Segunda-Feira, 22 de agosto de Bom dia,

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1 Segunda-Feira, 22 de agosto de 2016 Bom dia,

2 Governo deve intensificar esforços para aprovação das matérias do ajuste fiscal. Em meio ao início do julgamento do impeachment da presidente suspensa Dilma Rousseff, os esforços do governo ainda interino devem mesmo se concentrar em convencer o congresso a aprovar sem alterações as matérias referentes ao ajuste fiscal, em especial a PEC do teto do gasto público. Na última sexta-feira, Temer reuniu seus núcleos, econômico e político, além de lideranças do congresso, para "afinar o discurso" em busca da aprovação dessa e de outras importantes matérias, como a renegociação da dívida dos Estados com a União, sem alterações. Após a reunião, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que o governo deve enviar hoje o projeto de orçamento de 2017 ao Congresso, já em entrevista a Veja, o ministro disse que prevê que o aumento da projeção do PIB de 1,2% para 1,6% em 2017 deve trazer um impacto positivo na arrecadação de R$ 45 bilhões. Tanto a projeção para o PIB, quanto de elevação da arrecadação, estão acima das projeções médias que o mercado tem para o próximo ano. Ou seja, além de convencer o Congresso a aprovar as medidas, o governo também terá que convencer o mercado dos seus resultados. Mercado permanece mais otimista para com o PIB e inflação para 2017, aponta Boletim Focus desta semana. Segundo dados do Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, a média das projeções do mercado para o IPCA continuou a mostrar mais otimismo para a inflação em 2017, com a expectativa média indo para 5,12%, ante 5,14% na semana anterior, e 5,29% na leitura de quatro semanas atrás. Para o IPCA deste ano, não houve mudanças frente a semana anterior ficando em 7,31%, ante 7,21% há quatro semanas. Para o PIB deste ano, a média das projeções também apontou para estabilidade ante a semana imediatamente anterior, ficando em - 3,20%, frente uma queda de -3,28% há quatro semanas. Já para o PIB de 2017, o mercado se mostrou mais otimista, revisando as projeções médias para uma variação de 1,2%, ante uma expectativa de 1,1% na semana anterior. Já para a SELIC, sem alterações, permanecendo em 13,75% para o final deste ano, e 11% para 2017.

3 Arrecadação Federal continua decepcionando. De acordo com a Secretaria da Receita Federal, a arrecadação federal de julho atingiu um total de R$ 107,4 bilhões, valor 5,8% menor na comparação anual e pior do que as expectativas do mercado, que projetava uma arrecadação em torno de R$ 110,5 bilhões no período. A queda foi puxada principalmente pela menor arrecadação com impostos de importação, IPI e IOF. Essa decepção só reforça as preocupações com a situação fiscal do país e torna iminente a necessidade da aprovação de medidas como a PEC que limita os gastos públicos. Matéria apresentada no Valor Econômico, sobre o levantamento do Serasa Experian, mostra que o setor de varejo vem apresentando piora em sua situação financeira. A amostra de estudo da Serasa, comporta 300 cadeias de varejo, 11 dos 12 segmentos tem risco maior de insolvência neste ano. Quase todos os setores vieram ruins, a começar pelo setor de vestuário e lojas de departamento, onde a taxa de probabilidade de não honrar suas dívidas pulou de 11% em junho de 2015 para 27% no mesmo período de O setor atacadista também veio negativo, apresentando um percentual de 13% ante os 7%, já o setor de eletroeletrônicos e móveis ficou em 18% ante 9% no mesmo período de análise. O único segmento que não apresentou elevação foi o de artigos de casa e decoração que caiu 8% ante 10%. Destacamos que é esperada melhora para o setor de varejo no final do ano, entretanto, indicadores como taxa de desemprego elevada e crédito ainda fraco, devem prejudicar algumas empresas. Desta forma, mantemos a atenção para o setor e recomendamos a seletividade nos investimentos. As melhores opções são empresas que estão com baixo endividamento e reportando uma boa gestão em seu capital de giro e geração de caixa.

4 Agenda dos EUA. Hoje às 09h30, será divulgado nos EUA o Índice de Atividade Nacional (CFNAI) referente à Julho, que é medido pelo Federal Reserve (FED) e mensura a atividade industrial e de comércio de diversas categorias. Só hoje que a agenda está fraca nos EUA, pois ao longo da semana teremos vários indicadores importantes e o tão esperado discurso de Yellen em Jackson Hole na sexta-feira, podendo passar a impressão mais Dovish ou Hawish, lembrando que falta um mês para a próxima reunião do FED. Bolsas Mundiais em leve queda. As principais bolsas da Europa operam em ritmo de cautela ante expectativas com o discurso da presidente do FED, Janet Yellen, em Jackson Hole, após alguns representantes regionais se mostrarem mais otimistas com o crescimento da economia norte-americana, abrindo espaço para uma antecipação no aumento da taxa de juros por lá. As dúvidas com relação a força a OPEP na tarefa de estabilizar os preços do petróleo também pesou sobre a bolsa de Shanghai.

