DILEMAS DO BIOMA CAATINGA: CONSERVAÇÃO E USO SUSTENTÁVEL DE RECURSOS NATURAIS E POBREZA. Roberto Marinho Alves da Silva 1

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1 DILEMAS DO BIOMA CAATINGA: CONSERVAÇÃO E USO SUSTENTÁVEL DE RECURSOS NATURAIS E POBREZA. Roberto Marinho Alves da Silva 1 Não se sabe ao certo quando surgiu a preocupação com a conservação e a proteção da natureza. Estudos antropológicos sobre o modo de vida de povos e civilizações primitivas revelam a existência de concepções e práticas amistosas dos seres humanos com o meio ambiente. No entanto, prevaleceram, principalmente na civilização moderna ocidental, as concepções e práticas da dominação, destruição e consumo exacerbado dos recursos naturais. Os estudos de McCormick (1992) demonstram que as primeiras reações contra a devastação ambiental surgem no final do século XIX, relacionadas às descobertas científicas e ao crescimento do interesse pela história natural e pela teoria evolucionista. Porém, é somente na segunda metade do século XX que o ambientalismo vai ter presença na agenda global diante da repercussão dos desastres ambientais e do conseqüente aumento da consciência crítica das conseqüências ambientais e sociais do atual padrão de desenvolvimento. O meio ambiente saudável passou a ser considerado condição para o desenvolvimento das faculdades humanas e realização de suas aspirações morais, intelectuais, afetivas e estéticas (Leff, 2000: 220). Com os avanços da institucionalização da questão ambiental, surgem diversas iniciativas de gestão da biodiversidade, considerando que a diversidade biológica é responsável pelo equilíbrio e estabilidade dos ecossistemas. Além disso, essas iniciativas de gestão buscam reduzir o aumento da taxa de extinção de espécies, devido ao impacto das atividades antrópicas. A Convenção de Diversidade Biológica, um dos frutos da conferência da ONU sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento - CNUMAD, realizada no Rio de Janeiro, em 1992, enfatiza a necessidade urgente de políticas de conservação e uso sustentável da diversidade biológica, compreendida como a variabilidade entre organismos vivos de qualquer origem incluindo, as espécies e os complexos ecológicos de que fazem parte. Como um dos signatários da Convenção da Diversidade Biológica, o Brasil passou a fortalecer e criar programas e uma base legal referente à diversidade biológica. Entre outras ações de conservação e uso sustentável dos recursos naturais, vêm tendo destaque as iniciativas para o aumento do conhecimento disponível sobre os biomas brasileiros, compreendidos como conjuntos de múltiplos ecossistemas agrupados em um espaço geográfico contíguo, com um certo grau de homogeneidade em torno de sua vegetação e fauna. O território Brasileiro abriga sete biomas: Amazônia, Cerrado, Pantanal, Mata Atlântica, Caatinga, Campos Sulinos e Costeiros. Entre esses biomas, a Amazônia e a Mata Atlântica, já vinham sendo foco de atenção e interesse de ações governamentais bem antes da Convenção da Diversidade 1 Filósofo, doutorando em Desenvolvimento Sustentável no Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília (CDS/UNB).

2 Biológica. Já a Caatinga e o Cerrado eram os biomas menos conhecidos, colocando-se fora dos focos de atenção das políticas ambientais. Considerando essas desigualdades, a gestão da biodiversidade no bioma caatinga aparece como uma novidade, principalmente porque os focos de atenção do governo e da sociedade estão voltados para outras problemáticas daquela região, consideradas como mais importantes que a conservação e uso sustentável dos seus recursos naturais. Diante dessas constatações, foi realizado um estudo exploratório 2 com o objetivo de identificar as principais medidas adotadas a partir da década de 1990 para a gestão da biodiversidade no bioma Caatinga. O foco de atenção do estudo foi a identificação das relações entre as propostas e ações ambientais com as questões socioeconômicas locais, principalmente a situação de pobreza da maior parte da população que vive naquela região. São várias as constatações da relação entre pobreza e aumento da devastação de ecossistemas frágeis. As práticas de subsistência da população sertaneja, embora não sejam os principais determinantes, contribuem para o aumento da devastação da caatinga. Por outro lado, a conservação e uso sustentável de ecossistemas frágeis dependem da adesão e participação ativa da população humana local. Daí a necessidade de combinação da gestão da biodiversidade com outras políticas socieconômicas de enfrentamento da pobreza no bioma Caatinga. Na primeira parte do artigo faz-se uma breve caracterização do bioma caatinga, destacando os principais processos de degradação a que está submetido. Em seguida, será apresentada uma contextualização da institucionalização da gestão ambiental no Brasil, destacando as iniciativas relativas à diversidade biológica. A terceira parte, apresenta um breve balanço das principais iniciativas de gestão da biodiversidade no bioma caatinga. Deve-se considerar que não houve a pretensão de apresentar um levantamento exaustivo de todos os programas, projetos e ações realizadas nesse período. Na última parte do artigo, são apresentadas algumas considerações sobre as estratégias e alternativas de desenvolvimento sustentável no bioma Caatinga, com base no tripé da sustentabilidade ambiental, da qualidade de vida das famílias sertanejas e do incentivo às atividades econômicas apropriadas. I - O BIOMA CAATINGA: CARACTERÍSTICAS E DEGRADAÇÃO A caatinga, que na língua indígena quer dizer mata branca, ocupa quase 10% do território brasileiro, com uma área aproximada de km 2, estendendo-se pelos estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Bahia e norte do Estado de Minas Gerais. É o único bioma caracteristicamente brasileiro, com uma alta biodiversidade. Trata-se de uma formação vegetal adaptada 3 à seca: folhas pequenas reduzem a transpiração, caules suculentos, raízes espalhadas para capturar o máximo de água durante as chuvas. 2 O estudo exploratório é um dos componentes da tese de doutorado que está sendo desenvolvida pelo autor e que trata do desenvolvimento sustentável no semi-árido brasileiro. 3 Essa adaptação é denominada xeromorfismo (do grego xeros, seco, e morphos, forma, aspecto).

