UNIÕES HOMOAFETIVAS E A PROTEÇÃO PREVIDENCIÁRIA AO COMPANHEIRO

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "UNIÕES HOMOAFETIVAS E A PROTEÇÃO PREVIDENCIÁRIA AO COMPANHEIRO"

Transcrição

1 UNIÕES HOMOAFETIVAS E A PROTEÇÃO PREVIDENCIÁRIA AO COMPANHEIRO Cleber Regian Paganelli * Resumo: As uniões entre pessoas do mesmo sexo, referenciadas neste estudo a partir do neologismo União Homoafetiva, representam um fato social que corresponde ao vínculo afetivo entre pessoas do mesmo sexo e que merece atenção de toda comunidade jurídica. A partir desta perspectiva, vários direitos fundamentais que são assegurados aos vínculos afetivos entre heterossexuais (união estável e casamento) encontram obstáculo na legislação quando se fala em aplicar tais direitos às pessoas que vivem em condições idênticas, porém, de condição sexual diversa. No âmbito do Direito Previdenciário tais disparidades evidenciam-se no tocante aos dependentes do segurado, pois, não há previsão legal estendendo os direitos previdenciários (pensão por morte, por exemplo) ao companheiro homossexual de segurado falecido. Diante disso, há premente necessidade de o legislador envidar esforços à regulamentação de tais fenômenos sociais, pois, negar aos companheiros homossexuais a condição de dependentes previdenciários e, portanto, detentores de benefícios como é o caso da pensão por morte, seria negar a própria condição humana e manter à margem do ordenamento jurídico esta parcela da sociedade que milita na busca de uma vida digna, sem preconceitos e, sobretudo, com respeito ao ser humano. Palavras-chave: Uniões homoafetivas. Benefício Previdenciário. Regime Geral de Previdência Social e Regime de Previdência Privada. 1 INTRODUÇÃO O presente estudo tem por objeto de análise a possibilidade ou não de se atribuir aos companheiros homossexuais a condição de dependentes para fins previdenciários e, consequentemente, serem titulares ou não das prestações e/ ou serviços assegurados aos demais dependentes previstos no art. 16 do Plano de * Advogado. Especialista em Direito do Trabalho. Especialista em Direito Previdenciário. Professor de Direito e Processo do Trabalho e Direito Previdenciário.

2 2 Benefícios da Previdência Social (Lei 8.213/91), seja quanto ao Regime Geral de Previdência Social, ou mesmo nos Sistemas de Previdência Privada. O estudo acerca dos direitos envolvendo esta parcela da sociedade requer dedicação e seriedade daqueles que se propõe a discutir e aprofundar o debate envolvendo direitos dos homossexuais, dada a escassez de conteúdo, seja do ponto de vista legal, daí por que falarmos em carência legislativa, seja do ponto de vista teórico-doutrinário. O Direito Homoafetivo começa a se destacar no mundo jurídico a partir da necessidade de se buscar soluções para os casos do dia-a-dia que, devido à falta de regulamentação legal, ficam à margem da ciência jurídica, sendo objeto de análise apenas de alguns poucos encorajados a tentar dar efetividade aos direitos dos homossexuais. Este estudo terá como referencial teórico a Constituição Federal de 1988, em especial no que tange aos direitos fundamentais, bem como parte da bibliografia previdenciarista que cuida da regulamentação dos dependentes previdenciários e, ainda, a literatura nacional que se debruça sobre o estudo dos direitos fundamentais. A intenção seguramente não é a de esgotar a análise acerca dos direitos dos homossexuais, mas, tão somente verificar a condição dos parceiros homoafetivos enquanto dependentes previdenciários e, portanto, titulares de benefícios, tal como a pensão por morte. 2 OS DEPENDENTES PREVIDENCIÁRIOS NA LEI 8.213/91 O ponto de partida remonta à noção conceitual acerca do que se entende por dependente para fins previdenciários, haja vista que o tema possui contornos diferenciados se analisados a partir de outros ramos do direito, como no caso do Direito Civil 1, Tributário 2 ou Penal 3. 1 O art. 5º do Código Civil prevê que A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil. 2 A dependência para fins de Imposto de Renda será até os 21 anos para filhos ou até 24 se estudantes (art. 35, III e 3º da Lei 9.250/95) 3 A maioridade penal inicia aos 18 anos (art. 27 do CP)

3 3 Conforme dito anteriormente, os dependentes estão elencados no art. 16 do Plano de Benefícios da Previdência Social PBPS (Lei 8.213/91), com redação dada pela Lei 9.032/95 4. O elemento básico na caracterização do dependente é econômico. Isto é, necessitando a pessoa de recursos para sobreviver, provenientes do segurado, já se delineia sua condição de dependência. Não é necessário o fato da dependência econômica total. Basta a parcial 5. Nesta mesma linha de raciocínio segue o renomado previdenciarista Wladimir Novaes Martinez, segundo o qual dependente é a pessoa economicamente subordinada a segurado (...). 6 Com efeito, a dependência econômica é traço marcante para a caracterização da figura do dependente previdenciário, porém, pensamos não ser suficiente, como bem assinalam os ilustres mestres Carlos Alberto Pereira Castro e João Batista Lazzari quando asseveram que há situações previstas em lei nas quais não há necessariamente dependência econômica: como por exemplo, mesmo que ambos os cônjuges exerçam atividade remunerada, um é considerado dependente do outro, para fins previdenciários, fazendo jus a benefícios, mesmo que aufiram ganhos decorrentes de atividade laborativa. E seguem dizendo que os critérios para fixação do quadro de dependentes são vários, e não somente o da dependência puramente econômica. São os vínculos familiares, dos quais decorre a solidariedade civil e o direito dos necessitados à provisão da subsistência pelos mais afortunados (CF, art. 229) (...) 7 Sem perder de vista a noção conceitual estabelecida, necessário se faz compreender cada um dos dependentes elencados no art. 16 supra mencionados, a fim de se extrair, em termos práticos, quem são as pessoas que efetivamente são amparadas pela previdência social de forma reflexa (dependentes). 4 Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado: I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido; II - os pais; III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido; 5 GONÇALES, Odonel Urbano. Manual de Direito Previdenciário. 13ª ed., São Paulo: Atlas, p MARTINEZ, Wladimir Novaes. Curso de direito previdenciário. Tomo I Noções de direito previdenciário São Paulo: LTr, 1997, p CASTRO, Carlos Alberto Pereira de, LAZZARI, João Batista. Manual de direito previdenciário, 11ª ed. Florianópolis: Conceito, 2009, p. 213.

4 4 O art. 16 do PBPS retrata os dependentes previdenciários, enumerando-os de forma hierárquica, ou seja, estes estão divididos em categorias ou, como prefere a boa parte da doutrina, em classes. Na primeira classe estão o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido. Curiosamente o marido nem sempre foi considerado dependente previdenciário e tal condição só lhe foi assegurada em 1988, com o advento da Carta Cidadã, que igualou homens e mulheres. O homem, portanto, só era considerado dependente de sua consorte se fosse considerado inválido. Dirimindo as injustiças e disparidades legais, a Constituição Federal de 1988 representou um marco considerável no que diz com a dependência do homem, ainda que não inválido. Não poderia ser diferente, pois, a Carta de 1988 considera que homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações (...). 8 A companheira e o companheiro, segundo o texto legal (art. 16) também são considerados dependentes, inclusive da classe I, tida como preferencial. A Carta Magna igualmente tratou de assegurar pensão por morte ao companheiro e dependentes. 9 Em que pese o avanço jurídico ao considerar o homem mesmo que não inválido, bem como o companheiro e companheira como dependentes, a questão ainda não está superada, posto que o conceito de companheira e companheiro está longe de abarcar todas as formas de convivência humana ligadas por vinculo afetivo. O conceito de companheira e companheiro é trazido pelo próprio legislador ordinário ao afirmar que Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém união estável com o segurado ou com a segurada, de acordo com o 3º do art. 226 da Constituição Federal (art. 16, 3º do PBPS). O Decreto 3.048/99 que regulamento a Lei 8.213/91 (art. 16, 5º), tenta e a nosso ver sem sucesso, conceituar União Estável, no qual tal vínculo se verifica apenas entre homem e mulher Constituição Federal de Art. 5º, I. 9 Art A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: (...) V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes, observado o disposto no 2º. 10 Art. 16, 6º - Considera-se união estável aquela configurada na convivência pública, contínua e duradoura entre o homem e a mulher, estabelecida com intenção de constituição de família,

5 5 Remetemos o leitor ao tópico seguinte para compreender um pouco mais a respeito da União Estável e os reflexos previdenciários deste tipo de vínculo sóciojurídico na vida das pessoas que se encontram nesta condição. A dependência dos filhos e a estes equiparados se dá até que completem 21 anos de idade, salvo se emancipados ou inválidos. Em que pese a Lei , de 10 de janeiro de 2002 que institui o Código Civil tenha reduzido para 18 anos completos a cessação da menoridade, tal fato em nada afeta a idade prevista na norma previdenciária para fins de dependência. A regra previdenciária representa norma específica em detrimento da norma geral (Código Civil), razão porque deve ser levada a efeito aquela em detrimento desta. No ano de 2002 foi realizada a Jornada de Direito Civil promovida pelo Centro de Estudos Judiciários do Conselho da Justiça Federal, ocasião em que foram aprovados vários enunciados, dentre os quais se destaca o de número 3, asseverando que a capacidade civil aos 18 anos não altera a norma previdenciária. 11 A noção de filho enquanto dependente previdenciário, sobretudo com o advento da Carta de 1988, vai além da noção simplista de que filho é somente aquele havido na constância do casamento e, portanto, biológico. Os filhos equiparados 12 também estão amparados pela regra prevista no inciso I do art. 16 do PBPS. Contudo, o parágrafo sexto do artigo acima indicado estabelece que, no caso do enteado e do menor tutelado, haverá equiparação a filho desde que mediante declaração do próprio segurado, mediante termo de tutela (conforme o caso) e desde que provada a dependência econômica. observado o 1o do art do Código Civil, instituído pela Lei no , de 10 de janeiro de Novo Código Civil - Enunciados aprovados na Jornada de Direito Civil, STJ, no período de 11 a 13 de setembro de 2002, promovida pelo Centro de Estudos Judiciários do Conselho da Justiça Federal - CJF, no período de 11 a 13 de setembro de 2002, sob a coordenação científica do Ministro Ruy Rosado, do STJ. (...) 3 Art. 5º: a redução do limite etário para definição da capacidade civil aos 18 anos não altera o disposto no art. 16, inc. I, da Lei n /91, que regula específica situação de dependência econômica para fins previdenciários e outras situações similares de proteção, previstas em legislação especial. (disponível in acesso em ). 12 CF/88 art. 227, 6º - Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação.

