CONTRIBUIÇÃO À INVESTIGAÇÃO GEOTÉCNICA DE VIAS URBANAS NÃO PAVIMENTADAS ATRAVÉS DO EMPREGO DO PENETRÔMETRO DINÂMICO DE CONE

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "CONTRIBUIÇÃO À INVESTIGAÇÃO GEOTÉCNICA DE VIAS URBANAS NÃO PAVIMENTADAS ATRAVÉS DO EMPREGO DO PENETRÔMETRO DINÂMICO DE CONE"

Transcrição

1 CONTRIBUIÇÃO À INVESTIGAÇÃO GEOTÉCNICA DE VIAS URBANAS NÃO PAVIMENTADAS ATRAVÉS DO EMPREGO DO PENETRÔMETRO DINÂMICO DE CONE DISSERTAÇÃO SUBMETIDA À UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE MESTRE EM ENGENHARIA CIVIL LISEANE PADILHA THIVES DA LUZ FONTES Florianópolis, Março de 2001.

2 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO TECNOLÓGICO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL CONTRIBUIÇÃO À INVESTIGAÇÃO GEOTÉCNICA DE VIAS URBANAS NÃO PAVIMENTADAS ATRAVÉS DO EMPREGO DO PENETRÔMETRO DINÂMICO DE CONE Liseane Padilha Thives da Luz Fontes Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós - Graduação em Engenharia Civil da Universidade Federal de Santa Catarina como parte dos requisitos necessários para obtenção do título de Mestre em Ciências em Engenharia Civil. Florianópolis, Março de 2001.

3 ii CONTRIBUIÇÃO À INVESTIGAÇÃO GEOTÉCNICA DE VIAS URBANAS NÃO PAVIMENTADAS ATRAVÉS DO EMPREGO DO PENETRÔMETRO DINÂMICO DE CONE Esta dissertação foi julgada adequada para a obtenção do Título de MESTRE EM ENGENHARIA Especialidade Engenharia Civil (Área de Concentração: Infra- Estrutura e Gerência Viária), e aprovada em sua forma final pelo Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil. Prof. Dr. Glicério Trichês (Orientador) Prof. Dr. Jucelei Cordini (Coordenador do Curso) Apresentada à Comissão Examinadora, integrada pelos professores: Profª. Dra. Glaci Trevisan Santos (UFSC) Prof. Dr. Antônio Fortunato Marcon (UFSC) Prof. Dr. Jorge Augusto Pereira Ceratti (UFRGS)

4 iii A Deus. AGRADECIMENTOS À minha família, pelo apoio e compreensão. Ao professor Glicério Trichês, pela orientação, paciência, amizade e incentivo. Aos servidores da Universidade Federal de Santa Catarina, em especial do Curso de Pós-Graduação em Engenharia Civil (PPGEC), pelo auxílio. À Prefeitura Municipal de São José, pela liberdade de informação e apoio técnico. A todos os funcionários da Prefeitura de São José que auxiliaram esta pesquisa, em especial ao Secretário de Obras Eng. Djalma V. Berger e ao colega Eng. Túlio Márcio S. Maciel. Ao Departamento de Estradas de Rodagem (DER/SC), pelo apoio à pesquisa. A todos os colegas e professores do PPGEC, que ajudaram na caminhada do mestrado, em especial a Daniel Nolasco de Brito e a Joni Lima Pires. À empresa Pedrita Planejamento e Construção Ltda, pelo apoio técnico, em especial aos funcionários Eng. Paulo Roberto Foschi e Neri Manoel da Conceição. Aos professores Regina Davison Dias, Glaci Trevisan Santos, Antônio Fortunato Marcon e Marciano Macarini, pelo auxílio, com idéias e dados a esta pesquisa, em minha vida acadêmica. A todos os que auxiliaram com dados e informações a esta pesquisa.

5 iv S U M Á R I O 1. INTRODUÇÃO APRESENTAÇÃO DO TEMA DA PESQUISA JUSTIFICATIVA DA PESQUISA OBJETIVO GERAL Objetivos Específicos REGIÃO DE DESENVOLVIMENTO DA METODOLOGIA MAPA DE LOCALIZAÇÃO E SITUAÇÃO REVISÃO BIBLIOGRÁFICA GEOLOGIA E GEOTECNIA DA ÁREA ESTUDADA Tipo de Rochas da Região Estudada Solos, Horizontes e Classes de Solos CLASSIFICAÇÃO MCT Grupos de Classificação MCT Classificação MCT Através do Método das Pastilhas CLASSIFICAÇÃO HRB CLASSIFICAÇÃO USC MAPEAMENTO GEOTÉCNICO Introdução ao Mapeamento Geotécnico Importância do Mapeamento Geotécnico Definição de Mapeamento Geotécnico Representação gráfica de um Mapa Geotécnico METODOLOGIA DAVISON DIAS Estimativa das Unidades Geotécnicas PENETRÔMETRO DINÂMICO DE CONE Histórico O Equipamento A Operação do Ensaio em Campo A Operação do Ensaio em Laboratório Considerações Sobre a Utilização do Penetrômetro Dinâmico de Cone Interpretação dos Resultados de Campo... 34

6 v Correlações Existentes entre DN e CBR DIMENSIONAMENTO DE RODOVIAS DE BAIXO À MÉDIO VOLUME DE TRÁFEGO Método de Dimensionamento de Pavimentos Flexíveis - DNER/ Metodologia da Prefeitura Municipal de São Paulo Fórmula de Peltier Para o Dimensionamento de Pavimentos com lajotas METODOLOGIA DEFINIÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO Mapa de Localização Mapa do Bairro CONCEPÇÃO DA METODOLOGIA ENSAIOS DE CAMPO Ensaio do Penetrômetro Dinâmico de Cone - DCP Determinação do Índice de Penetração (DN) e Espessura do Revestimento Primário com o Penetrômetro Dinâmico de Cone - DCP Definição de CBR e h de Projeto Caracterização das Condições de Compactação do Revestimento Primário ENSAIOS DE LABORATÓRIO Ensaios de Caracterização Determinação da Correlação CBR x DN Para o Revestimento Primário Determinação da Correlação CBR x DN Para o Solo de Fundação PROCEDIMENTO PARA CONSIDERAÇÃO DO REVESTIMENTO PRIMÁRIO EXISTENTE NO DIMENSIONAMENTO DA ESTRUTURA Considerações Iniciais Dimensionamento da Estrutura Dados de entrada Cálculo da espessura total do pavimento, Ht Aproveitamento da espessura do material consolidado no dimensionamento Redimensionamento de Ht (quando h < Href) Considerações sobre o alargamento da plataforma... 69

7 vi 3.6 MAPEAMENTO GEOTÉCNICO APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DESENVOLVIMENTO PRÁTICO DA METODOLOGIA Ensaios de Laboratório Ensaios de Caracterização Classificação MCT Compactação e CBR Ensaios para determinação das correlações DN x CBR Correlações obtidas em laboratório Comparação com as Correlações Existentes Gráfico DCP Ensaios de Campo Penetrômetro Dinâmico de Cone Teor de Umidade Grau de Compactação Definição do CBR de projeto do revestimento primário Definição da Espessura de Projeto do Revestimento Primário Definição do CBR do Solo de Fundação Dimensionamento das Estruturas Trecho da rua Lino Silva, (Grupo 1) Trecho da rua Paulo Koester, (Grupo 2) Controle da Regularização da Camada de Revestimento Primário Critério para aceitação dos trechos recompactados ou substituídos Sistemática da Metodologia MAPEAMENTO GEOTÉCNICO

8 vii Introdução Dados Geológicos Dados Pedológicos Sobreposição dos Mapas Pedológico e Geológico Reconhecimento de Campo Análise de Laboratório Unidade Geotécnica Mapa Geotécnico CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANEXOS ANEXO A - GRÁFICO MCT, DADOS PEDOLÓGICOS E GEOLÓGICOS QUADRO A.1 - GRÁFICO MCT QUADRO A.2 - SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO PEDOLÓGICO QUADRO A.3 - SISTEMA DE CLASSIFICAÇÀO GEOLÓGICA SIMPLIFICADA QUADRO A.4 - JAZIDA DE SOLOS DA REGIÃO QUADRO A.5 - MAPA GEOLÓGICO QUADRO A.6 - MAPA PEDOLÓGICO ANEXO B - RESULTADOS DOS ENSAIOS DE CARACTERIZAÇÃO ANEXO B.1 - RESULTADOS DA ANÁLISE GRANULOMÉTRICA ANEXO B.2 - LIMITES DE ATTERBERG ANEXO B.3 - CLASSIFICAÇÃO MCT ANEXO B.4 -GRÁFICO DE PLASTICIDADE E CLASSIFICAÇÃO MCT ANEXO C - RESULTADO DOS ENSAIOS DE COMPACTAÇÃO E CBR ANEXO D - RESULTADOS DOS ENSAIOS DCP EM CAMPO

9 viii ANEXO E - ANÁLISE ESTATÍSTICA ANEXO E.1 - DETERMINAÇÃO DO CBR DE PROJETO DO SOLO DE FUNDAÇÃO ANEXO E.2 - DETERMINAÇÃO DO CBR DE PROJETO DO REVESTIMENTO PRIMÁRIO - CBRrev ANEXO E.3 - ESPESSURAS DO REVESTIMENTO PRIMÁRIO

10 ix LISTA DE QUADROS 1 - Sistema de Classificação HRB Sistema de Classificação do USC Faixas granulométricas de materiais para base granular (Método de Dimensionamento de Pavimentos Flexíveis - DNER/1979) Coeficientes de equivalência estrutural (Método de Dimensionamento de Pavimentos Flexíveis DNER/1979) Espessuras mínimas do revestimento betuminoso (Método de Dimensionamento de Pavimentos Flexíveis DNER/1979) Coeficientes de equivalência estrutural da Metodologia da PMSP Resultados dos ensaios de caracterização Resultados da Classificação MCT Resultados dos ensaios de laboratório para todas as amostras Resultados dos ensaios de Compactação para as amostras 1 e Resultados dos ensaios de CBR para as amostras 1 e Resultados dos ensaios de laboratório da amostra 1 em corpos de prova sem imersão Resultados dos ensaios de laboratório da amostra 1 em corpos de prova com imersão Resultados dos ensaios de laboratório da amostra 2 em corpos de prova sem imersão Resultados dos ensaios de laboratório da amostra 2 em corpos de prova com imersão Teores médios de umidade de campo, por rua Teores médios de umidade de campo, por Grupo Grau de Compactação de campo Valores de CBR de projeto do revestimento primário Espessuras de projeto do revestimento primário CBR de projeto do solo de fundação Níveis de tráfego para os tipos de ruas Convenções adotadas no dimensionamento

11 x 24 - Estruturas do pavimento para as ruas do bairro Dimensionamento a partir de Ht, com h igual a 10,0 centímetros Resultados da Classificação MCT para a jazida de solos da região

12 xi LISTA DE FIGURAS 1 - Rua urbana típica da região com o leito central consolidado pelo tráfego, o que não ocorre nos bordos pela ausência do tráfego Procedimento adotado para alargamento da via urbana, com emprego de uma retroescavadeira Procedimento adotado para alargamento da via urbana, com emprego de uma motoniveladora Procedimento adotado para compactação da via alargada Via urbana, após a regularização e compactação do subleito, pronta para receber a camada de sub-base Via urbana, após a compactação da camada de sub-base Defeito observado em uma via urbana após 6 meses de abertura ao tráfego Mapa de localização e situação do Município de São José Penetrômetro Dinâmico de Cone Operação do ensaio DCP em campo Curva DCP (profundidade x nº de golpes acumulados) Diagrama Estrutural Curva de Balanço Estrutural Correlações existentes entre DN e CBR Espessura total do pavimento em termos de material granular Simbologia utilizada no Método de Dimensionamento de Pavimentos Flexíveis - DNER/ Espessura total do pavimento, segundo a metodologia da PMSP Esquema elucidativo da metodologia da PMSP Mapa de localização da região estudada, Sertão do Imaruim Mapa do Bairro Sertão do Imaruim Posição transversal das medidas DCP na via Curva de correlação DN x CBR Ht - espessura total do pavimento necessária para proteger o revestimento 66

