Difração de raios X e elétrons. 20 de junho de 2007

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Difração de raios X e elétrons. 20 de junho de 2007"

Transcrição

1 Fnc-34 Magalhaes, A. C Pereira, S. M. V Ximenes, R. Insitituto de Fisica, Universidade de São Paulo Prof. Aldo F. Craievich de junho de 7 Resumo O objetivo do experimento foi verificar a lei de Moseley através da emissão de raio X por diversos átomos e determinar os raios iônicos dos cátions componentes de cristais de halogenetos alcalinos (NaCl, KCl e RbCl). A lei de Moseley foi verificada através da utilização de um tubo de raios X com alvo de cobre e elementos de número atômico no intervalo 23 Z 3, a lei de Moseley não pôde ser verificada devido à contribuição de fótons que sofreram espalhamento elástico e inelástico no elemento em estudo. Já a determinação do raio iônico dos cátions foi feita usando o padrão de difração dos raio X na estrutura dos cristais e utilizando a lei de Bragg, os valores obtidos para o raio do K + e do Rb + foram R =.334(27)Åe R =.474(29)Å, respectivamente, ambos compatíveis com os valores conhecidos e para o Na + o valor encontrado foi R =.4(8)Å, que está a cerca de 3, 5 incertezas do valor conhecido, o que ainda pode ser considerado como compatível. Introdução A descoberta do raio X foi feita por Röntgen, porém, nos trabalhos que publicou, ele não informou como ocorreu a descoberta desse novo fenômeno, e existem, na verdade, poucas informacões confiáveis sobre o assunto. Uma das pouquíssimas fontes de informacao da própria época foi uma entrevista que Röntgen concedeu a um jornalista americano, Henry Dam, talvez no final de janeiro de 896. No entanto, essa entrevista deve ser utilizada cautelosamente, pois Dam não falava bem alemão, Röntgen não falava bem inglês, e em parte da conversa ambos utilizaram o francês para se comunicar. Apesar disso, é interessante reproduzir uma parte do artigo de Dam[3]: Agora, Professor, eu disse, o senhor poderia me contar a história da descoberta? Não há história, ele disse. Eu estava interessado há muito tempo no problema dos raios catódicos em tubos de vácuo, estudados por Hertz e Lenard. Eu havia seguido suas pesquisas e as de outros com grande interesse e decidira que logo qe tivesse tempo faria algumas pesquisas próprias. Encontrei esse tempo no final do último mês de outubro. Eu já estava trabalhando há alguns dias quando descobri algo de novo. Qual foi a data? Oito de novembro E o que foi a descoberta? Eu estava trabalhando com um tubo de Crookes coberto por uma blindagem de papelão preto. Um pedaço de papel com platino-cianeto de bário estava lá na mesa. Eu tinha passado uma corrente pelo tubo, e notei uma linha preta peculiar no papel. O que era isso? O efeito era algo que só poderia ser produzido, em linguagem comum, pela passagem de luz. Nenhuma luz poderia provir do tubo, pois a blindagem que o cobria era opaca a qualquer luz conhecida, mesmo a do arco elétrico. E o que o senhor pensou? Eu não pensei; eu investiguei. Assumi que o efeito devia vir do tubo, pois seu caráter indicava que o efeito devia vir do tubo, pois seu caráter indicava que ele não poderia vir de nenhum outro lugar. Eu o testei. Em poucos minutos não havia dúvida sobre isso. Estavam saindo raios do tubo que tinham um efeito luminescente sobre o papel. Testei-o com sucesso a distâncias cada vez mai-

2 INTRODUÇÃO ores, até mesmo a dois metros. Ele parecia inicialmente um novo tipo de luz invisível. Era claramente algo novo, algo não registrado. É luz? Não. É eletricidade? Não em qualquer forma conhecida. O que é? Eu não sei. E o descobridor dos raios X afirmou assim tão calmamente sua ignorância sobre sua essência quanto todos os outros que tinham escrito até então sobre o fenômeno. Tendo descoberto a existênca de um novo tipo de raios, é claro que comecei a investigar o que eles fariam... Lei de Moseley[][2] Em primeira aproximação uma explicação dos espectros de emissão de linhas de raios X pode ser tentada como uma extensão da teoria simples de Bohr. O número de onda da radiação emitida por um núcleo de carga Ze com um elétron orbital pode ser dado pela expressão: λ = RZ2 ( n 2 n 2 ) (.) onde R = 2π 2 µe 4 /ch 3 (e: carga do elétron, c: velocidade da luz, h: constante de Planck, µ: massa do sistema elétron-núcleo). n e n são os números quânticos principais correspondentes aos estados final e inicial, respectivamente. Moseley estabeleceu que os números de onda, ν, da radiação emitida por diferentes números atômicos, estão relacionados com os respectivos números atômicos pela equação: ν = = a(z s) (.2) λ onde a e s são constantes. A expressão.2 é denominada Lei de Moseley. Para a série K as constantes teóricas são: [ ( a = R 2 )] /2 n 2 (.3) ( ν = R(Z ) 2 2 ) n 2 n = 2, 3, 4, etc. (.4) onde R é a constante de Rydberg..2 Difração de Raios X[][2] A estrutura dos monocristais é composta por um conjunto básico de átomos que se repetem com periodicidade tridimensional. A lei de Bragg estabelece que, no caso de se ter um feixe incidente monocromático, há direções para as quais o espalhamento produzido por todos os conjuntos básicos de átomos estão em fase e produzem picos estreitos de difração. Para que isso aconteça, a diferença de caminho ótico entre os raios associados ao feixe espalhado deve ser igual a um número inteiro de comprimentos de onda da radiação incidente. Essa condição é satisfeita quando se verifica a lei de Bragg, a qual envolve duas relações: θ = θ i = θ r (.5) 2d sin θ = nλ (.6) onde θ i é o ângulo de incidência, θ r o ângulo de reflexão, λ é o comprimento de onda da radiação incidente e d a distância interplanar associada às diversas famílias de planos cristalográficos, conforme a figura. Figura.: Figura que representa as diversas famílias de planos cristalográficos e faz a associação com o arranjo experimental utilizado na experiência. A estrutura atômica básica do tipo NaCl pode ser representada por uma célula unitária cúbica contendo 8 átomos, sendo quatro de Na e quatro de Cl. Definindo-se o cubo mediante três vetores perpendiculares entre si, a, b e c, de módulo (ou parâmetro de rede) a, as coordenadas fracionárias dos átomos associadas à célula unitária são: Cl:, 2 2, 2 2, 2 Na: 2, 2, 2, 2 A figura.2 representa a estrutura do tipo do cristal de NaCl Fnc-34 2

