CONFORME SOLICITAÇÃO DO AUTOR, ESTA PRODUÇÃO INTELECTUAL POSSUI RESTRIÇÃO DE ACESSO
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- Marisa Chaplin
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1 CONFORME SOLICITAÇÃO DO AUTOR, ESTA PRODUÇÃO INTELECTUAL POSSUI RESTRIÇÃO DE ACESSO CAXIAS DO SUL 2018
2 UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL ÁREA DO CONHECIMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E ENGENHARIAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PROCESSOS E TECNOLOGIAS GASEIFICAÇÃO EM LEITO FLUIDIZADO DA FRAÇÃO POLIMÉRICA CONTIDA NO REJEITO (FPR) PROVENIENTE DA TRIAGEM DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS (RSU) Ivan Pedro Lazzarotto Machado Caxias do Sul, 2018.
3 ii Ivan Pedro Lazzarotto Machado GASEIFICAÇÃO EM LEITO FLUIDIZADO DA FRAÇÃO POLIMÉRICA CONTIDA NO REJEITO (FPR) PROVENIENTE DA TRIAGEM DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS (RSU) Dissertação apresentada no Programa de Pós Graduação em Engenharia de Processos e Tecnologias da Universidade de Caxias do Sul, visando a obtenção de grau de mestre em Engenharia de Processos, orientado por Prof. Dr. Marcelo Godinho. Caxias do Sul, 2018.
4 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Universidade de Caxias do Sul Sistema de Bibliotecas UCS - Processamento Técnico M149g Machado, Ivan Pedro Lazzarotto Gaseificação em leito fluidizado da fração polimérica contida no rejeito(fpr) proveniente da triagem de resíduos sólidos urbanos (RSU) / Ivan Pedro Lazzarotto Machado xiv, 71 f. : il. ; 30 cm Dissertação (Mestrado) - Universidade de Caxias do Sul, Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Processos e Tecnologias, Orientação: Marcelo Godinho. 1. Resíduos sólidos. 2. Polímeros. 3. Vapor d'água. 4. Cal. I. Godinho, Marcelo, orient. II. Título. CDU 2. ed.: Catalogação na fonte elaborada pela(o) bibliotecária(o) Carolina Machado Quadros - CRB 10/2236
5 iii Ivan Pedro Lazzarotto Machado GASEIFICAÇÃO EM LEITO FLUIDIZADO DA FRAÇÃO POLIMÉRICA CONTIDA NO REJEITO (FPR) PROVENIENTE DA TRIAGEM DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS (RSU) Dissertação apresentada no Programa de Pós Graduação em Engenharia de Processos e Tecnologias da Universidade de Caxias do Sul, visando a obtenção de grau de mestre em Engenharia de Processos, orientado por Prof. Dr. Marcelo Godinho. DISSERTAÇÃO APROVADA EM 09 DE AGOSTO DE Orientador: Prof. Dr. Marcelo Godinho Banca Examinadora: Prof. Dr. Ademir José Zattera Universidade de Caxias do Sul Prof. Dr. Carlos Roberto Altafini Universidade de Caxias do Sul Prof. Dr. Fernando Marcelo Pereira Universidade Federal do Rio Grande do Sul
6 iv AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus acima de tudo. Agradeço ao amor da minha vida por toda a paciência e compreensão nos momentos que mais precisei, sempre me apoiando e me incentivando, fazendo com que confiasse na minha capacidade. Angela Cristina Schmitz, NEOQAV. Agradeço ao meu orientador, Prof. Dr. Marcelo Godinho, que desde a primeira reunião me acolheu como orientando, investindo boa parte de seu tempo a me repassar seu interminável conhecimento e me encorajando frente as dificuldades encontradas ao longo do caminho. Godinho, saiba que além de mestre o levarei como um grande amigo ao longo de minha jornada. Agradeço ao grande tesouro que conquistei ao longo destes dois anos de trajetória. Janaína Junges e Suelem Ferreira, a amizade de vocês fez com que eu não me sentisse tão sozinho durante a caminhada. Vocês estarão sempre em meu coração. Agradeço aos melhores amigos que alguém poderia ter, Camila Barcarolo e Roger Castro, que me aguentaram durante dias e noites, entre surtos e pirações. Amigos, vocês foram fundamentais para que esse meu sonho se concretizasse. Agradeço a bolsista de iniciação científica Gabriela Bassanesi por ter me aturado durante todos os ensaios. Gabi, sem a tua ajuda nada disso seria possível. Agradeço a Prof. Dra. Aline Dettmer, que me auxiliou, como co-orientadora, nos primeiros passos deste trabalho. Agradeço a toda a equipe do Laboratório de Energia e Bioprocessos (Lebio) da Universidade de Caxias do Sul, em especial aos colegas Christian Manera e Daniele Perondi.