13 xii primário com CBRrev Condição de campo, onde o revestimento primário tem uma espessura h Estrutura dimensionada quando a espessura do revestimento primário existente é inferior a Href Moldagem das pastilhas para Classificação MCT Processo de reabsorção de água, durante o ensaio das pastilhas Ensaio de penetração com o DCP em laboratório Correlação DN s/imersão x CBR c/imersão, obtida para o Grupo Correlação DN s/imersão x CBR c/imersão, obtida para o Grupo Correlação DN s/imersão x CBR c/imersão, obtida para os dois Grupos Comparação da correlação obtida, com as correlações existentes entre DN e CBR Gráfico DCP para o Grupo Gráfico DCP para o Grupo Procedimento do ensaio DCP em campo, em uma estaca (rua Lino Silva, estaca 10, Grupo 2) Obtenção do DN e espessura do revestimento primário e, DN do solo de fundação Determinação da MEAS através do Método do Frasco de Areia DN de campo x Teor de Umidade de campo Intervalos Limites de umidade para os dois Grupos Verificação do critério do teor de umidade para DN s aceitáveis de campo, através das curvas de Compactação e CBR, para o Grupo Verificação do critério do teor de umidade para DN s aceitáveis de campo, através das curvas de Compactação e CBR, para o Grupo Limites de DN para diminuição de até 40% do valor do CBR para o Grupo Limites de DN para diminuição de até 40% do valor do CBR para o Grupo Limites de DN s através da critério da curva DN x h de laboratório Intervalo de DN s aceitáveis de campo Resultado do Ensaio DCP em campo, em uma estaca DN de referência para CBR de projeto igual a 16% Legenda padrão para as estruturas dimensionadas Espessura total de pavimento necessária para proteger o revestimento 105

14 xiii primário com CBRrev igual a 8% Estrutura a ser dimensionada, com CBRest igual a 7,4% Estrutura de pavimento dimensionada para a rua Lino Silva (Grupo1) Espessura total de pavimento necessária para proteger o revestimento primário com CBRrev igual a 16,0% Estrutura a ser dimensionada, com CBRest igual a 7,7% Estrutura dimensionada para a rua Paulo Koester (Grupo 2) Curvas DCP típicas em ensaios de campo Controle da regularização da camada final do revestimento primário, na rua José Matias Zimermann, nas futuras trilhas de roda

15 xiv RESUMO Este trabalho de pesquisa visa a proposição de uma nova metodologia para a investigação geotécnica de vias urbanas não pavimentadas contemplando o aproveitamento do material do corpo estradal já consolidado. A metodologia aplica-se em estudos com vistas à pavimentação dessas vias urbanas e tem como fundamento principal a utilização do Penetrômetro Dinâmico de Cone DCP para a definição da espessura e da capacidade de suporte do revestimento primário in situ, tanto na seção transversal como no sentido longitudinal da via. A partir dessas definições a metodologia considera a presença da camada consolidada no dimensionamento da estrutura do pavimento da via. Apresenta-se os conceitos básicos que serviram de embasamento técnico e científico dessa metodologia e uma aplicação prática em ruas urbanas que serão pavimentadas no município de São José, Santa Catarina. Nesse estudo prático procura-se avaliar as potencialidades do DCP como um instrumento tecnológico que oferece meios, de satisfatória precisão, no dimensionamento de pavimentos flexíveis de vias de baixo e médio volume de tráfego, e capaz de minimizar os custos de avaliação da capacidade de suporte. Conclui-se que a simplicidade e facilidade de uso da metodologia proposta, aliadas ao baixo custo dos equipamentos necessários, certamente garantirão sua utilização em larga escala, propiciando desta forma, um grande salto de qualidade na pavimentação urbana de nosso país.

16 xv ABSTRACT This research work proposes a new methodology for geotechnical investigation of no paved urban roads taking into account the consolidated road material already in place. The methodology is applied to study plans which aim paving these urban roads, and has its main foundation on the Dynamic Cone Penetrometer - DCP for defining the thickness and the support capacity of the covering primary in situ, for the transverse and longitudinal sections of the road. From these definitions, the methodology considers the presence of the consolidated layer for defining the structure of the road pavement. The basic concepts that were used as the technical and scientific foundation of the methodology are presented as well as a practical application in urban roads that will be paved in São José, Santa Catarina State. This practical study evaluated the potencialities of the DCP as a technological instrument which offers means with satisfactory precision for designing flexible pavements of roads of low to medium volume traffic, and capable of minimizing the costs of evaluation of the support capacity. It is concluded that the simplicity and facility of the use of the proposed methodology, allied to the low cost of the necessary equipments, certainly will guarantee its use in large scale and consequently providing a great increase in the quality of the urban paving in our country.

17 1 1. INTRODUÇÃO 1.1 APRESENTAÇÃO DO TEMA DA PESQUISA A pavimentação e manutenção das vias urbanas contribui significativamente para a melhoria da qualidade de vida das pessoas e representa para as Prefeituras pesados investimentos, alcançando algo em torno de 2% a 6% do orçamento do município. Geralmente, a pavimentação de vias é associada a uma boa administração do executivo. Entretanto, tem-se freqüentemente observado que em pouquíssimo tempo após a conclusão das obras, a estrutura apresenta defeitos estruturais tais como afundamentos plásticos e trincamento do revestimento. Isto porque, e a prática tem mostrado isto, na grande maioria dos municípios de pequeno e médio porte, quer por desconhecimento ou falsa economia, via de regra as obras rodoviárias urbanas são construídas sem qualquer estudo geotécnico do solo de fundação, projeto de pavimentação e, na grande maioria, executadas sem qualquer controle tecnológico. Geralmente, o projeto geométrico da via a ser pavimentada acompanha a topografia natural, utilizando-se um greide envolvente, evitando-se ao máximo cortes profundos, aterros muito altos e, principalmente, o desmonte de rochas. Isto, do ponto de vista geotécnico, é benéfico pois se evita remover, ou mexer, a camada de revestimento primário que, via de regra contém material de qualidade o qual, por anos e anos, sofreu consolidação devido à atuação do tráfego. Entretanto, em que pese tal constatação, nem sempre a presença desta camada consolidada é levada em conta no dimensionamento da estrutura do pavimento a ser executado. Por outro lado, face a sua pouca largura, normalmente uma via não pavimentada precisa ser alargada para comportar um gabarito mínimo e o acréscimo do volume de tráfego gerado. No geral, este alargamento ultrapassa as trilhas de roda externas, as quais definem visualmente até onde a camada do revestimento primário está efetivamente consolidada.

18 2 Normalmente, o aterro para o alargamento da via é executado sobre solos impróprios e sem controle tecnológico. E é justamente nesta região, onde irá trafegar o rodado externo dos veículos pesados, que predominantemente surgem os problemas na estrutura do pavimento. Observa-se, então, um paradoxo na sistemática da pavimentação das vias urbanas qual seja, na fase de projeto, o dimensionamento (quando se tem o projeto) da estrutura não tira proveito da presença da camada consolidada e na fase de execução, assume-se que a camada consolidada ocorre em toda largura da plataforma da via. Diante disto, a metodologia proposta neste trabalho visa, pois, definir uma sistemática que possibilite identificar a capacidade de suporte e a espessura da camada do material de revestimento primário, tanto transversalmente como longitudinalmente e, que poderá ser considerada no dimensionamento da estrutura do pavimento, bem como a capacidade de suporte do solo de fundação da via não pavimentada. A metodologia proposta abrange os seguintes tópicos principais: - o mapeamento geotécnico com vistas à implantação e ampliação do sistema viário de uma área do município de São José; - o procedimento para a definição da capacidade de carga da via não pavimentada com o uso do Penetrômetro Dinâmico de Cone; e - o dimensionamento da estrutura do pavimento. 1.2 JUSTIFICATIVA DA PESQUISA Muitas das pesquisas que envolvem a avaliação da capacidade de suporte do subleito são direcionadas às vias de grande fluxo de tráfego com vasta aplicação prática em projetos, sendo os aspectos referentes à aplicação em vias de baixo volume de tráfego, em grande parte dos casos, são poucos considerados em projetos. A justificativa para

19 3 este tipo de procedimento é o alto custo dos ensaios necessários para a realização de projetos nestas vias de baixo volume de tráfego. Ponce et. ai. (1991), observam que os pavimentos de vias secundárias geralmente não são considerados suficientemente importantes para justificar o número e os custos de ensaios para obter a capacidade de suporte efetiva do subleito necessária para o projeto e dimensionamento da estrutura. Segundo o autor, o ensaio do Penetrômetro Dinâmico de Cone é capaz de medir a capacidade de suporte do solo de fundação "insitu" com um baixo custo e fácil operação. Oliveira e Vertamatti (1997), consideram que a heterogeneidade de um pavimento pode ser maior do que se imagina, levando a dispersões em retro-análises e previsões de vida útil. Neste caso, o Penetrômetro Dinâmico de Cone - DCP torna-se ferramenta poderosa para melhor discretizar o meio, pois revela a estrutura real e não a média, sendo versátil até para o controle da compactação. O seu uso para previsão de vida útil, através do levantamento "in-situ" da estrutura real produzida para cada processo típico das Prefeituras, revela-se promissor, aliado ao fato de ser operacionalmente versátil. A grande maioria das obras rodoviárias executadas vias de baixo volume de tráfego são realizadas pelas Prefeituras Municipais, e estas normalmente, principalmente as de médio e pequeno porte, não possuem meios para dimensionar adequadamente seus pavimentos. Esta pesquisa é dedicada especialmente aos engenheiros e projetistas das Prefeituras Municipais, buscando em princípio a melhoria da qualidade e redução de custos da pavimentação urbana. Um país carente como o nosso necessita de pesquisas que, além de evitar dispêndios financeiros sem contudo reduzir a qualidade, possam ser dirigidas diretamente aos profissionais da área e fornecer meios de operação simples para sua aplicação prática. Concomitantemente, o desenvolvimento da Metodologia de Classificação de Unidades e Perfis Geotécnicos em regiões urbanas, locais com maior número de vias de baixo volume de tráfego, facilita a comparação de resultados obtidos a partir de ensaios de laboratório e comportamento mecânico dos solos dentro de uma mesma unidade

20 4 geotécnica, assegurando que para novos projetos, o número de ensaios a ser realizado seja bastante reduzido, segundo Davison Dias (1995). Pode-se observar conforme apresentado nas Figuras de 1 a 7, a condição de uma via típica da região, o procedimento atualmente adotado de terraplenagem para a pavimentação de uma via urbana e, o resultado final via de regra observado com a adoção deste procedimento. Figura 1 - Rua urbana típica da região com o leito central consolidado pelo tráfego, o que não ocorre nos bordos pela ausência do tráfego.

21 5 Figura 2 - Procedimento adotado para alargamento da via urbana, com emprego de uma retroescavadeira. Figura 3 - Procedimento adotado para alargamento da via urbana, com emprego de uma motoniveladora.

22 6 Figura 4 - Procedimento adotado para compactação da via alargada. Figura 5 - Via urbana, após a regularização e compactação do subleito, pronta para receber a camada de sub-base.

23 7 Figura 6 - Via urbana, após a compactação da camada de sub-base. Figura 7 - Defeito observado em uma via urbana após 6 meses de abertura ao tráfego.

