PRÁTICAS E PROPOSTAS PARA A EFICIÊNCIA NO USO DA ÁGUA EM EDIFICAÇÕES

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1 XXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO. PRÁTICAS E PROPOSTAS PARA A EFICIÊNCIA NO USO DA ÁGUA EM EDIFICAÇÕES LEANDRO TORRES DI GREGORIO (UFF) leandro@interpro.eng.br ALESSANDRA TARCSAY CARVALHO (UFF) lelarj@yahoo.com.br Carlos Alberto Pereira Soares (UFF) carlos.uff@globo.com Por meio de uma revisão da literatura e da pesquisa sobre práticas sustentáveis na gestão de edificações (em especial as multifamiliares de uso residencial), são explorados os aspectos referentes ao uso racional da água. Também é apresentadda uma proposta de ferramenta alternativa para auferir objetivos similares aos obtidos através da implementação de medições individuais de consumo (TABELA DE REFERÊNCIA DE CONSUMO), que não retrata o consumo real das unidades, mas procura estabelecer uma referência para rateio a partir de indícios efetivos de consumo, tais como os aparelhos de utilização instalados nos apartamentos associados ao regime de ocupação destas unidades. Palavras-chaves: Eficiência no uso da água; sustentabilidade; uso racional da água; desenvolvimento sustentável.

2 1. A escassez da água A questão da escassez da água é uma preocupação presente em todo o planeta. Segundo PICCININI (2008), estima-se que 97,50% da disponibilidade mundial da água está nos oceanos e 2,493% encontra-se em regiões polares ou subterrâneas (aqüíferos), de difícil aproveitamento já que o processo de dessalinização é extremamente elevado, sendo o restante água potável. Apesar de o Brasil apresentar em torno 12% da água doce superficial no mundo, segundo o Instituto Socioambiental, a poluição e o uso inadequado comprometem esse recurso em várias regiões do País. Além disso, a água é distribuída de forma irregular. A Amazônia, onde estão as mais baixas concentrações populacionais, possui 78% da água superficial. Enquanto isso, no Sudeste, essa relação se inverte: a maior concentração populacional do País tem disponível 6% do total da água. As perspectivas para o atual século indicam um cenário de 18% de escassez até o ano de Devido a esta realidade, programas de Uso Racional da Água estão sendo realizados em todo o mundo, através de leis, orientações, conscientização da população e, principalmente, tecnologia de ponta. (PICCININI, 2008). Então, como seria possível reverter esse quadro? Que atitudes a população pode tomar para preservar esse bem tão valioso? 2. Objetivos O objetivo principal deste trabalho é contribuir para a gestão sustentável de edificações (sobretudo as multifamiliares de uso residencial) por meio de reflexões e considerações sobre mecanismos para a redução no consumo de água. A ferramenta apresentada ao final do trabalho visa oferecer uma alternativa ao sistema de medição individual de água, procurando atingir os mesmos objetivos, mas contornando obstáculos significativos, tais como complexidade e custo de implementação. 3. O caminho para a sustentabilidade Dentre as iniciativas que caminham para a sustentabilidade, merece destaque o conceito de Green Building: edificações nas quais, por meio de medidas construtivas e procedimentais que buscam o aumento de sua eficiência no uso de recursos, consegue a redução dos impactos sócio-ambientais, devido a um processo que abrange ciclo de vida completo das edificações: localização; projeto; construção; operação e manutenção; remoção de resíduos; remoção / renovação da edificação ao final da sua vida útil. Para o estímulo de construções sustentáveis, o USCGB (United States Green Building Council) uma associação sem fins lucrativos, fundada em 1993 nos Estados Unidos, desenvolveu um sistema de pontuações para a avaliação de edificações comprometidas com as questões voltadas a sustentabilidade ambiental, LEED (Leadership in Energy and Environmental Design). Essas pontuações variam de acordo com o sistema LEED adotado, podendo-se ter LEED-NC (para novas construções), LEED-EB (para edificações existentes), LEED-CI (para o interior de instalações comerciais), LEED-CS (para envoltória das edificações e núcleo central), entre outros. Inclusive bairros e até mesmo cidades podem seguir esses conceitos. (REVISTA PROJETO 332, 2007). Um dos itens da avaliação LEED é sobre o uso da água, um recurso 2

