IV Encontro Nacional da Anppas 4,5 e 6 de junho de 2008 Brasília - DF Brasil

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1 IV Encontro Nacional da Anppas 4,5 e 6 de junho de 2008 Brasília - DF Brasil A Participação de Consórcios de Municípios na Gestão de Recursos Hídricos no Estado do Rio de Janeiro: Estudo de Caso dos Consórcios Lagos-São João e Macaé-Ostras Fabiano Henrique Fortunato Ferreira Advogado, Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Meio Ambiente da Universidade do Estado do Rio de Janeiro - fhfferreira@yahoo.com.br Carlos José Saldanha Machado Antropólogo, Pesquisador do Laboratório de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde/ Instituto de Comunicação e Informação Cientifica e Tecnológica em Saúde/ Fundação Oswaldo Cruz e Professor do Programa de Pós-Graduação em Meio Ambiente/Universidade do Estado do Rio de Janeiro - csaldanha@cict.fiocruz.br O associativismo intermunicipal surgiu com as primeiras constituições estaduais e seu foco era a prestação de serviços específicos, posteriormente, a idéia de cooperação municipal passou a ser também associada à problemática regional. As novas competências e a autonomia municipal colocada pela Constituição Federal de 88 deram novo impulso à criação dos consórcios intermunicipais. Alguns autores têm apontado os consórcios intermunicipais como um instrumento que pode viabilizar a gestão microrregional das políticas públicas, contribuindo para o rompimento de barreiras cristalizadas de poder e carregando no seu bojo a visão do bem comum e a lógica da agilidade gerencial. Com a aprovação da Lei n.º de 06 de abril de 2005, que dispõe sobre normas gerais de contratação de consórcios públicos, e a cobrança pelo uso dos recursos hídricos no Estado do Rio de Janeiro, recém-iniciada por alguns dos comitês de bacias hidrográficas implantados, o tema assume uma nova dimensão, já que a participação dos consórcios intermunicipais nas decisões que regulam a cobrança e a repartição dos benefícios da aplicação dos recursos auferidos tem sido significativa. Este trabalho objetiva contextualizar os processos de gestão de recursos hídricos em curso nas Regiões Hidrográficas VI e VIII, (RH VI e RH VIII), do Estado do Rio de Janeiro, a partir da descrição e análise da atuação dos Consórcios Intermunicipais de Gestão Ambiental Lagos-São João e Macaé-Ostras e dos demais atores envolvidos nesses processos. Palavras-chave consórcios de municípios, recursos hídricos, políticas públicas

2 1. Introdução A partir da Constituição Federal de 88, os municípios assumiram mais competências e autonomia, o que tem exigido que essa esfera de governo disponha de recursos financeiros, materiais e humanos para a sua implementação. Isto coloca para os Poderes Locais a urgência de repensar a sua atividade estatal, de forma que possam assumir novos papéis e responsabilidades, e honrar os atuais. Diante da obrigação constitucional de formular e implementar, políticas públicas 1 (art. 174, caput), na sua esfera de competência, os municípios encontram-se diante de dois tipos de desafios complementares: incorporar-se com paridade às estruturas de decisão ainda centralizadas no nível do Estado (ou da União) e transformá-las no sentido de dar-lhes maior abertura aos interesses locais. Com isso ganham importância as arenas de negociação intergovernamentais, entre elas, os consórcios (Braziliense Carneiro, 2001, p. 83). De acordo com Braziliense Carneiro (2001, p. 69), o que está em jogo, em última análise, é o aperfeiçoamento do pacto federativo, através de um novo marco no plano das relações intergovernamentais. O mesmo autor reforça que, colocadas em diversos pontos, as articulações entre as unidades federativas, dão a necessária sustentação ao Estado para a tomada de decisões e a implementação de políticas, permitindo, do ponto de vista ideal, múltiplas alavancagens sociais e econômicas e garantindo a fluência da vontade pública entre as esferas. Através de instrumentos de planejamento, elas dão maior coordenação às políticas e às ações (Ibidem, mesma página). No mesmo sentido, a crise institucional do Estado Brasileiro coloca para os municípios a oportunidade de se afirmar como esfera autônoma da federação, provocando a revisão dos papéis desempenhados pelos entes que a compõem. Nesse movimento, os consórcios podem desempenhar um papel fundamental e estratégico na intermediação entre os poderes subnacionais. De acordo com Brasiliense Carneiro (2001, p. 88) além de aproximar os municípios, servem à tradução dos conceitos (e à transformação de pré-conceitos) no complexo diálogo entre estes entes e os governos estaduais e federal. Podem então, contribuir para o rompimento de barreiras cristalizadas de poder, contribuindo para a invenção democrática do Estado (Ibidem, p. 89), carregando no seu bojo a visão do bem comum e a lógica da agilidade gerencial. Mais especificamente, como assevera Mantovani (2001, p. 114), o consórcio intermunicipal é um instrumento de ação capaz de fortalecer o Sistema Nacional do Meio Ambiente em todas as instâncias, cuja situação, com variações de região para região, passa por uma crise conceitual, institucional e operacional. Para este autor (ibidem, p. 115), a superação dos obstáculos relativos à gestão ambiental no contexto de um mundo globalizado, passa pela valorização dos consórcios intermunicipais como agentes de transformação e implementação 1 De acordo com Machado (2004, p. 35), o princípio da descentralização político-administrativa, enumerado na CF/88 é a contrapartida da emergência de um novo pacto federativo estabelecido no Brasil, a partir do momento em que os municípios e por conseqüência direta às sociedades locais é reconhecido o direito de formular e controlar políticas públicas.

3 efetiva do Sisnama (Sistema Nacional do Meio Ambiente) no nível local. No mesmo sentido, Junqueira (1995, p. 23) reforça a necessidade das Administrações Municipais utilizarem os instrumentos de gestão ambiental e a educação ambiental como instrumento de conscientização e construção da cidadania, em busca da realização do ideário do desenvolvimento sustentável em prol das presentes e futuras gerações. De acordo com o dossiê sobre consórcios municipais elaborado pelo IBAM (1978, p. 3), o associativismo intermunicipal surgiu com as primeiras constituições estaduais e seu foco era a prestação de serviços específicos, posteriormente, a idéia de cooperação municipal passou a ser também associada à problemática regional. As novas competências e a autonomia municipal colocada pela Constituição Federal de 88 deram novo impulso à criação dos consórcios intermunicipais. Os consórcios surgiram apontando para a necessidade de se criar algo novo. Segundo Brasiliense Carneiro (2001, p. 87) os consórcios talvez sejam, de fato, uma das respostas mais criativas e eficientes, do ponto de vista institucional, ocorridas dentre os ensaios para uma profunda reforma do Estado. Inicia-se assim, uma discussão de parceria entre os Municípios, chamada por alguns de cooperação horizontal, ou ainda, de cooperação intermunicipal 2, o foco deste trabalho recairá sobre esta forma de cooperação, embora os demais tipos de cooperação sejam complementares e não excludentes. Os modelos de cooperação horizontal buscam uma relação equilibrada entre os parceiros, centrada no consenso, na medida em que a decisão de cada um tem o mesmo peso (Cruz, 2001, p. 133). Neste contexto, surgem os pactos, os consórcios como sociedade civil sem fins lucrativos, as agências, as redes, os fóruns. Essas formas de associação têm se apresentado como instrumento para a implementação de diversas políticas públicas. Mais do que isso, afirma Cruz (Ibidem, mesma página), a criação desses instrumentos de cooperação intermunicipal foi utilizada como parte da estratégia de descentralização de algumas políticas públicas e tem se colocado como uma das alternativas para a racionalização do modelo de gestão. Os consórcios têm sido apontados como um instrumento que pode permitir ganhos de escala nas políticas públicas, além de materializarem um novo modelo gerencial que pode viabilizar a gestão microrregional das políticas públicas. Com a aprovação da Lei n.º de 06 de abril de 2005, que dispõe sobre normas gerais de contratação de consórcios públicos, o tema assume uma nova dimensão, reforçando a emergência do seu estudo e o pragmatismo que esta questão encerra. Outrossim, a cobrança pelo uso dos recursos hídricos no Estado do Rio de Janeiro, recém-iniciada por alguns dos comitês de bacias hidrográficas implantados, e a participação dos consórcios intermunicipais nas decisões que regulam a cobrança e a repartição dos benefícios da aplicação dos recursos auferidos, reforçam a atualidade e a relevância deste estudo. Além disso, os consórcios têm incentivado a criação e o fortalecimento de secretarias de meio ambiente nos municípios, 2 De acordo com o IBAM (1978, p. 13), as formas de cooperação entre o governo local e outras instituições podem ser classificadas em: a) cooperação para cima, com os governos central e regional; b) cooperação horizontal, com outras administrações municipais; c) cooperação para baixo, com as organizações comunitárias.