24 8 1.3 OBJETIVO GERAL o trabalho desenvolvido nesta dissertação objetiva pois, a aplicação da tecnologia de dimensionamento de pavimentos flexíveis em vias urbanas de baixo volume de tráfego contemplando o aproveitamento da camada consolidada do revestimento primário existente. Para tanto, faz-se o uso do Penetrômetro Dinâmico de Cone - DCP, para a caracterização da capacidade de suporte da camada do revestimento primário existente e a sua espessura. Espera-se que a metodologia desenvolvida nesta pesquisa contribua para a mudança deste tipo de procedimento, ilustrado nas Figuras de 1 a Objetivos Específicos Espera-se que a metodologia proposta possa ainda alcançar os seguintes objetivos específicos: - aplicar a metodologia DCP e desenvolver uma correlação para a capacidade de suporte das vias na unidade geotécnica estudada objetivando o dimensionamento do pavimento das vias da área com o aproveitamento, quando possível, da espessura do revestimento primário "in situ"; e - desenvolvimento de um procedimento para o controle tecnológico da execução da camada final de terraplenagem das vias não pavimentadas através do emprego do DCP. 1.4 REGIÃO DE DESENVOLVIMENTO DA METODOLOGIA A região em que se desenvolve a metodologia localiza-se no município de São José, Santa Catarina, sendo denominada Sertão do Imaruim. A cidade de São José, que faz parte do conglomerado urbano da Grande Florianópolis situa-se na região centro-leste do Estado de Santa Catarina e é cortado, no sentido norte-sul, pela rodovia BR-101, e no sentido leste-oeste, pela rodovia SC-407.

25 O clima da região é classificado como mesotérmico, com precipitação distribuída por todo ano e bons índices de excedentes hídricos. O período mais chuvoso é entre os meses de janeiro a março e a precipitação média anual varia entre 1400 e 1600 milímetros. 9 Na área de estudo, há a predominância de rochas graníticas e gnáissicas e, solos tipo Podzólicos e Cambissolos. Os dados necessários para o estabelecimento da metodologia foram obtidos a partir do acompanhamento da pavimentação de diversas ruas urbanas do município e da realização de ensaios, tanto de campo como de laboratório. A escolha do município de São José, como campo de pesquisa, deveu-se aos seguintes aspectos: - haver receptividade da Prefeitura em colaborar com o trabalho acadêmico a ser realizado; - estar ampliando a pavimentação de sua malha viária significativamente, o que propiciaria o desenvolvimento da pesquisa a partir da verificação empírica com a investigação geotécnica das vias; - haver interesse da Prefeitura Municipal de São José em estruturar seu Setor de Planejamento e Projetos Viários com o uso de tecnologia simples e de baixo custo. A Figura 8 apresenta o Mapa de localização e situação do Município de São José em Santa Catarina.

26 MAPA DE LOCALIZAÇÃO E SITUAÇÃO Figura 8 - Mapa de localização e situação do Município de São José.

27 11 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1 GEOLOGIA E GEOTECNIA DA ÁREA ESTUDADA Tipo de Rochas da Região Estudada O conceito de rocha, segundo o American Geological Institute (1973), corresponde a qualquer material; consolidado ou inconsolidado (mas não solo); naturalmente formado, composto de dois ou mais minerais, ocasionalmente de um mineral e que apresente certo grau de constância química e mineralógica. A seguir descreve-se os principais tipos de rocha encontrados na região estudada. - Gnaisses: Saraiva (1993) descreve que os gnaisses são rochas metamórficas, foliadas, de granulação grosseira, que apresentam segregação mineral (bandeamento). Os gnaisses típicos apresentam bandas félsicas (listras claras) compostas predominantemente por quartzo e feldspato alternadas com bandas máficas (listras escuras) essencialmente micáceas e anfibólicas. - Granito: Saraiva (1993) descreve o granito como uma rocha ígnea plutônica, ácida, composta por feldspatos alcalinos, quartzo, plagioclásio e micas. O granito apresenta diversas cores como cinza claro, amarelo e rosa, sendo que a variação da cor provém da cor do feldspato. Esta rocha apresenta minerais bem formados pelo resfriamento lento e, uma granulometria que varia de média à grosseira. - Diorito: Saraiva (1993) descreve o diorito como uma rocha ígnea plutônica; intermediária; composta por plagioclásios, feldspatos alcalinos, quartzo e minerais máficos. O diorito apresenta coloração cinza escuro.

28 Solos, Horizontes e Classes de Solos Solo, segundo o American Geological Institute (1973), corresponde a todo material terroso inconsolidado, que ocorre sobre as rochas. Segundo Souza (1980), solo é um material poroso e não homogêneo, cujo comportamento é grandemente afetado pelo seu teor de umidade e pela sua compacidade, podendo ocorrer sob as formas de turfas, argilas moles, materiais siltoargilosos, pedregulhos, areias e suas diversas combinações. O processo de identificação dos solos inicia-se no campo através do exame do perfil, como observam Oliveira et. al. (1992), pelo qual os horizontes são identificados, delimitados e nomeados. A denominação dos horizontes é feita por símbolos representados por letras e números. Segundo as normas publicadas pelo SNLCS 1 (1974) da EMBRAPA 2 ; órgão vinculado ao Ministério da Agricultura; os horizontes e camadas principais são simbolizados por letras maiúsculas; A, E, B, C e R. Na descrição dos perfis, adiciona-se a essas letras, outras, minúsculas para notação das diferentes modalidades dos horizontes que são denominados subscritos e números arábicos que completam a designação dada pelas letras maiúsculas aos horizontes principais e servem para indicar descontinuidades do material originário a que são referidos os horizontes do perfil do solo. A seguir descreve-se os horizontes principais. - A - é o horizonte mineral superficial, de mais intensa ação da flora e fauna macro e micro. Aqui, são inconstantes os fatores temperatura e umidade. Sua espessura é variada e sua cor é mais escura que os horizontes subjacentes. 1 SNLCS Serviço Nacional de Levantamentos e Conservação de Solos. 2 EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária.

29 13 - E - é o horizonte mineral resultante da perda de minerais de argila, compostos de ferro, de alumínio ou matéria orgânica. Situa-se abaixo do horizonte A, do qual se diferencia pela cor mais clara. - B - é o horizonte mineral, subsuperficial, situado sob os horizontes E ou A, e tem origem nas intensas transformações do material de origem. Pode ter naturezas diversas e, em solos mais evoluídos as transformações pedogenéticas são acentuadas. Estas transformações podem se dar por alteração e deposição do material de origem, neoformação de argilas silicatadas e produção de óxidos. As cores são brunadas, amareladas ou avermelhadas. Sua estrutura pode ser em blocos, prismática, colunar ou granular. Possui as propriedades pedogenéticas mais estáveis e é reconhecido como o horizonte diagnóstico para distinção das classes de solos da classificação utilizada no Brasil. - C - é o horizonte ou camada de mineral pouca afetado pelos processos pedogenéticos, ou seja, preserva as características do material de origem. Oliveira et. al. (1982), entendem como horizonte C a capa de produtos detríticos de alteração inicial das rochas de origem (saprolítico) e rochas semi-consolidadas que, quando molhadas, podem ser cortadas com uma pá direita. - R - é a camada mineral de material consolidado que em muitos solos, constitui o substrato rochoso. Possui natureza variável como composição mineralógica, textura, jazimento, mergulho, estratificação, entre outros e, é função da espécie de rochas que formam o substrato local. Os subscritos relacionados de maior interesse para o trabalho são descritos, segundo Oliveira et. al. (1992). - i - o símbolo indica incipiente desenvolvimento e é utilizado como sufixo do horizonte B, para identificar o horizonte imaturo.

30 14 - g - o símbolo indica gleização intensa, ou seja, usado em horizontes ou camadas que, devido a prolongados períodos de encharcamento, apresentam cores acinzentadas, azuladas, esverdeadas compondo ou não mosqueamento. Aplicado aos horizontes B e C. - m - o símbolo é empregado para designar cimentação pedogenética irreversível, contínua ou quase contínua em seções cimentadas. - t - o símbolo indica acumulação de materiais de argila e é exclusivo do horizonte B. Atributos Principais são características que servem para distinguir as classes dos solos e estabelecer grupamentos. Identificados nos horizontes, têm importância por se referirem à natureza do solo e influência em seu comportamento. A seguir estão relacionados alguns deles, de maior interesse ao desenvolvimento do trabalho, de acordo com Oliveira et. al. (1992). - Argila de atividade alta (Ta) e baixa (Tb) - refere-se à capacidade de troca de cátions (CTC, i. e, valor T) da fração argila, determinada a ph 3 igual a 7,0 e descontada a contribuição da matéria orgânica. É pertinente ao horizonte diagnóstico B, ou ao C na ausência daquele. A argila tem atividade alta (Ta) quando a CTC é igual ou superior a 24 meq/100g argila (vinte e quatro miliequivalentes por cem gramas de argila) e, Tb quando é inferior a este valor. - Distrofia e Eutrofia - referem-se à proporção de cátions básicos trocáveis em relação à CTC, traduzindo as propriedades do solo quanto à saturação por bases. A saturação por bases é considerada alta quando seu valor é igual ou superior a 50% e são os solos eutróficos e, baixa quando inferior a este índice sendo então os solos distróficos. 3 ph Potencial hidrogeniônico.

31 15 - Contato lítico e litóide - o contato lítico é caracterizado pela passagem do solo a material subjacente coerente e rígido, resistente a ponto de não ser possível a escavação com uma pá. No contato litóide há menor solidez e a camada subjacente pode ser escavada com uma pá direita. - Minerais facilmente intemperizáveis - esta característica diz respeito à presença de minerais primários pouco ou medianamente resistentes à decomposição, como olivinas, feldspatos, hornblendas e piroxênios, mais instáveis em relação a outros como, por exemplo, o quartzo. - Propriedades vérticas - são decorrentes de manifestação de variações de volume do material componente, em razão da sua constituição coloidal (efeito de minerais de argila expansíveis), variações estas acionadas por molhagem e secagem dos horizontes dos solos fazendo o material expandir-se e contrair-se. São consideradas propriedades vérticas as seguintes: superfície de fricção, microrrelevo gilgai e fendilhamento. Dentre os horizontes diagnosticados na área em estudo tem-se: - A moderado - são de constituição mineral e um desenvolvimento pouco expressivo. Pode ter cor clara e/ou pouco carbono orgânico ou escuro e rico em matéria orgânica. É o mais comum nos solos brasileiros. - B textural - horizonte mineral caracterizado por significativo aumento da fração argila em relação ao horizonte A. É indicativa a presença de películas de material coloidal na superfície das unidades estruturais e também quando há textura argilosa a estrutura é em blocos ou em prismas de blocos. É diagnóstico dos Podzólicos. - B incipiente - horizonte mineral, cujo material sofreu intemperismo pouco intenso, mas suficiente para causar decomposição parcial com o conseqüente desenvolvimento de cor, produção de argila e desenvolvimento de estrutura. Sua diferenciação nos perfis é variável, podendo exibir feições diversas. É o horizonte diagnóstico dos Cambissolos.

32 16 Todos os solos brasileiros conhecidos estão agrupados em trinta e seis classes gerais. Descrevem-se as classes de solos abordadas neste trabalho, segundo Oliveira et. al. (1992). - Podzólico Vermelho-Amarelo - são solos minerais não-hidromórficos, com horizonte A seguido de B textural, argila de atividade alta ou baixa, cores vermelhas a amarelas. A seqüência de horizonte é A- Bt- C. Geralmente apresentam um gradiente textural acentuado e quando pouco espesso, o horizonte B apresenta a estrutura em blocos ou prismática. Possuem as mais variadas profundidades e texturas. O horizonte C diferencia-se do B pela textura menos argilosa, cor menos viva e menor desenvolvimento de estrutura. É comum apresentar-se mais friável e com vestígios de material rochoso em processo de alteração. Podem constituir solos intermediários com os Latossolos e Cambissolos, então chamados de Podzólicos Vermelho-Amarelo, Latossolos e Podzólicos Vermelho-Amarelo Câmbicos. Podem ser eutróficos ou distróficos e álicos. Dos Cambissolos, diferencia-se pela presença de horizonte B textural. Habitualmente ocorrem em terrenos de relevos mais dissecados. - Cambissolos - são solos minerais não-hidromórficos, com drenagem variando de acentuada até imperfeita, horizonte A seguido de B incipiente (Bi), de textura franco arenosa ou mais fina. São solos desde rasos a profundos e têm seqüência de horizonte A-Bi-C. O Bi pode ter diversas cores, mas em geral são tonalidades brunadas e amareladas. Os teores de silte são elevados. Apresentam estrutura em blocos ou maciça. Quando derivados de rochas como gnaisses, granitos, migmatitos, xistos e filitos, é usual a presença de relevantes teores de fragmentos de rochas e/ou de minerais primários facilmente intemperizáveis. Quando derivados de rochas básicas e ultrabásicas que se decompõe rapidamente, pode não restar minerais primários, mas no Bi há características indicando pouca evolução como a presença de fragmentos de rochas na massa do solo. Como os Cambissolos derivam de diversos materiais de origem e em climas diferenciados, eles podem ser álicos, distróficos, eutróficos, rasos ou profundos, argila de atividade alta ou baixa. São intermediários com as diversas classes, desde os Litólicos até os Latossolos. Ocorrem em diversos tipos de relevo.

