ATA DA REUNIÃO NÚMERO QUARENTA E UM

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1 Escolas João de Araújo Correia CONSELHOGERAL ATA DA REUNIÃO NÚMERO QUARENTA E UM Aos dezassete dias do mês de janeiro de dois mil e dezoito, pelas dezassete horas e quarenta minutos, na sala quatro do pavilhão A, reuniu o Conselho Geral do Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia, em sessão extraordinária, com a ordem de trabalhos seguinte: Período da ordem do dia: Ponto um Análise de documento da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Peso da Régua sobre a comunidade cigana e menores sinalizados, assim como formas de integração da mesma comunidade Ponto dois Integração de visitas de estudo no Plano Anual de Atividades Ponto três Aprovação do plano de férias do Diretor Ponto quatro Eleição dos Representantes dos Pais e Encarregados de Educação no Conselho Geral O registo de presenças constituirá anexo à ata O Presidente informou que os Conselheiros Fernando Seara e Maria do Céu Marques, estão ausentes por razões antecipadamente apresentadas Tomaram posse os Conselheiros Joana Maria Collus Montenegro Soveral Andrade e António José Cardoso Lebres, eleitos em representação dos alunos do ensino secundário no passado dia treze de dezembro, este último em substituição da candidata eleita, Carina Alexandra Araújo Antunes, que apresentou declaração de renúncia no dia dezasseis de janeiro de dois mil e dezoito Registou-se a presença do professor Manuel Mesquita, Presidente da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Peso da Régua, convidado para assistir à discussão do ponto número um da ordem de trabalhos Período da ordem do dia Ponto um Análise de documento da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Peso da Régua sobre a comunidade cigana e menores sinalizados, assim como formas de integração da mesma comunidade Após intervenção do Presidente do Conselho Geral que deu início à discussão sobre o documento supracitado, o professor Manuel Mesquita fez uma apresentação do Página 1 de 5

2 mesmo, tendo explicitado as afirmações e os dados mais relevantes que do mesmo constam e fundamentado opiniões e sugestões, tendo deixado vincada a sua grande preocupação com o assunto em apreciação. No seguimento desta intervenção, o Diretor do Agrupamento referiu que, neste momento, o Agrupamento tem cerca de setenta alunos de etnia cigana, concentrados sobretudo no Centro Escolar das Alagoas e na Escola EB 2,3 e distribuídos por várias turmas O Conselheiro Marco Pina questionou acerca de dados concretos relativamente ao número de alunos da etnia cigana em cada escola do Agrupamento e ciclo de ensino, bem como ao seu aproveitamento, tendo solicitado que esta informação fosse disponibilizada assim que possível ou em futura reunião O Conselheiro António Pereira começou por felicitar o senhor Presidente pela marcação desta reunião. Solicitou ao senhor Diretor dados concretos relativamente à situação escolar destes alunos, no que diz respeito à sua localização por estabelecimento de ensino, à frequência por ano escolar e absentismo. Salientou a ausência de estratégias de comunicação por parte da Escola em relação à Família de um modo em geral, e muito em particular em relação a estes grupos. Apontou como objetivo a ser tratado, com alguma brevidade, como meio de se estabelecer pontes e diálogos entre as partes em questão, a importância de se encontrar um interlocutor da comunidade cigana. Destacou a existência de projetos de cariz social com intervenção direta junto das comunidades em questão, que neste momento estão no terreno, sendo fulcral que permaneçam em funcionamento, independentemente de estarem abrangidos por programas com limites de execução. Sugeriu, atendendo a que neste momento o Agrupamento de Escolas tem que ser planeado como um todo e não como o resultado de várias partes, a realização de um estudo que avalie a passagem de alunos da E.B. 2, 3 do Peso da Régua para a Escola Secundária Dr. João de Araújo Correia, ao nível do 3.º CEB, de faixas etárias elevadas fruto de várias retenções, para que a integração social e escolar destes alunos seja mais ajustada aos níveis disciplinar e pedagógico. Apresentou uma proposta para a criação de um grupo de trabalho mais restrito em número, mas com a mesma representatividade dos parceiros no Conselho Geral, para que, de uma forma mais assídua, estes assuntos fossem abordados, de onde resultem medidas e ações, em concreto, a implementar no início do próximo ano letivo Na opinião do Conselheiro Joaquim Cardoso, estes alunos têm vindo a prejudicar o aproveitamento dos restantes alunos O Conselheiro José Manuel Rodrigues considera que estes alunos no terceiro ciclo mudam a sua atitude. Página 2 de 5

