PROF. MARCELO ARAGÃO JANEIRO DE 2014
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1 O TRIBUNAL DE CONTAS DO DISTRITO FEDERAL (LEI COMPLEMENTAR Nº 1/1994): JULGAMENTO DE CONTAS. PROCESSO DE TOMADA E PRESTAÇÃO DE CONTAS, PROCESSO DE TOMADA DE CONTAS ESPECIAL (RESOLUÇÃO 102/1998 TCDF). PROF. MARCELO ARAGÃO JANEIRO DE 2014
2 JULGAMENTO DE CONTAS Art. 7º Estão sujeitas à tomada de contas e, ressalvado o disposto no inciso XXXV do art. 5º da Constituição Federal, só por decisão do Tribunal de Contas podem ser liberadas dessa responsabilidade as pessoas indicadas nos incisos I a V do art. 6º desta Lei Complementar. Art. 8º As contas dos administradores e responsáveis a que se refere o artigo anterior serão anualmente submetidas a julgamento do Tribunal, sob a forma de tomada ou prestação de contas, organizadas de acordo com normas estabelecidas em instrução normativa. Parágrafo único. Nas tomadas ou prestações de contas, a que alude este artigo, devem ser incluídos todos os recursos orçamentários e extra-orçamentários, geridos ou não pela unidade ou entidade.
3 JULGAMENTO DE CONTAS Art. 7º Estão sujeitas à tomada de contas e, ressalvado o disposto no inciso XXXV do art. 5º da Constituição Federal, só por decisão do Tribunal de Contas podem ser liberadas dessa responsabilidade as pessoas indicadas nos incisos I a V do art. 6º desta Lei Complementar. Art. 8º As contas dos administradores e responsáveis a que se refere o artigo anterior serão anualmente submetidas a julgamento do Tribunal, sob a forma de tomada ou prestação de contas, organizadas de acordo com normas estabelecidas em instrução normativa. Parágrafo único. Nas tomadas ou prestações de contas, a que alude este artigo, devem ser incluídos todos os recursos orçamentários e extra-orçamentários, geridos ou não pela unidade ou entidade.
4 TOMADA DE CONTAS ESPECIAL HIPÓTESES ENSEJADORAS DE INSTAURAÇÃO DE TCE PELA AUTORIDADE ADMINISTRATIVA COMPETENTE: omissão no dever de prestar contas; não comprovação da aplicação dos recursos repassados pelo Distrito Federal, na forma prevista no inciso VI do art. 6º desta Lei Complementar ocorrência de desfalque ou desvio de dinheiros, bens ou valores públicos, ou prática de qualquer ato ilegal, ilegítimo ou antieconômico de que resulte dano ao Erário. OBJETIVOS DA TCE: para apuração dos fatos, identificação dos responsáveis e quantificação do dano.
5 TOMADA DE CONTAS ESPECIAL Não instaurada a TCE, o Tribunal determinará a sua instauração, fixando prazo para cumprimento dessa decisão. Se o dano causado ao Erário for de valor igual ou superior à quantia para esse efeito fixada pelo Tribunal, em cada ano civil: a TCE será desde logo, encaminhada ao Tribunal de Contas para julgamento; Se o dano for de valor inferior à quantia referida acima: a TCE será anexada ao processo da respectiva tomada ou prestação de contas anual do administrador ou ordenador de despesa, para julgamento em conjunto.
6 CONTEÚDO DE TOMADAS E PRESTAÇÕES DE CONTAS 1. relatório de gestão; 2. relatório do tomador de contas, quando couber; 3. relatório e certificado de auditoria, com o parecer do dirigente do órgão de controle interno, que consignará qualquer irregularidade ou ilegalidade constatada, indicando as medidas adotadas para corrigir as faltas encontradas, manifestando-se sobre a eficácia e eficiência da gestão orçamentária, financeira, contábil e patrimonial; 4. pronunciamento do Secretário de Estado supervisor da área ou da autoridade de nível hierárquico equivalente, na forma do art. 51 desta Lei Complementar; 5. o endereço do responsável, para efeito de comunicações que se tornarem necessárias.
7 DECISÕES EM PROCESSOS DE CONTAS Art. 11. A decisão em processo de tomada ou prestação de contas pode ser preliminar, definitiva ou terminativa. 1º Preliminar é a decisão pela qual o Conselheiro Relator ou o Tribunal, antes de pronunciar-se quanto ao mérito das contas, resolve sobrestar o julgamento, ordenar a citação ou a audiência dos responsáveis ou, ainda, determinar outras diligências necessárias ao saneamento do processo. 2º Definitiva é a decisão pela qual o Tribunal julga as contas regulares, regulares com ressalva ou irregulares. 3º Terminativa é a decisão pela qual o Tribunal ordena o trancamento das contas que forem consideradas iliquidáveis, nos termos dos arts. 21 e 22 desta Lei Complementar.
