PLANO BÁSICO AMBIENTAL UHE BAIXO IGUAÇU

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1 PLANO BÁSICO AMBIENTAL UHE BAIXO IGUAÇU P-16 PROGRAMA DE RESGATE E APROVEITAMENTO CIENTÍFICO DE FAUNA SUBPROGRAMA DE RESGATE DE ICTIOFAUNA E HERPETOFAUNA Relatório Final Acompanhamento Ambiental e Resgate de Ictiofauna durante o enchimento do reservatório e comissionamento de unidades geradoras da UHE Baixo Iguaçu. Empresa executora: ICHTHYOLOGY CONSULTORIA AMBIENTAL LTDA EPP Equipe técnica responsável pelo desenvolvimento das atividades do Programa Integrantes Conselho de Classe CTF IBAMA Assinatura Renê Eiji Souza Hojo CRBio 37349/04-D Diego Mendes Ferreira Nunes CRBio 80165/04-D Renan Condé Pires CRBio 80053/04-D ABRIL

2 SUMÁRIO 1. APRESENTAÇÃO INTRODUÇÃO OBJETIVOS Objetivo Geral Objetivos específicos METODOLOGIA Segurança do Trabalho e Norteamento dos trabalhos de campo Áreas de trabalho Equipe Acompanhamento Ambiental Resgate, Manejo e Soltura de Ictiofauna RESULTADOS E DISCUSSÃO Acompanhamento Ambiental e Resgate de Ictiofauna durante o Enchimento do Reservatório Descritivo das Atividades de Comissionamento das UG s Acompanhamento Ambiental durante o Comissionamento de UG s Quantitativo consolidado Destinação da Ictiofauna Resgatada CONSIDERAÇÕES RECOMENDAÇÕES EQUIPE TÉCNICA REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANEXOS

3 CEBI Consórcio Empreendedor Baixo Iguaçu CNO Construtora Norberto Odebrecht GE General Electric IAP Instituto Ambiental do Paraná LISTA DE SIGLAS IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis IN Instrução Normativa LO Licença de Operação UG Unidade Geradora UHE Baixo Iguaçu Usina Hidrelétrica Baixo Iguaçu LISTA DE FIGURAS Figura 1. Segurança do Trabalho. A Reunião de Integração da equipe de resgate da ictiofauna com profissional da CNO; B Diálogo Diário de Segurança da equipe de resgate de ictiofauna....8 Figura 2. Imagem aérea do pedral exposto à jusante da UHE Baixo Iguaçu, devido à baixa vazão do rio Iguaçu, novembro de Figura 3. Poças isoladas na área do pedral à jusante da UHE Baixo Iguaçu, devido à baixa vazão, novembro de Figura 4. Imagem aérea do barramento e principais estruturas da UHE Baixo Iguaçu, março de Figura 5. Dinâmica do processo de atração e entrada de peixes e aprisionamento nos condutos durante paradas e isolamentos das unidades geradoras Figura 6. Acompanhamento ambiental. A, B, C e D Vistorias diárias e medições de parâmetros abióticos da água com auxílio de sonda multiparamétrica em poças isoladas na área pedral à jusante da UHE Baixo Iguaçu Figura 7. Imageamento aéreo. A Área do pedral à jusante durante o enchimento do reservatório, com baixa vazão defluente; B Pedral encoberto pelo rio Iguaçu em fase final do enchimento, com aumento da vazão defluente Figura 8. Organização e planejamento. A e B Participação da equipe de acompanhamento ambiental nas reuniões semanais de programação do comissionamento de UG s da UHE Baixo Iguaçu Figura 8. Acompanhamento ambiental. A Acompanhamento do comissionamento das comportas de jusante do tubo de sucção das UG s; B Monitoramento de parâmetros abióticos da água no interior do tubo de sucção de UG. C Visualização do canal de fuga e áreas à jusante; D Acompanhamento dos ensaios eletromecânicos na sala de operação; E e F Embarcação posicionada para acompanhamento dos ensaios de UG e monitoramento de peixes no canal de fuga e à jusante; G e H 3

4 Recolhimento e biometria de peixe perecido relacionado aos ensaios eletromecânicos de UG s da UHE Baixo Iguaçu Figura 10. Resgate de ictiofauna. A Procedimento de resgate de ictiofauna em poça isolada com auxílio de rede de arrasto; B, C, D Triagem, identificação, biometria e pesagem de peixes resgatados; E Transporte de peixes resgatados no pedral; F Soltura de exemplares em trecho livre do rio Iguaçu LISTA DE TABELAS Tabela 1. Valores mínimos médios e máximos de oxigênio dissolvido e temperatura da água nos pontos amostrais acompanhamento ambiental no pedral à jusante da UHE Baixo Iguaçu, novembro e dezembro de Tabela 2. Classificação taxonômica, nome popular, status de conservação e origem das espécies de peixes registradas durante o acompanhamento ambiental e resgate no pedral à jusante da UHE Baixo Iguaçu, novembro e dezembro de Tabela 3. Espécie, nome popular, número e biomassa resgatada no pedral à jusante da UHE Baixo Iguaçu (novembro e dezembro/2018) Tabela 4. Espécie, nome popular, número e biomassa perecida recolhida no pedral à Jusante da UHE Baixo Iguaçu (novembro e dezembro/2018) Tabela 5. Valores mínimos médios e máximos de oxigênio dissolvido e temperatura da água no tubo de sucção durante o comissionamento das UG s da UHE Baixo Iguaçu, dezembro de 2018 a março de Tabela 6. Classificação taxonômica, nome popular, status de conservação e origem das espécies de peixes registradas durante o comissionamento das UG s da UHE Baixo Iguaçu, dezembro de 2018 a março de Tabela 7. Espécie, nome popular, número e biomassa resgatada durante o comissionamento das UG s da UHE Baixo Iguaçu, dezembro de 2018 a março de Tabela 8. Espécie, nome popular, número e biomassa perecida recolhida durante o comissionamento das UG s da UHE Baixo Iguaçu, dezembro de 2018 a março de Tabela 9. Espécie, nome popular, número e biomassa de peixes resgatados durante o enchimento do reservatório e comissionamento das UG s da UHE Baixo Iguaçu, novembro de 2018 a março de Tabela 10. Espécie, nome popular, número e biomassa perecida recolhida durante o enchimento do reservatório e comissionamento das UG s da UHE Baixo Iguaçu, novembro de 2018 a março de Tabela 11. Espécies de peixes registradas durante o acompanhamento ambiental e resgate durante o enchimento do reservatório e comissionamento de UG s da UHE Baixo Iguaçu, de novembro de 2018 a março de