6 6 A dependência econômica é feita mediante a apresentação de, pelo menos três documentos constantes do 3º do art. 22 do decreto 3.048/ Ainda que seja um rol meramente exemplificativo, sendo admitidos quaisquer outros que possam levar à convicção do fato a comprovar, tal disposição é de duvidosa constitucionalidade, haja vista que referido rol está previsto em decreto e não em lei; destarte, o decreto teria extravasado sua competência regulamentar. O instituto da emancipação está previsto em norma civilista (art. 5º, I do Código Civil), de aplicação subsidiária no campo previdenciário e, portanto, uma vez consubstanciada a emancipação, restará cessada a condição de dependente dos filhos a partir de dezesseis anos. 14 Igualmente de duvidosa constitucionalidade foi a exclusão dos menores sob guarda do rol dos dependentes, fato que ocorreu com a edição da Lei 9.528/97, que deu nova redação ao PBPS. O texto Constitucional (art. 227) preconiza a proteção do menor, sendo dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, 13 Art. 22, 3º - Para comprovação do vínculo e da dependência econômica, conforme o caso, devem ser apresentados no mínimo três dos seguintes documentos: (Redação dada pelo Decreto nº 3.668, de 2000) I - certidão de nascimento de filho havido em comum; II - certidão de casamento religioso; III - declaração do imposto de renda do segurado, em que conste o interessado como seu dependente; IV - disposições testamentárias; V - anotação constante na Carteira Profissional e/ou na Carteira de Trabalho e Previdência Social, feita pelo órgão competente; (Revogado pelo Decreto nº 5.699, de 2006) VI - declaração especial feita perante tabelião; VII - prova de mesmo domicílio; VIII - prova de encargos domésticos evidentes e existência de sociedade ou comunhão nos atos da vida civil; IX - procuração ou fiança reciprocamente outorgada; X - conta bancária conjunta; XI - registro em associação de qualquer natureza, onde conste o interessado como dependente do segurado; XII - anotação constante de ficha ou livro de registro de empregados; XIII - apólice de seguro da qual conste o segurado como instituidor do seguro e a pessoa interessada como sua beneficiária; XIV - ficha de tratamento em instituição de assistência médica, da qual conste o segurado como responsável; XV - escritura de compra e venda de imóvel pelo segurado em nome de dependente; XVI - declaração de não emancipação do dependente menor de vinte e um anos; ou XVII - quaisquer outros que possam levar à convicção do fato a comprovar. 14 Art. 5º - A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil. Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade: I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;

7 7 com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. A supressão do menor sob guarda do rol dos dependentes previdenciários representa clara afronta ao princípio da vedação do retrocesso social que orienta a ciência jurídica, sobretudo no que toca os direitos sociais. A segunda e terceira classes de dependentes arroladas no texto legal (art. 16 do PBPS) incluem respectivamente os pais e o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido. Os dependentes de uma mesma classe concorrem em igualdade de condições (art. 16, 1º do RPS), isto significa dizer que, caso um segurado venha a falecer, deixando esposa e 2 filhos menores de 21 anos, por exemplo, o benefício (pensão por morte) será dividido em partes iguais, é dizer 1/3 cada um. De outro norte, se o segurado venha a falecer deixando esposa e pai vivo, o benefício será devido tão somente à esposa, eis que esta faz parte da primeira classe de dependentes (privilegiada), assim sendo, a existência de dependente de qualquer das classes previsto no art. 16, exclui do direito às prestações os das classes seguintes (art. 16, 1º do PBPS). A única forma de o pai receber o benefício citado no exemplo anterior seria a hipótese de o segurado falecer sem deixar dependentes da classe I, neste caso, o benefício seria repassado integralmente ao pai. Ainda, convém lembrar que a dependência dos dependentes da classe I é presumida, ao passo que os demais deverão comprovar a dependência econômica, nos termos do que dispõe o já citado artigo 22, 3º do RPS de duvidosa constitucionalidade. 3 A UNIÃO ESTÁVEL Com o passar dos temos e a evolução das sociedades civilizadas, o instituto do casamento tal como sempre foi concebido sendo o vínculo jurídico entre homem e mulher, representando os laços matrimoniais entre o casal, constituindo uma família, o qual só era dissolvido através do desquite vem perdendo espaço para uma nova modalidade de vínculo afetivo, qual seja, a união estável.

8 8 Em que pese o legislador tenha tratado o instituto da união estável com total indiferença por muitos anos, com a finalidade de proteger a família constituída pelos sagrados laços do matrimônio, omitiu-se em regular as relações extramatrimoniais. E foi além. Restou por puni-las, vedando adoções, a instituição de seguro e a possibilidade de a concubina ser beneficiada por testamento. 15 Somente com o advento da Carta Magna de 1988 é que a união estável entre homem e mulher passa a ser reconhecida como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento (art. 226, 3º). O legislador ordinário tratou com muita simplicidade o tema, ao regular a união estável em quatro artigos (art a 1726 do Código Civil). O art do Código Civil de 2002 tentou conceituar união estável ao dizer que É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família. A priori, há que se elogiar a iniciativa do legislador em tentar regular tal temática, contudo, o fez de forma extremamente despreocupada e simplista. Isto provavelmente se deve ao fato de que, por uma questão cultural e religiosa, desde sempre o casamento é tido como o único vínculo afetivo (familiar) considerado puro, seja pelas leis que se criaram, seja pela influência da Igreja Católica. O que não se pode negar é que a sociedade muda, os fatos sociais se transformam e as relações entre as pessoas tomam novos contornos. Compete ao Estado regular essas transformações e garantir, acima de tudo, o bem estar social. Conforme bem adverte Carlos Eduardo Ruzyk apud Maria Berenice Dias, o desafio do operador do direito é fazer com que a leitura do fenômeno jurídico da união estável não se opere na perspectiva da valorização abstrata, mas das pessoas concretas que travam essas relações, de tal forma que o modelo possa ser tão-só um instrumento de realização da dignidade humana, e não um fim em sim mesmo. 16 A despeito de os companheiros e companheiras serem considerados dependentes reciprocamente pelo fato de viverem em união estável, o mesmo não ocorre com o concubinato. Hodiernamente o termo concubinato tem sido utilizado 15 DIAS, Maria Berenice. Manual de Direito das Famílias. 4ª ed. Ver., atual. e ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, p Idem, 158.

9 9 para caracterizar a situação de vínculo extraconjugal, tanto para além do casamento, quanto da união estável, marcado pela presença do (a) amante. O STF, em decisão recente se manifestou sobre o tema destacando que a concubina não tem direito a dividir a pensão com a viúva, em face de a Constituição proteger somente o núcleo familiar passível de se converter em casamento. No caso, a segunda união desestabiliza a primeira (RE n , Rel. Min. Marco Aurélio Mello. DJ ). 4 UNIÕES HOMOAFETIVAS A par do que foi dito, surge outro fenômeno social que requer extrema atenção das diversas áreas do conhecimento, desde a psicologia, antropologia, sociologia, até chegar e ser regulado pela ciência jurídica. São as uniões homoafetivas. Neologismo criado pela ilustre jurista Maria Berenice Dias, o termo união homoafetiva é empregado para designar as uniões com vínculo de afetividade entre pessoas do mesmo sexo. A união homoafetiva em muito se assemelha à união estável, diferindo desta na medida em que o legislador Constituinte considera união estável tão somente aquela que se verifica entre homem e mulher (art. 226, 3º). Neste momento começamos a nos debruçar sobre o ponto central deste estudo, neste sentido, alguns questionamentos suplicam respostas. O que é homossexualidade? Quem são os homossexuais? Quais os direitos (previdenciários) assegurados? Por muito tempo tido como doença, atualmente o termo politicamente correto é homossexualidade, em detrimento do termo homossexualismo. Este último foi suprimido pela Organização Mundial da Saúde OMS, do rol de doenças. Segundo Wladimir Novaes Martinez, considera-se homossexualidade os comportamentos sociais, gestos pessoais ou experiências amorosas íntimas, em caráter habitual ou permanente, afetivas ou meramente sexuais, sucedido entre seres humanos do mesmo sexo MARTINEZ, Wladimir Novaes. A união homoafetiva no direito previdenciário. São Paulo: LTr, p. 23.

10 10 O termo homossexual foi criado em 1869 pelo escritor e jornalista austrohúngaro Karl-Maria Kertbeny. Deriva do grego homos, que significa "semelhante", "igual". Historiadores afirmam que, embora o termo seja recente, a homossexualidade existe desde os primórdios da humanidade, tendo havido diversas formas de abordar a questão. 18 Para o dicionarista Houaiss 19, homossexual é quem ou aquele que sente atração sexual e/ou mantém relação amorosa e sexual com indivíduos do mesmo sexo. O direito de opinião é assegurado a todos (art. 5º, IV da CF/88), porém, o que não se pode admitir em um Estado Democrático de Direito são juízos de valores que afrontam direitos básicos fundamentais assegurados a todos seres humanos, heterossexuais ou não, tais como o direito à intimidade, à dignidade da pessoa humana e o próprio direito à vida. A homossexualidade representa uma orientação sexual, diferentemente daquilo que muitos pregam como sendo um desvio de comportamento, doença ou até mesmo uma opção sexual. O desembargador gaúcho Rui Portanova, costuma se utilizar de um exemplo 20 que a nosso ver é totalmente pertinente a este estudo, quando afirma não se tratar de opção sexual, pois, o ser humano nasce macho ou fêmea, juntamente com a orientação sexual que irá prevalecer no decorrer da vida, seja nos primeiros anos, seja em idade adulta. Independentemente da orientação sexual a ser seguida, o fato é que na condição de ser humano, todos devem estar sob o manto da proteção Estatal (detentor do monopólio da jurisdição), sobretudo em um Estado Democrático de Direito, cujas raízes embrionários pressupõem o respeito à dignidade da pessoa humana (art. 1º, III da CF/88) e cujo objetivo é promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação (art. 3º, IV da CF/88). 18 Disponível em: acesso em Dicionário Houaiss, Rio de Janeiro: Fronteira, 2001, p Pedimos desculpas ao nobre leitor pelas palavras que seguem para ilustrar o debate, porém, entendemos ser absolutamente necessário demonstrar não se tratar de opção sexual a condição de homossexual. Eis o exemplo do ilustre desembargador, quando da palestra proferida no I CICLO DE ESTUDOS JURÍDICOS DA IES/FASC, no dia 12 de abril de 2008, em Florianópolis/ SC. ninguém acorda em uma bela manhã e pensa consigo mesmo... hummm... acho que hoje vou dar o cu (...)