33 CLASSIFICAÇÃO MCT Nogami e Villibor (1995) afirmam que a identificação geotécnica apresenta sérias dificuldades nas regiões tropicais, em virtude de os procedimentos mais utilizados não levarem em devida conta as peculiaridades dos solos tropicais. A metodologia MCT (utiliza corpos de prova MINIATURA, COMPACTADOS, mediante procedimento especial, e destinados especialmente para solos TROPICAIS), desenvolvida por Nogami e Villibor (1995), surgiu como uma necessidade diante das limitações dos procedimentos tradicionais de caracterização e classificação de solos. A classificação geotécnica MCT agrupa solos tropicais de acordo com o seu comportamento no estado compactado em duas classes principais que são os solos de comportamento laterítico, designados pela letra maiúscula L e os solos de comportamento não laterítico, designados pela letra maiúscula N. Os solos de comportamento laterítico são ainda divididos em três grupos: as areias lateríticas (LA), os solos arenosos lateríticos (LA ) e os solos argilosos lateríticos (LG ). Os solos de comportamento não laterítico são divididos em quatro grupos: as areias não lateríticas (NA), os solos arenosos não lateríticos (NA ), os solos siltosos não lateríticos (NS ) e solos argilosos não lateríticos (NG ) Grupos de Classificação MCT - GRUPO NA - os solos desse grupo são areias, siltes e misturas de areias e siltes, nos quais os grãos são constituídos essencialmente de quartzo e/ou mica. Praticamente não possuem argilosos coesivos e siltes caoliníticos. Os tipos genéticos representativos são saprolíticos, associados a rochas sedimentares ou metamórficas. As areias e siltes quartzosos são não expansivos e, as variedades micáceas podem ser altamente expansivas. Quando compactados, possuem capacidade de suporte de pequena a média e, geralmente são muito erodíveis.

34 18 - GRUPO NA - granulometricamente, os solos desse grupo são misturas de areias quartzosas com finos passando na peneira 4 com abertura de 0,075 mm, de comportamento não laterítico. Geneticamente, os tipos mais representativos são solos saprolíticos originados de rochas ricas em quartzo tais como granitos, gnaisses, arenitos e quartzitos impuros. Quando a areia for bem graduada e a porcentagem de finos obedecerem às condições estipuladas tradicionalmente, estes solos podem ser usados como bases de pavimentos. É recomendado avaliar a capacidade de suporte e as características expansivas, pois muitas de suas variedades podem ser expansivas e resilientes. - GRUPO NS - compreende os solos saprolíticos silto-arenosos, resultantes do intemperismo tropical nas rochas eruptivas e metamórficas, de constituição predominantemente feldspática-micácea-quartzosa. Estes solos caracterizam-se principalmente por terem, quando compactados na umidade ótima e massa específica aparente máxima da energia normal, baixa capacidade quando imersos em água: baixo módulo de resiliência; elevada erodibilidade e elevada expansibilidade. Em condições naturais, apresentam baixa massa específica aparente seca. - GRUPO NG - os solos deste grupo compreendem os saprolíticos argilosos que derivem de rochas sedimentares argilosas, pobres em quartzo e ricas em anfibólios, piroxênios e feldspatos cálcicos. Quando compactados nas condições de umidade ótima e massa específica aparente máxima da energia normal, apresentam características das argilas tradicionais muito plásticas e expansivas. 4 Peneira corresponde à especificação de peneiras de malha quadrada para a análise granulométrica de solos, segundo a ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas, EB 22 R.

35 19 - GRUPO LA - inclui-se neste grupo areias com poucos finos de comportamento laterítico. A percentagem de finos lateríticos dos solos deste grupo é baixa, assim que mesmo quando compactados, podem ser relativamente permeáveis e pouco coesivos e pouco contráteis quando secos, apesar de possuírem elevada capacidade de suporte e módulos de resiliência relativamente elevados. - GRUPO LA - os solos deste grupo são tipicamente arenosos. Quando devidamente compactados, adquire elevada capacidade de suporte, elevado módulo de resiliência, baixa permeabilidade e pequena expansibilidade. Estas propriedades possibilitam o seu uso em bases e sub-bases de pavimentos. Em condições naturais, possui baixa massa específica aparente seca e baixa capacidade de suporte. - GRUPO LG - os integrantes deste grupo são as argilas e as argilas arenosas. Quando possuem porcentagem relativamente elevada de grãos de areia podem apresentar propriedades similares às do solo do grupo LA, possuindo, entretanto, menores módulos de resiliência, maior plasticidade, menor massa específica aparente seca e maior umidade ótima para a mesma energia de compactação Classificação MCT Através do Método Expedito das Pastilhas A primeira tentativa feita para uma identificação expedita da classificação MCT foi proposta por Nogami e Cozzolino (1985) e aplicada por Fortes (1990) que apresentou um novo procedimento que permite classificar os solos identificados segundo grupos da Classificação MCT, porém ainda limitado a solos de granulação fina. Posteriormente Nogami e Villibor (1991) verificaram que a obtenção expedita da classe MCT pode ser feita com maior simplicidade, obtendo-se empiricamente os valores dos parâmetros e índice de classificação MCT pela consideração da contração, consistência e inchamento de corpos de prova moldados em anéis de 20 mm de diâmetro. Este ensaio subminiatura, segundo Nogami e Villibor (1995), possuem o seguinte procedimento:

36 20 1. moldagem: a fração que passa na peneira de 0,42 mm de abertura é umedecida e intensamente espatulada até uma consistência determinada, fixada pela plasticidade ou pelo uso de penetrômetro portátil e assim são moldadas as pastilhas; 2. contração: as pastilhas moldadas são postas a secar em estufa a 60º C (sessenta graus Celsius). A contração é medida diretamente por diferença entre o diâmetro do anel e o diâmetro da pastilha seca; 3. efeitos de reabsorção da água: os anéis contendo os corpos de prova são colocados sobre papel permeável saturado, por sua vez colocado sobre uma placa porosa com livre suprimento d água. Ao absorver a água, observam-se fenômenos como inchamento, trincamento e amolecimento. O amolecimento é medido considerando-se a consistência da pastilha, avaliada pela penetração de uma agulha padronizada com massa de 10 g (dez gramas) e diâmetro de 1,3 mm; 4. o grupo MCT é determinado de acordo com o Quadro A.1 (anexo A), através dos valores de contração e consistência. De acordo com Godoy e Nogami (1997), o ensaio expedito das pastilhas permite observar dez características dos solos analisados: contração diametral, expansão, penetração e demais propriedades: granulometria, umidade, consistência, tempo de ascensão, trincas, resistência ao esmagamento e coesão em água. Nogami e Villibor (1995) observam que, das dez características observadas, somente duas são necessárias para classificação preliminar MCT de solos (Quadro A.1, anexo A), a contração diametral por secagem das pastilhas de solo e a penetração de uma agulha padronizada após reabsorção d água. A contração está relacionada com o coeficiente c e a penetração com o índice e da Metodologia MCT (Nogami e Villibor, 1991). Godoy e Bernucci (2000) desenvolveram uma nova proposição adaptada para o Método das Pastilhas, através da moldagem de duas pastilhas por amostra em anéis de aço inoxidável de 35 mm de diâmetro interno por 10 mm de altura. Após a

37 21 moldagem, secagem em estufa e saturação em pedra porosa por 2 horas e 30 minutos, avalia-se a expansão, e determina-se a resistência à penetração e a quantidade de água reabsorvida pela amostra da seguinte maneira: - a expansão diametral é avaliada através de um paquímetro; - a resistência à penetração é medida da profundidade penetrada de cones com 60º e 10, 30 e 60 gramas sucessivamente; - a reabsorção de água é determinada pesando a pastilha. Após o ensaio, analisa-se o resultado, diferenciando-se as classes de solos pelas seguintes características do solo laterítico em oposição ao não-laterítico: expansão diametral baixa até 10%, a resistência à penetração é elevada, com penetrações até no máximo 6 mm com cone de 30 gramas e quantidade de água reabsorvida pela amostra é pequena, pois a perda de umidade é parcialmente irreversível. No que se refere aos solos com comportamento intermediário entre as classes laterítico e não-laterítico, a tendência é de se criar uma terceira classe designada de Solos Transicionais, como havia sugerido Vertamatti (1988). 2.3 CLASSIFICAÇÃO HRB O sistema de classificação do HRB (Highway Research Board) reúne os solos em grupos e subgrupos, em função da sua granulometria e plasticidade. Os solos granulares compreendem os grupos A - 1, A -2 e A - 3 e, os solos finos, os grupos A - 4, A -5, A - 6 e A - 7, três dos quais divididos em subgrupos. No Quadro 1, são indicados os tipos de material, sua identificação e classificação como subleito.

38 22 CLASSIFICAÇÃO GERAL SOLOS GRANULARES (P 200 < 35%) SOLOS SILTO - ARGILOSOS (P 200 > 35%) GRUPOS A - 1 A - 3 A - 2 A - 4 A - 5 A - 6 A - 7 Subgrupos A -1 - A -1 - A -2 - A -2 - A -2 - A -2 - A a b A P 10 < P 40 < 30 < 50 > P 200 < 15 < 25 < 10 < 35 < 35 < 35 < 35 > 35 > 35 > 35 > 35 LL < 40 > 40 < 40 > 40 < 40 > 40 < 40 > 40 LP < 6 < 6 NP < 10 < 10 > 10 > 10 < 10 < 10 > 10 > 10 Índice de Grupo (IG) < 4 < 4 < 8 < 12 < 16 < 20 Fragmentos Tipos de material Classificação como subleito de pedra, Areia Pedregulhos e areias siltosas pedregulho e Fina ou argilosas Solos siltosos Solos argilosos areia Excelente a Bom Regular a mau Quadro 1 - Sistema de Classificação do HRB. Notas do Quadro 1: a) P 10, P 40 e P 200 indicam, respectivamente, as porcentagens que passam nas peneiras números 10 (2 mm), 40 (0,42 mm) e 200 (0,074 mm); b) LL (Limite de Liquidez) e IP (Índice de Plasticidade), referem-se à fração passando na peneira 40; c) para o subgrupo A : IP LL - 30 e para o A : IP > LL - 30; d) a identificação é feita da esquerda para a direita, razão porque o A - 3 é colocado antes do A - 2, sem que isto signifique superioridade daquele sobre este;

39 23 e) IG = (P ) x [0,2 + 0,005 (LL - 40)] + 0,01 (P ) x (IP - 10) > 0 > 0 > 0 > 0 < 40 < 20 < 40 < SISTEMA UNIFICADO DE CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS (USC) O Sistema Unificado de Classificação (USC - Unefield Classifiction System), oriundo do A.C. (Airfield Classifiction System), foi idealizado por A. Casagrande, onde os solos são classificados em três grupos: grossos, finos e turfas. Os solos são designados por: a) pedregulhos ou solos pedregulhosos: GW, GC, GP e GM, e; b) areias ou solos arenosos: SW, SC, SP e SM. As letras representam as iniciais das palavras inglesas: - G - de gravel (pedregulho); - S - de sand (areia); - C - de clay (argila); - W - de well graded (bem graduado); - P - de poorly graded (mal graduado), e; - M - da palavra sueca mo, refere-se a silte. Ainda, as letras O, L e, H, refere-se à compressibilidade e significam: - O - de organic (orgânico); - L - de low (baixa), e; - H - de high (alta).