5 1. APRESENTAÇÃO Este documento constitui-se do relatório final (relatório consolidado) de acompanhamento ambiental, manejo e resgate de ictiofauna durante as atividades de enchimento do reservatório e comissionamento eletromecânico das unidades geradoras (UG01, UG02 e UG03) da UHE Baixo Iguaçu, como parte integrante do Programa 16 (P16) do Plano Básico Ambiental Programa de Resgate e Subprograma de Resgate da Ictiofauna. São apresentados os objetivos propostos, a metodologia empregada, os resultados obtidos em relação à abundância em biomassa e riqueza de espécies e equipe técnica envolvida na execução do Subprograma de Resgate de Ictiofauna. A atividade ocorreu em atendimento aos requisitos ambientais previstos na Licença de Operação (LO) 35980/2019 emitida pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e da Autorização Ambiental Nº 01/2015 ICMBio, além das condicionantes 30 e 31 do IAP, à Instrução Normativa (IN) do IBAMA nº 146 de 10 de janeiro de 2007, à Portaria do IAP nº 097 de 02 de maio de 2012 e demais documentos integrantes do processo de licenciamento ambiental da UHE Baixo Iguaçu, estando de acordo com o Plano de Trabalho Detalhado Adendo à Autorização Ambiental Nº Protocolo enviado ao IAP. Os trabalhos foram realizados entre novembro de 2018 e março de 2019, com planejamento e direcionamento das ações prévias, com a participação no treinamento básico de segurança da equipe Ichthyology com as equipes do Consórcio Empreendedor Baixo Iguaçu CEBI e realização das atividades de acompanhamento ambiental, resgate, manejo e soltura da ictiofauna durante as atividades de enchimento do reservatório e comissionamento das UG s da UHE Baixo Iguaçu. A execução dos trabalhos de acompanhamento ambiental, manejo e resgate de ictiofauna foi autorizada pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP), mediante a expedição da renovação da Autorização de captura, coleta e transporte de material biológico n 48176/2017, protocolo nº expedida em 27 de novembro de 2017 e com validade até 27/05/2019. A Autorização expedida para as atividades é apresentada no Anexo I deste documento. 2. INTRODUÇÃO Enchimentos de reservatórios de usinas hidrelétricas se destacam por causarem efeitos de diferentes naturezas sobre a ictiofauna, a depender da comunidade de peixes presente na bacia e processos operacionais de enchimento. Destacam-se três efeitos principais ocasionados pela alteração hidrológica durante a implantação e operação de reservatórios: 1) os que englobam as alterações físico-químicas da água e geomorfológicas decorrentes do represamento e alteração espaço-temporal da vazão; 2) alterações na produtividade primária e na estrutura do canal, compreendendo o trecho do reservatório e segmento a jusante da barragem; 3) modificações nas assembleias de invertebrados e peixes ocasionados pelos dois efeitos citados anteriormente. 5

6 Além das alterações limnológicas e alterações estruturais nas comunidades de peixes a montante do barramento, é comum durante o processo de enchimento e redução da vazão vertida, o aparecimento de áreas à jusante que demandem acompanhamento e resgate da ictiofauna aprisionada. Com a redução da vazão, o nível de água pode variar drasticamente a jusante e consequentemente culminar com a formação de poças ou bolsões isolados contendo peixes, que devem ser resgatados e soltos novamente na calha natural do rio. O fechamento das comportas de vertedouro e restrição da vazão para enchimento de reservatórios de usinas hidrelétricas podem acarretar na atração de peixes reofílicos e/ou migradores para próximo da estrutura devido ao contrafluxo na bacia de dissipação. Desta forma, se faz necessário o acompanhamento ambiental para, principalmente, orientar manobras de abertura e fechamento das comportas a fim de evitar lesões ou perdas de peixes naturalmente atraídos para os vãos do vertedouro. O desenho da barragem e os procedimentos de rotina na sua operação, que podem determinar maiores ou menores injúrias sobre os peixes que passam pelas turbinas, podem também promover a atração de cardumes de jusante para o interior do canal de fuga (tubo de sucção) e, posteriormente, submetê-los a forte estresse, culminando com injúrias e, frequentemente, mortes. No Brasil, a quase totalidade dos acidentes envolvendo peixes abaixo das barragens é atribuída a esse tipo de mecanismo. Sabe-se que a atração e aprisionamento de peixes durante as paradas das unidades geradoras podem levar a acidentes ambientais relacionados diretamente aos peixes. Entre os procedimentos operacionais com maiores riscos potenciais para os peixes, destacam-se os testes de performance e as paradas programadas das turbinas, que são parte integrante do comissionamento e aceitação dos equipamentos eletromecânicos e de operação comercial de usinas hidrelétricas. Realizados durante o período de garantia, tais procedimentos causam o confinamento de peixes nos condutos das unidades geradoras, além de envolver condições operacionais extremas (reguladas por protocolos internacionais) durante as quais os peixes são submetidos a forte estresse de pressão, cavitação e turbulência (Agostinho et al., 2007). Desta forma, visando o desenvolvimento e aprimoramento relacionados à segurança ambiental, é fundamental entender como o processo de operação afetam os peixes, e assim, a partir deste entendimento implementar medidas de mitigação relacionadas a estes efeitos. Nesse sentido, foi realizado o Acompanhamento Ambiental e Resgate de Ictiofauna durante o Enchimento do Reservatório e Comissionamento Eletromecânico das Unidades Geradoras da UHE Baixo Iguaçu, objetivando o desenvolvimento de soluções construtivas e a determinação e adoção de regras operacionais para reduzir o aprisionamento de peixes e sua morte em manobras com potencial de risco. 6