11 A Constituição Federal de 1988 e as Uniões Homoafetivas Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte Constituição da República Federativa do Brasil. 21 A despeito de não ter força normativa, o preâmbulo da Constituição Federal de 1988 já sinaliza os caminhos que devem ser trilhados pela sociedade, representando um marco na história do constitucionalismo brasileiro. Apesar de ser um Estado laico (sem religião oficial), invocou-se a proteção de Deus quando da promulgação do texto constitucional. Estabelece-se um Estado Democrático que se destina a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, segurança e bem-estar, promovendo-se a igualdade e a justiça de uma sociedade sem preconceitos. Decorridos 20 anos do texto Constitucional promulgado em 1988, os postulados acima estão longe de serem alcançados, seja por uma questão cultural, influenciados, sobretudo, pela Igreja, seja porque os responsáveis por dar efetividade a tais postulados não estão de fato comprometidos com a sociedade brasileira, privilegiando interesses próprios. A Constituição de 1988 seguramente representa o instrumento jurídico mais importante na história do constitucionalismo brasileiro, sobretudo no que se refere aos direitos fundamentais. Reflete claramente a intenção do legislador em assegurar aos cidadãos a dignidade da pessoa humana 22, ou seja, tal postulado de cunho principiológico é positivado no texto constitucional, tal como ocorreu com vários outros princípios de Direito. Adiante, o legislador constituinte, sabiamente assevera ser objetivo da República Federativa do Brasil promover o bem de todos, sem preconceitos de 21 Preâmbulo da Constituição Federal de Art. 1º, III da CF/88

12 12 origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação (art. 3º, IV). Ainda que não estejam taxativamente expressos todos os tipos de preconceitos e formas de discriminação no texto constitucional, a melhor interpretação a ser dada a este dispositivo é no sentido de considerá-lo norma de caráter geral, a fim de que sejam por ela alcançadas inúmeras outras formas de discriminação, tal como ocorre na discriminação e preconceito decorrente de orientação sexual. Neste sentido, oportuno trazer à baila outro princípio básico que norteia nosso Estado Democrático de Direito, qual seja, o princípio da isonomia, esculpido no art. 5º, caput da CF/88, segundo o qual todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. Até o presente momento está reconhecida a igualdade formal, positivada no texto Constitucional, porém, a igualdade material ainda é um por vir que grande parte da sociedade brasileira espera, sejam homossexuais, mulheres, afrodescendentes e tantas outras minorias. Ao se fazer uma breve análise dos dispositivos constitucionais acima mencionados, resta evidente que a condição das uniões homoafetivas em território brasileiro jamais poderia estar à margem do Direito. A efetividade dos direitos fundamentais (dignidade humana, igualdade, intimidade, etc.) é medida de máxima urgência, sob pena de continuarmos a viver em uma sociedade que está longe de ser justa, solidária, igualitária e sem preconceitos. Esta tarefa não é fácil de ser alcançada, porém, não impossível, depende de cada um de nós O direito positivo infraconstitucional e as Uniões Homoafetivas Diversos países possuem legislação que reconhece os direitos oriundos de uniões entre pessoas do mesmo sexo. Entre eles, destacam-se, na Europa, a Dinamarca, a Holanda, a Noruega, a Suécia, a Finlância, a Islândia, a França, a Espanha, a Bélgica, a Alemanha, a Croácia, a Grã-Bretanha, a Suíça e Portugal. Nos Estados Unidos, parceiros de idêntico sexo têm seus direitos tutelados nos estados de Vermont, Connecticut e Massachusetts, na cidade do México. Na América do Sul tal tutela pode ser encontrada na província argentina de Buenos Aires e no Uruguai.

13 13 A par desse movimento integrador-evolutivo em andamento nos diversos países do globo, o Presidente do Governo Espanhol, em discurso proferido em 30/6/2005, por ocasião da aprovação da reforma do Código Civil na Espanha, que autoriza o casamento homossexual naquele país, assinalou o seguinte: Não estamos legislando, meus senhores, para gentes remotas e estranhas. Estamos ampliando as oportunidades de felicidade dos nossos vizinhos, dos nossos colegas de trabalho, dos nossos amigos e dos nossos familiares, e desse modo estamos construindo um país mais decente, porque uma sociedade decente é a que não humilha os seus membros. (Disponível em: html. Acesso em 29/1/2010). Cumpre assinalar que não há no ordenamento jurídico brasileiro norma específica que regule os direitos dos homossexuais, quiçá os direitos previdenciários. Alguns projetos de lei repousam nos escaninhos das cortes parlamentares, carecendo de interesse daqueles que são eleitos pelo povo e para defender o interesse da sociedade. O deputado Paulo Pimenta é autor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 392/05, que pretende alterar os arts. 3º, inciso IV e 7º, inciso XXX da Constituição Federal, vedando a discriminação por motivo de orientação sexual. Neste mesmo sentido, a ex-deputada Marta Suplicy, através do Projeto de Lei nº 1.151/95, pretende regular a união entre pessoas do mesmo sexo, que através de substitutivo adotado, teve seu nome alterado de união civil para parceria civil registrada, a fim de que não seja confundido com o casamento. A nosso ver a regulamentação legal que mais se aproxima das uniões homoafetivas é aquela prevista na Lei Maria da Penha (Lei / 2006), cujo objetivo maior é coibir quaisquer formas de violência doméstica e familiar contra a mulher. O art. 2º da referida lei assegura que toda mulher, independentemente de classe, raça, etnia, orientação sexual, renda, cultura, nível educacional, idade e religião, goza dos direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sendo-lhe

14 14 asseguradas as oportunidades e facilidades para viver sem violência, preservar sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual e social.(grifamos). Apesar da omissão legislativa, não se pode olvidar que as uniões homoafetivas se apresentam como situações fáticas e que carecem de regulamentação. Nos dizeres de Wladimir Novaes Martinez, a união homoafetiva ocorre no mundo real, com ou sem lei. Primeiro ela existe na realidade, depois se torna uma formalidade (...). a orientação sexual faz parte da personalidade de cada pessoa e, como tal, tem de ser respeitada. Os magistrados não precisam aplaudir nem julgar a homossexualidade, mas apenas o direito, em cada caso, dos homossexuais. 23 Inúmeros magistrados tendem a considerar a união homoafetiva não como entidade familiar, mas sim, mera sociedade de fato 24, como ocorre nas sociedades empresárias, nas quais duas ou mais pessoas se unem com o propósito de lucrar com a atividade a ser desenvolvida. Esta última é regulada pelo direito das obrigações. Atribuir às uniões homoafetivas o status de sociedade de fato é negar quaisquer sentimentos daqueles que formam a união homoafetiva. É negar a própria condição humana. Como bem assinala Fabiana Marion Spengler, vencer o preconceito é uma luta árdua, que vem sendo travada diuturnamente, e que, aos poucos, de batalha em batalha, tem se mostrado exitosa numa guerra desumana. 25 Nos dizeres de Maria Berenice Dias, procura-se mudar a origem do vínculo, que é um elo de afetividade e não uma obrigação negocial de bens e serviços para o exercício de atividade econômica. As conseqüências são desastrosas. Chamar as uniões de pessoas do mesmo sexo de sociedade de fato, e não de união estável leva à sua inserção no direito obrigacional, com conseqüente alijamento do manto protetivo do direito das famílias, o que, em conseqüência, enseja o afastamento de direitos sucessórios. 26 Magistral e digna de respeito é a decisão proferida pelo Min. Rui Rosado de Aguiar ao dizer que o direito não regula os sentimentos, contudo, dispõe, sobre os 23 Idem, Art. 981 do Código Civil: Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados. 25 SPENGLER, Fabiana Marion. União homoafetiva: o fim do preconceito. Santa Cruz do Sul: EDUNISC, p Idem. 185

15 15 efeitos que a conduta determinada por esse afeto pode representar como fontes de direito e deveres, criadores de relações jurídicas previstas nos diversos ramos do ordenamento, alguns interessando o Direito de Família, como o matrimonio e, hoje, a união estável, outras funcionando a margem deste. 27 Não se pode olvidar que o sistema jurídico não pode ser analisado a partir de preceitos isolados e, sobretudo, com o intuito de limitar direitos. Deve-se, pois, buscar uma interpretação sistêmica, de modo a permitir a integração da ordem jurídica com a realidade vivida pela sociedade que caminha em franca transformação a cada dia. Neste sentido, tendo em vista as diretrizes interpretativas fixadas pelos princípios gerais de direito e por meio do emprego da analogia para suprir a lacuna da lei, legitimada está juridicamente a união de afeto entre pessoas do mesmo sexo, para que sejam colhidos no mundo jurídico os relevantes efeitos de situações consolidadas e há tempos à espera do olhar atento do Poder Judiciário. Por ocasião do julgamento da ADI 3.300/MC/DF, DJ de 9/2/2006, em que o Min. Celso de Mello, em que pese não adentrar no mérito por razões de ordem estritamente formal, acenou no sentido da relevantíssima tese pertinente ao reconhecimento, como entidade familiar, das uniões estáveis homoafetivas. Segue trecho da decisão: (...) o magistério da doutrina, apoiando-se em valiosa hermenêutica construtiva, utilizando-se da analogia e invocando princípios fundamentais (como os da dignidade da pessoa humana, da liberdade, da autodeterminação, da igualdade, do pluralismo, da intimidade, da não-discriminação e da busca da felicidade), tem revelado admirável percepção do alto significado de que se revestem tanto o reconhecimento do direito personalíssimo à orientação sexual, de um lado, quanto da proclamação da legitimidade éticojurídica da união homoafetiva como entidade familiar, de outro, em ordem a permitir que se extraiam, em favor de parceiros homossexuais, relevantes conseqüências no plano do Direito e na esfera das relações sociais. Essa visão do tema, que tem a virtude de superar, neste início de terceiro milênio, incompreensíveis resistências sociais e institucionais 27 Resp n / MG da 4ª T. decisão de

16 16 fundadas em fórmulas preconceituosas inadmissíveis, vem sendo externada, como anteriormente enfatizado, por eminentes autores, cuja análise de tão significativas questões tem colocado em evidência, com absoluta correção, a necessidade de se atribuir verdadeiro estatuto de cidadania às uniões estáveis homoafetivas (...). O STJ igualmente tem se deparado com questões envolvendo a temática e, com a lucidez das decisões que lhes é peculiar, tem evoluído em sintonia com a dinâmica social, assentado diretrizes no sentido de fazer incidir a analogia como método integrativo da lei em caso de lacuna, assegurando direitos às pessoas que convivem em uniões homoafetivas. Sob esta perspectiva, alguns julgados do STJ merecem destaque, in verbis: PROCESSO CIVIL E CIVIL (...) UNIÃO HOMOAFETIVA - INSCRIÇÃO DE PARCEIRO EM PLANO DE ASSISTÊNCIA MÉDICA - POSSIBILIDADE (...) (...) - A relação homoafetiva gera direitos e, analogicamente à união estável, permite a inclusão do companheiro dependente em plano de assistência médica. - O homossexual não é cidadão de segunda categoria. A opção ou condição sexual não diminui direitos e, muito menos, a dignidade da pessoa humana. (...) (REsp /RS, Rel. Min. HUMBERTO GOMES DE BARROS, 3ª Turma, julgado em 7/3/2006, DJ de 2/10/2006). PROCESSO CIVIL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE UNIÃO HOMOAFETIVA. (...) POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO. ARTIGOS 1º DA LEI 9.278/96 E E DO CÓDIGO CIVIL. ALEGAÇÃO DE LACUNA LEGISLATIVA. POSSIBILIDADE DE EMPREGO DA ANALOGIA COMO MÉTODO INTEGRATIVO. (...) 2. O entendimento assente nesta Corte, quanto a possibilidade jurídica do pedido, corresponde a inexistência de vedação explícita no ordenamento jurídico para o ajuizamento da demanda proposta. 3. A despeito da controvérsia em relação à matéria de fundo, o fato é que, para a hipótese em apreço, onde se pretende a declaração de união homoafetiva, não existe vedação legal para o prosseguimento do feito. 4. Os dispositivos legais limitam-se a estabelecer a possibilidade de união estável entre homem e mulher, dês que preencham as