3 É uma vegetação diversificada que gera um cenário de contrastes. Além das cactáceas, destacam-se espécies arbóreas, herbáceas e arbustivas. Entre as plantas da caatinga, há cerca de 380 espécies que são consideradas endêmicas, ou seja, não ocorrem em nenhuma outra parte (MMA, 2002: 9). Ao caírem as primeiras chuvas, a caatinga perde seu aspecto rude e torna-se verde e florida, inspirando o poeta sertanejo: Chegando o tempo do inverno, tudo é amoroso e terno, sentido o Pai Eterno sua bondade sem fim. O nosso sertão amado, estrumicado pelado, fica logo transformado no mais bonito jardim (A Festa da Natureza - Patativa do Assaré). No domínio do semi-árido, as temperaturas são elevadas, as chuvas são poucas e distribuídas irregularmente no tempo e no espaço, a evaporação é elevada durante o ano e os ventos fortes e secos formam a aridez da paisagem. Além da evaporação, os solos rasos e pedregosos acima do cristalino, não permitem armazenar a água da chuva. Com isso, quase todos os rios são intermitentes, com seus cursos interrompidos durante a estação seca. Os rios perenes, como o São Francisco e o Parnaíba, mantém seus fluxos com águas trazidas de outras regiões. Quanto à fauna, estudos recentes mostram que várias espécies animais são endêmicas. Das 185 espécies de peixes identificadas na Caatinga, 106 (ou 57%) são endêmicas. Das seis espécies de felinos registradas na Caatinga, algumas estão ameaçadas de extinção, como o gato-do-mato. As espécies encontradas em maior número, são aquelas que apresentam comportamento migratório nas épocas de seca. Apesar das características gerais, o bioma Caatinga apresenta grande diversidade de ambientes, tanto nos aspectos geofísicos 4 quanto na ocupação humana. Foi o desconhecimento dessa complexidade que levou à introdução de práticas agropecuárias inadequadas. A ocupação da caatinga no período colonial, ocorreu com a formação das grandes fazendas de gado, base do latifúndio e do poder dos coronéis. Já a agricultura de subsistência, base do minifúndio, foi sendo desenvolvida através das roças de matuto, fator determinante para a sobrevivência da população sertaneja. O processo violento de ocupação destruiu o conhecimento das populações primitivas locais (Martin, 1997), resultando em elevada pressão antrópica nas áreas mais frágeis da caatinga (Sampaio & Mazza, 2000: 3). O bioma caatinga tem sido também um cenário de enormes contradições e injustiças sociais que assumem proporções de calamidade com as freqüentes estiagens prolongadas 5. A miséria que explode nos períodos prolongados de seca é uma expressão das formas históricas de ocupação dos espaços e utilização dos recursos da caatinga (Castro, 1968: 88). Ainda hoje, comporta a população mais pobre do Nordeste e uma das mais pobres do Brasil. A taxa de analfabetismo para maiores de 15 anos é bastante elevada em quase todos os municípios; a esperança de vida ao nascer é a mais baixa do Brasil; a taxa de mortalidade infantil apresenta-se, 4 Hoje são reconhecidas 12 tipologias diferentes de caatinga (MMA, 2002:9). Essa diversidade de ambientes edafoclimáticos traz vantagens comparativas para a região, como por exemplo, a luminosidade e o calor constantes. 5 A problemática da seca ocorre quando as chuvas são insuficientes ou irregulares para a produção e a subsistência das famílias sertanejas que, mesmo em anos normais, vivem em condições limite da pobreza (GTDN, 1959: 65).

4 geralmente, acima de 100 por mil; e a renda média per capita é inferior a meio salário mínimo. A grande maioria dos municípios apresenta baixo desenvolvimento humano. A Caatinga, ecorregião semi-árida única no mundo, é provavelmente o bioma brasileiro mais transformado pela ação humana. Estudos realizados pelo Ministério do Meio Ambiente indicam que 68% da área está antropizada, sendo que, 35,3% são extremamente antropizadas. Além disso, as maiores áreas brasileiras que sofrem processo de desertificação 6 estão localizadas nessa região. O mais grave é que, considerando a diversidade e concentração de espécies endêmicas, a degradação da caatinga é um processo irreversível. As principais causas de alteração desse bioma são as práticas inadequadas de manejo da caatinga e da prática da agricultura itinerante, com predominância dos desmatamentos, das queimadas e da substituição de espécies vegetais nativas por cultivos e pastagens que modificam a sua composição. A exploração madeireira tem causado grandes danos à vegetação lenhosa da caatinga. São registrados vários casos de salinização dos solos e contaminação das águas em perímetros irrigados, devido ao manejo inadequado do solo e água e do uso de agrotóxicos. A destruição da biodiversidade da caatinga está diretamente relacionada a determinantes sociais, econômicos e culturais. Ao lado da exploração econômica, o desconhecimento da realidade e a indiferença são determinantes da destruição da biodiversidade. Nesse contexto, o futuro do bioma Caatinga depende, em grande parte, da adoção de medidas de gestão ambiental combinadas a outras políticas públicas para o desenvolvimento sustentável da região. II A GESTÃO DA BIODIVERSIDADE NO BRASIL Nas últimas décadas, assistiu-se a um avanço significativo na implementação de políticas públicas para o meio ambiente. Esse avanço decorre do aumento da consciência sobre a degradação do meio ambiente, como conseqüência de um padrão de desenvolvimento altamente consumidor de recursos naturais, poluidor do meio ambiente e socialmente injusto. A gestão ambiental ganhou destaque nos anos 70, enquanto conjunto de ações que visam o uso racional e sustentável dos recursos ambientais. Envolve estratégias, diretrizes de ação e procedimentos de planejamento, decisão, direção, controle e avaliação. Sua concretização, ou modus operandi, se dá por meio da aplicação da legislação, dos mecanismos e instrumentos de controle, da execução de programas e projetos e no funcionamento e organização dos órgãos ambientais. Nesse sentido, o conceito de Gestão Ambiental envolve pelo menos duas dimensões: expressa tanto uma postura defensiva de proteção, de limitação de prejuízos e superação de conflitos no uso dos recursos naturais, quanto às diretrizes de inter-relações globais e de longo prazo entre sistema sócio-econômico e 6 A desertificação atinge km 2 (10%) da porção semi-árida (MMA/PNUD, 1997). São áreas com processo de degradação dos solos, recursos hídricos, vegetação, e com redução da qualidade de vida das populações afetadas.

5 sistema ecológico (Godard, 1997: 211), penetrando outras esferas de decisão, orientando a intervenção pública e as opções de desenvolvimento. Seja qual for a perspectiva, a institucionalização da gestão ambiental tem sido um grande desafio. O principal deles é a falta de conhecimento adequado e suficiente para fazer previsões e se antecipar aos impactos. Além desse, Bursztyn & Bursztyn (2000), apresentam três pilares da gestão ambiental: legislação ambiental sólida; instituições públicas fortalecidas, que permitam coordenar e implementar a legislação; e legitimidade social, traduzida em apoio da população. Os avanços na Gestão Ambiental ocorrem após a Conferência de Estocolmo (1972) e com a Conferência sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92). Essa Conferência foi um marco do século XX, ao reunir o maior número de chefes de Estado na história das civilizações humanas para tratar de uma questão de interesse da humanidade: a degradação do planeta e a construção de um futuro em bases duráveis. (Bursztyn&Bursztyn, 2002: 14). A institucionalização recente reflete o imperativo da internalização dessas responsabilidades numa teia muito intricada de atuações do setor público (Bursztyn, 2002: 85). Esse processo no Brasil tem duas fases distintas. A primeira fase, dos anos 30 até 1972 (Conferência de Estocolmo), é marcada pelo início do processo de regulamentação e da criação de algumas agências federais de execução e suporte às normas adotadas. A segunda fase é marcada pela afirmação político-institucional. Seguindo uma tendência mundial, em 1973, foi criada a SEMA - Secretaria Especial de Meio Ambiente, além das primeiras legislações sobre medidas de preservação e controle da poluição. O auge dessa fase é a Lei 6938/81, que estabeleceu a Política Nacional de Meio ambiente, criando o Sistema Nacional de Meio Ambiente - SISNAMA, integrado também pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente - CONAMA. Logo após são criados os órgãos estaduais de meio ambiente 7. No final da década de 1980 e durante a década de 1990, ocorrem modificações na gestão ambiental no Brasil, com o aperfeiçoamento dos instrumentos, políticas e dos órgãos ligados ao meio ambiente. A primeira mudança ocorreu em 1989, com a criação do IBAMA que assumiu competências significativas, desde a fiscalização e licenciamento ambiental, intervenção em emergências ambientais, execução de programas, e aplicação de dispositivos e acordos internacionais relativos à gestão ambiental. (Bursztyn & Bursztyn, 2000: 03). Logo depois, em 1990, foi criada a Secretaria Especial de Meio Ambiente da Presidência da República, que em 1992, torna-se Ministério do Meio Ambiente. O principal suporte legal para a gestão ambiental no Brasil, está na própria Constituição Federal da República, de O artigo 225 da Constituição diz "todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de 7 Um bom resumo da legislação ambiental e de outras iniciativas de institucionalização da gestão ambiental no Brasil, pode ser encontrado em Drumond, 1998/1999; Bursztyn&Bursztyn, 2000 e 2002; Bursztyn, 1993 e Comentando os avanços constitucionais, Drumond (1998/1999: 145) destaca que os dispositivos constitucionais deram um novo status a uma série de preceitos que já existiam na legislação ordinária em vigor.