3 2 DESCRIÇÃO EXPERIMENTAL 5 λ(å) = E(ev) (.) 2 Descrição experimental O procedimento experimental foi dividido em duas partes, uma referente à verificação da lei de Moseley e a outra referente à difração de raios X para a determinação de raios iônicos. Figura.2: Figura que representa a estrutura de um cristal de NaCl. Cristais desse tipo podem ser representados por uma célula unitária cúbica composta de 8 átomos, sendo 4 de Na e 4 de Cl. A estrutura de todos os outros cristais de halogenetos alcalinos é similar à do NaCl. Estes cristais são chamados cristais iônicos porque eles são, na realidade, compostos por íons (por exemplo K + Cl, Rb + Cl ). Em primeira aproximação, num modelo simples, os íons podem ser considerados como esféricos e as forças de atração entre eles principalmente de tipo iônico. 2. Lei de Moseley Foi utilizado o arranjo da figura 2.. No carrossel estavam elementos de número atômico no intervalo 23 Z 3. O tubo de raio X operava a uma tensão de V = kv e foi tomado o cuidado de monitorar a corrente eletrônica para que ela não ultrapassasse i = 8µA..3 Difração de elétrons Os elétrons são igualmente difratados por materiais cristalinos, devido ao seu comportamento ondulatório. Também observa-se reflexões em direções previstas pela lei de Bragg. O comprimento de onda de um elétron é definido a partir da equação de de Broglie: λ = h p (.7) onde h é a constante de Planck e p o momento linear do elétron. A energia cinética do elétron dada por temos então que E = p2 2m λ = (.8) h 2mE (.9) Dessa forma, acelerando os elétrons por uma diferença de potencial V e substituindo os valores de h e m na equação.9 obtêm-se. Figura 2.: Arranjo experimental utilizado para determinação da absortância de fótons de fluorescência de elementos de número atômico no intervalo 23 Z 3 por uma placa de alumínio. O braço do goniômetro foi colocada na posição 2θ = 9 e para cada elemento foi medida a intensidade de fótons em duas situações: (a) sem barreira de alumínio e (b) com barreira de alumínio, de forma que para o V, o Cr e o Mn foi utilizada uma barreira de D =, 26(3)mm, para o Ni, o Cu e o Zn uma barreira de D =, 96()mm e para Fe e o Co ambas foram utilizadas, separadamente, lembrando que em ambas as situações foi utilizada a fenda F2 com resolução de 3mm. Foi tomado o cuidado de não ultrapassar a taxa de contagens de 8cont/s, de forma que o tempo morto seja irrelevante para as medidas. Além disso, procurou-se re- Fnc-34 3

4 3 TOMADA E ANÁLISE DE DADOS alizar medições com cerca de fótons, de forma a manter a incerteza na ordem de 2%. Após esse procedimento foi medida a radiação de fundo, com o tubo de raio X desligado. 2.2 Difração de raio X A difração de raios X foi avaliada utilizando-se o arranjo da figura.. Foi utilizado um filtro de níquel, de forma a diminuir a intensidade dos raios X K β do cobre. Primeiramente foi feita a calibração dos ângulos θ através da obtenção dos picos de difração dos raios X em um cristal de LiF. Após a calibração, foi feita a medida dos picos de difração de três outros cristais, NaCl, KCl, e RbCl. A medida dos picos foi feita, primeiramente, utilizando-se o contador analógico, de forma a determinar o intervalo de ângulos que estavam os picos de difração correspondentes a n = e n = 2, feito isso, foi determinado o perfil de cada um dos picos utilizando-se o contador digital e intervalos de ângulo θ =. Feito esse procedimento para todos os cristais, foi medida a radiação de fundo com o tubo de raio X desligado. (Número de onda) /2 (A /2 ) barreira fina barreira grossa Teórico para K alfa Teórico para K beta Figura 3.: Gráfico da raiz do número de onda ν em função do número atômico Z. Estão representados os dados obtidos experimentalmente para duas barreiras de alumínio de espessuras D diferentes (barreira fina com D =, 26(3)mm e barreira grossa com D =,96()mm) e os dados teóricos para K α e K β. Como os dados experimentais são uma média das intensidades dos dois comprimentos de onda e a intensidade de K α é maior, os dados deveriam estar mais próximos dos valores teóricos de K α, porém não é isso que se observa para valores de Z menores. Z 3 Tomada e análise de dados Não foi possível então determinar a validade da lei de Moseley, pois os dados não têm comportamento linear. A análise dos dados foi dividida em duas partes, uma referente à verificação da lei de Moseley e a outra referente à determinação de raios iônicos de componentes de cristais halogenetos alcalinos. 3. Lei de Moseley A fim de verificar a lei de Moseley foi feito o gráfico 3. que representa a raiz do número de onda ν em função do número atômico Z. Estão representados os dados obtidos experimentalmente para duas barreiras de alumínio de espessuras diferente (barreira fina com D =, 26(3)mm e barreira grossa com D =, 96()mm) e os dados teóricos para K α e K β. Os dados experimentais representam uma média entre λ Kα e λ Kβ. Como a intensidade referente a K α é maior, os dados experimentais deveriam estar mais próximos do valor teórico referente a K α, porém não é isso que se observa para valores de Z menores. 3.2 Difração de raio X e determinação de raios iônicos A princípio foi determinado o fator de calibração do ângulo θ a partir dos picos de difração do K α do cobre no cristal de fluoreto de lítio, LiF. Os dados obtidos para o LiF são os representados no gráfico 3.2, o pico maior é o referente a n = e o menor referente ao n = 2. Fnc-34 4

5 3 TOMADA E ANÁLISE DE DADOS 25 Picos de difração do raio X refletido em LiF cujas curvas estão representadas nos gráficos 3.4, 3.5 e 3.6, respectivamente. I (cont/s) 5 6 Picos de difração do raio X refletido em NaCl Ângulo de incidência ( o ) Figura 3.2: Gráfico dos picos de difração do raio X K α do cobre no cristal de LiF, referentes a n = e n = 2. I (cont/s) 8 6 A partir da determinação do ângulo θ referente a esses picos e dos valores conhecidos da literatura[] θ n= = e θ n=2 = 49 5 foi feito o gráfico 3.3 para a calibração dos ângulos medidos. A equação que representa essa reta é θ medido = Aθ conhecido + B. Os valores obtidos para esses coeficientes foram A =.998(5) e B =.4(6), assim, como esses coeficientes são compatíveis com A = e B = (valores esperados para um equipamento calibrado), foi considerada desnecessária a correção do ângulo θ medido Ângulo de incidência ( o ) Figura 3.4: Gráfico dos picos de difração do raio X K α do cobre no cristal de NaCl, referentes a n = e n = Gráfico de calibração de teta incidencia através do LiF 5 45 Picos de difração do raio X refletido em KCl Teta medido ( o ) Teta conhecido ( o ) Figura 3.3: Gráfico de θ medido em função de θ conhecido, dos picos de difração do raio X do cobre em cristal de LiF, a partir do qual foi feita a calibração dos ângulos. O coeficiente angular obtido foi A =.998(5) e o linear B =.4(6). I (cont/s) Ângulo de incidência ( o ) Dessa forma, foram medidos os picos de difração do raio X K α do cobre nos cristais de NaCl, KCl e RbCl, Figura 3.5: Gráfico dos picos de difração do raio X K α do cobre no cristal de KCl, referentes a n = e n = 2. Fnc-34 5

