Relatório de atividades Rede Nacional de Religiões Afro-brasileiras e Saúde no Conselho Nacional de Juventude
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- Victor Gabriel Vilarinho Bicalho
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1 Relatório de atividades Rede Nacional de Religiões Afro-brasileiras e Saúde no Conselho Nacional de Juventude O Conjuve O Conselho Nacional de Juventude (Conjuve) é um órgão da sociedade civil, vinculado a Secretaria Geral da Presidência da República é composto por 1/3 de representantes do poder público e 2/3 da sociedade civil, entre suas atribuições cabe, formular e propor políticas públicas e diretrizes voltadas para as juventudes, desenvolver estudos e pesquisas sobre a realidade socioeconômica dos jovens, promover o intercâmbio entre as organizações juvenis nacionais e internacionais entre outras coisas. A Renafro no Conjuve O Conselho Nacional de Juventude é dividido em quatro comissões: CAD Comissão de Articulação e Dialogo CAPP Comissão de Acompanhamento de Políticas e Programas Comissão de Comunicação CAP Comissão de Acompanhamento do Parlamento Nós, da Renafro, estamos alocados na CAPP Comissão de Acompanhamento de Políticas e Programas; por entender que é estratégico estar em uma comissão que faz o acompanhamento das políticas e programas de juventude, verificando seu andamento e podendo assim propor modificações e ressalvas no andamento da política ou programa. Política: Lei voltada para pessoas na faixa etária de 15 a 29 anos. Programa: Conjunto de leis voltadas para pessoas na faixa etária de 15 a 29 anos. Lembrando que juventude se entende por pessoas de 15 a 29 anos, assim como foi delimitado pelo Estatuto da Juventude, aprovadas em 2013 pelo Conselho Nacional de Juventude e pela Presidenta Dilma Rousseff. O espaço do conselho também é dividido em quatro GTs (Juventude Negra, Comunidades e Povos Tradicionais; Relações Internacionais; Meio Ambiente e Cultura Juvenil), cada entidade pode fazer parte
2 de uma comissão e um GT. A Renafro está contribuindo com o GT de Juventude Negra, Comunidades e Povos Tradicionais assim levando todo o acumulo que temos no tema. Atividades que estivemos presentes - Mesa de Eleições do CONJUVE 23 de julho de 2014 Espaço onde articulamos com redes, fóruns, entidades, movimentos e etc. a entrada da Renafro no espaço do conselho. Articulamos com algumas outras entidades do movimento religioso, como a Rede Ecumênica da Juventude, a Rede FALE, Associação Cultural São Jeronimo, Pastoral da Juventude, Pastoral da Juventude do Meio Popular e também com organizações como a ABGLT, Intervozes, CUT, CEN, Rede de Jovens do Nordeste, Fórum de Juventude Negra entre outras. - Primeira reunião do Pleno Eleito - 25 e 26 de agosto de Seminário sobre Política de Drogas 27 e 28 de agosto de Realizado no Hotel Brasília Imperial Brasília Imperial Hotel, Setor Hoteleiro Sul Quadra 3 Bloco H Tema estratégico para se trabalhar questões de juventude negra, levando em consideração que os jovens negros são o principal alvo quando falamos em encarceramento em massa. Segue programação abaixo: SEMINÁRIO: AUTONOMIA, CIDADANIA E DIREITOS HUMANOS PARA A JUVENTUDE: A REINVENÇÃO NECESSÁRIA DAS POLÍTICAS SOBRE DROGAS Dia 27 de agosto de h00 - Ato de Posse do CONJUVE e Cerimônia de abertura Seminário de Drogas: Ministro-Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República Gilberto Carvalho Presidência do Conjuve Ângela Guimarães e Alessandro Melchior Secretária Nacional de Juventude Severine Macedo Secretário Nacional de Políticas sobre Drogas Vitore Maximiano Diretor de Cidadania e da Diversidade do Ministério da Cultura Pedro Vasconcellos Coordenador Nacional de Saúde Mental Roberto Tikanory Representante da Rede Pense Livre Alessandra Oberling Representante da Rede Latino Americana de Pessoas que Usam Drogas (LANPUD) Eduardo Ribeiro Representante do Escritório das Nações Unidas para Drogas e Crime (UNODC) Rafael Franzini Representante do Grupo de Trabalho sobre Políticas de Drogas do CONJUVE Fransergio Goulart Coordenação da Mesa / Secretário-Executivo do CONJUVE Murilo Amatneeks Conferencista: Antonio Lancetti Psicanalista e Especialista no tema Drogas e Direitos Humanos. 12h30 Almoço 13h30 Eixo Violência e Segurança Pública
3 Tema: O encarceramento da pobreza e o extermínio da população negra: o Estado brasileiro e a política de guerra. : Débora Silva (Mães de Maio) Luciana Boiteux (UFRJ) Debatedor: Gerson Brandão (GT Juventude Negra Conjuve) Coordenação: Eduardo Ribeiro (LANPUD/ GT de Políticas sobre Drogas do CONJUVE) 15h30 Coffee Break 16h Eixo Saúde e Redução de Risco e Danos Tema: Trocando em miúdos, cachimbos e seringas: a tecnologia do cuidado, a redução de riscos e a promoção de cidadania. : Natália de Oliveira da Silva (Centro É de Lei SP) Marcelo Andrade (GIESP - UFBA) Fábio Mesquita (Diretor do Departamento Nacional de DST AIDS - MS) Coordenação e Debate: Alessandra Oberling (Representante da Rede Pense Livre) 18h Eixo Juventude e Drogas Tema: Políticas públicas para autonomia lugares das juventudes brasileiras na superação da guerra. Roberto Tykanori (Coordenador Nacional de Saúde Mental-MS) Fernanda