Palavras-chave: Bacia Hidrográfica, Conflito Socioambiental, Geotecnologias.
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- Maria dos Santos Osório
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1 GEOTECNOLOGIAS APLICADAS AO ESTUDO DOS CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO RIACHÃO Maykon Fredson Freitas Ferreira Déborah Marques Pereira Gabriel Alves Veloso Lilian Damares de Almeida Silva Marcos Esdras Leite Resumo Este trabalho tem por objetivo, mapear o uso do solo na Bacia Hidrográfica do Rio Riachão, no Norte de Minas Gerais, a fim de identificar as possíveis causas dos conflitos socioambientais, evidenciados por disputas pelo uso da água. Isso foi possível através da utilização de ferramentas e técnicas observadas dentro das geotecnologias, que são capazes de realizar análises detalhadas das características físicas de uma determinada área e gerar mapas, gráficos, tabelas e quadros a respeito do seu comportamento ambiental. Para tanto, foi feito o mapeamento do uso do solo na bacia hidrográfica do Riachão nos anos de 1999 e 2009, estabelecendo uma análise temporal da evolução dos componentes físicos e naturais que podem gerar o desabastecimento hídrico. Para isso, utilizou-se como procedimento metodológico o tratamento de imagens orbitais do satélite norte americano Landsat 5 (TM) e os softwares Spring 4.33 e ArcGis Map 9.3 para gerar a classificação do uso do solo da bacia e mapas temáticos. Com isso, foi constatado que a bacia está sofrendo nítidas modificações na sua composição florestal, uma vez que as áreas ocupadas por cultivos agrícolas, pastagens, monocultura de eucalipto e outros ocupam grandes áreas. Toda essa estrutura encontrada principalmente no alto curso do rio pode causar os problemas relacionados à falta de água, principal reivindicação da população que necessita do rio para desenvolvimento de atividades econômicas, consumo humano e dessendentação de animais. Espera-se, que este trabalho contribua para o poder público e a população residente nas imediações do rio como um instrumento de apoio, visto que, indica os principais motivos que podem degradar o curso hídrico, uma vez que, obtém-se um mapeamento da dinâmica do uso do solo da bacia. Palavras-chave: Bacia Hidrográfica, Conflito Socioambiental, Geotecnologias.
2 Introdução O Norte de Minas Gerais é reconhecido como uma região com freqüentes problemas relacionados à falta de água e distribuição da mesma, pois, sua localização privilegia clima com baixa precipitação durante o ano e alta média térmica. Além disso, esta região vem passando por mudanças no uso e ocupação do solo, já que, agora existem grandes áreas destinadas à pastagem, silvicultura e culturas agrícolas. Desde muito tempo, as discussões que envolvem o uso da água permeiam entre as populações, pois, estes recursos se caracterizam por ser um bem estratégico para o estabelecimento da sociedade. Não obstante, a falta deste recurso pode se tornar um empecilho ao desenvolvimento (TUNDISI, 2005). Apesar de grande parte da população reconhecer a importância dos recursos hídricos, muitas ações humanas estão direcionadas para a sua degradação, e, isso traz graves conseqüências sociais e econômicas para as presentes e futuras gerações. Conforme VIANA 2001, p. 02: Se não forem modificadas as atuais práticas de manejo, desperdício e degradação ambiental, que, aliadas ao crescimento populacional, têm reflexos diretos nos recursos hídricos, poderemos ter um colapso das reservas de superfície e das subterrâneas mais rasas, que não conseguirão atender a um incremento de mais 2 bilhões de pessoas até o ano 2025, que demandará aproximadamente km³/ano para uma disponibilidade de 9 mil km³/ano de água distribuída de maneira muito diferenciada. LIMA E SILVA et al. (1999) destacam que a degradação ambiental ocorre em toda parte, no entanto, com intensidades diferentes, que dependem do nível das técnicas utilizadas na exploração dos recursos naturais e da preocupação da sociedade local em conservar tais recursos. Isto pode gerar expressivos danos, tanto ao meio natural como, também, aos seres vivos, incluindo o próprio homem. No Brasil, os conflitos pelo uso da água ainda não se tornaram críticos, isto é, não se tem indícios de conflitos violentos em nível nacional. Contudo, sabe-se que as disputas pela água brasileira estão muito mais ligadas à dinâmica econômica, ou seja, na utilização dos recursos hídricos para a realização de atividades agrícolas e industriais (REBOUÇAS, 2004).
