TELEMEDICINA EXPERIÊNCIAS CÁ E LÁ. Moderadora: Eng.ª Sara Carrasqueiro (ENSP e UNL)
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1 TELEMEDICINA EXPERIÊNCIAS CÁ E LÁ Moderadora: Eng.ª Sara Carrasqueiro (ENSP e UNL) Dr. Miguel Soares de Oliveira INEM Dr. Paulo Freitas Instituto Marquês de Valle Flôr Dr.ª Teresa Delgado Hospital Santa Maria Lisboa Patrocínio Principal Patrocinadores Globais
2 PROGRAMA DE TELEMEDICINA EM SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE Projeto Saúde para todos - Especialidades Instituto Marquês de Valle Flôr CLÁUDIA COSTA; RITA SANTOS; ADRIANA LOUREIRO; PAULA SANTANA
3 IMVF Instituto Marquês de Valle Flôr Quem somos: Organização Não Governamental para o Desenvolvimento fundada em 1951 Missão: promoção do desenvolvimento socioeconómico e cultural nos países de língua portuguesa Actualmente: cerca de 30 projetos em 4 áreas de intervenção Educação para o Desenvolvimento Cooperação para o Desenvolvimento saúde, educação e segurança alimentar Cooperação Descentralizada rede de municípios para a Cooperação Ajuda Humanitária e de Emergência
4 ONDE ESTAMOS
5 Programa de Telemedicina em São Tomé e Príncipe Enquadramento
6 Enquadramento São Tomé e Príncipe
7 Enquadramento República Democrática de São Tomé e Príncipe Constrangimentos estruturais Problemas de natureza estrutural Contexto de pobreza generalizada Má nutrição Carência de estruturas básicas de saneamento e água potável Falta de literacia e sensibilidade das populações para hábitos de vida saudáveis Incapacidade de responder a cuidados de saúde especializados Escassez de recursos humanos qualificados 2009: cerca de habitantes 54% da população é pobre, dos quais 15% vive em condições de pobreza extrema.
8 Enquadramento Projeto Saúde Para Todos 23 anos de intervenção Cuidados de saúde Primários Cuidados de saúde Primários e Preventivos Cuidados de saúde Primários, Preventivos e Assistenciais Cuidados de saúde Primários, Preventivos, Assistenciais e Especializados Cuidados de saúde Secundários e Terciários Especializados Prevenção e controlo de Doenças não Transmissíveis 1 Distrito 2 Distritos 5 Distritos 7 Distritos totalidade do território nacional
9 Resultados Actual Rede do Sistema Nacional de Saúde 2 Hospitais 6 Centros de Saúde 28 Postos de Saúde 17 Postos de Saúde Comunitária
10 Resultados I. Descentralização das Unidades de Saúde Hospital Central Deslocação a pé / veículo a motor: 17% população reside a <2h
11 Resultados I. Descentralização das Unidades de Saúde Unidades de Saúde apoiadas pelo IMVF Deslocação a pé / veículo a motor: 96,4% população reside a <2h de uma US 58% < 1 hora
12 Custo/Taxa de Utilização Taxas de utilização do pacote mínimo de saúde - Banco Mundial Pais e distritos abrangidos pelo Projecto: taxas de cobertura superiores ao mínimo exigidos consultas de pré-natal (+4,23/utente) Consultas de saúde infantil (+5,15/utente) despesa per capita - IMVF: 9,85 (2007) valor padrão para países africanos de baixo rendimento - Banco Mundial : 10,58 (1994) Taxa mínima (Banco Mundial) Taxa de utilização do Projecto (2007) Tipo de serviço Planeamento familiar (>15) 0, Consultas pré-natais 1,9 6,13 Vigilância puerpério 0,5 0,61 Saúde infantil (0-4) 1,1 6,25 Serviço integrado (5-14) 0,2 0,96 Cuidados curativos adultos (>15) 0,7 1,48 Total de serviços 1,14 1,99
13 Indicadores de Saúde STP África Subsariana Países Menos Desenv. Mundo Esperança de Vida à Nascença (2005) 64,9 anos 49,6 anos 52 anos 68,1 Nº de casos de tuberculose / hab. (2004) Taxa de mortalidade <5 anos /1.000 hab. (2002) Taxa de mortalidade infantil (2006) Causa de morte crianças <5 Neonatal (2000) 32,1% 26,2% 35,2% 37,2% Causa de morte em crianças <5 Malária(2000) 0,6% 17,5% 9,6% 7,8% Partos realizados em instituições de saúde (2006) 81% 45% -- 65%