4 valorizado a sua atuação e buscado sua integração. Têm buscado o envolvimento e a articulação da sociedade civil organizada e têm se constituído como uma esfera de discussão sobre as questões ambientais na esfera regional, reforçando as bases para a formulação e a implementação de políticas ambientais no Estado do Rio de Janeiro. O estudo sobre a atuação dos consórcios intermunicipais de gestão ambiental na implementação das Políticas Nacional e Estadual de Meio Ambiente, de Recursos Hídricos e de Gerenciamento Costeiro representa a oportunidade de análise de um processo coletivo de construção social da gestão dos recursos naturais no Estado do Rio de Janeiro, que se encontra em plena efervescência e tem servido de referência para iniciativas semelhantes em outros estados do país Os consórcios de municípios e a implementação de políticas de gestão de recursos naturais Até 1935, só a legislação estadual se referia à organização dos Municípios sob a forma de consórcios, a Constituição Paulista de 1881, a Lei Orgânica dos Municípios do Estado de Santa Catarina, de 1928, a Lei estadual paulista n.º 24.84, de 1935, são alguns dos exemplos. Essas leis estabeleciam que os Municípios podiam associar-se, desde que para desempenhar atividades de interesse comuns (IBAM, 1978, p. 14). A primeira vez que a legislação federal abordou expressamente o consórcio entre Municípios, foi na Carta Constitucional de 10 de novembro de A Constituição Federal de 1988, artigo 30, inciso I, estabeleceu entre as competências municipais, legislar sobre assuntos de interesse local. Esse inciso sustenta a criação de consórcios intermunicipais que tenham objetivos ou interesses comuns entre as municipalidades. Além disso, o parágrafo único do artigo 23 da CF/88, que trata da competência comum dos Estados, Municípios e União, já apontava para a necessidade de estabelecer normas para a cooperação entre estes entes, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e o bem-estar em âmbito nacional. A Emenda Constitucional 19/98 também trata desse tema ao estabelecer a seguinte redação para o artigo 241 da CF/88: Art A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disciplinarão por meio de lei os consórcios públicos e os convênios de cooperação entre os entes federados, autorizando a gestão associada de serviços públicos, bem como a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços transferidos. A regulamentação deste dispositivo veio com a Lei , de 06 de abril de 2005, que dispôs sobre as normas gerais para a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios contratarem consórcios públicos para a realização de objetivos de interesse comum. O artigo 14 desta lei reforça o movimento de revalorização do processo de planejamento e descentralização das políticas públicas, ao dispor que: A União poderá celebrar convênios com os consórcios

5 públicos, com o objetivo de viabilizar a descentralização e a prestação de políticas públicas em escalas adequadas. Diante do reconhecimento das vantagens da administração das políticas públicas em escalas mais adequadas, os Consórcios Intermunicipais de Gestão Ambiental 3, têm se configurado como personagens importantes no contexto de implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e da Política Estadual de Recursos Hídricos do Rio de Janeiro. A Lei n.º , de 6 de abril de 2005 dispôs sobre normas gerais para a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios contratarem consórcios públicos para a realização de objetivos de interesse comum. De acordo com ela, os consórcios públicos podem constituir-se como pessoa jurídica de direito privado ou de direito público ( 1º, art. 1º). O consórcio público com personalidade jurídica de direito público integra a administração indireta de todos os entes da Federação consorciados. O Decreto n.º 6.017, de 17 de janeiro de 2007 regulamentou esta Lei e definiu legalmente os consórcios públicos no seu art. 2º: Pessoa jurídica formada exclusivamente por entes da Federação, na forma da Lei n o , de 2005, para estabelecer relações de cooperação federativa, inclusive a realização de objetivos de interesse comum, constituída como associação pública, com personalidade jurídica de direito público e natureza autárquica, ou como pessoa jurídica de direito privado sem fins econômicos. Mesmo que o consórcio público adquira personalidade jurídica de direito privado, deverá observar as normas de direito público no que concerne à realização de licitação, celebração de contratos, prestação de contas e admissão de pessoal, que será regido pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT. Os entes da Federação consorciados, ou os com eles conveniados, poderão ceder-lhe servidores, na forma e condições da legislação de cada um (art. 4º, 4º). Além disso, a partir de 1º de janeiro de 2008, a União somente poderá celebrar convênios com os consórcios públicos constituídos sob a forma de associação pública ou que tenham se convertido para essa forma jurídica. Consolidando as funções tradicionalmente atribuídas aos consórcios públicos (IBAM, 1978), o Decreto sugere um rol de objetivos para a criação dos consórcios, entre eles: a) a promoção do uso racional dos recursos naturais e a proteção do meio ambiente; b) o exercício de funções no sistema de gerenciamento de recursos hídricos que lhe tenham sido delegadas ou autorizadas; c) o apoio e o fomento do intercâmbio de experiências e de informações entre os entes consorciados; d) a gestão e a proteção de patrimônio urbanístico, paisagístico ou turístico comum; e) o fornecimento de assistência técnica, extensão, treinamento, pesquisa e desenvolvimento urbano, rural e agrário; f) as ações e políticas de desenvolvimento urbano, socioeconômico local e regional; g) a produção de informações ou de estudos técnicos; h) a 3 Junqueira (1990, p. 34) reforça que esse tipo de consórcio, devido às suas características, é essencialmente, inter-regional, pois sua área de abrangência, para efeito de atuação como instrumento de planejamento ambiental, passa a ser o território de todos os municípios associados, pois a natureza supera os limites das linhas administrativas e governamentais.