17 condições impostas pela lei, quais sejam, convivência pública, duradoura e contínua, sem, contudo, proibir a união entre dois homens ou duas mulheres. Poderia o legislador, caso desejasse, utilizar expressão restritiva, de modo a impedir que a união entre pessoas de idêntico sexo ficasse definitivamente excluída da abrangência legal. Contudo, assim não procedeu. 5. É possível, portanto, que o magistrado de primeiro grau entenda existir lacuna legislativa, uma vez que a matéria, conquanto derive de situação fática conhecida de todos, ainda não foi expressamente regulada. 6. Ao julgador é vedado eximir-se de prestar jurisdição sob o argumento de ausência de previsão legal. Admite-se, se for o caso, a integração mediante o uso da analogia, a fim de alcançar casos não expressamente contemplados, mas cuja essência coincida com outros tratados pelo legislador. 5. Recurso especial conhecido e provido. (REsp /RJ, Rel. Min. ANTÔNIO DE PÁDUA RIBEIRO, Rel. p/ Ac. Min. LUIS FELIPE SALOMÃO, 4º Turma, julgado em 2/9/2008, DJ de 6/10/2008). Desta forma, em que pese a carência legislativa a tratar da matéria, temos que as novas estruturas de convívio que batem às portas dos Tribunais merecem a devida tutela do Estado, o qual, com base nas leis existentes e nos parâmetros humanitários que norteiam não só o direito constitucional, mas a maioria dos ordenamentos jurídicos existentes no mundo, deve atribuir às uniões homoafetivas normatividade idêntica à da união estável tradicionalmente concebida, com os efeitos jurídicos daí derivados, evitando-se que, por conta do preconceito, sejam suprimidos direitos fundamentais das pessoas envolvidas. Nesta perspectiva, uma vez demonstrada a convivência entre duas pessoas do mesmo sexo, pública, contínua e duradoura, estabelecida com o objetivo de constituição de família, haverá, por consequência, o reconhecimento de tal união como entidade familiar, com a respectiva incidência dos efeitos jurídicos dela advindos Previdência Social e as Uniões Homoafetivas Se por um lado a omissão do legislador em regular as relações homoafetivas representa enorme obstáculo ao avanço social, por outro lado o judiciário, com viés

18 18 voltado à justiça social e, sobretudo em observância aos direitos fundamentais, já se pronunciou acerca dos direitos previdenciários dos homossexuais. O marco inicial foi a Ação Civil Pública (ACP) n (RS), proposta pelo Ministério Público Federal, que obteve decisão liminar favorável da eminente Juíza Federal Simone Barbisan Fortes, da 3ª Vara Federal Previdenciária de Porto Alegre. Tal decisão foi confirmada pelo STJ (Resp ). Evidentemente que o objeto da ACP que teve decisão favorável foi o de equiparar os companheiros homossexuais àqueles previstos na classe I do art. 16 do PBPS. Em que pese vozes que ecoam em sentido contrário, esta decisão representou grande avanço no que diz respeito aos direitos fundamentais sociais, deixando de lado juízos de valor preconceituosos que só levam a exclusão social. A decisão se baseou nos princípios constitucionais que vedam a distinção entre os seres humanos em virtude de raça, religião ou sexo. Neste momento, oportuno se faz a transcrição de parte do julgado exarado pela nobre magistrada Simone Barbisan Fortes: Negar a uma pessoa o direito de escolher um parceiro, com ele estabelecendo uma comunidade afetiva e pretendendo vê-lo protegido de quaisquer eventualidades, simplesmente por terem ambos o mesmo sexo, equivale a negar sua própria condição humana. Ao Estado que se diz democrático não assiste o poder de exigir de seus cidadãos que, para que lhes sejam assegurados direitos sociais, devam adotar orientação sexual pré-determinada (...). Considero, portanto, em uma primeira análise, que as relações de companheirismo, que determinam a condição de dependente de primeira classe do segurado, para os quais a dependência econômica é presumida, podem ser decorrentes, de relacionamentos hetero ou homossexuais. A comprovação do vínculo, a seu turno, deve ocorrer nos mesmos moldes utilizados para a união estável, obedecendo-se o disposto no art. 22 do Decreto 3048/99. Em observância à decisão acima mencionada, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), regulamentou, por meio de instrução normativa a maneira como o companheiro homossexual deve comprovar essa união. Atualmente esta

19 19 regulamentação encontra-se nos artigos ; 45, 2º 29 ; da Instrução Normativa do INSS nº 45, de 06 de agosto de Como se vê, a regulamentação administrativa equiparou os dependentes homossexuais àqueles previstos no inciso I do art. 16 do PBPS, sendo igualmente titulares do direito à pensão por morte e auxílio-reclusão. À guisa de ilustração, o STJ, ao julgar o REsp /RS, Rel. Min. Hélio Quaglia Barbosa (in memorian), DJ de 6/2/2006, se pronunciou nos seguintes termos: RECURSO ESPECIAL. DIREITO PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. RELACIONAMENTO HOMOAFETIVO. POSSIBILIDADE DE CONCESSÃO DO BENEFÍCIO. (...) 3 - A pensão por morte é : "o benefício previdenciário devido ao conjunto dos dependentes do segurado falecido - a chamada família previdenciária - no exercício de sua atividade ou não ( neste caso, desde que mantida a qualidade de segurado), ou, ainda, quando ele já se encontrava em percepção de aposentadoria. O benefício é uma prestação previdenciária continuada, de caráter substitutivo, destinado a suprir, ou pelo menos, a minimizar a falta daqueles que proviam as necessidades econômicas dos dependentes." (Rocha, Daniel Machado da, Comentários à lei de benefícios da previdência social/daniel Machado da Rocha, José Paulo Baltazar Júnior. 4. ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado Editora: Esmafe, p.251). 4 - Em que pesem as alegações do recorrente quanto à violação do art. 226, 3º, da Constituição Federal, convém mencionar que a 28 Art. 25. Por força da decisão judicial proferida na Ação Civil Pública nº , o companheiro ou a companheira do mesmo sexo de segurado inscrito no RGPS integra o rol dos dependentes e, desde que comprovada a vida em comum, concorre, para fins de pensão por morte e de auxílio-reclusão, com os dependentes preferenciais de que trata o inciso I do art. 16 da Lei nº 8.213, de 1991, para óbito ou reclusão ocorridos a partir de 5 de abril de 1991, conforme o disposto no art. 145 do mesmo diploma legal, revogado pela MP nº , de Art. 45. A inscrição do dependente será realizada mediante a apresentação dos seguintes documentos: (...) 2º Para o(a) companheiro(a) do mesmo sexo, deverá ser exigida a comprovação de vida em comum, conforme disposto na Ação Civil Pública nº Art Por força de decisão judicial, Ação Civil Pública nº , fica garantido o direito à pensão por morte ao companheiro ou companheira do mesmo sexo, para óbitos ocorridos a partir de 5 de abril de 1991, desde que atendidas todas as condições exigidas para o reconhecimento do direito a esse benefício, observando-se o disposto no art. 318.

20 20 ofensa a artigo da Constituição Federal não pode ser analisada por este Sodalício, na medida em que tal mister é atribuição exclusiva do Pretório Excelso. Somente por amor ao debate, porém, de tal preceito não depende, obrigatoriamente, o desate da lide, eis que não diz respeito ao âmbito previdenciário, inserindo-se no capítulo 'Da Família'. Face a essa visualização, a aplicação do direito à espécie se fará à luz de diversos preceitos constitucionais, não apenas do art. 226, 3º da Constituição Federal, levando a que, em seguida, se possa aplicar o direito ao caso em análise. 5 - Diante do 3º do art. 16 da Lei n /91, verifica-se que o que o legislador pretendeu foi, em verdade, ali gizar o conceito de entidade familiar, a partir do modelo da união estável, com vista ao direito previdenciário, sem exclusão, porém, da relação homoafetiva. 6- Por ser a pensão por morte um benefício previdenciário, que visa suprir as necessidades básicas dos dependentes do segurado, no sentido de lhes assegurar a subsistência, há que interpretar os respectivos preceitos partindo da própria Carta Política de 1988 que, assim estabeleceu, em comando específico: "Art Os planos de previdência social, mediante contribuição, atenderão, nos termos da lei, a: [...] V - pensão por morte de segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes, obedecido o disposto no 2 º. " 7 - Não houve, pois, de parte do constituinte, exclusão dos relacionamentos homoafetivos, com vista à produção de efeitos no campo do direito previdenciário, configurando-se mera lacuna, que deverá ser preenchida a partir de outras fontes do direito. 8 - Outrossim, o próprio INSS, tratando da matéria, regulou, através da Instrução Normativa n. 25 de 07/06/2000, os procedimentos com vista à concessão de benefício ao companheiro ou companheira homossexual, para atender a determinação judicial expedida pela juíza Simone Barbasin Fortes, da Terceira Vara Previdenciária de Porto Alegre, ao deferir medida liminar na Ação Civil Pública nº , com eficácia erga omnes. Mais do que razoável, pois, estender-se tal orientação, para alcançar situações idênticas, merecedoras do mesmo tratamento 9 - Recurso Especial não provido.

21 21 Com efeito, o reconhecimento de uniões entre pessoas do mesmo sexo requer o mesmo tratamento dado às uniões estáveis entre homem e mulher. Entretanto, nas uniões homoafetivas, do ponto de vista prático, verificam-se inúmeras dificuldades em se comprovar a vida em comum, como pretende o art. 25 da IN 45/2010, haja vista que, devido ao preconceito que ainda impera em nossa sociedade dita contemporânea, muitas uniões homoafetivas não se mostram públicas como acontece na união estável e, naturalmente, no matrimônio, em especial aquelas em que não houve a formalização do ato. Apesar da iniciativa do INSS que, pela via administrativa regulamentou a matéria, não podemos perder de vista que cumpre ao Estado legislar acerca da matéria, via lei ordinária, para que possa ser dada total efetividade aos direitos fundamentais dos homossexuais. 4.4 Uniões Homoafetivas nos Regimes de Previdência Privada Tal como ocorre em relação ao Regime Geral de Previdência Social, os Regimes de Previdência Privada igualmente não tratam da questão envolvendo dependentes de segurados que convivem em uniões homoafetivas. Entretanto, conforme assinalado alhures, o Estado deverá intervir nas questões tendentes a limitar o exercício de direitos fundamentais da pessoa humana, devendo fazê-lo a partir dos instrumentos jurídicos postos à disposição de toda a sociedade. Neste viés, ainda que não exista regra própria no ordenamento jurídico a tratar do tema, a integração por meio do uso da analogia deve permitir que os efeitos do instituto da união estável abarquem a relação afetiva entre pessoas do mesmo sexo, desde que preenchidas as características que se amoldam à referida entidade familiar, de modo a permitir que as normas reguladoras do Regime Geral de Previdência Social sejam, em igual medida, utilizadas para a concessão do benefício da pensão por morte a reconhecido companheiro de participante de entidade de previdência privada complementar. Assim, todos aqueles que vivem em uniões de afeto com pessoas do mesmo sexo, devem estar enquadrados no rol dos dependentes preferenciais dos segurados, não somente no regime geral, como também os participantes, no regime complementar de previdência.