6 5 CONCLUSÃO I (cont/s) Picos de difração do raio X refletido em RbCl são compatíveis com os valores conhecidos R exp =.334(27)Å e R conhecido =.33Å, para o K + e R exp =.474(29)Å e R conhecido =.48Å, para o Rb + porém para o Na + essa compatibilidade não é tão calra, o valor obtido R exp =.4(8)Å está a cerca de 3, 5 incertezas do valor conhecido R conhecido =.95Å, o que ainda pode ser considerado como compatível. A figura 3.8 representa esquematicamente a estrutura dos cristais avaliados, de forma que os raios iônicos estão representados em escala Ângulo de incidência ( o ) Figura 3.6: Gráfico dos picos de difração do raio X K α do cobre no cristal de RbCl, referentes a n = e n = 2. A partir desses gráficos, foram determinados os valores de θ referente a cada um dos picos, aproximando-se esses dados por distribuição normal, e através da lei de Bragg foi determinado a distância d das estruturas cristalinas. Sabendo que d = R cation + R Cl, onde o cátion pode ser Na +, K + ou Rb +, foram determinados os raios iônicos desses cátions, os quais estão representados no gráfico 3.7. Raio iônico (A) Raios iônicos em função do número atômico Experimentais Conhecidos Figura 3.7: Gráfico que representa os raios iônicos dos cátions Na +, K + e Rb + (determinados experimentalmente) e Li +, Na +, K +, Rb + e Cs + (valores conhecidos). Pode-se perceber claramente que os valores de raios iônicos obtidos para o K + e para o Rb + são compatíveis com os valores conhecidos, porém para o Na + não ocorre o mesmo, os dados têm cerca de 3,5 incertezas de diferença, o que ainda pode ser considerado como compatível. Através do gráfico pode-se perceber claramente que os valores de raios obtidos para o K + e para o Rb + Z Figura 3.8: Figura que representa esquematicamente a estrutura dos cristais avaliados. Os raios estão em escala. 4 Discussão Não foi possível a verificação da lei de Moseley pois os dados não tinham comportamento linear, sendo que para valores de Z menores os dados estavam acima do esperado. Isso ocorreu muito provavelmente devido à contribuição de fótons que sofreram espalhamento elástico ou inelástico no elemento do carrossel, como λ Kα do cobre é maior que o λ dos elementos do carrossel que têm Z < Z Cu, então essa contaminação causa um desvio positivo nos dados, fazendo com que esses dados não tenham comportamento linear. Em relação à aproximação dos picos de difração dos raios X nos cristais foi feita a aproximação por gaussiana pois como existe uma distribuição aleatória dos fótons emergentes do cristal, para uma pequena variação do ângulo θ há uma coleta de fótons que pôde ser ajustada como uma distribuição normal, de forma que sua média é o valor de θ no qual a incidência de fótons é máxima. 5 Conclusão O objetivo do experimento foi verificar a lei de Moseley através da emissão de raio X por diversos átomos e determinar os raios iônicos dos cátions componentes de cristais de halogenetos alcalinos (N acl, KCl e RbCl). Para a verificação da lei de Moseley foi utilizado um carrossel com elementos de número atômico no intervalo Fnc-34 6

7 23 Z 3 e raios X provenientes de um tubo de raios X com alvo de cobre. Foram medidas as intensidades dos fótons em duas situações, sem nenhuma barreira e com uma barreira absorvedora de alumínio, sendo que para o V, o Cr e o Mn foi utilizada uma barreira de D =, 26(3)mm, para o Ni, o Cu e o Zn uma barreira de D =, 96()mm e para Fe e o Co ambas foram utilizadas, separadamente. Foi determinado então o coeficiente de absorção mássico e a partir desse valor determinado o comprimento de onda incidente. Não pôde ser verificada a validade da lei de Moseley pois houve contribuição de fótons que sofreram espalhamento elástico ou inelástico no elemento do carrossel e como o λ Kα do cobre é maior que o λ dos elementos do carrossel que têm Z < Z Cu, então essa contaminação causa um desvio positivo nos dados, fazendo com que esses dados não tenham comportamento linear fazendo com que a lei de Moseley não pudesse ser verificada. Já a determinação do raio iônico dos cátions foi feita através do padrão de difração dos raio X na estrutura dos cristais, utilizando a lei de Bragg e o modelo de esferas duras. Os valores obtidos para o raio do K + foi R =.334(27)Åe o valor conhecido é R =.33Å, REFERÊNCIAS para o Rb + foi R =.474(29)Åcom o valor conhecido R =.48Å, pode-se perceber que ambos são compatíveis com os valores conhecidos, já para o Na + o valor encontrado foi R =.4(8)Å, que está a cerca de 3, 5 incertezas do valor conhecido R conhecido =.95Å, o que ainda pode ser considerado como compatível. Referências [] FNC34 - Difração de raios X e elétrons, Universidade de São Paulo - Instituto de Física 7. [2] EISBERG, Robert. RESNICK, Robert. Física quântica, Ed. Campus, 23 a tiragem [3] MARTINS, Roberto de Andrade. A Descoberta dos Raios X: O Primeiro Comunicado de Röntgen, Revista Brasileira de Ensino de fisica, vol., n 4, Dezembro 998. [4] Site do NIST (National Institute for Standards and Technology) Data/Xcom/Text/XCOM.html - Secções de choque para fótons. Apêndice Questão : O ajuste da equação está representada no gráfico 5.. µ = aλb coeficiente de absorção mássico (cm 2 /g) Coeficiente de absorção mássico em função de lambda lambda (A) Figura 5.: Gráfico do ajuste da equação µ = aλb, onde µ representa o coeficiente de absorção mássico, λ o comprimento de onda e a e b constantes, cujos valores obtidos foram a = 3, 88 e b = 2, 88. Fnc-34 7

8 REFERÊNCIAS Os valores obtidos para as constantes foram a = 3.88 e b = Questão 2: Para que haja um pico de difração o caminho ótico extra que o segundo raio anda (na figura 5.2 esse caminho extra é representado pelos seguimentos AB e BC, lembrando que AB = BC) deve ser um número inteiro de comprimentos de onda λ, ou seja, nλ, onde n é um número inteiro. Figura 5.2: Figura que representa a difração de raios X em um cristal. O caminho ótico extra que o segundo raio anda é AB + BC. Sabendo-se que AB = d sin θ e que o caminho extra equivale a 2AB, então o caminho extra é 2d sinθ, como esse caminho deve ser nλ para que haja um pico de difração, então: nλ = 2d sinθ Questão 3: O filtro de níquel é utilizado a fim de diminuir a intendidade dos raios X K β do cobre, provenientes do tubo de raio X. O níquel foi escolhido pois a borda de absorção (vide gráfico 5.3) ocorre em uma energia que está entre a energia do K α e do K β, assim, os fótons K β são mais filtrados que que os K α. Fnc-34 8

9 REFERÊNCIAS Figura 5.3: Gráfico dos coeficiente de absorção mássicos do níquel em função da energia do fóton[4]. A borda de absorção fica entre as energias do K α e do K β do cobre. Determinação da espessura de uma placa de níquel para que a relação I Kβ /I Kα =, : ) x I Kβ = I K β e ( µ I Kα I Kα e ( µ ) x 2 (µ/) refere-se ao coeficiente de absorção mássico do K β e (µ/) 2 ao coeficiente de absorção mássico do K α. Como as relações I Kβ /I Kα e I Kβ /I Kα são conhecidas:, =, 4 exp x = {[( ) µ 2 [( µ ln,,4 ) 2 ( µ ( ) ] } µ x ) ] o valor obtido para a espessura foi x =, 24cm. Já se fosse utilizado o filtro de x =, 5cm de alumínio, I Kβ /I Kα = Questão 4: a) Os valores obtidos o espectro resultante foi: após a lâmina de alumínio de, mm e I t K α (Co) = 7, 7, I t K β (Co) = 3, 96, I t elast.(cuk α ) =, 56 I t K α (Co) = 7, 72, I t K β (Co) =, 49, I t elast.(cuk α ) = 3, 96 Fnc-34 9

10 REFERÊNCIAS após a lâmina de alumínio de, 2mm. b) Os valores obtidos o espectro resultante foi: após a lâmina de alumínio de, mm e I t K α (V ) =, 48, I t K β (V ) =, 57, I t elast.(cuk α ) =, 56 I t K α (V ) = 43, 5, I t K β (V ) = 7, 8, I t elast.(cuk α ) = 3, 96 após a lâmina de alumínio de, 2mm. c) As intensidades relativas das contribuições K α e K β dos elementos do carrossel e K α do cobre podem alterar a determinação de ν pois o detector Geiger não diferencia a energia dos fótons, então a medida que ele faz conta todos os fótons que chegam, dessa forma, se há maior ou menor contribuição dos fótons envolvidos, isso vai alterar o valor obtido para o coeficiente de absorção mássico µ/, alterando, assim, o valor de λ e conseqüentemente de ν. 8 Intensidades relativas Total Cobalto Cobalto 2 Vanádio Vanádio 2 I relativa Contribuição ( K alfa do elemento, 2 K beta do elemento, 3 K alfa do cobre) Figura 5.4: Gráfico com as intensidades relativas das contribuições de K α e K β dos elementos cobalto e vanádio e K α do cobre. O da legenda representa a presença de uma lâmina de alumínio de, mm, o 2 a lâmina de alumínio de,2mm e o total a ausência de lâminas. A vantagem de usar barreiras de alumínio mais finas para os elementos de Z menores é que com isso atenua-se um pouco a contribuição do K α do cobre, porém não atenua-se muita a contribuição dos K α e K β do elemento em questão. Fnc-34