7 v Agradeço aos colegas de mestrado e aos professores e colaboradores do PGEPROTEC, pelo convívio e pelos momentos de interação, estudos e descontração. Foi muito bom ter conhecido cada um de vocês. Aos membros da banca, por terem aceito o convite e por contribuírem com este estudo. Agradeço a todas as pessoas que, direta ou indiretamente, colaboraram para que as ideias que estavam em minha mente fossem postas em prática e se transformassem nesse trabalho. Agradeço a CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e a Universidade de Caxias do Sul.
8 vi SUMÁRIO LISTA DE TABELAS... VII LISTA DE FIGURAS... VIII NOMENCLATURA... X 1 INTRODUÇÃO OBJETIVOS OBJETIVO GERAL OBJETIVOS ESPECÍFICOS REVISÃO BIBLIOGRÁFICA PANORAMA DA GERAÇÃO DE ENERGIA A PARTIR DE RESÍDUOS (WASTE TO ENERGY-WtE) TRATAMENTO TÉRMICO Incineração Pirólise Gaseificação Reatores de Gaseificação Reator de Leito Fixo Reator de Leito Fluidizado Alcatrão (tar) Gás de síntese Estado da Arte MATERIAIS E MÉTODOS COLETA E CARACTERIZAÇÃO DOS RSU/FPR ENSAIOS DE GASEIFICAÇÃO RESULTADOS E DISCUSSÃO CARACTERIZAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DA FPR DA TRIAGEM DA COLETA SELETIVA GASEIFICAÇÃO DA FPR COM VAPOR DE ÁGUA EM REATOR DE LEITO FLUIDIZADO Parâmetros do processo de fluidização Rendimentos do processo de gaseificação Rendimentos totais do processo de gaseificação Rendimentos de gás não condensável Poder Calorífico Potencial Energético do processo de gaseificação da FPR com vapor d água CONCLUSÕES SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS REFERÊNCIAS... 64
9 vii LISTA DE TABELAS Tabela 1. Caracterização dos resíduos sólidos contidos no rejeito da triagem Tabela 2. Resultados (em base seca) das análises imediata e elementar da FPR utilizada nos experimentos de gaseificação Tabela 3. Resultados da distribuição granulométrica Tabela 4. Parâmetros de fluidização Tabela 5. Propriedades do fluido e das partículas Tabela 6. Rendimentos dos ensaios de gaseificação a vapor d água da FPR Tabela 7. Potencial energético do processo de gaseificação da FPR
10 viii LISTA DE FIGURAS Figura 1. Oferta interna de energia elétrica por fonte (EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA, 2017) Figura 2. Fluxograma esquemático de um sistema de coleta e destinação de RSU. Fonte: do Autor Figura 3. Esquema de incineração de RSU (Adaptado de: BEYENE; WERKNEH; AMBAYE, 2018) Figura 4. Principais etapas da gaseificação de materiais poliméricos (LOPEZ et al., 2018) Figura 5. Fluxograma genérico de reator de gaseificação (Adaptado de: MAHINPEY; GOMEZ, 2016) Figura 6. Configuração típica de gaseificadores, onde (a) Ascendente e (b) Contracorrente (BASU, 2010) Figura 7. Regimes de fluidização (Adaptado de: PERRY; GREEN, 2008) Figura 8. Condições de operação e regimes de fluidização (Adaptado de: PASSOS; BARROZO; MUJUMDAR, 2013) Figura 9. Diagrama de Geldart. Adaptado de (PERRY; GREEN, 2008) Figura 10. Processo de gaseificação em leito fluidizado. Adaptado de Leckner (2010) Figura 11. Esquema comparativo entre gaseificadores de leito fluidizado borbulhante e circulante (Adaptado de: SIKARWAR et al., 2017) Figura 12. Composição típica do alcatrão (Adaptado de: VALDERRAMA et al., 2018) Figura 13. Mecanismo de formação e evolução do alcatrão (Adatpado de: LOPEZ et al., 2018) Figura 14. Produção de alcatrão a partir de diferentes catalisadores (Adaptado de: RAMOS et al., 2018) Figura 15. Esquema simplificado das reações envolvidas na conversão térmica de hidrocarbonetos aromáticos em presença de hidrogênio e vapor (JESS (1996) citado por GUAN et al. (2016)) Figura 16. Fluxograma das etapas de preparação para a obtenção da FPR Figura 17. Fluxograma do processo de quarteamento