8 DECISÕES EM PROCESSOS DE CONTAS Art. 13. Verificada irregularidade nas contas, o Relator ou o Tribunal: I definirá a responsabilidade individual ou solidária pelo ato de gestão inquinado; II se houver débito, ordenará a citação do responsável para, no prazo estabelecido no Regimento Interno, apresentar defesa ou recolher a quantia devida; III se não houver débito, determinará a audiência do responsável para, no prazo estabelecido no Regimento Interno, apresentar razões de justificativa; IV adotará outras medidas cabíveis.
9 DECISÕES EM PROCESSOS DE CONTAS 1º O responsável cuja defesa for rejeitada pelo Tribunal será cientificado para, em novo e improrrogável prazo estabelecido no Regimento Interno, recolher a importância devida. 2º Reconhecida pelo Tribunal a boa-fé, a liquidação tempestiva do débito atualizado monetariamente sanará o processo, se não houver sido observada outra irregularidade nas contas. 3º O responsável que não atender à citação ou à audiência será considerado revel pelo Tribunal, para todos os efeitos, dando-se prosseguimento ao processo.
10 DECISÕES DEFINITIVAS Art. 17. As contas serão julgadas: I regulares, quando expressarem, de forma clara e objetiva, a exatidão dos demonstrativos contábeis, a legalidade, a legitimidade e a economicidade dos atos de gestão do responsável; (QUITAÇÃO PLENA) II regulares com ressalva, quando evidenciarem impropriedade ou qualquer outra falta de natureza formal de que não resulte dano ao Erário; (QUITAÇÃO COM DETERMINAÇÃO)
11 DECISÕES DEFINITIVAS III irregulares, quando comprovada qualquer das seguintes ocorrências: a) omissão no dever de prestar contas; b) prática de ato de gestão ilegal, ilegítimo, antieconômico, ou infração à norma legal ou regulamentar de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional ou patrimonial; c) dano ao Erário decorrente de ato de gestão ilegítimo ou antieconômico; d) desfalque ou desvio de dinheiros, bens ou valores públicos. 1º O Tribunal poderá julgar irregulares as contas no caso de reincidência no descumprimento de determinação de que o responsável tenha tido ciência, feita em processos de tomada ou prestação de contas.
12 RECURSOS EM PROCESSOS DE CONTAS RECURSOS RECONSIDERAÇÃO EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REVISÃO CARACTERÍSTICAS Será apreciado por quem houver proferido a decisão recorrida e será formulado por escrito uma só vez, dentro do prazo de trinta dias. Devem ser opostos por escrito, dentro do prazo de dez dias, para corrigir obscuridade, omissão ou contradição da decisão recorrida. Interposto contra decisão definitiva, ao Plenário, por escrito, uma só vez, dentro do prazo de cinco anos, e fundar-se-á: a) em erro de cálculo nas contas; b) em falsidade ou insuficiência de documentos em que se tenha fundamentado a decisão recorrida; c) na superveniência de documentos novos com eficácia sobre a prova produzida. EFEITO SUSPENSIVO SIM SIM NÃO
13 TIPOS DE PROCESSOS DE CONTAS NO TCDF Prestação de contas: contas organizadas pelos dirigentes das entidades da Administração Indireta, incluídas as fundações; Tomada de contas: contas organizadas pelos administradores e demais responsáveis da Administração Direta; Processo de contas ordinárias ou anuais: é o processo de tomada ou prestação de contas referente a exercício financeiro determinado; Processo de contas extraordinárias: é a tomada ou prestação de contas que, conforme o caso, decorre da extinção, dissolução, transformação, fusão, incorporação, cisão, liquidação ou privatização de órgãos ou entidades da Administração Pública direta ou indireta, inclusive as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público do Distrito Federal.