3 Essa situação suscita discussões que englobam o planejamento integrado da bacia hidrográfica, nas quais, os gestores públicos devem promover ações que visem o desenvolvimento econômico que seja viável e ambientalmente correto, a fim, de promover a sustentabilidade da região. Nessa direção, a bacia hidrográfica configura-se como uma unidade de gerenciamento, e é de grande relevância, visto que esta se consolida num sistema natural bem delimitado espacialmente, onde os componentes naturais se interagem e se complementam. Além disso, caracteriza-se como uma unidade geográfica de fácil reconhecimento e observação, considerando que não há qualquer área de terra, por menor que seja que não se integre a uma bacia hidrográfica e, quando o problema central é água, a solução deve estar estreitamente ligada ao seu manejo e manutenção. (SANTOS, 2004, p ) Para que a gestão das bacias hidrográficas se torne mais eficiente, PORTO E PORTO (2008) consideram que é necessário se obter informações rápidas, eficientes e repetitivas sobre suas características socioambientais. Dessa forma, as geotecnologias são capazes de desenvolver esse tipo de análise, uma vez que, essas tecnologias possibilitam geração, armazenamento, manipulação e divulgação de dados geográficos de forma repetitiva e eficiente. MIRANDA (2005) ressalta que as geotecnologias existentes possibilitam a aquisição e manipulação de informações espaciais, sendo ferramentas relevantes para o levantamento, monitoramento e mapeamento dos recursos naturais. Portanto são excelentes técnicas para se desenvolver análises que envolvem o uso da água, já que, é possível identificar todo o uso do solo de uma determinada área e correlacioná-lo ao comportamento hidrológico da bacia. A partir dessas considerações e diante das disputas pelo uso da água na bacia hidrográfica do rio Riachão, Norte de Minas Gerais, este trabalho tem por objetivo, mapear o uso do solo na Bacia, a fim de identificar as possíveis causas dos conflitos socioambientais ocorridos.
4 Este estudo forneceu dados científicos, obtidos por sensores remotos e manipulados em ambiente de SIG, que podem auxiliar o processo de gerenciamento da bacia hidrográfica do rio Riachão e identificar melhores parâmetros de análise para conservação dos recursos hídricos, tendo em vista a sua importância social e econômica. Materiais e Método Com a finalidade de alcançar os objetivos propostos por este trabalho, foi necessário desenvolver uma série de procedimentos tecnológicos e metodológicos através do qual, foi utilizado o Sensoriamento Remoto e do Sistema de Informação Geográfica (SIG). Com isso, foi estabelecido um estudo temporal do uso do solo na bacia hidrográfica do rio Riachão, a partir da utilização de imagens obtidas por satélite, dos anos 1999 e Assim, na primeira etapa foi feita uma revisão bibliográfica de obras de diversos autores que utilizam as técnicas geotecnológicas em análises de uso do solo em bacias hidrográficas e áreas afins, com o objetivo de dar maior sustentação teórica à pesquisa. Todo o embasamento teórico foi acompanhado do trabalho de campo que permitiu uma análise sistemática da bacia hidrográfica. Em seguida, buscou-se no sitio da Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias Embrapa, a imagem Shuttle Radar Topographic Mission (SRTM), modelo digital de elvação, a carta de 1: SE-23- X-A, na qual foi utilizado o software ArcGis Map 9.3 para delimitação da bacia do rio Riachão. Os dados orbitais foram adquiridos a partir do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais INPE, através das imagens provenientes do sensor TM do Satélite LandSat 5. A resolução espacial desses produtos é de 30 metros no pancromático com 7 bandas espectrais. Utilizou-se as bandas 3, 4 e 5 das órbitas 218 e 219 dos pontos 71 e 72 das imagens LandSat 5 TM. No software Spring 5.0.6, as imagens foram tratadas, gerando a composição multiespectral. Dessa forma, a composição colorida resultante foi a banda 3 no azul, a banda 4 no verde e a banda 5 no vermelho.