3 importantíssimo para qualquer atividade realizada pelo homem, sobre o qual organismos nacionais e internacionais apontam um dos maiores problemas ambientais a serem enfrentados pela humanidade: a poluição e a escassez das águas. (OLERIANO e DIAS, 2008). De um modo geral, os problemas de abastecimento estão diretamente relacionados ao crescimento da demanda, ao desperdício e à urbanização descontrolada nos centros urbanos. (INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL, 2008). Uma das formas mais consistentes de atacar o problema é provocando mudanças nos pontos de consumo, ou seja, nas edificações e seus ambientes. Entretanto, o consumo varia em função do clima, das regiões, dos hábitos de higiene e também da evolução tecnológica dos aparelhos hidro-sanitários, dificultando assim normas que possam ser aplicadas de maneira prática e eficiente. 4. Práticas para a eficiência no uso da água em edificações residenciais multifamiliares A questão da eficiência no uso da água numa edificação residencial multifamiliar pode ser atingida por meio de medidas que passem pelos seguintes temas principais: Aproveitamento de água da chuva; Reaproveitamento de água cinza de chuveiros, lavatórios e tanques, para fins não nobres; Detecção e solução de problemas de vazamentos nas instalações; Conscientização dos usuários quanto a hábitos de consumo; Redução no consumo de água através da utilização de equipamentos específicos. A seguir é apresentado um quadro com algumas abordagens de ordem prática referentes à implementação dos temas mencionados acima, para edificações existentes. TEMA Aproveitamento de água da chuva Reaproveitamento de água cinza de chuveiros, lavatórios e tanques, para fins não nobres O QUE PODE SER FEITO Deve-se estudar a possibilidade de reaproveitamento de água da chuva segundo uma relação custo-benefício, pois a obra de adaptação pode ser bastante custosa e os benefícios não tão significativos quanto imaginados. Os reservatórios para tal devem localizar-se, se possível, nos pavimentos mais elevados (se bem que isto quase sempre não é viável). Tal medida visa a diminuição de gastos de energia com o recalque de água da chuva, principalmente no caso em que tal volume é utilizado em vasos sanitários, por exemplo. Deve-se empregar dispositivo separador das primeiras águas de chuva. Entretanto, dada a eventualidade de chuvas e a possibilidade de recebimento de contribuição da área externa (pisos descobertos dos pavimentos inferiores), pode-se construir tal reservatório no pavimento térreo, como uma cisterna (normalmente há espaço). Tal regime também é mais adequado para o aproveitamento de água de lavagem de piso e rega de plantas, que normalmente se localizam nos pavimentos inferiores, reduzindo os custos com bombas de recalque. Não é recomendável que a água de chuva pura e simples seja utilizada para o abastecimento de vasos sanitários, pois o volume de captação não possui a regularidade desejada para este tipo de abastecimento. Algumas observações devem ser feitas sobre este sistema (cf ALMEIDA, 2008): Deve-se utilizar tubulação diferenciada (inclusive na cor) para água de reuso; Identificar com placas ou etiquetas os locais de armazenagem ÁGUA DE REUSO ; Prever um sistema de by-pass que permita a interrupção do fornecimento de água de reuso caso seja detectada alguma contaminação ou defeito; Todos os componentes do sistema devem ficar em locais abrigados, porém de 3

