de sexo diferente numa área de um milhão de habitantes.

76 ANEXO ÚNICO DA RESOLUÇÃO CFM nº 1.957/10 NORMAS ÉTICAS PARA A UTILIZAÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA 6 - A escolha dos doadores é de responsabilidade da unidade. Dentro do possível deverá garantir que o doador tenha a maior semelhança fenotípica e imunológica e a máxima possibilidade de compatibilidade com a receptora. 7 - Não será permitido ao médico responsável pelas clínicas, unidades ou serviços, nem aos integrantes da equipe multidisciplinar que nelas trabalham participar como doador nos programas de RA.

77 ANEXO ÚNICO DA RESOLUÇÃO CFM nº 1.957/10 NORMAS ÉTICAS PARA A UTILIZAÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA V - CRIOPRESERVAÇÃO DE GAMETAS OU EMBRIÕES 1- As clínicas, centros ou serviços podem criopreservar espermatozoides, óvulos e embriões. 2 - Do número total de embriões produzidos em laboratório, os excedentes, viáveis, serão criopreservados. 3 - No momento da criopreservação, os cônjuges ou companheiros devem expressar sua vontade, por escrito, quanto ao destino que será dado aos pré-embriões criopreservados em caso de divórcio, doenças graves ou falecimento de um deles ou de ambos, e quando desejam doá-los.

78 ANEXO ÚNICO DA RESOLUÇÃO CFM nº 1.957/10 NORMAS ÉTICAS PARA A UTILIZAÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA VI - DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DE EMBRIÕES As técnicas de RA também podem ser utilizadas na preservação e tratamento de doenças genéticas ou hereditárias, quando perfeitamente indicadas e com suficientes garantias de diagnóstico e terapêutica 1 - Toda intervenção sobre embriões "in vitro", com fins diagnósticos, não poderá ter outra finalidade que não a de avaliar sua viabilidade ou detectar doenças hereditárias, sendo obrigatório o consentimento informado do casal.

79 ANEXO ÚNICO DA RESOLUÇÃO CFM nº 1.957/10 NORMAS ÉTICAS PARA A UTILIZAÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA 2 - Toda intervenção com fins terapêuticos sobre embriões "in vitro" não terá outra finalidade que não a de tratar uma doença ou impedir sua transmissão, com garantias reais de sucesso, sendo obrigatório o consentimento informado do casal. 3 - O tempo máximo de desenvolvimento de embriões "in vitro" será de 14 dias.

80 ANEXO ÚNICO DA RESOLUÇÃO CFM nº 1.957/10 NORMAS ÉTICAS PARA A UTILIZAÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA VII - SOBRE A GESTAÇÃO DE SUBSTITUIÇÃO (DOAÇÃO TEMPORÁRIA DO ÚTERO) As clínicas, centros ou serviços de reprodução humana podem usar técnicas de RA para criarem a situação identificada como gestação de substituição, desde que exista um problema médico que impeça ou contraindique a gestação na doadora genética. 1 - As doadoras temporárias do útero devem pertencer à família da doadora genética, num parentesco até o segundo grau, sendo os demais casos sujeitos à autorização do Conselho Regional de Medicina. 2 - A doação temporária do útero não poderá ter caráter lucrativo ou comercial.

81 ANEXO ÚNICO DA RESOLUÇÃO CFM nº 1.957/10 NORMAS ÉTICAS PARA A UTILIZAÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA VIII REPRODUÇÃO ASSISTIDA POST MORTEM Não constitui ilícito ético a reprodução assistida post mortem desde que haja autorização prévia específica do(a) falecido(a) para o uso do material biológico criopreservado, de acordo com a legislação vigente.

82 CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA - CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA APROVADO PELA RESOLUÇÃO CFM Nº 1931/2009, PUBLICADA EM 24/09/2009, RETIFICADA EM 13/10/2009 Capítulo I PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS XXIV - Sempre que participar de pesquisas envolvendo seres humanos ou qualquer animal, o médico respeitará as normas éticas nacionais, bem como protegerá a vulnerabilidade dos sujeitos da pesquisa. XXV - Na aplicação dos conhecimentos criados pelas novas tecnologias, considerando-se suas repercussões tanto nas gerações presentes quanto nas futuras, o médico zelará para que as pessoas não sejam discriminadas por nenhuma razão vinculada a herança genética, protegendo-as em sua dignidade, identidade e integridade.

83 CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA - CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA APROVADO PELA RESOLUÇÃO CFM Nº 1931/2009, PUBLICADA EM 24/09/2009, RETIFICADA EM 13/10/2009 É vedado ao médico: Capítulo III RESPONSABILIDADE PROFISSIONAL Art. 15. Descumprir legislação específica nos casos de transplantes de órgãos ou de tecidos, esterilização, fecundação artificial, abortamento, manipulação ou terapia genética. 1º No caso de procriação medicamente assistida, a fertilização não deve conduzir sistematicamente à ocorrência de embriões supranumerários. 2º O médico não deve realizar a procriação medicamente assistida com nenhum dos seguintes objetivos: I criar seres humanos geneticamente modificados; II criar embriões para investigação; III criar embriões com finalidades de escolha de sexo, eugenia ou para originar híbridos ou quimeras.

84 3º Praticar procedimento de procriação medicamente assistida sem que os participantes estejam de inteiro acordo e devidamente esclarecidos sobre o mesmo. Art. 16. Intervir sobre o genoma humano com vista à sua modificação, exceto na terapia gênica, excluindo-se qualquer ação em células germinativas que resulte na modificação genética da descendência.

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