14 QUEM ESTÁ SUJEITO À PRESTAÇÃO DE CONTAS AO TCDF? Todos aqueles que: a) utilizem, arrecadem, guardem, gerenciem ou administrem dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais respondam do Distrito Federal e as entidades de sua administração indireta, incluídas as fundações públicas, bem como os que, em nome desses, assumam obrigações de natureza pecuniária; b) derem causa a perda, estrago, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo para o patrimônio do Distrito Federal ou de entidades da administração indireta, incluídas as fundações;
15 QUEM ESTÁ SUJEITO À PRESTAÇÃO DE CONTAS AO TCDF? c) sejam dirigentes ou liquidantes de empresas encampadas, sob intervenção ou que, de qualquer modo, venham a integrar, provisória e permanentemente, o patrimônio do Distrito Federal ou de outras entidade pública; d) dirijam entidades dotadas de personalidade jurídica de direito privado que recebam contribuições da Administração do Distrito Federal e prestem serviços de interesse público ou social; e e) devam prestar-lhe contas, por expressa disposição de lei. A jurisdição do Tribunal estende-se aos sucessores das pessoas referidas acima, até o limite do patrimônio transferido.
16 ORGANIZAÇÃO DOS PROCESSOS DE CONTAS Os processos de contas devem incluir todos os recursos, orçamentários e extra orçamentários, utilizados, arrecadados, guardados ou geridos pela unidade jurisdicionada ou pelos quais ela responda, inclusive aqueles oriundos de fundos de natureza contábil, recebidos de entes da Administração Pública ou descentralizados para execução indireta.
17 PROCESSOS DE TOMADA DE CONTAS ORDINÁRIA (PEÇAS): I - relatório conclusivo do organizador das contas; II - relatório anual das atividades, firmado pelo administrador ou ordenador de despesas; III - demonstrações financeiras, patrimoniais e de execução orçamentária, acompanhadas, quando for o caso, de termos de conferência de valores e extratos ou memorandos bancários e respectiva conciliação dos saldos, bem como os demonstrativos sintéticos da movimentação de material no almoxarifado no exercício; IV - inventário físico dos bens permanentes e do material existente no respectivo almoxarifado no final do exercício; V - demonstrativo de suprimentos de fundos; VI - pronunciamento conclusivo do órgão de contabilidade;
18 PROCESSOS DE TOMADA DE CONTAS ORDINÁRIA (PEÇAS): VII - relatório do controle interno sobre a eficácia e eficiência da gestão orçamentária, financeira, contábil e patrimonial; VIII - relatório de auditoria elaborado pelo órgão próprio da Administração, com o resultado de inspeções ou auditorias realizadas no período; IX - certificado de auditoria, que contenha: a) qualificação funcional do responsável pelas contas e o período a que se referem; b) declaração de que os registros e demonstrativos contábeis foram processados de conformidade com as normas vigentes; c) esclarecimento quanto ao exame dos documentos que originaram a tomada de contas; d) declaração quanto à observância dos princípios fundamentais de contabilidade; e) ressalvas ou restrições, com os motivos delas determinantes; f) situação do responsável perante a Fazenda Pública; e
19 PROCESSOS DE TOMADA DE CONTAS ORDINÁRIA (PEÇAS): X - pronunciamento conclusivo sobre a regularidade das contas, feito por autoridade competente para a supervisão setorial, com indicação, no caso de irregularidade, das providências para resguardo do interesse público.
20 PRESTAÇÃO DE CONTAS DE AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES I - relatório do organizador do processo; II - relatório anual das atividades, firmado pelo administrador ou pelo ordenador de despesas; III - balanço orçamentário IV - balanço financeiro; V - balanço patrimonial, acompanhado de: a) termo de conferência de saldo em caixa, almoxarifados e depósitos de bens; b) extratos de contas correntes ou memorandos bancários comprobatórios dos saldos, devidamente conciliados; c) demonstração discriminada dos saldos dos créditos vencidos, com as razões do não-recebimento; d) demonstração discriminada das dívidas vencidas, indicando-se as razões do não-pagamento; e) demonstração sintética das imobilizações, indicados o saldo do exercício anterior e as aquisições e baixas havidas no período; VI - demonstração das variações patrimoniais; VII - pronunciamento ou parecer conclusivo do Conselho Deliberativo ou órgãos equivalente;
21 PRESTAÇÃO DE CONTAS DE AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES VIII - parecer conclusivo do Conselho Fiscal ou órgão equivalente, com indicação: a) das irregularidades apuradas no exame das contas e no desempenho de suas atribuições, no período; e b) da situação dos dirigentes responsáveis perante os cofres da entidade; IX - relatório do controle interno sobre a eficiência e a eficácia da gestão contábil, financeira, orçamentária e patrimonial da entidade; X - relatório de auditoria expedido pelo órgão próprio da Administração, com o resultado de auditorias ou inspeções realizadas no período; XI - certificado de auditoria; XII - pronunciamento conclusivo sobre as contas, assinado pelo titular da Secretaria a que estiver vinculada a entidade, com indicação, em caso de irregularidade, das providências adotadas para resguardo do interesse público.