14 Lições para o Futuro Projecto Saúde para Todos 1: Erradicar pobreza extrema e fome 4: Reduzir a mortalidade infantil 5: Melhorar a saúde materna 6: Combater doenças preveníveis 7: Garantir a sustentabilidade ambiental Outros indicadores São Tomé e Príncipe África subsariana Prevalência de desnutrição (% da população) Imunização, sarampo (% das crianças idades m.) Taxa de mortalidade, infantil (1.000 nados vivos) Taxa de mortalidade em crianças < 5 anos (1.000) Taxa de fertilidade em adolescentes (nascimentos por cada mulheres idades 15-19) Partos assistidos por pessoal qualificado (% do total) Prevalência contraceptiva (% das mulheres idades 15-49) Mulheres grávidas a receber assistência pré-natal (%) Incidência de tuberculose (por pessoas) Melhoria das instalações sanitárias (% da população com acesso) Fonte de abastecimento de água melhorado (% da população com acesso) Taxa de fertilidade, total (nascimentos por mulher) 4,0 5,2 Esperança de vida à nascença, total (anos) Saúde (% do PIB) 9,8 6,1
15 Enquadramento Novos desafios Novo perfil epidemiológico nacional Aumento da esperança de vida das populações Maior prevalência de doenças crónicas Incapacidade em solucionar patologias mais complexas, sobretudo de âmbito cirúrgico Constrangimentos nacionais Carência ao nível de especialidades médicas e cirúrgicas (meios humanos e materiais) Parcos recursos para fazer face ao elevado número de evacuações sanitárias para Portugal Assistência especializada de cuidados secundários e terciários
16 Enquadramento Projeto Saúde para Todos Especialidades Resposta ao novo perfil epidemiológico nacional Criação de uma rede de contactos de Especialistas Realização de missões de curta duração Resolução in loco de casos clínicos mais complexos Maior capacidade de diagnóstico prevenindo o agravamento de casos clínicos Formação de profissionais in loco Anatomia Patológica Anestesiologia Cardiologia Cirurgia Geral Cirurgia Plástica e Reconstrutiva Dermatologia Enfermagem Imagiologia Oftalmologia Ortopedia Pediatria Psiquiatria Urologia
17 Imagiologia Câmara escura com química Hospital Ayres de Menezes Projecto Saúde para todos - Especialidades
18 Imagiologia Imagem convencional - Analógica Hospital Ayres de Menezes Projecto Saúde para todos - Especialidades
19 Imagiologia Digitalização da Imagem Radiológica Hospital Ayres de Menezes Projecto Saúde para todos - Especialidades
20 Solução digital integrada
21 Enquadramento Projeto Saúde para Todos: Especialidades Ano Agosto 2009 Dezembro 2011 Consultas Realizadas Consultas Total Ano Cirurgias Realizadas Intervenções Cirúrgicas Total 853 Evacuações Ano Pedidos de Evacuação Evacuações Realizadas *
22 Enquadramento Projeto Saúde para Todos: Especialidades Estudo de Caso, Especialidades: Cirurgias e Consultas Oftalmológicas Realizadas em 2011 Bens e Serviços Número de Cirurgias/ Consultas Missões Médicas (3) Estimativa, de acordo com GDH equivalente em Portugal) Total Cirurgias ,95 Total Consultas ,4 Custos com 3 Missões de Oftalmologia (viagem e estadia): 1ª Missão (5 Profissionais de Saúde), 2ª Missão (5 Profissionais de Saúde) e 3ª Missão (6 Profissionais de Saúde) Custos com consumíveis para as 3 Missões de Oftalmologia (cada missão teve uma duração de 15 dias) Amortização dos custos com Equipamentos de Oftalmologia (33%) Total Missões de Oftalmologia As Missões Médicas da Especialidade de Oftalmologia contribuíram para uma poupança de 81,7% * em relação aos custos previstos caso o tratamento decorresse em Portugal. Fica demonstrado uma clara eficiência na utilização de recursos face ao número de intervenções realizadas. Total (CUSTO REAL) ,35 (ESTIMADO) *Está excluído o valor da evacuação e suporte em Portugal
23 Enquadramento Projeto Saúde para Todos: Especialidades Apesar do positivo impacto, subsistem determinados constrangimentos: Insuficiência do acesso a especialidades Listas de espera Deficiente / ausência referenciação Margem de melhoria da eficiência das missões no terreno Doentes mal triados para a especialidade Impossibilidade de realizar intervenções / plano terapêutico por falta de recursos (medicamentos, instrumentos, próteses...) Ineficiência dos processos associados à cooperação nacional Doentes mal triados para expatriação Erros e ineficiências processuais no fluxo deste doente em Portugal
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25 Programa de Telemedicina em São Tomé e Príncipe Soluções