40 24 Os solos do grupo das turfas representam-se pelo símbolo Pt de peat (turfa). A Quadro 2, apresenta o resumo do Sistema Unificado de Classificação. CLASSIFICAÇÃO GERAL TIPOS PRINCIPAIS SIMBOLOS SOLOS GROSSOS Pedregulhos ou solos (Menos que 50% passando na pedregulhosos GW, GP, GM e GC P 200 ) Areias ou solos arenosos SW, Sp, SM e SC Baixa compressibilidade (LL < 50) SOLOS FINOS ML, CL e OL Siltosos ou argilosos (Mais que 50% passando na P 200 ) Alta compressibilidade (LL > 50) MH, CH e OH SOLOS ALTAMENTE ORGÂNICOS Turfas Pt Quadro 2 - Sistema de Classificação do USC. 2.5 MAPEAMENTO GEOTÉCNICO Introdução ao Mapeamento Geotécnico Mapa Geotécnico, segundo a UNESCO 5 (1970), é um tipo de mapa geológico que representa todos os componentes de um componente geológico de significância para o planejamento do solo e para projetos, construções e manutenções quando aplicados à engenharia civil e de minas. Diversos países como França, Estados Unidos, Inglaterra, Espanha e Austrália desenvolvem trabalhos de mapeamento geológico-geotécnicos voltados para a engenharia civil. 5 UNESCO - United Nations for Education, Science and Culture Organization.

41 25 No Brasil, vários trabalhos de mapeamento geológico-geotécnicos já foram realizados. No sul do Brasil, os mapeamentos geotécnicos apresentam resultados geomecânicos das unidades geotécnicas. Neste trabalho utiliza-se a metodologia de mapeamento geotécnico visando aplicação em obras de engenharia proposta por Davison Dias (1995) e aplicada por Abitante (1997) Importância do Mapeamento Geotécnico É extremamente importante e necessário o conhecimento das características dos terrenos frente à ocupação acelerada visando otimizar economicamente e de forma segura o uso racional do solo. O planejador deve ter conhecimento do potencial ou problemas do solo e do subsolo nas obras de engenharia. A cartografia geotécnica define métodos nos quais procura enquadrar unidades territoriais homogêneas formulando orientações técnicas para a ocupação e uso destas unidades. Para esta definição de unidades homogêneas, é necessário o conhecimento geotécnico do subsolo brasileiro com seus múltiplos universos. De acordo com Nogami e Villibor (1995), as diretrizes gerais para a elaboração de mapas geotécnicos têm seguido as publicações da IAEG 6 (1979), mas apresentam sérias dificuldades nas regiões tropicais úmidas em que as diretrizes referidas ficam sujeitas a várias restrições decorrentes das peculiaridades dos solos e do ambiente tropical em que os mesmos são encontrados e utilizados. Devido à diversificação dos solos brasileiros, somente mapas geológicos e pedológicos não são suficientes para estimar o comportamento geotécnico dos tipos de solos, neste caso, mapas geotécnicos facilitam o conhecimento a priori do material a ser utilizado Definição de Mapeamento Geotécnico Santos (1990), define mapa geotécnico como um documento complexo que integra um certo número de dados do solo e subsolo de uma região, sintetizando-os e interpretando-os, prevendo possíveis respostas à intervenção humana, pois o meio físico, além de suas potencialidades, também tem suas limitações de uso. 6 IAEG - Intenatinal Association of Engeneering Geology.

SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO DE SOLOS PARA PAVIMENTAÇÃO 1.1 CLASSIFICAÇÃO TRB TRANSPORTATION RESEARCH BOARD

SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO DE SOLOS PARA PAVIMENTAÇÃO 1.1 CLASSIFICAÇÃO TRB TRANSPORTATION RESEARCH BOARD SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO DE SOLOS PARA PAVIMENTAÇÃO 1.1 CLASSIFICAÇÃO TRB TRANSPORTATION RESEARCH BOARD A classificação HRB (Highway Research Board), é resultante de alterações da classificação do Bureau

Leia mais

ANEXO XIII ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS - ESTUDOS GEOTÉCNICOS

ANEXO XIII ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS - ESTUDOS GEOTÉCNICOS ANEXO XIII ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS - ESTUDOS GEOTÉCNICOS 2.2.1 - INTRODUÇÃO Os Estudos Geotécnicos foram realizados com o objetivo de conhecer as características dos materiais constituintes do subleito

Leia mais

Ensaios Geotécnicos Material do subleito os ensaios estão apresentados no quadro 01

Ensaios Geotécnicos Material do subleito os ensaios estão apresentados no quadro 01 PROCEDIMENTO PARA DIMENSIONAR PAVIMENTAÇÃO EM VIAS DE TRÁFEGO LEVE E MUITO LEVE DA PMSP PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULO/P01 1 Introdução Apresenta-se os procedimentos das diretrizes para o dimensionamento

Leia mais

FORMAS DE CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS

FORMAS DE CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS INTRODUÇÃO A diversidade e a enorme diferença de comportamento apresentada pelos diferentes solos natural agrupamento em conjuntos distintos aos quais são atribuídos algumas propriedades classificação

Leia mais

DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTO FLEXÍVEL Aula 2/4

DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTO FLEXÍVEL Aula 2/4 200799 Pavimentos de Estradas II DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTO FLEXÍVEL Aula 2/4 Prof. Carlos Eduardo Troccoli Pastana pastana@projeta.com.br (14) 3422-4244 AULA 04 1. INTRODUÇÃO: Para o dimensionamento

Leia mais

CURSO: PPGA DISCIPLINA: MAPEAMENTO E CLASSIFICAÇÃO DO SOLO

CURSO: PPGA DISCIPLINA: MAPEAMENTO E CLASSIFICAÇÃO DO SOLO CURSO: PPGA DISCIPLINA: MAPEAMENTO E CLASSIFICAÇÃO DO SOLO Adaptado de Solos do Brasil (Benjamim Pereira Vilela e Selma Simões de Castro) PROF. RENATA SANTOS MOMOLI Eng. Agrônoma Dra. em Solos e Nutrição

Leia mais

PAVIMENTO ESTUDOS GEOTÉCNICOS. Prof. Dr. Ricardo Melo. Terreno natural. Seção transversal. Elementos constituintes do pavimento. Camadas do pavimento

PAVIMENTO ESTUDOS GEOTÉCNICOS. Prof. Dr. Ricardo Melo. Terreno natural. Seção transversal. Elementos constituintes do pavimento. Camadas do pavimento Universidade Federal da Paraíba Centro de Tecnologia Departamento de Engenharia Civil Laboratório de Geotecnia e Pavimentação ESTUDOS GEOTÉCNICOS Prof. Dr. Ricardo Melo PAVIMENTO Estrutura construída após

Leia mais

SUMÁRIO 2.0 - SONDAGENS, AMOSTRAGENS E ENSAIOS DE LABORATÓRIO E CAMPO

SUMÁRIO 2.0 - SONDAGENS, AMOSTRAGENS E ENSAIOS DE LABORATÓRIO E CAMPO ESPECIFICAÇÃO PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO DE SERVIÇOS GEOTÉCNICOS ADICIONAIS SUMÁRIO 1.0 INTRODUÇÃO 2.0 - SONDAGENS, AMOSTRAGENS E ENSAIOS DE LABORATÓRIO E CAMPO 2.1 - CORTES 2.2 - ATERROS 2.3 - OBRAS DE

Leia mais

GENERALIDADES SOBRE PAVIMENTOS

GENERALIDADES SOBRE PAVIMENTOS GENERALIDADES SOBRE PAVIMENTOS Pavimento x outras obras civis Edifícios: Área de terreno pequena, investimento por m 2 grande FS à ruptura grande Clima interfere muito pouco no comportamento estrutural

Leia mais

IV Seminário de Iniciação Científica

IV Seminário de Iniciação Científica ESTABILIZAÇÃO DE SOLOS COM CAL PARA USO EM PAVIMENTAÇÃO Juliane Barbosa Rosa 1,4., Carla Janaína Ferreira 2,4., Renato Cabral Guimarães 3,4.. 1 Bolsista PBIC/UEG 2 Voluntária Iniciação Científica PVIC/UEG

Leia mais

BASENG Engenharia e Construção LTDA

BASENG Engenharia e Construção LTDA RELATÓRIO DE INVESTIGAÇÃO GEOLÓGICO- GEOTÉCNICA: SONDAGEM A PERCUSSÃO LT2 ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO CONTRUÇÃO DE UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO HOSPITAL E MATERNIDADE Praia de Boiçucanga São Sebatião / SP

Leia mais

Utilização de Material Proveniente de Fresagem na Composição de Base e Sub-base de Pavimentos Flexíveis

Utilização de Material Proveniente de Fresagem na Composição de Base e Sub-base de Pavimentos Flexíveis Utilização de Material Proveniente de Fresagem na Composição de Base e Sub-base de Pavimentos Flexíveis Garcês, A. Universidade Estadual de Goiás, Anápolis-GO, Brasil, alexandregarces@gmail.com Ribeiro,

Leia mais

Propriedades do Concreto

Propriedades do Concreto Universidade Federal de Itajubá Instituto de Recursos Naturais Propriedades do Concreto EHD 804 MÉTODOS DE CONSTRUÇÃO Profa. Nívea Pons PROPRIEDADES DO CONCRETO O concreto fresco é assim considerado até

Leia mais

RELATÓRIO TÉCNICO ARGOPAR PARTICIPAÇÔES LTDA FUNDAÇÕES ITABORAÍ SHOPPING ITABORAÍ - RJ ÍNDICE DE REVISÕES

RELATÓRIO TÉCNICO ARGOPAR PARTICIPAÇÔES LTDA FUNDAÇÕES ITABORAÍ SHOPPING ITABORAÍ - RJ ÍNDICE DE REVISÕES CLIENTE: FOLHA 1 de 17 PROGRAMA: FUNDAÇÕES AREA: ITABORAÍ SHOPPING ITABORAÍ - RJ RESP: SILIO LIMA CREA: 2146/D-RJ Nº GEOINFRA ÍNDICE DE REVISÕES REV DESCRIÇÃO E / OU FOLHAS ATINGIDAS Emissão inicial DATA

Leia mais

CONTEXTO GEOTÉCNICO EM SÃO PAULO E CURITIBA. José Maria de Camargo Barros IPT

CONTEXTO GEOTÉCNICO EM SÃO PAULO E CURITIBA. José Maria de Camargo Barros IPT CONTEXTO GEOTÉCNICO EM SÃO PAULO E CURITIBA José Maria de Camargo Barros IPT 2 Sumário Argilas cinza-esverdeadas de São Paulo x Formação Guabirotuba Solos residuais de São Paulo x Solos residuais de Curitiba

Leia mais

Materiais de Construção AGREGADOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Materiais de Construção AGREGADOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL Materiais de Construção AGREGADOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL Agregados para concreto Os agregados constituem um componente importante no concreto, contribuindo com cerca de 80% do peso e 20% do custo de concreto

Leia mais

Compactação dos Solos

Compactação dos Solos Compactação dos Solos Compactação dos Solos A compactação de um solo consiste basicamente em se reduzir seus vazios com o auxílio de processos mecânicos. Adensamento - expulsão da água Compactação - expulsão

Leia mais

RELATÓRIO DE SONDAGEM

RELATÓRIO DE SONDAGEM Vitória, 19 de junho de 201 RELATÓRIO DE SONDAGEM CLIENTE: PREFEITURA MUNICIPAL DE PRESIDENTE KENNEDY OBRA/LOCAL: SANTA LUCIA - PRESIDENTE KENNEDY CONTRATO: ETFC.0..1.00 1 SUMÁRIO INTRODUÇÃO...02 PERFIL

