MODALIDADES DE FINANCIAMENTO DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL Como mobilizar os recursos do setor privado?
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- Airton Faria Castelhano
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1 MODALIDADES DE FINANCIAMENTO DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL Como mobilizar os recursos do setor privado? Apresentação Marc Ziegler / Instituições e desenvolvimento
2 REFERÊNCIA ÀS PRINCIPAIS FONTES DE FINANCIAMENTO FONTES PÚBLICAS E PRIVADAS Fiscalidade específica/contribuição indireta famílias/empresas Contribuição direta das famílias = taxas de ensino Estado: recursos não específicos (unicidade de caixa) Empréstimo do Estado: poupança interna e externa Doações e empréstimos externos Setor bancário = empréstimos/refinanciamento/fundos de garantia
3 MODO DE INTERVENÇÃO Os diferentes papéis do Estado Intervencionista: direto/administração estatal Incentivador: transferências destinadas: às coletividades locais aos estabelecimentos públicos autónomos às famílias, empresas e promotores de FP Criador de parcerias Empresas públicas e privadas Bancos/instituições de microfinanciamento Promotores públicos e privados
4 INTERVENÇÃO DIRETA O orçamento geral do Estado Financiamento dos centros de formação profissional Inscrição no orçamento geral = administração de créditos Modo de ação dominante = fraca autonomia Problemas : Recursos escassos Muitos salários e poucos investimentos em matéria de trabalho Pouca flexibilidade nos recursos humanos Poucas relações com o setor privado/empresas/artesãos Fraca integração dos agentes = fraco desempenho Fraco rendimento/fraca contribuição das famílias = Desenvolvimento crítico da oferta e da qualidade das formações
5 INCENTIVOS DO ESTADO Transferências e subvenções Princípio: Pagar subvenções diretas ou indiretas aos agentes públicos e privados para desenvolver a FP Eficaz quando condicionado à mobilização concomitante de outros recursos privados (famílias, empresas) Subvenções financeiras = despesas do orçamento Subvenções fiscais/deduções = despesas fiscais/compensadas pelas receitas Obrigação garantida dos empréstimos bancários Setor privado complementa com os seus recursos = contribuições financeiras (infraestruturas e equipamentos) = contribuições em recursos humanos
6 CAIXA DE SUGESTÕES DAS SUBVENÇÕES Subvenções diretas ou indiretas SUBVENÇÕES Subvenção financeira aos centros de formação privados (definidos como alvo?) Subvenção dos mestres artesãos por aprendiz Subvenção às empresas para estágios práticos/ou outras ações de formação BENEFÍCIOS FISCAIS Redução dos encargos patronais e salariais dos centros de FP privados Redução de impostos sobre os lucros/dedução direta da totalidade de uma percentagem do custo das ações de formação realizadas Não tributação sobre trabalho e equipamentos dos CFP e empresas parceiras da FP
7 PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS Princípios e vantagens PRINCÍPIO: Confiar ao setor privado missões de serviço público (princípio da delegação) Otimizar a despesa pública através de cofinanciamentos contratualizados DIFERENTES FORMAS DE PPP (no sentido lato) Contratualização simples Entidade administradora interessada, arrendamento, concessão de serviço público Licença de ocupação/contrato de arrendamento Construção, exploração e transferência (BOT) VANTAGENS DAS PPP Mobilização dos recursos adicionais do setor privado Gestão mais flexível dos investimentos e valorização do património público Transferência dos investimentos públicos para o setor privado e para os bancos Reduzir, diferir, escalonar o investimento público (escassez de recursos)
8 A contratualização simples PRINCÍPIOS Entidade pública seleciona um operador privado Delega responsabilidades de gestão e de produção Responsabilidades estabelecidas através de um acordo de parceria Acordo de parceria especifica: As obrigações das partes As regras de gestão O financiamento As modalidades de acompanhamento e de controlo VANTAGENS Definição de regras específicas/ad hoc PONTOS CRÍTICOS Poucas disposições jurídicas para resolver as dificuldades
9 A administração interessada PRINCÍPIO: Contrato do Estado com uma entidade administradora privada Co-adjudicante = entidade administradora Gere o serviço público em troca de uma participação nos resultados Explora os empreendimentos/investimentos da propriedade do Estado Não assume riscos de contra-desempenho ou degradação VANTAGENS Entidade administradora = empresa = promotor privado/melhor relação com o setor privado Motivação da entidade administradora pelos resultados PONTOS CRÍTICOS Avaliação rigorosa dos resultados para fixar a participação nos resultados Controlo rigoroso da entidade administradora e da gestão
10 O arrendamento PRINCÍPIOS Entidade pública investe (financiamento em obras e equipamentos) Entidade pública delega a gestão do investimento ao setor privado Adjudicante (agricultor) é remunerado pelo utilizador Agricultor paga à entidade pública uma taxa/renda Taxa = contrapartida do direito de utilização do investimento Pagamento da taxa permite amortizar o investimento público Possibilidade de participação do agricultor na modernização dos investimentos VANTAGENS Reduz os encargos de gestão Melhor manutenção/amortização do investimento (ferramenta de trabalho do agricultor) PONTOS CRÍTICOS Controlo da tarifação aos utilizadores e da gestão financeira