3 A Conselheira Mónica Valente referiu que estes alunos apresentam comportamentos desviantes e que é necessário fazer um trabalho junto dos pais O Conselheiro Marco Pina acha que a situação em causa tem vindo a piorar ao longo dos anos, uma vez que, disse, há cerca de quinze anos o Agrupamento podia contar com uma série de recursos, como Assistente Social, Animadores Sócio Culturais, Técnicos e Técnicos Superiores, Psicólogo e outros, para além de um projeto que estava a ser desenvolvido na área do Bairro das Alagoas, designado Old Ghettos, New Centralities, e que dispunha também de técnicos da área social e trabalhava algumas questões com o Agrupamento. Dispunha o Agrupamento, na altura, de um interlocutor privilegiado com a comunidade de etnia cigana, um patriarca, e dessa forma o relacionamento dos alunos de etnia cigana com a escola era melhor. Assim, desde que perdermos esses recursos, a situação tem vindo a piorar. Considerou o Conselheiro que hoje existem outros recursos e que talvez não estejamos a aproveitá-los e a explorá-los da melhor forma. Terminou dizendo ser necessário olhar para o Agrupamento como sendo apenas um O Conselheiro Francisco Vagaroso referiu que, antes de mais, é necessário perceber se esta etnia pretende mudar a sua forma de estar e se pretende ser ajudada a fazê-lo Para finalizar, o professor José Mesquita salientou que esta situação deve continuar a ser estudada para serem implementadas medidas a iniciar no próximo ano letivo. No seu entender, estas medidas não irão ter reflexos significativos no imediato, dada a complexidade do problema em questão. Acrescentou ainda que a escola deve esgotar todas as possibilidades que tem ao seu alcance e, apenas posteriormente, comunicar à Comissão de Proteção de Crianças e Jovens No seguimento destas intervenções, foi elaborado um documento, que irá ser entregue ao Diretor, com as conclusões/sugestões desta reunião, nomeadamente: os Conselheiros consideram importante que seja feito um estudo para analisar em que medida a Flexibilização Curricular poderá ser aproveitada para atenuar este problema; relativamente ao Plano Anual de Atividades, deve conter mais atividades dirigidas a esta etnia; e deve ser fomentada a comunicação entre Pais e Escola Ponto dois Integração de visitas de estudo no Plano Anual de Atividades O Presidente referiu que há eventos e propostas de eventos que podem surgir ao longo do ano letivo e que não podem ser previstos na primeira versão do Plano Anual de Atividades. Se este for um documento em aberto, poderão tais eventos e tais Página 3 de 5

4 propostas ser acolhidos. Se o não for e se tiver de estar sempre a passar pela aprovação do Conselho Geral, tudo se tornará mais difícil, exasperante e impossível, pois o Conselho Geral apenas reúne trimestralmente em reunião ordinária. Assim, propôs que o Conselho Geral aprove tacitamente a inclusão de visitas de estudo no Plano Anual de Atividades do Agrupamento de Escolas, consoante estas forem surgindo, tendo em conta a necessidade de apresentação e aprovação das mesmas em Conselho Pedagógico, sem prejuízo de posterior aprovação ratificadora do Conselho Geral Em relação a esta proposta o Conselheiro José Manuel Rodrigues, sugeriu que este postulado seja inserido no plano anual de actividade e nas competências do Conselho Pedagógico previstas no regulamento interno conforme aprovação do Conselho Geral O presidente colocou a proposta a votação que foi aprovada por unanimidade Ponto três Aprovação do plano de férias do Diretor Tendo em conta a legislação, foi aprovado por unanimidade o plano de férias do Diretor Ponto quatro Eleição dos Representantes dos Pais e Encarregados de Educação no Conselho Geral O Conselheiro António Pereira solicitou ao Presidente para contactar a Comissão Nacional de Proteção de Dados, no sentido de saber a que dados sobre Pais e Encarregados de Educação pode a Associação de Pais ter acesso. No seguimento deste pedido de esclarecimento, o Diretor do Agrupamento referiu que, para a realização das eleições, fornecerá às Associações de Pais os cadernos eleitorais. Contudo, o Conselheiro António Pereira reforçou que, antes de ter acesso a estes cadernos, pretende ter a sua dúvida esclarecida E nada mais havendo a tratar, eram dezanove horas e quarenta e cinco minutos quando se deu por encerrada a reunião, da qual se lavrou minuta de ata que, depois de lida, foi aprovada, por unanimidade dos presentes, com treze votos a favor, e assinada nos termos da lei Foi ainda elaborada esta ata, que, depois de lida e aprovada, será assinada nos termos legais Peso da Régua, 17 de janeiro de 2018 Página 4 de 5

5 O Presidente do Conselho Geral Paulo António Messias Pereira Guedes P. Q. E. Grupo 300 O Secretário Miguel Madureira Página 5 de 5