6 vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações". Os dispositivos constitucionais vêm sendo regulamentados, conformando um aparato normativo extenso e atualizado em relação ao meio ambiente. Além da Política Nacional do Meio Ambiente, a legislação incorpora uma Política Nacional de Recursos Hídricos, um Código Florestal, uma Lei de Proteção à Fauna, uma Lei de Biossegurança, uma Lei de Proteção de Cultivares, uma Lei de Propriedade Industrial e uma Lei de Crimes Ambientais. Considerando a riqueza em ecossistemas, em espécies biológicas, em endemismos e em patrimônio genético, o Brasil é considerado o país do mundo com maior biodiversidade 9. A dimensão continental e a variação geomorfológica e climática encontrada no território brasileiro é um dos fatores determinantes dessa riqueza natural. O Brasil abriga 7 biomas, 49 ecorregiões, já classificadas, e um número incalculável de ecossistemas. Em relação às espécies vegetais e animais, já foram descritas cerca de 56 mil espécies de plantas terrestres, mais de 3 mil espécies de peixes de água doce, 517 espécies de anfíbios, 1677 espécies de aves, 518 espécies de mamíferos e pode chegar a ter até 10 milhões de insetos. O Brasil abriga a maior extensão contínua de florestas tropicais do mundo e a maior rede hidrográfica existente. Diante dessa riqueza biológica, a preservação e conservação dos diversos biomas brasileiros são de fundamental importância. A gestão da biodiversidade se refere ao conjunto de princípios, estratégias e diretrizes de ação e procedimentos dos agentes públicos e privados, com a finalidade da conservação e o uso sustentável da biodiversidade, garantindo a continuidade de espécies, formas genéticas e ecossistemas, bem como a dos grupos sociais que deles dependem. No entanto, reverter o processo de impactos sobre a diversidade biológica brasileira é tarefa complexa. Só a Amazônia Legal brasileira, inclui uma área superior a 3,7 milhões de km 2. O bioma Cerrado, que mais tem sofrido os impactos do avanço da fronteira agropecuária, estende-se por cerca de 2 milhões de km 2. A área de Mata Atlântica, hoje uma faixa remanescente quase só ao longo da costa, estende-se do Sul ao Nordeste do país. A costa brasileira tem quilômetros de extensão e a área oceânica de exclusividade econômica mais de 2 milhões de km 2 (MMA, 1998: 42). Apesar de terem ocorrido, desde a década de 1930, algumas iniciativas de legislação de proteção de florestas, da água e de outros recursos naturais, as principais ações públicas de conservação e uso sustentável da biodiversidade vêm sendo realizadas a partir da década de 90. A gestão da biodiversidade vem sendo orientada pela Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), um dos frutos da Conferência no Rio de Janeiro, em 1992, tendo sido assinada por 175 países e ratificada por 168, incluindo o Brasil. 9 Diversidade biológica significa a variabilidade de organismos vivos de todas as origens, compreendendo, dentre outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos e os complexos ecológicos de que fazem parte; compreendendo ainda a diversidade dentro de espécies, entre espécies e de ecossistemas. (Artigo 2 da Convenção sobre Diversidade Biológica).

7 A Convenção justifica a conservação da diversidade biológica como responsável pelo equilíbrio e estabilidade dos ecossistemas. Outros argumentos são relacionados ao potencial econômico da biotecnologia e ao aumento da taxa de extinção de espécies, devido ao impacto das atividades antrópicas. Diante dessas constatações, propõe a utilização de componentes da diversidade biológica de modo e em ritmo tais que não levem, no longo prazo, à diminuição da diversidade biológica, para atender as necessidades e aspirações das gerações presentes e futuras. No Brasil, o Decreto Legislativo nº 2, de 1994, aprova o texto da Convenção sobre Diversidade Biológica, com os seguintes objetivos. A partir de então, o MMA passou a elaborar a Política Nacional da Biodiversidade, com a participação de diversos órgãos governamentais, universidades, centros de pesquisa, setores empresariais e organizações nãogovernamentais. A versão final da PNB foi convertida no Decreto 4339, de 22/08/2002, com o objetivo de promoção, de forma integrada, da conservação da biodiversidade e da utilização sustentável de seus componentes, com a repartição justa e eqüitativa dos benefícios derivados da utilização dos recursos genéticos, de componentes do patrimônio genético e dos conhecimentos tradicionais associados a esses recursos. A PNB possui os seguintes componentes: o conhecimento, conservação e utilização sustentável dos componentes da biodiversidade; o monitoramento, avaliação, prevenção e mitigação de impactos sobre a biodiversidade; o acesso aos recursos genéticos e aos conhecimentos tradicionais associados; educação, sensibilização pública, informação e divulgação sobre biodiversidade; e o fortalecimento jurídico e institucional para a gestão da biodiversidade. Um dos primeiros instrumentos de conservação e uso sustentável da biodiversidade foram as Unidades de Conservação. No Brasil, existem, em nível federal 173 Ucs, de uso direto e indireto de recursos naturais, com aproximadamente 34 milhões de hectares, correspondente a quase 4% do território nacional. São 40 parques nacionais; 21 estações ecológicas; 24 reservas biológicas; 46 florestas nacionais; 12 reservas extrativistas; e 25 áreas de proteção ambiental APAs. As Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs), somam mais de 341 mil hectares protegidos. Os maiores problemas nas UCs são os custos de regularização fundiária, a fragilidade de fiscalização, a falta de conscientização e educação por parte da população e a falta de manejo adequado. Recentemente, foi regulamentado o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), pela Lei 9.985, de 18/07/2000. Existem dois grupos de Unidades de Conservação: Unidades de Conservação de Proteção Integral (Parques Nacionais, Estações Ecológicas, Reservas Biológicas, Monumentos Naturais, Refúgios da Vida Silvestre) e Unidades de Conservação de Uso Sustentável (Áreas de Proteção Ambiental, Reservas de Fauna, Reservas de Desenvolvimento Sustentável, e Reservas Particulares do Patrimônio Natural). Além das Unidades de Conservação, outros programas e projetos de conservação e utilização da diversidade biológica foram implementados no Brasil. O principal deles é o Programa Nacional de Biodiversidade