4 Detecção e solução de problemas de vazamentos nas instalações Conscientização dos usuários quanto a hábitos de consumo Redução no consumo de água através da utilização de equipamentos específicos Fonte: Do autor 5. Críticas e sugestões fácil acesso, para garantir a manutenção; Não lançar nas fontes de água de reuso substâncias que possam causar contaminação: dejetos orgânicos (por exemplo, lavar fraldas de bebê na máquina de lavar), sabões com sódio, cloro ou boro na sua composição, derivados de petróleo, derivados de metais pesados ou outras substâncias tóxicas; Monitorar constantemente e fazer limpeza dos componentes. O sistema de aproveitamento de água de reuso para fins não nobres permite que a água seja utilizada para descarga de vasos sanitários e lavagem de veículos e de áreas que não tenham contato direto com o ser humano (garagens, calçadas, jardins, etc). A água proveniente dos aparelhos de utilização (chuveiro, banheira, lavatório, tanque, e máquina de lavar) passa por um filtro de areia e pedra (ou carvão ativado), em seguida por fossa séptica e filtro ultravioleta (equipamentos que possuem a finalidade de eliminação de matéria orgânica e microorganismos presentes na água). Em seguida é encaminhada para um reservatório de água de reuso, e destinada aos aparelhos de utilização para fins não nobres. Recomenda-se que a inspeção contra vazamentos seja feita por empresa especializada, que empregará testes de pressão nas tubulações, inspeção visual de vazamentos, dentre outras providências. Um teste simples, entretanto, consiste na verificação de vazamentos na cisterna, através da aferição da diferença do nível de água com entrada e saída impedidas por 24h. A conscientização quanto a hábitos de consumo é uma tarefa difícil, podendo ser realizadas tentativas através da distribuição de cartilhas prontas sobre o assunto abordando a questão do desperdício, treinamento de funcionários, e palestras aos condôminos com instruções de alternativas para a redução no consumo através da utilização de equipamentos específicos (ver próximo tema). Entretanto, resultados bastante interessantes têm sido obtidos mediante a implementação de sistemas de medição individualizados por apartamento (a redução média no consumo é de cerca de 30%). Basicamente são 2 as formas de se reduzir o consumo de água na edificação através de equipamentos específicos: emprego de aparelhos de utilização mais econômicos e de acessórios para redução no consumo de água. Em relação ao emprego de aparelhos mais econômicos, deve-se buscar a utilização destes pelo maior número possível de moradores. São eles: vasos sanitários com caixa acoplada, bacias de duplo acionamento, chuveiros com maior dispersão das gotículas de água, dentre outros. A utilização de acessórios para redução do consumo de água normalmente relaciona-se ao emprego de arejadores nas saídas das torneiras, emprego de torneiras com ¼ de volta, torneiras com sensores ou automáticas, redutores de vazão para chuveiros, dentre outros. A implementação de medição individualizada também é um grande incentivador a esta mudança, uma vez que o morador sente diretamente no próprio bolso os benefícios da mudança. Outra forma de mobilizar os moradores pode ser a aprovação de uma meta coletiva de substituição de equipamentos em reuniões de condomínio (ex: no período de 1 ano todas as unidades deverão ter seus aparelhos de vaso sanitário do tipo caixa acoplada, sob pena de algum tipo de multa). Quadro 1 Práticas para eficiência do uso da água em edificações 5.1. Críticas ao sistema de medição individualizada A medição individualizada é vista como um ponto que traz resultados bastante animadores quanto à redução no consumo de água da edificação residencial multifamiliar (a redução média no consumo é de aproximadamente 30%), uma vez que promove mudanças a partir da responsabilidade individual pelo uso do recurso. Entretanto, a implementação de um sistema como este em edificações existentes não costuma 4

5 ser simples nem barata, pois exige obras de reestruturação profunda nas instalações hidráulicas do edifício e dos apartamentos (normalmente o abastecimento de cada apartamento passa a ser feito a partir de um ponto de entrada, onde se localiza a medição, e não mais através do compartilhamento de diversas colunas hidráulicas com outros apartamentos). Conforme indica empresa especializada neste tipo de serviço em citação de uma obra realizada em São Paulo, o custo desta mudança foi estimado em cerca de R$ 6.000,00 por apartamento (quantia de difícil acesso para a maioria dos condôminos). Estimando-se a conta de água desta unidade em cerca de R$ 60,00 mensais (antes da mudança) e supondo que haja uma redução aproximada de 30% do consumo, teríamos uma diferença de cerca de R$ 18,00 mensais a favor. Analisando esta alternativa como um projeto de investimento, percebemos que seu tempo de retorno é cerca de 30 anos! Em edificações novas o problema não é muito diferente, conforme observa o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado do Rio de Janeiro (Sinduscon-Rio), Roberto Kauffmann: Com a mediação individualizada o projeto hidráulico das construções ficará mais caro, o que será repassado ao comprador. Fora o custo de aferição da Cedae, que também deve subir Proposta de alternativa Procurou-se desenvolver uma proposta alternativa ao sistema de medição individual, que apresentasse baixo custo, que fosse aplicável a qualquer tipo de edificação multifamiliar residencial (em especial edificações existentes) e que permitisse da mesma forma a individualização do consumo (que efetivamente é o fator que desencadeia maiores mudanças).a este instrumento chamamos de TABELA DE REFERÊNCIA DE CONSUMO, que visa oferecer um parâmetro para o rateio das despesas de consumo de água no edifício e apresenta os seguintes benefícios: Permite realizar um rateio proporcional ao provável consumo de cada unidade da edificação, promovendo certa justiça na distribuição de valores da conta aos condôminos; É de simples manipulação e pode ser aplicada através de planilhas eletrônicas a qualquer conjunto de unidades sujeitas ao regime de condomínio, com as devidas adaptações para cada caso; Evita obras que seriam bastante onerosas e complexas, tais como a implementação de medições individuais para as unidades, que normalmente consistem na reestruturação de todo o sistema de abastecimento da edificação e seus transtornos correspondentes; Não exige aumento do número de funcionários por parte da concessionária, evitando aumentos na conta de água por este motivo; Permite usufruir dos benefícios causados pela conscientização no consumo. A tabela foi construída com a preocupação em levar em consideração os seguintes critérios: O consumo associado aos aparelhos de utilização. Este critério permite ter uma idéia do consumo do apartamento através dos aparelhos que este possui (recomenda-se que os pontos de água que não possuem aparelhos acoplados não sejam considerados no cálculo pontos plugados). Assim, os apartamentos que possuem aparelhos que consomem mais terão uma conta mais cara que os demais (p. ex. os que tiverem vasos com válvula de descarga serão mais penalizados em relação aos que possuem vaso com caixa acoplada); A ocupação efetiva do apartamento. Este critério permite levar em consideração a diferenciação na ocupação dos apartamentos durante um certo período de tempo (semana ou mês, por exemplo), oferecendo uma abordagem a casos tais como: 5