5 Após a composição multiespectral das imagens, realizou-se o registro das imagens, que é um reposicionamento espacial em que se utiliza a base do arquivo em formato shp da hidrografia de Minas Gerais, proveniente do Instituto Mineiro de Gestão das Águas IGAM. Posteriormente, foi feito o recorte da bacia utilizando a imagem e o limite da bacia em formato shp, adquirindo, assim, a bacia hidrográfica do rio Riachão. Com a imagem recortada, foi utilizado o procedimento de vetorização de algumas máscaras no software ArcGis Map 9.3 para diminuir o nível de confusão entre as classes de uso do solo. A imagem da bacia do rio Riachão foi classificada utilizando a técnica de classificação supervisionada, que é baseada no uso de algoritmos para se determinar os pixels que representam valores de reflexão característicos para uma determinada classe. Para tanto, utilizou-se neste trabalho o classificador MAXVER. Para classificar a imagem, foram escolhidas várias classes de uso do solo, a serem estabelecidas como: Vegetação natural, Pastagem, Eucalipto, Cultivo agrícola e outros. Realizada a classificação, os dados foram convertidos de Raster para Vetor, em que foi feito o cálculo da área de cada classe de uso do solo em quilômetros quadrados e tabulados em gráficos, possibilitando a análise da dinâmica da bacia. Finalizando o procedimento metodológico, foram elaborados mapas temáticos de uso e ocupação do solo na bacia do rio Riachão, o que facilitou a leitura de como essa área está sendo utilizada e como as atividades antrópicas podem influenciar na dinâmica hidrológica da bacia. Caracterização da Área A bacia do rio Riachão está localizada na mesorregião do Norte de Minas Gerais na microrregião geográfica de Montes Claros/MG, entre as coordenadas 43º55 11 e 44º28 47 de longitude oeste e entre as coordenadas 16º11 11 e 16º41 34 de latitude sul
6 Figura 1 Localização, divisão e municípios drenados pela bacia do Riachão. A bacia hidrográfica do rio Riachão, o qual é afluente da margem direita do rio Pacuí e subafluente do rio São Francisco, ocupa uma área de 1150 Km², drenando os municípios de Montes Claros, Coração de Jesus, Mirabela e Brasília de Minas. O clima da microrregião é do tipo subúmido seco, segundo a classificação de Thornthwaite, com concentração de chuvas nos meses de novembro a janeiro, período em que a umidade pode atingir valores da ordem de 76,3%. A média anual de precipitação total oscila entre 800 mm a 1200 mm e a média anual da evapotranspiração é de 1097,0 mm. Quanto ao relevo da área, se constitui basicamente de duas unidades, cujas cotas altimétricas variam entre 860 a 950 m. A 1ª superfície de aplainamento têm-se as superfícies tabulares que se destacam como primeiro nível de erosão constituindo-se na plataforma cimeira das chapadas e a 2ª superfície de aplainamento representando o segundo nível de erosão das chapadas marcada pela presença de vales ricos em solos
7 eutróficos e as encostas e desníveis de planaltos marcado pelo relevo suave ondulado e ondulado declives de 3 a 20% (JACOMINE et al., 1979). No tocante aos solos, quatro são os tipos mais marcantes na área, as Areias Quartzosas (AQ) que se apresenta como uma pequena mancha na porção NO do alto riachão, o Latossolo Vermelho- Amarelo (LV) e o Latossolo Vermelho- Escuro (LE) e o Podzólico Vermelho- Escuro (JACOMINE et al., 1979). A vegetação da área estudada é o cerrado e suas formações afins, isto é, o cerrado propriamente dito, o campo cerrado e o cerradão, a diferença básica entre eles reside na maior ou na menor presença de indivíduos com porte arbóreo ou arbustivo (JACOMINE et al., 1979). Resultados e Discussões A gestão da bacia hidrográfica do Riachão se torna emblemática no norte de Minas Gerais, haja vista que há um conflito ambiental instalado, que tem sua origem na forma desigual de uso da água. A água, enquanto bem público, deve ser distribuída igualmente para seus usuários, porém essa diretriz legal não está sendo praticada na bacia do Riachão. (AFONSO, 2008) Esta problemática se instalou na região com o processo de modernização agrícola, que começou na década de sessenta com os incentivos da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste, e tinha como objetivo diminuir as disparidades econômicas entre as regiões através do financiando de projetos como Programa das Áreas Integradas do Nordeste POLONORDESTE, que objetivavam a ampliação da fronteira agrícola com base na irrigação, o Programa Nipo-Brasileiro para o Desenvolvimento do Cerrado PRODECER. (AFONSO, 2008) O Programa de Desenvolvimento do Cerrado POLOCENTRO incentivava a modernização agrícola, fornecendo suporte aos empreendedores na assistência técnica e auxiliando na concessão ao crédito rural e na infra-estrutura. (AFONSO, 2008).