11 A concessão de serviço público PRINCÍPIOS Entidade pública (EP) estabelece um caderno de encargos EP recruta um operador privado para a prestação de um serviço/contrato público EP remunera o operador pelos serviços produzidos OPERADOR PRIVADO Investe se necessário para produzir o serviço Pode utilizar em função do contrato de bens públicos/adossados a um contrato de arrendamento Pode ser remunerado pelos utilizadores (cf contrato) VANTAGENS Pressão sobre os resultados, uma vez que se trata de uma prestação de serviço Contratualização numa base concorrencial Transferência do investimento para o setor privado PONTOS CRÍTICOS Capacidades dos concessionários/gestão/qualidade
12 Contrato de arrendamento administrativo PRINCÍPIO Coletividade aluga um bem imobiliário a um agente do setor privado (terreno, instalações) Arrendatário investe tendo em vista prestar ou contribuir para a realização de um serviço público Construção inicial e complementar Renovação de infraestruturas existentes Equipamento indispensável à missão de serviço público Paga uma renda à coletividade (simbólica ou não, cf equilíbrio económico do contrato) Explora e valoriza o bem público/presta o serviço público VANTAGENS Valorização do domínio público (antiga empresa, terreno bem localizado, florestas) Remuneração da entidade pública Mobilização dos recursos adicionais do setor privado/valorização do património PONTOS CRÍTICOS Compromisso a muito longo prazo/exigência de garantias suficientes ao arrendatário
13 Construção, exploração e transferência PRINCÍPIOS Agente privado: assume um projeto de investimento e a sua exploração para contribuir para um serviço público Realiza as obras Adquire os equipamentos Assegura a exploração da obra e dos equipamentos A obra e os equipamentos são transferidos para o Estado no final do contrato Estado: Remunera o operador com um montante mensal/anual VANTAGENS Transferência do investimento para o setor privado e pagamento fracionado e diferido = mais investimento no setor Possibilidade de recrutar consórcios de empresas por setores (ex., construção)
14 Construção, exploração e transferência PONTOS A TER EM CONTA Questões prévias de oportunidade: é possível proceder de outra forma? Ter em conta o caráter concorrencial Estudo económico para especificar as necessidade e os custos Estudo dos riscos a transferir para o setor privado Estudo do equilíbrio económico do contrato Definir bem os resultados esperados e especificações aplicáveis aos serviços a produzir Estar atento à fase de exploração Associar o pessoal/aspetos contratuais do Estado a este tipo de abordagem PONTOS CRÍTICOS Determinar a remuneração da entidade adjudicante = resultados quantitativos e qualitativos do serviço? Fixar as condições de investimento e as condições de exploração Celebrar o contrato e negociar Assegurar o acompanhamento e controlo durante a exploração/resultados
15 Construção, exploração e transferência Exercício: encontrar a parceria indicada! E o parceiro indicado! O quadro infra apresenta uma situação inicial num sistema de formação profissional. A questão que deverá resolver é a seguinte: Como alcançar o objetivo ou melhorar a situação inicial recorrendo aos mecanismos de parcerias público-privadas? Que modalidade de parceria tenciona pôr em prática para alcançar o objetivo ou melhorar a situação inicial? Qual é o parceiro ideal?
16 Caixa de sugestões para as PPP Situation de départ Partenaire envisagé Type de partenariat envisagé Un centre de formation public dispose d équipement moderne et adapté pour la mécanique automobile, mais ces équipements ne sont utilisés que 3 jours par semaine Le budget de l Etat ne permet pas d entretenir le centre de formation public aux métiers de la restauration. Les équipements sont dégradés ainsi que les locaux Le centre de formation public aux métiers du bâtiment travaux publics est mal géré et en sous effectif. Le Ministère de la formation professionnelle dispose d un hangar de mètre carré dan la zone portuaire de la capitale Le Ministère dispose de deux centres de formation récemment construits et équipés mais manque de formateur pour les faire fonctionner
17 Caixa de sugestões para as PPP Situation de départ Partenaire envisagé Type de partenariat envisagé Il a été mis à la disposition du Ministère de la formation professionnelle une ancienne usine d Etat fabricant des allumettes dans la zone industrielle de la capitale Le Ministère de la formation professionnelle doit disposer selon son plan d actions d un centre de formation professionnelle dédié aux métiers de l Hôtellerie Le Ministère s est fixé pour objectif de placer chaque jeune en formation durant au moins 6 semaines en stage d entreprise Le Ministère est propriétaire d un terrain de m2 aux abords de la gare routière principale de la capitale Le Ministère de la FP s est fixé pour objectif de tripler en 3 ans le nombre d apprentis dans le système d apprentissage dual
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