7 3. OBJETIVOS 3.1 Objetivo Geral Acompanhar o processo de enchimento do reservatório e comissionamento eletromecânico das unidades geradoras da UHE Baixo Iguaçu, levando em consideração todas as variáveis e riscos à ictiofauna, com objetivo principal de redução de riscos e mitigação dos eventuais impactos ambientais relacionados à ictiofauna, realizando o monitoramento ambiental e resgate de peixes na área de influência direta e estruturas físicas do empreendimento. 3.2 Objetivos específicos Fazer análise de risco, relacionando os problemas que podem ser antecipados e suas possíveis soluções, naturalmente se preparando para cada situação; Participar das reuniões diárias de programação das equipes de engenharia, comissionamento e operação, antes e após o término das atividades de enchimento, comissionamento e operação, para avaliação dos testes e operações executadas e definições das ações para as próximas atividades; Inspecionar os canais de dissipação e de fuga visualmente sempre que houverem manobras de comissionamento e operativas, para avaliar a presença de peixes; Realizar o monitoramento ambiental de variáveis limnológicas nas áreas sob intervenção das equipes de resgate e salvamento da ictiofauna, estabelecendo, no mínimo, um ponto de controle dessas variáveis em uma área externa, porém nas proximidades do local sob intervenção; Percorrer o trecho de jusante, incluindo a área no Parque Nacional do Iguaçu, para verificar a ocorrência de locais com peixes aprisionados; Verificar e mapear a formação de poças à jusante do barramento simultaneamente à redução da vazão durante o enchimento; Avaliação de possíveis impactos das manobras de vertedouro nos espécimes à jusante do barramento; Realizar recolhimento de peixes que aparecerem perecidos durante os procedimentos de comissionamento e operacionais, identificando e relacionando as possíveis causas; Destinar os peixes perecidos aos locais adequados e previamente informados aos órgãos ambientais; Identificar, estimar e documentar as espécies e a densidade em número e biomassa de indivíduos perecidos caso ocorram incidentes; Estabelecer rotina de trabalho na equipe de Operação e Manutenção da UHE Baixo Iguaçu, visando o acompanhamento da operação, cumprimento de recomendações e restrições operativas, junto ao ONS; Implantar e auxiliar conjuntamente as equipes de comissionamento e operação o procedimento de comunicação de ocorrências ambientais. Criando sistemática de envio imediato do relato sucinto da ocorrência para todos os envolvidos nessas questões. Como exemplo pode ser adequado e aplicado o ROA (Relatório de Ocorrências Ambientais); 7

8 Propor regras operativas conjuntamente às equipes de comissionamento e operação, visando à redução de riscos relacionados ao aprisionamento/confinamento de peixes nos condutos das UG s; aos procedimentos de parada, drenagem e manutenção das UG s e de partidas das UG s; Contribuir com os demais programas e projetos do Plano de Conservação dos Ecossistemas Aquáticos, subsidiando estudos descritivos da biologia reprodutiva e alimentar, bem como da estrutura populacional e de comunidades dos peixes; Realizar a identificação, catalogação e tombamento do material ictiológico coletado e assim contribuir com o conhecimento taxonômico da ictiofauna na área de inserção da UHE Baixo Iguaçu. 4. METODOLOGIA 4.1 Segurança do Trabalho e Norteamento dos trabalhos de campo Previamente às atividades de campo, foram tomadas as medidas de planejamento, segurança, definição das ações e procedimentos a serem adotados durante a execução do trabalho. Em sequência, foi realizada reunião com todos os profissionais envolvidos nas ações de resgate da ictiofauna da UHE Baixo Iguaçu (biólogos, engenheiros, técnicos de segurança, técnicos em meio ambiente, auxiliares e pescadores profissionais) cuja finalidade foi integrar a equipe quanto às normas e procedimentos no canteiro de obras, informar os riscos das atividades e orientar quanto à execução do trabalho com segurança e o correto uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) (Figura 1). Foi elaborada a Análise Preliminar de Risco (APR) juntamente com profissionais de segurança do CEBI, além da realização de treinamentos específicos de segurança com equipes da CNO e de Diálogos Diários de Segurança (DDS) (Figura 1). A B Figura 1. Segurança do Trabalho. A Reunião de Integração da equipe de resgate da ictiofauna com profissional da CNO; B Diálogo Diário de Segurança da equipe de resgate de ictiofauna. 8

9 4.2 Áreas de trabalho A área de desenvolvimento da atividade de acompanhamento ambiental, resgate e salvamento da ictiofauna durante o enchimento do reservatório da UHE Baixo Iguaçu se concentrou imediatamente à jusante do barramento, nas áreas compostas por pedrais (Figuras 2 e 3) que, devido à redução da vazão para enchimento do reservatório, formaram bolsões ou poças isoladas da calha principal do rio Iguaçu e resultaram em aprisionamento de peixes ou cardumes. Além da referida área, houve o acompanhamento em demais porções do rio à jusante em busca de novas áreas que apresentassem algum risco à comunidade de peixes durante a restrição hídrica causada pelo fechamento das comportas do vertedouro Figura 2. Imagem aérea do pedral exposto à jusante da UHE Baixo Iguaçu, devido à baixa vazão do rio Iguaçu, novembro de

10 Figura 3. Poças isoladas na área do pedral à jusante da UHE Baixo Iguaçu, devido à baixa vazão, novembro de As ações de acompanhamento ambiental, resgate e salvamento da ictiofauna durante o comissionamento eletromecânico de unidades geradoras foram desenvolvidas nas seguintes áreas: estruturas do Vertedouro, Canal de Fuga, Canal de Dissipação, Jusante e Montante da casa de Força e estruturas da Casa de Força da UHE Baixo Iguaçu (Figuras 4 e 5). CASA DE FORÇA VERTEDOURO CANAL DE FUGA Figura 4. Imagem aérea do barramento e principais estruturas da UHE Baixo Iguaçu, março de

11 Figura 5. Dinâmica do processo de atração e entrada de peixes e aprisionamento nos condutos durante paradas e isolamentos das unidades geradoras (Adaptado de ICHTHYOLOGY, 2018). 4.3 Equipe Para a execução das atividades de acompanhamento ambiental e resgate de ictiofauna durante o enchimento do reservatório e comissionamento das UG s da UHE Baixo Iguaçu, a equipe foi dimensionada de acordo com planejamento prévio e dividida em diferentes frentes na área de trabalho. A equipe foi composta por um biólogo sênior coordenador, biólogos plenos, auxiliares técnicos, técnico em segurança do trabalho, pescadores profissionais, auxiliares de campo e barqueiros. Também estiveram envolvidos analistas ambientais, engenheiros, eletricistas, entre outros profissionais do Consórcio Empreendedor Baixo Iguaçu, Gneral Electric e Construtora Norberto Odebrecht. 4.4 Acompanhamento Ambiental Enchimento do Reservatório As atividades de acompanhamento ambiental iniciaram-se previamente ao enchimento, em novembro de 2018, com vistorias embarcadas a jusante e acompanhamento de possíveis áreas de formação de bolsões de aprisionamento de peixes. 11

12 Para padronização do método e prevenção de risco de perda de ictiofauna, foi definido que ações de resgate fossem efetivadas quando verificada situação de risco a partir de parâmetros ambientais como: Poças apresentando oxigênio dissolvido, ph ou temperatura em níveis críticos (de acordo com o estabelecido pelo CONAMA 357/2005); Visualização de peixes com comportamentos agonísticos, natação irregular ou arfando na superfície; Avaliação de quantidade de peixes incompatível com o volume de água ou profundidade da poça (poças com profundidade menor que 30 cm). As atividades de acompanhamento ambiental, monitoramento de parâmetros abióticos e resgate de ictiofauna nas poças foram realizadas diariamente em todas as poças que apresentarem peixes confinados e com riscos de morte através da utilização de puçás e arrastos (Figura 6). Os peixes resgatados foram triados, identificados, quantificados, submetidos à biometria (comprimento total e padrão em centímetros e peso corporal em gramas) e transportados em recipientes de resgate para aclimatação e soltura em trecho livre do rio Iguaçu. Poças com baixa profundidade e que não apresentaram peixes confinados foram inspecionadas, e assim liberadas de monitoramento. As atividades se estenderam sistematicamente ao longo de todo o período de baixa vazão, do enchimento até que as áreas estivessem conectadas novamente ao rio Iguaçu. A margem direita do rio Iguaçu foi priorizada, pois como avaliado e demonstrado nos testes em modelo reduzido e durante o acompanhamento prévio da área já realizado, havia maior probabilidade de formação de novos bolsões com aprisionamento de peixes neste local. A B