8 Entretanto, tais programas, apesar de terem como objetivo o desenvolvimento da região, causaram um aumento na desigualdade social, que historicamente já não era pequena, pois favorecia o grande empresário que detinha maiores recursos para investimentos nessa nova fase de modernização da agricultura. Isto prejudicou o pequeno agricultor, que em muitos casos foi obrigado a deixar suas terras para irem busca de melhores condições de vida, em muitos casos, provocando um crescimento desordenado das cidades. A modernização agrícola também provocou um aumento na degradação ambiental, pois a partir dos incrementos tecnológicos e incentivos governamentais, aceleraram os impactos no meio natural. Dentre as atividades correntes nessa região, que trazem grandes impactos no ecossistema natural, estão: a) a implantação da monocultura do eucalipto; b) produção visando o abastecimento das usinas de minério de ferro na região central do Estado o que provocou uma devastação da vegetação nativa; c) monocultura do algodão; d) a manutenção da pecuária extensiva que também provoca o desmatamento, inclusive das matas ciliares; e) os projetos de implantação da irrigação mecânica que em muitos casos pode prejudicar o sistema hidrológico do rio por seu alto consumo; f) desperdício de água; e outros. (AFONSO, 2008). Assim, observa-se que a bacia do rio Riachão lida com o uso desordenado do solo, que provoca graves conseqüências ao rio e às populações que vivem nesta área. Outro fator é que têm ocorrido disputas pela posse da água entre os pequenos proprietários de terra, que dependem diretamente da água do rio para sua sobrevivência, e os grandes empresários, que em sua grande maioria estão no alto curso do rio e utilizam de tecnologias mais avançadas para utilizar os recursos da bacia. Os usos do solo para diversos fins, como a plantação na monocultura do eucalipto, cultivo, pastagem e outros requerem uma modificação do espaço natural da bacia. Isso ficou perceptível no referido estudo nos anos de, 1999 e 2009, no qual foram observadas as mudanças na área da bacia durante os períodos analisados.
9 Tendo como período de análise um recorte temporal de dez anos, nota-se diversas modificações na composição do uso do solo na bacia. No ano de 1999 a vegetação natural ocupava 496 Km², que corresponde a 43% da área total da bacia, já a classe outros que representa a agropecuária que é um dos principais fatores responsáveis pela supressão da vegetação natural, ocupava uma área de 423 Km², que corresponde a 37% da área total da bacia. Outra atividade que ocupa uma significativa área é a monocultura do eucalipto, que ocupava em 1999 uma área de 197 Km², ou seja, 17% do total da bacia, além das áreas de cultivo que ocupava uma área de 10 Km², ou seja, 1% do total da bacia, Já a mata ciliar ocupava uma área de 25 Km², que corresponde a 2% da área da bacia. (Ver mapa 02) Mapa 2 Uso do solo na Bacia do Rio Riachão no ano de Os dados analisados no ano de 2009 apontam uma continuidade na perda da vegetação natural, que nesse período ocupava uma área de 388 Km², correspondendo a 33% do total da bacia, observa-se que há uma perda de 10% se comparada com o ano de 1999.