11 ix Figura 18. Fluxograma dos experimentos realizados. Adaptado de (FERREIRA et al., 2017) Figura 19. Esquema do reator utilizado para os experimentos de gaseificação Figura 20. Esteira de triagem de resíduos da Coleta Seletiva do município de Garibaldi RS Figura 21. Amostragem, onde (a) composição da Fração Polimérica contida no Rejeito (FPR) e (b) FPR utilizada no processo de gaseificação Figura 22. Rendimento de gás seco (Ygás seco) em função da temperatura Figura 23. Representação esquemática da estrutura química do char proveniente da pirólise (DU et al., 2014) Figura 24. Deposição de carbono sobre o char produzido a partir da gaseificação com vapor d água sem CaO (a) 800 C, (b) 850 C, e (c) 900 C Figura 25. Difração de Raios-X (DRX) nas amostras de char provenientes da gaseificação com uso de CaO Figura 26. Rendimento molar do H2 nas temperaturas estudadas, com e sem o uso de óxido de cálcio Figura 27. Rendimento molar do CO nas temperaturas estudadas, com e sem o uso de óxido de cálcio Figura 28. Rendimento molar do CH4 nas temperaturas estudadas, com e sem o uso de óxido de cálcio Figura 29. Rendimento molar do CO2 nas temperaturas estudadas, com e sem o uso de óxido de cálcio Figura 30. Taxas molares de H Figura 31. Poder Calorífico Superior (PCS) em função da temperatura
12 x NOMENCLATURA P Perda de carga ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas ABS Acrilonitrila-butadieno-estireno (Acrylonitrile-butadienestyrene) Ar Número de Arquimedes As Área da seção transversal do reator (m²) ASTM American Society for Testing and Materials (norma técnica) BFB Reator de Leito Fluidizado Borbulhante (Bubbling Fluidized Bed) CaCO3 Carbonato de cálcio (Calcium carbonate) CaO Óxido de cálcio (Calcium oxide) CD Coeficiente de arraste CEN BT/TF European Commitee for Standardization Technical Board Task Force (norma técnica) CEWEP Confederation of European Waste-to-Energy Plants CFB Reator de Leito Fluidizado Circulante (Circulating Fluidized Bed) CG Cromatografia gasosa CH4 Metano (Methane) CO Monóxido de carbono (Carbon monoxide) CO2 Dióxido de carbono (Carbon dioxide) COD Crystallography Open Database (Banco de dados cristalográficos) COOCAMREG Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis de Garibaldi COREDE Conselho Regional de Desenvolvimento CRVR Companhia Rio-grandense de Valorização de Resíduos D Diâmetro do reator (m) dp Diâmetro da partícula (m) DRX Difração de raios-x EDS Energy Dispersive Spectroscopy (Espectroscopia de Dispersão de Energia) EPE Empresa de Pesquisa Energética FEE Fundação de Economia e Estatística - RS FEPAM Fundação Estadual de Proteção Ambiental - RS FID Flame Ionization Detector (Detector de ionização de chama) FPR Fração Polimérica contida no Rejeito g Força da gravidade (m/s²) GNS Gás Natural Sintético H Entalpia (Enthalpy)