13 C D Figura 6. Acompanhamento ambiental. A, B, C e D Vistorias diárias e medições de parâmetros abióticos da água com auxílio de sonda multiparamétrica em poças isoladas na área pedral à jusante da UHE Baixo Iguaçu. Complementarmente, foram realizadas atividades de mapeamento, monitoramento e acompanhamento ambiental aéreo da área do pedral à jusante, utilizando-se aeronave não tripulada do tipo drone profissional (DJI Phantom 4 Advanced 4K). As áreas foram filmadas, fotografadas, georreferenciadas e monitoradas diariamente durante o período de acompanhamento ambiental. O monitoramento aéreo permitiu a cobertura de grandes áreas e, a partir das imagens, ações de resgate puderam ser direcionadas para locais de maior risco, possibilitando maior efetividade e agilidade durante as atividades (Figura 7). A B Figura 7. Imageamento aéreo. A Área do pedral à jusante durante o enchimento do reservatório, com baixa vazão defluente; B Pedral encoberto pelo rio Iguaçu após o enchimento do reservatório, com aumento da vazão defluente. 13

14 4.4.2 Comissionamento de UG s As atividades de acompanhamento ambiental iniciaram-se previamente ao início dos ensaios nas unidades geradoras, em novembro de Nesse período foram realizadas reuniões de planejamento com toda a equipe técnica envolvida, visitas aos condutos das unidades (caixa espiral, tubo de sucção e poço de drenagem) e estabelecimento de planos de ação e estratégias para minimização de impactos sobre a ictiofauna na área de influência da UHE Baixo Iguaçu. Os testes de comissionamento das três unidades geradoras e todos os ensaios elétricos e mecânicos foram acompanhados pela equipe de meio ambiente, no período de 27 de dezembro de 2018 a 21 de março de Como medida de planejamento de ações, a equipe de meio ambiente participou das reuniões de programação do comissionamento das UG s da UHE Baixo Iguaçu, possibilitando o planejamento de ações específicas e a proposição de medidas mitigatórias e de controle em relação aos impactos dos ensaios eletromecânicos na ictiofauna (Figura 8). A B Figura 8. Organização e planejamento. A e B Participação da equipe de acompanhamento ambiental nas reuniões semanais de programação do comissionamento de UG s da UHE Baixo Iguaçu. Durante os testes e operação das UG s, três áreas foram monitoradas por equipes com informações sendo repassadas em tempo real via rádios: pátio de manobra, sala de operação e rio Iguaçu, no canal de fuga e trechos abaixo do canal no centro e nas margens, direita e esquerda. Desta as informações dos testes eletromecânicos eram recebidas e compartilhadas por toda a equipe em tempo real, através de rádio de comunicação (Figura 9). O profissional situado dentro da sala de controle foi responsável por acompanhar os ensaios juntamente com a equipe de engenharia e orientar via rádio as demais equipes de meio ambiente sobre quais os procedimentos estariam sendo realizados, momentos de partida e parada das UG s e orientar os profissionais do comissionamento sobre meios de diminuir os riscos para ictiofauna durante os ensaios. 14

15 A jusante no canal de fuga a equipe composta de biólogo, auxiliar técnico, pescador e piloteiro realizou o monitoramento da qualidade da água com sonda multiparâmetros e recolhimento de eventuais peixes perecidos durante as atividades. Estes peixes foram identificados, medidos, pesados, identificada e documentada a causa da morte, e então destinados à descarte em local previamente definido junto ao órgão ambiental (Figura 9). Além das funções e atividades desempenhadas descritas acima, coube também à equipe de acompanhamento ambiental monitorar a qualidade da água dentro das unidades geradoras quando estas estivessem isoladas (tubo de sucção) durante os intervalos entre testes. O início do monitoramento da qualidade da água se deu a partir do fechamento das comportas da sucção e isolamento do conduto de jusante. Durante longos períodos de intervalo entre testes, peixes e cardumes aprisionados no conduto podem ser afetados por deplecionamento de oxigênio dissolvido no conduto. Se constatado valores de oxigênio dissolvido abaixo de 5,0 mg/l na sucção, são realizadas injeções de ar comprimido para manutenção da qualidade da água e preservação dos peixes aprisionados até a abertura das comportas de jusante e reinício dos testes. No caso da UHE Baixo Iguaçu, os condutos de jusante contam com um sistema integrado à estrutura da sucção que permite uma injeção de ar eficaz e de rápida resposta na melhoria da qualidade da água (Figura 9). Durante os períodos de intervalos entre testes das UG s 01, 02 e 03 o acompanhamento transcorreu em caráter diário da mesma forma dos períodos de comissionamento, principalmente, orientando a equipe de operação da usina sobre procedimentos de partidas e paradas das unidades entregues à operação comercial e manobras de vertedouro que possibilitassem o mínimo impacto a ictiofauna local (Figura 9). A B 15

16 C D E F G H Figura 9. Acompanhamento ambiental. A Acompanhamento do comissionamento das comportas de jusante do tubo de sucção das UG s; B Monitoramento de parâmetros abióticos da água no interior do tubo de sucção de UG. C Visualização do canal de fuga e áreas à jusante; D Acompanhamento dos ensaios eletromecânicos na sala de operação; E e F Embarcação posicionada para acompanhamento dos ensaios de UG e monitoramento de peixes no canal de fuga e à jusante; G e H Recolhimento e biometria de peixes perecidos relacionados aos ensaios eletromecânicos de UG s da UHE Baixo Iguaçu. 16