Descoberta dos Raios-X

Descoberta dos Raios-X Descoberta dos Raios-X 1895 - Wilhelm Conrad Roentgen Experimentos com tubo de raios catódicos brilho em um cristal fluorescente perto do tubo mesmo mantendo o tubo coberto Raios invisíveis, natureza desconhecida:

Leia mais

O espectro eletromagnético

O espectro eletromagnético Difração de Raios X O espectro eletromagnético luz visível raios-x microondas raios gama UV infravermelho ondas de rádio Comprimento de onda (nm) Raios Absorção, um fóton de energia é absorvido promovendo

Leia mais

1318 Raios X / Espectro contínuo e característico Medida da razão h/e.

1318 Raios X / Espectro contínuo e característico Medida da razão h/e. 1 Roteiro elaborado com base na documentação que acompanha o conjunto por: Máximo F. Silveira Instituto de Física UFRJ Tópicos Relacionados Raios-X, equação de Bragg, radiação contínua (bremstrahlung),

Leia mais

Difração de raios X. Ciência dos Materiais

Difração de raios X. Ciência dos Materiais Difração de raios X Ciência dos Materiais A descoberta dos raios X Roentgen 1895 Mão da Sra. Roentgen Mão do Von Kolliker 1ª radiografia da história Tubo de Crookes 3-99 DIFRAÇÃO DE RAIOS X Difração de

Leia mais

Laboratório de Estrutura da Matéria II

Laboratório de Estrutura da Matéria II Roteiro: Prof. Dr. Jair Freitas UFES - Vitória Laboratório de Estrutura da Matéria II Difração de raios X PRINCÍPIO E OBJETIVOS Feixes de raios X são analisados através de difração por monocristais, para

Leia mais

RAIOS-X (RAIOS RÖNTGEN)

RAIOS-X (RAIOS RÖNTGEN) RAIOS-X (RAIOS RÖNTGEN) Descobertos por Wilhelm Röntgen (1895) Primeiro prêmio Nobel em física (1901) Radiação extremamente penetrante (

Leia mais

RAIOS-X (RAIOS RÖNTGEN)

RAIOS-X (RAIOS RÖNTGEN) RAIOS-X (RAIOS RÖNTGEN) Descobertos por Wilhelm Röntgen (1895) Primeiro prêmio Nobel em física (1901) Radiação extremamente penetrante (

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Instituto de Física Laboratório de Estrutura da Matéria Física 5 FNC-313 Raios-X Raios-X I Emissão, Fluorescência e Absorção I-Introdução: Nas experiências a serem realizadas,

Leia mais

DIFRAÇÃO DE RAIOS X ROTEIRO. Experimento I: Lei de Bragg difração de raios X num monocristal

DIFRAÇÃO DE RAIOS X ROTEIRO. Experimento I: Lei de Bragg difração de raios X num monocristal DIFRAÇÃO DE RAIOS X ROTEIRO Experimento I: Lei de Bragg difração de raios X num monocristal I Objetivos i. Investigar a lei da reflexão de Bragg num monocristal de KBr usando a radiação característica

Leia mais

O Elétron como Onda. Difração de Bragg

O Elétron como Onda. Difração de Bragg O Elétron como Onda Em 1924, de Broglie sugeriu a hipótese de que os elétrons poderiam apresentar propriedades ondulatórias além das suas propriedades corpusculares já bem conhecidas. Esta hipótese se

Leia mais

Estrutura física da matéria Difração de elétrons

Estrutura física da matéria Difração de elétrons O que você pode aprender sobre este assunto... - Reflexão de Bragg - Método de Debye-Scherer - Planos de rede - Estrutura do grafite - Ondas de matéria - Equação de De Broglie Princípio: Elétrons acelerados

Leia mais

Introdução a cristalografia de Raios-X

Introdução a cristalografia de Raios-X UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE QUÍMICA - DQMC Introdução a cristalografia de Raios-X Prof Karine P. Naidek Introdução a cristalografia de Raios-X

Leia mais

Laboratório de Estrutura da Matéria II

Laboratório de Estrutura da Matéria II Roteiro: Prof. Dr. Jair Freitas UFES - Vitória Laboratório de Estrutura da Matéria II Difração de elétrons PRINCÍPIO E OBJETIVOS Feixes eletrônicos de alta energia são difratados por um alvo de grafite

Leia mais

Escola Politécnica FAP GABARITO DA P2 24 de outubro de 2006

Escola Politécnica FAP GABARITO DA P2 24 de outubro de 2006 P2 Física IV Escola Politécnica - 2006 FAP 2204 - GABARITO DA P2 24 de outubro de 2006 Questão 1 A. O comprimento de onda de corte para ejetar elétron da superfície do metal lantânio é = 3760 Å. (a) (0,5

Leia mais

Análise comparativa do efeito Compton com raios-γ e raios-x. Cristine Kores e Jessica Niide Professora Elisabeth Yoshimura

Análise comparativa do efeito Compton com raios-γ e raios-x. Cristine Kores e Jessica Niide Professora Elisabeth Yoshimura Análise comparativa do efeito Compton com raios-γ e raios-x Cristine Kores e Jessica Niide Professora Elisabeth Yoshimura Estrutura da apresentação Introdução ao Efeito Compton Objetivos Experimento com

Leia mais

SEL FUNDAMENTOS FÍSICOS DOS PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE IMAGENS MÉDICAS. Prof. Homero Schiabel (Sub-área de Imagens Médicas)

SEL FUNDAMENTOS FÍSICOS DOS PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE IMAGENS MÉDICAS. Prof. Homero Schiabel (Sub-área de Imagens Médicas) SEL 5705 - FUNDAMENTOS FÍSICOS DOS PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE IMAGENS MÉDICAS Prof. Homero Schiabel (Sub-área de Imagens Médicas) 5. INTERAÇÃO DOS RAIOS X COM A MATÉRIA 5.1. Atenuação e Absorção ATENUAÇÃO:

Leia mais

TÓPICOS EM CARACTERIZAÇÃO DE MATERIAIS DIFRAÇÃO DE RAIOS X

TÓPICOS EM CARACTERIZAÇÃO DE MATERIAIS DIFRAÇÃO DE RAIOS X TÓPICOS EM CARACTERIZAÇÃO DE MATERIAIS DIFRAÇÃO DE RAIOS X Histórico Raios X: São emissões eletromagnéticas; Busca (desde 1887): Heinrich Rudolf Hertz : ele produziu as primeiras ondas eletromagnéticas

Leia mais

FNC375 - Soluções da Lista 6 - Segunda Parte

FNC375 - Soluções da Lista 6 - Segunda Parte FNC375 - Soluções da Lista 6 - Segunda Parte 16 de novembro de 004 Propriedades ondulatórias das partículas Medida do comprimento de onda da matéria 1. Qual é o ângulo de Bragg φ para elétrons difratados

Leia mais

SISTEMA HEXAGONAL SIMPLES

SISTEMA HEXAGONAL SIMPLES SISTEMA HEXAGONAL SIMPLES Os metais não cristalizam no sistema hexagonal simples porque o fator de empacotamento é muito baixo Entretanto, cristais com mais de um tipo de átomo cristalizam neste sistema

Leia mais

A Dualidade Onda-Partícula

A Dualidade Onda-Partícula A Dualidade Onda-Partícula O fato de que as ondas têm propriedades de partículas e viceversa se chama Dualidade Onda-Partícula. Todos os objetos (macroscópicos também!) são onda e partícula ao mesmo tempo.

