ACORDOS BILATERAIS DE PESCA/ PAÍSES DO NORTE Parlamento Europeu 22.JUN.10. Eurico Monteiro

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1 ACORDOS BILATERAIS DE PESCA/ PAÍSES DO NORTE Parlamento Europeu 22.JUN.10 Eurico Monteiro

2 ZEE - CNUDM Criação generalizada de Zonas Económicas Exclusivas (ZEE), na década de 70; Vários países América Sul e Europa (Islândia) lideram movimento; Estados-Membros da CEE e Noruega estabelecem ZEE em 1977; Convenção Nações Unidas Direito do Mar (CNUDM), assinada 1982, com entrada em vigor em 1994, consagra regime jurídico da ZEE confere aos Estados costeiros direitos soberanos sobre 90% dos recursos vivos dos oceanos.

3 Acordos Pesca Estados costeiros que não efectuem a totalidade das capturas permitidas devem dar a outros Estados acesso aos excedentes mediante celebração acordos (art.º 62 CNUDM); Acordos podem prever o pagamento de taxas e outros encargos, nomeadamente compensações financeiras; Todos os acordos celebrados pela UE cabem neste conceito (Acordos do Norte, Acordos do Sul ou de Parceria).

4 Acordos Norte Contrapartida consiste na reciprocidade de acesso; Em certos casos, a UE oferece contrapartidas adquiridas noutros Estados (Gronelândia); Todas as contrapartidas são quantificáveis em termos financeiros; Acordos Pesca Armadores não suportam quaisquer custos. Acordos Sul Pagamento de compensação financeira; Armadores pagam taxas licenciamento e outros custos de operação. Acordos Norte poderiam distinguir-se se visassem, apenas, concertar medidas de conservação das populações existentes nas ZEE Estados Membros e na ZEE do Estado costeiro vizinho (art.º 63 CNUDM).

5 Acordos Pesca Países do Norte Acordo de Pesca UE/Noruega prevê: cooperação na gestão dos stocks que ocorrem nas ZEE de ambas as Partes (art.º 63); o acesso de navios comunitários à ZEE da Noruega, por troca de quotas em águas comunitárias e de quotas negociadas com a Groenlândia. Não é, pois, substancialmente diferente dos restantes acordos. Todos os acordos comunitários são Acordos de Pesca no âmbito art.º 62 CNUDM.

6 Acordos Pesca Países do Sul Acordos do Sul são muito criticados enquanto que os Acordos do Norte não suscitam discussão. Em qualquer dos casos, a Comissão negoceia com Estados soberanos na base dos mesmos princípios: Estado dos recursos e excedentes de captura; Pesca sustentável; Equilíbrio das contrapartidas; Rigorosas medidas cumprimento; Transparência na negociação; Publicidade. Cada acordo é um acordo. A Comissão, consoante os países com que negoceia, apoia mais a capacitação científica, o desenvolvimento de infraestruturas, o sistema de controlo ou outros domínios.

7 Acordos Pesca Revisão da PCP Revisão da PCP Acordos do Norte não merecem uma reflexão específica no Livro Verde (Cap.5.8-Dimensão Externa); Parecer do PE (pontos 121/130) apenas desenvolve temáticas relativas às ORGP e aos Acordos de Parceria; Síntese da Consulta sobre a Revisão da PCP (Doc SEC (2010) 428 final), contém uma única frase sobre os Acordos do Norte (ponto 3.8): Algumas partes interessadas sublinharam igualmente a importância dos Acordos do Norte.

8 CONCLUSÕES Acordos do Norte e Acordos de Parceria são Acordos de Pesca face à CNUDM. Cada acordo é um acordo - traduz uma situação particular, porventura única; A vertente externa da pesca comunitária, com todas as componentes, é e deve continuar a ser um dos pilares da PCP; A actual fórmula dos Acordos do Norte não suscita dificuldades; A Comissão deve negociar com base nos mesmos princípios essenciais: adaptação às especificidades de cada país terceiro exigência no respectivo cumprimento: há regras a cumprir por quem pesca e há condições e garantias a assegurar por quem deixa pescar Aprofundar cooperação Fomentar o clima de confiança recíproca entre Administrações e Pescadores (reforço dos CCRs e da participação nos mesmos); Separar questões pesqueiras bilaterais de questões de outra natureza (v.g. Svalbard); Prosseguir o processo de simplificação dos acordos bilaterais.

9 OBRIGAD O