17 4.5 Resgate, Manejo e Soltura de Ictiofauna Os procedimentos para o resgate da ictiofauna descritos neste documento baseiam-se especificamente nos Artigos 20 e 21 da Instrução Normativa do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis - IBAMA n 146, que apresentam os itens que devem compor um Programa de Resgate de Ictiofauna Enchimento do Reservatório As equipes de acompanhamento ambiental e resgate de peixes a jusante executaram ações de resgate sempre que diagnosticadas situações de risco. A atividade de resgate dos peixes aprisionados foi desenvolvida com a utilização de petrechos de pesca como arrastos e puçás nos locais definidos durante as vistorias. Eventuais poças com grande volume de água seriam drenadas com o auxílio de moto-bombas de 4 polegadas para facilitar o resgate dos peixes e evitando perdas devido à suspensão de substrato na água. Os peixes resgatados foram identificados até o nível específico e tiveram seus dados biométricos (comprimento total, comprimento padrão e peso) aferidos antes de serem soltos na calha principal do rio Iguaçu. Durante a triagem, os peixes foram mantidos em bombonas de 40 litros com bons níveis de oxigênio dissolvido e temperatura para aclimatação e posterior soltura (Figura 10). Os procedimentos foram definidos de acordo com a proximidade da área de resgate com a calha principal do rio Iguaçu. O transporte dos peixes foi executado rapidamente até a soltura, minimizando ao máximo o tempo de confinamento e o stress causado pelo manejo dos espécimes (Figura 10). Para a identificação das espécies foram utilizadas chaves dicotômicas e diagnoses contidas, principalmente, em Gery (1977); Britski et al. (1988); Britski e Garavello (1993); Vari et al., (1995); Albert e Miller (1995); Kullander (1995); Langeani (1996); Lucena e Menezes (1998); Garutti e Britski (2000); Vari e Harold, (2001); Reis et al. (2003); Camargo et al. (2005); Carvalho e Bertaco (2006); Mattox et al. (2006); Buckup et al. (2007); Ferreira (2007); Scharcansky e Lucena (2007); Baumgartner et al. (2012) e Ota et al. (2018), além de consultas à especialistas em sistemática de peixes, ao Fishbase e ao Catalog of Fishes. Todas as espécies identificadas foram avaliadas quanto ao status de conservação em nível estadual, nacional e global. Exemplares do surubim-do-iguaçu (Steindachneridion melanodermatum) eventualmente resgatados teriam amostras da nadadeira caudal coletadas, fixadas em álcool (92,8%) e acondicionadas adequadamente em recipientes plásticos para programa de genética da espécie desenvolvida pelo empreendimento. No entanto, durante a atividade, não foram registrados exemplares desta espécie. Todos os dados foram anotados em fichas próprias com informações acerca de data, local de captura, material utilizado, espécies, tamanho, peso e observações, e as atividades foram documentadas através de registro fotográfico (Figura 10). 17

18 A B C D E F Figura 10. Resgate de ictiofauna. A Procedimento de resgate de ictiofauna em poça isolada com auxílio de rede de arrasto; B, C, D Triagem, identificação, biometria e pesagem de peixes resgatados; E Transporte de peixes resgatados no pedral; F Soltura de exemplares em trecho livre do rio Iguaçu. 18

19 4.5.2 Comissionamento de UG s Paradas nas unidades geradoras das usinas hidrelétricas são previstas com a finalidade de (i) manutenções programadas, preventivas ou corretivas, que têm ocorrência periódica, (ii) emergenciais, necessárias para a correção de problemas hidroeletromecânicos, e (iii) redução na demanda energética ou economia de água. Atividades de resgate de ictiofauna nos condutos de UG s são realizadas devido à necessidade de drenagem total ou por deplecionamento acentuado dos níveis de oxigênio de uma unidade isolada, oferecendo riscos à ictiofauna confinada. Durante o período de comissionamento das unidades geradoras da UHE Baixo Iguaçu, não foi necessária nenhuma ação de resgate da ictiofauna nos condutos das unidades geradoras. Como não foram necessárias drenagens totais dos condutos das UG s durante os ensaios, o acompanhamento ambiental se deu apenas com ações de monitoramento e controle de oxigênio dissolvido durante o isolamento das máquinas. 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO 5.1 Acompanhamento Ambiental e Resgate de Ictiofauna durante o Enchimento do Reservatório Durante os meses de novembro e dezembro 2018 foi realizado o acompanhamento ambiental e resgate de ictiofauna a jusante do barramento da UHE Baixo Iguaçu, mais especificamente na área do pedral à jusante. No presente período foram monitorados e avaliados os parâmetros abióticos de poças isoladas para verificação da qualidade da água em caso de aprisionamento de peixes. Quando necessário foi realizado resgate e recolhimento de peixes perecidos. Como forma de padronização nesta área, foram monitorados seis pontos de qualidade de água distribuídos ao longo do pedral e no rio Iguaçu, sendo três poças com características ambientais diferentes (profundidade, tamanho e presença ou ausência de algas) e três pontos de controle no rio Iguaçu. Os resultados demonstraram valores de oxigênio dissolvido e temperatura relativamente satisfatórios, conforme referenciado pelo CONAMA 357-CL2, com alterações ocasionais e sem impactos diretos associado à ictiofauna (Tabela 1). Os registros de dados abióticos encontram-se em Banco de Dados no Anexo II. Tabela 1. Valores mínimos médios e máximos de oxigênio dissolvido e temperatura da água nos pontos amostrais acompanhamento ambiental no pedral à jusante da UHE Baixo Iguaçu, novembro e dezembro de ÁREA COORDENADAS UTM (22J) OD (mg/l) TEMP. (ºC) LATITUDE LONGITUDE MÍN. MÉD. MÁX. MÍN. MÉD. MÁX. Pedral Jusante ,0 6,8 7,7 20,8 22,7 26,2 Pedral Jusante ,2 6,1 7,4 20,4 23,5 27,1 Pedral Jusante ,2 6,1 7,1 22,5 24,0 26,9 19