6 instituição e o fornecimento de escolas de governo ou de estabelecimentos congêneres; i) o exercício de competências pertencentes aos entes da Federação a estes autorizadas ou delegadas. Os objetivos sugeridos pelo Decreto reafirmam a vocação dos consórcios públicos como espaço privilegiado para a formulação, gestão e implementação de políticas ambientais e de desenvolvimento local e regional. Estes objetivos podem ser mesclados em caso de conveniência dos entes consorciados, que podem se consorciar em relação a todos ou apenas a parcela deles. O Decreto 6.017/2007 sinaliza com uma perspectiva promissora para os consórcios públicos no capítulo que trata das normas aplicáveis à União. Dispõe que os órgãos e entidades federais concedentes devem dar preferência às transferências voluntárias para Estados, Distrito Federal e Municípios cujas ações sejam desenvolvidas por intermédio de consórcios públicos (art. 37). Permite a delegação, no todo ou em parte, de programas federais de caráter local aos consórcios públicos, mediante convênio, para que sejam obtidas as escalas adequadas na execução das políticas públicas (art. 38). Permite também a execução por Estados e Municípios, através de consórcio público, de ações e programas em que sejam beneficiados por transferências voluntárias da União. A Lei n.º , de 5 de janeiro de 2007, que estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico e para a política federal de saneamento básico, reforça a atual orientação da execução cooperativa e descentralizada das políticas públicas. Dentre as suas diretrizes figuram (art. 48, X e XI), estímulo à implementação de infra-estruturas e serviços comuna a Municípios, mediante mecanismos de cooperação entre entes federados e adoção da bacia hidrográfica como unidade de referência para o planejamento de suas ações. Nos seus objetivos figuram (art. 49, VII e VIII), a cooperação federativa para a promoção de alternativas de gestão que viabilizem a auto-sustentação financeira dos serviços de saneamento básico, bem como a articulação das ações dos diferentes agentes para promover o desenvolvimento institucional do saneamento básico. Além disso, esta Lei aponta para a prestação regionalizada de serviços públicos de saneamento básico, com um único prestador para vários Municípios e sugere aos entes da Federação, isoladamente ou reunidos em consórcios públicos, instituam fundos para custear a universalização dos serviços públicos de saneamento básico. A Lei dispõe que as atividades de prestação regionalizada de serviços públicos de saneamento básico, bem como a sua regulação e fiscalização poderão ser exercidas por consórcio público com personalidade jurídica de direito público. Os fundamentos da Lei n.º 6.938/81, que instituiu a Política Nacional do Meio Ambiente PNMA, já apontavam, na gênese dos processos de institucionalização das políticas ambientais no país, para desafios de gestão e implementação complexos, que têm mais chance de serem enfrentados com sucesso através do consorciamento público, entre eles: a) à compatibilização do desenvolvimento econômico social com a preservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico; b) ao estabelecimento de critérios e padrões da qualidade ambiental e de normas relativas ao uso e manejo de recursos ambientais; c) à preservação e restauração dos

7 recursos ambientais com vistas à sua utilização racional e disponibilidade permanente, concorrendo para a manutenção do equilíbrio ecológico propício à vida; d) à imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos causados, e ao usuário, de contribuição pela utilização de recursos ambientais com fins econômicos. O Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro, instituído pela Lei Federal n.º 7.661/88, que integra a Política Nacional do Meio Ambiente PNMA e a Política Nacional para os Recursos do Mar PNRM, aponta para incorporação da dimensão ambiental, numa perspectiva de gestão integrada dos ambientes costeiros e marinhos. O Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro II, de dezembro de 2003, reforça a preocupação do primeiro com a integração das políticas ambientais e a adota, entre outros princípios, o da precaução e o da descentralização. Este plano institui como atribuições e competências principais nas esferas estadual e municipal a implementação dos instrumentos de gestão costeira em seus respectivos campos de atuação e a articulação intergovernamental. Em âmbito regional, o Plano Estadual de Gerenciamento Costeiro - PEGC encontra-se em fase preliminar. Estão em curso alguns programas de zoneamento ecológico-econômico costeiro (Machado e Klein, 2005, p. 7) e há legislação estadual específica: Lei Estadual n.º 4.063/2003, regulamentada pelo Decreto /2004. Vale ressaltar, que apesar da FEEMA seguir executando o Programa Estadual de Gerenciamento Costeiro, resta claro que o Estado do Rio de Janeiro encontra-se ainda numa longuíssima fase de instrumentalização para a implementação de uma gestão efetiva de suas áreas costeiras (Machado e Klein, 2005, p. 8). Aos poucos têm sido fomentados planos municipais de gerenciamento costeiro pelos Consórcios Intermunicipais Lagos- São João e da Bacia da Baía de Sepetiba, do Programa de Apoio à Gestão Ambiental nos Municípios e pelo Projeto Orla (Machado e Klein, 2005, p. 6). Embora as primeiras políticas públicas sobre recursos hídricos, inspiradas no Código de Águas, de 1934, tenham adotado um modelo centralizador, dando especial atenção à regulamentação das questões relativas ao aproveitamento hidráulico com fins de geração de energia elétrica, negligenciando o estabelecimento de legislação para os demais usos. Atualmente essas políticas consubstanciam alguns dos esforços mais notáveis para a descentralização da gestão de recursos naturais no país. Inicialmente, com o apoio da USAID - United States Agency for International Development e seguindo o modelo de desenvolvimento regional integrado adotado pela Autoridade do Vale do Tennessee (TVA), foram focalizadas regiões estratégicas, como o Vale do Paraíba do Sul e Ribeira de Iguape, no Estado de São Paulo, onde princípios de planejamento integrado foram sendo aplicados para reerguer economicamente a região (Machado, 2004, p. 46). A partir de 1948, a Comissão do Vale do São Francisco procurou também aproveitar de forma integrada os recursos hídricos daquela bacia. As décadas de 50 e 60 caracterizaram-se por projetos e obras de barragens reguladoras das vazões dos rios buscando contornar problemas com enchentes e

8 promover o melhor aproveitamento do solo ocupado. Os primeiros órgãos criados se mostraram inócuos e a sobreposição de ações estaduais e federais dificultaram o planejamento integrado. Nos anos 70 começaram a se configurar alguns princípios básicos da gestão: necessidade de promover a utilização racional e integrada dos recursos hídricos; definição da bacia hidrográfica como unidade de planejamento; e a premissa da decisão colegiada, procurando compatibilizar planos setoriais de recursos hídricos de uma região. Foi então criado o Comitê Especial de Estudos Integrados de Bacias Hidrográficas (CEEIBH), que orientou o desenvolvimento dos Comitês Executivos por bacia. Em 1997, foi sancionada a Lei n.º 9.433, cujo principal avanço é a descentralização de poder. A Lei n.º traça as diretrizes da Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH), criando o Sistema Nacional de Gerenciamento dos Recursos Hídricos (SINGREH) reconhece a bacia hidrográfica como unidade territorial para a implementação da PNRH. A Lei n 9.433/97, positiva e consolida os mais recentes avanços no campo das políticas públicas para a matéria, reforçando a necessidade de se buscar altos padrões de administração integrada com o desenvolvimento de diferentes setores atuantes (Machado, 2004, p. 115). Os princípios básicos trazidos pela Lei n.º 9.433, basicamente são os hoje adotados internacionalmente e reconhecidos como frutos do avanço na gestão dos recursos hídricos: O primeiro e mais visível princípio é o da definição das bacias hidrográficas 4 como unidade de planejamento, o que implica num modelo de gestão que envolva necessariamente todas as unidades político-administrativas integrantes da bacia. O segundo princípio refere-se aos usos múltiplos, preconizando que todos os setores usuários têm igual acesso ao uso dos recursos hídricos. O terceiro princípio diz respeito ao reconhecimento da água como um bem finito e vulnerável. O quarto princípio é o do reconhecimento do valor econômico da água. O quinto e último princípio é o da gestão descentralizada e participativa 5. O consorciamento de municípios, historicamente apontado como um instrumento importante para a superação das limitações administrativas e financeiras que atingem a maior parte dos municípios brasileiros (Brasiliense Carneiro, 2001) tem se constituído como um importante instrumento para a descentralização das políticas de recursos hídricos. No seu esforço descentralizador, a PNRH reconheceu os Consórcios Intermunicipais e outras associações regionais como organizações civis de recursos hídricos e os indicou como substitutos das Agências de Água enquanto estes organismos não estivessem constituídos. 4 Trata-se de um conceito definido por hidrólogo e geógrafos como um sistema terrestre e aquático geograficamente situado, composto por sistemas físicos, biológicos, econômicos e sociais. Contém uma grande diversidade de ambientes onde se desenvolvem diferentes atividades econômicas que por sua vez exercem influência direta na vegetação, os solos, na topografia, nos corpos d água e na biodiversidade em geral (Machado, 2004, p. 93). 5 De acordo com Machado (2004, p. 53), a descentralização e a exigência da participação da sociedade na gestão de recursos hídricos são encaradas e defendidas como mudança nas atribuições entre os diversos níveis do governo, com ênfase na solução local dos problemas e conflitos, de redefinição dos papéis do Estado e da sociedade civil na condução do interesse público, na consolidação institucional da democracia e de sua ampliação num País como o Brasil com histórica deficiência de participação social e de afastamento entre Estado e sociedade.