26 Soluções Programa de Telemedicina Desenvolver um Programa de TELEMEDICINA Prestação de serviços de saúde com recurso a tecnologias de informação e comunicação para ultrapassar barreiras geográficas e/ou temporais
27 Soluções Objectivos do Programa de Telemedicina Promover o ACESSO dos doentes a todas as ESPECIALIDADES médicas através do desenvolvimento de um programa de TELECONSULTAS em colaboração com uma rede de especialistas de vários hospitais portugueses Aumentar a EFICÁCIA e SEGURANÇA DOS CUIDADOS de saúde in loco e reduzir custos através do desenvolvimento de um programa de TELEDIAGNÓSTICO e 2ª opinião melhorando o diagnóstico e plano terapêutico de agudos/crónicos e evitando evacuações Melhorar a EFICÁCIA E EFICIÊNCIA DAS MISSÕES no terreno através do contacto prévio com o doente, melhor triagem para especialidade e planeamento das consultas/intervenções Contribuir para a FORMAÇÃO CONTÍNUA dos profissionais de saúde em São Tomé e Príncipe através de uma abordagem contínua e focada em casos Reforçar a cooperação, o desenvolvimento e a inovação no âmbito da lusofonia através do recurso a soluções e profissionais dentro do espaço lusófono
28 Soluções Requisitos para o Programa de Telemedicina Necessário garantir: Alinhamento com as necessidades Adesão dos profissionais e doentes Sustentabilidade do programa Faseamento de introdução das especialidades e consultas Motivação e facilitação para profissionais locais e remotos Tecnologias adequadas às necessidades e com boa relação custo/eficácia
29 TICs SISTEMAS SERVIÇOS Soluções Sistemas de Telediagnóstico e de Teleconsulta Telediagnóstico em Imagiologia Envio de imagens médicas ao especialista em Portugal que analisa, diagnostica e remete relatório de volta (geralmente em diferido) Teleconsulta em tempo real O especialista em Portugal interage com o doente e com o profissional de saúde local, podendo tamb receber sinais/imagens Eclipse Radiology PACS + solução CR Plataforma Medigraph Rede de Dados VPN IP MPLS sobre circuitos dedicados em PT, STP e uma ligação satélite de 500 kbps
30 Programa de Telemedicina em São Tomé e Príncipe Números
31 Números Inauguração Inauguração do Serviço, 04/03/2011 Instituto Marquês de Valle Flôr, Lisboa Hospital Dr. Ayres de Menezes, São Tomé
32 Números Actividade até à data Actividade nos primeiros 9 meses Telediagnóstico exames CR (Radiografia digital) 306 US (Ultrassomografia) Teleconsulta 150 teleconsultas Distribuição por Especialidade Cardiologia Gin/Ob Outros 9% 8% 13% 34% Imagiologia 12% Endocrinologia 24% Ortopedia
33 Números Resultados Resultados (em avaliação) Diagnóstico / 2ª Opinião Requisição de outro MCD Alteração de Plano Terapêutico Referenciação para Cuidados in loco Indicação para Expatriação e referenciação para unidade em Portugal
34 Programa de Telemedicina em São Tomé e Príncipe Futuro
35 Lições aprendidas Dificuldades sentidas Maior Factor crítico de sucesso está do lado da PROCURA e relaciona-se com questões CULTURAIS Difícil conseguir referenciação para Telemedicina Factores Críticos de Sucesso do lado da OFERTA Conhecimento profundo do sistema e profissionais cliente Capacidade organizacional da rede de especialistas Facilitação de acesso para a rede de especialistas Componente Tecnológica Selecção criteriosa de funcionalidades / características necessárias por forma a garantir sustentabilidade Comunicações continuam a ser o ponto crítico, mais dispendioso em países remotos / insulares
36 Futuro Desenvolvimentos futuros Alargamento a mais especialidades Desenvolvimentos adicionais na plataforma Integração com outros equipamentos médicos Optimização de workflow e gestão evacuações Integração na RIS Alargamento a outros países do espaço lusófono
37 Agradecimentos Projecto Saúde para Todos CST Banco Mundial União Europeia OMS UNICEF
38 A equipa do IMVF em São Tomé e Príncipe
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42 Obrigado! Instituto Marquês de Valle Flôr CLÁUDIA COSTA; RITA SANTOS; ADRIANA LOUREIRO; PAULA SANTANA
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