22 22 Avançando no tema, deve-se ter em mente a lição de Wagner Balera no sentido de que a proteção social ao companheiro homossexual decorre da subordinação dos planos complementares privados de previdência aos ditames genéricos do plano básico estatal do qual são desdobramento no interior do sistema de seguridade social brasileiro de modo que os normativos internos dos planos de benefícios das entidades de previdência privada podem ampliar, mas não restringir, o rol dos beneficiários a serem designados pelos participantes 31. O STJ igualmente já se manifestou acerca do tema envolvendo pensão por morte de dependente que convivia em união homoafetiva, acenando de forma favorável ao companheiro supérstite, em voto proferido pela ilustre Ministra Nancy Andrighi, no REsp nº RJ (2008/ ) julgado em , no qual figurava como parte ré a Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil Previ. Eis a ementa dos Embargos de Declaração opostos pela Previ nos autos acima mencionados: DIREITO CIVIL. PREVIDÊNCIA PRIVADA. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO ESPECIAL. BENEFÍCIOS. COMPLEMENTAÇÃO. PENSÃO POST MORTEM. UNIÃO ENTRE PESSOAS DO MESMO SEXO. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS. EMPREGO DE ANALOGIA PARA SUPRIR LACUNA LEGISLATIVA. NECESSIDADE DE DEMONSTRAÇÃO INEQUÍVOCA DA PRESENÇA DOS ELEMENTOS ESSENCIAIS À CARACTERIZAÇÃO DA UNIÃO ESTÁVEL, COM A EVIDENTE EXCEÇÃO DA DIVERSIDADE DE SEXOS. IGUALDADE DE CONDIÇÕES ENTRE BENEFICIÁRIOS. (STJ 3ª Turma - EDcl no REsp Proc. nº 2008/ public. 04/08/2010) No caso em apreço, foi dado provimento ao recurso especial, a fim de condenar a recorrida (Previ) ao pagamento da pensão post mortem ao recorrente, em decorrência do falecimento de companheiro participante da entidade de 31 BALERA, Wagner. Direitos humanos sociais de seguridade e o companheiro homossexual. Texto publicado na Revista Brasileira de Direito Constitucional A contemporaneidade dos direitos fundamentais, n. 4, jul./dez. 2004, São Paulo: ESDC, 2004, p. 153 e 161)

ATUALIZAÇÃO DO CONTEÚDO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO CONFORME LEI 12.470 DE 31/08/2011

ATUALIZAÇÃO DO CONTEÚDO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO CONFORME LEI 12.470 DE 31/08/2011 ATUALIZAÇÃO DO CONTEÚDO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO CONFORME LEI 12.470 DE 31/08/2011 8. DEPENDENTES Na ausência do arrimo de família, a sociedade houve por bem dar proteção social aos que dele (a) dependiam.

Leia mais

SENADO FEDERAL PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 314, DE 2013

SENADO FEDERAL PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 314, DE 2013 SENADO FEDERAL PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 314, DE 2013 Altera o art. 5º da Lei nº 9.717, de 27 de novembro de 1998, para que os regimes próprios de previdência social dos servidores públicos da União,

Leia mais

PERGUNTAS E RESPOSTAS NOVAS REGRAS PARA ESCOLHA DE BENEFICIÁRIOS

PERGUNTAS E RESPOSTAS NOVAS REGRAS PARA ESCOLHA DE BENEFICIÁRIOS PERGUNTAS E RESPOSTAS NOVAS REGRAS PARA ESCOLHA DE BENEFICIÁRIOS 1 - O que é Beneficiário Indicado? Qualquer pessoa física indicada pelo Participante conforme definido no regulamento do Plano. 2 - O que

Leia mais

EDUARDO RAFAEL WICHINHEVSKI A APLICAÇÃO DOS PRINCÍPIOS DA UNIVERSALIDADE E DA PRECEDÊNCIA DA FONTE DE CUSTEIO NA SEGURIDADE SOCIAL

EDUARDO RAFAEL WICHINHEVSKI A APLICAÇÃO DOS PRINCÍPIOS DA UNIVERSALIDADE E DA PRECEDÊNCIA DA FONTE DE CUSTEIO NA SEGURIDADE SOCIAL EDUARDO RAFAEL WICHINHEVSKI A APLICAÇÃO DOS PRINCÍPIOS DA UNIVERSALIDADE E DA PRECEDÊNCIA DA FONTE DE CUSTEIO NA SEGURIDADE SOCIAL CURITIBA 2013 2 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO... 3 2UNIVERSALIDADE DE COBERTURA

Leia mais

EFICÁCIA E APLICAÇÃO DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS

EFICÁCIA E APLICAÇÃO DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS EFICÁCIA E APLICAÇÃO DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS 1 Eficácia é o poder que tem as normas e os atos jurídicos para a conseqüente produção de seus efeitos jurídicos próprios. No sábio entendimento do mestre

Leia mais

AULA 06 DA ADOÇÃO (ART. 1618 A 1629 CC)

AULA 06 DA ADOÇÃO (ART. 1618 A 1629 CC) AULA 06 DA ADOÇÃO (ART. 1618 A 1629 CC) DO CONCEITO A ADOÇÃO É UM ATO JURÍDICO EM SENTIDO ESTRITO, CUJA EFICACIA É DEPENDENTE DA AUTORIZAÇÃO JUDICIAL. NESSE CASO, CRIA UM VÍNCULO FICTÍCIO DE PATERNIDADE-

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº, DE 2014

PROJETO DE LEI Nº, DE 2014 PROJETO DE LEI Nº, DE 2014 (Do Sr. Arthur Oliveira Maia) Altera a redação do art. 3º da Lei nº 8.650, de 20 de abril de 1993, para suprimir qualquer restrição ou preferência legal na contratação de treinador

Leia mais

COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PROJETO DE LEI Nº 274, DE 2007

COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PROJETO DE LEI Nº 274, DE 2007 COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO PROJETO DE LEI Nº 274, DE 2007 Acrescenta parágrafo 3º ao art. 93 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, que dispõe sobre o Plano de Benefícios

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 Emendas Constitucionais Emendas Constitucionais de Revisão Ato das Disposições

Leia mais

DEBATE SOBRE HOMOAFETIVIDADE. Ms. Raquel Schöning; Ms Anna Lúcia Mattoso Camargo; Ms. Gislaine Carpena e Ms. Adriana Bina da Silveira.

DEBATE SOBRE HOMOAFETIVIDADE. Ms. Raquel Schöning; Ms Anna Lúcia Mattoso Camargo; Ms. Gislaine Carpena e Ms. Adriana Bina da Silveira. DEBATE SOBRE HOMOAFETIVIDADE Ms. Raquel Schöning; Ms Anna Lúcia Mattoso Camargo; Ms. Gislaine Carpena e Ms. Adriana Bina da Silveira. Temáticas: Casamento União estável: efeitos (Bina); Novas famílias

Leia mais

ASSISTÊNCIA À SAÚDE SUPLEMENTAR

ASSISTÊNCIA À SAÚDE SUPLEMENTAR ASSISTÊNCIA À SAÚDE SUPLEMENTAR DEFINIÇÃO DOCUMENTAÇÃO INFORMAÇÕES GERAIS INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES FUNDAMENTAÇÃO LEGAL PERGUNTAS FREQUENTES DEFINIÇÃO É um benefício concedido ao servidor, ativo ou inativo,

Leia mais

Por Uma Questão de Igualdade

Por Uma Questão de Igualdade Por Uma Questão de Igualdade Senhor Presidente Senhoras e Senhores Deputados Senhoras e Senhores membros do Governo Nos últimos 5 anos a Juventude Socialista tem vindo a discutir o direito ao Casamento

Leia mais

Noções de Direito Civil Personalidade, Capacidade, Pessoa Natural e Pessoa Jurídica Profª: Tatiane Bittencourt

Noções de Direito Civil Personalidade, Capacidade, Pessoa Natural e Pessoa Jurídica Profª: Tatiane Bittencourt PESSOA NATURAL 1. Conceito: é o ser humano, considerado como sujeito de direitos e deveres. Tais direitos e deveres podem ser adquiridos após o início da PERSONALIDADE, ou seja, após o nascimento com vida

Leia mais

Roteiro dos documentos a serem anexados ao Formulário de Solicitação das Prestações de Benefícios BR/PT 07

Roteiro dos documentos a serem anexados ao Formulário de Solicitação das Prestações de Benefícios BR/PT 07 Acordo de Previdência Social entre a República Federativa do Brasil e a República Portuguesa Roteiro dos documentos a serem anexados ao Formulário de Solicitação das Prestações de Benefícios BR/PT 07 1

Leia mais

O que são Direitos Humanos?

O que são Direitos Humanos? O que são Direitos Humanos? Por Carlos ley Noção e Significados A expressão direitos humanos é uma forma abreviada de mencionar os direitos fundamentais da pessoa humana. Sem esses direitos a pessoa não

Leia mais

Desejo requerer o Benefício de Prestação Continuada na(s) seguinte(s) opção(ões):

Desejo requerer o Benefício de Prestação Continuada na(s) seguinte(s) opção(ões): Nome do(a) Participante DADOS DO(A) PARTICIPANTE Matrícula Data de Nascimento CPF Telefone ( ) Conta bancária para recebimento do benefício Nº da Agência Código de Operação Nº da Conta - DV Endereço do(a)

Leia mais

SEGURIDADE SOCIAL DIREITO PREVIDENCIÁRIO SEGURIDADE SOCIAL SEGURIDADE SOCIAL SEGURIDADE SOCIAL PREVIDÊNCIA SOCIAL. Prof. Eduardo Tanaka CONCEITUAÇÃO

SEGURIDADE SOCIAL DIREITO PREVIDENCIÁRIO SEGURIDADE SOCIAL SEGURIDADE SOCIAL SEGURIDADE SOCIAL PREVIDÊNCIA SOCIAL. Prof. Eduardo Tanaka CONCEITUAÇÃO DIREITO PREVIDENCIÁRIO Prof. Eduardo Tanaka CONCEITUAÇÃO 1 2 Conceituação: A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a

Leia mais

Adoção por Casal Homoafetivo

Adoção por Casal Homoafetivo Assunto Especial - Doutrina União Homoafetiva - Alimentos e Adoção Adoção por Casal Homoafetivo DOUGLAS PHILLIPS FREITAS 1 Advogado, Psicopedagogo, Presidente do IBDFAM/SC, Professor da AASP - Associação

Leia mais

Poder Judiciário JUSTIÇA FEDERAL Seção Judiciária do Paraná 1ª TURMA RECURSAL JUÍZO A

Poder Judiciário JUSTIÇA FEDERAL Seção Judiciária do Paraná 1ª TURMA RECURSAL JUÍZO A JUIZADO ESPECIAL (PROCESSO ELETRÔNICO) Nº200870580000930/PR RELATORA : Juíza Ana Beatriz Vieira da Luz Palumbo RECORRENTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL INSS RECORRIDO : DIRCÉLIA PEREIRA 200870580000930

Leia mais

União estável e a separação obrigatória de bens

União estável e a separação obrigatória de bens União estável e a separação obrigatória de bens Quando um casal desenvolve uma relação afetiva contínua e duradoura, conhecida publicamente e estabelece a vontade de constituir uma família, essa relação

Leia mais

Nele também são averbados atos como o reconhecimento de paternidade, a separação, o divórcio, entre outros, além de serem expedidas certidões.