9 De fato, esta Política se reveste de fundamental interesse para os consórcios intermunicipais instituídos para a gestão ambiental. Desde o início, a atuação dos consórcios intermunicipais esteve associada à gestão dos recursos hídricos (Brasiliense Carneiro, 2001, p. 87), avançando posteriormente para o campo da gestão ambiental e da gestão de políticas sociais. Além disso, reforça Brasiliense Carneiro (Ibidem, mesma página): Os consórcios voltados à gestão das águas, suscitaram uma interessante observação, sob o ponto de vista das relações intergovernamentais. Os vínculos físicos estabelecidos pelos rios e aqüíferos, em bacias e sub-bacias hidrográficas, necessariamente induzem à aproximação entre diferentes unidades governamentais. Essa forma de aproximação vem sendo aproveitada com respeito a outras políticas públicas, nas quais a gestão com recorte regional apresenta maior eficiência (saúde, educação, transportes, etc.). Com base nesse trunfo geopolítico, os consórcios tendem a se estabelecer e buscar soluções para seu financiamento, através de fontes nacionais e internacionais. Como instâncias regionais, encontram as condições necessárias para dinamizar a ordem federativa com grande poder irradiador. Apoiada pelos Poderes locais, essas estruturas flexíveis estão dotadas de um diferenciado potencial a ser continuamente aproveitado. De acordo com Mantovani (2001, p. 105), os consórcios podem antecipar ações, visando dar respostas mais rápidas à solução de problemas ambientais que não dependem de legislação e Executivos totalmente estruturados, ainda de acordo com esse autor (Ibidem, mesma página): A importância da associação de Municípios não como uma outra esfera de governo ou mais uma estrutura burocrática e intermediária no processo decisório, mas como um instrumento de planejamento regional para a solução de problemas comuns, deverá valorizar, através do arranjo institucional do consórcio, a ação local para desenvolver programas e planos, monitoria, avaliação e acompanhamento de políticas sociais, econômicas e ambientais, capazes de influenciar na conservação ambiental, especialmente, na preservação dos recursos hídricos. No âmbito estadual, as primeiras manifestações em atenção à utilização racional dos recursos hídricos surgiram nas bacias hidrográficas mais degradadas. No final da década de 80, os Estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Espírito Santo e Ceará já se mobilizavam na elaboração de legislação estadual e no incentivo à criação de instâncias institucionais específicas ao gerenciamento dos recursos hídricos. Mas foi somente nos anos 90 que surgiram os primeiros Consórcios Intermunicipais de Bacia e os Comitês de Bacia Hidrográfica. Em 1991, foi sancionada a primeira lei estadual de recursos hídricos. Seguiram-se outras leis estaduais, elaboradas segundo as mesmas diretrizes 6, contemplando as peculiaridades regionais, 6 De acordo com Machado (2004, p. 94), as constituições estaduais promulgadas a partir de 1989 incorporaram a mesma sensibilidade da CF/88 em relação aos recursos hídricos. De acordo com o autor: em geral, as normas estaduais, de acordo com as próprias Constituições em vigor, têm por objetivo assegurar que a água, recurso natural essencial à vida, ao desenvolvimento econômico e ao bem-estar social, possa ser controlada e utilizada, em padrões de qualidade satisfatórios por usuários atuais e futuros.

10 tanto físicas quanto administrativas. Em 02 de agosto de 1999 foi sancionada a Lei n.º 3239, que institui a Política Estadual de Recursos Hídricos do Rio de Janeiro, cria o Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos. A Lei Estadual levou em consideração os conceitos e soluções preconizadas pela legislação federal e de outros Estados. O Sistema Estadual conta com a seguinte estrutura: Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CERHI); o Fundo Estadual de Recursos Hídricos (FUNDRHI); os Comitês de Bacia Hidrográfica (CBH's); as Agências de Água e os organismos dos poderes públicos federal, estadual e municipais cujas competências se relacionem com a gestão de recursos hídricos. A Política Estadual de Recursos Hídricos prevê a utilização de instrumentos técnicos e institucionais 7 de gestão compatíveis com as atividades de planejamento estratégico do território estadual, associados, obrigatoriamente, a eficiência econômica e ao conceito de desenvolvimento sustentável. Entre as Diretrizes da PRHRJ encontrase a da gestão integrada com a gestão ambiental e com as zonas costeiras e regiões estuarinas. A partir do início da vigência das Políticas Nacional e Estadual de Recursos Hídricos, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - SEMADS, atualmente denominada SEA - Secretaria Estadual do Ambiente, passou a adotar como unidades territoriais de planejamento de suas ações as principais bacias hidrográficas do Estado. Vale ressaltar ainda, a inclusão da zona costeira nessas unidades de planejamento. Baseado nesse critério, o Estado do Rio de Janeiro foi dividido em sete macrorregiões 8 ambientais. Essa divisão faz parte de um amplo planejamento estratégico que esta Secretaria realizou, à época, em conjunto com as suas vinculadas (CONSÓRCIO AMBIENTAL LAGOS SÃO JOÃO, 2000, p. 3). Essa divisão foi revista e atualmente o Estado está dividido em dez Regiões Hidrográficas para efeito de gestão de recursos hídricos. A divisão territorial em regiões hidrográficas, pretendeu, desde o seu início, ganhos tais como (ibidem, mesma página): unificação das áreas de atuação dos órgãos vinculados; desconcentração e descentralização do poder e ganho de credibilidade; redução dos custos de deslocamentos, com a construção de escritórios regionais para atuação conjunta dos órgãos vinculados; possibilidade de maior conhecimento da realidade ambiental, econômica e sociopolítica de cada macrorregião por parte dos técnicos e fiscais, que assim poderiam atuar com maior eficiência; melhorias na relação das Prefeituras, cidadãos e empresas privadas com o Governo do Estado. Embora esse esforço de planejamento date do início da década em curso, o desenvolvimento institucional decorrente da regulamentação da Política Estadual de Recursos Hídricos encontra-se ainda incompleto, como ressalta Machado (2004, p. 98). 7 De acordo com Machado e Klein (2005, p. 8): Considera-se que o processo de instrumentação da gestão de recursos hídricos e condição imprescindível para a sustentabilidade e viabilidade do modelo organizacional apresentado na Lei estadual. Uma vez que se trata de um modelo baseado em um continuo processo de negociações e de resolução de conflitos, envolvendo diferentes segmentos da sociedade, numa administração cooperada e participativa, os instrumentos têm como objetivo facilitar a busca dos necessários consensos, colocando a disposição de todos as informações e as simulações técnicas, institucionais, econômicas e financeiras que dêem sustentação às propostas para o desenvolvimento e controle da utilização dos recursos naturais, nesse caso, a água doce. 8 O documento do IBAM sobre consórcios municipais (1978, p. 16), associa as microrregiões a questões próprias de uma região menor, cujas soluções, em princípio, dependem de medidas próprias dos governos municipal e estadual. É importante notar, todavia, que a escala de análise do território, pode determinar, na prática, diferentes enquadramentos para uma mesma região. O Estado do Rio de Janeiro, por exemplo, foi dividido pelo Decreto estadual n.º de 14 de março de 2000, em macrorregiões (MRAs), para efeito do planejamento de políticas ambientais, organizando parcelas do território que se enquadrariam perfeitamente em diversas conceituações de microrregiões de planejamento, mudada a escala de análise e planejamento.