5 A Tecnisa (TCSA3) informou ao mercado que se iniciou o prazo para exercício do direito de preferência no aumento de capital da companhia. Nesse aumento de capital, além dos atuais controladores assumirem a

6 obrigação de subscreverem um valor mínimo em ações, a Cyrela (CYRE3) também se comprometeu a fazer um aporte de até R$ 100 milhões da companhia. O valor de emissão de cada nova ação é de R$ 2,00 e os papéis passam a ser negociados ex-direito de subscrição no dia 25 de agosto. Call Energisa (ENGI11). Segundo o Gerente de Relações com Investidores da Energisa, Eduardo Laudares, o principal foco da companhia segue sendo a melhoria da qualidade operacional e ganho de eficiência das distribuidoras adquiridas do Grupo Rede em Já sobre a recente captação realizada pela oferta pública de novas ações, Laudares ressalta que o principal objetivo foi reduzir a alavancagem da elétrica (após a captação o índice dívida líquida/ EBITDA deve ficar em torno de 3,4x ante os 4,2x apresentados no 2 trim/16), uma vez que os atuais patamares da taxa de juros dificultam a realização de novas aquisições (ainda que o interesse da companhia nas privatizações não esteja totalmente descartado). Estamos iniciando o acompanhamento das operações da companhia, e nossa primeira impressão foi positiva, principalmente pela possibilidade de ganho de rentabilidade de suas operações após todas as distribuidoras passarem pelo 4 Ciclo de Revisão Tarifária (o que deve ocorrer até 2018) e pelo potencial de expansão da base de ativos de suas principais distribuidoras, que são localizas em regiões "não maduras", onde o crescimento da rede de distribuição e o do consumo tendem a crescer acima da média nacional. Instituto Aço Brasil divulga dados mais animadores (GGBR4). Mas nem tanto assim, pois embora tenha ocorrido aumento de produção (em julho foi de crescimento de 6,4% frente a junho), as vendas continuam no vermelho (cerca de 7% abaixo na mesma base comparativa). Ainda assim, houve melhora nos segmentos de produtos planos utilizados em indústrias como máquinas e equipamentos, veículos e semiacabados enquanto que na divisão de laminados longos utilizados na construção civil a situação continua ruim. Em contrapartida, o consumo aparente (inclui vendas de material importado no país) acelerou do ritmo de início deste ano e as importações apresentaram importante redução na comparação com o mesmo período de Entendemos que os sinais de melhora ainda serão mistos, mas a percepção é de melhora para o setor, mesmo com o prognóstico ainda

7 negativo para O IABr continua esperando queda da ordem de 6,8% em termos de produção para este ano. Continuamos recomendando exposição apenas para Gerdau (GGBR4). Medidas da Abimaq são pleitos antigos e, por ora, não devem ser foco do governo (ROMI3). Propostas como: (i) taxa de juros que deixe o investimento produtivo mais atrativo; (ii) uma política industrial robusta com câmbio mais competitivo permitindo a atuação de empresas nacionais no mercado externo; (iii) algo parecido com uma política de conteúdo local para os vencedores de licitações por aqui; além da (iv) aprovação de uma regra nos programas de refinanciamento de débitos fiscais devem ser encaminhadas ao presidente Temer segundo veiculado no Valor Econômico. Tais demandas não são novidades no setor e segundo o próprio presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), dificilmente alguma medida será priorizada já que o foco atual do governo é o ajuste fiscal. Ainda assim, lembramos que empresas como a Romi (ROMI3) que tem grande foco no mercado doméstico tende a apresentar forte recuperação operacional na medida em que as condições setoriais melhorarem, sobretudo porque conta com elevado nível de ociosidade. Desta forma, quando a demanda apresentar consistente melhora a companhia terá capacidade de atendê-la sem a necessidade de investimentos adicionais, diluindo custos fixos e melhorando margens. Contudo, ainda não vislumbramos tal momento no curto prazo. AGENDA DE RESULTADOS AGENDA DE PROVENTOS

8 Abs. E BONS NEGÓCIOS.

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