Nele também são averbados atos como o reconhecimento de paternidade, a separação, o divórcio, entre outros, além de serem expedidas certidões. No Cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais são regis- trados os atos mais importantes da vida de uma pessoa, como o nascimento, o casamento e o óbito, além da emancipação, da interdição, da ausência

Leia mais

Questões Dissertativas (máximo 15 linhas)

Questões Dissertativas (máximo 15 linhas) Questões Dissertativas (máximo 15 linhas) 1) O que é tributo? Considerando a classificação doutrinária que, ao seguir estritamente as disposições do Código Tributário Nacional, divide os tributos em "impostos",

Leia mais

Supremo Tribunal Federal

Supremo Tribunal Federal )1( oãdróca atneme86242 DE-SM Diário da Justiça de 09/06/2006 03/05/2006 TRIBUNAL PLENO RELATOR : MIN. GILMAR MENDES EMBARGANTE(S) : UNIÃO ADVOGADO(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO EMBARGADO(A/S) : FERNANDA

Leia mais

Universidade Federal de Minas Gerais Pró-Reitoria de Recursos Humanos Departamento de Administração de Pessoal AUXÍLIO-FUNERAL

Universidade Federal de Minas Gerais Pró-Reitoria de Recursos Humanos Departamento de Administração de Pessoal AUXÍLIO-FUNERAL AUXÍLIO-FUNERAL Cód.: AFU Nº: 29 Versão: 8 Data: 05/10/2015 DEFINIÇÃO Benefício devido à família ou a terceiro que tenha custeado o funeral do servidor falecido em atividade ou aposentado, incluído o traslado

Leia mais

REQUISITOS PARA O EXERCÍCIO DA ATIVIDADE EMPRESARIAL

REQUISITOS PARA O EXERCÍCIO DA ATIVIDADE EMPRESARIAL 1. Capacidade para o exercício da empresa Atualmente, existe a possibilidade de a atividade empresarial ser desenvolvida pelo empresário individual, pessoa física, o qual deverá contar com capacidade para

Leia mais

RESOLUÇÃO Nº. 260/2008 TCE 2ª CÂMARA

RESOLUÇÃO Nº. 260/2008 TCE 2ª CÂMARA RESOLUÇÃO Nº. 260/2008 TCE 2ª CÂMARA 1. Processo Nº: 00709/2007 2. Classe de Assunto: IV Aposentadoria 3. Interessado: Tercina Dias de Carvalho Secretaria da Educação e Cultura 4. Entidade: Instituto de

Leia mais

DOCUMENTOS PARA INSCRIÇÃO/REINGRESSO NO PLANO GEAPEssencial

DOCUMENTOS PARA INSCRIÇÃO/REINGRESSO NO PLANO GEAPEssencial PARA INSCRIÇÃO/REINGRESSO NO PLANO GEAPEssencial TITULARES Co-patrocinado - Ativo, Inativo ou no exercício de função comissionada. Autopatrocinado - Aposentado pelo Regime Geral de Previdência Social (CLT)

Leia mais

Professor Álvaro Villaça Azevedo Titular da Faculdade de Direito da USP

Professor Álvaro Villaça Azevedo Titular da Faculdade de Direito da USP Indicação nol2812011 SC-43812011 Comissão de Direito de Família AUTOR DA INDICAÇÃO: ADVOGADO MARCOS NUNES CILOS EMENTA PAI SOCIOAFETIVO: ART. 1.593 E 1.595, AMBOS DO CC/2002. NECESSIDADE DE ADEQUAÇÃO TÉCNICA

Leia mais

A proteção previdenciária do brasileiro no exterior

A proteção previdenciária do brasileiro no exterior A proteção previdenciária do brasileiro no exterior Hilário Bocchi Junior Especialista em Previdência Social 1 A Seguridade Social está prevista no capítulo II do título VIII (Da Ordem Social) da Constituição

Leia mais

INFORMATIVO DA SUBGERÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL SOBRE MUDANÇAS NO PLANSERV

INFORMATIVO DA SUBGERÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL SOBRE MUDANÇAS NO PLANSERV Universidade Estadual de Feira de Santana Autorizada pelo Decreto Federal n.º 77.496 de 27/04/76 Reconhecida pela Portaria Ministerial n.º 874/86 de 19/12/86 INFORMATIVO DA SUBGERÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br BuscaLegis.ccj.ufsc.Br O Princípio da Legalidade na Administração Pública Heletícia Oliveira* 1. INTRODUÇÃO O presente artigo tem como objeto elucidar, resumidamente, a relação do Princípio da Legalidade

Leia mais

Projeto de lei n.º /XII

Projeto de lei n.º /XII Projeto de lei n.º /XII Elimina as discriminações no acesso à adoção, apadrinhamento civil e demais relações jurídicas familiares, procedendo à segunda alteração à Lei n.º 7/2001, de 11 de maio, e à primeira

Leia mais

INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA MUNICIPAL DE GOV. VALADARES Departamento de Benefícios

INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA MUNICIPAL DE GOV. VALADARES Departamento de Benefícios DIREITOS PREVIDENCIÁRIOS DO SERVIDOR PÚBLICO O RPPS é estabelecido por lei elaborada em cada um dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, e se destina exclusivamente aos servidores públicos titulares

Leia mais

O REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DO MUNICÍPIO DE TAQUARITINGA

O REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DO MUNICÍPIO DE TAQUARITINGA O REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DO MUNICÍPIO DE TAQUARITINGA 1. INTRODUÇÃO A previdência social no Brasil pode ser divida em dois grandes segmentos, a saber: Regime Geral de Previdência Social (RGPS):

Leia mais

A Hermenêutica do Artigo 50, 13, Inciso III, do ECA, Frente à Equidade e aos Princípios Constitucionais da Proteção Integral e da Prioridade Absoluta

A Hermenêutica do Artigo 50, 13, Inciso III, do ECA, Frente à Equidade e aos Princípios Constitucionais da Proteção Integral e da Prioridade Absoluta 238 Série Aperfeiçoamento de Magistrados 11 Curso de Constitucional - Normatividade Jurídica A Hermenêutica do Artigo 50, 13, Inciso III, do ECA, Frente à Equidade e aos Princípios Constitucionais da Proteção

Leia mais

Solicitação de Pensão Previdenciária por morte do(a) Associado(a);

Solicitação de Pensão Previdenciária por morte do(a) Associado(a); Solicitação de Pensão Previdenciária por morte do(a) Associado(a); Quem são os dependentes: Cônjuge, companheiro(a), filhos menores de 21 anos, não emancipados ou inválidos e filhos até 24 anos cursando

Leia mais

11º GV - Vereador Floriano Pesaro PROJETO DE LEI Nº 128/2012

11º GV - Vereador Floriano Pesaro PROJETO DE LEI Nº 128/2012 PROJETO DE LEI Nº 128/2012 Altera a Lei nº 14.485, de 19 de julho de 2007, com a finalidade de incluir no Calendário Oficial de Eventos da Cidade de São Paulo o Dia Municipal de Combate a Homofobia, a

Leia mais

A PROTEÇÃO E OS DIREITOS HUMANOS DO IDOSO E A SUA DIGNIDADE

A PROTEÇÃO E OS DIREITOS HUMANOS DO IDOSO E A SUA DIGNIDADE A PROTEÇÃO E OS DIREITOS HUMANOS DO IDOSO E A SUA DIGNIDADE Maíra Sgobbi de FARIA 1 Resumo: O respeito e a proteção que devem ser concedidos aos idosos sempre foram um dever da sociedade, uma vez que as

Leia mais

Prof. Cristiano Lopes

Prof. Cristiano Lopes Prof. Cristiano Lopes CONCEITO: É o procedimento de verificar se uma lei ou ato normativo (norma infraconstitucional) está formalmente e materialmente de acordo com a Constituição. Controlar significa

Leia mais

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº, DE 2014 (Do Sr. Moreira Mendes e outros)

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº, DE 2014 (Do Sr. Moreira Mendes e outros) PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº, DE 2014 (Do Sr. Moreira Mendes e outros) Altera o artigo 93, o artigo 129 e o artigo 144, da Constituição Federal, para exigir do bacharel em Direito, cumulativamente,

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br BuscaLegis.ccj.ufsc.Br Os Negócios Jurídicos Da União Estável E Terceiros De Boa-fé Maíta Ponciano Os Casais que vivem união estável DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS DA UNIÃO ESTÁVEL E TERCEIROS DE BOA-FÉ. Desde

Leia mais

TRATADOS INTERNACIONAIS E SUA INCORPORAÇÃO NO ORDENAMENTO JURÍDICO 1. DIREITOS FUNDAMENTAIS E TRATADOS INTERNACIONAIS

TRATADOS INTERNACIONAIS E SUA INCORPORAÇÃO NO ORDENAMENTO JURÍDICO 1. DIREITOS FUNDAMENTAIS E TRATADOS INTERNACIONAIS Autora: Idinéia Perez Bonafina Escrito em maio/2015 TRATADOS INTERNACIONAIS E SUA INCORPORAÇÃO NO ORDENAMENTO JURÍDICO 1. DIREITOS FUNDAMENTAIS E TRATADOS INTERNACIONAIS Nas relações internacionais do

Leia mais

ALTERA O CÓDIGO CIVIL, PERMITINDO O CASAMENTO ENTRE PESSOAS DO MESMO SEXO

ALTERA O CÓDIGO CIVIL, PERMITINDO O CASAMENTO ENTRE PESSOAS DO MESMO SEXO Grupo Parlamentar Projecto de lei n.º 14/XI ALTERA O CÓDIGO CIVIL, PERMITINDO O CASAMENTO ENTRE PESSOAS DO MESMO SEXO Exposição de Motivos: O significado histórico do reconhecimento da igualdade A alteração

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br A competência nos pedidos de adoção, guarda e tutela Rogério Medeiros Garcia de Lima* 1. INTRODUÇÃO A vigência do novel Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei federal 8.069, de

Leia mais

AULA 02 ROTEIRO CONSTITUIÇÃO FEDERAL ART. 5º; 37-41; 205 214; 227 229 LEI 8.069 DE 13/07/1990 ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E C A PARTE 02

AULA 02 ROTEIRO CONSTITUIÇÃO FEDERAL ART. 5º; 37-41; 205 214; 227 229 LEI 8.069 DE 13/07/1990 ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E C A PARTE 02 AULA 02 ROTEIRO CONSTITUIÇÃO FEDERAL ART. 5º; 37-41; 205 214; 227 229 LEI 8.069 DE 13/07/1990 ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E C A PARTE 02 CAPÍTULO VII DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA SEÇÃO I DISPOSIÇÕES

Leia mais

Legislação e tributação comercial

Legislação e tributação comercial 6. CRÉDITO TRIBUTÁRIO 6.1 Conceito Na terminologia adotada pelo CTN, crédito tributário e obrigação tributária não se confundem. O crédito decorre da obrigação e tem a mesma natureza desta (CTN, 139).