Leia mais

DIRETRIZES EXECUTIVAS DE SERVIÇOS

DIRETRIZES EXECUTIVAS DE SERVIÇOS DIRETRIZES EXECUTIVAS DE SERVIÇOS ES-P02 PREPARO DO SUBLEITO DO PAVIMENTO DOCUMENTO DE CIRCULAÇÃO EXTERNA 1 ÍNDICE PÁG. 1. OBJETO E OBJETIVO... 3 2. DESCRIÇÃO... 3 3. TERRAPLENAGEM... 3 4. COMPACTAÇÃO

Leia mais

PLASTICIDADE DOS SOLOS

PLASTICIDADE DOS SOLOS INTRODUÇÃO Solos finos granulometria não é suficiente para caracterização; formados por partículas de grande área superficial (argilominerais) interação com a água propriedades plásticas f(tipo de argilomineral);

Leia mais

13/06/2014 DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTOS PELA RESILIÊNCIA INTRODUÇÃO. Introdução. Prof. Ricardo Melo

13/06/2014 DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTOS PELA RESILIÊNCIA INTRODUÇÃO. Introdução. Prof. Ricardo Melo UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA Centro de Tecnologia Departamento de Engenharia Civil e Ambiental Laboratório de Geotecnia e Pavimentação DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTOS PELA RESILIÊNCIA Prof. Ricardo Melo

Leia mais

UNIVERSIDADE MUNICIPAL DE SÃO CAETANO DO SUL PARECER DE GEOTECNIA

UNIVERSIDADE MUNICIPAL DE SÃO CAETANO DO SUL PARECER DE GEOTECNIA UNIVERSIDADE MUNICIPAL DE SÃO CAETANO DO SUL PARECER DE GEOTECNIA Rua Macéio, s/n Bairro Barcelona São Caetano do Sul /SP PAR 15026 Março/2015 Revisão 0 CPOI Engenharia e Projetos Ltda Índice 1. INTRODUÇÃO...3

Leia mais

DER/PR ES-T 03/05 TERRAPLENAGEM: EMPRÉSTIMOS

DER/PR ES-T 03/05 TERRAPLENAGEM: EMPRÉSTIMOS TERRAPLENAGEM: EMPRÉSTIMOS Departamento de Estradas de Rodagem do Estado do Paraná - DER/PR Avenida Iguaçu 420 CEP 80230 902 Curitiba Paraná Fone (41) 3304 8000 Fax (41) 3304 8130 www.pr.gov.br/derpr Especificações

Leia mais

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DOS MATERIAIS SETOR DE MATERIAIS

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DOS MATERIAIS SETOR DE MATERIAIS UFBA-ESCOLA POLITÉCNICA-DCTM DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DOS MATERIAIS SETOR DE MATERIAIS ROTEIRO DE AULAS CONCRETO FRESCO Unidade III Prof. Adailton de O. Gomes CONCRETO FRESCO Conhecer o comportamento

Leia mais

ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP DEPARTAMENTO DE

ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP DEPARTAMENTO DE ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL PROJETO DE FUNDAÇÕES Todo projeto de fundações

Leia mais

Identificação de Solos Moles em Terrenos Metamórficos Através de Sondagem Barra Mina.

Identificação de Solos Moles em Terrenos Metamórficos Através de Sondagem Barra Mina. Identificação de Solos Moles em Terrenos Metamórficos Através de Sondagem Barra Mina. Marcio Fernandes Leão UFRJ e UERJ, Rio de Janeiro, Brasil, marciotriton@hotmail.com RESUMO: Em terrenos estudados na

Leia mais

Classificação dos Solos

Classificação dos Solos Capítulo 3 Classificação dos Solos Geotecnia I SLIDES 05 Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt prof.douglas.pucgo@gmail.com Introdução Por que classificar solos? A classificação dos solos é a tentativa

Leia mais

Estrada de Rodagem Terraplanagem

Estrada de Rodagem Terraplanagem Estrada de Rodagem Terraplanagem Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa rodrigoalvarengarosa@gmail.com (27) 9941-3300 1 O motivo para realizar terraplenagem é que o terreno natural não é adequado ao tráfego

Leia mais

Mecânica de Solos Prof. Fabio Tonin

Mecânica de Solos Prof. Fabio Tonin Compactação dos Solos Mecânica de Solos Prof. Fabio Tonin Compactação É o processo mecânico de aplicação de forças externas, destinadas a reduzir o volume dos vazios do solo, até atingir a massa específica

Leia mais

ESTUDO DAS PROPRIEDADES HIDRÁULICAS DE SOLOS DE ENCOSTA DO RIO DE JANEIRO

ESTUDO DAS PROPRIEDADES HIDRÁULICAS DE SOLOS DE ENCOSTA DO RIO DE JANEIRO ESTUDO DAS PROPRIEDADES HIDRÁULICAS DE SOLOS DE ENCOSTA DO RIO DE JANEIRO Alunos: Breno Verly Rosa e Alexandre da Rocha Rodrigues Orientador: Eurípides Vargas do Amaral Junior João Luis Teixeira de Mello

Leia mais

SESI PROJETO EXECUTIVO DE TERRAPLENAGEM PARA QUADRA POLIESPORTIVA DA UNIDADE SESI-SIMÕES FILHO/BA VOLUME ÚNICO RELATÓRIO DOS PROJETOS

SESI PROJETO EXECUTIVO DE TERRAPLENAGEM PARA QUADRA POLIESPORTIVA DA UNIDADE SESI-SIMÕES FILHO/BA VOLUME ÚNICO RELATÓRIO DOS PROJETOS SIMÕES FILHO BAHIA. PROJETO EXECUTIVO DE TERRAPLENAGEM PARA QUADRA POLIESPORTIVA DA UNIDADE SESI-SIMÕES FILHO/BA VOLUME ÚNICO RELATÓRIO DOS PROJETOS Salvador, Outubro/2010 SIMÕES FILHO BAHIA. A P R E S

Leia mais

DENSIDADE DO SOLO E DE PARTÍCULAS

DENSIDADE DO SOLO E DE PARTÍCULAS Universidade Estadual Paulista Campus de Dracena Curso de Zootecnia Disciplina : Solos DENSIDADE DO SOLO E DE PARTÍCULAS Prof. Dr. Reges Heinrichs 2010 Densidade de Partícula Dp (densidade real) É a relação

Leia mais

Reconhecer as diferenças

Reconhecer as diferenças A U A UL LA Reconhecer as diferenças Nesta aula, vamos aprender que os solos são o resultado mais imediato da integração dos processos físicos e biológicos na superfície da Terra. A formação e o desenvolvimento

Leia mais

3 ASPECTOS GERAIS DA ÁREA ESTUDADA

3 ASPECTOS GERAIS DA ÁREA ESTUDADA 3 ASPECTOS GERAIS DA ÁREA ESTUDADA 3.1. Localização O aproveitamento Hidrelétrico de Itumbiara, com potência instalada de 2080 MW, situa-se no rio Paranaíba, na divisa dos estados de Minas Gerais e Goiás,

Leia mais

DETERMINAÇÃO DAS ESTRUTURAS DE PAVIMENTOS A SEREM IMPLANTADAS EM SOLOS DA FORMAÇÃO PALERMO - ESTUDO DE CASO

DETERMINAÇÃO DAS ESTRUTURAS DE PAVIMENTOS A SEREM IMPLANTADAS EM SOLOS DA FORMAÇÃO PALERMO - ESTUDO DE CASO Artigo Submetido ao Curso de Engenharia Civil da UNESC - DETERMINAÇÃO DAS ESTRUTURAS DE PAVIMENTOS A SEREM IMPLANTADAS EM SOLOS DA FORMAÇÃO PALERMO - ESTUDO DE CASO RESUMO Cláudia Borges Fenali (1), Adailton

Leia mais

Areias e Ambientes Sedimentares

Areias e Ambientes Sedimentares Areias e Ambientes Sedimentares As areias são formadas a partir de rochas. São constituídas por detritos desagregados de tamanhos compreendidos entre 0,063 e 2 milímetros. Areias: Ambiente fluvial As areias

Leia mais

CURSO DE AQUITETURA E URBANISMO

CURSO DE AQUITETURA E URBANISMO 1- Generalidades PROPRIEDADES DO CONCRETO FRESCO Todas as misturas de concreto devem ser adequadamente dosadas para atender aos requisitos de: Economia; Trabalhabilidade; Resistência; Durabilidade. Esses

Leia mais

Os constituintes do solo

Os constituintes do solo Os constituintes do solo Os componentes do solo Constituintes minerais Materiais orgânicos Água Ar Fase sólida partículas minerais e materiais orgânicos Vazios ocupados por água e/ou ar Os componentes

Leia mais

Caracterização dos Solos

Caracterização dos Solos Mecânica dos Solos Caracterização dos Solos Prof. Fernando A. M. Marinho Exemplos de obras de Engenharia Geotécnica Talude Natural Talude de corte Barragem de terra Aterro de estradas Construções em solos

Leia mais

IP-04 INSTRUÇÃO PARA DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTOS FLEXÍVEIS PARA TRÁFEGO LEVE E MÉDIO

IP-04 INSTRUÇÃO PARA DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTOS FLEXÍVEIS PARA TRÁFEGO LEVE E MÉDIO 1. OBJETIVO O objetivo deste documento é apresentar as diretrizes para o dimensionamento de pavimentos flexíveis de vias urbanas submetidas a tráfego leve e médio no Município de São Paulo. 2. ESTUDO GEOTÉCNICO

Leia mais

Departamento de Engenharia Civil, Materiais de Construção I 3º Ano 1º Relatório INDÍCE

Departamento de Engenharia Civil, Materiais de Construção I 3º Ano 1º Relatório INDÍCE INDÍCE 1- Introdução/ Objectivos... 2- Análise Granulométrica... 2.1- Introdução e descrição dos ensaios... 2.2- Cálculos efectuados, resultados encontrados e observações... 2.3- Conclusão... 3- Ensaio

Leia mais

LAUDO GEOLÓGICO GEOTÉCNICO GUARITUBA

LAUDO GEOLÓGICO GEOTÉCNICO GUARITUBA LAUDO GEOLÓGICO GEOTÉCNICO GUARITUBA LOCALIZAÇÃO E ACESSO A região de Guarituba esta localizada no Município de Piraquara entre o rio Iguaçu e o rio Itaqui. Os principais acessos à área são a PR 415 e

Leia mais

Observação do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Hélice Contínua

Observação do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Hélice Contínua Observação do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Hélice Contínua Rubenei Novais Souza Petrobras S/A Rio de Janeiro - Brasil RESUMO: O trabalho apresenta uma verificação expedita realizada em uma

Leia mais

MODELO DE APRESENTAÇÃO DE PROJETO DE PESQUISA

MODELO DE APRESENTAÇÃO DE PROJETO DE PESQUISA MODELO DE APRESENTAÇÃO DE PROJETO DE PESQUISA PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS Elaborado por Prof. Dr. Rodrigo Sampaio Fernandes Um projeto de pesquisa consiste em um documento no qual

Leia mais

DIRETRIZES EXECUTIVAS DE SERVIÇOS

DIRETRIZES EXECUTIVAS DE SERVIÇOS DIRETRIZES EXECUTIVAS DE SERVIÇOS ES-P23-REPARAÇÃO DE PAVIMENTOS DANIFICADOS POR ABERTURA DE VALAS DOCUMENTO DE CIRCULAÇÃO EXTERNA 1 ÍNDICE PÁG. 1. OBJETO E OBJETIVO...3 2. S...3 3. RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS

Leia mais

Geomecânica dos resíduos sólidos

Geomecânica dos resíduos sólidos III Conferência Internacional de Gestão de Resíduos da América Latina Geomecânica dos resíduos sólidos urbanos: uma introdução Miriam Gonçalves Miguel Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo

Leia mais

O número N pode ser calculado pela seguinte expressão:

O número N pode ser calculado pela seguinte expressão: O CÁLCULO DO NÚMERO N Um dos fatores que influem no dimensionamento dos pavimentos flexíveis é o trafego que solicitará determinada via durante sua vida útil de serviço. As cargas que solicitam a estrutura

Leia mais

Blocos de. Absorção de água. Está diretamente relacionada à impermeabilidade dos produtos, ao acréscimo imprevisto de peso à Tabela 1 Dimensões reais

Blocos de. Absorção de água. Está diretamente relacionada à impermeabilidade dos produtos, ao acréscimo imprevisto de peso à Tabela 1 Dimensões reais Blocos de CONCRETO DESCRIÇÃO: Elementos básicos para a composição de alvenaria (estruturais ou de vedação) BLOCOS VAZADOS DE CONCRETO SIMPLES COMPOSIÇÃO Cimento Portland, Agregados (areia, pedra, etc.)