8 PRONABIO, instituído pelo Decreto Presidencial nº 1354, de 29/12/1994. O seu objetivo principal é promover parcerias entre o Poder Público e a sociedade civil para conservação da diversidade biológica, utilização sustentável dos seus componentes e repartição justa e eqüitativa dos benefícios decorrentes dessa utilização. Como principal instrumento para a implementação da Convenção sobre Diversidade Biológica no Brasil, o PRONABIO conta com recursos do Tesouro Nacional, setor privado e do Fundo para o Meio Ambiente Mundial (GEF). A sua execução se dá através de dois projetos: o Projeto de Conservação e Utilização Sustentável da Diversidade Biológica Brasileira (PROBIO) e o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO). O PROBIO apoia a realização de pesquisas e o desenvolvimento de projetos demonstrativos e avaliações, em nível de biomas brasileiro. É coordenado pelo MMA, tendo como gestor administrativo o CNPq. Possui três componentes básicos: a identificação de prioridades para a aplicação de recursos, levantamento de informações e disseminação dos resultados; o apoio a Subprojetos Demonstrativos de conservação e utilização sustentável da diversidade biológica brasileira (consome 72% do total de recursos) e fortalecimento da gestão do PROBIO. Os Subprojetos Demonstrativos são executados em quatro áreas fundamentais: Conservação da Biodiversidade, Utilização Sustentável da Biodiversidade, Análise de Políticas, e Desenvolvimento de Pesquisas Aplicadas e Tecnologia. Além do PRONABIO, outros programas foram implementados para a Gestão da Biodiversidade no Brasil: O Programa de Avaliação do Potencial Sustentável de Recursos Vivos na Zona Econômica Exclusiva REVIZEE, resulta do compromisso assumido pelo Brasil ao ratificar, em 1988, a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, em vigor desde 16 de novembro de Esse Programa é essencial para que o Brasil possa utilizar sustentavelmente os seus recursos marinhos. O Programa Integrado de Ecologia - PIE, proposto pelo Fórum Nacional de Coordenadores de Cursos de Pós-graduação em Ecologia e Coordenado pelo CNPQ, destina-se a estabelecer políticas para o desenvolvimento da Ecologia no Brasil, através do incentivo a pesquisas, redes de informação, formação de recursos humanos e desenvolvimento de instituições. O Programa Brasileiro de Ecologia Molecular para o Uso Sustentável da Biodiversidade da Amazônia - PROBEM, formulado pelo Ministério do Meio Ambiente, foi iniciado em 1997, com a implantação do Centro de Biotecnologia da Amazônia. Seu objetivo é coordenar os esforços na realização de pesquisa e capacitação de pesquisadores voltados para o conhecimento e conservação da diversidade biológica da Amazônia. Uma das prioridades do Programa é a prospecção de novos medicamentos e biomateriais que possam ser utilizados para promover o desenvolvimento sustentável da região.

9 Além desses programas específicos, o Ministério do Meio Ambiente tem orientado ações e recursos do Programa Nacional do Meio Ambiente, do Fundo Nacional do Meio Ambiente, e do Programa Piloto para a Proteção das Florestas Tropicais do Brasil, em apoio à Gestão da Biodiversidade. A legislação de conservação e uso sustentável da diversidade biológica também passou por avanços nas áreas de controle de espécies exógenas (várias portarias do MMA), na Legislação de Proteção de Cultivares (Lei n /97), na Regulação de Unidades de Conservação, entre outras. Apesar de ter especificidades e estatutos próprios, a Política Nacional de Controle da Desertificação, está diretamente relacionada aos esforços de gestão da biodiversidade. No Brasil, as maiores áreas em processo de desertificação estão concentradas no trópico semi-árido 10. Os estudos disponíveis indicam que o processo de desertificação atinge 10% daquela região, com a geração de impactos difusos e concentrados sobre o território. Nas áreas de impactos difusos, os danos ambientais resultam em erosão dos solos, empobrecimento da Caatinga e degradação dos recursos hídricos. Nas áreas de efeitos concentrados, configuram-se os núcleos desertificados. III A GESTÃO DA BIODIVERSIDADE NO BIOMA CAATINGA O bioma Caatinga não é apenas um dos mais devastados biomas brasileiros 11, mas foi, durante muito tempo, o mais negligenciado. Depois de centenas de anos de degradação, somente em 1965, com o Novo Código Florestal (Lei 4.771, de 15/09/1965), é que a caatinga foi considerada como passiva de proteção: a inclusão de outras floras dando cidadania a formações vegetais menos carismáticas, como cerrados, restingas, manguezais e caatingas e a definição precisa dos locais onde toda flora deveria ser permanentemente protegida eram duas melhorias evidentes em relação a 1934 (Drumond, 1988: 138). Apesar disso, as ações de conservação e uso sustentável do bioma continuaram sem peso ou importância diante de outros problemas tidos como mais graves na região, com a permanência da pobreza nas áreas de secas. Vozes isoladas de estudiosos alertavam para a relação entre as questões da pobreza, das secas e do meio ambiente. Imperava o desconhecimento da realidade, com a conseqüente desvalorização do bioma Caatinga. Dessa forma encontramos no bioma caatinga um percentual ínfimo de unidades de conservação e proteção de seus sistemas naturais, além de um incipiente e insuficiente conhecimento científico de sua diversidade biológica. Os estudos realizados por Lewinsohn e Prado (2000) demonstram que o conhecimento dos grandes biomas e ecossistemas brasileiros reproduz as disparidades regionais. De maneira geral, o bioma melhor conhecido e amostrado é a Mata Atlântica, e os piores são Pantanal e Caatinga, embora 10 A identificação das áreas de desertificação está consolidada no "Mapa da Susceptibilidade à Desertificação", produzido em 1992 pelo Núcleo Desert/IBAMA. 11 Segundo estudos do MMA (1998:45) a área remanescente do bioma caatinga é inferior a 50% da área originária e apenas 0,5% está protegido em Unidades de Conservação, sofrendo processos de desertificação em 10% de sua área.

10 haja lacunas importantes de coleta e conhecimento em todos os outros biomas. A Constituição de 1988 considerou como patrimônio nacional apenas os biomas da Amazônia, Mata Atlântica, Pantanal e Zona Costeira. Nos últimos anos surgiram vários movimentos da sociedade que reivindicam a inclusão, nesse dispositivo, do bioma do Cerrado, cuja vegetação ocupava originariamente quase um quarto do território brasileiro, e do bioma da Caatinga, que cobre quase toda a região Nordeste e o norte de Minas Gerais. Essa reivindicação do status de patrimônio nacional para o bioma caatinga, embora não garanta a reversão imediata da sua degradação, reflete o aumento da consciência da sociedade brasileira para a questão ambiental, particularmente para a grave situação em que se encontra aquele bioma. Em outubro de 1995, o CONAMA criou a Câmara Técnica Temporária para Assuntos de Cerrado e Caatinga. Essa Câmara foi retomada em 1997, com o objetivo de estabelecer diretrizes para a proteção, conservação, preservação e defesa do Cerrado e Caatinga visando ao seu desenvolvimento ecologicamente sustentado (Resolução nº 236/97). A partir dessas iniciativas de clara inserção do bioma Caatinga nas preocupações dos órgãos responsáveis pela gestão da biodiversidade, é possível perceber algumas mudanças em termos de concepção e de estratégias de intervenção por parte dos órgãos públicos. Infelizmente não possível fazer a mesma afirmação considerando os critérios de destinação de recursos empregados e de volume das ações efetivadas para conservação e uso sustentável daquele bioma. 3.1 Conhecimento da Biodiversidade na Caatinga As principais iniciativas de gestão da biodiversidade na Caatinga são direcionadas ao conhecimento da realidade daquele bioma, por meio de avaliações e diagnósticos, que orientem a priorização de áreas e atividades para conservação e uso sustentável da diversidade biológica, considerando as necessidades dos grupos sociais residentes na região. A principal iniciativa implementada nesse sentido foi o subprojeto de Avaliação e Ações Prioritárias para a Conservação da Biodiversidade da Caatinga, no âmbito do PROBIO. A realização deste subprojeto representou a primeira tentativa de fornecer um diagnóstico geral da caatinga. O objetivo do subprojeto era estabelecer áreas e ações prioritárias para a conservação da diversidade biológica na Caatinga, identificando estratégias para promover a sua proteção e o uso sustentável. Especificamente, o subprojeto pretendia: consolidar as informações sobre a diversidade biológica da Caatinga e identificar as lacunas de conhecimento; identificar áreas e ações prioritárias para a conservação, baseando-se em critérios de importância biológica, integridade dos ecossistemas, pressão antrópica e oportunidades para ações de conservação da biodiversidade; identificar e avaliar a utilização e as alternativas para uso dos recursos naturais da Caatinga, compatíveis com a conservação da biodiversidade; e promover maior conscientização e participação efetiva da sociedade na conservação da biodiversidade deste bioma (MMA, 2002).