22 TOMADA DE CONTAS ESPECIAL (RESOLUÇÃO 102/1998 TCDF): Em caso de desfalque, desvio de bens ou qualquer irregularidade, de que resulte lesão à Fazenda Pública, dever-se-á comunicar imediatamente o fato ao Tribunal e proceder-se à tomada de contas especial. A Tomada de Contas Especial TCE pode ser entendida como tomada de contas em circunstâncias especiais. A TCE é um instrumento legal destinado a identificar eventuais prejuízos na guarda e aplicação de recursos públicos com vistas ao ressarcimento do Erário.
23 INSTAURAÇÃO DA TCE Quanto à instauração, a norma estabelece que a autoridade administrativa competente, sob pena de responsabilidade solidária, deverá, no prazo máximo e improrrogável de 30 (trinta) dias a contar do conhecimento do fato, adotar providências objetivando regularizar a situação ou reparar o dano. Caso não tenha êxito, deverá imediatamente adotar providências com vistas à instauração de tomada de contas especial, para apuração dos fatos, identificação dos responsáveis e quantificação do dano.
24 FATOS QUE ENSEJAM A INSTAURAÇÃO DA TCE omissão no dever de prestar contas; não comprovação da aplicação dos recursos concedidos na forma de suprimento de fundos ou transferidos pelo Distrito Federal mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, bem como a título de subvenção, auxílio ou contribuição; ocorrência de desfalque ou desvio de dinheiros, bens ou valores públicos; ou prática de qualquer ato ilegal, ilegítimo ou antieconômico de que resulte dano ao Erário.
25 INSTAURAÇÃO DA TCE Ocorrendo omissão da autoridade competente, o Tribunal determinará a instauração de tomada de contas especial, sem prejuízo das sanções pertinentes. O Tribunal poderá, a qualquer tempo, determinar a instauração de tomada de contas especial, independentemente das medidas administrativas internas e judiciais adotadas, se entender que o fato motivador possui relevância suficiente para ensejar a apreciação. O ato de instauração da tomada de contas especial deve ser comunicado ao Tribunal, no prazo de 05 (cinco) dias, com as seguintes informações: I - número do processo de tomada de contas especial; II - data da ocorrência do fato e/ou do seu conhecimento; III - descrição clara do objeto de apuração; IV - valor real ou estimado do prejuízo; V - membros designados para a comissão apuradora.
26 INTEGRAM O PROCESSO DE TCE: I - as comunicações por parte do servidor e chefia relativos à ocorrência de débito; II - ato de instauração da tomada de contas especial; III - relatório da Comissão de Sindicância ou de Inquérito, quando for o caso; IV - registro da ocorrência policial e do laudo pericial, quando for o caso; V - termos originais dos depoimentos colhidos, assinados pelos depoentes e integrantes da comissão tomadora; VI - demonstrativo financeiro do débito em apuração, indicando a data da ocorrência do fato e os valores original e atualizado; VII - características, localização, registro patrimonial, valor e data de aquisição, estado de conservação e valor de mercado dos bens, quando for o caso; VIII - outros elementos que permitam formar juízo acerca da materialidade dos fatos e responsabilidade pelo prejuízo verificado;
27 INTEGRAM O PROCESSO DE TCE: IX - identificação do responsável, pessoa física ou jurídica, indicando: a) nome e data de nascimento; b) filiação; c) CPF ou CGC; d) endereço completo e número de telefone atualizados; e) cargo, função, matrícula e lotação, se servidor público do Distrito Federal; f) herdeiros, no caso de falecimento do responsável; X - relatório circunstanciado e conclusivo da comissão tomadora das contas contendo justificativa minuciosa, no caso de absorção do prejuízo pelo órgão ou entidade; XI - documentos que comprovem a reparação do dano causado ao Erário, quando for o caso; XII - registro dos fatos contábeis pertinentes; XIII - pronunciamento do dirigente do órgão ou entidade onde ocorreu o fato, com a especificação das providências adotadas para resguardar o interesse público e evitar a repetição do ocorrido;
28 INTEGRAM O PROCESSO DE TCE: XIV - Relatório de Auditoria emitido pelo órgão central do Sistema de Controle Interno do correspondente Poder; XV - Certificado de Auditoria emitido pelo órgão central do Sistema de Controle Interno do correspondente Poder, que deverá conter: a) identificação do responsável, nos termos do inciso IX deste artigo; b) valor atualizado do débito; c) manifestação acerca das contas; XVI - pronunciamento expresso e indelegável do Presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal ou do Secretário de Estado supervisor da área sobre as contas e os Relatório e Certificado emitidos pelo Controle Interno, atestando haver tomado conhecimento das conclusões neles contidas.