20 ÁREA COORDENADAS UTM (22J) OD (mg/l) TEMP. (ºC) LATITUDE LONGITUDE MÍN. MÉD. MÁX. MÍN. MÉD. MÁX. Próximo PNI ,1 6,6 7,5 22,3 24,2 26,9 Próximo Torre ,8 6,7 7,7 20,4 23,5 26,3 Próximo Vertedouro ,4 6,7 7,8 20,4 22,9 26,2 TEMP. = O.D. = Oxigênio Dissolvido (mg/l); Temperatura (ºC). Em vermelho valores abaixo do referenciado pelo CONAMA. Durante as atividades de acompanhamento ambiental e resgate à jusante durante o enchimento do reservatório da UHE Baixo Iguaçu, foram registradas 10 espécies de peixes, representantes de 7 famílias e 4 ordens (Tabela 2). Os registros do resgate encontram-se em Banco de Dados no Anexo III. Tabela 2. Classificação taxonômica, nome popular, status de conservação e origem das espécies de peixes registradas durante o acompanhamento ambiental e resgate no pedral à jusante da UHE Baixo Iguaçu, novembro e dezembro de CLASSIFICAÇÃO AUTOR NOME POPULAR STATUS ORIGEM ORDEM CHARACIFORMES Família Characidae Astyanax aff. bifasciatus Garavello & Sampaio, 2010 Lambari NA Endêmica Astyanax aff. dissimilis Garavello & Sampaio, 2010 Lambari NA Endêmica Família Erythrinidae Hoplias sp. S.I. Traíra S.I. S.I. ORDEM GYMNOTIFORMES Família Apteronotidae Apteronotus ellisi (Arámburu, 1957) Ituí-cavalo NA Nativa ORDEM PERCIFORMES Família Cichlidae Crenicichla iguassuenssis Haseman, 1911 Joaninha NA Endêmica Crenicichla tesay Casciotta & Almirón, 2008 Joaninha NA Endêmica ORDEM SILURIFORMES Família Auchenipteridae Tatia jaracatia Pavanelli & Bifi, 2009 Bagre-sapo NA Endêmica Família Heptapteridae Pariolius sp. S.I. Bagre-pedra S.I. Endêmica Família Loricariidae Ancistrus mullerae Bifi, Pavanelli & Zawadzki, 2009 Cascudo-roseta NA Endêmica Hypostomus albopunctatus (Regan, 1908) Cascudo NA Nativa S.I. = Sem informações; N.A. = Não Ameaçada 20

21 No total, foram resgatados 37 exemplares de nove espécies, totalizando 1,458 kg de peixes (Tabela 3). Durante as atividades de acompanhamento ambiental, foram recolhidos quatro exemplares de três espécies de peixe, totalizando 0,766 kg de peixes perecidos (Tabela 4). Tabela 3. Espécie, nome popular, número e biomassa resgatada no pedral à jusante da UHE Baixo Iguaçu (novembro e dezembro/2018). ESPÉCIE NOME POPULAR N BIOMASSA (kg) Ancistrus mullerae Cascudo-roseta 1 0,014 Apteronotus ellisi Ituí-cavalo 1 0,016 Astyanax aff. bifasciatus Lambari 5 0,015 Astyanax aff. dissimilis Lambari 22 0,338 Crenicichla iguassuensis Joaninha 1 0,026 Crenicichla tesay Joaninha 4 0,131 Hypostomus algopunctatus Cascudo 1 0,908 Pariolius sp. Bagre-pedra 1 0,006 Tatia jaracatia Bagre-sapo 1 0,004 TOTAL GERAL 37 1,458 Tabela 4. Espécie, nome popular, número e biomassa perecida recolhida no pedral à Jusante da UHE Baixo Iguaçu (novembro e dezembro/2018). ESPÉCIE NOME POPULAR N BIOMASSA (kg) Crenicichla iguassuensis Joaninha 2 0,026 Hoplias sp. Traíra 1 0,600 Hypostomus algopunctatus Cascudo 1 0,140 TOTAL GERAL 4 0,766 Em dezembro foi realizado o acompanhamento ambiental durante enchimento do reservatório da UHE Baixo Iguaçu, contemplando atividades de acompanhamento nas estruturas da usina, casa de força e canal de fuga. No dia 13 de dezembro foi iniciado o enchimento do reservatório na cota 242,16m e sua conclusão ocorreu no dia 18 deste mesmo mês na cota 259,00m (Gráficos 1 e 2). 21

22 Enchimento Reservátorio UHE Baixo Iguaçu - Cotas Montante ,55 251,15 253,71 254,85 258,06 259, ,16 Início 13/dez 14/dez 15/dez 16/dez 17/dez 18/dez Enchimento Reservátorio UHE Baixo Iguaçu - Cotas Jusante , ,8 242,13 241,7 242,27 242, Início 13/dez 14/dez 15/dez 16/dez 17/dez 18/dez Gráficos 1 e 2. Cotas de montante e jusante durante o enchimento do reservatório da UHE Baixo Iguaçu, dezembro de Todas as manobras de comportas do vertedouro durante o enchimento foram acompanhadas e os vãos vistoriados diariamente para observação da presença de cardumes desde o início do enchimento. No entanto, não foram visualizados peixes em risco nas proximidades das estruturas do vertedouro. 5.2 Descritivo das Atividades de Comissionamento das UG s O comissionamento das unidades geradoras 01, 02 e 03 da UHE baixo Iguaçu ocorreu entre 27 de dezembro de 2018 e 25 de março de 2019, iniciado com primeiro giro da UG01 e a entrega à operação comercial da UG03. 22

23 Todos os ensaios previstos por protocolos internacionais de comissionamento eletromecânico de unidades geradoras de usinas hidrelétricas foram realizados, obtendo-se resultados satisfatórios e possibilitando a entrega das unidades em plenas condições para a operação comercial. Durante todo o período, foram realizadas reuniões da equipe de comissionamento (CEBI, GE e CNO) eletromecânico das unidades geradoras da UHE Baixo Iguaçu, com a presença dos coordenadores da equipe de meio ambiente, contribuindo com informações e recomendações para redução dos riscos associados a ictiofauna. As recomendações de procedimentos estão contidas nos Anexos IV, V e VI Unidades Geradoras 01 e 02 (UG s 01 e 02) Em novembro de 2018 foi realizado o comissionamento das comportas vagão de jusante para isolamento do tubo de sucção da UG01. Após procedimentos de abertura e fechamento das mesmas em alguns períodos houve necessidade de manter as mesmas fechadas. Desta forma, foram monitorados os parâmetros abióticos da água no interior deste conduto para avaliação de riscos à comunidade de peixes possivelmente aprisionada. Após a conclusão dos ensaios nas comportas vagão, a equipe de meio ambiente recomendou e foi atendida pelos comissionadores que a unidade geradora fosse mantida com as comportas totalmente abertas reduzindo os riscos. Em seguida a unidade foi isolada para retirada dos painéis stop-log de montante, para início dos ensaios de comissionamento da UG. Durante o mês de janeiro os esforços visaram os reparos da UG01 e o início do comissionamento da UG02, e desta forma as reuniões ocorreram na própria galeria elétrica. Foram fornecidas informações técnicas diárias pela equipe de comissionamento eletromecânico das unidades geradoras da UHE Baixo Iguaçu (GE e CNO), acompanhados todos os testes e assim repassadas recomendações pelos coordenadores da equipe de meio ambiente às equipes de comissionamento. Neste período foram realizados os ensaios eletromecânicos de primeiro giro, aquecimento de mancais e sobrevelocidade elétrico e mecânico da UG01. A unidade geradora atingiu 110% da rotação nominal durante o sobrevelocidade elétrico e 165% com uma abertura de 70% do distribuidor no teste de sobrevelocidade mecânico. Após a realização do ensaio a unidade foi parada e isolada a jusante com o fechamento das comportas vagão para reparos no mancal guia da turbina. Objetivando controlar e prevenir impactos em possíveis peixes aprisionados no tubo de sucção, foram monitorados diariamente os valores de oxigênio dissolvido no conduto, e caso necessário, seriam realizadas injeções de ar comprimido ou manobrada a comporta vagão para renovação da água armazenada. Não houve necessidade de aplicação das medidas citadas, pois a qualidade da água ao longo do período monitorado se manteve satisfatória, com alterações ocasionais e sem impactos diretos associados à ictiofauna. No dia 20 de janeiro foram iniciados os ensaios eletromecânicos da UG02, com a unidade entrando em operação assistida por 96 horas dia 30/01 às 06:37 da manhã. Ao longo destes oito dias foram realizados todos os ensaios eletromecânicos programados: Primeiro giro, aquecimento de mancais, sobrevelocidade elétrico e mecânico, ensaios de proteções da UG, ensaios do RV e RT sem carga e com carga, sincronismo, rejeições de carga (25%, 50%, 75% e 100%), ajustes com unidade sincronizada dos degraus e rampas de potência e aquecimento do gerador. Para regulação da vazão 23