11 Seguindo essa tendência, e acreditando nas vantagens da soma de esforços na busca pela mitigação dos problemas ambientais comuns, os municípios integrantes das diversas regiões hidrográficas têm se organizado sob a forma de Consórcios Intermunicipais de Gestão Ambiental e participado decisivamente nos processos de gestão dos recursos naturais no Estado do Rio de Janeiro. Este trabalho objetiva contextualizar os processos de gestão de recursos hídricos em curso nas Regiões Hidrográficas VI e VIII, (RH VI e RH VIII), do Estado do Rio de Janeiro, a partir da descrição e análise da atuação dos Consórcios Intermunicipais de Gestão Ambiental Lagos- São João e Macaé-Ostras e dos demais atores envolvidos nesses processos. 2. A participação dos Consórcios Intermunicipais Lagos-São João e Macaé-Ostras e demais atores associados na gestão de recursos hídricos nas regiões hidrográficas VI e VII do Estado do Rio de Janeiro As Regiões Hidrográficas VI Lagos-São João e VIII Macaé-Ostras, estão entre as regiões com o maior dinamismo econômico do Estado do Rio de Janeiro. Impulsionadas pelos recursos advindos de royalties recebidos como compensação pela exploração de petróleo na bacia de Campos, alguns municípios têm visto a sua capacidade de investimento aumentar significativamente. Nela estão os principais campos produtores de petróleo do Brasil. A bacia de Campos é responsável por mais de 80% da produção de petróleo no Brasil. Por outro lado, esses municípios têm que lidar com o aumento progressivo do impacto sobre a sua base de recursos naturais e o com os impactos socioambientais decorrentes dessa atividade. A área de atuação do Consórcio Lagos-São João abrange uma superfície aproximada de km 2, que corresponde à cerca de 8 % da superfície do Estado do Rio de Janeiro. Compreende as bacias hidrográficas das lagoas de Jaconé, Saquarema, Jacarepiá e Araruama (Região dos Lagos) e dos rios Una e São João, abarcando ainda a zona costeira adjacente. Abriga o território de 12 municípios: Araruama, Armação dos Búzios, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Cachoeira de Macacu, Casemiro de Abreu, Iguaba Grande, Rio Bonito, São Pedro da Aldeia, Saquarema, Silva Jardim e Maricá. A área de abrangência do CALSJ está localizada no Sudeste do Estado do Rio de Janeiro, sendo limitada pelo Oceano Atlântico ao leste e sul e pelas bacias da lagoa de Maricá, da baia de Guanabara, do rio Macaé e da lagoa de Imboassica no restante do perímetro. Sua população é de cerca de 520 mil residentes fixos podendo chegar a mais de 1,2 milhão nas férias e feriados prolongados. Seu relevo é composto majoritariamente por colinas e baixadas, com algumas serras e maciços isolados e cerca de 32 ilhas. A Região Hidrográfica possui centenas de rios e riachos e cerca de 38 lagoas, com destaque para as lagoas de Araruama (220km 2 ), Saquarema (24km 2 ), Jaconé (4km 2 ) e vermelha (2,5 km 2 ) e para os rios São João, Una e das Ostras. A região conta com uma ampla base de recursos naturais que inclui água, petróleo, gás natural, recursos minerais (areia, brita, argila), sal, terrenos aptos para agrossilvicultura, peixes, camarões, ostras, clima variados e

12 excelentes para o turismo o ano inteiro, ventos adequados para aproveitamento de energia eólica e abundante radiação solar, apta para aproveitamento energético. Os remanescentes de importantes ecossistemas compreendidos pela região motivaram a criação de um expressivo número de unidades de conservação pelas três esferas de governo na região, com destaque para as Reservas Biológicas de Poço das Antas e da Fazenda União, a Área de Proteção Ambiental da Massambaba e a Reserva Extrativista Marinha de Arraial do Cabo. O Rio Macaé é um rio estadual que banha seis Municípios: Nova Friburgo, Casimiro de Abreu, Rio das Ostras, Conceição de Macabu, Carapebus e Macaé, compreendendo uma região de grande importância sócio-econômica do Estado do Rio de Janeiro. A área de drenagem da Bacia Hidrográfica do rio Macaé é de quilômetros quadrados a população residente na bacia é de é de cerca de 140 mil pessoas (SEMADS, 2002, p. 48). A crescente degradação ambiental e exploração da água da Bacia do Rio Macaé motivaram a criação do Comitê da Bacia para essa Região Hidrográfica. Para aprovar esse Comitê foi feito um esforço conjunto entre poder público, sociedade civil organizada e usuários das águas dos rios que compõem a bacia. O Consórcio Macaé-Ostras, criado em , e a Comissão Pró-Comitê de Bacias Hidrográficas dos Rios Macaé, Imboassica e da Lagoa de Imboassica, têm sido os principais atores na implantação das políticas Nacional e Estadual de Recursos Hídricos nesta bacia (SEMADS, 2002, p. 50). A região abriga remanescentes importantes do bioma mata atlântica, com destaque para as formações de restinga que motivaram a criação do Parque Nacional de Jurubatiba e para os remanescentes de mata da região do alto Macaé que contribuem para a atração de um grande fluxo de visitantes A gestão de recursos hídricos na Região Hidrográfica VIII, Macaé-Ostras: principais atores sociais, políticos e econômicos, conflitos pelo uso de recursos naturais e momentos de participação Os principais atores sociais, políticos e econômicos envolvidos nos processos de gestão de recursos hídricos na região hidrográfica Macaé-Ostras são: - Secretaria executiva do Consórcio Intermunicipal Macaé-Ostras, principal responsável pelo trabalho de mobilização dos demais atores para participação nos processos de gestão em curso e pela movimentação dos recursos advindos da cobrança pelo uso de recursos hídricos na região. - Prefeituras municipais de Macaé, Rio das Ostras e Casimiro de Abreu. A prefeitura municipal de Nova Friburgo tem atuação mais discreta no processo, em razão da maior parte do território deste município estar enquadrada em outra região hidrográfica. - Petrobras, usuário que mais consome recursos hídricos na região hidrográfica e com histórico de financiamento de projetos e ações de cunho socioambiental na região. Tem presença habitual nos fóruns de diálogo do Consórcio e do Comitê.