29 VALOR DA REPOSIÇÃO OU DO DÉBITO: A Administração deve determinar, preferencialmente, a reposição do bem, em lugar do simples ressarcimento de seu valor. No caso de desaparecimento de bens, o débito objeto de indenização pecuniária será fixado com base no valor de mercado do bem, levando-se em conta o tempo de uso e o estado de conservação. Na impossibilidade de se indicar o valor de mercado do bem desaparecido, por motivo devidamente justificado, o débito será determinado pelo valor de bem similar que permita cumprir as funções do material ou equipamento objeto da apuração.
30 PROCESSAMENTO DA TCE A comissão de tomada de contas especial deve ser composta de servidores estranhos ao setor onde ocorreu o fato motivador, podendo a escolha recair em servidores de outros órgãos e entidades. Se o responsável for Secretário de Estado ou dirigente de entidade da administração indireta, incluídas as fundações, a designação da comissão será feita, respectivamente, pelo Governador do Distrito Federal ou pelo Secretário a cuja supervisão estiver vinculada a entidade.
31 PROCESSAMENTO DA TCE Após a conclusão dos trabalhos pela comissão, os autos deverão ser encaminhados à unidade de contabilidade responsável, para registro dos fatos contábeis correspondentes. Em se tratando de bens, os autos deverão, ainda, ser remetidos ao setor de patrimônio, com vistas à realização dos pertinentes registros patrimoniais. Ultimadas as providências mencionadas anteriormente, os autos deverão ser encaminhados, à exceção da Câmara Legislativa do Distrito Federal e das Secretarias de Estado, ao dirigente do órgão ou entidade para a emissão do pronunciamento sobre as contas, e posteriormente enviados ao órgão central do Sistema de Controle Interno do correspondente Poder.
32 PROCESSAMENTO DA TCE As tomadas de contas especiais devem ser remetidas aos órgãos centrais dos Sistemas de Controle Interno dos Poderes Legislativo e Executivo no prazo de até 90 (noventa) dias, contados da data de sua instauração. Os órgãos de controle interno têm o prazo máximo de 30 (trinta) dias para adotar as seguintes medidas de sua competência, quais sejam: a) elaboração dos Relatório e Certificado de Auditoria; e b) encaminhamento dos autos ao Presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal ou ao Secretário de Estado supervisor da área para o pronunciamento sobre as contas. Os órgãos centrais dos Sistemas de Controle Interno poderão, preliminarmente, baixar em diligência o processo de tomada de contas especial que contenha falhas ou irregularidades, fixando prazo não superior a 20 (vinte) dias com o fito de saneá-las, comunicando o fato imediatamente ao Tribunal, para conhecimento.
33 PROCESSAMENTO DA TCE O Presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal ou o Secretário de Estado supervisor da área deve remeter a tomada de contas especial ao Tribunal de Contas no prazo de 10 (dez) dias, contados do recebimento do processo. Nas tomadas de contas cujo valor de apuração seja inferior à quantia fixada conforme o 2º do art. 9º da Lei Complementar nº 1/94, o órgão ou entidade deverá se utilizar de procedimentos sumários e econômicos de apuração de responsabilidade, assegurando, em qualquer hipótese, direito de ampla defesa e de contraditório aos envolvidos, sendo indispensáveis os elementos listados nos incisos XII e XIII do art. 3º da Resolução.
34 ENCERRAMENTO DA TCE Não se dará prosseguimento à TCE, encerrando-se os procedimentos em qualquer fase do processo, quando houver: I - ressarcimento integral do dano ou reposição do bem pelos responsáveis; II - reaparecimento ou recuperação do bem extraviado ou danificado; III - ausência de prejuízo. Também serão consideradas encerradas, independentemente do valor envolvido, as tomadas de contas especiais cujas apurações concluírem ser a responsabilidade pelo ressarcimento exclusivamente de terceiros, não vinculados à Administração Pública, devendo o órgão ou entidade adotar as providências administrativas ou judiciais cabíveis, fazendo-se o devido registro nos autos.
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