6 Apartamento desocupado (aguardando locação, p. ex); Sua utilização não seja a mesma em todo o período (filhos que não estão presentes no fim de semana, p. ex.); Apartamentos similares (mesmo perfil de equipamentos de utilização) mas que possuam número diferente de pessoas (ex. dois apartamentos iguais, mas um com 3 e outro com 7 pessoas). Recomenda-se levar em consideração no cálculo do número de ocupantes os empregados (empregada doméstica, operários que estejam fazendo algum tipo de obra no apartamento e utilizem os banheiros do mesmo, etc.) e que crianças até 2 anos de idade sejam contabilizadas como ½ indivíduo adulto. Não é recomendável levar em consideração os visitantes neste cálculo. De uma forma geral, o que a tabela faz é construir uma hierarquia de consumo entre os apartamentos associando o consumo dos aparelhos instalados e com o número e ocupantes de cada unidade. Verificou-se no decorrer deste trabalho intensa dificuldade na obtenção de dados de consumo e do tempo médio de utilização dos aparelhos das instalações hidráulicas, e significativa divergência entre dados de fontes diferentes. Assim, o problema foi tratado da seguinte forma: As vazões dos aparelhos de utilização foram retiradas das tabelas da NBR 5626 (Instalação Predial de Água Fria); Os consumos diários per capita de alguns aparelhos de utilização foram obtidos de fontes como SABESP e CEDAE, além de informações de fabricantes (principalmente as referentes a dispositivos redutores de consumo) e do desmembramento do consumo diário apresentado em CARDÃO, 1972; Inicialmente, alguns tempos estimados de utilização diária dos aparelhos por pessoa foram retirados de artigo disponível na web (PICCININI, 2003) Como alguns resultados apresentavam divergências, foram feitas calibrações (em especial ajustes nos tempos de utilização dos aparelhos), obtendo resultados muito próximos ao perfil de consumo de uma unidade residencial presente no Manual de Conservação e Reuso de Água em Edificações (material organizado em conjunto pela FIESP, Agência Nacional de Águas e Sinduscon SP), citando ROCHA et al. 1999: 6