13 - Companhia Estadual de Águas e Esgotos, CEDAE, empresa pública estadual responsável pelo abastecimento de água e o tratamento de esgoto nos municípios de Rio das Ostras e Macaé, os dois mais populosos na região hidrográfica. - Instituições de pesquisa: as instituições com instalações na região hidrográfica Macaé- Ostras - o Centro Federal de Ensino Tecnológico Celso Suckow da Fonseca, CEFET e a Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ - têm sido as mais solicitadas para dar suporte técnico às ações do Consórcio e do Comitê. Em alguns projetos específicos, há parcerias com a Universidade Estadual do Norte Fluminense, UENF e a Fundação Oswaldo Cruz, FIOCRUZ. A instituição de pesquisa que mais habitualmente participa das discussões no âmbito do Consórcio e do Comitê é o CEFET. - Colônias de pescadores de Macaé e Rio das Ostras; - Organizações Não-Governamentais: a participação das ONGs no processo inclui desde associações de moradores a ONGs mais diretamente ligadas a questões de fundo socioambiental e com experiência na captação recursos financeiros e gestão de projetos. O número de ONGs envolvidas nesses processos é, em termos absolutos, menor que a participação no âmbito da região hidrográfica Lagos-São João, o que não significa o que seja menos eficiente. O maior número de fóruns de discussão na região hidrográfica Lagos-São João talvez explique essa diferença, além do maior número de municípios localizados nessa região. - Há um colégio público estadual na região do alto curso do rio Macaé com perfil diferenciado, experiente na captação de recursos para a execução de projetos de educação ambiental, que conta inclusive professores cursando mestrado e doutorado. - Termoelétrica El Paso, empresa do setor de energia, instalada em Macaé, durante o período em que se temia o chamado apagão da energia elétrica. - Embora a região do alto curso do rio Macaé esteja incluída em uma Área de Proteção Ambiental Estadual, administrada pelo Instituto Estadual de Florestas - IEF, este órgão integrante do sistema estadual de gestão ambiental não é presença muito freqüente nas reuniões do Consórcio nem tampouco do Comitê. Os principais conflitos pelo uso dos recursos naturais na Região Hidrográfica VIII são: Transição conflituosa de secretários executivos, limitando significativamente o alcance das ações do Consórcio, atrasando significativamente a implementação dos instrumentos de gestão de recursos hídricos pelo Comitê e culminando com a retenção de um montante significativo de recursos provenientes da cobrança pelo uso dos recursos hídricos na região no Fundo Estadual de Recursos Hídricos, o que gerou significativa tensão entre a sua representação e parte dos membros do Conselho Estadual de Recursos Hídricos, colegiado consultivo e deliberativo integrante do sistema estadual de gestão de recursos hídricos.

14 Significativas diferenças na apropriação do espaço e dos recursos naturais no alto, médio e baixo curso do rio Macaé. Enquanto as principais atividades econômicas no alto curso do rio Macaé têm tradicionalmente feição agropecuária, a região do baixo curso e foz do rio Macaé e das Ostras concentra as atividades industriais decorrentes da exploração de petróleo na bacia de Campos, gerando renda e empregos para mão-de-obra mais bem qualificada. Isso leva a uma percepção por parte das comunidades do alto curso e de alguns agentes políticos do município de Nova Friburgo, de que nós produzimos a água e eles ficam com as riquezas, consomem nossa água e não nos dão nada em troca. A nova divisão hidrográfica do Estado do Rio de Janeiro alterou a delimitação geográfica da região que anteriormente era denominada Macrorregião Ambiental 5, e passou a ser denominada de Região Hidrográfica VIII. Com essa alteração, a região passou a contar com o município de Rio das Ostras, por outro lado, os municípios de Carapebus e Conceição de Macabu foram incorporados à Região Hidrográfica IX. Desta forma, delimitação geográfica da área de atuação do Consórcio Intermunicipal não coincide mais com a delimitação geográfica da área de atuação do Comitê de Bacias correspondente, isso tem gerado polarização nas discussões no âmbito do Consórcio, as conseqüências de longo prazo desse novo arranjo ainda não estão claras. As principais fontes de receita do Consórcio Macaé-Ostras atualmente são: As principais fontes de receita para a gestão dos recursos hídricos na região provêm da contribuição dos municípios para integrar o consórcio intermunicipal e da cobrança pelo uso dos recursos hídricos. Trata-se de uma das regiões hidrográficas que mais arrecada no Estado do Rio de Janeiro. No entanto, a transição de comando na secretaria executiva deste Consórcio foi conflituosa e demorada, comprometendo a sua capacidade de elaboração de projetos para utilização efetiva dos recursos. Somente a partir do segundo trimestre do ano de 2008 foram retomadas as ações de elaboração de projetos com vistas à aplicação desses recursos. Como o montante de recursos disponível é considerável, a plenária do comitê de bacias optou por permitir às instituições integrantes a apresentação de projetos de demanda espontânea, tendo sido apresentados desde projetos de grande e médio porte, envolvendo vários centros de pesquisa até projetos de pequeno porte, propostos por escolas e ONGs da região A gestão de recursos hídricos na Região Hidrográfica VI, Lagos-São João: principais atores sociais, políticos e econômicos, conflitos pelo uso de recursos naturais e momentos de participação Os principais atores sociais, políticos e econômicos envolvidos nos processos de gestão de recursos hídricos na região hidrográfica Lagos-São João são: Em razão das diferenças geográficas, econômicas e culturais existentes na Região Hidrográfica VI, foram instituídos na estrutura do respectivo comitê de bacias, três sub-comitês, para