Leia mais

RESIDENCIAL SANTA MONICA MEMORIAL DESCRITIVO ANEXO I

RESIDENCIAL SANTA MONICA MEMORIAL DESCRITIVO ANEXO I RESIDENCIAL SANTA MONICA MEMORIAL DESCRITIVO ANEXO I CONTRATO N.º ANEXO I MEMORIAL DESCRITIVO DO RESIDENCIAL SANTA MÔNICA A INFRAESTRUTURA DE IMPLANTAÇÃO DO LOTEAMENTO RESIDENCIAL SANTA MONICA OBEDECERÁ

Leia mais

LISTA 1 CS2. Cada aluno deve resolver 3 exercícios de acordo com o seu númeo FESP

LISTA 1 CS2. Cada aluno deve resolver 3 exercícios de acordo com o seu númeo FESP LISTA 1 CS2 Cada aluno deve resolver 3 exercícios de acordo com o seu númeo FESP Final 1 exercícios 3, 5, 15, 23 Final 2 exercícios 4, 6, 17, 25 Final 3- exercícios 2, 7, 18, 27 Final 4 exercícios 1 (pares),

Leia mais

MEMORIAL DESCRITIVO. * escavação dos materiais constituintes do terreno natural até o greide de terraplenagem indicado no projeto;

MEMORIAL DESCRITIVO. * escavação dos materiais constituintes do terreno natural até o greide de terraplenagem indicado no projeto; MEMORIAL DESCRITIVO Município: Piratini/RS Local da obra: Rua 24 de Maio, Rua Princesa Isabel e Rua Rui Ramos. Área total: 12.057,36 m² 1) Introdução: O presente Memorial Descritivo tem por finalidade

Leia mais

1 INTRODUÇÃO. 1.1 Motivação e Justificativa

1 INTRODUÇÃO. 1.1 Motivação e Justificativa 1 INTRODUÇÃO 1.1 Motivação e Justificativa A locomoção é um dos direitos básicos do cidadão. Cabe, portanto, ao poder público normalmente uma prefeitura e/ou um estado prover transporte de qualidade para

Leia mais

Capítulo 10 ELEMENTOS SOBRE SOLOS

Capítulo 10 ELEMENTOS SOBRE SOLOS 1 - Conceitos: Capítulo 10 ELEMENTOS SOBRE SOLOS O solo deve ser considerado sob o aspecto de ente natural e, como tal é tratado pelas ciências que estudam a natureza, como a geologia, a pedologia e a

Leia mais

PLANOS DE CONTINGÊNCIAS

PLANOS DE CONTINGÊNCIAS PLANOS DE CONTINGÊNCIAS ARAÚJO GOMES Capitão SC PMSC ARAÚJO GOMES defesacivilgomes@yahoo.com.br PLANO DE CONTINGÊNCIA O planejamento para emergências é complexo por suas características intrínsecas. Como

Leia mais

CURSO: PÓS GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA DISCIPLINA: CLASSIF. MAPEAMENTO DE SOLOS

CURSO: PÓS GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA DISCIPLINA: CLASSIF. MAPEAMENTO DE SOLOS CURSO: PÓS GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA DISCIPLINA: CLASSIF. MAPEAMENTO DE SOLOS PROF. RENATA SANTOS MOMOLI Eng. Agrônoma Dra. em Solos e Nutrição de Plantas PRINCÍPIOS BÁSICOS 1. Classificação Técnica: diferenciações

Leia mais

DIRETORIA DE ENGENHARIA. ADMINISTRAÇÃO DA FAIXA DE DOMÍNIO Autorização para implantação de oleodutos.

DIRETORIA DE ENGENHARIA. ADMINISTRAÇÃO DA FAIXA DE DOMÍNIO Autorização para implantação de oleodutos. fls. 1/5 ÓRGÃO: DIRETORIA DE ENGENHARIA MANUAL: ADMINISTRAÇÃO DA FAIXA DE DOMÍNIO Autorização para implantação de oleodutos. PALAVRAS-CHAVE: Faixa de Domínio, oleodutos. APROVAÇÃO EM: Portaria SUP/DER-

Leia mais

Prof. Vinícius C. Patrizzi ESTRADAS E AEROPORTOS

Prof. Vinícius C. Patrizzi ESTRADAS E AEROPORTOS Prof. Vinícius C. Patrizzi ESTRADAS E AEROPORTOS GEOMETRIA DE VIAS Elementos geométricos de uma estrada (Fonte: PONTES FILHO, 1998) 1. INTRODUÇÃO: Após traçados o perfil longitudinal e transversal, já

Leia mais

Terraplenagem - cortes

Terraplenagem - cortes MT - DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM DIRETORIA DE DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO - IPR DIVISÃO DE CAPACITAÇÃO TECNOLÓGICA Rodovia Presidente Dutra km 163 - Centro Rodoviário, Parada de Lucas

Leia mais

A macroporosidade representa o somatório da porosidade primária e da porosidade

A macroporosidade representa o somatório da porosidade primária e da porosidade 108 5. 3. MACROPOROSIDADE A macroporosidade representa o somatório da porosidade primária e da porosidade secundária, ou seja, a porosidade total da amostra, desconsiderando a porosidade não observável

Leia mais

Professor Douglas Constancio. 1 Elementos especiais de fundação. 2 Escolha do tipo de fundação

Professor Douglas Constancio. 1 Elementos especiais de fundação. 2 Escolha do tipo de fundação Professor Douglas Constancio 1 Elementos especiais de fundação 2 Escolha do tipo de fundação Americana, junho de 2005 0 Professor Douglas Constancio 1 Elementos especiais de fundação Americana, junho de

Leia mais

6. ELABORAÇÃO DE PROJETO DE ORIENTAÇÃO DE DESTINO

6. ELABORAÇÃO DE PROJETO DE ORIENTAÇÃO DE DESTINO 6. ELABORAÇÃO DE PROJETO DE ORIENTAÇÃO DE DESTINO Este capítulo apresenta uma metodologia para a elaboração de projeto de sinalização de orientação de destino cujas placas são tratadas nos itens 5.2, 5.4,

Leia mais

Revisão de geologia e Pedogênese

Revisão de geologia e Pedogênese Revisão de geologia e Pedogênese Ricardo Gonçalves de Castro 1 Minerais Mineral é um sólido homogêneo, com composição química definida, podendo variar dentro de intervalos restritos, formados por processos

Leia mais

Agregados para Construção Civil

Agregados para Construção Civil Agregados para Construção Civil Agregados são fragmentos de rochas, popularmente denominados pedras e areias. É um material granular, sem forma nem volume definidos, geralmente inerte, com dimensões e

Leia mais

DP-H13 DIRETRIZES DE PROJETO PARA COEFICIENTE DE RUGOSIDADE

DP-H13 DIRETRIZES DE PROJETO PARA COEFICIENTE DE RUGOSIDADE REFERÊNCIA ASSUNTO: DIRETRIZES DE PROJETO DE HIDRÁULICA E DRENAGEM DATA DP-H13 DIRETRIZES DE PROJETO PARA COEFICIENTE DE RUGOSIDADE -309- ÍNDICE PÁG. 1. OBJETIVO... 311 2. RUGOSIDADE EM OBRAS HIDRÁULICAS...

Leia mais

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS APRESENTAÇÃO ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS Breve histórico da instituição seguido de diagnóstico e indicadores sobre a temática abrangida pelo projeto, especialmente dados que permitam análise da

Leia mais

IP-06/2004 DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTOS COM BLOCOS INTERTRAVADOS DE CONCRETO

IP-06/2004 DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTOS COM BLOCOS INTERTRAVADOS DE CONCRETO 1. OBJETIVO O objetivo deste documento é fornecer os subsídios de projeto para pavimentos com peças pré-moldadas de concreto no Município de São Paulo, orientando e padronizando os procedimentos de caráter

Leia mais

PAVIMENTOS INTERTRAVADO PERMEÁVEL COM JUNTAS ALARGADAS

PAVIMENTOS INTERTRAVADO PERMEÁVEL COM JUNTAS ALARGADAS PAVIMENTOS INTERTRAVADO PERMEÁVEL COM JUNTAS ALARGADAS Introdução Pavimentos permeáveis são definidos como aqueles que possuem espaços livres na sua estrutura onde a água pode atravessar. (FERGUSON, 2005).

Leia mais

Procedimento para Serviços de Sondagem

Procedimento para Serviços de Sondagem ITA - 009 Rev. 0 MARÇO / 2005 Procedimento para Serviços de Sondagem Praça Leoni Ramos n 1 São Domingos Niterói RJ Cep 24210-205 http:\\ www.ampla.com Diretoria Técnica Gerência de Planejamento e Engenharia

Leia mais

MEMORIAL DESCRITIVO PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA

MEMORIAL DESCRITIVO PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA MEMORIAL DESCRITIVO É OBRIGATÓRIO A EXECUÇÃO DOS ENSAIOS DE CONTROLE TECNOLÓGICO DAS OBRAS DE PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA, SENDO INDISPENSÁVEL À APRESENTAÇÃO DO LAUDO TÉCNICO DE CONTROLE TECNOLÓGICO E DOS RESULTADOS

Leia mais

Pavimentação - base estabilizada granulometricamente

Pavimentação - base estabilizada granulometricamente MT - DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM DIRETORIA DE DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO - IPR DIVISÃO DE CAPACITAÇÃO TECNOLÓGICA Rodovia Presidente Dutra km 163 - Centro Rodoviário, Parada de Lucas

Leia mais

GEOGRAFIA. transformadas

GEOGRAFIA. transformadas GEOGRAFIA Disciplina A (currículo atual 2008) Disciplina B (currículos extintos) 1ª período 59480 Cartografia Geral 68 Geografia Cartografia B 136 37230 Geografia Contida Ementa: Aborda os fundamentos

Leia mais

Considerações sobre a Relevância da Interação Solo-Estrutura em Recalques: Caso de um Prédio na Cidade do Recife

Considerações sobre a Relevância da Interação Solo-Estrutura em Recalques: Caso de um Prédio na Cidade do Recife Considerações sobre a Relevância da Interação Solo-Estrutura em Recalques: Caso de um Prédio na Cidade do Recife Raquel Cristina Borges Lopes de Albuquerque Escola Politécnica, Universidade de Pernambuco,

Leia mais

IP 02/2004 CLASSIFICAÇÃO DAS VIAS

IP 02/2004 CLASSIFICAÇÃO DAS VIAS 1. OBJETIVO O objetivo desde documento é apresentar as diretrizes para a classificação de vias em função do tráfego, da geometria e do uso do solo do entorno de vias urbanas da Prefeitura do Município

Leia mais

13 o Encontro Técnico DER-PR

13 o Encontro Técnico DER-PR 13 o Encontro Técnico DER-PR Imprimaduras Impermeabilizante e Ligante Osvaldo Tuchumantel Jr. Imprimadura ato ou efe ito de imprima r Impermeabilizante - Aplicação uniforme de material betuminoso sobre

Leia mais

CONTROLE TECNOLÓGICO DE OBRAS RODOVIÁRIAS DO ESTADO DE GOIÁS

CONTROLE TECNOLÓGICO DE OBRAS RODOVIÁRIAS DO ESTADO DE GOIÁS CONTROLE TECNOLÓGICO DE OBRAS RODOVIÁRIAS DO ESTADO DE GOIÁS Michelle de Oliveira MARQUES, Escola de Engenharia Civil, Universidade Federal Goiás, michellecicon@gmail.com Lilian Ribeiro de REZENDE, Escola

Leia mais

Pedologia. Professor: Cláudio Custódio. www.espacogeografia.com.br

Pedologia. Professor: Cláudio Custódio. www.espacogeografia.com.br Pedologia Professor: Cláudio Custódio Conceitos: Mineração: solo é um detrito que deve ser separado dos minerais explorados. Ecologia: é um sistema vivo composto por partículas minerais e orgânicas que

Leia mais

ÍNDICE. Capítulo I...5. Do Sub-Sistema Viário Estrutural...5. Capítulo II...5. Do Sub-Sistema de Apoio...5 DISPOSIÇÕES FINAIS...6

ÍNDICE. Capítulo I...5. Do Sub-Sistema Viário Estrutural...5. Capítulo II...5. Do Sub-Sistema de Apoio...5 DISPOSIÇÕES FINAIS...6 ÍNDICE Capítulo I...5 Do Sub-Sistema Viário Estrutural...5 Capítulo II...5 Do Sub-Sistema de Apoio...5 DISPOSIÇÕES FINAIS...6 1 PREFEITURA MUNICIPAL DE CRATEÚS PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO URBANO PDDU

Leia mais

ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP DEPARTAMENTO DE

ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP DEPARTAMENTO DE ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL Definição de solo Ciências aplicadas Contexto

Leia mais

TRABALHOS TÉCNICOS INTERDEPENDÊNCIA DAS CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DAS MISTURAS BETUMINOSAS TIPO C.B.U.Q.