13 xi H2 IBGE IRENA ISWA J K L LCMic LEBio LPol LRAC MEV MEVEC mfpr MM mol N2 ni P p.a. PAH PC PCS PE PEAD PEBD PERS-RS PET PNRS PP PS PVC Q R Remf Rep ri Hidrogênio (Hydrogen) Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística International Renewable Energy Agency (Agência Internacional de Energias Renováveis) International Solid Waste Association (Associação Internacional de Resíduos Sólidos) Joule Kelvin Litro Laboratório Central de Microscopia - UCS Laboratório de Energia e Bioprocessos - UCS Laboratório de Polímeros - UCS Laboratório de Recursos Analíticos e de Calibração - UNICAMP Microscopia Eletrônica de Varredura Microscópio de Varredura por Emissão de Campo Massa de FPR alimentada no reator (kg) Massa molar do agente de gaseificação (kg/mol) Quantidade de substância (átomos, moléculas ou íons) Nitrogênio (Nitrogen) Rendimento molar do gás i (mol gás i/kgfpr) Pressão atmosférica ( Pa) Para análise Polycyclic Aromatic Hydrocarbons (Hidrocarbonetos Aromáticos Policíclicos) Policarbonato (Polycarbonate) Poder Calorífico Superior (Higher Heating Value - HHV) Polietileno (Polyethylene) Polietileno de Alta Densidade (High Density Polyethylene - HDPE) Polietileno de Baixa Densidade (Low Density Polyethylene - LDPE) Plano Estadual de Resíduos Sólidos do Rio Grande do Sul Politereftalato de etileno (Polyethylene terephthalate) Política Nacional de Resíduos Sólidos Polipropileno (Polypropylene) Poliestireno (Polystyrene) Policloreto de vinila (Polyvinyl chloride) Vazão do agente de gaseificação (kg/h) Constante universal dos gases (8,314 J/mol K) Número de Reynolds na condição de mínima fluidização Número de Reynolds da partícula Taxa molar de formação do gás i (mol gás i/kgfpr.min)
14 xii RSU STF t T TCD u0 umf us ut V Vi Vt VT W WtE Y yi ΔH 0 c ε εmf μ ρ ρg ρp Φ Resíduos Sólidos Urbanos Síntese de Fischer-Tropsch Tempo Temperatura Detector por condutividade térmica (Thermal Conductivity Detector) Velocidade superficial do fluido (m/s) Velocidade mínima de fluidização (m/s) Velocidade superficial (m/s) Velocidade terminal (m/s) Volume Volume de gás não condensável produzido no tempo t (Nm³) Volume de gás produzido no tempo t (Nm³) Volume total de gás produzido (Nm³) Watt Waste to Energy Rendimento Fração molar do gás i no tempo t (mol gás i/mol gás) Calor de combustão do gás combustível (MJ/mol) Porosidade Porosidade na condição de mínima fluidização Viscosidade dinâmica do fluido (Pa s) Massa específica (kg/m³) Massa específica do fluido (kg/m³) Massa específica da partícula (kg/m³) Esfericidade da partícula
15 xiii RESUMO A composição dos resíduos sólidos a nível mundial indica que os materiais poliméricos representam uma parcela de aproximadamente 10% dos resíduos sólidos urbanos (RSU). A fração polimérica contida no rejeito (FPR) da triagem dos resíduos recicláveis apresenta-se como uma matéria-prima em potencial para processos termoquímicos. Dentre os processos termoquímicos destacam-se a combustão, a pirólise e a gaseificação. A gaseificação vem sendo utilizada para a conversão de resíduos poliméricos em gás combustível. Este estudo reporta o processo de gaseificação a vapor d água, da FPR da triagem de RSU provenientes da coleta seletiva no município de Garibaldi RS. As amostras foram obtidas na Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis de Garibaldi. Verificou-se que 29,8% dos rejeitos da triagem são materiais poliméricos, enviados incorretamente para aterro sanitário. A FPR foi caracterizada por composição gravimétrica, distribuição granulométrica e análises imediata e elementar. Os resíduos com maior participação na FPR são o polipropileno (28,77%), poliestireno (23,53%) e polietileno (16,67%). Os experimentos de gaseificação foram executados em reator de leito fluidizado em três diferentes temperaturas (800, 850 e 900 C) utilizando vapor d água (7 bar; 