Leia mais

O Efeito Fotoelétrico

O Efeito Fotoelétrico O Efeito Fotoelétrico O efeito fotoelétrico é a emissão de elétrons por um material, geralmente metálico, quando exposto a uma radiação eletromagnética (como a luz) suficientemente energética, ou seja,

Leia mais

1304 Difração de elétrons

1304 Difração de elétrons 1 Roteiro elaborado com base na documentação que acompanha o conjunto por: Máximo F. da Silveira Instituto de Física UFRJ Tópicos Relacionados Reflexão de Bragg, método Debye-Scherrer, planos de rede,

Leia mais

Universidade Federal do Paraná Departamento de Física Laboratório de Física Moderna

Universidade Federal do Paraná Departamento de Física Laboratório de Física Moderna Universidade Federal do Paraná Departamento de Física Laboratório de Física Moderna Bloco 01: DIFRAÇÃO DE RAIOS-X Entende-se por raios-x, a região do espectro eletromagnético com comprimentos de ondas

Leia mais

Microscopia de transmissão de elétrons - TEM TEM. NP de Magnetita. Microscópio de Alta-resolução - HRTEM. Nanocristais Ni 03/04/2014

Microscopia de transmissão de elétrons - TEM TEM. NP de Magnetita. Microscópio de Alta-resolução - HRTEM. Nanocristais Ni 03/04/2014 CQ135 FUNDAMENTOS DE QUÍMICA INORGÂNICA IV Microscopia de transmissão de elétrons - TEM Prof. Dr. Herbert Winnischofer hwin@ufpr.br Técnicas de caracterização Microscopia e difração de raio X TEM NP de

Leia mais

QUESTÕES DE FÍSICA MODERNA

QUESTÕES DE FÍSICA MODERNA QUESTÕES DE FÍSICA MODERNA 1) Em diodos emissores de luz, conhecidos como LEDs, a emissão de luz ocorre quando elétrons passam de um nível de maior energia para um outro de menor energia. Dois tipos comuns

Leia mais

Dosimetria e Proteção Radiológica

Dosimetria e Proteção Radiológica Dosimetria e Proteção Radiológica Prof. Dr. André L. C. Conceição Departamento Acadêmico de Física (DAFIS) Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica e Informática Industrial (CPGEI) Universidade

Leia mais

Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia de Materiais 1º semestre de Informações e instruções para a resolução da prova

Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia de Materiais 1º semestre de Informações e instruções para a resolução da prova Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia de Materiais 1º semestre de 2014 Informações e instruções para a resolução da prova 1. A prova deve ser realizada sem consulta; 2. A duração da prova é

Leia mais

Laboratório de Física Moderna Espectroscopia do H. Marcelo Gameiro Munhoz

Laboratório de Física Moderna Espectroscopia do H. Marcelo Gameiro Munhoz Laboratório de Física Moderna Espectroscopia do H Marcelo Gameiro Munhoz munhoz@if.usp.br 1 Contextualização Para iniciar nosso experimento, vamos compreender o contexto que o cerca Qual o tipo de fenômeno

Leia mais

Laboratório de Física Moderna Espectrosocopia Aula 01. Marcelo Gameiro Munhoz

Laboratório de Física Moderna Espectrosocopia Aula 01. Marcelo Gameiro Munhoz Laboratório de Física Moderna Espectrosocopia Aula 01 Marcelo Gameiro Munhoz munhoz@if.usp.br 1 Contextualização Para iniciar nosso experimento, vamos compreender o contexto que o cerca Qual o tipo de

Leia mais

TEORIAS ATÔMICAS. Menor partícula possível de um elemento (Grécia antiga) John Dalton (1807)

TEORIAS ATÔMICAS. Menor partícula possível de um elemento (Grécia antiga) John Dalton (1807) TEORIAS ATÔMICAS Átomo Menor partícula possível de um elemento (Grécia antiga) John Dalton (1807) 1. Os elementos são constituídos por partículas extremamente pequenas chamadas átomos; 2. Todos os átomos

Leia mais

Física VIII Ondas eletromagnéticas e Física Moderna

Física VIII Ondas eletromagnéticas e Física Moderna Física VIII Ondas eletromagnéticas e Física Moderna Aula 5: Difração Parte II 1 Baseado no material preparado por Sandro Fonseca de Souza Helena Malbouisson Redes de difração Grande número de fendas (ranhuras)

Leia mais

Discussão das Propostas para Física Experimental VI DIURNO

Discussão das Propostas para Física Experimental VI DIURNO Discussão das Propostas para Física Experimental VI DIURNO Propostas Verificação de presença de elementos pesados e outros metais em cosméticos através de análise de espectro de fluorescência de Raio-X

Leia mais

Descrição das Atividades

Descrição das Atividades Criminalística - A Física auxiliando a Polícia a desvendar crimes Bloco - Difração de Raio-X O estudo da difração do laser a partir do LP, DVD e do CD será utilizado como forma analógica a fim de sensibilizar

Leia mais

Universidade Federal do Rio de Janeiro Instituto de Física Disciplina: Física IV-A Data: 03/07/2019. (c) I 1 = I 2.

Universidade Federal do Rio de Janeiro Instituto de Física Disciplina: Física IV-A Data: 03/07/2019. (c) I 1 = I 2. Universidade Federal do Rio de Janeiro Instituto de Física Disciplina: Física IV-A Data: 03/07/2019 Prova Final 1 Um material não magnético possui a permeabilidade magnética igual à do vácuo µ = µ 0 Um

Leia mais

Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia de Materiais 1º semestre de Informações e instruções para a resolução da prova

Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia de Materiais 1º semestre de Informações e instruções para a resolução da prova Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia de Materiais 1º semestre de 2016 Informações e instruções para a resolução da prova 1. A prova deve ser realizada sem consulta; 2. A duração da prova é

Leia mais

Uma breve história do mundo dos quanta. Érica Polycarpo Equipe de Física Coordenação: Prof. Marta Barroso

Uma breve história do mundo dos quanta. Érica Polycarpo Equipe de Física Coordenação: Prof. Marta Barroso Uma breve história do mundo dos Érica Polycarpo Equipe de Física Coordenação: Prof. Marta Barroso Tópicos da Segunda Aula Abordagem histórica Radiação de corpo negro Efeito fotoelétrico Espalhamento Compton

Leia mais

Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia de Materiais 2º semestre de Informações e instruções para a resolução da prova

Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia de Materiais 2º semestre de Informações e instruções para a resolução da prova Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia de Materiais 2º semestre de 2015 Informações e instruções para a resolução da prova 1. A prova deve ser realizada sem consulta; 2. A duração da prova é

Leia mais

Estudo da Fluorescência de Raios-X em um aparelho de raios X ( ) com detector semicondutor ( ) da LD-Didactic.