11 O desenvolvimento do subprojeto ficou sob a responsabilidade da Fundação de Apoio Técnico da Universidade Federal de Pernambuco (entidade coordenadora), da Fundação Biodiversitas e da Conservation International do Brasil. Foram realizados estudos complexos e um seminário para identificação das áreas prioritárias e de estratégias de conservação do bioma caatinga. Em maio de 2000 foi realizado um seminário para aprofundamento dos estudos e definição das áreas e ações prioritárias para a conservação do bioma Caatinga. O evento ocorreu na cidade de Petrolina- PE, e participaram cientistas, técnicos, ambientalistas, empresários, organizações não-governamentais, órgãos de estado, entre outros. A metodologia do seminário envolveu uma compilação prévia de dados sobre a distribuição da biodiversidade, localização das áreas naturais e antropizadas e indicadores sócio-econômicos. Estas informações foram sintetizadas utilizando-se de sistemas de informação geográfica (SIG), de forma a resumir em mapas temáticos os principais condicionantes de decisão para as ações de conservação. No seminário foram definidas 57 áreas prioritárias para conservação da biodiversidade da Caatinga, cobrindo cerca de km2, ou 59,4% do bioma. A ação principal recomendada para a maioria das áreas prioritárias foi a criação de unidades de conservação de proteção integral. Devido ao pouco conhecimento desse bioma, muitas áreas foram consideradas insuficientemente conhecidas, e para estas foi recomendada a realização de investigações científicas, particularmente inventários biológicos (MMA/SBF, 2002: 26). Além disso, o seminário sugeriu um conjunto de estratégias para redução dos impactos negativos no bioma caatinga: recuperação de áreas degradadas e ordenamento territorial; aprimoramento da gestão de políticas públicas de conservação da biodiversidade; educação ambiental; financiamento e incentivos econômicos para conservação; geração de conhecimento e formação de recursos humanos. (MMA/SBF, 2002: 34-36). Outras iniciativas mais recentes do PROBIO, tiveram alguns subprojetos 12 aprovados para o bioma Caatinga. No edital do PROBIO que trata do Apoio à Realização de Inventários nas Áreas Consideradas Prioritárias para Investigação Científica, foram aprovados dois projetos para o bioma caatinga em um total de 21 projetos: Análise das variações da biodiversidade da Caatinga como o apoio de sensoriamento remoto e sistema de informações geográficas; e análise da biodiversidade na Chapada Diamantina. O IBAMA também tem desenvolvido projetos nessa área de conhecimento, a exemplo do projeto de Estudo de Representatividade Ecológica do Bioma Caatinga que objetiva delimitar as ecorregiões da caatinga e analisar a representatividade da vegetação e áreas protegidas do bioma, identificando suas lacunas. Todas as informações são referenciadas geograficamente. É executado pelo IBAMA juntamente com a UFPE. (Arruda, 2001: 33) 12 Os dados indicam a pouca participação desse bioma nas áreas de interesse dos projetos aprovados e na destinação dos recursos do Programa. De um total de 49 projetos aprovados em 2001, apenas 03 foram destinados ao bioma Caatinga.

12 3.2 - Recuperação e Manejo da Caatinga Na área de manejo da caatinga, o IBAMA tem atuado principalmente por meio da capacitação e da fiscalização com base na Instrução Normativa nº 1, de 25/02/94 do IBAMA estabelece as diretrizes para o manejo florestal e exploração sustentável do bioma Caatinga. Entre as iniciativas coordenadas pelo IBAMA, merece destaque o Projeto de Conservação e Manejo do Bioma Caatinga que tem o objetivo de conservar, ordenar o uso sustentável dos recursos naturais e contribuir para a divisão eqüitativa da riqueza. Adota como método o planejamento e gestão biorregionais. Contempla o estudo da representatividade ecológica, monitoramento da biodiversidade, identificação de áreas para criação de novas unidades de conservação, definição e estabelecimento de corredores ecológicos e estudos de valoração econômica da biodiversidade. É executado pelo IBAMA, Governos estaduais e universidades do Ceará, Piauí e Pernambuco. O Projeto de Desenvolvimento Florestal Sustentável (BRA/93/033) é executado pelo IBAMA em cooperação técnica com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUD). A inclusão do Bioma Caatinga no Projeto tem o objetivo de apoiar a reposição e o manejo florestais e diminuir o percentual de desmatamento. Foram realizados mapeamentos da vegetação nativa lenhosa, inventários florestais e estudos sobre a importância socioeconômica do recurso florestal. Outra frente de atuação do projeto é o controle da reposição florestal obrigatória, prevista no Código Florestal. O Ibama também faz a coleta de sementes de espécies nativas da Caatinga, para formar um banco de sementes e disponibilizá-las para que os usuários possam fazer o plantio. Nessa área, de recuperação e manejo da caatinga, o PROBIO apoia dois Projetos Demonstrativos. O subprojeto Recuperação e Manejo dos Ecossistemas Naturais de Brejos de Altitude de Pernambuco e Paraíba, tem o objetivo de promover a conservação dos remanscentes de brejos de altitude por meio do aproveitamento sustentado desses recursos, levando em conta os interesses da população local. Esse subprojeto incluiu também a realização de inventários de flora e fauna, plano de manejo para o parque ecológico, zoneamento ambiental do município de Caruaru e a elaboração de um Plano de Conservação dos Brejos de Altitude de Pernambuco e Paraíba. O outro subprojeto aprovado pelo PROBIO trata do "Manejo de Espécies Ameaçadas de Extinção e de Espécies Invasoras, visando à Conservação da Diversidade Biológica Brasileira". Dos 14 subprojetos aprovados, 01 foi para o Bioma Caatinga: Manejo de Áreas Invadidas por Algarobeiras. No âmbito do PNMA II está sendo executado o Programa Biodiversidade no Nordeste Brasileiro, com recursos do GEF. Tem como objetivo a valorização e conservação da Biodiversidade da Caatinga e implantação de planos de desenvolvimento florestal para atender a demanda de energia da região. Inclui as seguintes ações: manejo sustentado da vegetação lenhosa da Caatinga com vistas ao atendimento da demanda dos pequenos produtores por forragem e lenha; estudo das características e desenvolvimento de produção e uso de sementes de espécies arbóreas da