10 Na classe Outros (Pastagem, Pastagem degradada, Solo Exposto) foi percebido um aumento de 10% no ano de 2009 em relação à 1999, ocupando 528 Km², ou seja, 47% do total da bacia. Observa-se, também, que a monocultura do eucalipto se manteve praticamente a mesma no período de 1999 a 2009, neste último, a monocultura ocupava uma área de 198 Km², que corresponde a 17% do total da bacia. Já a classe Cultivo se manteve estável durante o período de 1999 a 2009, sendo que neste último período ela ocupava uma área de 11 Km², correspondente a 1% do total da bacia hidrográfica. E no que concerne a Mata Ciliar o período de 2009 apresentou 25 Km², ou seja, 2% do total da bacia hidrográfica (Ver mapa 03). Mapa 3 - Uso do solo na bacia do Rio Riachão no ano de Logo, a partir da análise do uso da terra na bacia hidrográfica do Riachão foi observado que o consumo de água é maior na parte alta da bacia hidrográfica. Essa análise está baseada na quantidade de pivôs centrais que estão localizados próximos à área de nascentes. A situação de oferta e consumo de água se agrava pelas classes de uso do
11 solo presentes na parte alta, como na predominância do eucalipto e escassez de vegetação natural, notadamente, a mata ciliar. AFONSO E PEREIRA (2005) escreveram que a escassez de água do Riachão, tornando-o intermitente na parte baixa, fez com que os pequenos produtores se organizassem, forçando o Instituto de Gestão das águas de Minas Gerais (IGAM) a intervir na forma de uso da água na parte alta dessa bacia. Conclusões As análises realizadas neste trabalho, sobre o uso do solo na bacia hidrográfica do rio Riachão, foram subsidiadas pelos dados extraídos de produtos orbitais, isto é, imagens de satélites, o que nos possibilitou verificar as potencialidades dos recursos tecnológicos no monitoramento ambiental. Com a análise das imagens observou-se que o uso do solo é intenso, visto que, tem trazido graves danos ao rio e, conseqüentemente, para as populações que dependem dele para a sua sobrevivência. Nota-se que as atividades antrópicas cresceram significativamente nos períodos analisados, conforme observa-se nas imagens utilizadas. Diante da análise feita neste trabalho, constatou que a principal área discutida neste trabalho, a parte alta da bacia do Riachão, a relação entre o social e o ambiental é intrínseca, tendo em vista que essa área é a principal responsável pelo volume de água do rio Riachão, que abastece os pequenos produtores das partes média e baixa dessa bacia. Logo, a forma do uso do solo na parte alta determina a disponibilidade de água para as outras áreas dessa bacia. Frente a essa situação apresentada, pode-se concluir que os dados e informações fornecidos pelas geotecnologias, possibilitam compreender a forma de relação socioambiental dos ocupantes de uma bacia hidrográfica. Portanto, as técnicas que compõem as geotecnologias podem e devem ser usadas para ordenar o uso dos recursos naturais de uma área de forma mais justa.
12 Referências AFONSO, P. C. S. Gestão e Disputa pela Água na Sub-Bacia do Riachão, Montes Claros/MG. Uberlândia: UFU, Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós- Graduação em Geografia, Universidade Federal de Uberlândia, AFONSO, P. C. S; PEREIRA, A. M. A questão da água na bacia do Riachão (MG): uso e gestão. Revista Cerrados. Montes Claros: Universidade Estadual de Montes Claros/ Departamento de geociências. v.3. n p. p JACOMINE, P. K. T. et al Levantamento exploratório-reconhecimento de solos do Norte de Minas Gerais (área de atuação da SUDENE). Recife: EMBRAPA SUDENE, 408p. LIMA e SILVA, P. P; GUERRA, A. J. T.; DUTRA, L. E. D. Subsídios para avaliação econômica de impactos ambientais. In: CUNHA, S. B.; GUERRA, A. J. T. (Org.): Avaliação e perícia ambiental. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, p MIRANDA, J. I. Fundamentos de Sistemas de Informações Geográficas/ Miranda, José Iguelmar. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica, PORTO, M. F. A.; PORTO, R. La L Gestão de bacias hidrográficas. Estudos Avançados. São Paulo. vol.22, n.63. REBOUÇAS, A. da C Água doce no mundo e no Brasil. In Rebouças, A. da C; Braga, B; Tundisi, J. G. (org.). Águas doces no Brasil: capital ecológico, uso e conservação. 3ed. São Paulo: Escrituras editora, 748p. p SANTOS, R. F. Planejamento Ambiental: teoria e prática. São Paulo: Oficina de Textos, TUNDISI, J. G. Água no século XXI: enfrentando a escassez.- 2ª ed.- São Carlos: Rima, VIANA, G.; SILVA, M.; DINIZ, N. (Organizadores). O Desafio da Sustentabilidade - Um debate sócio-ambiental no Brasil. Ed. Fundação Perseu Abrano, 2001.
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