Papa (Coordenadora do Plano Juventude Viva) Leon Garcia (Diretor de Articulação e Coordenação de Políticas sobre Drogas da SENAD-MJ) Debatedora: Nara Santos (UNODC) Coordenação: Vinícius Alves (ABGLT / CONJUVE) Eixo Boas Práticas nacionais e internacionais Tema: Caminhando contra o vento Painel de Boas Práticas Maurício de Gois (Braços Abertos - Assessora Especial de Políticas Públicas sobre Drogas da SMCDH-SP) Stellamaris Pinheiro (Coordernadora de Saúde Mental- Mun. São Bernardo do Campo-SP) Patrícia Flach (Pontos de Cidadania Ponto de Encontro CETAD UFBA) Guilherme de Senna Britto Storti (420app) Debatedora e Coordenadora: Luana Malheiro (LANPUD) 12h30 Almoço 14h00 Grupos de Trabalho 17h Ocupar, resistir e produzir uma nova política sobre drogas perspectivas e pactuações Ágora Debate sobre a Plataforma das Juventudes Brasileiras contra a Guerra produzindo direitos rumo a outra política sobre drogas. Emilio Domingos (Sociólogo e diretor da Batalha dos Passinhos); Bruno Torturra (Rede Pense Livre) 1. Discussão do texto-base do encontro propostas de modificação. 2. Articulação das organizações juvenis para assinatura da Carta. 3. Construção de ação que apresente nacionalmente a agenda desta plataforma Coordenação Aldo Zaiden / Luana Malheiro (GT Políticas de Drogas do CONJUVE) 20h Encerramento
4 - Oficinas do Plano em Diálogo Oficinas para a construção do Plano Nacional de Políticas para Juventude, estivemos presentes em quatro oficinas: Direito ao Território (06/11, São Paulo) Saúde (13/11, Rio de Janeiro) Sustentabilidade (19/11, Manaus) Educação (27/11, Distrito Federal) Em todas as oficinas do Plano em Dialogo conseguindo colocar na pauta e propor questões relacionadas as culturas e povos tradicionais e de terreiro, como as questões de oralidade nos processos formativos, a preservação de territórios sagrados para cultuarmos nosso sagrado entre outras coisas. As discussões das oficinas do Plano em Dialogo serão sistematizadas e vão compor o texto base da II Conferência Nacional de Juventude, a ser realizada em Planejamento do CONJUVE 17 e 18 de Novembro Onde conseguimos articular e juntar forças com entidades ligadas ao movimento negro e povos e culturas tradicionais, para fortalecer a criação de um GT para discutir questões relacionadas a Povos Tradicionais e de Terreiro. O planejamento será divulgado no primeiro semestre de Incidência na Câmara dos Deputados em Brasília pela a aprovação do PL 4471/ e 20 de Novembro O Projeto de Lei 4471/2012 de autoria do Deputado Paulo Teixeira, que visa o fim dos Autos de Resistencia. Autos de Resistência é um dos principais instrumentos que permitem que o braço armado do estado assassine pessoas sem que tenha que responder legalmente por isso. Entendendo que a maior parte dos que são violentados e mortos pela PM, são jovens e em sua maioria negros a gestão da Renafro no Conjuve, identificou que era de extrema importância estar presente nessa mobilização, que foi de âmbito nacional, e ir para a Câmara dos Deputados fazer incidência política para a aprovação do projeto de lei. Estivemos presentes em reuniões com diversos Deputados Federais entre eles Vicentinho (PT), Jandira Feghali (PCdoB), Ivan Valente (PSOL), Paulo Teixeira (PT), entre outros. O Auto de Resistência é uma medida administrativa criada durante a Ditadura Militar brasileira para legitimar a repressão policial comum à época. A medida, que oficialmente não existe na Lei, ampara-se em alguns dispositivos legais como o artigo 292 do Código do Processo Penal (1941), que diz: Se houver, ainda que por parte de terceiros, resistência à prisão em flagrante ou à determinada por autoridade competente, o executor e as
5 pessoas que o auxiliarem poderão usar dos meios necessários para defender-se ou para vencer a resistência, do que tudo se lavrará auto subscrito também por duas testemunhas. Esse tipo de legitimação somada à conivência diante de costumeiras práticas abusivas tornaram a alegação do Auto de Resistência uma ação comum em todas as Corporações do país, pois permite que o policial que cometer um assassinato em serviço não seja preso em flagrante, assim como autoriza que o ato não seja investigado. Na prática, os policiais afirmam que deram voz de prisão, mas as pessoas se recusaram a obedecer, obrigando o agente a usar toda a sua força, geralmente para matar. O que acontece, nesse tipo de caso, é que não há investigação, legitimando diversos assassinatos realizados pela polícia. Os exemplos são vários e se espalham por todo o país. Para combater essa prática, está tramitando na Câmara o Projeto de Lei n. 4471/12, que extingue o Auto de Resistência, obrigando que todas as mortes efetuadas pelas forças policiais no país sejam investigadas e que o agente autor do disparo chame assistência médica para a vítima, em vez de ele mesmo tentar prestar socorro. Coletivo Reaja ou Será Morto, Reaja ou Será Morta. Espaços que compomos: Comissão de Acompanhamento de Políticas e Programas. GT Juventude Negra, Comunidades e Povos Tradicionais. Comitê Gestor do ProJovem Urbano no MEC. Marcelo de Morais marcelo13morais@gmail.com
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