Estudo da Fluorescência de Raios-X em um aparelho de raios X ( ) com detector semicondutor ( ) da LD-Didactic. Estudo da Fluorescência de Raios-X em um aparelho de raios X (554 811) com detector semicondutor (559 938) da LD-Didactic. Gabriel Frones, Rafael R. de Campos Instituto de Física - Universidade de São

Leia mais

Física Moderna I Aula 05. Marcelo G Munhoz Edifício HEPIC, sala 212, ramal

Física Moderna I Aula 05. Marcelo G Munhoz Edifício HEPIC, sala 212, ramal Física Moderna I Aula 05 Marcelo G Munhoz Edifício HEPIC, sala 212, ramal 916940 munhoz@if.usp.br 1 Röntgen descobre os raios-x (1895) Röntgen trabalhava com tubos de raios catódicos Durante seus estudos

Leia mais

Física dos Materiais FMT0502 ( )

Física dos Materiais FMT0502 ( ) Física dos Materiais FMT0502 (4300502) 1º Semestre de 2010 Instituto de Física Universidade de São Paulo Professor: Antonio Dominguesdos Santos E-mail: adsantos@if.usp.br Fone: 3091.6886 http://plato.if.usp.br/~fmt0502n/

Leia mais

Tecnicas analiticas para Joias

Tecnicas analiticas para Joias Tecnicas analiticas para Joias Técnicas avançadas de analise A caracterização de gemas e metais da área de gemologia exige a utilização de técnicas analíticas sofisticadas. Estas técnicas devem ser capazes

Leia mais

Rede Recíproca. CF086 - Introdução a Física do Estado Sólido 1

Rede Recíproca. CF086 - Introdução a Física do Estado Sólido 1 Rede Recíproca CF086 - Introdução a Física do Estado Sólido 1 Recordando... Redes de Bravais: conjunto de pontos do espaço que respeitam duas definições 1. Conjunto (infinito) de pontos do espaço com uma

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE FÍSICA. Ricardo dos Reis Teixeira Marinho

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE FÍSICA. Ricardo dos Reis Teixeira Marinho UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE FÍSICA Difração de Elétrons Ricardo dos Reis Teixeira Marinho 2016 2 Sumário 1 Difração de Elétrons 5 1.1 OBJETIVOS................................... 5 1.2 PARTE

Leia mais

Analise de Joias e Metais por Raios X

Analise de Joias e Metais por Raios X Analise de Joias e Metais por Raios X O que é uma onda?? Podemos definir onda como uma variação de uma grandeza física que se propaga no espaço. É um distúrbio que se propaga e pode levar sinais ou energia

Leia mais

Estrutura da Matéria BIK Prof. Fernando Carlos Giacomelli (Turma A)

Estrutura da Matéria BIK Prof. Fernando Carlos Giacomelli (Turma A) Estrutura da Matéria BIK0102-15 Prof. Fernando Carlos Giacomelli (Turma A) fernando.giacomelli@ufabc.edu.br Bloco A - Sala 613-3 Torre 3 - CCNH - Santo André Dualidade Onda-Partícula: Descrição Clássica

Leia mais

Tubos de Crookes e a descoberta do elétron

Tubos de Crookes e a descoberta do elétron Tubos de Crookes e a descoberta do elétron (A) Efeito de um obstáculo no caminho dos raios catódicos. Raios Catódicos High voltage source of high voltage shadow Resultados independem do gás usado para

Leia mais

Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia de Materiais 2º semestre de Informações e instruções para a resolução da prova

Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia de Materiais 2º semestre de Informações e instruções para a resolução da prova Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia de Materiais 2º semestre de 2014 Informações e instruções para a resolução da prova 1. A prova deve ser realizada sem consulta; 2. A duração da prova é

Leia mais

Difração de Raios X. Aluno: Luis Gustavo Gomes Pereira Profº: Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva Disciplina: Física Experimental IV

Difração de Raios X. Aluno: Luis Gustavo Gomes Pereira Profº: Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva Disciplina: Física Experimental IV Difração de Raios X Aluno: Luis Gustavo Gomes Pereira Profº: Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva Disciplina: Física Experimental IV Descoberta dos raios X Foi descoberto em 1895, por Röetgen durante experimentos

Leia mais

Cap. 38 Fótons e ondas de matéria

Cap. 38 Fótons e ondas de matéria Cap. 38 Fótons e ondas de matéria Problemas com a mecânica clássica: Radiação de corpo negro; Efeito fotoelétrico; O fóton; Efeito fotoelétrico explicado; Exemplo prático: fotoemissão de raios-x; Efeito

Leia mais

5. Modelo atômico de Bohr

5. Modelo atômico de Bohr 5. Modelo atômico de Bohr Sumário Espectros atômicos Modelo de Bohr para o átomo de hidrogênio Níveis de energia e raias espectrais Experiência de Franck-Hertz O princípio da correspondência Correção do

Leia mais

Física Experimental V Experimentos com raios X

Física Experimental V Experimentos com raios X 4300313 Raios X EMY -2 Física Experimental V 4300313 Experimentos com raios X Os objetivos principais dos experimentos se relacionam à produção de raios X (por Bremsstrahlung e por fluorescência), à atenuação

Leia mais

Física Experimental C. Coeficiente de Atenuação dos Raios Gama

Física Experimental C. Coeficiente de Atenuação dos Raios Gama Carlos Ramos (Poli USP)-2016/Andrius Poškus (Vilnius University) - 2012 4323301 Física Experimental C Coeficiente de Atenuação dos Raios Gama Grupo: Nome No. USP No. Turma OBJETIVOS - Medir curvas de atenuação

Leia mais

Figura 1 - Onda electromagnética colimada

Figura 1 - Onda electromagnética colimada Biofísica P12: Difração e interferência 1. Objectivos Observação de padrões de difração e interferência Identificação das condições propícias ao aparecimento de fenómenos de difração e interferência Aplicação

Leia mais

NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA

NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA Prof. Carlos R. A. Lima CAPÍTULO 4 MODELOS ATÔMICOS Primeira Edição junho de 2005 CAPÍTULO 4 MODELOS ATÔMICOS ÍNDICE 4.1- Modelo de Thomson 4.2- Modelo de Rutherford 4.2.1-

Leia mais

Física D Extensivo V. 8

Física D Extensivo V. 8 Física D Extensivo V. 8 Exercícios 0) C f R X > f WZ 0) B 03) E 04) E raios X > luz Raios X são radiações eletromagnéticas com um comprimento de onda muito curto, aproximadamente de 0,06 até 0 Å. Formam-se

Leia mais

Física IV Escola Politécnica PS 14 de dezembro de 2017

Física IV Escola Politécnica PS 14 de dezembro de 2017 Física IV - 432324 Escola Politécnica - 217 PS 14 de dezembro de 217 Questão 1 Uma espaçonave de comprimento próprio L move-se com velocidade,5 c em relação à Terra. Um meteorito, que também se move com

Leia mais

Propriedades Ondulatórias da matéria

Propriedades Ondulatórias da matéria Propriedades Ondulatórias da matéria 184 Postulado de de Broglie: A luz que apresenta fenômenos como difração e interferência tem também propriedades que só podem ser interpretadas como se ela fosse tratada

Leia mais

Estrutura da Matéria II. Espectroscopia de raios-x e

Estrutura da Matéria II. Espectroscopia de raios-x e Universidade do Estado do Rio de Janeiro Instituto de Física Departamento de Física Nuclear e Altas Energias Estrutura da Matéria II Espectroscopia de raios-x e interação da radiação com a matéria Versão

Leia mais

Física IV Escola Politécnica GABARITO DA P2 16 de outubro de 2012

Física IV Escola Politécnica GABARITO DA P2 16 de outubro de 2012 Física IV - 4320402 Escola Politécnica - 2012 GABARITO DA P2 16 de outubro de 2012 Questão 1 Ondas longas de rádio, com comprimento de onda λ, de uma estação radioemissora E podem chegar a um receptor

Leia mais

FÍSICA IV PROF. PIERRE VILAR DANTAS AULA 11-04/11/2017 TURMA: A HORÁRIO: 7M PIERREDANTASBLOG.WORDPRESS.COM

FÍSICA IV PROF. PIERRE VILAR DANTAS AULA 11-04/11/2017 TURMA: A HORÁRIO: 7M PIERREDANTASBLOG.WORDPRESS.COM FÍSICA IV PROF. PIERRE VILAR DANTAS AULA 11-04/11/2017 TURMA: 0053- A HORÁRIO: 7M PIERREDANTASBLOG.WORDPRESS.COM 1 Introdução à Física Moderna 2 Objetivos do Aprendizado Explicar a absorção e emissão da