0,3 kg/h) como agente de gaseificação. Também foram executados experimentos de gaseificação com ou sem a utilização de óxido de cálcio. O sólido remanescente da gaseificação teve sua morfologia analisada por Microscopia Eletrônica de Varredura e Difração de Raios-X. Os gases produzidos foram coletados entre os tempos 0 90 min, totalizando doze coletas por experimento e analisados por Cromatografia Gasosa para a determinação de suas concentrações e potencial energético. No decorrer dos experimentos, as temperaturas elevadas demonstraram um melhor desempenho tanto no rendimento de gás como na sua qualidade e composição. Na temperatura de 900 C foram obtidos rendimentos em gás de síntese de 3,12 Nm³/kgFPR, com concentração de hidrogênio de 104,0 gh2/100gfpr. Foi observado que o poder calorífico do gás produzido ultrapassa 30 GJ/dia a partir da FPR utilizada, o que representa um potencial de geração de energia de cerca de 8,5 MWh. Esta possibilidade de reaproveitamento energético pode auxiliar na redução dos gargalos de demanda de energia, além da diminuição de aterros sanitários. Palavras-chave: Resíduos Sólidos Urbanos, polímeros, gaseificação, vapor d água, óxido de cálcio.
16 xiv ABSTRACT The worldwide solid waste composition indicates that polymeric materials account for, approximately, 10% of municipal solid waste (MSW). The MSW after sorting still contain a plastic fraction (FPR) made of recyclable waste, which is a potential raw material for thermochemical processes. Among the thermochemical processes, combustion, pyrolysis and gasification are the most important. Gasification has been use for the conversion of polymeric residues to combustible gas. This study reports the steam gasification process of the FPR after the MSW sorting from the differentiated collection in the city of Garibaldi - RS. The samples were obtain from Garibaldi Cooperative of Recyclable Material Collectors. It was found that 29.8% of the MSW after sorting are polymeric materials, incorrectly sent to landfill. The FPR was characterized by gravimetric composition, particle size distribution, ultimate and proximate analyzes. The residues with the highest participation in FPR are polypropylene (28.77%), polystyrene (23.53%) and polyethylene (16.67%). The gasification experiments were run in a fluidized bed reactor at three different temperatures (800, 850 and 900 C) using steam as the gasification agent (7 bar, 0.3 kg/h). Gasification experiments were also perform with or without the use of calcium oxide. The gasification solid residue had its morphology analyzed by Scanning Electron Microscopy and X-Ray Diffraction. The gases produced were collect between 0-90 min, totaling 12 samples per experiment and analyzed by Gas Chromatography for the determination of their concentrations and energy potential. During the experiments, elevated temperatures demonstrated a better performance both in the gas yield as in its quality and composition. At 900 C, syngas yields were 3.12 Nm³/kgFPR, with a hydrogen concentration of gh2/100gfpr. It was observed that the higher heat value of the gas produced exceeds 30 GJ/day from the FPR used, which represents a power generation potential of around 8.5 MWh. This possibility of energy reuse can help to reduce energy demand bottlenecks, as well as the decrease of landfills. Keywords: municipal solid waste, polymer, gasification, steam, calcium oxide.
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