13 Caatinga para disponibilização aos produtores rurais; desenvolvimento de sistemas agrosilvopastoris sustentáveis para a agricultura familiar do semiárido nordestino com base na viabilização da agricultura, melhoria da capacidade de suporte das pastagens e na racionalização da exploração florestal. Vários convênios foram formulados com municípios da caatinga por meio de Projetos de Execução Descentralizada para Manejo Ambiental de Ecossistemas da Caatinga. Os projetos têm como objetivo melhorar as condições de sustentabilidade dos ecossistemas da Caatinga, Mata de Brejo e Agreste, nos municípios envolvidos em manejo florestal, atividades de promoção de ecoturismo e educação ambiental. (MMA/PNMA II, 2001: 386). Outros Projetos de Execução Descentralizada: Projeto de Manejo Sustentado da Caatinga, com o objetivo de minimizar a degradação ambiental da área por meio de alternativas técnicas que permitam a conservação dos recursos naturais; e Projeto de Otimização de Microbacias para a Sustentabilidade da Caatinga, com o objetivo de implantar o manejo integrado das microbacias, por meio de plantações florestais, frutíferas consorciadas com plantas agrícolas. 3.3 Unidades de Conservação e Gestão de Paisagens Fragmentadas É na Caatinga onde se encontra o menor percentual de área protegidas em Unidades de Conservação. As 16 UCs federais abrangem apenas 0,5% do território do bioma caatinga. As 07 UCs estaduais estão concentradas em apenas dois estados, RN e BA. Quadro 01: Unidades de Conservação existentes na Caatinga Nome Área (ha) UF Vegetação Predominante PN da Serra da Capivara PI Caatinga PN de Sete Cidades PI Cerrado/Caatinga PN Serra das Confusões PI Cerrado/Caatinga PN Chapada Diamantina BA Caatinga/Mata de encosta PN Cavernas de Peruaçu MG Cerrado/Caatinga PN de Ubajara 563 CE Mata de Encosta/ Caatinga EE do Seridó RN Caatinga EE de Aiuaba? CE Caatinga RB de Serra Negra 1100 PE Brejo/Caatinga RB de Pedra Talhada AL Mata Atlântica/Caatinga REC Raso da Catarina BA Caatinga APA Chapada do Araripe CE Cerradão/Caatinga APA Serra da Ibiapaba PI/CE Cerrado/Mata Úmida/Caatinga FLONA Contendas do BA Caatinga Sincorá ARIE Cocorobó BA Caatinga

14 ARIE Vale dos Dinossauros? PB Caatinga Parque Ecológico do Cabugi RN Caatinga Parque Estadual Florêncio? RN Caatinga Luciano APA Piquirí-Uma? RN Caatinga APA Gruta dos Brejões BA Caatinga APA Marimbus/Iraquara BA Caatinga APA Lagoa Itaparica BA Caatinga APA Dunas e Veredas do Baixo e Médio S. Francisco BA Caatinga Conforme a Tabela 01, metade das Unidades federais é de uso sustentado, o que reduz ainda mais o percentual de áreas de proteção integral. Também constata-se que muitas das UCs são áreas de transição do bioma caatinga com outros biomas. Além desses aspectos, os estudos constatam que a maior parte das UCs enfrentam problemas fundiários (regularização), de falta de verbas para funcionamento e manutenção, caça ilegal, desmatamento e retirada de lenha e queimadas. Diante dessas constatações, o subprojeto de Avaliação e Ações Prioritárias para a Conservação da Biodiversidade da Caatinga recomendou a ampliação da área protegida por Unidades de Conservação na Caatinga para 10% nos próximos 10 anos, com prioridade para as UCs de uso indireto, devido a sua importância para manutenção da biodiversidade e também por causa da pressão antrópica a que estão submetidas. No total são 33 recomendações para a criação ou modificação de UCs, considerando os diferentes tipos de formações vegetais e a indicação de áreas prioritárias para a conservação da Caatinga (MMA/SBF, 2002:159). Outra iniciativa que merece destaque é o apoio do PROBIO à Gestão de Paisagens Fragmentadas. A fragmentação de ecossistemas naturais é um processo de origem antrópica ou não que provoca a divisão de ecossistemas naturais contínuos em partes menores, com efeitos sobre a biodiversidade original dos ecossistemas afetados. A gestão de paisagens fragmentadas inclui o manejo dos fragmentos e seus respectivos entornos, a criação de corredores biológicos e o desenvolvimento e a utilização de ferramentas biológicas, socioeconômicas e de políticas públicas (MMA, 2002: 45). Uma grande inovação nessa área é a proposta de corredores ecológicos ou corredores de biodiversidade. São formados por conjuntos de áreas protegidas interligadas, sob diferentes categorias de manejo das diferentes comunidades de flora e fauna em determinado bioma. Essa é uma das prioridades da Agenda 21 brasileira que conceitua os corredores de biodiversidade como áreas contínuas não apenas de preservação de espécies isoladas, mas também de preservação de processos de reprodução de cadeias interdependentes de seres vivos (MMA/CPDS, 2002:73). Em 1996, o CONAMA baixou uma resolução que define os corredores ecológicos como uma faixa de cobertura vegetal existente entre remanescente de vegetação primária em estágio médio e avançado de regeneração, capaz de propiciar habitat ou servir de área de trânsito para a

15 fauna residente nos remanescentes. Os corredores entre remanescentes constituem-se pelas faixas de cobertura vegetal existentes nas quais seja possível a interligação de remanescentes, em especial, às unidades de conservação e áreas de preservação permanentes (Resolução CONAMA n. 09/1996). Em 2001, o IBAMA elaborou um projeto do primeiro Corredor Ecológico da Caatinga com o objetivo de promover a conservação dos ecossistemas para garantir a manutenção da biodiversidade, a conectividade de áreas protegidas e outros fragmentos sem proteção legal, sob o enfoque de planejamento ambiental (Brito, 2002: 5). Na área onde será implantado o corredor ecológico, existem as seguintes Unidades de Conservação: 02 Parques Nacionais, 02 Estações ecológicas, 01 Floresta Nacional, 01 Área de Proteção Ambiental e 02 Reservas Particulares de Patrimônio Natural. No entanto, essas Unidades de Conservação isoladas têm poucas possibilidades de garantir a proteção da diversidade biológica da Caatinga. Além das pressões externas constantes sobre essas áreas, o rompimento dos fluxos e da conectividade entre as áreas limita a segurança e impede a expansão das espécies vegetais e animais: o fluxo de genes, representado pelo movimento de animais, diásporos e pólen, é essencial para manter a variabilidade genética das populações e a persistência das mesmas por longos períodos e a adaptação às modificações do ambiente. Desta forma a conservação de áreas núcleos, o manejo adequado das áreas exploradas e a conexão através de corredores ecológicos entre as áreas remanescentes (núcleos e exploradas) é essencial para a conservação da biodiversidade e dos recursos hídricos (Brito, 2002: 9). Dois critérios fundamentais foram utilizados para definição do Corredor Ecológico da Caatinga. O primeiro deles é a importância ecológica e social da área, considerando a diversidade de paisagens, a diversidade biológica, a diversidade sócio cultural e os recursos hídricos. O segundo critério é a ocorrência de fatores críticos da área: pressão antrópica, riscos aos recursos hídricos, desorganização sócio-econômica e fragilidade institucional. Com a implantação do Corredor Ecológico da Caatinga será possível a implementação de unidades modelo em áreas de alta prioridade para a diversidade biológica, o incentivo à expansão do sistema de Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs), a preservação de grandes blocos do bioma Caatinga, por meio da integração de populações locais e outros atores. De modo geral, o Corredor deverá potencializar as ações que visam a conservação ambiental e o desenvolvimento socioeconômico das populações que residem no seu espaço territorial. Do ponto de vista institucional, o Corredor deverá ter uma gestão participativa, mediante um Conselho de Gestão do Corredor da Caatinga, com representantes dos Estados envolvidos. Além disso, em cada Estado deverá ter um Conselho Estadual de Gestão do Corredor da Caatinga, formado por órgãos governamentais e não-governamentais.