24 defluente durante os ensaios com carga da UG02, foram realizadas diversas manobras de abertura e fechamento de vertedouro sendo todas acompanhadas e orientadas pela equipe de acompanhamento ambiental. Durante o período de atividades foram realizados os ensaios de comissionamento eletromecânico nas UG s 01 e 02. A UG02 foi submetida ao ensaio de 96 horas de operação assistida no dia 30/01 e está apta para geração comercial desde às 08:00 do dia 03/02/2019. A unidade geradora 01 teve seus ensaios reiniciados com a repetição do ensaio de sobrevelocidade mecânico, ensaios de proteção, ajustes no RV e RT com e sem carga, sincronismo, rejeições de carga (25%, 50%, 75% e 100%), faixa operativa, aquecimento do gerador e operação assistida por 96 horas, e também foi entregue para a operação comercial no período. O monitoramento de oxigênio dissolvido no tubo de sucção das unidades geradoras não se fez necessário, visto que, não houve isolamento do conduto por períodos prolongados. Para regulação da vazão defluente durante os ensaios com carga da UG01 e operação comercial da UG02, foram realizadas diversas manobras de abertura e fechamento de vertedouro sendo todas acompanhadas e orientadas pela equipe de acompanhamento ambiental. As equipes de comissionamento (GE, CEBI e CNO) seguiram todas orientações e recomendações da equipe de meio ambiente, utilizando a comporta vagão como ferramenta impeditiva de acesso de peixes ao tubo de sucção. As poucas perdas registradas estão vinculadas ao confinamento destes indivíduos nos vãos das comportas vagão das unidades geradoras devido ao rebaixamento do nível a jusante. Todos os peixes recolhidos foram identificados, triados, acondicionados e devidamente descartados na Central Geral de Resíduos da UHE Baixo Iguaçu. No mesmo local, foram resgatados, triados e soltos em condições saudáveis no rio Iguaçu, 21 peixes da espécie, totalizando 0,69 kg de biomassa Unidade Geradora 03 (UG03) O comissionamento das comportas de jusante da UG03 foram iniciados em fevereiro de 2019, sendo constatados problemas de sincronismo de fechamento, o que implicou em diversos ajustes que culminaram no atraso do início dos ensaios com giro mecânico da unidade. O primeiro giro ocorreu na madrugada do dia 12 de março, com aquecimento de mancais até a pré-condição dos ensaios de sobrevelocidade mecânica e elétrica. Após o fim dos testes, foram detectadas novas inconformidades no fechamento das comportas de jusante, o que implicou no isolamento da unidade para novos ajustes e reparos. No referido período, foi realizado o monitoramento de parâmetros abióticos da água do interior do tubo de sucção, o qual apresentou resultados favoráveis à sobrevivência da ictiofauna isolada. A unidade voltou a girar às 21:04 do dia 14/03, com giro para aquecimento de mancais até um novo ensaio de sobrevelocidade mecânica, em que a máquina atingiu 175% da velocidade nominal durante a madrugada. Ao longo dos dias subsequentes, ocorreram os ensaios de proteções elétricas de curtos trifásico, bifásico e monofásico, além de giros a vazio para regulagens de RV e RT. 24

25 No dia 18/03, às 22:24 a UG03 foi sincronizada ao sistema, possibilitando os ensaios de potência reversa e de rejeições de 25%, 50%, 75% e 100% de carga, seguido de ajustes nos reguladores de tensão e velocidade com carga. Após parada para intervenções no gerador, a unidade voltou a girar no dia 20/03 para ajustes de faixa operativa, culminando com a retirada da instrumentação de comissionamento e entrega para a operação assistida por 96 horas no dia 21/03, a qual foi concluída no dia 25/03. Durante as atividades de comissionamento da UG03, foram registradas algumas perdas de ictiofauna, estando todas vinculadas ao confinamento de peixes nos vãos das comportas vagão das unidades geradoras devido ao rebaixamento do nível a jusante. Nenhum peixe foi recolhido perecido relacionado aos giros da unidade durante os ensaios eletromecânicos Operação da comporta vagão de emergência como mecanismo de proteção à ictiofauna As comportas vagão do tubo de sucção foram utilizadas como mecanismo impeditivo de entrada de cardumes no tubo de sucção durante todo o período de comissionamento eletromecânico das três unidades geradoras da UHE Baixo Iguaçu. A equipe de acompanhamento ambiental orientou que após cada parada da unidade geradora fosse dado comando de fechamento das comportas vagão imediatamente, e que a mesma fosse aberta assim que a unidade fosse partir para reinício dos ensaios, visando manter o conduto o menor tempo possível aberto durante os intervalos entre testes. Desta forma é possível minimizar a quantidade de peixes dentro do tubo de sucção após as paradas e antes das partidas das unidades geradoras, minimizando os riscos à ictiofauna de jusante. Em intervalos entre testes prolongados e a máquina apresentando condições de continuidade dos testes, a comporta deve ser aberta e o início do teste seguinte deve ser em partida manual lenta. Durante o período de isolamento prolongado do conduto também foi realizado o monitoramento de parâmetros abióticos da água, com injeção de ar comprimido quando necessário para manter a qualidade da água para os peixes aprisionados na sucção. 5.3 Acompanhamento Ambiental durante o Comissionamento de UG s Durante as paradas e isolamento dos condutos das unidades geradoras da UHE Baixo Iguaçu, entre dezembro de 2018 e março de 2019, foi realizado o monitoramento de parâmetros abióticos da água do tubo de sucção das três UG s. Os resultados demonstraram valores de oxigênio dissolvido e temperatura relativamente satisfatórios, conforme referenciado pelo CONAMA 357-CL2, com alterações pontuais e sem impactos diretos associado à ictiofauna (Tabela 5). Os registros de dados abióticos encontram-se em Banco de Dados no Anexo II. 25