Leia mais

PARECER Nº, DE 2010. RELATOR: Senador ALVARO DIAS RELATOR AD HOC: Senador ANTONIO CARLOS JÚNIOR

PARECER Nº, DE 2010. RELATOR: Senador ALVARO DIAS RELATOR AD HOC: Senador ANTONIO CARLOS JÚNIOR PARECER Nº, DE 2010 Da COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E CIDADANIA, sobre a Proposta de Emenda à Constituição nº 95, de 2003, primeiro signatário o Senador Paulo Paim, que dá nova redação ao inciso III,

Leia mais

O CÔMPUTO DO TEMPO DE PERCEBIMENTO DO SEGURO-DESEMPREGO PARA FINS DE APOSENTADORIA

O CÔMPUTO DO TEMPO DE PERCEBIMENTO DO SEGURO-DESEMPREGO PARA FINS DE APOSENTADORIA O CÔMPUTO DO TEMPO DE PERCEBIMENTO DO SEGURO-DESEMPREGO PARA FINS DE APOSENTADORIA * Juliana de Oliveira Xavier Ribeiro 1) Introdução A finalidade do presente texto é demonstrar a natureza jurídica do

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br BuscaLegis.ccj.ufsc.Br A isenção da contribuição previdenciária dos servidores públicos (abono de permanência) Luís Carlos Lomba Júnior* O presente estudo tem como objetivo traçar breves considerações

Leia mais

PROJETO DE LEI CM Nº 279/2013.

PROJETO DE LEI CM Nº 279/2013. PROJETO DE LEI CM Nº 279/2013. EMENTA: Dar-se-a nova redação a Ementa, aos artigos 1º, 2º, 3º, ao inciso II, IV, VI, VII, IX, X, XI, XIV do artigo 5º, letra C e Parágrafo único do artigo 6º, letra B do

Leia mais

PROVA DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO TCE-CE FCC 2015

PROVA DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO TCE-CE FCC 2015 PROVA DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO TCE-CE FCC 2015 Direito Previdenciário 67. (Auditor de Controle Externo/TCE-CE/FCC/2015): O princípio constitucional estipulando que a Seguridade Social deve contemplar

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº, DE 2011

PROJETO DE LEI Nº, DE 2011 PROJETO DE LEI Nº, DE 2011 (Do Sr. Rogério Carvalho e outros) O Congresso Nacional decreta: Dispõe sobre a pessoa com deficiência e altera as Leis n os 8.742, de 7 de dezembro de 1993, 8.213, de 24 de

Leia mais

CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1891

CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1891 CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1891 Preâmbulo Nós, os representantes do povo brasileiro, reunidos em Congresso Constituinte, para organizar um regime livre e democrático, estabelecemos, decretamos e promulgamos

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RELATORA RECORRENTE ADVOGADO RECORRIDO ADVOGADO : MINISTRA NANCY ANDRIGHI : S B : JASON SOARES DE ALBERGARIA FILHO E OUTRO : T C DA C : EBER CARVALHO DE MELO E OUTRO EMENTA Direito civil e processual civil.

Leia mais

PRINCÍPIO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL COMO UM DIREITO FUNDAMENTAL

PRINCÍPIO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL COMO UM DIREITO FUNDAMENTAL PRINCÍPIO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL COMO UM DIREITO FUNDAMENTAL Fernando Souza OLIVEIRA 1 Pedro Anderson da SILVA 2 RESUMO Princípio do Desenvolvimento Sustentável como um direito e garantia fundamental,

Leia mais

Francisco Luiz de Andrade Bordaz Advogado. À Cebracoop Central Brasileira das Cooperativas de Trabalho.

Francisco Luiz de Andrade Bordaz Advogado. À Cebracoop Central Brasileira das Cooperativas de Trabalho. À Cebracoop Central Brasileira das Cooperativas de Trabalho. Att. Consulta Formulada. Quesitos: 1) Quais são os direitos que os cooperados e seus dependentes, como segurados da Previdência Social, possuem?

Leia mais

Blumenau, 24 de junho de 2015. Ilustríssimo(a) Senhor(a) Vereador(a).

Blumenau, 24 de junho de 2015. Ilustríssimo(a) Senhor(a) Vereador(a). 1 Ofício nº 01/2015 - CDS - OAB/BLUMENAU Aos(as) Excelentíssimos(as) Vereadores(as) de Blumenau. Blumenau, 24 de junho de 2015. Ilustríssimo(a) Senhor(a) Vereador(a). Conforme se denota do sítio eletrônico,

Leia mais

ALTERAÇÕES DIREITO PREVIDENCIÁRIO LEI N.º 13.135/2015 E MEDIDA PROVISÓRIA N.º 676/2015

ALTERAÇÕES DIREITO PREVIDENCIÁRIO LEI N.º 13.135/2015 E MEDIDA PROVISÓRIA N.º 676/2015 ALTERAÇÕES DIREITO PREVIDENCIÁRIO LEI N.º 13.135/215 E MEDIDA PROVISÓRIA N.º 676/215 1. Na Lei n.º 8.213/1991 foi alterada a definição dos dependentes da 3.ª Classe: Art. 16. São beneficiários do Regime

Leia mais

PARECER Nº, DE 2013. RELATOR: Senador CYRO MIRANDA

PARECER Nº, DE 2013. RELATOR: Senador CYRO MIRANDA PARECER Nº, DE 2013 Da COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS, em caráter terminativo, sobre o Projeto de Lei da Câmara nº 31, de 2010 (Projeto de Lei nº 3.512, de 2008, na origem), da Deputada Professora Raquel

Leia mais

PARECER N.º, DE 2009

PARECER N.º, DE 2009 PARECER N.º, DE 2009 Da COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA, sobre o Projeto de Lei da Câmara n.º 122, de 2006 (PL n.º 5.003, de 2001, na Casa de origem), que altera a Lei n.º 7.716,

Leia mais

RESPOSTA A QUESTÃO DE ORDEM SOBRE A INCLUSÃO DE MATÉRIA ESTRANHA À MEDIDA PROVISÓRIA EM PROJETO DE LEI DE CONVERSÃO ENVIADO À APRECIAÇÃO DO SENADO

RESPOSTA A QUESTÃO DE ORDEM SOBRE A INCLUSÃO DE MATÉRIA ESTRANHA À MEDIDA PROVISÓRIA EM PROJETO DE LEI DE CONVERSÃO ENVIADO À APRECIAÇÃO DO SENADO RESPOSTA A QUESTÃO DE ORDEM SOBRE A INCLUSÃO DE MATÉRIA ESTRANHA À MEDIDA PROVISÓRIA EM PROJETO DE LEI DE CONVERSÃO ENVIADO À APRECIAÇÃO DO SENADO Em resposta à questão de ordem apresentada pelo Senador

Leia mais

APOSENTADORIA ESPECIAL DO POLICIAL CIVIL

APOSENTADORIA ESPECIAL DO POLICIAL CIVIL APOSENTADORIA ESPECIAL DO POLICIAL CIVIL José Heitor dos Santos Promotor de Justiça/SP Silvio Carlos Alves dos Santos Advogado/SP A Lei Complementar Paulista nº. 1.062/08, que disciplina a aposentadoria

Leia mais

COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA. PROJETO DE LEI N o 117, DE 2011 I - RELATÓRIO

COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA. PROJETO DE LEI N o 117, DE 2011 I - RELATÓRIO COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA PROJETO DE LEI N o 117, DE 2011 (Apensos: Projetos de Lei n os 130, 289, 561, 747, 911, 1.389, 1.629, 2.238 e 2.543, de 2011) Altera dispositivos da Lei nº 8.742,

Leia mais

O Congresso Nacional, invocando a proteção de Deus, decreta e promulga a seguinte

O Congresso Nacional, invocando a proteção de Deus, decreta e promulga a seguinte 1967/69 Constituição da República Federativa do Brasil (de 24 de janeiro de 1967) O Congresso Nacional, invocando a proteção de Deus, decreta e promulga a seguinte CONSTITUIÇÃO DO BRASIL TÍTULO I Da Organização

Leia mais

O Dever de Consulta Prévia do Estado Brasileiro aos Povos Indígenas.

O Dever de Consulta Prévia do Estado Brasileiro aos Povos Indígenas. O Dever de Consulta Prévia do Estado Brasileiro aos Povos Indígenas. O que é o dever de Consulta Prévia? O dever de consulta prévia é a obrigação do Estado (tanto do Poder Executivo, como do Poder Legislativo)

Leia mais

APOSENTADORIA ESPECIAL DO SERVIDOR PÚBLICO

APOSENTADORIA ESPECIAL DO SERVIDOR PÚBLICO Direito Previdenciário APOSENTADORIA ESPECIAL DO SERVIDOR PÚBLICO Rafael Gabarra www.gabarra.adv.br ROTEIRO I. RGPS x RPPS II. Aposentadoria Especial III. Servidor Público - RPPS IV. Omissão MI s Súmula

Leia mais

Parecer Consultoria Tributária Segmentos Controle de Ponto do Trabalhador terceirizado

Parecer Consultoria Tributária Segmentos Controle de Ponto do Trabalhador terceirizado Controle de Ponto do Trabalhador terceirizado 13/11/2013 Sumário Título do documento 1. Questão... 3 2. Normas apresentadas pelo cliente... 3 3. Análise da Legislação... 3 4. Conclusão... 5 5. Informações

Leia mais

DIREITO DE FAMÍLIA DIREITO CIVIL - FAMÍLIA PROF: FLÁVIO MONTEIRO DE BARROS DATA: 10/02/2011

DIREITO DE FAMÍLIA DIREITO CIVIL - FAMÍLIA PROF: FLÁVIO MONTEIRO DE BARROS DATA: 10/02/2011 DIREITO DE FAMÍLIA Antes da Constituição de 1988 a família se constituía somente pelo casamento. A Constituição de 1988 adotou o princípio da pluralidade das famílias, prevendo, no art. 226 1 três espécies

Leia mais

O DESPACHANTE, O AJUDANTE E A RFB. Domingos de Torre 13.11.2014

O DESPACHANTE, O AJUDANTE E A RFB. Domingos de Torre 13.11.2014 O DESPACHANTE, O AJUDANTE E A RFB. Domingos de Torre 13.11.2014 O artigo 5º, 3º do Decreto-lei nº 2.472/1988 dispõe que Para execução das atividades de que trata este artigo, o Poder Executivo disporá

Leia mais

EDUARDO RAFAEL WICHINHEVSKI A POSSIBILIDADE DE CONCESSÃO DE PENSÃO POR MORTE PARA O MENOR SOB GUARDA À LUZ DO PRINCÍPIO DA ISONOMIA

EDUARDO RAFAEL WICHINHEVSKI A POSSIBILIDADE DE CONCESSÃO DE PENSÃO POR MORTE PARA O MENOR SOB GUARDA À LUZ DO PRINCÍPIO DA ISONOMIA EDUARDO RAFAEL WICHINHEVSKI A POSSIBILIDADE DE CONCESSÃO DE PENSÃO POR MORTE PARA O MENOR SOB GUARDA À LUZ DO PRINCÍPIO DA ISONOMIA CURITIBA 2013 2 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO... 3 2 PENSÃO POR MORTE... 4 3 DEPENDENTES

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RELATOR : MINISTRO ARNALDO ESTEVES LIMA EMENTA PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA. CONTAGEM DE TEMPO DE SERVIÇO EXERCIDO EM CONDIÇÕES ESPECIAIS. COMPROVAÇÃO POR MEIO DE FORMULÁRIO PRÓPRIO. POSSIBILIDADE ATÉ

Leia mais

A MULHER E OS TRATADOS INTERNACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS

A MULHER E OS TRATADOS INTERNACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS A MULHER E OS TRATADOS INTERNACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS Os Direitos Humanos surgiram na Revolução Francesa? Olympe de Gouges (1748-1793) foi uma revolucionária e escritora francesa. Abraçou com destemor

Leia mais

Convenção relativa à Luta contra a Discriminação no campo do Ensino

Convenção relativa à Luta contra a Discriminação no campo do Ensino ED/2003/CONV/H/1 Convenção relativa à Luta contra a Discriminação no campo do Ensino Adotada a 14 de dezembro de 1960, pela Conferência Geral da UNESCO, em sua 11ª sessão, reunida em Paris de 14 de novembro

Leia mais

Unidade II. Unidade II

Unidade II. Unidade II Unidade II 3 DIREITO DO TRABALHO 3.1 Conceito de empregador e empregado De acordo com o que estabelece a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva

Leia mais

Vedação de transferência voluntária em ano eleitoral INTRODUÇÃO

Vedação de transferência voluntária em ano eleitoral INTRODUÇÃO Vedação de transferência voluntária em ano eleitoral INTRODUÇÃO Como se sabe, a legislação vigente prevê uma série de limitações referentes à realização de despesas em ano eleitoral, as quais serão a seguir

Leia mais

www.apostilaeletronica.com.br

www.apostilaeletronica.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO I. Sistema Tributário Nacional e Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar... 02 II. Tributos... 04 III. O Estado e o Poder de Tributar. Competência Tributária... 08 IV. Fontes

Leia mais

TRABALHO INFANTIL. Fabiana Barcellos Gomes

TRABALHO INFANTIL. Fabiana Barcellos Gomes TRABALHO INFANTIL Fabiana Barcellos Gomes Advogada, Pós graduada em Direito e Processo Penal com ênfase em Segurança Pública, Direito do Trabalho e Pós graduanda em Direito de Família e Sucessões O que

Leia mais

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DAS CRIANÇAS. UNICEF 20 de Novembro de 1959 AS CRIANÇAS TÊM DIREITOS

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DAS CRIANÇAS. UNICEF 20 de Novembro de 1959 AS CRIANÇAS TÊM DIREITOS DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DAS CRIANÇAS UNICEF 20 de Novembro de 1959 AS CRIANÇAS TÊM DIREITOS DIREITO À IGUALDADE, SEM DISTINÇÃO DE RAÇA RELIGIÃO OU NACIONALIDADE Princípio I - A criança desfrutará

Leia mais

PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR

PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Regulamenta o inciso II do 4º do art. 40 da Constituição, que dispõe sobre a concessão de aposentadoria especial a servidores públicos que exerçam atividade de risco. O CONGRESSO

Leia mais

Curso de Extensão em Direito Previdenciário

Curso de Extensão em Direito Previdenciário Curso de Extensão em Direito Previdenciário 2º Encontro Teoria Básica dos Benefícios Previdenciários do RGPS Requisitos para a concessão de benefícios previdenciários 1) Requisitos Genéricos a) Adquirir

Leia mais

Poder Judiciário JUSTIÇA FEDERAL Seção Judiciária do Paraná 2ª TURMA RECURSAL JUÍZO C

Poder Judiciário JUSTIÇA FEDERAL Seção Judiciária do Paraná 2ª TURMA RECURSAL JUÍZO C JUIZADO ESPECIAL (PROCESSO ELETRÔNICO) Nº201070500166981/PR RELATORA : Juíza Ana Carine Busato Daros RECORRENTE : WALDEMAR FIDELIS DE OLIVEIRA RECORRIDA : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL DECLARAÇÃO

Leia mais

ExpressARTE Recursos Didácticos para Aprender a Ser Mais. Igualdade de Género

ExpressARTE Recursos Didácticos para Aprender a Ser Mais. Igualdade de Género ExpressARTE Recursos Didácticos para Aprender a Ser Mais Igualdade de Género ExpressARTE Recursos Didácticos para Aprender a Ser Mais Legislação O que é um homem e o que é uma mulher? Homem, s.m. (do lat.

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça AgRg no AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 971.466 - SP (2007/0256562-4) RELATOR AGRAVANTE ADVOGADO AGRAVADO ADVOGADO : MINISTRO ARI PARGENDLER : CAIXA BENEFICENTE DOS FUNCIONÁRIOS DO BANCO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Leia mais

CONCORRÊNCIA AA 03/2015 QUESTIONAMENTO 12. Pergunta: No que tange ao Anexo II Critérios de elaboração e julgamento da proposta técnica:

CONCORRÊNCIA AA 03/2015 QUESTIONAMENTO 12. Pergunta: No que tange ao Anexo II Critérios de elaboração e julgamento da proposta técnica: CONCORRÊNCIA AA 03/2015 QUESTIONAMENTO 12 Pergunta: No que tange ao Anexo II Critérios de elaboração e julgamento da proposta técnica: Item A.I.c: Poderá a apresentação também se dar em pen drive (com

Leia mais

FONTES DO DIREITO DA SEGURIDADE SOCIAL

FONTES DO DIREITO DA SEGURIDADE SOCIAL Seguridade Social Profª Mestre Ideli Raimundo Di Tizio p 8 FONTES DO DIREITO DA SEGURIDADE SOCIAL As fontes do Direito da Seguridade Social podem ser material e formal. As fontes formais são as formas

Leia mais

ARTIGO: Efeitos (subjetivos e objetivos) do controle de

ARTIGO: Efeitos (subjetivos e objetivos) do controle de ARTIGO: Efeitos (subjetivos e objetivos) do controle de constitucionalidade Luís Fernando de Souza Pastana 1 RESUMO: há diversas modalidades de controle de constitucionalidade previstas no direito brasileiro.

Leia mais

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 067, DE 2011

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 067, DE 2011 PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 067, DE 2011 Regulamenta o exercício das profissões de transcritor e de revisor de textos em braille. O CONGRESSO NACIONAL decreta: Art. 1º Na produção de textos no sistema

Leia mais

PARECER Nº, DE 2013. RELATOR: Senador JORGE VIANA

PARECER Nº, DE 2013. RELATOR: Senador JORGE VIANA PARECER Nº, DE 2013 Da COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE, DEFESA DO CONSUMIDOR E FISCALIZAÇÃO E CONTROLE, sobre o Projeto de Lei da Câmara nº 70, de 2012 (Projeto de Lei nº 7.260, de 2002, na origem), do Deputado

Leia mais

GRUPO DE TRABALHO QUE PROMOVE A CÂMARA DE NEGOCIAÇÃO DEDESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

GRUPO DE TRABALHO QUE PROMOVE A CÂMARA DE NEGOCIAÇÃO DEDESENVOLVIMENTO ECONÔMICO GRUPO DE TRABALHO QUE PROMOVE A CÂMARA DE NEGOCIAÇÃO DEDESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL DESTINADA A DISCUTIR PROPOSTAS QUE INTERESSAM À CLASSE TRABALHADORA E AOS EMPRESÁRIOS EMENDA SUBSTITUTIVA GLOBAL

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº, DE 2007 (Do Sr. Eduardo Gomes)

PROJETO DE LEI Nº, DE 2007 (Do Sr. Eduardo Gomes) PROJETO DE LEI Nº, DE 2007 (Do Sr. Eduardo Gomes) Acrescenta parágrafo único ao art. 23 da Lei nº 8.906, de 04 de Julho de 1994, que dispõe sobre o Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Registro: 2012.0000468176 ACÓRDÃO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Registro: 2012.0000468176 ACÓRDÃO Registro: 2012.0000468176 ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação nº 9066515-49.2009.8.26.0000, da Comarca de São Paulo, em que é apelante BANCO NOSSA CAIXA S A, é apelado SESVESP

Leia mais

APFN - ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE FAMÍLIAS NUMEROSAS

APFN - ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE FAMÍLIAS NUMEROSAS Excelentíssimo Senhor Provedor de Justiça A Associação Portuguesa das Famílias Numerosas, com sede Rua 3A à Urbanização da Ameixoeira, Área 3, Lote 1, Loja A, Lisboa, vem, nos termos do artigo 23º, n.º

Leia mais

A CRÍTICA AO ATO DE SUPERIOR E A LIBERDADE DE EXPRESSÃO

A CRÍTICA AO ATO DE SUPERIOR E A LIBERDADE DE EXPRESSÃO UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO MILITAR DIREITO PENAL MILITAR PARTE ESPECIAL MARCELO VITUZZO PERCIANI A CRÍTICA AO ATO DE SUPERIOR E A LIBERDADE DE EXPRESSÃO Marcelo Vituzzo Perciani

Leia mais

A extinção da personalidade ocorre com a morte, que pode ser natural, acidental ou presumida.

A extinção da personalidade ocorre com a morte, que pode ser natural, acidental ou presumida. Turma e Ano: Turma Regular Master A Matéria / Aula: Direito Civil Aula 04 Professor: Rafael da Mota Mendonça Monitora: Fernanda Manso de Carvalho Silva Personalidade (continuação) 3. Extinção da personalidade:

Leia mais

Validade, Vigência, Eficácia e Vigor. 38. Validade, vigência, eficácia, vigor

Validade, Vigência, Eficácia e Vigor. 38. Validade, vigência, eficácia, vigor Validade, Vigência, Eficácia e Vigor 38. Validade, vigência, eficácia, vigor Validade Sob o ponto de vista dogmático, a validade de uma norma significa que ela está integrada ao ordenamento jurídico Ela

Leia mais

Inscrição de dependente em assentamentos funcionais. Referência: Processo Administrativo nº 10530.001247/2009-55

Inscrição de dependente em assentamentos funcionais. Referência: Processo Administrativo nº 10530.001247/2009-55 Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão Secretaria de Recursos Humanos Departamento de Normas e Procedimentos Judiciais Coordenação-Geral de Elaboração, Sistematização e Aplicação das Normas NOTA

Leia mais

DÉCIMA SÉTIMA CÂMARA CÍVEL

DÉCIMA SÉTIMA CÂMARA CÍVEL DÉCIMA SÉTIMA CÂMARA CÍVEL APELAÇÃO CÍVEL PROCESSO N. 0013986-23.2013.8.19.0208 APELANTE: PAULO HENRIQUE BORGES DA SILVA VOGAL: DES. WAGNER CINELLI DE PAULA FREITAS DECLARAÇÃO DE VOTO O tema trazido neste

Leia mais

FEVEREIRO 2015 BRASÍLIA 1ª EDIÇÃO

FEVEREIRO 2015 BRASÍLIA 1ª EDIÇÃO Secretaria de Políticas Públicas de Emprego Departamento de Emprego e Salário Coordenação-Geral do Seguro-Desemprego, do Abono Salarial e Identificação Profissional SEGURO-DESEMPREGO E ABONO SALARIAL NOVAS

Leia mais

Estado de Mato Grosso Poder Judiciário Comarca de Primavera do Leste Vara Criminal

Estado de Mato Grosso Poder Judiciário Comarca de Primavera do Leste Vara Criminal Processo nº 6670-72.2014.811 Espécie: Medida Protetiva Vistos etc. Trata-se de requerimento para aplicação de medidas protetivas formulado por V.G.S. em desfavor de C.T., encaminhado a este Juízo pela

Leia mais