Leia mais

04 - DIFRAÇÃO DE RAIO X E DETERMINAÇÃO DA ESTRUTURA CRISTALINA

04 - DIFRAÇÃO DE RAIO X E DETERMINAÇÃO DA ESTRUTURA CRISTALINA 04 - DIFRAÇÃO DE RAIO X E DETERMINAÇÃO DA ESTRUTURA CRISTALINA PROF. CÉSAR AUGUSTO DARTORA - UFPR E-MAIL: CADARTORA@ELETRICA.UFPR.BR CURITIBA-PR Roteiro do Capítulo: Por que utilizar Raios X para determinar

Leia mais

Técnicas de Caracterização de Materiais

Técnicas de Caracterização de Materiais Técnicas de Caracterização de Materiais 4302504 2º Semestre de 2016 Instituto de Física Universidade de São Paulo Professores: Antonio Domingues dos Santos Manfredo H. Tabacniks 20 de setembro Caracterização

Leia mais

Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva

Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva O Efeito Compton Einstein, em 1919, concluiu que um fóton de energia E se desloca em uma única direção (diferentemente de uma onda esférica) e é portador de um momento

Leia mais

Raio X : produção e interação com a matéria

Raio X : produção e interação com a matéria Raio X : produção e interação com a matéria M. F. Araujo de Resende, T. Fernandes, D. A. S. Gioielli Santos, V. Guimarães, and A. D. dos Santos Instituto de Física, Universidade de São Paulo, 05508-090

Leia mais

Física IV - FAP2204 Escola Politécnica GABARITO DA P3 8 de dezembro de 2009

Física IV - FAP2204 Escola Politécnica GABARITO DA P3 8 de dezembro de 2009 P3 Física IV - FAP2204 Escola Politécnica - 2009 GABARITO DA P3 8 de dezembro de 2009 Questão 1 Numaexperiência deespalhamentocompton, umelétrondemassam 0 emrepousoespalha um fóton de comprimento de onda

Leia mais

ESTRUTURA CRISTALINA 1

ESTRUTURA CRISTALINA 1 ESTRUTURA CRISTALINA ARRANJAMENTO ATÔMICO Por que estudar? As propriedades de alguns materiais estão diretamente associadas à sua estrutura cristalina (ex: magnésio e berílio que têm a mesma estrutura

Leia mais

Quantização. Quantização da energia (Planck, 1900) hc h. Efeito fotoelétrico (Einstein, 1905) Espectros atômicos (linhas discretas) v 2

Quantização. Quantização da energia (Planck, 1900) hc h. Efeito fotoelétrico (Einstein, 1905) Espectros atômicos (linhas discretas) v 2 Mecânica Quântica Quantização e o modelo de Bohr (revisão) Dualidade Onda-Partícula Princípio da Incerteza Equação de Schrödinger Partícula na Caixa Átomo de Hidrogênio Orbitais Atômicos Números Quânticos

Leia mais

Física IV Escola Politécnica GABARITO DA P2 14 de outubro de 2014

Física IV Escola Politécnica GABARITO DA P2 14 de outubro de 2014 Física IV - 4320402 Escola Politécnica - 2014 GABARITO DA P2 14 de outubro de 2014 Questão 1 Num arranjo experimental os pontos S 1 e S 2 funcionam como fontes de luz idênticas emitindo em fase com comprimentos

Leia mais

Instituto de Física USP. Física Moderna I. Aula 10. Professora: Mazé Bechara

Instituto de Física USP. Física Moderna I. Aula 10. Professora: Mazé Bechara Instituto de Física USP Física Moderna I Aula 10 Professora: Mazé Bechara Aula 10 - Efeito Compton ou o espalhamento dos Raios-X na interação com a matéria 1. O Efeito Compton o que é.. As características

Leia mais

Nome: Jeremias Christian Honorato Costa Disciplina: Materiais para Engenharia

Nome: Jeremias Christian Honorato Costa Disciplina: Materiais para Engenharia Nome: Jeremias Christian Honorato Costa Disciplina: Materiais para Engenharia Por propriedade ótica subentende-se a reposta do material à exposição à radiação eletromagnética e, em particular, à luz visível.

Leia mais

Instituto de Física USP. Física Moderna I. Aula 15. Professora: Mazé Bechara

Instituto de Física USP. Física Moderna I. Aula 15. Professora: Mazé Bechara Instituto de Física USP Física Moderna I Aula 15 Professora: Mazé Bechara Aula 15 Espectros de linhas e o Modelo atômico de Thomson. O experimento de Rutherford - 1911 1. Características dos espectros

Leia mais

Física Aplicada Aula 13

Física Aplicada Aula 13 Universidade de São Paulo Instituto de Física Física Aplicada Aula 13 Profa. Márcia de Almeida Rizzutto Edifício Oscar Sala sala 220 rizzutto@if.usp.br http://disciplinas.stoa.usp.br/course/view.php?id=24279

Leia mais

1678: teoria ondulatória para a luz (anterior e menos completa que o eletromagnetismo de Maxwell)

1678: teoria ondulatória para a luz (anterior e menos completa que o eletromagnetismo de Maxwell) Christian Huygens (1629 1695) 1678: teoria ondulatória para a luz (anterior e menos completa que o eletromagnetismo de Maxwell) Vantagens da teoria: explicar as leis de reflexão e refração em termos de

Leia mais

SUGESTÕES DE EXERCÍCIOS PARA A SEGUNDA AVALIAÇÃO

SUGESTÕES DE EXERCÍCIOS PARA A SEGUNDA AVALIAÇÃO FÍSICA IV PROF. DR. DURVAL RODRIGUES JUNIOR SUGESTÕES DE EXERCÍCIOS PARA A SEGUNDA AVALIAÇÃO Como na Biblioteca do Campus I e do Campus II temos bom número de cópias do Halliday e poucas do Serway, os

Leia mais

5 Discussão de resultados

5 Discussão de resultados 5 Discussão de resultados Como esse trabalho se propôs a desenvolver um sistema de monocromatização sintonizável, o resultado esperado é que se consiga obter de fato um feixe de raios-x monocromático a

Leia mais

Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia de Materiais 1º semestre de Informações e instruções para a resolução da prova

Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia de Materiais 1º semestre de Informações e instruções para a resolução da prova Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia de Materiais 1º semestre de 2015 Informações e instruções para a resolução da prova 1. A prova deve ser realizada sem consulta; 2. A duração da prova é

Leia mais

NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA

NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA Prof. Carlos R. A. Lima CAPÍTULO 3 MODELOS ATÔMICOS E A VELHA TEORIA QUÂNTICA Edição de junho de 2014 CAPÍTULO 3 MODELOS ATÔMICOS E A VELHA TEORIA QUÂNTICA ÍNDICE 3.1-

Leia mais

Lista de Exercícios - Física Quântica - UNIDADE 1

Lista de Exercícios - Física Quântica - UNIDADE 1 Lista de Exercícios - Física Quântica - UNIDADE 1 Problemas e questões baseados no D. Halliday, R. Resnick e J. Walker, Fundamentos de Física, 6ª ed. - Capítulos 39, 40 e 41. Questões 1. Como pode a energia

Leia mais

NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA

NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA Prof. Carlos R. A. Lima CAPÍTULO 3 PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO Edição de novembro de 2011 CAPÍTULO 3 PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO ÍNDICE 3.1- Efeito

Leia mais

NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA

NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA Prof. Carlos R. A. Lima CAPÍTULO 4 PROPRIEDADES ONDULATÓRIAS DA MATÉRIA Edição de junho de 2014 CAPÍTULO 4 PROPRIEDADES ONDULATÓRIAS DA MATÉRIA ÍNDICE 4.1- Postulados de

Leia mais

Universidade Federal do Rio de Janeiro Instituto de Física Física IV 2019/1 Lista de Exercícios do Capítulo 5 Origens da Teoria Quântica