26 Tabela 5. Valores mínimos médios e máximos de oxigênio dissolvido e temperatura da água no tubo de sucção durante o comissionamento das UG s da UHE Baixo Iguaçu, dezembro de 2018 a março de UNIDADE OD (mg/l) TEMP. (ºC) MÍN. MÉD. MÁX. MÍN. MÉD. MÁX. UG01 4,40 5,88 7,80 22,70 24,81 27,00 UG02 4,00 4,60 5,70 23,90 24,70 26,00 UG03 5,20 5,28 5,40 26,10 26,20 26,30 TEMP. = O.D. = Oxigênio Dissolvido (mg/l); Temperatura (ºC). Em vermelho valores abaixo do referenciado pelo CONAMA. Durante as atividades de acompanhamento ambiental durante o comissionamento das UG s, foram registradas 11 espécies de peixes, representantes de 7 famílias e 4 ordens (Tabela 6, Anexo III). Tabela 6. Classificação taxonômica, nome popular, status de conservação e origem das espécies de peixes registradas durante o comissionamento das UG s da UHE Baixo Iguaçu, dezembro de 2018 a março de CLASSIFICAÇÃO AUTOR NOME POPULAR STATUS ORIGEM ORDEM CHARACIFORMES Família Characidae Astyanax altiparanae Garutti & Britskii, 2000 Lambari NA Nativa Astyanax gymnodontus Garavello & Sampaio, 2010 Lambari NA Endêmica Salminus brasiliensis (Cuvier, 1816) Dourado NA Exótica Família Prochilodontidae Prochilodus lineatus (Valenciennes, 1836) Curimba NA Exótica ORDEM PERCIFORMES Família Cichlidae Crenicichla iguassuenssis Haseman, 1911 Joaninha NA Endêmica Crenicichla tesay Casciotta & Almirón, 2008 Joaninha NA Endêmica Oreochromis niloticus (Linnaeus, 1758) Tilápia-do-Nilo NA Exótica ORDEM SILURIFORMES Família Auchenipteridae Glanidium ribeiroi Haseman, 1911 Bocudo NA Endêmica Família Loricariidae Hypostomus albopunctatus (Regan, 1908) Cascudo NA Nativa Família Pimelodidae Pimelodus britskii Garavello & Shibatta, 2007 Mandi NA Endêmica ORDEM SYNBRANCHIFORMES Família Synbranchidae Synbranchus marmoratus Bloch, 1795 Mussum NA Nativa N.A. = Não Ameaçada 26

27 No total, foram resgatados 21 exemplares de uma espécie, totalizando 0,693 kg de peixes (Tabela 7). Os resgates ocorreram nos vãos das comportas vagão de jusante da UG02. Tabela 7. Espécie, nome popular, número e biomassa resgatada durante o comissionamento das UG s da UHE Baixo Iguaçu, dezembro de 2018 a março de ESPÉCIE NOME POPULAR N BIOMASSA (kg) Pimelodus britskii Mandi 21 0,693 TOTAL GERAL 21 0,693 Durante as atividades de acompanhamento ambiental, foram recolhidos 543 exemplares de 11 espécies de peixes, totalizando 42,720 kg de peixes perecidos (Tabela 8). Os peixes foram recolhidos no canal de fuga, nos vãos das comportas de jusante das UG s e na tomada d água, estando dentre as causas mortis o giro das unidades que podem causar perecimento por barotrauma ou por choques mecânicos com estruturas das turbinas e o aprisionamento nas estruturas físicas do empreendimento devido a variações de vazão e do nível de água de montante e jusante. Tabela 8. Espécie, nome popular, número e biomassa perecida recolhida durante o comissionamento das UG s da UHE Baixo Iguaçu, dezembro de 2018 a março de ESPÉCIE NOME POPULAR N BIOMASSA (kg) Astyanax altiparanae Lambari 86 0,258 Astyanax gymnodontus Lambari 296 1,121 Crenicichla iguassuensis Joaninha 2 0,440 Crenicichla tesay Joaninha 2 0,671 Glanidium ribeiroi Bocudo 2 0,680 Hypostomus albopunctatus Cascudo 1 0,480 Oreochromis niloticus Tilápia-do-Nilo 1 2,500 Pimelodus britskii Mandi ,090 Prochilodus lineatus Curimba 1 2,350 Salminus brasiliensis Dourado 1 22,000 Synbranchus marmoratus Mussum 1 0,130 TOTAL GERAL ,720 O número de indivíduos perecidos recolhidos à jusante durante a realização dos ensaios de comissionamento é considerado muito baixo. No total, foram 86 dias de ensaios eletromecânicos para comissionar as três unidades geradoras tipo Kaplan da UHE Baixo Iguaçu, e a média de peso de peixes perecidos registrados por dia de ensaio foi de 0,497 kg/dia. Deve-se destacar que a maioria dos peixes registrados perecidos foi recolhido preso junto a estruturas do 27

28 empreendimento, não estando relacionados diretamente aos ensaios eletromecânicos das UG s (Gráfico 3). Desta forma, durante o acompanhamento ambiental não foram necessárias medidas de adiamento ou cancelamento de ensaios devido a grandes eventos de mortalidade de peixes. Recolhimento de peixes perecidos 94,3% Giros de UG's Tomada d'água Vãos de Comportas 1,8% 3,9% Gráfico 3. Causa mortis dos peixes recolhidos perecidos jusante durante o comissionamento das UG s da UHE Baixo Iguaçu, dezembro de 2018 a março de Quantitativo consolidado As atividades de acompanhamento ambiental e resgates de ictiofauna durante o enchimento do reservatório e comissionamento das UG s da UHE Baixo Iguaçu, de novembro de 2018 a março de 2019 totalizaram 605 peixes de 18 espécies, representantes de 10 famílias e cinco ordens. Foram resgatados 58 peixes de 10 espécies, totalizando 2,151 kg de biomassa resgatada viva (Tabela 9). Do total de espécies, somente três não são consideradas reofílicas (Hoplias sp., O. niloticus e S. marmoratus), sendo que as demais dependem de ambientes lóticos para completarem seu ciclo de vida. Foram registradas três espécies de grande porte (S. brasiliensis, P. lineatus e O. niloticus) todas exóticas à sub-bacia do rio Iguaçu, estando suas introduções acidentais ou não ligadas ao interesse na pesca esportiva e alto valor comercial da carne. As demais espécies são de pequeno e médio porte, todas nativas e/ou endêmicas à sub-bacia. 28

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