7 FIGURA 1 Distribuição do consumo de água em unidade residencial unifamiliar. Fonte: ROCHA et al In : FIESP et al. Manual de Conservação e Reuso da Água em Edificações A partir daí, obteve-se o consumo per capita diário de cada aparelho, e selecionou-se os aparelhos mais adequados para obter a estimativa de consumo de uma pessoa utilizando estes aparelhos em um dia. Os resultados apresentaram-se dentro da faixa dos valores praticados em tabelas de consumo diário para apartamentos (200 a 250 litros / pessoa / dia), validando a calibração anterior: Fonte: Do autor Tabela 1 Parâmetros de consumo dos aparelhos de utilização mais comuns Com base no levantamento dos aparelhos presentes em cada apartamento (através de entrevista com os moradores e/ou medições nos aparelhos), pode-se obter o consumo per capita de referência, diferenciado para cada unidade, que reflete o volume médio de água gasto por um morador ao usar os aparelhos do apartamento durante um dia (neste item são levadas em consideração as características dos aparelhos, beneficiando os usuários que adotarem aparelhos que reduzam o consumo). Devido ao fato de trabalhar-se com estimativas per capita de utilização dos equipamentos, quando existem aparelhos similares a planilha trabalha com a média do consumo dos aparelhos. Isto se aplica aos seguintes casos: Vaso sanitário com caixa de descarga VDR / vaso com válvula de descarga; Bidê / ducha higiênica; Banheira / chuveiro simples / chuveiro com redutor de vazão; Lavatórios com torneira simples / com arejador / automática / com sensor; Pia cozinha com torneira simples / com arejador; A seguir, por meio do perfil de ocupação do apartamento obtido de entrevistas com os moradores, realizamos o produto do número de ocupantes de cada apartamento pelo consumo per capita de referência, obtendo um consumo total de referência para cada unidade (para um determinado período de tempo cíclico, p. ex. semanal); Finalmente, obteve-se os percentuais de consumo de cada unidade frente ao consumo total da edificação (excluindo-se o consumo do condomínio), a que chamou-se CONSUMO DE REFERÊNCIA. 7

8 5.3. Limitações no uso da tabela Ressalta-se que a TABELA DE REFERÊNCIA DE CONSUMO deve ser preferencialmente aplicada para o rateio do consumo das unidades, pois o consumo de água das áreas comuns (consumo do condomínio propriamente dito) apresenta características bastante diversificadas, que exigem uma adaptação mais cuidadosa da tabela caso a caso. Sendo assim, deve-se fazer uma avaliação dos equipamentos usados pelo condomínio e seu regime de uso, estipulando um volume aproximado de consumo e um valor correspondente (que será a média mensal de gastos com água da parte do condomínio); ou ainda, mais adequadamente, pode-se instalar uma medição separada para o consumo do condomínio. Uma vez definida a parcela de consumo do condomínio, aplica-se a TABELA DE REFERÊNCIA DE CONSUMO ao valor residual da conta de água (valor total menos os gastos do condomínio). Resultados mais consistentes podem ser obtidos com a adaptação da tabela contemplando a vazão real dos aparelhos dos apartamentos, além do fato de que a tabela não retrata mudanças de hábitos de consumo obtidos a partir de atitudes como fechar a torneira enquanto se escova os dentes, ou o chuveiro enquanto ensaboa-se o corpo, etc Estudo de caso Foi realizado um estudo de caso em um prédio da cidade de Niterói, RJ, construído na década de 60, com 5 pavimentos e 2 apartamentos por andar (3 quartos, sala, cozinha, área, dep. empregada, banheiro social, wc empregada), totalizando 8 apartamentos. Foram feitas entrevistas com representantes dos apartamentos, onde foram levantados os aparelhos de utilização presentes em cada unidade, assim como o regime de ocupação. Neste levantamento, crianças de até 2 anos de idade foram contabilizadas como ½ adulto e foram contabilizados empregados domésticos. Como se pode observar no resumo abaixo (extraído da tabela completa), a última coluna da tabela (azul escuro) representa o consumo de referência para o rateio da parcela de água de uso residencial (ou seja, excluindo a parcela do condomínio). 8

9 Fonte: Do autor Tabela 2 Resumo dos resultados, com ênfase para a coluna consumo de referência A seguir pode-se visualizar de forma completa a TABELA DE REFERÊNCIA DE CONSUMO desta edificação: 9