TRABALHOS TÉCNICOS INTERDEPENDÊNCIA DAS CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DAS MISTURAS BETUMINOSAS TIPO C.B.U.Q. 01 / 07 SINOPSE O trabalho apresenta aspectos conceituais do comportamento das relações físicas envolvidas no sistema, e misturas tipo C.B.U.Q., levando em consideração as características físicas rotineiras

Leia mais

4. ÍNDICE DE SUPORTE CALIFÓRNIA (ISC) OU CBR (CALIFÓRNIA)

4. ÍNDICE DE SUPORTE CALIFÓRNIA (ISC) OU CBR (CALIFÓRNIA) 4. ÍNDICE DE SUPORTE CALIFÓRNIA (ISC) OU CBR (CALIFÓRNIA) Esse ensaio foi concebido pelo Departamento de Estradas de Rodagem da California (USA) para avaliar a resistência dos solos. No ensaio de CBR,

Leia mais

Estudo comparativo de deformação permanente de CBUQ S confeccionados COM LIGANTES ASFÁLTICOS DIVERSOS

Estudo comparativo de deformação permanente de CBUQ S confeccionados COM LIGANTES ASFÁLTICOS DIVERSOS Estudo comparativo de deformação permanente de CBUQ S confeccionados COM LIGANTES ASFÁLTICOS DIVERSOS Elaborado por: Eng. José Carlos M. Massaranduba - Diretor Técnico - GRECA Asfaltos Eng. José Antonio

Leia mais

4. ÁREA DE INFLUÊNCIA DO EMPREENDIMENTO

4. ÁREA DE INFLUÊNCIA DO EMPREENDIMENTO 4. ÁREA DE INFLUÊNCIA DO EMPREENDIMENTO Conceitualmente, Área de Influência abrange todo o espaço suscetível às ações diretas e indiretas do empreendimento, tanto na fase de implantação como na de operação,

Leia mais

PROJETANDO VIAS EM PAVIMENTO DE CONCRETO PARÂMETROS QUE OS ESCRITÓRIOS DE PROJETO DEVEM CONSIDERAR

PROJETANDO VIAS EM PAVIMENTO DE CONCRETO PARÂMETROS QUE OS ESCRITÓRIOS DE PROJETO DEVEM CONSIDERAR Seminário O pavimento de concreto no modal nacional de transportes - Uma realidade consolidada PROJETANDO VIAS EM PAVIMENTO DE CONCRETO PARÂMETROS QUE OS ESCRITÓRIOS DE PROJETO DEVEM CONSIDERAR Angela

Leia mais

BOAS PRÁTICAS NA GESTÃO DE PROJETOS DE BARRAGENS DE REJEITOS

BOAS PRÁTICAS NA GESTÃO DE PROJETOS DE BARRAGENS DE REJEITOS SEMINÁRIO SOBRE A GESTÃO DA SEGURANÇA DE BARRAGENS EM MINERAÇÃO DNPM/IBRAM/SINDIEXTRA/FEAM/CREA-MG BOAS PRÁTICAS NA GESTÃO DE PROJETOS DE BARRAGENS DE REJEITOS ENG. JOAQUIM PIMENTA DE ÁVILA ENG. RICARDO

Leia mais

Medição da resistividade do solo

Medição da resistividade do solo 30 Apoio Aterramentos elétricos Capítulo XI Medição da resistividade do solo Jobson Modena e Hélio Sueta* O projeto da norma ABNT NBR 7117, atualmente em revisão, estabelece os requisitos para a medição

Leia mais

EVENTO DE PRÉ-LANÇAMENTO DO LIVRO: TWIN CITIES SOLOS DAS REGIÕES METROPOLITANAS DE SÃO PAULO E CURITIBA

EVENTO DE PRÉ-LANÇAMENTO DO LIVRO: TWIN CITIES SOLOS DAS REGIÕES METROPOLITANAS DE SÃO PAULO E CURITIBA EVENTO DE PRÉ-LANÇAMENTO DO LIVRO: TWIN CITIES SOLOS DAS REGIÕES METROPOLITANAS DE SÃO PAULO E CURITIBA LOCAL E DATA: IPT EM 05 E 06/12/2012 Ney Augusto Nascimento, Ph.D. - UFPR Rogério F. K. Puppi, D.Sc.

Leia mais

Tal questão apresenta resposta que deve abranger pelo menos três aspectos distintos, a saber:

Tal questão apresenta resposta que deve abranger pelo menos três aspectos distintos, a saber: Procedimento Proposta ABECE ESTRUTURAS DE CONCRETO CONFORMIDADE DA RESISTÊNCIA DO CONCRETO Atualmente, pode-se afirmar que no Brasil, na grande maioria das obras com estruturas de concreto, adota-se como

Leia mais

ESTABILIZAÇÃO DE SOLOS ESTABILIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA

ESTABILIZAÇÃO DE SOLOS ESTABILIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA INTRDUÇÃ Estabilização procedimentos visando a melhoria e estabilidade de propriedades dos solos (resistência, deformabilidade, permeabilidade,...). físico-química ESTABILIZAÇÃ estabilização granulométrica

Leia mais

TRANSPORTES E OBRAS DE TERRA

TRANSPORTES E OBRAS DE TERRA TRANSPORTES E OBRAS DE TERRA Movimento de Terra e Pavimentação NOTAS DE AULA MECÂNICA DOS SOLOS Prof. Edson de Moura Aula 04 Granulometria de Solos 2011 17 Granulometria de Solos A finalidade da realização

Leia mais

PREFEITURA MUNICIPAL DE QUIXADÁ PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO URBANO PDDU LEI DO SISTEMA VIÁRIO

PREFEITURA MUNICIPAL DE QUIXADÁ PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO URBANO PDDU LEI DO SISTEMA VIÁRIO PREFEITURA MUNICIPAL DE QUIXADÁ KL Serviços e Engenharia S/C PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO URBANO PDDU LEI DO SISTEMA VIÁRIO LEI Nº Dispõe sobre o sistema Viário do Município de Quixadá e dá outras

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO DA FAIXA DE DOMÍNIO Autorização para Implantação de Ductos para Petróleo, Combustíveis Derivados e Etanol.

ADMINISTRAÇÃO DA FAIXA DE DOMÍNIO Autorização para Implantação de Ductos para Petróleo, Combustíveis Derivados e Etanol. fls. 1/5 ÓRGÃO: DIRETORIA DE ENGENHARIA MANUAL: ADMINISTRAÇÃO DA FAIXA DE DOMÍNIO Autorização para Implantação de Ductos para Petróleo, Combustíveis Derivados e Etanol. PALAVRAS-CHAVE: Faixa de Domínio,

Leia mais

Capítulo 4 - ROCHAS CLASSIFICAÇÃO DAS ROCHAS QUANTO À QUANTIDADE DE TIPOS DE MINERAL

Capítulo 4 - ROCHAS CLASSIFICAÇÃO DAS ROCHAS QUANTO À QUANTIDADE DE TIPOS DE MINERAL Capítulo 4 - ROCHAS DEFINIÇÕES MINERAL: Toda substancia inorgânica natural, de composição química estrutura definidas. Quando adquire formas geométricas próprias, que correspondam à sua estrutura atômica,

Leia mais

PRINCIPAIS SOLOS DO LITORAL DO PARANÁ

PRINCIPAIS SOLOS DO LITORAL DO PARANÁ PRINCIPAIS SOLOS DO LITORAL DO PARANÁ Prof. Dr. Marcelo R. de Lima (UFPR-Curitiba) mrlima@ufpr.br Prof. M.Sc. Jaime B. dos Santos Junior (UFPA-Altamira) jaime@ufpa.br Os solos são formados pela interação

Leia mais

Autorização para implantação de Adutora de Água, de Emissário de Esgoto e Rede de Vinhaça.

Autorização para implantação de Adutora de Água, de Emissário de Esgoto e Rede de Vinhaça. fls. 1/5 ÓRGÃO: MANUAL: DIRETORIA DE ENGENHARIA ADMINISTRAÇÃO DA FAIXA DE DOMÍNIO Autorização para implantação de Adutora de Água, de Emissário de Esgoto e Rede de Vinhaça. PALAVRAS-CHAVE: Faixa de Domínio,

Leia mais

Os solos corr espondem ao manto de alter ação das rochas por processos de intemper ismo.

Os solos corr espondem ao manto de alter ação das rochas por processos de intemper ismo. Os solos corr espondem ao manto de alter ação das rochas por processos de intemper ismo. Quanto a or igem os solos podem ser: ELUVIAIS Originado da alter ação da r ocha matriz situada abaixo dele. ALUVIAIS

Leia mais

PROCEDIMENTOS RECOMENDADOS DA QUALIDADE DE CONCRETO DE CIMENTO PORTLAND

PROCEDIMENTOS RECOMENDADOS DA QUALIDADE DE CONCRETO DE CIMENTO PORTLAND PROCEDIMENTOS RECOMENDADOS PARA O CONTROLE TECNOLÓGICO E DA QUALIDADE DE CONCRETO DE CIMENTO PORTLAND Engº.. Roberto José Falcão Bauer JUNHO / 2006 SUMÁRIO 1. DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO 2. PREMISSAS VISANDO

Leia mais

DENSIDADE DO SOLO E DENSIDADE DE PARTÍCULAS. Laura F. Simões da Silva

DENSIDADE DO SOLO E DENSIDADE DE PARTÍCULAS. Laura F. Simões da Silva DENSIDADE DO SOLO E DENSIDADE DE PARTÍCULAS Laura F. Simões da Silva DENSIDADE DO SOLO A densidade do solo é definida como sendo a relação existente entre a massa de uma amostra de solo seca a 105ºC e

Leia mais

Sensoriamento Remoto. Características das Imagens Orbitais

Sensoriamento Remoto. Características das Imagens Orbitais Sensoriamento Remoto Características das Imagens Orbitais 1 - RESOLUÇÃO: O termo resolução em sensoriamento remoto pode ser atribuído a quatro diferentes parâmetros: resolução espacial resolução espectral

Leia mais

14 --------- Como redigir o projeto de pesquisa? 14. 1.2 Identificação

14 --------- Como redigir o projeto de pesquisa? 14. 1.2 Identificação 14 --------- Como redigir o projeto de pesquisa? 14. 1.2 Identificação Nesta primeira parte são apresentados os dados essenciais à identificação do projeto, quais sejam: a) título e subtítulo (se houver);

Leia mais

ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP DEPARTAMENTO DE

ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP DEPARTAMENTO DE ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL SONDAGENS Em virtude da dificuldade de se prever

Leia mais