15 facilitar a agregação dos atores sociais, econômicos e políticos, e potencializar a efetividade das suas ações, a partir de uma compreensão mais precisa das realidades locais. Enquanto os atores dos municípios litorâneos se agrupam nos sub-comitês da lagoa de Araruama e no sub-comitê das lagoas de Saquarema e Jaconé, enquanto os atores dos municípios interioranos se agrupam no sub-comitê da bacia do rio São João, papel atualmente desempenhado pelo Conselho Gestor da Área de Proteção Ambiental Federal São João-Mico-Leão-Dourado. Todavia, há atores que atuam em âmbito regional e participam das discussões em curso nos três sub-comitês. No âmbito dos sub-comitês da lagoa de Araruama e das lagoas de Saquarema e Jaconé, têm maior destaque os seguintes atores: - Secretaria executiva do Consórcio Intermunicipal Lagos-São João, principal responsável pelo trabalho de mobilização dos demais atores para participação nos processos de gestão em curso e pela movimentação dos recursos advindos da cobrança pelo uso de recursos hídricos na região; - Colônias de pescadores atuantes nos municípios de Saquarema, Arraial do Cabo, Cabo Frio, São Pedro da Aldeia, Iguaba Grande e Araruama. Seu grau de articulação e maturidade para a participação em processos de gestão do território e de recursos naturais é notável. Aprimorados, sobretudo, com a participação no processo de criação e gestão da Reserva Extrativista Marinha Federal do Arraial do Cabo; - Instituto Chico Mendes, a partir do escritório sediado no município de Arraial do Cabo, responsável pela gerência da RESEX Marinha de Arraial do Cabo e envolvido nas principais questões relativas à gestão de recursos ambientais costeiros na região; - Órgãos do sistema estadual de gestão ambiental, o município de Araruama sedia um escritório da FEEMA Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente, convertido atualmente em escritório do órgão estadual de gestão unificada das políticas ambientais no Estado do Rio de Janeiro. A participação do chefe do então escritório da FEEMA foi importante para a articulação dos atores e a criação do Consórcio Intermunicipal Lagos-São João. Este acabou sendo escolhido como o Secretário Executivo do Consórcio e mais tarde veio a assumir a função de Vice-Presidente da SERLA Superintendência Estadual de Rios e Lagoas, órgão gestor da política de recursos hídricos no Estado do Rio de Janeiro; - Secretarias municipais de meio ambiente dos municípios litorâneos, sobretudo dos municípios de: Cabo Frio, que conta com uma estrutura que engloba diversas diretorias e um significativo quantitativo de pessoal; Iguaba Grande, cujo Prefeito é o representante nacional dos Municípios na Rede Brasileira de Organismos de Bacia REBOB; e, Arraial do Cabo, município que reúne na região o maior contingente de pescadores enquadrados na categoria de população tradicional e um parque industrial com significativos impactos socioambientais;

16 - Concessionários de tratamento, distribuição e coleta de águas e esgotos, PROLAGOS e Águas de Juturnaíba, os maiores contribuintes para as receitas advindas da cobrança pelo uso se recursos hídricos na região; - Organizações Não-Governamentais de com diversos objetivos institucionais, sobretudo organizações ligadas à conservação do meio ambiente e associações de bairros; No âmbito do sub-comitê da bacia do rio São João, têm maior destaque os seguintes atores: - Secretaria executiva do Consórcio Intermunicipal Lagos-São João; - Instituto Chico Mendes, principal responsável pelo trabalho de mobilização dos demais atores para participação nos processos de gestão em curso na sub-região, a partir do processo de gestão da Área de Proteção Ambiental Federal São João-Mico-Leão-Dourado e sua reunião em torno da elaboração do plano de manejo desta unidade; - Organizações Não-Governamentais de com diversos objetivos institucionais, uma em especial se destaca por gerenciar um programa de conservação de remanescentes florestais na região das baixadas litorâneas do Estado do Rio de Janeiro que abrigam uma espécie-bandeira para a conservação do meio ambiente no país o mico-leão-dourado, sua atuação, reconhecida internacionalmente, serve de emblema para outras ONGs da região. Há ainda associações representativas de pequenos produtores rurais, associações patronais rurais, uma associação de mineradores, e diversas associações de bairro atuantes no âmbito deste sub-comitê. Um dado interessante a ser assinalado é que o Secretário Executivo do Consórcio Macaé-Ostras participa dos processos em curso neste sub-comitê e tem assento no Conselho Gestor da APA São João- Mico-Leão-Dourado, representando uma ONG denominada Movimento Ecológico de Rio das Ostras - MERO; - Departamento de Recursos Minerais - DRM, órgão estadual e Departamento Nacional de Produção Mineral - DNPM, órgão federal, responsáveis pela concessão do direito de lavra de recursos minerais, estes órgãos têm tido participação notável em defesa do que denominam exploração mineral sustentável, alternativa a atual proibição de extração de areia no leito dos rios da bacia do rio São João, protagonizando alguns dos mais acalorados debates ocorridos nos colegiados gestores de políticas ambientais na região; - Transpetro / Petrobras, atores importantes em razão dos vultosos investimentos dessas empresas no Estado do Rio de Janeiro. Está em fase final de licenciamento um gasoduto que liga poços localizados no Espírito Santo a uma estação de compressão no complexo petroquímico da Refinaria de Duque de Caxias REDUC e tem uma carteira de investimentos previstos em cerca de 10 bilhões de reais. Além disso, está em fase de implantação o Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro - COMPERJ, localizado no município de Itaboraí e que tem como uma de suas fontes principais de suprimento de água doce o reservatório da Lagoa de Juturnaíba,

17 situado na região hidrográfica Lagos-São João. O COMPERJ tem uma carteira de investimentos previstos da ordem de 20 bilhões de reais a serem aplicados até o ano de 2015; - Pecuaristas, apesar do baixo rendimento energético e financeiro da atividade agropecuária praticada na região, algumas cidades ainda tem feição agrária e alguns de seus agropecuaristas ainda conservam certo prestígio social. Além disso, alguns agropecuaristas outrora também desenvolveram a atividade mineradora em suas propriedades, atividade atualmente proibida por uma resolução do Comitê de Bacias Lagos-São João e que desperta a atenção de investidores em razão da grande demanda prevista na implantação do COMPERJ; - Secretarias de meio ambiente, destacando-se a representação dos municípios de Cabo Frio, Casimiro de Abreu, Arraial do Cabo e Rio das Ostras, esta última com atuação indefinida no momento, em razão da nova divisão hidrográfica do Estado; - Algumas secretarias municipais de agricultura desempenham papel importante nos processos de gestão de recursos hídricos na sub-região. Como uma parcela significativa dos dessas secretarias acumulava funções de gestão ambiental até a criação do Consórcio Lagos-São João e o fomento à criação de secretarias específicas, alguns funcionários de seus quadros ainda desempenham papel importante nesses processos; - As associações de pequenos produtores rurais desempenham um papel-chave nos processos de gestão de recursos naturais em curso na região, a maior parte delas congrega assentados de programas de reforma agrária que ainda lutam pela regularização definitiva de seus títulos de propriedade, por mais crédito e apoio para a comercialização. O envolvimento nesses processos de luta permitiu a alguns de seus representantes um considerável amadurecimento para a participação em processos de gestão compartilhada de recursos naturais além de ter permitido a incorporação de feições socioambientais em seus discursos. Parte dos assentamentos de reforma agrária implantados na região localiza-se na zona de amortecimento de unidades de conservação de proteção integral, esta proximidade tem sido motivo para conflitos pelo uso dos recursos naturais abrigados em suas propriedades; - Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA, participa das discussões no âmbito do Conselho Gestor da APA Federal São João-Mico-Leão-Dourado, tem papel importante em razão do significativo número de projetos de assentamentos rurais que gerencia na bacia do rio São João; - EMATER, órgão estadual de assessoria ao desenvolvimento da agropecuária no Estado do Rio de Janeiro, importante na articulação de produtores rurais e conhecedor da realidade da atividade agropecuária na região; - Alguns órgãos do sistema estadual de gestão ambiental têm expressiva participação nos processos de gestão de recursos hídricos na sub-região, sobretudo a Secretaria Estadual de Rios e Lagoas SERLA, órgão gestor da política de recursos hídricos e a Fundação Estadual de