Universidade Federal do Rio de Janeiro Instituto de Física Física IV 2019/1 Lista de Exercícios do Capítulo 5 Origens da Teoria Quântica Universidade Federal do Rio de Janeiro Instituto de Física Física IV 2019/1 Lista de Exercícios do Capítulo 5 Origens da Teoria Quântica 1) Calcule a energia de um quantum de luz de comprimento de onda

Leia mais

Física Experimental C. Efeito fotoelétrico

Física Experimental C. Efeito fotoelétrico 4323301 Física Experimental C Efeito fotoelétrico Grupo: Nome No. USP No. Turma Introdução O Objetivo dessa experiência consiste em determinar a constante de Planck através da medida do efeito fotoelétrico

Leia mais

LISTA DE EXERCÍCIOS 6 1 (UNIDADE III INTRODUÇÃO À CIÊNCIA DOS MATERIAIS)

LISTA DE EXERCÍCIOS 6 1 (UNIDADE III INTRODUÇÃO À CIÊNCIA DOS MATERIAIS) UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO CENTRO DE ENGENHARIAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA E TECNOLOGIA DISCIPLINA: QUÍMICA APLICADA À ENGENHARIA PROFESSOR: FREDERICO RIBEIRO DO CARMO Estrutura cristalina

Leia mais

Max von Laue sugeriu que se os raios X fossem uma forma de radiação eletromagnética, efeitos de interferência deveriam ser observados.

Max von Laue sugeriu que se os raios X fossem uma forma de radiação eletromagnética, efeitos de interferência deveriam ser observados. Unidade 1 - Aula 3 * Tradução e adaptação livre das aulas do Professor Rick Trebino em: www.physics.gatech.edu/frog Propriedades da Onda de Matéria* * + Difração de Elétrons 3.1 Espalhamento de Raio X

Leia mais

A teoria quântica antiga AULA

A teoria quântica antiga AULA 3 AULA METAS: Mostrar as dificuldades enfrentadas pela física clássica na explicação da estabilidade dos átomos e da estrutura dos espectros atômicos. Introduzir o modelo de Bohr para o átomo de um elétron.

Leia mais

CMS Física do Estado sólido

CMS Física do Estado sólido CMS-301-4 Física do Estado sólido Engenharia e Tecnologia Espaciais ETE Ciência e Tecnologia de Materiais e Sensores 13.10.2008 L.F.Perondi Engenharia e Tecnologia Espaciais ETE Ciência e Tecnologia de

Leia mais

Introd. Física Médica

Introd. Física Médica Introd. Física Médica O Efeito Foto Elétrico (EFE) Introdução a Física Médica O Efeito Foto Elétrico (EFE) Introdução a Fís sica Médica Heinrich HERTZ descobriu o Efeito FotoElétrico (1887): Quando a luz

Leia mais

Física Experimental V. Aula 1

Física Experimental V. Aula 1 Física Experimental V Aula 1 4300313 Profa. Márcia de Almeida Rizzutto Agradecimento: Prof. Dr. José Roberto por alguns slides Horário 2a feira 14:00 17:50 3a feira 14:00 17:50 4a feira 19:10 22:50 Laboratório

Leia mais

Data e horário da realização: 19/05/2016 das 14 às 17 horas

Data e horário da realização: 19/05/2016 das 14 às 17 horas re UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE DEPARTAMENTO DE FÍSICA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FÍSICA Exame de Seleção para o curso de mestrado em Física - 2016-1/2 Data e horário da realização:

Leia mais

Ciência de Materiais. LEGI. Ano lectivo ESTRUTURA CRISTALINA

Ciência de Materiais. LEGI. Ano lectivo ESTRUTURA CRISTALINA 1. I) Desenhe em cubos unitários os planos com os seguintes índices de Miller: a) ( 1 0 1) b) ( 0 3 1) c) ( 1 2 3) II) Desenhe em cubos unitários as direcções com os seguintes índices: a) [ 1 0 1] b) [

Leia mais

Interferência de ondas: está relacionada com a diferença de fase entre as ondas. A diferença de fase entre duas ondas pode mudar!!!!

Interferência de ondas: está relacionada com a diferença de fase entre as ondas. A diferença de fase entre duas ondas pode mudar!!!! Interferência de ondas: está relacionada com a diferença de fase entre as ondas. Construtiva: em fase Destrutiva: fora de fase A diferença de fase entre duas ondas pode mudar!!!! Coerência: para que duas

Leia mais

Difracçãoderaios-X XRD, PXRD

Difracçãoderaios-X XRD, PXRD 8 Difracçãoderaios-X XRD, PXRD http://en.wikipedia.org/wiki/powder_diffraction A difracção de raios-x fornece informação sobre características estruturais de materiais Idealmente, numa amostra em pó, qualquer

Leia mais

Aula 22 de junho. Aparato experimental da Difração de Raios X

Aula 22 de junho. Aparato experimental da Difração de Raios X Aula 22 de junho Aparato experimental da Difração de Raios X APARATO EXPERIMENTAL CONFIGURAÇÃO DA MÁQUINA Sistema emissor de raios x Sistema receptor (detector) de raios X difratados Sistema de varredura

Leia mais

AULA METAS: Introduzir o conceito de fóton no contexto. usar a teoria de Einstein para o efeito fotoelétrico

AULA METAS: Introduzir o conceito de fóton no contexto. usar a teoria de Einstein para o efeito fotoelétrico METAS: Introduzir o conceito de fóton no contexto da teoria de Einstein para o efeito fotoelétrico. Introduzir a teoria elementar do efeito Compton. OBJETIVOS: Ao fim da aula os alunos deverão ser capazes

Leia mais

FLUORESCÊNCIA DE RAIOS X

FLUORESCÊNCIA DE RAIOS X FLUORESCÊNCIA DE RAIOS X A análise por fluorescência de raios X é um método de análise elementar qualitativo e quantitativo que se aplica à identificação de praticamente todos os elementos (Z > 13). O

Leia mais

NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA

NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA Prof. Carlos R. A. Lima CAPÍTULO 5 PROPRIEDADES ONDULATÓRIAS DA MATÉRIA Edição de janeiro de 2009 CAPÍTULO 5 PROPRIEDADES ONDULATÓRIAS DA MATÉRIA ÍNDICE 5.1- Postulados

Leia mais

Tópicos em Métodos Espectroquímicos. Aula 2 Revisão Conceitos Fundamentais

Tópicos em Métodos Espectroquímicos. Aula 2 Revisão Conceitos Fundamentais Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) Instituto de Ciências Exatas Depto. de Química Tópicos em Métodos Espectroquímicos Aula 2 Revisão Conceitos Fundamentais Julio C. J. Silva Juiz de For a, 2013

Leia mais

H α H β H γ H δ H ε H ξ H 6562,2 Å 4861,3 Å 4340,5 Å 4101,7 Å 3970,1 3889,1

H α H β H γ H δ H ε H ξ H 6562,2 Å 4861,3 Å 4340,5 Å 4101,7 Å 3970,1 3889,1 1 Departamento de Física - Universidade Federal de Santa Catarina Laboratório de Física Moderna- FSC 5151. ESPECTROS DO HIDROGÊNIO E DO HÉLIO OBJETIVOS a) Medir os comprimentos de onda das raias espectrais

Leia mais

Instituto de Física USP. Física V - Aula 24. Professora: Mazé Bechara

Instituto de Física USP. Física V - Aula 24. Professora: Mazé Bechara Instituto de Física USP Física V - Aula 24 Professora: Mazé Bechara Aula 24 Princípio de correspondênciam Experimento de Franck e Hertz, e regra de quantização de Wilson-Sommerfeld 1. O princípio de correspondência

Leia mais

Energia cinética de rotação:

Energia cinética de rotação: 2 comenta a) Energia cinética de translação: Energia cinética de rotação: Todos os pontos que constituem o aro têm a mesma velocidade tangencial em relação ao seu centro. Por isso, sua energia cinética

Leia mais