16 3.4 Projetos Integrados de Gestão da Biodiversidade e Iniciativas Socioeconômicas Desde a sua criação, o Fundo Nacional do Meio Ambiente vem apoiando a realização de projetos induzidos e de demanda espontânea nas áreas de recursos florestais, hídricos, faunísticos e de biodiversidade na caatinga. A partir do ano 2000, o Fundo lançou um Edital para Projeto Piloto de Apoio a Iniciativas Locais Sustentáveis, com o objetivo de fomentar experiências-piloto de auto-gestão e co-gestão dos recursos naturais do bioma caatinga, capazes de elucidar alternativas recriáveis para a convivência com o semi-árido nordestino e para a geração de capacidades locais que possam gestar a preservação, a melhoria e a ampliação da vida a partir das potencialidades de seu próprio lugar 13. Os projetos a serem apoiados deveriam executar ações de mitigação de práticas impactantes ou da pressão na exploração de estoques naturais; de agregação de valor aos produtos naturais; de elevação do nível de aproveitamento dos recursos naturais; de conscientização ambiental e mobilização social. 3.5 Controle dos Processos de Desertificação no Bioma Caatinga De acordo com as Diretrizes da Política Nacional de Controle da Desertificação, vem sendo implementados alguns programas estaduais de combate à desertificação no bioma caatinga. Tomamos como exemplo, o caso do Ceará que, com o apoio do PNMA II, implantou um Sistema de Monitoramento Ambiental para detecção, avaliação e zoneamento da desertificação. O objetivo do sistema é levantar, mapear e disponibilizar informações sobre a capacidade, o estado de conservação e degradação dos ecossistemas do semi-árido, através da caracterização, classificação e mapeamento dos seus recursos naturais. (MMA/PNMA II, 2001: 280) Além do monitoramento ambiental, os programas estaduais desenvolvem outras ações de controle da desertificação no bioma caatinga: sistemas de manejo sustentado da vegetação lenhosa da caatinga, com vistas ao atendimento da demanda dos pequenos produtores por forragem e lenha; a educação ambiental para despertar a consciência crítica da população sertaneja sobre a problemática da desertificação; a recuperação de áreas degradadas com a revegetação dos solos, áreas de risco de deslizamentos e encostas sujeitas à erosão; conservação de solos, com o levantamento das áreas degradadas e em risco de degradação, e a recuperar áreas salinizadas e acidificadas decorrentes de adubações e irrigações mal conduzidas; conservação de recursos hídricos, com a intensificação de informações hidrogeológicas e orientações técnicas para o planejamento de ações de abastecimento. 13 AACC. Projeto Piloto de Apoio a Iniciativas Locais Sustentáveis. Natal: AACC, (mimeo)

17 IV O FUTURO DA CAATINGA: A SUSTENTABILIDADE É A CONVIVÊNCIA O breve levantamento realizado indica que é muito recente a preocupação com a gestão da biodiversidade no Brasil. Especificamente em relação ao bioma caatinga, as mudanças de olhares e a implementação de programas e projetos que visem a conservação e uso sustentável da sua biodiversidade, são ainda mais recentes. De modo geral, considerando o volume de ações e recursos nos principais programas ambientais em nível federal, o bioma caatinga está entre os menos protegidos. Essa situação pode ser compreendida com base nos seguintes argumentos. Em primeiro lugar, deve-se compreender que os recursos desses programas e a capacidade institucional dos órgãos responsáveis pela gestão ambiental no Brasil são limitados diante das demandas. Em segundo lugar, as atenções e a pressão internacional estão diretamente voltadas para a proteção da Floresta Amazônica, tendo em vista a possibilidade de uma ação preventiva ou pró-ativa no bioma. Também deve ser considerado o grande percentual de devastação da Floresta Atlântica e da necessidade de intensificar as ações de conservação do que restou desse bioma que foi o primeiro a ser explorado no Brasil. Outros argumentos indicam que as acentuadas diferenças no número de instituições e de pesquisadores entre regiões, são simultaneamente causa e conseqüência da desigualdade atual no grau de conhecimento da biodiversidade nos diferentes biomas brasileiros. Mesmo reconhecendo a força desses argumentos, deve-se acrescentar que a questão da fragilidade da gestão ambiental na caatinga também está diretamente relacionada à visão que predomina sobre a realidade desse bioma e suas problemáticas. Não se trata de uma questão estética, de que a aparência da caatinga agrada menos que as das florestas úmidas ou do pantanal. A questão fundamental é a identificação da seca como causa de todos os problemas no sertão nordestino. A seca é vista como responsável pela pobreza e miséria da população sertaneja e também pela fragilidade e devastação da caatinga. Com essa percepção, a saída apontada foi o combate a seca, priorizando as soluções hídricas para o abastecimento humano e para a produção. Ou seja, devia-se combater a natureza, modificar o meio ambiente para enfrentar as condições climáticas. O enfoque tecnicista e fragmentado prevaleceu nos diagnósticos realizados e nas soluções propostas pelos órgãos governamentais criados para implementar o combate a seca. O Instituto Federal de Obras de Combate à Seca IFOCS ( ), considerava toda a miséria do semi-árido como um problema de falta de água e depositava toda sua confiança nas soluções hídricas. Apesar dos alertas anteriores de muitos estudiosos, somente nos últimos anos é que tem mudado essa visão sobre a caatinga. Essa mudança ocorre articulada às discussões sobre a crise do modelo de desenvolvimento contemporâneo e sobre a emergência do paradigma de sustentabilidade. Nos últimos anos vem sendo construída outra perspectiva de desenvolvimento do semi-árido baseada na convivência com qualidade de