10 Fonte: Do autor 10

11 Tabela 3 Tabela de referência de consumo para a edificação estudada A questão da eficácia na redução do consumo de água através da utilização de equipamentos específicos pode ser observada em particular no apartamento 301. Esta unidade, de propriedade de um dos autores deste trabalho, foi recentemente reformada com a preocupação de critérios de sustentabilidade, onde os vasos sanitários com válvula foram substituídos por vasos caixa acoplada VDR, foram instalados redutores de pressão nos chuveiros, e arejadores nas torneiras. Analisando somente os aparelhos de utilizaçãoempregados, percebemos na coluna CONSUMO PER CAPITA DIÁRIO REFERENCIAL que o volume correspondente ao apartamento 301 é significativamente inferior aos demais, havendo redução de cerca de 34% no valor da conta, considerando-se que inicialmente o rateio era feito por igual (100% / 8 unidades = 12,5%), e que agora responde por 8,3% do bolo. Levando-se também em conta a ocupação dos apartamentos, percebemos que este valor cai ainda mais, devido à relativa baixa ocupação desta unidade (2 moradores fixos + 1 empregada doméstica de 2ª a 6ª feira) frente aos demais; ou seja, agora temos quase 50% de redução na parcela de pagamento do apartamento 301 em relação à metodologia antiga de rateio (12,5% versus 6,5%). 6. Conclusão A eficiência no uso dos recursos é um fator determinante para a sustentabilidade da sociedade. Neste contexto, o uso racional da água assume fundamental importância, havendo necessidade urgente de mudanças de mecanismos e padrões de consumo deste recurso. As edificações multifamiliares de uso residencial possuem grande potencial de mudança e podem contribuir significativamente para a redução do consumo de água. Dentre as medidas para se caminhar em direção a este aspecto da sustentabilidade, citamos o aproveitamento de água da chuva, o reaproveitamento de água cinza de chuveiros, lavatórios e tanques, para fins não nobres, a detecção e solução de problemas de vazamentos nas instalações, a promoção da conscientização dos usuários quanto a hábitos de consumo, e a redução no consumo de água através da utilização de equipamentos específicos. Percebe-se que bons resultados são alcançados a partir do momento em que o consumo é tratado segundo as peculiaridades de cada unidade, permitindo atribuições individuais de responsabilidades. Uma das formas de se atingir este objetivo é a implementação de medições individuais que, no entanto, necessitam de complexas e onerosas intervenções nas instalações hidráulicas existentes na edificação. Uma TABELA DE REFERÊNCIA DE CONSUMO é apresentada como alternativa ao problema acima mencionado, que não retrata o consumo real das unidades, mas procura estabelecer uma referência para rateio a partir de indícios efetivos de consumo tais como os aparelhos de utilização instalados nos apartamentos associados ao regime de ocupação destas unidades. Tal mecanismo apresenta diversas vantagens, tais como facilidade de aplicação e adaptação à realidade de diferentes edificações, baixo custo, etc. Como sugestão para outros trabalhos, a TABELA DE REFERÊNCIA DE CONSUMO pode ser aplicada a edificações onde já estejam implementados sistemas de medições individuais, de modo a aferir a aderência dos resultados da tabela aos dados de consumo real levantados. 11

12 Referências ALMEIDA, R. Projeto de Dissertação de Mestrado. Niterói: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5626 Instalação Predial de Água Fria. Rio de Janeiro CARDÃO, C. Instalações Domiciliares. VI edição. Belo Horizonte: Edições Arquitetura e Engenharia, CASADO, M. Certificação LEED para empreendimentos sustentáveis. IV Congresso Nacional de Excelência em Gestão. FIRJAN / UFF, CEDAE. Disponível em: Acesso em: ago CONTAJUSTA. Disponível em: Acesso em: jul CREDER, H. Instalações Hidráulicas e Sanitárias. 5ª edição. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora, FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE SÃO PAULO; AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS; SINDUSCON-SP. Manual de Conservação e Reuso da Água em Edificações. São Paulo: Prol Editora Gráfica, INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL. Água doce e limpa: de "dádiva" à raridade. Disponível em: Acesso em: jul MACINTYRE, A. J. Instalações Hidráulicas Prediais e Industriais. 3ª edição. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora, NOTÍCIAS CONDOMINIAIS. RJ: Medição individual de água em condomínio causa polêmica. Disponível em: Acesso em: ago OLERIANO, E. S., DIAS, H. C. T. A dinâmica da água em microbacias hidrográficas reflorestadas com eucalipto. Disponível em: Acesso em: jul PICCININI, A. D. Consumo de água e seu uso racional. Disponível em: Acesso em: ago REVISTA PROJETO DESIGN 332. Edição verde: sustentabilidade, do mobiliário às torres de escritório. Editora Arco, Outubro, SABESP. Disponível em: Acesso em: ago

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