18 Engenharia e do Meio Ambiente FEEMA, responsável pelo licenciamento de atividades potencialmente impactantes ao meio ambiente; - Embora importantes instituições acadêmicas desenvolvam pesquisas na região, a instituição que mais ativamente tem participado dos processos de gestão de recursos naturais na sub-região é a Fundação Jardim Botânico do Rio de Janeiro, que já tem trabalhos consolidados nas Reservas Biológicas de Poço das Antas e União. Os principais conflitos pelo uso dos recursos naturais na Região Hidrográfica VI são: - Empresa Álcalis e pescadores da lagoa de Araruama extração de conchas do fundo da lagoa para a produção de calcário a ser utilizado no seu processo produtivo prejudicava a pesca na lagoa de Araruama e motivou os pescadores da região a recorrerem ao Ministério Público. Como solução para o conflito a empresa substituiu o calcário proveniente das conchas da Lagoa por calcário de rocha e passou a utilizar o maquinário antes usado para extrair as conchas, no desassoreamento de canais e córregos na região; - Prolagos e comitê a concessionária responsável pelo tratamento, distribuição e coleta de água e esgotos em parte dos municípios da região questionou a fórmula utilizada para calcular o valor a ser cobrado pelo uso dos recursos hídricos há região hidrográfica. A plenária do Comitê decidiu pela implementação de uma alíquota progressiva no tempo e a decisão foi acatada pela concessionária; - Investidores interessados na atividade mineradora, técnicos do DRM e DNPM e subcomitê da bacia do rio São João, contestaram a proibição da atividade mineradora na bacia, deliberada após anos de discussões e engajamento da sociedade civil e órgãos públicos, através de resolução do comitê de bacia. Durante a elaboração do plano de manejo da APA Federal São João-Mico-Leão-Dourado, num momento em que se espera grande demanda de areia para atender à construção do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro COMPERJ, ressurge a discussão sobre o tema e é criada uma câmara técnica de mineração, no âmbito do conselho gestor da APA São João-Mico-Leão-Dourado, advindo daí sérios embates. A proibição continua mantida e o conflito sem solução. A nova divisão hidrográfica do Estado do Rio de Janeiro também se refletiu nos contextos de gestão em que atuam o Consórcio Intermunicipal Lagos-São João e o Comitê de Bacia Lagos- São João. A bacia do rio das Ostras, que banha a maior parte do território do município de mesmo nome, passou a integrar a região hidrográfica VIII e as ações do Consórcio Lagos-São João em curso na região estão passando por um processo de redefinição. Havia inclusive um termo de cooperação com a prefeitura local para formulação e implementação de uma política de educação ambiental para a cidade. Como ocorreu com o Consórcio da bacia do Macaé, sua área de atuação passou a não mais coincidir com a divisão hidrográfica do Estado, que define a região de atuação dos comitês de bacia. No caso do Consórcio Lagos-São João.

19 Principais fontes de receita do Consórcio Lagos-São João atualmente são: Até o meio do ano de 2007, quando efetivamente foi aprovada a utilização dos recursos arrecadados pela cobrança pelo uso dos recursos hídricos na região hidrográfica VI, sua principal fonte de receita foi a contribuição paga pelos municípios e por empresas da região para fazer parte do consórcio intermunicipal, suficiente para manter a equipe técnica e sua estrutura física. O Consórcio Lagos-São João tem se notabilizado por sua capacidade de articulação dos atores envolvidos no processo de gestão de recursos naturais na região, o que tem possibilitado a realização de várias das metas previstas em seu planejamento estratégico e no plano de bacia a partir da inversão de capital público e de concessionárias de serviços públicos em obras de infraestrutura e saneamento básico, tais como: um aterro sanitário controlado recém inaugurado para atender à maior parte dos municípios da região, em regime consorciado; a abertura da barra franca do canal de Itajuru, para possibilitar a troca adequada de água entre a lagoa de Araruama e o oceano, obra do governo federal, que teve como objetivo principal duplicar a principal via de acesso ao município de Cabo Frio, o mais importante destino turístico do litoral do Estado depois da capital; e, o cinturão de canais que contorna a lagoa de Araruama e recolhe para tratamento o esgoto antes despejado nesse corpo hídrico, resultado da pressão para a antecipação do compromisso de investimento das concessionárias de águas e esgotos que assumiram esses serviços nos municípios do entorno da Lagoa. 3. Conclusões A instituição dos consórcios intermunicipais de gestão ambiental contribuiu para iniciar um processo que pode levar a um contexto de gestão integrada dos recursos hídricos nas RH VI e RH VIII do Estado do Rio de Janeiro; A instituição dos consórcios intermunicipais de gestão ambiental criou condições mais favoráveis para o diálogo e a cooperação entre os entes federativos, vertical e horizontalmente, proporcionando ganhos de escala e efetividade na implementação das políticas de recursos hídricos nas RH VI e RH VIII do Estado do Rio de Janeiro. Além disso, os consórcios têm buscado o envolvimento da sociedade civil organizada, constituindo-se em espaços para a discussão sobre as questões ambientais na esfera regional. 4. Bibliografia BRASILIENSE CARNEIRO, J. M.. Consórcios, kreise e relações intergovernamentais. In: INFORMATIVO CEPAM. Consórcio: uma forma de cooperação municipal. São Paulo: Fundação Prefeito Faria Lima CEPAM. Unidade de Políticas Públicas UPP. v. 1, n. 2, 2001.

20 CONSÓRCIO AMBIENTAL LAGOS SÃO JOÃO - CALSJ. Informativo do Consórcio Intermunicipal para Gestão Ambiental das Bacias Hidrográficas da Região dos Lagos, do Rio São João e Zona Costeira. ano. I, n.º 1, jun CRUZ, M. do C. M. T. Consórcios intermunicipais uma alternativa de integração regional ascendente. São Paulo: Polis, Programa Gestão Pública e Cidadania / EAESP / FGV, INSTITUTO BRASILEIRO DE ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL. Associações e consórcios intermunicipais. Rio de Janeiro: Convênio SEPLAN/PR IBAM, JUNQUEIRA, A. T. M. Consórcio intermunicipal: um instrumento de ação. In: Revista Cepam. v.1, n.º 2. São Paulo, pp Política municipal de meio ambiente. In: BARBOSA, Sônia. A questão ambiental: cenários de pesquisa. Campinas: Unicamp, Nepam, pp MACHADO, C. J. S. Meandros do Meio Ambiente. Vol. II - os recursos hídricos na economia e no cenário internacional. Rio de Janeiro: E-papers, MACHADO, C. J. S. e KLEIN, H. E. (2005). A política de recursos hídricos e de gerenciamento costeiro no Estado do Rio de Janeiro: proposições de integração. In: I SEMINÁRIO NACIONAL SOBRE REGENERAÇÃO AMBIENTAL DE CIDADES: ÁGUAS URBANAS, 2005, Rio de Janeiro. Anais I Seminário Nacional sobre Regeneração Ambiental de Cidades: Águas Urbanas. Rio de Janeiro: FAU/UFRJ, 19 p. MANTOVANI, M. C. Consórcio intermunicipal: instrumento de ação e desenvolvimento de políticas públicas e participação social em meio ambiente. In: INFORMATIVO CEPAM. Consórcio: uma forma de cooperação municipal. São Paulo: Fundação Prefeito Faria Lima CEPAM. Unidade de Políticas Públicas UPP. v. 1, n. 2, SECRETARIA DE ESTADO DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL - SEMADS. Organismos de bacias hidrográficas / Coordenador João Jerônimo Monticeli Rio de Janeiro: SEMADS, 2002.

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