18 vida. Surge uma nova percepção do bioma caatinga no domínio do semiárido, concebido enquanto um complexo de ecossistemas com seus limites e potencialidades. Trata-se de um espaço de rica diversidade biológica onde é possível construir ou resgatar relações de convivência entre os seres humanos e a natureza com base no tripé da sustentabilidade ambiental, da qualidade de vida das famílias sertanejas e do incentivo às atividades econômicas apropriadas. A perspectiva da convivência requer e implica em um processo cultural, de educação, de uma nova aprendizagem sobre o meio ambiente, dos seus limites e potencialidades. Requer a constituição de novas formas de pensar, sentir e agir de acordo com o ambiente no qual se está inserido. Convivência é viver com, estar junto com outros seres. Significa interação, mas uma interação dentro da lógica da partilha e da convivência e não do combate ou da destruição. Percebe-se a aproximação dessa abordagem da convivência com qualidade de vida com a concepção de ecodesenvolvimento que leva em consideração os elementos ecológicos e culturais e a valorização das tecnologias apropriadas. Nesse sentido, SACHS (2000) se refere aos seguintes princípios ou critérios de sustentabilidade: a) a satisfação das necessidades básicas; b) a solidariedade com as gerações presentes e futuras; c) a participação da população envolvida nas definições dos padrões de sustentabilidade do desenvolvimento; d) a preservação dos recursos naturais e do meio ambiente em geral; e) a elaboração de um sistema social garantindo emprego, segurança social; f) o respeito às culturas (tradição/inovação) e à valorização da autonomia e da autoconfiança dos povos; g) a governabilidade política nos vários níveis, e h) a sustentabilidade econômica. No que se refere à necessidade e possibilidade de convivência com os ecossistemas frágeis, a construção da sustentabilidade depende de um processo participativo de resgate e construção cultural de alternativas apropriadas aos ecossistemas. É fundamental o resgate dos conhecimentos das populações tradicionais locais sobre as ocorrências da natureza. Requer também uma abordagem negociada e contratual de identificação de necessidades, de capacidades locais e do aproveitamento dos recursos potenciais para a melhoria das condições de vida dos seus habitantes (Sachs, 2000, p.53). A base para a construção desse processo está dada pelo conhecimento acumulado e pelas diversas alternativas hídricas, produtivas e educativas que já foram desenvolvidas e experimentadas por diversos órgãos governamentais, com destaque para a EMBRAPA e IBAMA, e por centenas de outras organizações da sociedade civil. A Agenda 21 brasileira apresenta um conjunto de propostas para a gestão da biodiversidade. A primeira delas é a continuidade dos estudos, avaliações e diagnósticos para realização de inventários científicos da biodiversidade. Acrescenta que esses estudos também devem estar voltados para a identificação, sistematização, valorização e disseminação de experiências produtivas em bases sustentáveis. Especificamente para o bioma caatinga propõe Capacitar o homem do campo para a convivência

19 com a seca, incentivando o uso de tecnologias já comprovadas e difundidas por centros de pesquisa e organizações não-governamentais com experiências no manejo dos recursos naturais em regiões semi-áridas (MMA/CPDS, 2002: 78). Nesse mesmo sentido de combinação de atividades ambientais com iniciativas socioeconômicas, a Agenda propõe a educação e conscientização das populações locais para a importância da preservação dos biomas, oferecendo-lhes ao mesmo tempo, opções de subsistência e oportunidades para melhorar sua qualidade de vida. Encorajar a transição de atividades extrativistas para atividades de serviços ambientais. Estimular as comunidades locais a serem os principais beneficiários de atividades de conservação (MMA/CPDS, 2002: 77). Ao mesmo tempo sugere a expansão do sistema público de unidades de conservação de forma a assegurar em seu âmbito a conservação de todas as espécies. Deve-se preservar tudo o que restou, empreendendo ações de recuperação, de reflorestamento para a reconstituição da caatinga, e de plantio de espécies comerciais para reduzir a pressão sobre a vegetação nativa. A Agenda 21 também dá bastante ênfase à implementação de corredores de biodiversidade. O breve balanço das ações de gestão da biodiversidade da caatinga apresentadas nesse estudo também indicam avanços no conhecimento da realidade e na identificação de estratégias adequadas para o bioma caatinga. É preciso avançar agora na realização das ações estratégicas que combinem a gestão ambiental com as demais políticas setoriais nacionais, regionais e locais tendo como referências fundamentais, a conservação e uso sustentável da biodiversidade e a superação da pobreza e miséria dos seus habitantes. Uma das alternativas imediatas, nesse sentido, é o pagamento ou remuneração dos Serviços Ambientais aos sertanejos para que se tornem protetores da caatinga. Uma alternativa desse tipo, na caatinga, não seria apenas um instrumento de gestão ambiental, mas uma porta aberta para a sustentabilidade baseada na convivência com qualidade de vida. Bibliografia: ARRUDA, Moacir Bueno (Org.). Ecosistemas Brasileiros. Brasilia? Edições IBAMA, ASA ARTICULAÇÃO DO SEMI-ÁRIDO BRASILEIRO. Programa de Formação e Mobilização Social Para a Convivência Com o Semi-Árido. Recife: ASA, Agosto/2001. BRITO, Francisco de Assis. Projeto Corredor Ecológico da Caatinga. Documento Básico. Brasília: IBAMA/DIREC/CGECO, BURSZTYN, Maria Augusta e BURSZTYN, Marcel. Integração do Meio Ambiente e Desenvolvimento no Processo Decisório. Brasília: CDS/UNB, (mimeo). Rio-92: balanço de uma década. In Revista Tecbahia, v. 17, n.1, Jan/Abr. De Camaçari/BA: CPED, p

20 BURSZTYN, Marcel. Para Pensar o Desenvolvimento Sustentável. São Paulo: Brasiliense, Novas Institucionalidades e Gestão do Meio Ambiente. In FELDMAN, Fábio. (Org.) Rio Uma Década de Mudanças. Rio de Janeiro: Iser, p CASTRO, Josué. Documentário do Nordeste. 4ª ed. São Paulo: Brasiliense, DRUMOND, J. Augusto. A Legislação Ambiental Brasileira de 1934 a In Revista Ambiente e Sociedade, ano II, n. 3 e 4, 2º semestre de 1988 e 1º semestre de p GODARD, Olivier. A Gestão Integrada dos Recursos Naturais e Meio Ambiente: conceitos, instituições e desafios de legitimação. In: Vieira, P. F. E WEBBER, J. (Orgs). Gestão de Recursos Naturais Renováveis e Desenvolvimento: novos desafios para a pesquisa ambiental. São Paulo: Cortez, p GTDN GRUPO DE TRABALHO PARA O DESENVOLVIMENTO DO NORDESTE. Uma Política de Desenvolvimento Econômico Para o Nordeste. Rio de janeiro: Dep. De Imprensa Nacional, LEFF, Enrique. Ecologia, Capital e Cultura: Racionalidade ambiental, democracia participativa e Desenvolvimento Sustentável. Blumenau/SC: EDIFURB, LEWINSOHN, T. Michael e PRADO, P. Inácio. Biodiversidade Brasileira: síntese do estado atual do conhecimento. Campinas/SP: UNICAMP, MARTIN, Gabriela. Pré-História do Nordeste do Brasil. Recife: Ed. Universitária, MMA MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE DOS RECURSOS HÍDRICOS E DA AMAZÔNIA LEGAL. Primeiro Relatório Nacional para a Convenção Sobre Diversidade Biológica. Brasília: MMA, A Convenção Sobre Diverversidade Biológica. Brasília: MMA, MMA/CPDS - Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 21 Nacional. Agenda 21 Brasileira Ações Prioritárias. Brasília: MMA/PNUD, MMA/PNMA II. Diagnóstico da Gestão Ambiental no Brasil. Vol. 2. Brasília: MMA, MMA/SBF. Secretaria de Biodiversidade e Florestas. Avaliação e Ações Prioritárias Para a Conservação da Biodiversidade da Caatinga. Brasília: MMA/SBF, Biodiversidade Brasileira. MMA/SBF, SACHS, Ignacy. Caminhos Para o Desenvolvimento Sustentável. Rio de Janeiro: Garamond, 2000.

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